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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Econômicas e Gerenciais – ICEG


Curso de Graduação em Ciências Contábeis

Matheus Oliveira de Abreu

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS: Análise comparativa de regimes de tributação de uma empresa de
transporte de passageiros

Belo Horizonte
2021
Matheus Oliveira de Abreu

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS: Análise comparativa de regimes de tributação de uma empresa de
transporte de passageiros

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Ciências Contábeis do Instituto de
Ciências Econômicas e Gerencias da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais, como
requisito parcial para obtenção do título de
bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Prof. Adalberto Gonçalves Pereira

Área de concentração: Contabilidade e Tomada


de Decisão

Subárea: Contabilidade Gerencial

Belo Horizonte
2021
Matheus Oliveira de Abreu

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Ciências Contábeis do


Instituto de Ciências Econômicas e Gerencias da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em
Ciências Contábeis.

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO EM PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS: Análise comparativa de regimes de tributação de uma empresa de
transporte de passageiros

RESUMO DAS AVALIAÇÕES:

1. Do professor orientador __________

2. Da apresentação oral __________

3. Nota final __________

Conceito __________

Belo Horizonte, 05 de Junho de 2021


AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus e a minha família que sempre me apoiaram


e incentivaram durante todo o curso de ciências contábeis e aos amigos que sempre
estiveram juntos durante essa jornada.
Aos professores pela excelência ao repassarem todo o seu conhecimento
durante as aulas, sempre auxiliando da melhor forma possível, em especial, o meu
orientador Prof. Adalberto Gonçalves Pereira, que ajudou na idealização desse
trabalho enriquecendo-o com seus conhecimentos.
RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso tem por objetivo ajudar as empresas do


setor de transporte de passageiros a efetuar o planejamento tributário, apresentando
os tipos de regimes tributários, evidenciando as despesas tributárias por meio das
demonstrações contábeis. Busca demonstrar aos gestores das organizações que a
utilização do melhor regime de tributação pode reduzir gastos fiscais e auxiliar nas
tomadas de decisões, para isso foi utilizado como metodologia de pesquisa, análise
bibliográfica e um estudo de caso, com finalidade de corroborar com o embasamento
teórico. Foi apresentado conceitos introdutórios envolvendo direito tributário, assim
como os conceitos de tributos, regimes de tributação e o planejamento tributário,
concomitantemente as demonstrações contábeis. Os resultados alcançados
solidificam todo o estudo realizado, demonstrando a importância do planejamento
tributário como instrumento estratégico em meio ao mercado competitivo.

Palavras-Chaves: Planejamento Tributário. Tributos. Regimes Tributários.


Demonstrações Contábeis.
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Faturamento Anual ........................................................................................ 45


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Repartição Constitucional de Competências Tributária .................... 18


Quadro 2 – Índices de Presunção Para Imposto de Renda..................................... 26
Quadro 3 – Índices de Presunção Para a Contribuição Social sobre o Lucro... 27
Quadro 4 – Apuração do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal .......................................... 28
Quadro 5 - Atividade por Anexo – Evolução Histórica ............................................. 30
Quadro 6 – Demonstração do Resultado do Exercício ............................................ 44
Quadro 7 – Balanço Patrimonial – ATIVO .................................................................... 46
Quadro 8 – Balanço Patrimonial – PASSIVO............................................................... 47
Quadro 9 – Nota Explicativa – Conta Banco Movimentos 2020 ............................. 48
Quadro 10 – Nota Explicativa – Conta Depósitos Judiciais PIS e COFINS 2020
................................................................................................................................................. 48
Quadro 11 – Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido ........................... 49
Quadro 12 – Comparativo dos Regimes de Tributação 2018 ................................. 50
Quadro 13 – Comparativo do Regimes de Tributação 2019.................................... 51
Quadro 14 – Comparativo dos Regimes de Tributação 2020 ................................. 52
LISTA DE SIGLAS

CF Constituição Federal
CFC Conselho Federal de Contabilidade
CGSN Comitê gestor do Simples nacional
CIDE Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico
COFINS Contribuição para Financiamento da Seguridade Social
CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis
CPP Contribuição Patronal Previdenciária
CSLL Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido
CTN Código Tributário Nacional
DF Distrito Federal
DFC Demonstração do Fluxo de Caixa
DVA Demonstração do Valor Adicionado
DMPL Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
IPI Imposto sobre Produto Industrializado
ICMS Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviço
IRPJ Imposto de Renda Pessoa Jurídica
ISQQN Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza
LALUR Livro de Apuração do Lucro Real
MG Minas Gerais
NBCT Norma Brasileira de Contabilidade
PIS Programa de Integração Social
RJ Rio de Janeiro
STN Sistema Tributário Nacional
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 11
1.1 Formulação do Problema...................................................................................... 11
1.2 Metodologia de Pesquisa...................................................................................... 13
1.3 Estrutura do Trabalho ............................................................................................ 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 16
2.1 Sistema Tributário Nacional (STN) ..................................................................... 16
2.1.1 Conceito de Tributo................................................................................................... 17
2.2 Espécies de Tributo................................................................................................ 18
2.2.1 Imposto ....................................................................................................................... 18
2.2.2 Taxas........................................................................................................................... 19
2.2.3 Contribuição de Melhoria ......................................................................................... 19
2.2.4 Contribuições Especiais........................................................................................... 20
2.2.5 Empréstimos Compulsórios..................................................................................... 21
2.3 Planejamento Tributário ........................................................................................ 21
2.3.1 Finalidade do Planejamento Tributário .................................................................. 23
2.3.2 Vantagens do Planejamento Tributário ................................................................. 24
2.3.3 Base contábil para o Planejamento Tributário...................................................... 24
2.4 Formas de Tributação ............................................................................................ 25
2.4.1 Lucro Presumido ....................................................................................................... 25
2.4.2 Lucro Real .................................................................................................................. 27
2.4.3 Simples Nacional....................................................................................................... 29
2.5 Tributos incidentes que vão além da tributação do lucro na execução do
Planejamento Tributário.................................................................................................... 31
2.5.1 PIS/PASEP - COFINS .............................................................................................. 31
2.5.2 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP)......................................................... 32
2.5.3 Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço (ICMS) ..... 33
2.5.4 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) ................................... 33
2.6 Demonstrações Contábeis ................................................................................... 34
2.6.1 Balanço Patrimonial .................................................................................................. 35
2.6.2 Demonstração do Resultado ................................................................................... 37
2.6.3 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) .............................. 38
2.6.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)........................... 39
2.6.5 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) .............................................................. 39
2.6.6 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)........................................................... 40
2.6.7 Notas Explicativas ..................................................................................................... 40
3 CATACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................................... 42
4 ESTUDO DE CASO.................................................................................................. 43
4.1 Análise das Demonstrações Contábeis com Foco Tributário .................... 43
4.1.1 Demonstração do Resultado ................................................................................... 43
4.1.2 Balanço Patrimonial com destaque no planejamento tributário ........................ 45
4.1.3 Quadro referente a conta Banco Movimentos – Nota Explicativa 2020........... 48
4.1.4 Quadro referente a conta Depósitos Judiciais PIS e COFINS – Nota
Explicativa 2020 .................................................................................................................... 48
4.1.5 Demonstração da Mutação do Patrimônio Liquido .............................................. 49
4.2 Aplicação dos Regimes de Tributação ............................................................. 50
4.2.1 Comparativo entre Lucro Presumido e Lucro Real.............................................. 50
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 54
REFERÊNCIAS..................................................................................................................... 56
11

1 INTRODUÇÃO

A contabilidade tributária é um ramo da contabilidade geral, que tem por


objetivo aplicar a legislação tributária vigente simultaneamente aos princípios
contábeis, para demonstrar resultados do exercício e a situação patrimonial, assim o
gerenciamento tributário tem o objetivo de realizar os registros legais para adaptá-los
a suas exigências e dar-lhes o valor (resultado fiscal), que nada tem a ver com o
resultado contábil.
As empresas que hoje estão no mercado e almejam crescer exponencialmente,
devem buscar diferentes estratégicas para solucionar problemas e alavancar o seu
negócio. A escolha do regime tributário de uma empresa é um dos principais
processos para o sucesso do empreendimento, diante dessa necessidade as
empresas de transporte privado de passageiros devem se preocupar com sua gestão
e recolhimento de taxas e impostos.
O planejamento tributário/financeiro de uma pequena e média empresa tem um
papel muito importante dentro da organização, pois será por meio dele que irar
registrar e apurar o resultado econômico do período, e será por meio deste resultad o
que mostrará se será possível honrar com todos os compromissos da entidade.
Tendo em vista, um planejamento mal feito, é possível citar o aumento de
inadimplência no pagamento de tributos e pagamento inadequado dos impostos.
Diante a esta situação o planejamento bem realizado tem como finalidade auxiliar os
gestores que estarão preparados a eventuais acontecimentos e aptos a tomar
decisões que menos prejudique a empresa.

1.1 Formulação do Problema

Durante a escolha do tema, a importância do planejamento tributário em


pequenas em medias empresas, pode-se perceber que atualmente a população faz o
uso diário do transporte privado de passageiros, e é a partir de melhorias e inovação
que estas empresas de transportes buscam conquistar e manter a fidelidade de cada
cliente, e assim como consta no título, o enfoque do trabalho é dado na análise e
identificação de despesas para melhor gestão.
A definição do tema foi voltada para a importância do planejamento tributário
nas empresas de transporte de passageiros intermunicipais e interestaduais, pois
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serão mostradas as vantagens e finalidades de uma decisão tributária efetiva, fim de


auxiliar as empresas a serem menos onerosas nos pagamentos de tributos.
Diante a contextualização do tema, as pequenas e médias empresas sofrem
com sobrecargas tributárias do Brasil, o desenvolvimento dessas empresas muitas
vezes se torna lento ou chegam à falência pela inadimplência do pagamento dos
tributos, por isso o planejamento tributário se torna essencial para se manterem no
mercado fortes e competitivas.
Sabe-se que o planejamento tributário está relacionado à margem de lucro das
empresas, por meio de redução, retardamento do pagamento ou parcelamento dos
tributos a serem pagos, portanto o planejamento é uma ferramenta essencial na
gestão das empresas. Sendo assim, por meio de um estudo aprofundado sobre esse
fato, o problema de pesquisa foi constituído pela seguinte pergunta: Qual a
importância do planejamento tributário em pequenas e médias empresas de
transporte de passageiros?
O objetivo geral da pesquisa foi analisar a importância do planejamento
tributário nas pequenas e médias empresas do ramo de transporte de passageiros,
identificando suas respectivas despesas para uma melhor gestão baseada nas
informações contábeis. Os objetivos específicos foram: Gestão contábil/relatórios?
Acrescentar.

 Apresentar e analisar os regimes tributários em vigor no pais;


 Identificar a tributação mais adequada para as pequenas e médias
empresas do ramo de transporte de passageiros;
 Avaliar as despesas tributárias para uma melhor gestão;
 Demonstrar a gestão contábil por meio de relatórios contábeis
relevantes.

A presente pesquisa sobre planejamento tributário é de grande importância


para a existência das empresas, considerando os diferentes tipos de tributos
existentes em nosso país e a alta carga tributária. Isto porque, o planejamento
tributário é um conjunto de ações, que visam reduzir a incidência dos tributos, que irá
fazer o contribuinte estruturar seu negócio de forma menos onerosa, procurando a
diminuição dos custos de seu empreendimento e principalmente dos impostos.
13

O planejamento tributário brasileiro é complexo, e por esta razão muitas


empresas não possuem o conhecimento fiscal e a importância dessa área contábil.
Todavia, uma significativa parcela do resultado das organizações é dada por meio de
um bom planejamento, uma vez que o mesmo pode tornar a empresa menos onerosa,
por meio do auxílio no recolhimento dos tributos e lançamentos contábeis corretos.
O planejamento quando bem realizado, evita decisões equivocadas por parte
dos gestores. Ao ser realizado, o resultado econômico das médias e pequenas
empresas podem se tornar melhores e, é por este motivo que a contabilidade tributária
se torna cada vez mais aliada à gestão, por meio das informações obtidas no
cotidiano.
Assim, para um bom planejamento tributário, inúmeras decisões devem ser
tomadas, de maneira que todos os passos respeitem a legislação vigente. É
importante dizer também, que o planejamento tributário não é sonegação fiscal, pois
todas as ações propostas são atitudes legais que reduzirão o valor dos tributos
devidos, sem sonegar ou fraudar o fisco.

1.2 Metodologia de Pesquisa

No decorrer deste trabalho foram apresentados procedimentos que auxiliaram


para atingir o resultado esperado. “Ao se discutir a escolha de uma metodologia de
pesquisa, é fundamental ter em mente o que se pretende pesquisar, e o que se espera
descobrir e aprender com a pesquisa (VERGARA, p.63, 2017)”.
Quanto aos meios, se tratou de uma pesquisa bibliográfica, pois a pesquisa
realizada a fim de fundamentar a importância do planejamento tributário nas pequenas
e médias empresas, o conteúdo foi baseado em conceitos já existentes por meio de
livros e trabalhos acadêmicos, para Gil “esse levantamento bibliográfico preliminar
pode ser entendido como um estudo exploratório, posto que tem a finalidade de
proporcionar a familiaridade do pesquisador com a área de estudo na qual está
interessado, bem como sua delimitação (GIL, p.45, 2017)”.
Quanto aos fins, se tratou de uma pesquisa descritiva, pois “expõe
características de determinada população ou de determinado fenômeno. Pode
também estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. Não tem
compromisso de explicar os fenômenos que descreve, embora sirva de base para tal
14

explicação (VERGARA, p.49, 2017)”. Pressupõe pesquisa descritiva como base para
suas explicações (VERGARA, p.49, 2017).
Quanto ao procedimento de análise de dados, consistiu em uma pesquisa
qualitativa e quantitativa de modo a aprofundar no tema elaborado. A escolha deste
método se justifica ao permitir ao público entendimento e estudo da situação
explorada no decorrer do trabalho elabora e a possibilidade de uma interpretação
criticado por parte do autor e leitor, tendo como a base dados coletados que por sua
vez faz com que seja de fácil compreensão e raciocínio logico todas as informações
mensuradas.
Quanto ao universo da pesquisa, se trata de empresas do transporte privado
de passageiros intermunicipais e interestaduais. “Trata-se de definir toda a população
[...] que possuem as características que serão objeto de estudo (VERGARA, p.52,
2017)”. E por meio de uma amostra, será realizada uma análise dos registros
contábeis de empresas do setor de transporte intermunicipal de passageiros na região
de Ouro Branco (MG), com o enfoque na identificação de seu planejamento tributário
diante a gestão, com finalidade de proporcionar um aperfeiçoamento de seus
resultados, para Gil “O levantamento recolhe informações [...] seleciona-se mediante
procedimentos estatísticos, uma amostra significativa de todo o universo. Os
resultados obtidos com base nessa amostra são projetados para a totalidade do
universo (GIL, p.32, 2017)”.

1.3 Estrutura do Trabalho

No primeiro capítulo do presente trabalho, foi abordado a introdução, na qual


foi conceituada o tema, delimitado o problema de pesquisa, os objetivos e a relevância
do mesmo, foi descrito também a metodologia aplicada.
Em seguida, no segundo capítulo, trata-se do referencial teórico, conceituando
por meio de uma base científica todo o tema abordado sobre o planejamento tributário
e seus demonstrativos contábeis.
Já no terceiro e quarto capítulo, são referentes ao estudo de caso, sendo que
no capítulo três é a caracterização da entidade que foi utilizada para base do trabalho,
e no capítulo quatro é evidenciado os demonstrativos contábeis da empresa para uma
boa base do planejamento tributário, assim como uma análise da melhor forma de
tributação.
15

Por fim, no quinto capítulo é apresentada a conclusão alcançada, que responde


à pergunta do problema e retrata as contribuições devidas ao estudo.
16

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Sistema Tributário Nacional (STN)

O Sistema Tributário Nacional é um conjunto de regras jurídicas destinadas às


exigências fiscais, ou seja, regulamenta o exercício do poder dos diversos órgãos
públicos. O STN atua como ordem ao conjunto de todos os tributos cobrados no País
e as regras que ordenam a arrecadação desses tributos, independente da esfera ser
Federal, Estadual ou Municipal.
Para um país, a definição de seu sistema tributário é muito importante pois é
por meio dessa estrutura que é pautado todo recolhimento de tributos. A constituição
do STN se dá partir de Leis Complementares, resoluções do senado federal, leis e
decretos federais, estaduais e municipais, conforme o artigo 2º do Código Tributário
Nacional:

O sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional


n.18, de 1º de dezembro de 1965, em leis complementares, em resoluções
do Senado Federal e, nos limites das respectivas competências, em leis
federais, nas constituições e em leis estaduais, e em leis municipais.

O Sistema Tributário Nacional, consiste em todo grupo de tributos vigentes no


âmbito Federal, Estadual e Municipal, a fim de subsidiar as ações do governo no que
diz respeito aos serviços necessários prestados aos contribuintes, como saúde,
educação, vida, melhoria na infraestrutura das entidades governamentais.
No Brasil o sistema tributário é baseado na legislação vigente, e possui toda
sua estrutura básica derivada principalmente do princípio da legalidade tributária e do
princípio da reserva legal, definidas na Lei Complementar nº 5.172/1966 do Código
Tributário Nacional – CTN e rígida na Constituição Federal de 1988. É definido por
elas: a competência tributária de cada ente estatal; a das limitações constitucionais
ao poder de tributar; a de repartição das receitas; e, das demais normas desse
conjunto de leis. Segundo Oliveira (2009, p.57),

[...] a existência de um sistema tributário estará sempre vinculada à cobranç a


de tributos que fazem parte não só de um conjunto especifico, mas também,
17

que estejam constantemente em consonância entre eles e com as normais


que os regulamentam, limitando o poder do Estado de tributar livremente.

Nesse sentido, a construção do STN, salienta as arrecadações, fiscalizações e


as limitações das instituições de poder ao tributar do Estado e a limitação dos tributos
aos contribuintes.

2.1.1 Conceito de Tributo

O tributo é uma arrecadação diante a uma exigência tributária, cobrado direta


ou indiretamente pelo governo, seja na aquisição ou utilização de algum serviço ou
produto ou demais operações decorrentes. Mas para que se possa adequar como um
tributo, é necessária certa noção de sua obrigação, ou seja, enquadra-lo dentro de
três características em sua compreensão, para (FERNANDES, 2019), são elas:
1. A compulsoriedade;
2. A natureza pecuniária;
3. Não constituir uma punição pela pratica de um ato proibido.

A finalidade das arrecadações, vão além da garantia dos direitos básicos


humanos, pois os tributos são utilizados pelo Federação, Estados e Municípios, como
instrumentos de intervenção de caráter social e também econômico.
Portanto, para (PÊGAS, p.29, 2017), a definição de tributo pode ser obtida pela
transcrição do art. 3º do Código Tributário Nacional:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não consta de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa vinculada.

Mediante a este conceito ainda, (FABRETTI, p.134, 2017) destaca


também o art 5º que dispõe o CTN:
Art. 5º - A natureza jurídica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I – a denominação e demais características formais adotadas pela lei;
II – a destinação legal do produto da sua arrecadação.
18

Dessa forma, sabe-se que nem tudo que o cidadão paga é um tributo, e este
ocorre mediante a atividade previamente vinculada ao seu ente público, respeitando
a estrutura hierárquica previstas na Constituição, União, Estado, Distrito Federal e os
Municípios.

2.2 Espécies de Tributo

A legislação brasileira possui em sua estrutura cinco espécies tributarias


distintas. E apesar do Código Tributário Nacional (CTN) mencionar somente a
existência de três espécies tributárias, sendo elas: os impostos, taxas, e contribuições
de melhoria, a Constituição Federal (CF), faz menção a classificação tradicional
estabelecida de tributos, que é acrescentada as contribuições sociais e empréstimos
compulsórios, representados pelo quadro abaixo:

Quadro 1 – Repartição Constitucional de Competências Tributária


Tributos Ente
Impostos, taxas e contribuição de melhoria União, Estados, DF e Municípios
Contribuições Especiais União
Empréstimos Compulsórios União
Fonte: Câmara dos Deputados, de Junho de 2019.

2.2.1 Imposto

O imposto é uma obrigação decorrente de um fato gerador em que não há uma


atividade estatal específica direcionada ao contribuinte, conforme produzidor no art.16
do CTN “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”.
Para (FABRETTI, p.135, 2017) “é aquele que, uma vez instituído por lei, é
devido, independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.
Portanto, não está vinculado a nenhuma prestação especifica do Estado ao sujeito
passivo”.
Assim, é possível dizer que cada ente federativo tem sua competência atribuída
pela CF, na qual tem-se caráter de competência privativa, ou seja, cada ente
federativo pode instituir seus impostos previsto, é exclusivo, todavia é importante
19

ressaltar que não pode exceder instituído impostos que competem a outros entes
federativos.

2.2.2 Taxas

As taxas são tributos utilizados para custeio de serviços públicos ou benefícios


disponibilizados pelo Estado ao contribuinte. A competência para criação das taxas é
comum a todos os entes federativos, podendo ser instituída pela União, Estado,
Distrito Federal e Municípios, assim como é definida no art.77 do CTN:

Art.77 – As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal
ou pelos Municípios, no âmbito de sus respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público especifico e divisível, prestado ao contribuint e
ou posto à sai disposição.

Definida nos arts. 77 e 78 do CTN e no art. 145, II, da CF, ainda se faz referência
a dois tipos de modalidade de taxas: Taxa de Poder de Polícia e a Taxa de serviço
Público Divisível e Especifico.

2.2.3 Contribuição de Melhoria

A contribuição de melhoria por sua vez, diferente de imposto e taxa, é cobrada


em virtude da realização de alguma obra pública, que resulte na valorização imobiliária
a sua volta para o contribuinte, de conformidade com o art. 81 do CTN.
Tem-se por competência comum todos os entes federativos, a União, pelos
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas
atribuições.
Todavia, para que a contribuição de melhoria ocorra é preciso que cumpra os
requisitos mínimos disposto no art.82 da CTN, relativo a este tributo:

Art. 82 – A lei relativa à contribuição de melhoria observa os seguintes


requisitos mínimos: I – publicação prévia dos seguintes elementos:
a) memorial descritivo do projeto;
b) orçamento do custo da obra;
20

c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela


contribuição;
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda
a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas.
II – fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos
interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior;
III – regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da
impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciaç ão
judicial.

2.2.4 Contribuições Especiais

As contribuições Especiais, previstas no art. 149 da CF, dividem-se em:


Contribuições Sociais, Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE),
Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou Econômicas e
Contribuições de Custeio do Serviço de Iluminação Pública.
As contribuições de forma geral, são instituídas pela União, salvo a
Contribuição de Custeio do Serviço de Iluminação Pública, que permitem, por forma
das respectivas leis, os Municípios e o Distrito Federal instituírem as contribuições.
As contribuições Sociais, tem como objetivo auxiliar a União nos custos na área
da Seguridade Social, a qual arrecadação deste tributo provém da tributação sobre
salários, sobre receita e faturamento, principalmente no que tange ao PIS/PASEP e
COFINS e as contribuições previdenciárias; Também é importante dizer que essa
contribuição afeta o campo social no que diz respeito à educação, saúde e cultura.
No que diz respeito as Contribuições de Intervenção do Domínio Econômico,
tem como função regulatória, ou seja, são utilizadas com a finalidade de arrecadar
recursos para a política econômica para enfrentar situações em segmentos
específicos que exija a intervenção da União.
Em relação as Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou
Econômicas, possui como finalidade custear serviços dos órgãos responsáveis
pertencentes a uma categoria profissional que sejam afiliados ao sindicato.
Por fim, as Contribuições de Custeio do Serviço de Iluminação Pública, tem por
objetivo arrecadar recursos para o custeio da iluminação pública, que não seja por
meio de taxas, pois deste modo se tornam inconstitucionais.
21

2.2.5 Empréstimos Compulsórios

Os empréstimos compulsórios, previsto no artigo 148 da CF é caracterizado


como um tributo não vinculado e que pode ser instituído por meio de lei complementar,
como referido no artigo abaixo:

Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos


compulsórios:
I – para atender a despesa extraordinária, decorrente de calamidade pública,
de guerra externa ou iminência;
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevant e
interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo
compulsório será vinculada a despesa que fundamentou sua instituição.

Foram criados com os objetivos de consubstanciar “empréstimos” dos


contribuintes ao poder público, de forma forçada, diferentes dos demais empréstimos
firmados por meio de contrato, todavia há garantia de ressarcimento do valor pago por
parte do governo.
Portanto, este tributo é somente instituído em especificas situações
decorrentes, tais como, de calamidade pública, guerra externa, eminência ou efetiva
ocorrência de guerra externa que irá interferir nas despesas da União. Para que a
incidência deste tributo não seja inconstitucional é preciso requer que a destinação do
mesmo seja legal e de sua validação por meio de uma lei complementar exclusiva.

2.3 Planejamento Tributário

O planejamento tributário é uma maneira que o empreendedor possui para


estruturar e gerir seus custos com impostos visando diminuir o pagamento destes
tributos. De acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988, todo o contribuinte
tem o direito constitucional de gerir seus negócios com liberdade, respeitando a
maneira legal fiscal brasileira.
A obrigação do pagamento destes tributos é mediante a aplicação da Lei, em
que todo o valor pago pelos cidadãos, arrecadado pelo Estado tivesse a finalidade de
22

alcançar o bem comum. Nessa perspectiva, os tributos são caracterizados por: fato
gerador, base de cálculo, alíquota, prazo de pagamento.
No Brasil, no âmbito da Receita Federal, são permitidas três formas de
tributação diferentes para os contribuintes pessoa jurídica, que são: Lucro Presumido,
Lucro Real e Simples Nacional, que foi regulamentado pela Lei nº9.841/99, contudo,
foi através da publicação da Lei Complementar 123/06 que instituiu o Simples
Nacional.
O princípio constitucional não deixa dúvidas que, dentro da lei, o contribuinte
pode agir no seu interesse, a qual objetiva viabilizar a redução de custos geradores
pelos tributos.
Desta maneira, (FABRETTI, p.37, 2017) conceitua o planejamento tributário
como:

O estudo feito preventivamente, ou seja, antes da realização do fato


administrativo, pesquisando-se seus efeitos jurídicos e econômicos e as
alternativas legais menos onerosas, denomina-se Planejamento Tributário.
[...] A relação custo/benefício deve ser muito bem avaliada. Não há mágica
em planejamento tributário, apenas alternativas, cujas relações
custo/benefício variam muito em função dos valores envolvidos, da época, do
local etc.

“Planejar é escolher entre opções fiscais lícitas que possam oferecer melhores
resultados a entidade. Todavia, o planejamento tributário possui características
especificas a cada negócio (PÊGAS, 2017)”. Por meio deste entendimento, (PÊGAS,
p.331, 2017) afirma também que:

A opção pelo lucro presumido representa economia para a maioria das


empresas, facilitando inclusive o trabalho da contabilidade. [...] Regra geral,
a opção pelo lucro presumido deve ocorrer para empresas bem lucrativas .
Por outro lado, quando a empresa tem uma margem de lucro reduzida, a
tendência natural é que o lucro real seja a melhor opção. Atualmente não é
possível definir a forma de tributação menos onerosa financeirament e,
apenas com os tributos sobre o lucro, pelo menos na maioria das situações.

Nas médias e pequenas empresas, a ausência de planejamento tributário faz


com que essas empresas fiquem em desvantagens quanto à competitividade do
23

mercado. Contudo, ao fazer uso do planejamento tributário, possui uma perspectiva


de lucros elevada em relação a seus concorrentes. Portanto, entende-se
planejamento tributário pode estruturar seu negócio de forma menos onerosa, ou seja,
é utilizar-se de meios legais que permitam a redução do valor a ser pago dos tributos.
Dessa forma, pode-se observar algumas medidas aplicadas pelas
organizações à frente do processo de elaboração de planos voltados à economia de
tributos. Pois, o planejamento tributário precisa dos conhecimentos contábeis e
jurídicos. Contábil porque, o contador possui entendimento sobre a legislação fiscal,
e também consegue por meio dos seus demonstrativos contábeis identificar o
processo operacional da empresa, os fatos geradores de tributos; E jurídico, porque o
advogado tem o conhecimento jurídico, consegue identificar na legislação tributária as
oportunidades de redução da carga tributária.

2.3.1 Finalidade do Planejamento Tributário

O planejamento tributário tem um objetivo de economia no pagamento de


impostos, taxas e contribuições, pois todos estes tributos representam importante
parcela dos custos das empresas e com a globalização da economia, e da busca de
se firmarem cada vez mais no mercado, as empresas devem buscar uma correta
administração tributária, diante a necessidade de sobrevivência no meio empresarial
que estão inseridas.
E neste contexto (Zanluca, 2019) diz respeito sobre três finalidades do
planejamento tributário, sendo eles:

1. Evitar a incidência do fato gerador do tributo;


2. Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou reduzir a base de cálculo
do tributo;
3. Retardar o pagamento do tributo, postergando (adiando) o seu
pagamento, sem a ocorrência da multa.

Planejamento tributário é saúde financeira de qualquer empresa e representa


a capitalização do negócio, diante as possibilidades de menores preços e de novos
investimentos.
24

2.3.2 Vantagens do Planejamento Tributário

A empresa que conseguir realizar um planejamento tributário que seja eficaz


poderá usufruir de inúmeros benefícios e de uma vantagem competitiva da empresa
diante aos seus concorrentes. E de acordo com (OLIVEIRA, 2005) e reescrito por
(COSTA e ALVES, 2017) estas vantagens seriam por meio:

1. Evitar os atos ilícitos, que prejudicam terceiros e enganam o fisco,


evitando assim infrações fiscais ou penais;
2. Minimizar os erros presentes que refletem no futuro, ocasionado às
mortalidades;
3. Diminuição dos ônus tributário, aumentando a lucratividade;

Para se obter um bom rendimento na empresa, esta deve estar sempre bem
preparada para as mudanças tributárias, pois de acordo com (PÊGAS, 2017) “o
planejamento tributário preventivo (antes da ocorrência do fato gerador do tributo)
produz a elisão fiscal, ou seja, a redução da carga tributária dentro da legalidade.”
A eficácia de um gestor tributário não está na tomada de decisão que visa
somente à economia de determinado tributo, ele deve conhecer todos os aspectos de
seu cliente, como porte e regime tributário, para que assim possa tomar a melhor
decisão.
No planejamento tributário eficaz, os gestores são capazes de superar
dificuldades econômicas e tomar outros caminhos econômicos. Ao tornar-se cada vez
mais minucioso e profundo esse procedimento, é possível detectar os efeitos
tributários em qualquer operação que empresa venha a praticar e apontar a alternativa
mais viável que possa ser adotada.

2.3.3 Base contábil para o Planejamento Tributário

A base de um planejamento fiscal adequado é a existência de dados regulares


e confiáveis, e é por meio da contabilidade que esses dados que são fundamentais
poderão auxiliar nas tomadas de decisões.
No planejamento da base contábil é preciso um sistema de registros das
operações internas da empresa e responsável por múltiplos controles, ou seja, é
25

preciso haver tecnologia de modo a auxiliar o planejamento financeiro e contábil das


organizações.
O registro de receitas, custos e despesas, bem como de controle patrimonial
(ativos e passivos), irá gerar os dados preliminares para análise tributária, para que
se possa definir a melhor maneira de tributar. E segundo a afirmação de (P ÊGAS,
2017) o mesmo diz que:

A apuração da base de cálculo do Imposto de Renda, pelo Lucro Real,


depende de controles eficientes das despesas e receitas, não somente para
se ter o registro adequado desses fatos contábeis e relatar o resultado real
da empresa, mas também para permitir a identificação e controle das
despesas indedutíveis e receitas não tributáveis, essenciais para a apuraç ão
do Lucro Real.

Todo esse controle é representado por alguns livros, sendo:


1. Livro Diário
2. Livro Razão
3. Livro Caixa

Para que a contabilidade ajude no planejamento, a mesma deverá estar


refletindo a situação real do patrimônio. O profissional da área tributária irá buscar
Informações precisas sobre os tributos (alíquotas, prazos de recolhimento, fato
gerador) e também dados internos e externos do contribuinte (lucratividade, volume
de negócios, forma de operações, entre outros).

2.4 Formas de Tributação

2.4.1 Lucro Presumido

A tributação pelo regime do lucro presumido é tratada no Regulamento do


Imposto de Renda de 2018 (Decreto n. 9.580), especificamente nos artigos 587 a 601.
Inicialmente, nos artigos 587 a 589 definem-se as pessoas jurídicas autorizadas
e optar pelo regime do lucro presumido, sendo elas a pessoa jurídica cuja receita bruta
total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou inferior a R$78.000.000,00 (setenta
e oito milhões de reais) ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais)
26

multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior. Além


disso, estabelece-se que aquelas pessoas jurídicas sujeitas obrigatoriamente ao
regime do lucro real não podem optar pelo lucro presumido.
No que diz respeito do regime de tributação do lucro presumido é definitiva para
todo o ano-calendário e que deve ser manifestada com o pagamento da primeira ou
da quota única do imposto sobre a renda devido sobre o primeiro período de apuração
de cada ano calendário. Além disso, verifica-se que a determinação do imposto sobre
a renda será apurada trimestralmente conforme trimestres encerrados de cada ano-
calendário.
Com relação à base de cálculo do imposto, é estabelecido que em cada
trimestre ela será determinada por meio da aplicação do percentual de presunção
sobre a receita bruta auferida no período de apuração, deduzida das devoluções e
das vendas canceladas, dos descontos incondicionais concedidos e do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI). São estabelecidos os percentuais de presunção,
sendo:

Quadro 2 – Índices de Presunção Para Imposto de Renda


Tipos de Atividade Lucro Presumido
Revenda para consumo de combustível derivado de
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6 %
Revenda de mercadorias e produtos. 8%
Prestação de serviço limitado à receita bruta de 120.000,00 16%
anual.
Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços
hospitalares e de auxílio diagnóstico e
terapia; intermediação de negócios; administração, locação 32%
ou cessão de bens, imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza; prestação de serviços de construção,
recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de
infraestrutura vinculados a contrato de concessão de serviço
público.
Fonte: Diário Oficial da União. Decreto 9.580, de 22 de Novembro de 2018.
27

Depois de aplicada a alíquota de presunção, serão acrescidos os ganhos de


capital, os rendimentos e os ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras, as
demais receitas, os resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas pelo
disposto nos art. 591 e art. 592. Após encontrada a base de cálculo, é aplicada a
alíquota de 15% e sobre o que exceder R$60.000,00 (ou R$20.000,00 por mês de
atividade) aplica-se o adicional de 10%.
Já em relação à CSLL, consideram-se os percentuais de presunção de:

Quadro 3 – Índices de Presunção Para a Contribuição Social sobre o


Lucro
Tipos de Atividade Lucro
Presumido
Receita de vendas (ajustada) 12%
Receita de Prestação de Serviço 32%
Fonte: Diário Oficial da União. Decreto 9.580, de 22 de Novembro de 2018.

Depois de encontrada a base de cálculo, é aplicada a alíquota da contribuição


social de 9%.

2.4.1.1 Tributos Incidentes no Lucro Presumido

O Lucro Presumido é um modelo simplificado. Os impostos devidos neste


regime de tributação são:

1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica-IRPJ;


2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL;
3. PIS/PASEP;
4. COFINS;
5. CPP;
6. ICMS;
7. ISSQN.

2.4.2 Lucro Real


28

A legislação para sistematizar a apuração dos lucros tributáveis ou prejuízos


posteriormente compensáveis, impõe algumas regras para padronizar o resultado
societário ao resultado fiscal.
Lucro real é o regime mais complexo, pois sua apuração é dada pelo lucro
líquido do período (resultado contábil), ajustado pelas adições, exclusões ou
compensações prescritas ou autorizadas pela Lei nº 9.718/98. Portanto, nem sempre
o lucro (ou prejuízo) real será igual ao lucro (ou prejuízo) contábil. Conforme esquema
a seguir:

Quadro 4 – Apuração do Lucro Real ou Prejuízo Fiscal


Lucro (Prejuízo) Contábil
(+) Ajustes fiscais positivos (adições)
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período
Fonte: Equipe Portal Tributário - Júlio César Zanluca.

Para apuração do imposto de renda é determinado de acordo com informações


da escrituração contábil. No caso do regime lucro real, os registros devem ser feitos,
obrigatoriamente, no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). Para melhor
entendimento, (FABRETTI, p.255, 2017) descreve a apuração da seguinte maneira:

[...] o lucro líquido a que ele se refere é o resultado antes do imposto


de renda, [...]. Apurado o lucro líquido segundo o conceito do IR (resultado
antes do IR (L)), ele é transportado para o Lalur e ajustado mediante as
adições, exclusões e compensações determinadas por lei, apurando-se o
lucro real (Lucro Líquido (IR) + adições – exclusões – compensações = lucro
real).

E conforme o Art.14 da Lei nº 9.718/98, encontram-se todas as características


das pessoas jurídicas que estão obrigadas ao regime de tributação com base no Lucro
Real, em cada ano calendário. Tendo em vista a forma de recolhimento dos tributos
no regime do Lucro Real, é importante dizer que a apuração pode ser de duas formas:
29

1. Apuração Anual:

Nesta forma de apuração, a empresa pode recolher mensalmente os tributos


calculados com base no faturamento da organização, de acordo com percentuais
sobre as atividades, aplica-se a alíquota do IRPJ e da CSLL, de forma semelhante ao
Lucro Presumido. Assim, no final do ano a empresa levanta o balanço anual e apura
o Lucro Real do exercício, ajustando o valor dos tributos ao seu resultado real.

2. Apuração Trimestral:

Nesta forma de tributação, é possível dizer que é o melhor modo para


organizações que possuem lucros constantes, isto porque o IRPJ e a CSLL são
calculados com base no balanço apurado no final de cada trimestre, desta maneira o
lucro do trimestre não se soma ao prejuízo fiscal dos trimestres seguintes. O prejuízo
de um trimestre poderá deduzir somente até o limite de 30% do lucro dos trimestres
subsequentes.

2.4.2.1 Tributos Incidentes no Lucro Real

Lucro Real é o modelo mais complexo para apuração dos impostos, pois é
preciso mais do que a receita bruta, é preciso das informações contábeis. Os impostos
devidos neste regime de tributação são:

1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica-IRPJ;


2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL;
3. PIS/PASEP;
4. COFINS;
5. CPP;
6. ICMS.

2.4.3 Simples Nacional

A Lei Complementar n.º 123/2006, instituiu o Simples Nacional, como regime


especial de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas Micro e Pequenas
30

Empresas, estabelecendo um limite anual de faturamento. Atualmente, este limite é


de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) por ano.
Dependendo da atividade da Empresa, esse regime possui um benefício
economicamente melhor que os demais. Entretanto, os Prestadores de Serviços
devem ficar muito atentos, pois, dependendo do serviço prestado, talvez seja mais
vantajoso optar pelo regime de lucro presumido, isto porque no Simples Nacional o
imposto é progressivo e cumulativo. Além dessa questão econômica, há que se
considerar a dificuldade no que se refere à compreensão da legislação vigente.
De acordo com a COSIT Nº26, sabe-se que a desde de 2015 o transporte
intermunicipal e interestadual de passageiros, pode optar pelo simples, desde que não
incorra nenhuma outra vedação constante da legislação de regência do simples
nacional, conforme o quadro abaixo:

Quadro 5 - Atividade por Anexo – Evolução Histórica

Fonte: Simples Nacional

Contudo, é importante citar sobre a atividade de transporte de passageiros


intermunicipal e interestadual, foco deste trabalho. Isto porque esta atividade integra
ao rol de atividades vedadas e impeditivas a optar pelo simples nacional. Diante disso,
31

o Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN) que a regulamenta o transporte de


passageiro, não permite que essa atividade seja optante pelo simples nacional, de
acordo com o art. 15, XVI da Resolução CGSN nº 140, de 2018. Portanto, as empresas
de transporte de passageiros intermunicipal e interestadual não podem diminuir o
peso da carga tributária que incide sobre elas.
Desta forma, podemos entender que a Lei Complementar nº 123/2006, que
criou o Simples Nacional, veio para beneficiar as empresas de pequeno e médio porte,
diminuindo a carga tributária incidente nesta categoria, permitindo melhores condições
para a sua formalização, continuidade e competitividade. Contudo é preciso manter
certas obrigações, tais como: manter sempre em dia o pagamento dos seus tributos,
emitir as notas fiscais relativas às suas atividades e registrar seus empregados.

2.4.3.1 Tributos Incidentes no Simples Nacional

O Simples Nacional é o regime de tributação simplificado, é uma única guia de


recolhimento da empresa e quita vários tipos de tributos, contudo, poderá recolher
outros além daqueles contemplados do Simples Nacional. Os impostos são os
seguintes:

1. Imposto de Renda Pessoa Jurídica-IRPJ;


2. Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL;
3. PIS/PASEP;
4. COFINS;
5. IPI;
6. ICMS (quando houver diferencial de alíquota ou substituição tributária);
7. ISSQN;
8. CPP (diante a prestação de serviços referidas Art.18 da Lei
Complementar 123/06).

2.5 Tributos incidentes que vão além da tributação do lucro na execução do


Planejamento Tributário

2.5.1 PIS/PASEP - COFINS


32

As contribuições do PIS/PASEP instituído pela Lei nº 10.637/02 e a COFINS


instituída pela lei nº 10.833/03, tornaram-se tributos parcialmente não cumulativos,
isto porque, as leis mesmo que em anos diferentes praticamente unificaram as normas
de contribuição, contudo alguns contribuintes continuarão no modo cumulativo, fato
que torna a legislação cada vez mais complexa.
Na incidência cumulativa, a base de cálculo é o valor da receita da pessoa
jurídica, menos as exclusões permitidas, sem deduções com relação a despesas e
encargos. Nesse regime, as alíquotas de retenção da contribuição para o PIS/PASEP
e da COFINS são, respectivamente, de 0,65% e 3%.
Diante a incidência não cumulativa, foi possível perceber que aumentou a
complexidade e a carga tributária, uma vez que nesse regime a base de cálculo da
contribuição para o PIS/PASEP e COFINS é o valor total do faturamento mensal da
pessoa jurídica, e as alíquotas que antes eram respectivamente 0,65% e 3%, foram
para 1,65% e 7,6%.

2.5.2 Contribuição Patronal Previdenciária (CPP)

A contribuição patronal previdenciária foi instituída por meio da Lei nº 8.212/9.


Mediante aos regimes de tributação, é necessário pontuar que o CPP é devido a todas
as organizações optantes do Lucro Real e Lucro Presumido, todavia, aos optantes
pelo Simples Nacional é devido somente aos prestadores de serviços referidos no
Art.18 da LC 123/06.
De acordo com a (Contabilidade Online QIPU, 2019):

Contribuição Patronal Previdenciária é uma arrecadação federal vinculada


ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e, consequentemente, ao
Ministério do Trabalho e Previdência Social, que contribui para a manutenç ão
do Regime Geral da Previdência Social, responsável pelos benefícios
concedidos àqueles que adquirirem o direito a eles, segundo o previsto pela
lei. As alíquotas variam de acordo com o regime tributário da empresa,
podendo chegar a até 20% dos respectivos salários ou pró-labore.
33

2.5.3 Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviço (ICMS)

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é um imposto estadual


que incide sobre atividades relativas à circulação de mercadorias e serviços de
transporte intermunicipal e interestadual e de comunicações. Com isso, é possível
perceber como este imposto está inserido em praticamente tudo que fazemos, e é por
este motivo que o ICMS é o tributo com maior representatividade nas arrecadações
dos estados.
O conhecimento de cada tributo que incide sobre a prestação de serviços
realizadas nas organizações é um diferencial que pode trazer benefícios com relação
ao planejamento financeiro. Pois, utilizando o ICMS como exemplo, é possível
perceber a guerra fiscal entre estados, uma vez que o ICMS é regulamentado e
fiscalizado conforme as “preferências” estaduais, uma alternativa de nesta mudança
tributária, seria este imposto passar a ser regulamentado em âmbito federal, e as
arrecadações e fiscalização em âmbito estadual.
Portanto, no caso do ICMS no estado de Minas Gerais, na cidade de Ouro
Branco, caberá as alíquotas de 18% no transporte intermunicipal e 12% no transporte
interestadual. Logo, é muito importante a escolha da melhor opção de tributação a ser
realizada. Alguns estados cobram diferencial de alíquotas nas entradas das
mercadorias.

2.5.4 Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN)

O Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza é um imposto municipal e


incide sobre a prestação de serviços de qualquer natureza, realizada por empresa ou
profissional autônomo. Os contribuintes deste tributo estão estabelecidos pela Lei nº
11.438/1997.
Para o recolhimento deste imposto, o fato gerador é por meio do preço do
serviço efetivamente realizado, podendo ser mensal por meio de uma alíquota definida
pela fiscalização mediante ao tipo de serviço prestado ou de forma anual, por um valor
fixo atribuído por atividade, essas alíquotas podem variar de acordo com a Lei
Complementar 123/06, e também podem variar de município para município e por
ramo de atividade.
34

É importante dizer que alguns municípios não fizeram adesão da LC 123/06 e


por este motivo a cobrança deste imposto é realizada separadamente, independe se
é optante do Simples Nacional ou não.
Desta maneira, por se tratar de um imposto municipal, as alíquotas variam de
2% a 5% de municípios para município, para empresas de transporte municipal da
região de Ouro Branco (MG) é cobrado a alíquota de 3%.

2.6 Demonstrações Contábeis

Diante a padronização das normas contábeis brasileiras às normas


internacionais, várias normas foram criadas pelos órgãos regulamentadores e
fiscalizadores para permitir à adequação. Contudo, algumas estruturas e conceitos
ainda são características especiais de práticas empresariais realizadas no Brasil.
Logo, um estudo mais caracterizado das estruturas vigentes se faz de grande
importância.
As demonstrações contábeis, de acordo com a definição do Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) 26 “são uma representação estruturada da
posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade”. São de grande
importância, pois possuem como finalidade mostrar informações da entidade aos
usuários, de um determinado período.
Se faz necessário a elaboração das demonstrações contábeis, por parte das
companhias de Capital Aberto e Fechado, como disposto na Lei das Sociedades por
Ações (LEI nº 6.404 de 1976). O objetivo é proporcionar ao usuário dessas
informações a situação patrimonial e financeiro da entidade, de modo a atrair
investidores, demonstrar transparência, e também como uma ferramenta para os
gestores nas tomadas de decisões e demonstrarem o desempenho administrativo da
atual gestão.
Assim, as companhias devem elaborar ao final de cada exercício social
a base da escrituração contábil, seguindo as seguintes demonstrações:
1. Balanço Patrimonial;
2. Demonstração do Resultado;
3. Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados;
4. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;
5. Demonstração do Fluxo de Caixa;
35

Ps: se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado.


É importante ressaltar também que o Conselho Federal de Contabilidade
(CFC), englobam mais três demonstrações contábeis a sua estrutura contábil, sendo
elas:
1. Notas Explicativas;
2. Quadros Suplementares;
3. E outas informações.

2.6.1 Balanço Patrimonial

O Balanço Patrimonial é a demonstração da situação patrimonial da


entidade em um determinado período. É divido em Ativo, Passivo, incluindo neste o
Patrimônio Líquido, as contas que se subdividem desses grupos, são chamadas de
contas Patrimoniais ou Integrais, representadas por bens, direitos e obrigações da
companhia.
Para (PÊGAS, p. 63, 2017) O balanço patrimonial precisa ser ordenado
por subgrupos, de modo que facilite o entendimento ao usuário das demonstrações
financeiras e alcance o objetivo da contabilidade, que é prestar informações uteis e
objetivas.

a) Ativo

O Ativo representa o conjunto de bens e direitos de propriedade da empresa,


mensuráveis monetariamente e que podem trazer benefícios presente ou futuros
(PÊGAS, p. 63, 2017). De modo geral, são recursos econômicos à disposição da
empresa, que podem gerar benefícios.
Já a definição apresentada pelo CFC (NBCT 03, p.2), “o ativo é um recurso
controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera
que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade”.
O ativo no balanço patrimonial é apresentado ao lado esquerdo, sendo a parte
positiva do patrimônio. O mesmo é dividido em dois grupos, o Ativo Circulante e o Não
Circulante.
36

 Ativo Circulante:

É neste grupo que se agrupa os recursos financeiros que estão em constante


circulação de acordo com a operação da entidade. As principais contas registradas
são: o Disponível; Crédito; Estoque; Despesa antecipada; e Outros valores e bens;
Estes se subdividem também em: caixa, bancos, aplicações financeiras, estoques,
duplicatas e contas a receber, impostos a recuperar e outros valores relacionados às
atividades da entidade.

 Ativo Não Circulante:

É neste grupo que são registrados os valores que possuem uma perspectiva
de realização maior que o período contábil (365 dias), ou seja, cujo a realização irá
ultrapassar o exercício social. As principais contas registradas são: Realizável a longo
prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangível.

b) Passivo

O Passivo representa o conjunto de obrigações da empresa. (PÊGAS, p. 64,


2017). Logo, são as dívidas que a entidade possui com terceiros (credores).
Já a definição apresentada pelo CFC (NBCT 03, p.2), “o passivo é uma
obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja a liquidação
se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos”.
O passivo no balanço patrimonial é apresentado ao lado direito, sendo a parte
credora do patrimônio. O mesmo é dividido em dois grupos, o Ativo Circulante e o Não
Circulante.

 Passivo Circulante

É neste grupo que se agrupa as obrigações financeiros exigíveis a curto prazo


e os encargos da entidade, cujo o prazo de vencimento ultrapassa o fim do exercício
subsequente. Algumas das contas registradas são: os Fornecedores; Tributos a
pagar; Contribuições a pagar.
37

 Passivo Não Circulante

É neste grupo que são registradas as obrigações financeiras que


ultrapassagem o fim do exercício subsequente, ou seja, são débitos parcelados, cujo
as parcelas vencem após o fim do exercício seguinte.

c) Patrimônio Líquido

Segundo (PÊGAS, p. 66, 2017) “O patrimônio líquido compreende o resultado


dos ativos menos os passivos, ou seja, o conjunto dos bens mais os direitos menos
as obrigações. Representa o capital investido e mais as reservas oriundas da geração
de lucro das atividades da empresa”.
O patrimônio líquido se subdivide em: Capital Social; Reserva de Capital;
Ajustes de Avaliação Patrimonial; Reservas de Lucros; Ações em Tesouraria; e
Prejuízos Acumulados.

2.6.2 Demonstração do Resultado

A demonstração do resultado do exercício é uma estrutura contábil ordenada


das receitas e despesas da entidade no determinado período. É apresentada de forma
sequencial e logica diante a forma dedutível, que das receitas subtraem-se as
despesas e se faz a dedução dos devidos impostos e contribuições, para que assim
obtenha o resultado líquido do período.
Segundo as normas brasileiras de contabilidade dispostas pelo CFC na (NBCT
03, p.6), a demonstração do resultado evidencia as seguintes contas:

(a) as receitas decorrentes da exploração das atividades-fim;


(b) os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos
incondicionais, as devoluções e os cancelamentos;
(c) os custos dos produtos, mercadorias e dos serviços prest ados ,
correspondentes às receitas reconhecidas;
(d) o resultado bruto do período;
(e) os ganhos e as perdas operacionais;
(f) as despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras, e as
receitas financeiras;
38

(g) o resultado operacional;


(h) as receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das
atividades-fim;
(i) o resultado antes das participações e dos impostos;
(j) as provisões para impostos e contribuições sobre o resultado;
(k) as participações no resultado;
(l) o resultado líquido do período

E neste contexto, para (FABRETTI, p.87, 2017) “Para determinar com precisão
e clareza como e quanto cada elemento do processo operacional influiu no resultado
final, positivo ou negativo, é preciso demonstrá-lo destacadamente. Conhecendo
como e quanto cada etapa representou [...]”.

2.6.3 Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)

Esta demonstração contábil, demonstra todas as mudanças ocorridas no


patrimônio líquido de uma entidade, apresentando detalhes e as variáveis que
influenciaram na alteração durante o período determinado.
A (NBCT 03, p.3) define, “As Demonstração de Lucros ou Prejuízos
Acumulados é a demonstração contábil destinada a evidenciar, em determinado
período, as mutações nos resultados acumulados da entidade”. Por meio ainda deste
pronunciamento, o mesmo diz respeito que as demonstrações devem evidenciar:

(a) o saldo de prejuízos no início do período;


(b) os ajustes de exercícios anteriores;
(c) as reversões de reservas;
(d) a parcela correspondente à realização de reavaliação, líquida do efeit o
dos impostos correspondentes;
(e) o resultado líquido do período;
(f) a compensação de prejuízos;
(g) as destinações do lucro líquido do período;
(h) as parcelas de lucros, incorporadas ao capital;
(i) os lucros distribuídos;
(j) a destinação dos lucros remanescentes; e
(k) o saldo de prejuízos no final do período.
39

Cabe dizer, que entidades que elaborarem a demonstração das mutações do


patrimônio líquido, não devem elaborar a demonstração de lucro ou prejuízos
acumulados, uma vez que a Lei 6.404/76 diz que a DLPA pode ser incluída dentro da
DMLP.
2.6.4 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

As demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido, tem por objetivo


evidenciar quaisquer alterações em natureza e valor no Patrimônio Líquido em um
determinado exercício.
Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis, por meio do (CPC 26), a
demonstração das mutações do patrimônio líquido evidencia as seguintes
informações que devem ser apresentadas:
(a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o
montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o
montante correspondente à participação de não controladores;
(b) para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação
retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo
com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
Estimativa e Retificação de Erro;
(d) para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no
início e no final do período, demonstrando-se separadamente (no mínimo) as
mutações decorrentes:
(i) do resultado líquido;
(ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e
(iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de
proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as
distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em
controladas que não implicaram perda do controle.

2.6.5 Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC)

As demonstrações de Fluxo de Caixa, tem como objetivo mostrar as saídas e


entradas de recursos financeiros (dinheiro) no caixa efetuadas durante um
determinado período.
Assim, as informações disponibilizadas pela DFC, segundo o (CPC 26) “[...]
proporciona aos usuários das demonstrações contábeis uma base para avaliar a
40

capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e as necessidades da


entidade para utilizar esses fluxos de caixa”.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 03 – Demonstrações dos Fluxos
de Caixa, apresenta e classifica os fluxos por atividades, sendo:
a) Operacionais;
b) De investimentos;
c) De financiamentos.

2.6.6 Demonstração do Valor Adicionado (DVA)

A Demonstração do Valor Adicionado, parte do balanço social, em como


objetivo evidenciar a riqueza gerada pela empresa e como foi feita sua distribuição
para os diversos beneficiários (FABRETTI, p. 106, 2017).
Por meio do entendimento realizado por Fabretti, é possível perceber a
conformidade da informação, diante a definição dada pelo CFC na (NBCT 03, p.3)
“Demonstração do Valor Adicionado é a demonstração contábil destinada a
evidenciar, de forma concisa, os dados e as informações do valor da riqueza gerada
pela entidade em determinado período e sua distribuição”.

2.6.7 Notas Explicativas

As Notas Explicativas são um complemento das informações e resultados


obtidos por meio das Demonstrações Contábeis/Financeiras de um determinado
período. Foi integrada às demonstrações por determinação do Conselho Federal de
Contabilidade (CFC).
São elaboradas sempre que houver a necessidade com o objetivo de fornecer
explicações, esclarecimento de quaisquer informações que não puderam ser
apresentadas de alguma outra forma na demonstração financeira, permitindo assim a
transparência e boa qualidade da informação.
De acordo com o pronunciamento técnico CPC 26, as notas explicativas
devem:
(a) apresentar informação acerca da base para a elaboração das
demonstrações contábeis e das políticas contábeis específicas utilizadas, de
acordo com os itens 117 a 124;
41

(b) divulgar a informação requerida pelos Pronunciamentos Técnicos,


Orientações e Interpretações do CPC que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis; e
(c) prover informação adicional que não tenha sido apresentada nas
demonstrações contábeis, mas que seja relevante para sua compreensão.

Desse modo, entende-se que as notas explicativas é um relatório das


demonstrações contábeis que expressa as informações de modo resumido para a
compreensão, mas sem perder o aspecto técnico das informações relevantes.
42

3 CATACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

O presente estudo foi realizado em uma empresa denominada ABC, prestadora


de serviços de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros, possui sua
matriz localizada na cidade de Ouro Branco - MG e outras duas unidades em
Congonhas – MG e Volta Redonda – RJ, tem como razão social ABC de consumo,
transporte rodoviário e locação Ltda. É importante citar que essa empresa atua
somente com atos cooperativos, uma vez que se trata de uma cooperativa.
A empresa foi fundada em 1990 através do interesse comum de trabalhadores
autônomos do setor de transporte, tendo como objetivo inicial o transporte de pessoas
e pequenas cargas.
Atualmente, com as novas demandas do mercado, e diante a especialização e
ampliação dos processos, a entidade ampliou seu ramo de atividade e atua também
no transporte de cargas pesadas e terceirização de frota.
A empresa, objeto de estudo desse trabalho, tem como visão ser uma empresa
de destaque no mercado, reconhecida pela qualidade dos serviços e competividade,
qualificação e comprometimento com o cliente, e apresenta como valores o
comprometimento, ética e confiabilidade, respeito a sociedade, educação, formação
e informação, interesse pela comunidade.
43

4 ESTUDO DE CASO

4.1 Análise das Demonstrações Contábeis com Foco Tributário

Como demonstrado no desenvolvimento do referencial teórico a análise das


demonstrações contábeis é um instrumento que permite avaliar as despesas
tributárias para uma melhor gestão e para a realização de um bom planejamento
tributário.
Para uma melhor análise dos dados obtidos da empresa denominada ABC de
consumo, transporte rodoviário e locação Ltda. optante pelo Lucro Presumido, foi
realizado o Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado e a Demonstração da
Mutação do Patrimônio Líquido, dos anos de 2018 a 2020, quadros consolidados que
evidenciam de forma resumida os resultados obtidos pela entidade.
Para melhor identificar seus resultados nesse regime de tributação, foi
realizado uma comparação do Lucro Presumido ao Lucro Real, uma vez que a
empresa ABC não pode ser optante pelo simples nacional diante aos seus resultados.
Para um bom planejamento tributário, todas as informações devem ter um grau
elevado de confiabilidade, analisadas por um profissional nas Ciências Contábeis,
para demonstrar ao empresário qual melhor caminho a ser seguido, para reduzir
custos e despesas por meios legais.

4.1.1 Demonstração do Resultado


44

Quadro 6 – Demonstração do Resultado do Exercício

Fonte: Elaborado pelo autor

Como podemos observar pela Demonstração do Resultado do Exercício a


empresa ABC no ano de 2018 faturou R$50.139.583,15, já no ano de 2019 em relação
ao 2018 houve um aumento de 24% no faturamento, aumentando para
R$65.640.593,84. Mesmo passando por um ano atípico pelo início da pandemia do
Covid-19. Tendo em vista ainda seus resultados, houve um aumento no faturamento ,
R$72.276.638,94 em 2020 que representa 9% em relação ao ano anterior, e 31% em
relação ao ano de 2018. Como poderemos ver no quadro abaixo:
45

Gráfico 1 - Faturamento Anual

Fonte: Elaborado pelo autor

4.1.2 Balanço Patrimonial com destaque no planejamento tributário

Os quadros abaixo evidenciam toda a movimentação realizada da entidade


ABC no período de 2018 a 2020, que são de extrema importância contábil e gerencial
para identificar o atual posicionamento do negócio e auxiliar nas futuras tomadas de
decisões.
É possível perceber a grande redução nos valores totais do Ativo e do Passivo,
entre os anos de 2019 e 2020, e essa mudança é devido a alteração no processo
judicial do PIS e COFINS da empresa, que ainda está sendo julgado para
ressarcimento, todavia a empresa já reconheceu este valor como despesa, sem
grandes esperanças de ressarcimento destes valores. Foi reconhecida esta despesa
isso porque afeta diretamente nos índices econômicos financeiros da entidade.
46

Quadro 7 – Balanço Patrimonial – ATIVO

Fonte: Elaborado pelo autor


47

Quadro 8 – Balanço Patrimonial – PASSIVO

Fonte: Elaborado pelo autor


48

4.1.3 Quadro referente a conta Banco Movimentos – Nota Explicativa 2020

Quadro 9 – Nota Explicativa – Conta Banco Movimentos 2020

Fonte: Elaborado pelo autor

4.1.4 Quadro referente a conta Depósitos Judiciais PIS e COFINS – Nota Explicativa
2020

Quadro 10 – Nota Explicativa – Conta Depósitos Judiciais PIS e COFINS


2020

Fonte: Elaborado pelo autor


49

4.1.5 Demonstração da Mutação do Patrimônio Liquido

Quadro 11 – Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido

Fonte: Elaborado pelo autor


50

4.2 Aplicação dos Regimes de Tributação

4.2.1 Comparativo entre Lucro Presumido e Lucro Real

Tendo em vista todas as informações analisadas pela forma de tributação do


Lucro Presumido, foi realizado alguns quadros demonstrando os valores supostos
devidos de tributos, sendo calculados, PIS/COFINS, ICMS, ISSQN, Contribuição
Previdenciária Patronal, Imposto de Renda e a Contribuição Social.
É importante lembrar que por se tratar de uma empresa que atua somente com
atos cooperativos, essa entidade não possui tributação do Imposto de Renda Pessoa
Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social (CSLL) sobre o Resultado Líquido.
Embora o Lucro Presumido seja apurado trimestralmente, o cálculo realizado
será anual. Segue abaixo os quadros detalhados dos comparativos dos regimes de
tributação dos três anos:

Quadro 12 – Comparativo dos Regimes de Tributação 2018

Fonte: Elaborado pelo autor


51

Quadro 13 – Comparativo do Regimes de Tributação 2019

Fonte: Elaborado pelo autor


52

Quadro 14 – Comparativo dos Regimes de Tributação 2020

Fonte: Elaborado pelo autor

Podemos perceber que nos quadros expostos das Demonstrações do


Resultado do Exercício dos anos de 2018 a 2020, foram realizados os cálculos tanto
para o Lucro Presumido quanto para o Lucro Real, e foi possível perceber que o
resultado Líquido do Exercício permanece o mesmo. Contudo, o percentual da base
de cálculo do PIS e COFINS existe uma diferença, isto porque o valor é deduzido nos
repasses que influem diretamente no recebimento dos seus cooperados.
Sendo assim, uma vez que os impostos são deduzidos nos atos dos repasses,
acaba gerando um prejuízo maior para a entidade e seus cooperados, se optando
pelo o Lucro Real.
Um aspecto que cabe dizer é referente a característica da entidade, isto porque
se trata de uma cooperativa que não realiza compra de mercadoria para revenda, e
não possui fins lucrativos. Desse modo, não é viável para a empresa ser optante pelo
53

Lucro Real buscando a redução dos impostos já que a mesma não possui valore s
relevantes de entradas para a recuperação do PIS e COFINS.
Conclui-se que após a exposição das duas formas de tributação, e o estudo em
cima de seus resultados, a melhor forma de tributação para a empresa ABC é pelo
Lucro Presumido, a partir de uma economia de R$ 2.165.551,16 nos três anos,
comparado ao Lucro Real.
Adicionalmente, cabe destacar sobre o aspecto relacionado as ações judiciais
que ocasionaram uma alteração no valor de R$ 29.269.190,67 balanço patrimonial no
ano de 2020 em relação ao 2019. Estão expostas no Quadro11 a composição das
provisões do PIS e COFINS – Depósitos Judiciais, que foram valores já considerados
despesas a qual a entidade não possui expectativa de ressarcimento deste valor.
Entende-se que este valor é relativo ao faturamento (repasse) do cooperado,
que não deveria pagar o PIS e COFINS sobre o seu faturamento, porém há este
recolhimento desde Outubro de 1999 até os demonstrativos mais atuais Dezembro de
2020.
54

5 CONCLUSÃO

Este trabalho demonstrou a importância das informações obtidas através dos


demonstrativos contábeis relevantes de maneira que viabilizam o planejamento
tributário e a tomada de decisões. Para isso mostrou-se necessário um
acompanhamento de um profissional da área contábil capacitado, a fim de auxiliar
diante a análise das informações contábeis, contribuindo para evolução financeira da
entidade.
A análise das demonstrações contábeis é um instrumento que se faz
necessário aos empresários quando se trata de diminuição de despesas tributarias
legais diante a legislação vigente, de modo a identificar o melhor de regime de
tributação para o ramo de atuação e consequentemente maximizar lucros da
organização.
Através do trabalho proposto e da fundamentação teórica exposta, foi
apresentado os principais aspectos para realização de um planejamento tributário
para pequenas e médias empresas de transporte de passageiros. Desse modo, a
partir do estudo de caso, foi possível identificar e comparar os regimes de tributação
e verificar se atual planejamento tributário da entidade é o que se faz melhor para
diminuição de seus gastos com tributação.
Ao final, pode-se verificar que os objetivos apresentados foram alcançados, e
a resposta do problema foi respondida, pois foi possível averiguar todas as
informações por meio dos demonstrativos contábeis analisados da empresa ABC que
contribuíram para apresentação de dados sólidos para constituição e identificação do
melhor planejamento tributário.
A atual pesquisa também identificou que a entidade possui o controle de seu
caixa e equivalentes de caixa por meio do registro das notas fiscais e faturamentos,
todavia não possui a habitualidade de realizar a Demonstração do Fluxo de caixa
(DFC) conforme o padrão acadêmico, contudo as informações adicionais relativas aos
resultados desses fluxos encontram-se nas notas explicativas, uma vez que a
entidade passa anualmente por processo de auditoria.
Desse modo, o presente trabalho contribui para o meio acadêmico e para a
sociedade brasileira, por tratar da elaboração de um estudo com embasamento teórico
que abrange as pequenas e medias empresas do setor de transporte de passageiros.
Diante a todas as informações obtidas, auxilia os gestores e administradores nas
55

tomadas de decisões para maximizar financeiramente o empenho da organização e


para servir também de estudo para novas pesquisas.
56

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