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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Curso de graduação em Ciências Contábeis

Rychard da Silva Lázaro

ANÁLISE TRIBUTÁRIA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MELHOR


FORMA DE TRIBUTAÇÃO EM UMA EMPRESA DE CONTRUÇÃO CIVIL

Contagem
2022
Rychard da Silva Lázaro

ANÁLISE TRIBUTÁRIA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MELHOR


FORMA DE TRIBUTAÇÃO EM UMA EMPRESA DE CONTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada ao Curso de Ciências


Contábeis da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis.
Orientador: Prof. Carlos Neri

Contagem
2022
Rychard da Silva Lázaro

ANÁLISE TRIBUTÁRIA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MELHOR


FORMA DE TRIBUTAÇÃO EM UMA EMPRESA DE CONTRUÇÃO CIVIL

Monografia apresentada ao Curso de Ciências


Contábeis da Pontifícia Universidade Católica
de Minas Gerais, como requisito parcial para
obtenção do título de Bacharel em Ciências
Contábeis.
Orientador: Prof. Carlos Neri

___________________________________________________________________
Prof. Dr. (Orientador)

___________________________________________________________________
Prof. Dr. (Orientador)

___________________________________________________________________
Prof. Dr. (Orientador)

Contagem, 07 de junho de 2022


RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar qual a opção tributária que melhor
pode ser escolhida e que vai representar maior economia de tributos em organizações
do segmento de construção civil. Como foco analisou-se uma empresa de construção
civil da cidade de Belo Horizonte, onde deu início as suas atividades em 1976, o qual
o foco é na construção de empreendimentos de alto padrão e está realizando na
empresa Construir uma análise tributária para saber qual o melhor regime tributário.
O período analisado inclui os anos de 2020 e 2021. O presente trabalho especifica
como é feito as incorporações imobiliárias e contextualiza cada tipo de tributação e
suas determinas formas de aplicação em empresas de construção civil. De acordo
com as demonstrações do resultado exercício fornecidas pela empresa, foi possível
analisar qual regime seria menos oneroso para a empresa, sendo eles Lucro Real,
Lucro Presumido e Regime Especial de Tributação. Depois de realizada o estudo e
comparando cada regime de tributação nos dois anos de análise, teve a conclusão de
que o regime tributário onde representa menos tributação para a empresa seria o RET.
ABSTRACT
The present work aims to analyze which tax option can best be chosen and which will
represent greater tax savings in organizations in the civil construction segment. As a
focus, a civil construction company in the city of Belo Horizonte was analyzed, where
it started its activities in 1976, which focuses on the construction of high standard
projects and is carrying out a tax analysis in the company to find out which is the best
tax regime. The analyzed period includes the years 2020 and 2021. The present work
specifies how real estate developments are carried out and contextualizes each type
of taxation and its specific forms of application in construction companies. According
to the income statements provided by the company, it was possible to analyze which
regime would be less onerous for the company, namely Actual Profit, Presumed Profit
and Special Taxation Regime. After carrying out the study and comparing each tax
regime in the two years of analysis, it was concluded that the tax regime which
represents less taxation for the company would be the RET.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 12
1.1 Contextualização do problema ...................................................................................................... 13
1.2 Objetivos ...................................................................................................................................... 13
1.2.1 Objetivos Gerais ....................................................................................................................... 13
1.2.2 Objetivos Específicos .................................................................................................................... 14
1.3 Justificativa da pesquisa ......................................................................................................... 14
1.4 Estrutura do trabalho................................................................................................................ 15
2 REFERENCIAL TEORICO ............................................................................................................ 16
2.1 Empresas de construção civil ......................................................................................................... 16
2.1.1 Incorporação imobiliária .............................................................................................................. 17
2.2 Regime tributário ........................................................................................................................... 17
2.2.1 Lucro Presumido ........................................................................................................................... 18
2.2.1.1 PIS e COFINS – Regime cumulativo .......................................................................................... 20
2.2.2 Lucro Real ..................................................................................................................................... 21
2.2.2.1 Apuração anual ........................................................................................................................ 23
2.2.2.2 PIS e COFINS – Regime não cumulativo ................................................................................... 25
2.2.3 Regime Especial de tributação ..................................................................................................... 26
3 METODOLOGIA .................................................................................................................................. 29
3.1 Classificação da pesquisa ............................................................................................................... 29
3.1.1 Quanto aos objetivos.................................................................................................................... 29
3.1.2 Quanto à abordagem do problema.............................................................................................. 29
3.1.3 Quanto aos procedimentos .......................................................................................................... 30
3.2 Características da organização ....................................................................................................... 30
3.3 Coleta de dados .............................................................................................................................. 31
3.4 Tratamento dos dados ................................................................................................................... 31
3.5 Limitações da pesquisa................................................................................................................... 32
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS ................................................................................... 33
4.1 Apresentação da empresa foco do trabalho de pesquisa ............................................................. 33
4.2 Dificuldades da tributação na contração civil no Brasil ................................................................ 34
4.3 Apuração dos tributos - LUCRO PRESUMIDO ................................................................................ 35
4.3.1 PIS E COFINS................................................................................................................................. 36
4.3.2 IRPJ e CSLL .................................................................................................................................... 37
4.4 Apuração dos tributos – Lucro Real ..................................................................................... 39
4.5 Apuração dos tributos – R.E.T. .............................................................................................. 40
4.6 Comparação dos modelos de tributação ............................................................................ 41
4.7 Análise dos Resultados ........................................................................................................... 42
5 CONCLUSAO ....................................................................................................................................... 44
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 45
12

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é um dos países que possui umas das maiores cargas tributarias se
comparados com outros países, o qual é uma realidade de tributos bastante complexa.
Com essa complexidade acaba tornado cada vez mais necessário um profissional
contábil em tornar possível as atividades desenvolvidas na empresa por meio de uma
boa Análise tributária.
A análise tributária a cada ano está se torando uma ferramenta de gestão
empresarial administrativa muito utilizada pelas empresas, Orlickas (2010, p. 37) diz
que “o planejamento visa prever e minimizar os inibidores dos resultados e maximizar
os facilitadores no processo de tomada de decisão, pois permitem que o gestor tome
decisões mais assertivas”.
A análise tributária nunca deve ser confundida com sonegação de impostos ou
algo como burlar a receita federal, pois segundo Santos (2007) planejar é escolher a
opção lícita que otimize os resultados da empresa e sem deixá-la que pague tributos
superiores de forma indevida, sonegar consiste na prática de utilizar meio ilegais para
deixar de recolher um tributo que é devido. Assim, o autor afirma que ao sonegar a
empresa está impedindo ou retardando o conhecimento do fato gerador da obrigação
fiscal da autoridade fazendária, resultado de práticas ilícitas. Para Vello e Martinez
(2014), a análise tributária adequa-se como um mecanismo importante para a
consolidação de uma organização eficaz.
Ferreira (2005, p. 17) aponta:

O planejamento tributário como instrumento eficaz de estratégia empresarial,


que permite minimização dos custos tributários e aumento do lucro das
empresas, representando uma abordagem inteligente que se propõe a indicar
o resultado tributário mais vantajoso. (FERREIRA. 2005, p. 17).

Para Andrade (2008, p. 764), “planejamento tributário ou elisão fiscal envolve a


escolha, entre alternativas igualmente válidas, de situações fáticas ou jurídicas que
visem reduzir ou eliminar ônus tributários, sempre que isso for possível nos limites da
ordem jurídica.”
Levando-se em consideração esses aspectos, a análise tributária faz se um
instrumento de estudo dos tributos incidentes nas atividades das empresas e os seus
13

efeitos econômicos e jurídicos com o principal objetivo de achar o meio legal menos
oneroso a empresa.
Dito isso, o presente trabalho irá mostrar a importância de uma análise tributária
em empresas de construção civil, onde será analisado qual a melhor forma de
tributação para reduzir aos seus custos entre Lucro Presumido, Lucro Real e Regime
Especial Tributário.

1.1 Contextualização do problema

No mundo de hoje as empresas precisam cada vez mais de informações sobre


sua própria situação econômica e financeira, dito isso a contabilidade se tornou um
instrumento importante para a sobrevivência da empresa, o qual oferece ferramentas
necessárias na tomada de decisão da organização. No Brasil, uma área que da
contabilidade que recebe muito destaque é a Tributária. Segundo Young (2006),
análise tributária é a forma de minimizar a incidência tributária, buscando o melhor
regime de tributação e gerando economia tributária, dentro da legalidade. Tendo em
vista a alta carga tributária brasileira, nos dias atuais é de extrema importância que
seja elaborado uma análise tributária para que a empresa não pague tributos além do
que deve, dentro da lei, como ressalta o autor.
Por fim, o presente trabalho irá mostrar a importância de uma análise tributária
em uma empresa de construção civil, onde será analisado qual a melhor forma de
tributação para reduzir aos seus custos entre Lucro Presumido, Lucro Real e Regime
Especial de tributação.
Perante o exposto, surge o problema a ser discutido: Qual o melhor regime
tributário para um conjunto de empresas do ramo de construção civil no Brasil, Lucro
Presumido, Lucro Real ou Regime especial de tributação?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivos Gerais

O objetivo geral deste trabalho consiste em analisar, por meio da análise


tributária, a melhor forma de tributação em uma empresa do ramo de construção civil
dentre as formas de tributação.
14

1.2.2 Objetivos Específicos

Com base no objetivo geral mencionam-se os seguintes objetivos específicos


para o presente trabalho:

a) Caracterizar as empresas do ramo da Construção Civil;


b) Apresentar embasamento teórico das formas de tributação;
c) Comparar as formas de tributação verificando a opção mais correta para a
empresa analisada.

1.3 Justificativa da pesquisa

O Brasil tem a maior carga tributária da América Latina e uma das maiores do
mundo, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) (2013), o
Brasil possui uma das maiores cargas tributárias do mundo. O Instituto nos mostra
que a carga tributária do país chegou, em 2013, a 35,04% do Produto Interno Bruto
(PIB). Dessa forma sendo essa a presente realidade tributária, as organizações
devem buscar todas as possibilidades capazes para diminuir os gastos com impostos
e contribuições, com o intuito de reduzir, retardar ou até eliminar seu pagamento,
desde que essas atitudes não se retirem do campo legal, lícito.
Para Machado (2007), os tributos brasileiros têm como essencial propósito
buscar recursos financeiros para o Estado, afetando diretamente na economia privada
e pública. Os tributos, sendo um dos maiores consumidores dos recursos financeiros
da empresa, fazem com que a demanda por soluções nessa área se torne cada vez
mais essenciais para a saúde econômica das empresas.
Com isso, os trabalhistas da fiscal devem estar atentos, atualizados e
preparados para ministrarem a melhor opção para determinada instituição quanto à
sua tributação, com base na legislação.
Deste modo, a pesquisa poderá auxiliar outras empresas a minimizar seus
tributos, planejando de forma adequada, visando a melhor tributação a ser adotada,
conforme dispõe a legislação, assim, evidenciando a teoria e a prática.
15

1.4 Estrutura do trabalho

Esse estudo de caso para o trabalho será desenvolvido de forma comum aos
projetos elaborados em universidade. Primeiramente será desenhada toda parte
introdutória e contextualização teórica para dar embasamento à leitura proposta. A
estruturação do trabalho se dará de acordo aos conceitos em organizações de
construção civil e formas de tributação.
Em segundo lugar será representado a base teórica representativa do estudo,
que será movida por referências voltadas para formas de tributação e leais aplicadas
a ela. Será considerado autores e fatos importantes para cada lei especifica que
norteiam as formas de tributação, e serão pontuadas cada forma de tributação e seus
diferentes regimes tributários.
No método do estudo, ou capítulo três, serão pontuados de acordo com os
objetivos da pesquisa e as perguntas propostas serão respondidas a medida que o
andamento do projeto for sendo executado. Todo o cenário de desenvolvimento da
análise tributária da empresa será demonstrado e representando cada regime de
acordo com a demonstração do resultado fornecida pela empresa serão efetuadas
análises comparativas entre os tipos de tributação.
Para concluir com o quarto capítulo será aplicado as análises de cada forma de
tributação que pode ser aplicado na empresa, apontando quais os principais impactos
sobre a receita. Assim, serão descritas o quanto a empresa pode deixar de pagar aos
cofres públicos os tributos de acordo com o regime tributário adotado.

.
16

2 REFERENCIAL TEORICO

Neste capítulo, são estudados os aspectos bibliográficos que constituem o


presente estudo, aqui se definem os conceitos e características inerentes a empresas
de construção civil, tributos, sistemas de tributação: Lucro Presumido e Lucro Real.
Descrevem-se também os procedimentos da análise tributária, suas etapas e
resultados.

2.1 Empresas de construção civil

Para a interpretação do que são empresas de construção civil, é necessário


descrever como realmente é definida particularmente.
Empresas de construção civil é um negócio em ascensão, levando-se em
consideração que ela está presente em todos os locais onde passamos. A construção
civil engloba a construção de uma simples residência até mesmo um complexo edifício
de trinta andares. Segundo define Ferreira, Machado e Santos (2002, p. 173) a área
de atuação da construção civil:

é extenso, abrangendo desde a preparação do solo (terraplanagem, limpeza


do solo, remoção de rochas, abertura de poços etc.) até a limpeza final da
obra após a sua conclusão. Portanto, engloba: a construção propriamente
dita, a demolição, fundações, pintura, revestimentos, a ampliação, a reforma,
a recuperação e, em alguns casos a própria conservação do imóvel, obras
complementares e quaisquer benfeitorias ao solo ou subsolo. (MACHADO.
2002, p. 173).

Ferreira, Machado e Santos (2002) ainda aponta que as empresas de


construção civil são reputadas como indústrias, pois são capazes de transformar a
matéria-prima como tijolos e cimentos e um produto acabado pronto para a utilização
e comercialização, são eles apartamentos, residências e estre outros. E difere-se dos
outros setores principalmente pela forma de contabilizar suas receitas e custos e pelo
seu ciclo operacional durar mais de um ano.
As empresas da área da construção civil existem várias particularidades e
regras especificas, uma delas é a incorporação imobiliária o qual será aprofundado no
próximo tópico.
17

2.1.1 Incorporação imobiliária

A Incorporação imobiliária é o nome do processo por meio do qual um prédio


que será construído é incorporado ao terreno. Esse terreno geralmente pertence a um
terceiro, que é pago por isso muitas vezes recebendo unidades autônomas
(apartamentos) que farão parte do prédio.
De acordo com o Artigo 28º da Lei nº 4.591/64 “a incorporação imobiliária é a
atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação
total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades
autônomas”. O qual é considerado como incorporador a pessoa física ou jurídica,
comerciante ou não, esta pessoa física ou jurídica mesmo não participando da
construção, esta compromissada ou efetive a venda de frações ideais de terreno
objetivando a vinculação de tais frações a unidades autônomas.
Segundo Costa (2000, p. 32) uma incorporadora pode executar seus
empreendimentos da seguinte maneira:

A construção do imóvel pode acontecer por contratos de empreitada, sob


fiscalização do empreendedor imobiliário, por administração da obra, em que
os custos da construção ficam a cargo do empreendedor, ou então com toda
a obra sendo executada pelo próprio empreendedor. (COSTA. 2000, p. 32).

Em virtude do que foi mencionado, a incorporação imobiliária é o nome do


processo por meio do qual um prédio que será construído é incorporado ao terreno.
Esse terreno geralmente pertence a um terceiro, que é pago por isso e muitas vezes
recebendo unidades autônomas (apartamentos) que farão parte do prédio.

2.2 Regime tributário

A Legislação Tributária está disposta nos artigos 96º a 112º do CTN.


Primeiramente, diferencia-se Lei de Legislação Tributária. Segundo Ichihara (2004, p.
91):
18

a Lei é uma espécie de norma abstrata, geral e obrigatória, emanada do


Poder Legislativo e sancionada pelo Executivo, ou promulgada pelo próprio
Legislativo; já a Legislação Tributária compreende o conjunto de normas, de
diversas hierarquias, desde a norma constitucional até as normas
complementares. A lei faz parte desse conjunto, caracterizando uma relação
de espécie e gênero. (ICHIHARA. 2004, p. 91)

Assim sendo, no momento em que se menciona a palavra tributo independente


da organização ela está diretamente ligada às normas da Legislação Tributária, e não
ao sentido geral da Lei.
De acordo com Castro (2007) as organizações empresariais que possam ter
algum tipo de receita são tributadas por uma das formas de apuração do IRPJ e da
CSLL, por opção do contribuinte ou por determinação legal, nas seguintes
modalidades: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado ou Lucro Real.
Porém no caso do setor da construção civil nas empresas incorporadoras as
formas de tributação possíveis são o Lucro Real e o Lucro Presumido, que de acordo
com o Art. 17 da Lei Complementar 123/2000 é vedada a opção pelo Simples
Nacional.
Desta forma, os próximos tópicos irão tratar das modalidades tributarias
cabíveis as empresas do ramo de construção civil, destacando-se, em cada uma
delas, aspectos fiscais particulares do setor imobiliário.

2.2.1 Lucro Presumido

Para uma empresa optar pelo regime do Lucro presumido, primeiramente esta
empresa não pode está obrigada ao regime do Lucro real. Neste sistema de tributação
é menor a complexidade para a apuração dos tributos, por não serem tão rígidas as
normas relativas à contabilização.
De acordo com a Secretaria da Receita Federal (2016) aponta que o Lucro
Presumido é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de
cálculo do IRPJ e da CSLL pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-
calendário, à apuração do Lucro Real.
A lei aponta que a apuração pelo Lucro Presumido é uma opção simplificada
de tributação para determinação da base de cálculo do Imposto de Renda e da
Contribuição Social, devidos trimestralmente (OLIVEIRA, 2013).
19

Observando no contexto geral, para se obter a base de cálculo do IRPJ e da


CSLL será o somatório de um percentual variável sobre a receita bruta e o valor de
todas as demais receitas e dos ganhos de capital. Esse percentual varia de acordo
com o ramo de atividade do contribuinte (ANDRADE FILHO, 2013).
Para Teixeira, Pantaleão e Teixeira (2012), o Lucro Presumido é uma forma
que os legisladores criaram para determinar essa base de cálculo partindo-se da
presunção de que cada tipo de negócio apresenta um certo percentual de lucro líquido
sobre o valor das suas vendas e/ou serviços. Dessa forma, sobre o total de receita
presume-se um lucro que será utilizado para cálculo dos impostos.
No regime do Lucro presumido, as pessoas jurídicas que explorem atividades
imobiliárias a receita bruta a ser considerada será o montante efetivamente recebido
relativo as unidades imobiliárias vendidas (Lei nº 8.981/1995, artigo 30º).

Para as empresas do ramo de construção civil que adotar o imposto com base
no lucro presumido será determinado por períodos de apuração trimestrais,
encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de
cada ano-calendário (Lei 9.430/1996, artigos 1° e 25).
As condições para a opção pelo lucro presumido estão descritas no artigo 13º
da Lei 12.814:

Art. 13. A pessoa jurídica cuja receita bruta total no ano-calendário anterior
tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (setenta e oito milhões de
reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado
pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando
inferior a 12 (doze) meses, poderá optar pelo regime de tributação com base
no lucro presumido.
§ 1° A opção pela tributação com base no lucro presumido será definitiva em
relação a todo o ano-calendário.
§ 2° Relativamente aos limites estabelecidos neste artigo, a receita bruta
auferida no ano anterior será considerada segundo o regime de competência
ou de caixa, observado o critério adotado pela pessoa jurídica, caso tenha,
naquele ano, optado pela tributação com base no lucro presumido. (BRASIL.
CF. lei 12.814 art. 13)

Sobre o regime do Lucro Presumido incidem quatro tipos de impostos federais,


são eles: IRPJ, CSLL, PIS e COFINS.
O cálculo do PIS e COFINS são apurados mensalmente sobre a receita bruta
tendo uma alíquota de 0,65% e 3,00%, para as atividades de construção civil.
O cálculo dos tributos PIS e COFINS, serão apurados com base no regime
cumulativo, a legislação que dispõe sobre esse regi-me é a Lei n° 9.718/1998 onde se
20

aplica a alíquota de 0,65% e 3%, respectivamente, sobre o faturamento mensal das


empresas, não incluindo para esses cálculos as demais receitas auferidas.
Para o Lucro Presumido apurado, o cálculo do Imposto de Renda será feito
conforme descrito novo Decreto Nº 9.580, DE 22 DE NOVEMBRO DE 2018 que
revoga o decreto Nº 3000, de 26 de março de 1999.

Art. 623. A pessoa jurídica pagará o imposto sobre a renda à alíquota de


quinze por cento sobre o lucro real, presumido ou arbitrado, apurado de
conformidade com o disposto neste Regulamento (Lei nº 9.249, de 1995, art.
3º). (BRASIL. Decreto nº 3000. 1999)

Ocorrera um adicional de IRPJ conformo descrito no Art. 624 do decreto Nº


9.580 de 2018:

Art. 624. A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor
resultante da multiplicação de vinte mil reais pelo número de meses do
período de apuração fica sujeita à incidência de adicional de imposto sobre a
renda à alíquota de dez por cento (Lei nº 9.249, de 1995, art. 3º, § 1º).
(BRASIL. Decreto nº 9.580. art. 624. 2018)

Já para a apuração do imposto denominado Contribuição Social, a alíquota


incidente sobre o lucro para determinação do imposto devido é de 9% (Lei nº
7.689/1988, artigo 3º), também deve ser calculado trimestralmente, e, diferentemente
do IRPJ, não existe percentual sobre o excesso da parcela do Lucro Presumido.

2.2.1.1 PIS e COFINS – Regime cumulativo

Quando olhamos ao fundo as jurídicas de direito privado, e as que lhe são


equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no
Lucro Presumido ou arbitrado estão sujeitas à incidência cumulativa.
No regime cumulativo, as alíquotas da contribuição para o PIS e a COFINS
incidentes sobre o faturamento mensal das pessoas jurídicas são de 0,65% e 3% de
acordo com a Receita Federal.
De acordo com a IN RFB Nº 1911 de 2019:

Art. 56. As pessoas jurídicas optantes pelo regime de tributação do IRPJ com
base no lucro presumido, e consequentemente submetidas ao regime de
apuração cumulativa da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins, poderão
adotar o regime de caixa para fins da incidência das referidas contribuições,
desde que adotem o mesmo critério em relação ao IRPJ e à Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) (Medida Provisória nº 2.158-35, de 2001,
art. 20). (BRASIL. IN RFB. nº 1911. 2019)
21

O pagamento dessas contribuições deverá ser efetuado conforme o disposto


no artigo 1º da Lei nº 11.933 de 2009:

Art. 1º O art. 18 da Medida Provisória no 2.158-35, de 24 de agosto de 2001,


passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 18. O pagamento da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS deverá ser efetuado:
I - Até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência dos
fatos geradores, pelas pessoas jurídicas referidas no § 1o do art. 22 da Lei
no 8.212, de 24 de julho de 1991; e
II - Até o 25º (vigésimo quinto) dia do mês subsequente ao mês de ocorrência
dos fatos geradores, pelas demais pessoas jurídicas. (BRASIL. Lei 11.933.
art. 1. 2009)

Indo mais além, a lei destaca-se que a apuração e o recolhimento do PIS e da


COFINS devem ser feitos de forma centralizada pelo estabelecimento matriz da
pessoa jurídica (Lei nº 9.779/1999, artigo 15º).
Já o lucro real é umas das opções que as empresas adotam para apurar seus
tributos, sendo os valores a serem pagos calculados sobre o lucro fiscal. Este pode
ser calculado em períodos trimestrais ou anualmente e será aprofundado no próximo
tópico.

2.2.2 Lucro Real

O lucro real é umas das opções que as empresas adotam para apurar seus
tributos, sendo os valores a serem pagos calculados sobre o lucro fiscal. Este pode
ser calculado em períodos trimestrais ou anualmente.
De acordo com Silva (2006, p. 01) “é o lucro líquido do período, apurado com
observância das normas da legislação comercial e societária, ajustado pelas adições,
exclusões ou compensações prescritas pela legislação do Imposto de Renda.” São
consideradas adições as despesas contabilizadas e indedutíveis para a apuração do
Lucro Real, como por exemplo: multas, doações, brindes, etc. Já as exclusões em sua
maioria são as receitas não tributáveis contabilizadas, valores cuja tributação pode
ser diferida, entre outras.
O artigo 14º da Lei nº 9.718 de 1998 obriga algumas empresas à apuração do
Lucro Real. São as pessoas jurídicas:
22

Art. 14. Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas:


I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$
78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número
de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;
II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção
e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring).
VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio. (BRASIL. Lei 9.718. art. 14. 1998)

Sendo assim, a opção pela forma de tributação não é na maioria dos casos
uma escolha do contribuinte e sim uma imposição legal devida as particularidades da
organização.
Para encontrar a base de cálculo no regime de Lucro Real é necessário fazer
algumas adições, exclusões e compensações ao lucro líquido do período de
apuração. De acordo com Fabretti (2005, p. 214) as adições, exclusões e
compensações são:

Adições: referem-se às despesas contabilizadas pela PJ, mas que são


limitadas ou não admitidas pela lei. Exemplo: multas por infrações fiscais.
Exclusões: são valores que a lei permite subtrair do Lucro líquido (IR) para
efeito fiscal. Exemplo: depreciação acelerada por incentivos fiscais,
dividendos obtidos de investimentos em ações de outras empresas avaliadas
pelo custo de aquisição etc.
Compensações: podem ser compensados os prejuízos fiscais dos
períodosbase anteriores. (FABRETTI. 2005, p 214).

Levando-se em consideração esses aspectos mencionados, podemos concluir


que o lucro real é um regime de tributação no qual o cálculo do Imposto de Renda da
Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) é feito
com base no lucro real da empresa analisando suas receitas menos despesas, com
ajustes previstos em lei da receita federal. Dando sequência, no próximo tópico será
23

abordado a apuração anual do Lucro real, algo permitido pela lei baseados na receita
bruta.

2.2.2.1 Apuração anual

Nesse tipo de recolhimento, as empresas que atuam na área da construção


civil podem apurar o IRPJ e a CSLL baseados na receita bruta auferida mensalmente
ou com base em balanços ou balancetes de suspensão ou redução (RODRIGUES et
al., 2011).
De acordo com o artigo 30º da Lei nº 8.981 de 1995:

Art. 30. As pessoas jurídicas que explorem atividades imobiliárias relativa a


loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos
para revenda, deverão considerar como receita bruta o montante
efetivamente recebido, relativo às unidades imobiliárias vendidas. (BRASIL.
Lei 8.981. art. 30. 1995).

As empresas que optarem pelo regime anual deverão pagar mensalmente os


valores de IRPJ e CSLL de acordo com a lei da receita federal.
Para o IRPJ devido em cada mês será calculado através da aplicação da
alíquota de 15% sobre a base de cálculo. A parcela da base de cálculo, apurada
mensalmente, que exceder a R$ 20.000,00 ficará sujeita à incidência de adicional de
imposto à alíquota de 10% de acordo com a Lei nº 9.430/1996, artigo 2º).

Art. 2o A pessoa jurídica sujeita a tributação com base no lucro real poderá
optar pela pagamento do imposto, em cada mês, determinado sobre base de
cálculo estimada, mediante a aplicação dos percentuais de que trata o art. 15
da Lei no 9.249, de 26 de dezembro de 1995, sobre a receita bruta definida
pela art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, auferida
mensalmente, deduzida das devoluções, vendas canceladas e dos descontos
incondicionais concedidos, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 29 e
nos arts. 30, 32, 34 e 35 da Lei no 8.981, de 20 de janeiro de 1995.
(Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)
§ 2º A parcela da base de cálculo, apurada mensalmente, que exceder a R$
20.000,00 (vinte mil reais) ficará sujeita à incidência de adicional de imposto
de renda à alíquota de dez por cento. (BRASIL. Lei 9.430. art. 2. 1996)

A CSLL a recolher mensalmente é calculada pela aplicação da alíquota de 9%


sobre a base de cálculo encontrada, conforme o artigo 3º da Lei nº 7.689 de 1988,
incluído pela Lei nº 11.727 de 2008.
24

Desde 1º de janeiro de 2006, passou a integrar a receita bruta sobre a qual se


aplicam os percentuais de 8% de acordo com o Art. 15 da Lei 9.249 e 12% para as
demais receitas brutas de acordo com o Art. 20 da Lei 9.249 para fins de incidência
de IRPJ e CSLL, respectivamente:

O percentual de que trata este artigo também será aplicado sobre a receita
financeira da pessoa jurídica que explore atividades imobiliárias relativas a
loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios
destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos
para a revenda, quando decorrente da comercialização de imóveis e for
apurada por meio de índices ou coeficientes previstos em contrato." (BRASIL.
Lei 9.249. art. 20).

No Lucro Real o cálculo do PIS e COFINS é feito pelo não cumulativo, salvo
exceções. Esse regime consiste em deduzir, dos débitos apurados de cada
contribuição, os respectivos créditos admitidos na legislação. Segundo o §2ºArt 1º da
lei 10.627/2002:

Art. 1º A Contribuição para o PIS/Pasep, com a incidência não cumulativa,


incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
§ 2º A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep é o total das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, conforme definido no caput e no § 1o.
(BRASIL. Lei 10.627. art. 1. 2002).

A alíquota é de 1,65% para o PIS de e a alíquota do COFINS a base de cálculo


é a mesma e sua alíquota é de 7,6% de acordo com o artigo 2º da Lei 10.637.
Em virtude dos fatos mencionados, podemos definir que o Lucro real anual será
apurado no período compreendido de janeiro a dezembro de cada ano, sendo que a
empresa, mensalmente, terá que pagar ou demonstrar que não há imposto de renda
e a contribuição social sobre o lucro calculado por estimativa e com base no resultado
do somatório de um percentual aplicado sobre a receita bruta do mês, acrescidos do
ganho de capital e demais receitas sendo que os percentuais aplicáveis sobre a
receita bruta variam de acordo com a atividade da pessoa jurídica. Em seguida será
abordado o lucro real trimestral nas empresas do ramo da contração civil.
25

2.2.2.2 PIS e COFINS – Regime não cumulativo

De acordo com o artigo 2º da Lei nº 9.718 de 1998, as contribuições para o PIS


e a COFINS tem como base de cálculo o faturamento mensal, ou seja, a receita bruta
auferida pelas pessoas jurídicas.
Em relação as empresas que exploram atividades imobiliárias, o Decreto nº
4.524 de 2002 dispõe o seguinte:

Art. 16. Na hipótese de atividade imobiliária relativa a loteamento de terrenos,


incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem
assim a venda de imóveis construídos ou adquiridos para revenda, a receita
bruta corresponde ao valor efetivamente recebido pela venda da unidade
imobiliária, de acordo com o regime de reconhecimento de receitas previsto,
para o caso, pela legislação do Imposto de Renda (Medida Provisória nº
2.221, de 4 de setembro de 2001, art. 2º , e Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de
1995, art. 30). (BRASIL. Decreto nº 4.524. 2002)

Excluem-se da receita bruta acordo com o Lei nº 9.718/1998, artigo 3º os


seguintes tópicos:
I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;
II - as reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como
perda, que não representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo
da avaliação de investimento pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e
dividendos derivados de participações societárias, que tenham sido
computados como receita bruta;
IV - as receitas de que trata o inciso IV do caput do art. 187 da Lei no 6.404,
de 15 de dezembro de 1976, decorrentes da venda de bens do ativo não
circulante, classificado como investimento, imobilizado ou intangível;
VI - a receita reconhecida pela construção, recuperação, ampliação ou
melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível
representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão
de serviços públicos. (BRASIL. Lei 9.718, art, 3. 1998)

Para determinação do valor do PIS e da COFINS a recolher, aplica-se sobre a


base de cálculo apurada as alíquotas de 1,65% e 7,6%, respectivamente (TEIXEIRA;
PANTALEÃO; TEIXEIRA, 2012).
A Lei nº 10.833 de 2003 trata dos créditos que podem ser descontados dessas
contribuições, conforme segue:

Art. 4o A pessoa jurídica que adquirir imóvel para venda ou promover


empreendimento de desmembramento ou loteamento de terrenos,
incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado a venda, utilizará
o crédito referente aos custos vinculados à unidade construída ou em
construção, a ser descontado na forma do art. 3o, somente a partir da
efetivação da venda.
§ 1o Na hipótese de venda de unidade imobiliária não concluída, a pessoa
jurídica poderá utilizar crédito presumido, em relação ao custo orçado de que
trata a legislação do imposto de renda. (BRASIL. Lei 10.833. art. 4. 2003)
26

De acordo com o segundo parágrafo desse mesmo trabalho, o crédito


presumido é calculado mediante aplicação das alíquotas de 1,65% para o PIS e 7,6%
para a COFINS sobre o valor do custo orçado para término ou melhoramento da obra,
ajustado pela exclusão dos valores pagos a pessoa física; dos encargos trabalhistas,
sociais e previdenciários; entre outros. Tais créditos devem ser utilizados na
proporção da receita relativa a venda da unidade imobiliária, à medida do
recebimento. Além disso, ocorrendo alteração no valor do custo orçado antes do
encerramento da obra, o novo valor deve ser considerado para efeito de cálculo do
crédito.
Em vista dos argumentos apresentados, o regime não cumulativo do PIS e do
COFINS consiste em deduzir, dos débitos apurados de cada contribuição, os
respectivos créditos admitidos na legislação. O próximo tópico será abortado o regime
especial de tributação, um regime aplicável as incorporações imobiliárias.

2.2.3 Regime Especial de tributação

Com o intuito de desenvolver alguns setores da economia brasileira o Governo


disponibiliza incentivos fiscais, os Regimes Especiais Tributários (RETS),
beneficiando as empresas com redução da sua carga tributária. Dentre os inúmeros
regimes as empresas incorporadas da construção civil são beneficiadas com o
Regime Especial de Tributação.
O Regime Especial de Tributação (RET) foi instituído pelo Art. 1 da Lei 10.931
de 2004 que diz o seguinte:

Art. 1º Fica instituído o regime especial de tributação aplicável às


incorporações imobiliárias, em caráter opcional e irretratável enquanto
perdurarem direitos de crédito ou obrigações do incorporador junto aos
adquirentes dos imóveis que compõem a incorporação. (BRASIL. Lei 10.931.
art. 1. 2004)

O RET está disciplinado pela IN SRF nº 1435/2013 que considera como


incorporador toda pessoa física ou jurídica que, embora não efetuando a construção,
compromisse ou efetive a venda de frações ideais de terreno objetivando a vinculação
de tais frações a unidades autônomas, em edificações a serem construídas ou em
construção sob regime condominial, ou que meramente aceite propostas para
27

efetivação de tais transações, coordenando e levando a termo a incorporação e


responsabilizando-se, conforme o caso, pela entrega, a certo prazo, preço e
determinadas condições, das obras concluídas. E a incorporação imobiliária, a
atividade exercida com o intuito de promover e realizar a construção, para alienação
total ou parcial, de edificações ou conjunto de edificações compostas de unidades
autônomas.
Aderindo a esse sistema a incorporadora fara o pagamento unificado de tributo
com alíquota de 4% sobre as receitais mensais recebidas. Nesse Documento de
Arrecadação de Receitas Federais (DARF) consta os seguintes impostos de acordo
com o Art 5º da Instrução Normativa RFB Nº 1435:

Art. 5º Para cada incorporação submetida ao RET, a incorporadora ficará


sujeita ao pagamento mensal equivalente a 4% (quatro por cento) das
receitas mensais recebidas, que corresponderá ao pagamento unificado de:
I - IRPJ;
II - CSLL;
III - Contribuição para o PIS/Pasep; e
IV - Cofins. (BRASIL. IN RFB nº 1435. Art 5)

A opção pelo RET só será considerada efetivada quando o terreno e as


acessões objeto da incorporação imobiliária tenha sido afetados; inscrição de cada
incorporação no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); regularidade no
recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); prévia adesão ao
Domicílio Tributário Eletrônico (DTE); e a regularidade fiscal da matriz da pessoa
jurídica. E para concluir é necessário fazer a entrega do termo de opção ao regime
especial de tributação na unidade competente da Secretaria da Receita Federal.
Conforme mostra no § 1º e 2º do Art. 9 da IN 1435/2013 é de obrigação do
incorporador manter escrituração contábil das operações da incorporação podendo
ser efetuada em livros próprios ou nos da incorporadora, sem prejuízo das normas 21
comerciais e fiscais aplicáveis à incorporadora em relação às operações da
incorporação. Uma vez adotando os livros próprios para cada incorporação, a
escrituração contábil das operações da incorporação poderá ser efetivada
mensalmente na contabilidade da incorporadora, mediante registro dos saldos
apurados nas contas relativas à incorporação.
O pagamento do Importo de renda e das contribuições será considerado
definitivo, ou seja, não gera direito a restituição ou á compensação com o que for
apurado pela incorporadora conforme Art 6º da IN 1435/2013.
28

O Art 7º da IN 1435/2013 menciona para fins de repartição de receita tributária,


do percentual de 4% (quatro por cento) de que trata o caput do art. 5º serão
considerados:

I - 1,71% (um inteiro e setenta e um centésimos por cento) como Cofins;


II - 0,37% (trinta e sete centésimos por cento) como Contribuição para o
PIS/Pasep;
III - 1,26% (um inteiro e vinte e seis centésimos por cento) como IRPJ; e
IV - 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) como CSLL.
§ 1º Do percentual de 6% (seis por cento) de que trata o § 3º do art. 5º serão
considerados para fins de repartição de receita tributária:
I - 2,57% (dois inteiros e cinquenta e sete centésimos por cento) como Cofins;
II - 0,56% (cinquenta e seis centésimos por cento) como Contribuição para o
PIS/Pasep;
III - 1,89% (um inteiro e oitenta e nove centésimos por cento) como IRPJ; e
IV - 0,98% (noventa e oito centésimos por cento) como CSLL.
§ 2º Do percentual de 1% (um por cento) de que trata o § 4º do art. 5º serão
considerados para fins de repartição de receita tributária:
I - 0,44% (quarenta e quatro centésimos por cento) como Cofins;
II - 0,09% (nove centésimos por cento) como Contribuição para o PIS/Pasep;
III - 0,31% (trinta e um centésimos por cento) como IRPJ; e
IV - 0,16% (dezesseis centésimos por cento) como CSLL. (BRASIL. IN nº
1435 art. 5. 2013)

Este capítulo apresentou a fundamentação teórica sobre construção civil e


modalidades de tributação. O principal objetivo desta fundamentação é para orientar
e permitir ao leitor uma melhor compreensão deste projeto de trabalho de conclusão
de curso. Para tanto, o próximo capítulo vai apresentar a metodologia, dando
sequência a este trabalho.
29

3 METODOLOGIA

3.1 Classificação da pesquisa

3.1.1 Quanto aos objetivos

O método científico a ser adotado nesse estudo quanto aos objetivos é a


descritiva, pois o trabalho consiste em analisar e descrever, por meio da análise
tributária, a melhor forma de tributação em uma empresa do ramo de construção civil
dentre as formas de tributação.
As características descritivas estão relacionadas a descrever determinadas
características, segundo Gil (2010, p.28):

(...) algumas pesquisas descritivas vão além da simples identificação da


existência de relações entre variáveis, e pretendem determinar a natureza
dessa relação. Nesse caso, tem-se uma pesquisa descritiva que se aproxima
da explicativa.

Já para Beuren (2003), “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial
a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis.”, ou seja, no presente trabalho a
abordagem das características das empresas do ramo de construção civil e também
das formas de tributação são importantes para o entendimento do assunto.

3.1.2 Quanto à abordagem do problema

Quanto a abordagem, o projeto de pesquisa se classificam como qualitativa e


quantitativa. No presente trabalho, os dados serão tratados de forma quantitativa,
sendo apresentados em forma tabelas e quadros os dados que apresentaram o
faturamento, cálculo e resultados da aplicação das modalidades de tributação Lucro
Presumido, Lucro Real e RET.
Da forma qualitativa, que segundo Teixeira (2006, p. 137) “Procura reduzir a
distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da
análise fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela sua descrição e
interpretação”. Ou seja, as teorias descritas no trabalho aliado com os dados
apresentado é melhor compreendido.
30

3.1.3 Quanto aos procedimentos

A pesquisa será bibliográfica pois será feito um embasamento teórico nos


principais assuntos no que diz respeito a forma de tributação em organizações de
construção civil. De acordo com Beuren (2003), a pesquisa bibliográfica expõe testes
e conceitos sistematizados de livros de autores especialistas no assunto.
A pesquisa também será documental, pois será feito um estudo em balanços,
balancetes, dados fiscais, faturamento e DRE da empresa que será feita a analise
quanto a melhor forma de tributação de acordo com a lei. De acordo com Gil (2010),
a pesquisa documental se caracteriza por utilizar diversos tipos de documentos,
elaborados com muitas finalidades, é recomendável que seja classificado como fonte
documental o material consultado interno à organização.
A pesquisa do mesmo modo será um estudo de caso, pois será usado
informações e dados de uma empresa da construção civil, após essa coleta é feita
uma análise e aplicação da análise tributária. Para Teixeira (2006), o estudo de caso
é uma investigação empírica de um certo fenômeno dentro de seu contexto da vida
real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o contexto não estão bem
definidos. Já segundo Gil (2010), esse tipo de procedimento técnico pode ser definido
como um estudo detalhado e exaustivo de um ou poucos objetos, de forma que
permita seu amplo e profundo conhecimento.

3.2 Características da organização

A empresa Construir estudada no presente trabalho atua no mercado


imobiliário localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais. Fundada em outubro de 1976
a empresa possui em seu contrato social os seguintes objetos sociais: Construção
Civil; Incorporação de Imóveis; Administração e arrendamento de imóveis; Locação e
Intermediação de Imóveis. No entanto, sua principal atividade (de fonte de renda) é a
construção e venda de empreendimentos de alto padrão, o qual estabelece a
elaboração minuciosa do projeto com uma qualidade na construção e também preza
a excelência de uma boa localização nas regiões de Belo Horizonte.
Em relação ao porte da empresa ele é considera uma empresa grande pelo fato
de o grupo possuir várias filiais, a empresa apresenta mais de 50 funcionários
trabalhando na área administrativa e mais de 40 trabalhadores trabalhando nas obras,
31

a empresa tem como CEO 2 irmãos e conta com um lucro anual em média de R$
200.000.000,00 de reais somando todas as filiais do grupo.

3.3 Coleta de dados

Nesse estudo foi feita a caracterizar as empresas do ramo da Construção Civil,


o qual os dados coletados para este tópico foi livros relacionados aos assuntos que
caracteriza empresas do ramo de construção civil.
Foi feita a apresentação do embasamento teórico das formas de tributação, a
coleta de dados para este assunto foi nas leis brasileiras atualizadas até o ano de
2021. Para Gil (2010) o processo de coleta de dados é uma parte muito importante,
pois são a partir desses dados que a pesquisa vai ter o estudo e análise estabelecida
e seus conceitos no presente trabalho.
Será feita a comparação das formas de tributação verificando a opção mais
correta para a empresa analisada. Para isso serão usados os dados de uma empresa
do ramo de construção civil, os dados coletados serão relatórios de recebimento de
clientes mensal, extrato bancários para a análise de receita financeira oriundas de
aplicações e por fim relatórios de vendas canceladas, para posterior ser feita a análise
e aplicação da análise tributária, estes dados vão ser obtidos com a contabilidade da
própria empresa. Para a coleta dos dados e dos relatórios para o presente estudo,
será utilizada uma conversa informal com o contador da empresa. Para Beuren
(2003), a coleta de dados será onde representa como as informações para a o estudo
do trabalho são adquiridas.

3.4 Tratamento dos dados

Os dados expostos neste trabalho serão estudados a partir de relatórios de


vendas e de recebimentos de clientes, da utilização de balancetes de verificação e de
relatórios bancários que apresenta rendimentos financeiros oriundos de aplicações
financeiras, a partir destes dados sara feita aplicação das fórmulas e das
porcentagens de acordo com o método de tributação e relacionando-a com a lei
vigente para a realização dos cálculos. Posto isso, os resultados obtidos serão
analisados para a definição do melhor regime de tributação. Para Prodanov (2013)
após a coleta dos dados, o desenvolvimento da pesquisa obtém informações os quais
32

pode ser analisado e interpretado visando à sua correta utilização, conforme o objetivo
da pesquisa. Já para Gil (2010) o tratamento dos dados pode ser considerado o
momento em que a pesquisa destaca os dados com maior clareza, o qual o leitor pode
ter um entendimento amplo dos dados escolhido para a anise do estudo.

3.5 Limitações da pesquisa

A pesquisa está limitada aos impostos e contribuições federais IRPJ, CSLL,


COFINS e PIS pertinentes aos sistemas de tributação denominados como Lucro
Presumido e Lucro Real. Restringe-se também a um estudo de caso e aplicação de
planejamento tributário em uma prestadora de serviço do ramo de construção civil.
Para Gil (2010), qualquer que seja o instrumento utilizado e o tema abordado, o
levantamento apresentará sempre algumas limitações no que se refere ao estudo de
algum determinado tema.
33

4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1 Apresentação da empresa foco do trabalho de pesquisa

A empresa Construir alvo do projeto em estudo ajuda a construir os


empreendimentos de mais alto padrão do Brasil, com participações nas regiões mais
importantes e nobres de Belo horizonte e São Paulo.
Como descrito, o campo de atuação da empresa Construir é o ramo da
construção civil pesada, dessa forma há um extenso escopo de fornecedores e
clientes espalhados por todo canto do país, abrangendo uma alta quantidade de
municípios e estados. Com a crescente da construção civil e segundo levantamento
da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) de janeiro a setembro, houve
aumento de 37,6% nos lançamentos, na comparação anual, para 171.013 unidades,
e 22,5% de crescimento das vendas, para 187.952 unidades, o que implica cada vez
mais em geração de receita e consequentemente a necessidade de um bom
planejamento tributário.
E empresa Construir está localizada em Belo Horizonte, Minas Gerais e foi
fundada em outubro de 1976, possui em seu histórico mais de 25 empreendimento de
sucesso, e cada vez mais vem dedicando seus esforços no alto padrão, a construtora
comprovou sua habilidade em transportar para qualquer empreendimento as soluções
inovadoras e os seus padrões de excelência. Seus fornecedores e clientes estão em
operação nas seguintes áreas de negócios: Desenvolvimento imobiliário,
terraplanagem, metalúrgica, construção civil, locação de salas, tecnologia, transporte
e logística.
Em relação ao porte da empresa ele é considera uma empresa grande pelo fato
de o grupo possuir várias filiais, a empresa apresenta mais de 50 funcionários
trabalhando na área administrativa e mais de 40 trabalhadores trabalhando nas obras,
é comandada por 2 socies e conta com um faturamento médio anual de
R$200.000.000,00 reais juntando todas as filiais.
O portfólio completo de projetos de empreendimentos desenvolvidos constitui
diversos tipos de obras, como: Empreendimentos focados em salas para escritório,
apartamentos focados em para famílias e os apartamentos flats em atuação em mais
de 2 estados do país. Todo esse escopo são fontes de informações que confirmam a
34

necessidade tecnológica e de comunicação no desenvolvimento de projetos, por isso,


a busca por ferramentas de melhorias contínuas no mercado é constante.
Sobre o nível de informalização da empresa, ela possui um sistema integrado de
controle de notas fiscais customizado da TOTVS, o qual conta com um processo
dinâmico de aprovações de notas fiscais que inicia diretamente da obra e termina no
financeiro com seu lançamento e efetivo pagamento. O mesmo acontece com o
reconhecimento da receita, o qual passa por um processo de identificação,
classificando-as para seu enquadrado no lucro presumido, lucro real ou no regime
especial de tributação, pois cada receita tem sua classificação e tributação específica
dependendo do atual estado do empreendimento e do seu seguimento.

4.2 Dificuldades da tributação na contração civil no Brasil

A construção civil é reconhecida por ser um dos setores que mais contribui com
a economia brasileira e o desenvolvimento do país. Mesmo em meio à crise que tem
abalado a economia brasileira nos últimos anos, o setor não deixou de se expandir.
No entanto, esse campo também apresenta as suas dificuldades, sendo uma
delas a tributação. Quando se está no ramo da construção civil precisa lidar com uma
elevada carga tributária, que pode ser bastante confusa. Por essa razão, muitos
empresários acabam enfrentando alguns inconvenientes na hora de pagar os
impostos, o que pode atrapalhar as finanças da empresa. O que demonstra a
importância de uma boa análise tributária.
Toda empresa lucrativa são sujeiras a incidência de impostos diretos, tais como
o IRPJ, CSLL, onde são por determinação legal. Para isso a empresa precisar saber
o enquadramento tributário, o qual se tratando de empresa de contratação civil pode
ser Lucro Presumido, Lucro real ou RET, para isso cada regime precisa ser analisado
e enquadrado corretamente ao seguimento do empreendimento.
Uma grande dificuldade é a rigidez quanto ao enquadramento dos impostos e
suas constantes mudanças nas normas. Essas alterações acabam exigindo que o
responsável pela análise tributária acompanhe as publicações sobre o assunto
diariamente. O excesso das alterações normativas colabora para o aumento de erros
e de custos, já que, invariavelmente, a contratação de um profissional ou empresa
especializada se torna fundamental.
35

Um dos outros grandes problemas enfrentados pelas empresas é a dificuldade


de identificar a diferença do regime cumulativo e o não cumulativo.
Se a empresa adota o regime Lucro Presumindo, mesmo sendo o mais
simplificado, deve-se atentar que o tributo é trimestralmente. Este imposto tem que
ser apurado sobre a receita bruto e sobre qualquer outro tipo de receita de ganhos de
capital. No regime presumido, é importante saber que existem um adicional de IRPJ
caso o valor exceda resultante da multiplicação de vinte mil reais pelo número de
meses do período de apuração, sendo de dez por cento este valor da parcela. Já a
contribuição social não tem este percentual de excesso.
Quando é escolhida a opção pelo Lucro Real, a regra a ser aplicada tem que
ser o tributo apurado sobre o lucro fiscal, o qual é ajustado pelas adições e exclusões
permitidas por lei. Existe a apuração anual feita mensalmente e trimestral, o qual a
anual tem que ser baseada na receita bruta auferida mensalmente e a trimestral
determinado ao final de cada trimestre com base no resultado líquido do período.
O regime especial de tributação é caracterizado pelo tipo de contabilização
específica junto a apuração pelo POC. Uma das dificuldades encontradas pelas
empresas é a forma da contabilização e sua implementação ao sistema integrado, o
qual tem que ser feita especificando as despesas como custos diretos ou despesas
contabilizadas diretamente no resultado. Além disso, toda receita gerada pelo
empreendimento não pode ser distribuída para os sócios.
Diante dos problemas apresentados em relação a tributação no ramo da
construção civil. No próximo capítulo será analisado como deve ser feita a tributação
sobre a receita de uma filial.

4.3 Apuração dos tributos - LUCRO PRESUMIDO

A empresa objeto desse estudo possui, uma receita bruta total dentro dos
limites estabelecidos no art. 13 da Lei nº. 12.814/2013, dessa forma, é possível fazer
a opção Lucro presumido.
36

4.3.1 PIS E COFINS

Nos quadros 1 e 2 está demonstrado o resultado apurado do PIS e COFINS da


empresa Construir, nos anos de 2020 e 2021. As alíquotas aplicadas para o PIS e
COFINS são 0,65% e 3% respectivamente, sobre a receita bruta auferida no mês.

Quadro 1 - Cálculo dos Tributos PIS e COFINS - Lucro Presumido 2020


2020
MÊS RECEITA
PIS COFINS
Janeiro 135.000,00 877,50 4.050,00
Fevereiro 15.000,00 97,50 450,00
Março 5.157.879,40 33.526,22 154.736,38
Abril 1.293.546,70 8.408,05 38.806,40
Maio 931.989,26 6.057,93 27.959,68
Junho 849.610,86 5.522,47 25.488,33
Julho 516.759,32 3.358,94 15.502,78
Agosto 344.641,87 2.240,17 10.339,26
Setembro 990.934,36 6.441,07 29.728,03
Outubro 533.358,02 3.466,83 16.000,74
Novembro 558.847,23 3.632,51 16.765,42
Dezembro 1.475.069,93 9.587,95 44.252,10
TOTAL 12.802.636,95 83.217,14 384.079,11
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

No quadro 02 é possível observar os valores encontrados no cálculo do PIS e


COFINS no ano de 2021.
37

Quadro 2 - Cálculo dos Tributos PIS e COFINS - Lucro Presumido 2021


2021
MÊS RECEITA
PIS COFINS
Janeiro 578.712,13 3.761,63 17.361,36
Fevereiro 443.124,08 2.880,31 13.293,72
Março 3.488.157,53 22.673,02 104.644,73
Abril 797.197,50 5.181,78 23.915,93
Maio 567.245,81 3.687,10 17.017,37
Junho 1.560.539,26 10.143,51 46.816,18
Julho 2.551.503,91 16.584,78 76.545,12
Agosto 1.149.292,10 7.470,40 34.478,76
Setembro 1.494.033,55 9.711,22 44.821,01
Outubro 1.934.743,41 12.575,83 58.042,30
Novembro 838.967,08 5.453,29 25.169,01
Dezembro 2.116.652,86 13.758,24 63.499,59
TOTAL 17.520.169,22 113.881,10 525.605,08
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Com base nos dados apresentados nos quadros 1 e 2, temos que o valor
recolhido em 2020 de PIS e COFINS foram respectivamente de R$83.217,14 e
R$384.079,11 e em 2021 foram R$113.881,10 e R$ 525.605,08. No quadro 3 está
demonstrando a comparação dos valores encontrados nos anos de 2020 e 2021.

Quadro 3 - Comparação PIS e COFINS


IMPOSTO 2020 2021 TOTAL
PIS 83.217,14 113.881,10 197.098,24
COFINS 384.079,11 525.605,08 909.684,19
TOTAL 467.296,25 639.486,18 1.106.782,43
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Nos anos de 2020 e 2021 foram recolhidos de PIS e COFINS no montante de


R$1.106.782,43, sendo R$197.098,24 de PIS e R$909.684,19 de COFINS.

4.3.2 IRPJ e CSLL

Na Construir o IRPJ e a CSLL são calculados obedecendo o calendário


trimestralmente. Onde o IRPJ é utilizado o percentual de 32% para a base de cálculo,
que é a receita de imóveis, sobre esse resultado é aplicada a alíquota de 15%. Para
a CSLL é aplicado os mesmos 32% sobre a receita e do valor encontrado é aplicado
a alíquota de 9%.
38

O Quadro 4 demonstra detalhadamente os valores para cada imposto acima


descrito para o ano de 2020.

Quadro 4 - IRPJ e CSLL 2020


ANO PERIODO IRPJ CSLL TOTAL
1º TRIMESTRE 254.778,21 152.866,93 407.645,14
2º TRIMESTRE 147.607,05 88.564,23 236.171,28
2020 3º TRIMESTRE 88.912,11 53.347,26 142.259,37
4º TRIMESTRE 123.229,21 73.937,53 197.166,73
TATAL 614.526,57 368.715,94 983.242,52
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

No quadro 5 está demonstrado os valores dos do IRPJ e CSLL do ano 2021.

Quadro 5 - IRPJ e CSLL 2021


ANO PERIODO IRPJ CSLL TOTAL
1º TRIMESTRE 216.479,70 129.887,82 346.367,52
2º TRIMESTRE 140.399,16 84.239,50 224.638,66
2021 3º TRIMESTRE 249.351,82 149.611,09 398.962,91
4º TRIMESTRE 234.737,44 140.842,46 375.579,91
TATAL 840.968,12 504.580,87 1.345.549,00
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

A respeito ao IRPJ e CSLL os valores recolhidos e apurados em 2020 são de


R$614.526,57 e R$368,715,94 e em 2021 para os mesmos tributos o recolhimento foi
nessa ordem de R$840.968,12 e R$504.580,87. No quadro 6 está indicando
sinteticamente os valores encontrados nos anos de 2020 e 2021.

Quadro 6 - Comparação IRPJ e CSLL


IMPOSTO 2020 2021 TOTAL
IRPJ 614.526,57 840.968,12 1.455.494,70
CSLL 368.715,94 504.580,87 873.296,82
TOTAL 983.242,52 1.345.549,00 2.328.791,51
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Sendo assim, conforme o Quadro 7, o total recolhido nos anos 2020 e 2021 de
tributos federais sobre a receita de venda foram por fim o valor de R$1.450.538,77 e
R$1.985.035,17, sendo um total pago aos cofres públicos o valor de R$3.435.573,94.
39

Quadro 7 - Montante Pago nos anos de 2020 e 2021


IMPOSTO 2020 2021 TOTAL
IRPJ 614.526,57 840.968,12 1.455.494,70
CSLL 368.715,94 504.580,87 873.296,82
PIS 83.217,14 113.881,10 197.098,24
COFINS 384.079,11 525.605,08 909.684,19
TOTAL 1.450.538,77 1.985.035,17 3.435.573,94
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

4.4 Apuração dos tributos – Lucro Real

De acordo com os dados coletados, a empresa Construir em analise não


apresentou prejuízo fiscal, assim, foi adotado o critério de apuração anual do IRPJ e
CSLL. Além disso, realizando a conferência da Demonstração do Resultado do
Exercício constatou-se que a empresa não apresenta nenhuma adição e exclusão
para o cálculo do IRPJ e CSLL.
Quando se aplica a tributação Lucro Real, as alíquotas do PIS e COFINS
aumentam consideravelmente em relação às alíquotas do Lucro Presumido, uma vez
que, obedece ao regime não cumulativo. Os valores da alíquota são, respectivamente,
1,65% e 7,60% sobre o faturamento mensal da empresa.
No Quadro 8 é possível verificar os valores a serem recolhidos pela tributação
do Lucro Real. A base de cálculo neste regime tributário é obtida a partir do lucro
líquido originado na DRE e ajustado por adições, exclusões e compensações. A
alíquota do IRPJ de 15% e da CSLL de 9% são aplicadas sobre o lucro tributável.
40

Quando 8 - Apuração pelo Lucro Real (anual)


ITEM 2020 2021
IR
Lucro Liquido Antes do IR e CSLL 4.090.897,35 8.812.295,73
15% IR 613.634,60 1.321.844,36
10% Adicional de IR 385.089,74 857.229,57

CSLL
Lucro Líquido Antes do IR e CSLL 4.090.897,35 8.812.295,73
9% CSLL 368.180,76 793.106,62

PIS - COFINS (Não cumulativo)


BASE DE CALCULO 12.707.636,95 17.492.669,22
1,65 % PIS 209.676,01 288.629,04
7,6% COFINS 965.780,41 1.329.442,86

TOTAL 2.542.361,52 4.590.252,45


Fonte: Dados da pesquisa (2022)

4.5 Apuração dos tributos – R.E.T.

A opção pelo Regime Especial de Tributação – R.E.T. a filial a objeto deste


estudo pode recolher 4% na totalidade dos tributos federais sobre o faturamento, nas
seguintes proporções de acordo com o Art 7º da Instrução Normativa RFB Nº 1435:

Art. 7º Para fins de repartição de receita tributária, do percentual de 4%


(quatro por cento) de que trata o caput do art. 5º serão considerados:
I - 1,71% (um inteiro e setenta e um centésimos por cento) como Cofins;
II - 0,37% (trinta e sete centésimos por cento) como Contribuição para o
PIS/Pasep;
III - 1,26% (um inteiro e vinte e seis centésimos por cento) como IRPJ; e
IV - 0,66% (sessenta e seis centésimos por cento) como CSLL.

Com base nos percentuais observa-se como é a apuração aplicando o Regime


especial de tributação no Quadro 9 referentes aos anos de 2020 e 2021:
41

Quadro 9 - Tributação pelo RET 2020 e 2021


Imposto 2020 2021

IR
Receita Bruta 12.802.636,95 17.520.169,22
1,26% IR 161.313,23 220.754,13

CSLL
Receita Bruta 12.802.636,95 17.520.169,22
1,71% CSLL 218.925,09 299.594,89

PIS
Base de calculo 12.802.636,95 17.520.169,22
0,37 % PIS 47.369,76 64.824,63

COFINS
Base de calculo 12.802.636,95 17.520.169,22
0,66 % COFINS 84.497,40 115.633,12

Total 4% 512.105,48 700.806,77


Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Quando a opção pelo regime é o R.E.T. os recolhimentos desses tributos


devem ser mensais e sempre considerando somente as receitas operacionais, além
da diferença das alíquotas mostradas no Quadro 9. Dito isso, pelo Regime Especial
de Tributação a filial objeto desse estudo teria recolhido nos anos de 2020 e 2021 o
valor de R$1.212.912,25 de impostos sobre o faturamento.

4.6 Comparação dos modelos de tributação

Uma vez feita todas as análises pelos modelos de Lucro Presumido, Lucro Real
e R.E.T. nos anos de 2020 e 2021 é possível verificar quais são os impactos de cada
imposto.
O PIS e COFINS nos três regimes tributários, Lucro Real, Lucro Presumido e
RET a diferença nos valores financeiros podem alcançar aproximadamente o valor de
R$2.400.000,00 do regime mais oneroso para o menos oneroso. Essa diferença
acontece, pois, a alíquota do Cofins para o regime Lucro real é a maior entre os
regimes estudo. No quadro 10 mostra as diferenças encontradas nessas formas de
tributação com relação ao PIS e COFINS.
42

Quadro 10 - Comparação dos Regimes Tributários


Regime Tributario Lucro Real Lucro Presumido RET
Ano PIS COFINS PIS COFINS PIS COFINS
2020 209.676,01 965.780,41 83.217,14 384.079,11 47.369,76 84.497,40
2021 288.629,04 1.329.442,86 113.881,10 525.605,08 64.824,63 115.633,12
Total 498.305,05 2.295.223,27 197.098,24 909.684,19 112.194,38 200.130,52

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

O Quadro 11 apresenta os valores de IRPJ e CSLL calculados nos três regimes


de tributação para os anos de 2020 e 2021. Com essa análise feita é possível notar
que a opção de tributação pelo Lucro Real se torna a mais onerosa para a empresa,
pois o regime é necessário a aplicação da alíquota de 15% mais o adicional de 10%,
por outro lado a opção mais econômica financeiramente é o RET.

Quadro 11 Comparação dos Regimes Tributários


Regime Tributario Lucro Real Lucro Presumido RET
Ano IR CSLL IR CSLL IR CSLL
2020 998.724,34 368.180,76 614.526,57 368.715,94 161.313,23 218.925,09
2021 2.179.073,93 793.106,62 840.968,12 504.580,87 220.754,13 299.594,89
Total 3.177.798,27 1.161.287,38 1.455.494,70 873.296,82 382.067,36 518.519,99

Fonte: Dados da pesquisa (2022)

4.7 Análise dos Resultados

O Quadro 12 mostra a consolidação dos tributos, IRPJ, CSLL, PIS e COFINS,


em cada regime tributário, nos anos de 2020 e 2021. Assim, é possível observar que
a opção tributária que se apresenta mais vantajosa é o Regime Especial de Tributação
(RET), isso porque, o RET por ser um incentivo do Governo apresenta as suas
alíquotas reduzidas quando comparamos com as outras opções de regime.

Quadro 12 Consolidação dos Tributos


LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO RET
2020 2021 2020 2021 2020 2021
PIS 209.676,01 288.629,04 83.217,14 113.881,10 47.369,76 64.824,63
COFINS 965.780,41 1.329.442,86 384.079,11 525.605,08 84.497,40 115.633,12
IR 998.724,34 2.179.073,93 614.526,57 840.968,12 161.313,23 220.754,13
CSLL 368.180,76 793.106,62 368.715,94 504.580,87 218.925,09 299.594,89
TOTAL 2.542.361,52 4.590.252,45 1.450.538,77 1.985.035,17 512.105,48 700.806,77
Fonte: Dados da pesquisa (2022)
43

No Quadro 12 mostra que o Lucro Real e o Lucro Presumido são as opções


mais onerosas para a empresa, o qual ela pagaria um valor muito maior de tributos
devido a suas alíquotas elevadas. Dessa forma, não é vantajoso para a empresa fazer
a opção do Lucro Real ou Lucro Presumido como regime tributário.
Com essa análise, verifica-se que a importância de uma boa Análise Tributária,
o qual proporciona a empresa a escolha do melhor regime tributário, onde o objetivo
é reduzir os gastos com tributos pagos e valores que recaem sobre o negócio de forma
achar o meio legal menos oneroso a empresa.
O quadro 13 representa a porcentagem da receita bruta que os regimes
tributários consumiram nos anos de 2020.

Quadro 13 Consumo da Receita pelo Regime Tributário 2020


2020
Receita bruta 12.802.636,95
Lucro Real 19,86%
Lucro Presumido 11,33%
RET 4,00%
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Agora o quadro 14 mostra porcentagem da receita bruta que os regimes


tributários consumiram nos anos de 2021.

Quadro 14 Consumo da Receita pelo Regime Tributário 2020


2021
Receita bruta 17.520.169,22
Lucro Real 26,19%
Lucro Presumido 12,33%
RET 4,00%
Fonte: Dados da pesquisa (2022)

Esta análise mostra que se a empresa Construir optar pelo RET o valor médio
a ser desembolsado no final do exercício social é de R$ 4,00 para cada R$ 100,00
recebidos. Já no Lucro Presumido o valor é de R$ 10,00 e no Lucro Real de em média
R$25,00 para cada R$100,00 recebido.
44

5 CONCLUSAO

Ao longo deste trabalho o problema de pesquisa foi respondido por meio da


obtenção de dados apresentados pela contabilidade da empresa, onde foram
apurados os impostos com base no Lucro Presumido, Lucro Real e RET, todos os
cálculos necessários para essa apuração se encontram no tópico 4 do presente
trabalho.
Ao fazer a comparação entre os dois sistemas de tributação presentes na
legislação, o Lucro Real e o Lucro Presumido, é possível constatar que a tributação
pelo Lucro Presumido se torna menos onerosa para a empresa estudada, pois o Lucro
presumido não é necessário o adicional do 10% na base cálculo, além do fato das
alíquotas da CSLL e do COFINS para o Lucro Real são as maiores entre os regimes.
Na comparação entre os dois é perceptível que o Lucro Presumido possui uma forma
mais simples de ser adotada.
No entanto o objetivo do trabalho é identificar qual a forma de tributação é mais
vantajosa para a empresa do segmento de incorporação e construção de imóveis. E
dentre essas opções nós temos o Lucro Presumido, Lucro Real e Regime Especial.
Os objetivos específicos foram satisfeitos durante o tópico 2 – Referencial
Teórica, onde foi caracterizado uma Incorporadora Imobiliária. Os demais objetivos
foram atendidos no tópico 4 – Apresentação e Análise dos resultados, onde foram
apresentados em tabelas e explicações o melhor regime tributário para a empresa. O
Quadro 12 mostra resumidamente o resultado dessa pesquisa e identifica o melhor
regime para a empresa.
Nesse sentido, observou-se que a adoção do Regime Especial de Tributação
pode proporcionar muitas vantagens para a empresa estudada e se tornando a opção
menos onerosa para a empresa Construir ao final do exercício.
Este estudo demonstrou a importância de se realizar uma boa Análise
Tributária com o objetivo minimizar os tributos de forma lícita. Com esse estudo, foi
possível observar que além das opções convencionais de regime tributário a
legislação pode incluir outros regimes para determinados segmentos empresariais, tal
como na construção civil, com o intuído de incentivar esses ramos do mercado e
aquecer a economia com incentivos fiscais como o RET estipulados pelo governo.
45

REFERÊNCIAS

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contabilidade: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2003.

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(PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos que
especifica; sobre o pagamento e o parcelamento de débitos tributários federais, a
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