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MARAU (RS)
2019
JOICE LIMA TABORDA
MARAU (RS)
2019
JOICE LIMA TABORDA
___________________________________________
Coordenação do Curso de Graduação em Ciências Contábeis
Banca Avaliadora:
Membro: .....................................................................................................
Prof. Adriane Margarida Mignoni – Mestre em Administração
Membro: .....................................................................................................
Prof. Elizabete Casagrande Lazarotto – Mestre em Administração
Presidente: .....................................................................................................
Prof.ª Sara Vanin Giasson – Mestre em Ciências Contábeis – Orientadora
A Deus.
A todos vocês,
O ambiente digital tem se tornado cada vez mais utilizado pelos mais variados públicos para a
realização de diferentes atividades e não seria diferente com as empresas. O comércio por
meio da plataforma digital se tornou algo comum e assim como qualquer outra empresa
tradicional, um e-commerce precisa aplicar o gerenciamento contábil para o controle
econômico e financeiro da empresa. Nesse sentido, busca-se verificar a aplicação da
contabilidade gerencial na gestão financeira de um e-commerce, utilizando como objetivo
geral do estudo, analisar a aplicação das ferramentas da contabilidade gerencial para a gestão
financeira e tomada de decisão em um e-commerce. Como objetivos específicos busca-se
analisar a relevância da contabilidade gerencial para o e-commerce, identificar como uma
empresa e-commerce utiliza as informações provenientes da contabilidade gerencial, calcular
os indicadores financeiros de Liquidez, Lucratividade e Endividamento e o Retorno sobre o
Patrimônio Líquido e analisar como a contabilidade gerencial pode beneficiar a gestão
financeira de um e-commerce. Para isso foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa,
descritiva, por meio de um estudo de caso de um e-commerce da região norte do estado do
Rio Grande do Sul, utilizando a aplicação de questionário e análise documental. Constatou-se
que há crescimento no setor de compras online e por isso, a contabilidade gerencial torna-se
uma importante ferramenta de apoio ao gestor. A Shopsempre, possui seus indicadores com
bons resultados, com baixos índices de endividamento ao longo dos anos e crescentes
retornos, assim como, bons índices de liquidez.
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................9
2 REFERENCIAL TEÓRICO......................................................................................11
2.1 E-commerce.................................................................................................................11
2.2 Contabilidade para e-commerce................................................................................16
2.3 Objetivos e finalidade da contabilidade gerencial...................................................17
2.4 Gestão e planejamento financeiro.............................................................................19
3 METODOLOGIA.......................................................................................................32
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS................................................................35
4.1 Desenvolvimento do e-commerce...............................................................................35
4.2 Caracterização da empresa estudada........................................................................36
4.3 E-commerce na empresa estudada............................................................................37
4.4 Contabilidade gerencial no E-
commerce ..................................................................39
4.5 Análise dos indicadores..............................................................................................41
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.....................................................................................46
REFERÊNCIAS......................................................................................................................48
APÊNDICE..............................................................................................................................52
APÊNDICE A – Questionário de Pesquisa Empresa..........................................................53
APÊNDICE B – Roteiro de pesquisa para o escritório de contabilidade..........................54
1 INTRODUÇÃO
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Este capítulo traz o referencial teórico sobre os temas abordados na pesquisa, servindo
como base para aplicação prática da mesma. Inicialmente, são apresentados conceitos sobre e-
commerce e a contabilidade para esse modelo de negócio. Também aborda-se a finalidade da
contabilidade gerencial para o e-commerce, além dos objetivos. Busca-se relatar também
sobre a gestão financeira e sua relevância para o comércio eletrônico, além de indicadores
financeiros e econômicos de uma empresa.
2.1 E-COMMERCE
Em virtude de o mundo virtual estar cada vez mais presente no cotidiano das pessoas,
as empresas buscam fazer uso dessa tecnologia para atingir um número cada vez maior de
consumidores e por isso, estão investindo fortemente no comércio eletrônico (SANTOS;
MIRANDA, 2015). O varejo online ou comércio eletrônico, vai muito além de somente
vender produtos para um consumidor final por meio das lojas virtuais. Conforme relata
Almeida (2014), o comércio eletrônico abrange diversas transações que envolvem produtos,
serviços, dinheiro, informações, entre outros.
Em um levantamento histórico, Machado Junior, Reis e Cunha (2016), comentam que
o comércio via web iniciou-se nos anos 90, cujo período era promissor para a criação de
websites. Nesse período, havia muito capital a ser investido, e as promessas de sucesso para
quem optasse por esse novo modelo de comércio eram auspiciosas. As empresas que
resistiram, após anos conturbados na década de 2000, investiram nas suas operações online
como forma de se diferenciar no mercado. Assim, surgiram as estratégias de e-marketing, que
representa o marketing planejado e elaborado essencialmente para atender ao e-commerce.
Nesse sentido, compreende-se que no comércio eletrônico envolve toda a cadeia de
valor dentro de um cenário eletrônico (ALMEIDA, 2014). Também denominado de e-
commerce, conforme o autor, em seu ambiente além de um fornecedor e um consumidor,
11
existem parceiros e intermediários que estão envolvidos na transação, o que torna o comércio
eletrônico um serviço abrangente.
Para os varejistas, o advento do comércio eletrônico proporcionou novas estruturas
para a comercialização dos seus produtos e serviços e para os consumidores, facilidade e
comodidade em pesquisar preços, comparar produtos e flexibilidade nas compras à distância
(HOR-MEYL, et al, 2012). Contudo, os autores salientam que apesar de promissor, há um
número elevado de reclamações dos consumidores quanto às compras online o que também,
traz consequências para as empresas.
Conforme ressalva Almeida (2014, p. 2):
O ambiente de vendas pela internet ainda que vasto e repleto de oportunidades, pode
apresentar-se hostil ou destinado ao fracasso se mal planejado e administrado. Uma
vez que, qualquer loja pode estar a alguns cliques de distância das concorrentes e o
consumidor não satisfeito tem o poder de atingir milhares de pessoas com uma má
impressão inicial.
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Figura 1 – E-commerce no mundo.
Analisando a Figura 1, observa-se que somente 2,7% das vendas ocorridas são pela
plataforma digital, evidenciando um vasto campo a ser explorado ainda pelas empresas.
Conforme ressalta o Ebit (2019), entre os países da América Latina, o Brasil é o pais mais
desenvolvido no e-commerce, cujas vendas online tem a importância de 4,3%, no total das
vendas realizadas.
Contudo, Gomes e Reis (2016) citam também que existem algumas desvantagens,
como a demora para a criação da estratégia, que muitas vezes se resume à criação e Fan
Pages, onde os usuários devem curtir e seguir a página. Essa atividade consome muita
determinação e trabalho por parte dos profissionais que estão administrando. Apesar de
trabalhosa, a comunicação pelo e-marketing pode trazer mais benefícios para a empresa do
que atrapalhar suas ações.
É preciso que a mesma tenha um suporte estruturado para a comunicação exigida por
essa ferramenta. Apesar disso, observando a crescente utilização das mídias digitais, esse é
um nicho a ser explorado e considerado pelas empresas que buscam um relacionamento mais
próximo ao cliente.
Outro problema encontrado pelas empresas digitais é a comunicação com o cliente,
que se não for realizada, não resultará nos retornos em vendas esperados, o que por sua vez,
pode ser um dos motivos do baixo rendimento do setor. Com a competitividade das empresas
chegando ao nível global, a realidade digital fez com que as empresas se desenvolvessem
13
estratégias voltadas ao marketing digital (ABRANTES, 2015). Conforme relaciona Abrantes
(2015), as novas tecnologias chegaram para mudar e melhorar o comportamento humano, e
sai na frente na competitividade do mercado aquela que conhecer e se adaptar a essa nova
tendência. Com a Internet, as empresas podem realizar o monitoramento das suas campanhas
publicitárias, os acessos e origem do público interessado, favorecendo o mapeamento do
público alvo.
Contudo, a internet traz uma excessiva gama de informações, disponibilizadas ao
mesmo tempo e para os mesmos públicos, dificultando a escolha dos consumidores por uma
opção entre todas as demais. Nesse cenário, vence a empresa que também investir melhor o
seu mix de marketing. Quanto maior e mais especifica for a divulgação de um produto na
internet, mais segura é a escolha do consumidor (ABRANTES, 2015). Para Costa et al (2016),
o marketing digital refere-se ao marketing praticando em ambientes digitais, basicamente
focado no consumidor. Torres (2009, apud Costa et al, 2016, p. 341), pontua sobre a relação
existente entre o marketing tradicional e o digital, conforme exposto no Quadro 1.
Observa-se que as estratégias de marketing digital não diferem dos objetivos das
estratégias de marketing tradicional, conforme observado no Quadro 1. No entanto, o que se
observa na literatura é que as estratégias de marketing +digital, tem se mostrado eficaz em
muitas empresas. Para Santos e Oliveira (2016), o marketing digital não trata somente de uma
ou outra ação de publicidade, mas sim de um conjunto coerente e eficaz de ferramentas sendo
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algumas o website, e-commerce, e-mail marketing, banner, links patrocinados, redes sociais,
entre outras.
Para Abrantes (2015), o marketing online traz como algumas vantagens a
conveniência pelo acesso a qualquer hora do dia e em qualquer lugar; a informação em grande
quantidade sobre qualquer coisa, disponível à todos os consumidores; a facilidade de pesquisa
e ausência de contato com vendedores, nem pressões emocionais. Portanto, o autor define que
o marketing digital está moldado para uma nova relação com o cliente, cujo foco é a
velocidade e a qualidade da informação. Observa-se que:
Com os meios digitais, o consumidor passou a assistir apenas aos anúncios das
marcas que gosta ao contrário do que acontece na televisão onde a publicidade é
imposta nos intervalos. Assim, os marketers viram o seu trabalho dificultado na
tentativa de atrair os seus potenciais clientes para os seus anúncios na internet. O
marketing teve de se adaptar ao novo comportamento do consumidor que viu o seu
quotidiano invadido pelas novas tecnologias. Pode dizer-se que o poder do
consumidor foi intensificado, se antes só comprava os produtos que queria, agora
também só consome a publicidade que quer. É o consumidor que inicia o processo
de comunicação (ABRANTES, 2015, p. 12).
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2.2 Contabilidade para e-commerce
A evolução das atividades econômicas nos últimos anos, conforme comenta Koliver
(2005), desencadeou um aumento da concorrência e da competitividade, fazendo com que as
empresas se adaptassem ás novas tendências quanto à qualidade das informações gerenciais
para subsídio à tomada de decisões. Segundo o autor, “as atividades de controle, notadamente
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no âmbito interno, mas também no quadrante externo, passaram a integrar o vocabulário
corrente de pessoas ligadas à gestão de empreendimentos” (KOLIVER, 2005, p. 10).
Considerando o exposto por Bruni e Gomes (2010), devido ao processo de fusão
ocorrido com muitas empresas, que proliferaram durante a Revolução Industrial, foram
requisitados por parte de seus acionistas e gestores um controle central. Assim, a sempre
crescente necessidade de informações por parte das empresas, atribui aos sistemas de controle
a atividade de zelar pela eficácia e eficiência organizacional, assegurando a sua continuidade
e otimização dos seus resultados.
Presume-se que a necessidade de manter controles internos eficazes para uma boa
gestão financeira, está diretamente relacionada com a contabilidade gerencial. Em outras
palavras, pode-se compreender que a gestão financeira emprega ferramentas comuns á
contabilidade como análise de balanços, relatórios, custos, de maneira a auxiliar os gestores
nos processos de tomada de decisões gerencias (BRUNI; GOMES, 2010).
Isso também é demonstrado por Bruni e Gomes (2010), onde os autores comentam que
o uso da contabilidade auxilia a gerência na administração do negócio. O autor admite que a
contabilidade gerencial, é empregada para elaborar relatórios conforme a necessidade dos
administradores, utilizando basicamente dados advindos dos relatórios de contabilidade
financeira. Por isso, Sell apud Bruni e Gomes (2010) apresenta uma comparação entre a
contabilidade tradicional, nesse caso a financeira e, a contabilidade gerencial, representada
pela controladoria. A Figura 2 expõe essa comparação.
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Conforme nota-se na Figura 2, a contabilidade gerencial utiliza além das informações
originárias da contabilidade financeira, várias outras advindas de outros ramos da
administração, para proporcionar o maior número de informações contábeis possíveis aos
gestores. No entanto, admite-se o comentado por Beuren (2002), de que a contabilidade
mediante seus processos surgiu como complemento ao sistema de informações utilizado
anteriormente pelas empresas para suprir o controle gerencial.
Segundo Iudícibus et al. (2010) o objetivo da contabilidade é a prevalência da essência
sobre a forma, deste modo, fornecer a seus usuários em geral o máximo de informação sobre
o patrimônio de uma entidade e suas mutações, obtendo maior transparência e menores riscos
nas decisões. Já para Crepaldi (2013) o patrimônio de uma entidade é considerado o objeto da
contabilidade, visto que há a necessidade de mensurar esse patrimônio. Essa necessidade
surge pelo fato de que as pessoas, entidades e empresas realizarem muitas transações, com
isso se torna necessário um maior controle.
Conforme a estrutura conceitual, o objetivo da elaboração e divulgação de relatórios
contábil é auxiliar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações
nelas contidas, elaboradas em conformidade com as normas, interpretações e comunicados
técnicos e assim proporcionar aos interessados informações sobre o enfoque adotado na
formulação das normas, das interpretações e dos comunicados técnicos (RESOLUÇÃO CFC
N.º 1.374/11).
Deste modo, a importância da contabilidade vai além de registrar e gerar informações
sobre as alterações do patrimônio, mas é essencial para o controle do processo de gestão, para
o planejamento das ações para o futuro com o intuito de atingir os objetivos e se manter em
atividade no mercado atual, que é considerado concorrido e exigente nos dias atuais.
A finalidade da contabilidade, segundo Crepaldi (2013), é que é um dos principais
meios de controle e informação das entidades. Através da análise do balanço patrimonial e da
demonstração do resultado do exercício, é possível verificar a situação da empresa, através da
análise da estrutura, de evolução, de solvência, de garantia de capitais próprios e de terceiros e
de retorno de investimentos.
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As saídas do sistema contábil podem ser classificadas conforme Iudícibus (1995) em
quatro categorias:
a) Relatórios sobre a posição financeira em determinado momento, como exemplo, o
Balanço Patrimonial;
b) Relatórios sobre mudanças (Fluxos) durante determinado período, como
Demonstrativo de Fluxos de caixa, Demonstração de Resultados, Demonstração de
Fontes e Usos de Capital de Giro Líquido, Demonstrações de Fluxos de Caixa;
c) Dados para planejamento e controle de lucro, principalmente dados e relatórios de
lançamento, de experiência real em comparação com previsões de orçamento;
d) Dados para estudos especiais que podem ser necessários a decisões relativas a
investimentos de capital, combinação de produtos etc.
Os usuários das informações contábeis fazem o uso das demonstrações para uma
melhor análise da situação econômico financeira das empresas. A gestão financeira de um e-
commerce é a mesma de qualquer empresa, apesar de possuir um local físico, o e-commerce
se equipara às empresas em geral na contabilidade.
Sabe-se que a preocupação dos gestores está relacionada basicamente com a geração
de valor aos acionistas ou proprietários da empresa. Nesse sentido, uma gestão que se
estrutura na geração de valor, tem como objetivo principal maximizar a riqueza dos acionistas
ou proprietários. O sucesso de uma empresa é medido pela sua capacidade de gerar riquezas,
dentro de um determinado espaço de tempo (SILVA, 2005). Por isso, compreende-se a
relevância das demonstrações contábeis como fonte agregadora de valor no curto e no longo
prazo, visando sempre a continuidade da empresa, a sua capacidade de competir, ajustando-se
aos mercados e gerar riquezas.
A busca pela criação de valor está relacionada ás decisões gerenciais e estratégias de
avaliação econômico-financeiras. Assim, entende-se que as demonstrações contábeis
fornecem o apoio necessário para a tomada de decisões, o que por sua vez, está estreitamente
relacionada com a contabilidade gerencial. Conforme salienta Silva (2005), a criação de valor
envolve o desenvolvimento de práticas que devem ser disseminadas e praticadas em todo o
ambiente da empresa, nos processos operacionais, na gestão de pessoas e consequentemente,
na satisfação dos clientes internos e externos. Para o autor, o controle dessas práticas, as quais
devem ser transformadas em informações gerenciais, serve para posteriormente serem
utilizadas pelos gestores.
21
Na visão de Cunha, Araújo e Lima (2003), a análise de demonstrações contábeis
abrange desde as estratégias até a definição de indicadores de desempenho, considerando a
maximização do valor como meta financeira da empresa. Por isso, nesse processo, é
indispensável identificar as variáveis que exercem impacto na organização, denominadas de
direcionadores de valor. Destaca-se, que a empresa jamais poderá atuar diretamente sobre a
maximização do seu valor, podendo somente agir sobre aquilo que pode vir a influenciar o
valor, os aspectos críticos apontados pela análise das demonstrações.
Para que as empresas obtenham sucesso, deve-se saber administrar os pontos críticos
que se apresentam ao negócio. Conforme esclarecem Casali e Treter (2015), o ponto mais
crítico de uma empresa é o setor financeiro. Sem a disponibilidade de capital, seja no curto ou
no longo prazo, nenhuma empresa, seja ela comercial, industrial, empresa rural, entre outras,
consegue honrar seus compromissos. A organização e o planejamento do setor financeiro da
empresa representam a sua gestão financeira (CASALI; TRETER, 2015).
O planejamento financeiro, alinhado com as estratégias do negócio facilitam aos
gestores as tomadas de decisões, facilitando o alcance dos objetivos. Fazer com que o capital
necessário esteja disponível no momento certo é tarefa do gestor financeiro. Conforme
destaca Maximiano (2009), a boa administração é essencial para a organização, desde o início
das atividades, isso porque todas as decisões devem passar por análises financeiras que
deixem clara a sua viabilidade, para que então possam ser tomadas as decisões pelo gestor.
Reiterando, Casali e Treter (2015), relatam que quando se aborda sobre gestão de
empresas, independentemente do tamanho, forma e faturamento, entende-se que seus
administradores precisam utilizar-se de ferramentas que facilitem a identificação e
mensuração dos resultados operacionais. Sendo assim, por gestão financeira compreende-se o
ato de conduzir a obtenção de resultados satisfatórios mediante os objetivos organizacionais
propostos (OLIVEIRA, et al, 2003). Assim, para que os objetivos sejam alcançados, alguns
instrumentos podem ser empregados pelos gestores como planejamento, orçamento, fluxo de
caixa, entre outros.
Segundo Vieira, Winck e Filipin (2014), para que empresas tenham bons resultados,
elas não devem considerar somente o valor de venda dos produtos, visto que os preços
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obedecem a diversos aspectos de fora da empresa, como cotações de mercado, dólar, ações,
entre outros indicadores econômicos. Assim, a empresa precisa acompanhar o desempenho
entre o preço estabelecido e os custos apurados na produção, pois a obtenção de lucro tornar-
se-á mais fácil mediante bons processos de gestão financeira.
É notável que em qualquer atividade, a avaliação de custos é algo indispensável, que
pode ser transformado em custo unitário quando dividido pela produtividade (VIEIRA;
WINCK; FILIPIN, 2014). A gestão financeira nesses casos proporciona a identificação dos
gastos com a produção, para utilizar tais dados nas classificações, análises, mensurações e
controles subsequentes, transformando esses dados em relevantes instrumentos de gestão e
tomada de decisão (VIEIRA; WINCK; FILIPIN, 2014).
As análises dos relatórios e demonstrações contábeis provenientes de uma boa gestão
financeira são de extrema importância para investidores. A iniciativa de investimentos na
empresa A ou B, principalmente relacionada à compra de ações, resultam da análise criteriosa
dos interessados, nos resultados financeiros de empresas, como o caso das Sociedades
Anônimas, que comercializam seus papéis da Bolsa de Valores (IUDÍCIBUS, 1995).
Nesses casos compreende-se que a contabilidade pode ser considerada como uma
ferramenta gerencial. Através das informações geradas obtém-se a possibilidade de planejar,
controlar e realizar a tomada de decisão. Dessa forma, a contabilidade de custos também pode
desempenhar um papel importante como técnica gerencial, visto que fornece informações
para o planejamento, controle e tomada de decisão. Com isso, possibilitando a eficiência da
empresa.
Também importa salientar, que as demonstrações contábeis são elaboradas e
apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades distintas e
necessidades diversas, como governos, órgãos reguladores ou autoridades tributárias, por
exemplo, podem determinar especificamente exigências para atender a seus próprios
interesses (RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11). Mas as demonstrações também têm como
objetivo fornecer informações que sejam úteis na tomada de decisões econômicas e avaliações
por parte dos usuários em geral, não tendo o propósito de atender finalidade ou necessidade
específica de determinados grupos de usuários. (RESOLUÇÃO CFC N.º 1.374/11). Em
síntese, a contabilidade atua como uma ferramenta de gestão para as pessoas físicas, jurídicas
e de direito público nas mais distintas áreas, assim como para os e-commerce, além de registra
os fatos e atos que geram mudanças no patrimônio, fornecendo informações úteis através de
relatórios para os vários usuários dessas informações.
23
2.4.2 Indicadores financeiros e econômicos de uma empresa
24
Seja qual for o modelo utilizado, ele compreende quatro fases conforme demonstra
Matarazzo (2003) na Figura 3. A primeira evolve a escolha de indicadores, a segunda é a
comparação com resultados ou padrões existentes, para então, a partir das fases seguintes, ser
possível a elaboração de conclusões acerca dos resultados. A abrangência das análises
depende das informações desejadas para a tomada de decisão. São empregados índices de
liquidez, análise vertical e o horizontal, entre outras.
Para Poli e Schvirck (2010), as análises horizontal e vertical proporcionam a obtenção
de variações patrimoniais em diferentes períodos e grupos. Na análise vertical, verifica-se a
composição de um grupo de elementos em relação à sua totalidade na demonstração contábil.
Já, a análise horizontal demonstra a variação de uma conta em períodos de tempo, analisando-
se tendências de crescimento ou declínio (POLI; SCHVIRCK, 2010).
Na análise horizontal, pode-se verificar o comportamento das contas patrimoniais,
auxiliando na tomada de decisão. Quando analisados de forma conjunta, é possível verificar
variações de forma mais completa, identificando pontos fortes e fracos. Contudo, necessita do
apoio de outros indicadores para que as decisões sejam mais assertivas (POLI; SCVIRCK,
2010). Conforme reitera Matarazzo (2003, p. 249):
25
As análises utilizando índices é a forma mais comumente utilizada para análise
econômico-financeira da empresa. Dentre os índices estão os de Liquidez, Endividamento,
Lucratividade e Retorno sobre o Patrimônio Líquido. Os índices de Liquidez Corrente, por
exemplo, demonstram o montante em dinheiro, bens e direitos realizáveis à curto prazo, em
relação às obrigações a serem pagas. Assim, quanto maior for o índice de liquidez corrente,
maior é a capacidade da empresa em honrar suas dívidas no curto prazo (ASSAF NETO,
2006).
A fórmula para o cálculo do Índice de Liquidez Corrente é apresentada abaixo
conforme a Tabela 1:
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Outro índice de liquidez comumente calculado, é a Liquidez Geral, a qual demonstra a
saúde financeira da empresa a curto e longo prazo, indicando quanto a empresa possui de
Ativo Circulante e de Realizável a Longo Prazo para assumir todos os compromissos (ASSAF
NETO, 2006). Para cálculo desse índice, utiliza-se a fórmula da Tabela 4.
Para corroborar com as análises dos índices de liquidez, tem-se a lucratividade, que
segundo Bruni (2014), não deve ser analisada individualmente, mas sim, considerando outros
índices como volume de vendas e investimento realizado. No entanto, a Lucratividade
considera o volume de vendas líquidas e o valor das saídas líquidas de caixa, ou seja,
demonstra o retorno obtido por casa unidade monetária investida, respeitando a fórmula da
Tabela 5.
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proprietários ou investidores. Comenta-se que nem sempre índices considerados ruins indicam
que a empresa esteja à beira da insolvência (POLI; SCVIRCK, 2010)
Vale apontar o discutido por Franco (1992) quando leciona que a análise de aspectos
do patrimônio possibilita a decomposição dos componentes de cada conta e a comparação de
cada componente entre si e com o conjunto. Para o autor, os processos de análise devem
considerar: a decomposição dos componentes patrimoniais; a determinação da porcentagem
de cada conta ou do grupo de contas (análise vertical); estabelecer a relação dos componentes
de um mesmo conjunto (análise horizontal); e comparação entre outros componentes.
Assim, ao estabelecer a porcentagem de cada uma das contas, em relação ao grupo,
verifica-se a relação de cada uma com o patrimônio. Ao efetuar comparações, visualiza-se
com maior exatidão excessos em contas específicas, como o caso das despesas. Vale comentar
que a essência da análise de balanço é a comparação entre contas.
Para Silva e Andrade (2014), as comparações ocorrem nos valores de determinado
período em relação à períodos anteriores e ainda, a relação desses valores com outros. A
comparação favorece as análises pois quando uma conta é vista de forma individual, não se
pode verificar a relevância do mesmo e nem seu desempenho em um determinado período de
tempo.
No estudo de Anastácio (2004), pode-se verificar as finalidades da análise das
demonstrações contábeis, a citar o repasse de informações para a administração, a certeza do
cumprimento das metas, planejamentos, auxílio na tomada de decisões, entre outros. Como
resultado das análises, tem-se relatórios que facilitam a compreensão dos interessados, por
possuírem uma linguagem clara.
Outras vantagens na realização de análises do balanço está na avaliação da situação
líquida do patrimônio e a situação econômica financeira da empresa (ANASTÁCIO, 2004).
Quando o resultado do ativo é maior significa que a empresa está com um resultado positivo,
porém quando o resultado do passivo for maior, a empresa não se encontra em uma situação
favorável, pois as dividas estão a maior do que seus ganhos. Para a empresa é muito
importante conhecer a natureza de suas receitas e despesas, para que possa verificar o que
contribuiu para que a mesma chegue a determinado resultado (ANASTÁCIO, 2004).
As técnicas de análise de balanço possibilitam um grande número de informações
sobre a empresa. A análise através de índices, que possibilita chegar-se a uma avaliação
global da empresa analisada, o que é de extrema utilidade nas tomadas de decisões. A
principal função dos índices de balanço é fornecer avaliações genéticas sobre diferentes
29
aspectos da empresa em análise. Essa profundidade, porém, é alcançável através de outras
técnicas (ANASTÁCIO, 2004).
A análise de capital de giro, por meio dos cálculos dos índices de rotação ou prazos
médios, é possível construir um modelo de análise dos investimentos e financiamentos do
capital de giro, de grande utilidade gerencial, bem como a avaliação da capacidade de
administração do capital de giro por parte da empresa (BÄSCHTOLD, 2015). Outras
informações originam-se da análise interna, realizada dentro da empresa, para feedback à
gestores e auxílio na tomada de decisões. Por ser realizada pelos analistas da própria empresa,
não há dificuldades para a coleta e comparação dos dados, tendo inclusive acesso aos
controles internos. Por esse motivo a análise interna é considerada a mais completa
(BÄSCHTOLD, 2015).
A análise externa por sua vez, é realizada fora da entidade o objeto de análise, e tem
por finalidade informar aos interessados a cerca da situação econômica ou da estabilidade da
entidade para concretização de negócios, concessões de crédito e financiamentos. É efetuada
por profissional externo normalmente pertence às entidades interessadas no resultado da
análise (BÄSCHTOLD, 2015). Pode ser apresentada com base em índices.
A análise tem por finalidade, segundo Gomes et al (2015), gerar informações úteis
para tomadas de decisões partindo das demonstrações extraídas, sendo assim essa técnica
interpreta os demonstrativos financeiros de uma empresa. O processo de contabilidade e
respectivamente de demonstrações contábeis exige uma adequada gestão financeira que
análise, planeje e articule o controle financeiro de maneira correta, a partir de instrumentos
que permite obter relatórios e índices que se aproxime ao máximo dos fatores exercidos, tais
como saldo de caixa, patrimônio, estoques, contas a pagar a receber, enfim são essas e outras
que exigem a utilidade contábil e de análise de demonstrações.
Ao confrontar as informações supracitadas, entende-se que a análise de balanço, tem a
finalidade de informar, com base em dados contábeis da empresa, a sua real situação
econômica, evidenciando possíveis causas dos resultados identificados, por meio da
comparação de indicadores de forma temporal ou entre contas de um mesmo grupo. Portanto,
salientando o exposto por Iudícibus (1995), torna-se mais fácil utilizar números calculados
por indicadores e compará-los com valores já existentes ou padrões definidos, e então, sugerir
causas e efeitos.
Gomes et al (2015) complementam, mencionando que para se realizar a análise de
balanço, devem ser empregadas técnicas, além das já mencionadas, como análise vertical e
30
horizontal, análise de rotatividade e análise de fluxo de caixa e indicadores. Partindo-se das
considerações do autor, infere-se que a análise de balanço traduz uma visão da empresa em
uma perspectiva de passado, presente e futuro, compreendendo a sua evolução, sendo
relevante para todos as pessoas para as quais a empresa relaciona-se.
O cálculo por meio de índices favorece a análise econômico financeira da empresa, e
servirão como indicadores para o presente estudo. Os mesmos serão aplicados para analisar a
Liquidez, a Lucratividade, o Endividamento e o Retorno de um e-commerce.
31
3 METODOLOGIA
33
a um roteiro com perguntas específicas sobre o que se deseja investigar, buscando o maior
número de informações possíveis, mantendo a padronização (DIEHL; TATIM, 2004). Os
questionários foram enviados por e-mail e aplicados pelo diretor do e-commerce com data e
horário a serem definidos com os profissionais sujeitos do estudo, nas dependências do
escritório contábil, que dá suporte à empresa e-commerce.
Além disso, foi empregada a análise documental, a fim de extrair os dados das
demonstrações contábeis para cálculo dos indicadores. A etapa de análise dos dados é muito
importante, conforme Marconi e Lakatos (2008), análise ou explicação é a tentativa de
evidenciar as relações existentes entre o fenômeno estudado e outros fatores. Já a
interpretação, busca dar um significado mais amplo as respostas, procurando relacionar-se a
outros conhecimentos, representando o verdadeiro significado do estudo apresentado em
relação aos objetivos propostos ao tema.
Após os questionários serem aplicados, os mesmos serão analisados mediante análise
de conteúdo. Esta forma de análise segundo Bardin (2011) refere-se a um conjunto de técnicas
que buscam analisar a comunicação em uma mensagem, descrevendo o seu conteúdo e
comparando-o com indicadores que promovam a inferência de considerações acerca do tema
em estudo. Já os dados coletados pela pesquisa documental, que servirão para o cálculo dos
indicadores, utilizaram-se de cálculos matemáticos e foram expostos em Tabelas.
34
4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Diante da coleta de dados concluída, passou-se a análise das respostas obtidas em cada
entrevista realizada e o cálculo dos indicadores. Buscando então, discorrer sobre a
contabilidade gerencial e sua relevância para o e-commerce e identificar como uma empresa
e-commerce utiliza as informações provenientes da contabilidade gerencial, analisou-se as
respostas coletadas com o empresário e com o contador responsável pela empresa.
A fim de apresentar os resultados, esse capítulo será dividido em subtítulos, sendo que
o primeiro tem por objetivo descrever as principais características do e-commerce com base
no depoimento do proprietário e do referencial pesquisado. No segundo subtítulo, apresenta-
se a caracterização da empresa estudada e no terceiro subtítulo, descreve-se como ocorre o e-
commerce na empresa analisada, considerando as opiniões do proprietário e do contador
responsável. Por fim, serão apresentados os indicadores econômicos e financeiros da empresa.
35
dos proprietários de e-commerce não terem conhecimento anterior nesse tipo de negócios, o
que justifica também a falta de planejamento inicial. Em decorrência dessa inexperiência é
que muitas empresas acabam fracassando com o tempo.
A comunicação com o cliente é de extrema relevância nesse tipo de negócio.
Conforme justificam Santos e Oliveira (2016), o marketing digital não trata somente de uma
ou outra ação de publicidade, mas sim de um conjunto coerente e eficaz de ferramentas sendo
algumas o website, e-commerce, e-mail marketing, banner, links patrocinados, redes sociais,
entre outras. Considerando isso, compreende-se a importância do planejamento, do estudo de
mercado, da análise de indicadores de viabilidade, entre outros planejamentos antes da
execução de uma empresa online.
Além de uma oportunidade para novos empreendedores, para os varejistas já
consolidados no mercado, o advento do comércio eletrônico proporcionou novas estruturas
para a comercialização dos seus produtos e serviços e para os consumidores, facilidade e
comodidade em pesquisar preços, comparar produtos e flexibilidade nas compras à distância
(HOR-MEYL, et al, 2012). Presume-se assim que essas novas estruturas necessitam
constantemente de adequações, pois demandam de tecnologias cada vez mais avanças e que
estão em constantes mudanças, exigindo que seus proprietários se atentem às necessidades
dos clientes e às novas tecnologias.
38
com cartão de crédito ou a opção de pagar diretamente no momento da entrega com cartão de
débito, crédito, Banricard, Alelo, Sodexo, Ticket, GreenCard, dentre outros, além da opção
em dinheiro.
Por fim, questionou-se quais as garantias oferecidas aos clientes, quanto à segurança
na entrega do produto e no fornecimento dos dados ao realizar a compra. Conforme relatado,
o pagamento online é realizado a partir da REDE, uma das maiores operadoras do país. Os
dados do cliente não são armazenados e as páginas do site onde o cliente informa seus dados
são todas criptografadas e com alta segurança. Além de o site estar hospedado em Datacenters
de alta qualidade e segurança. No que se refere aos produtos, o proprietário relatou que levam
muito a sério a qualidade dos mesmos, pois o cliente tem alta expectativa do que vai receber
em casa e sabe-se que somente produtos entregues com qualidade vai manter os clientes, visto
que ninguém quer receber em casa produtos de má qualidade. Isso tem se confirmado com a
recorrência das compras e novos clientes, o que demonstra que a qualidade é satisfatória e a
empresa, tem demonstrado ser séria e com credibilidade.
40
Apesar de muito promissor, conforme destacado no Quadro 2, o setor ainda sofre
restrições de aceitação pela população que prefere comprar em lojas físicas. Outro ponto
importante em se relatar é que a importância dos relatórios contábeis para que o gestor possa
controlar e visualizar o andamento do seu negócio virtual e em decorrência disso, os cálculos
de indicadores se tornam relevantes para uma gestão eficaz.
41
Ao serem analisados tais indicadores, observa-se que o ano de 2016, apresentou-se
melhor diante dos demais analisando, quando considerado os índices de liquidez e
lucratividade da Shopsempre. Vale relatar que a empresa iniciou as suas atividades no mês
12/2016, o que demonstra pouco tempo para movimentações financeiras para o ano em
específico e ainda, trata-se do mês com grande quantidade de compras pela proximidade das
festas natalinas, acarretando em um melhor fluxo de caixa, receitas com vendas e
consequentemente, maior liquidez para a empresa.
Aponta-se também que o índice de liquidez corrente da empesa, que analisa a situação
da mesma no curto prazo pois representa a quantidade de ativo circulante disponível para a
quitação do passivo circulante, é, entre os índices de liquidez, o que apresenta melhor
resultado, evitando uma maior disponibilidade de recursos pela empresa no curso prazo. Já o
índice de endividamento, logicamente foi maior em 2016, em decorrência do início das
atividades da empresa.
Comenta-se que o índice de endividamento considera o montante do passivo da
empresa em relação ao Patrimônio Líquido, ou seja, a quantidade de capital próprio da
empresa que é formada por capital de terceiros. A maioria das empresas, para iniciar suas
atividades utilizam-se de empréstimos, financiamentos ou mesmo, com elevada aquisição de
mercadorias para formação de estoques de venda, aumentando assim consideravelmente a
quantidade de Passivos que a mesma possui. No caso da Shopsempre, nota-se que ao longo do
período analisado, o percentual de endividamento vai diminuindo, o que representa que ano a
ano, que as dívidas da empresa vão diminuindo.
Diferentemente dos índices anteriores, o retorno sobre o patrimônio líquido mede o
percentual de lucro produzido pela empresa em relação ao patrimônio líquido investido. Nota-
se que esse índice anualmente vem aumentando na Shopsempre, representando resultados
satisfatórios para o investimento.
Como não foi possível acesso aos demonstrativos de forma detalhada, não podemos
especificar quais contas foram as responsáveis pelos índices apresentados, o que limitou a
análise à comparação anual entre os índices. Para melhor analisar o desempenho financeiro da
Shopsempre, optou-se em obter informações de uma e-commerce do mesmo ramo, na qual foi
possível ter acesso às demonstrações contábeis.
A Sonda Supermercados atua na região de São Paulo, sendo uma das maiores do
Brasil. Atualmente possui 38 lojas, 5 s redes de supermercados do estado de São Paulo.
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Atualmente são 43 lojas com um total de 10 mil funcionários. Mensalmente, uma média de
cinco mil clientes compram os produtos da rede.
Originou-se em Erval Grande, no Rio Grande do Sul, em 1960, sendo inaugurado o
primeiro supermercado em 1974, na cidade de Erechim. Em 2005, a empresa passou a
implantar o Sonda Delivery, o e-commerce da empresa. Em seu site é possível ter acesso às
suas informações financeiras conforme o Quadro 3.
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Com base nas informações retiradas das contas analisadas nos demonstrativos,
procedeu-se ao cálculo dos indicadores financeiros da Sonda Supermercados nos anos de
2017 e 2018. A Tabela 9 apresenta os resultados obtidos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
47
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risco ocupacional: um estudo de caso nas grandes empresas do estado do Ceará. Disponível
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YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3.ed. Porto Alegre: Bookman,
2005
51
APÊNDICE
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APÊNDICE A – Questionário de Pesquisa Empresa
1. Perfil do Entrevistado
1.1. Qual é a sua formação?
1.2. Qual é o seu cargo na empresa?
1.3. Quais são as suas atribuições/responsabilidades?
1.4. Quantos anos você está na empresa?
2. Perfil da empresa
2.1. Apresente um breve histórico da empresa.
2.2. Qual o ramo de atuação da empresa?