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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS


Curso de Ciências Contábeis

Rafael de Resende Silva

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: comparativo da carga tributária do ICMS,


PIS/PASEP e COFINS para o Lucro Real e Simples Nacional.

Belo Horizonte
2º Semestre de 2019
1

Rafael de Resende Silva

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: comparativo da carga tributária do ICMS,


PIS/PASEP e COFINS para o Lucro Real e Simples Nacional.

Monografia apresentada à Disciplina de


Trabalho de Conclusão de Curso, do
Curso de Ciências Contábeis da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais
São Gabriel.

Orientador: Profª Paulo Emídio Lopes


Gaetani

Belo Horizonte
2º Semestre de 2019
2

Rafael Resende Silva

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: comparativo da carga tributária do ICMS,


PIS/PASEP e COFINS para o Lucro Real e Simples Nacional.

Monografia apresentada à Disciplina de


Trabalho de Conclusão de Curso, do
Curso de Ciências Contábeis da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais
São Gabriel.

Orientador: Profª Paulo Emídio Lopes


Gaetani

___________________________________________________________________
Profº. Paulo Emídio Lopes Gaetani – PUC Minas (Orientador)

___________________________________________________________________
Profº Jean Max Tavares – PUC Minas (Banca Examinadora)

___________________________________________________________________
Profº Marcelo Prímola Magalhaes – PUC Minas – Coordenadora do Eixo do
Trabalho de Conclusão e Diplomação

Belo Horizonte, 22 de novembro de 2019.


3

RESUMO

Ao longo do tempo, existe um grande debate a respeito das grandes taxas tributarIas
no Brasil e através destas discussões foi se desenvolvendo maneiras diferentes de
cobrá-las com base no porte ou no faturamento da empresa. No mundo dos
negócios, o planejamento tributário é uma grande ferramenta para a sobrevivência
das organizações e tem mostrado cada vez mais indispensável, pois a legislação
tributária é muito complexa, com várias leis que apresentam constante mudança, o
que dificulta a interpretação dos empresários. Este trabalho monográfico teve por
objetivo analisar e demonstrar a aplicabilidade da Lei do Simples e do Lucro real,
com vistas de identificar a melhor forma de tributação visando uma maior economia.
Chegou-se à conclusão de que a opção menos onerosa em termos tributários para a
empresa em estudo é o Lucro Real, representando uma economia em 2019..

Palavra-chave: Planejamento tributário, Lucro real, Lucro Simples.

ABSTRACT
4

Over time, there has been a great debate about the high tax rates in Brazil and
through these discussions different ways of charging them based on company size or
revenues have been developed. In the business world, tax planning is a great tool for
the survival of organizations and has shown increasingly indispensable, because tax
legislation is very complex, with several laws that constantly change, which makes
the interpretation of entrepreneurs difficult. This monographic work aimed to analyze
and demonstrate the applicability of the Law of Simple and Real Profit, with a view to
identifying the best form of taxation aiming at a greater economy. The conclusion was
that the least costly tax option for the companies under study is Real Profit,
representing a savings in 2019 of 28%.

Keywords: Tax Planning Real Profit, Simple Profit.

LISTA DE FIGURAS
5

Figura 1 – Calculo do Lucro Real no primeiro trimestre de 2019..............................27


Figura 2 – Calculo do Simples Nacional no primeiro trimestre de 2019....................29
Figura 3 – Comparação no primeiro trimestre de 2019.............................................30
Figura 4 – Comparação no primeiro trimestre de 2019.............................................30
Figura 5 – Gráfico de comparação no primeiro trimestre de 2019............................31

LISTA DE SIGLAS
6

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social CTN – Código Tributário Nacional
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços.
ICMS ST - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços com Substituição
Tributária
PASEP – Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio
do Servidor Público
PIS – Programa de Integração Social
PTCC – Projeto de Trabalho de Conclusão do Curso ST - Substituição Tributária
TCC – Trabalho de Conclusão do Curso
SAT – Seguro de Acidente de Trabalho.
SEBRAE Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas.
7

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 9
1.1 Tema ......................................................................................................................... 9
1.2 Problema ................................................................................................................ 10
1.3 Objetivos ................................................................................................................ 11
1.3.1 Objetivo geral ..................................................................................................... 11
1.3.2 Objetivos específicos......................................................................................... 11
1.4 Justificativa............................................................................................................ 12

2 REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................... 13


2.1 Conceituações Sobre Tributário .......................................................................... 13
2.2 ICMS ....................................................................................................................... 14
2.3 ICMS Substituição Tributária ............................................................................... 15
2.3.1 Substituição Tributária para trás (regressiva) ................................................. 16
2.3.2 Substituição Tributária para frente (progressiva) ........................................... 17
2.4 Crédito presumido de ICMS ................................................................................. 17
2.5 PIS/PASEP e COFINS ............................................................................................ 18
2.5.1 PIS/PASEP e COFINS Não Cumulativo ............................................................. 20
2.5.2 Alíquota Reduzida a Zero ou Tributação Monofásica ..................................... 21
2.6 Planejamento Tributário ....................................................................................... 21

3 METODOLOGIA ........................................................................................................ 23
3.1 Classificação da Pesquisa.................................................................................... 23
3.2 Universo e Amostra .............................................................................................. 24
3.3 Instrumento de Coleta de Dados ......................................................................... 25
3.4 Tratamento dos Resultados ................................................................................. 25

4 ESTUDO DE CASO ................................................................................................... 26


4.1 Lucro Real .............................................................................................................. 26
4.1.1 Cálculos pelo Lucro Real................................................................................... 27
4.2 Simples Nacional ................................................................................................... 28
4.2.1 Cálculos pelo Simples Nacional ....................................................................... 29
4.3 Comparação entre Lucro Real e Simples Nacional ............................................ 29

5 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 32
8

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 34

ANEXOS ....................................................................................................................... 37
9

1 INTRODUÇÃO

Esta Pesquisa aplicada ao curso de Ciências Contábeis com ênfase em


Controladoria busca apresentar os principais impostos que as empresas podem vim
recuperar.

1.1 Tema

Os tributos são parte essencial de uma sociedade, com isso o Estados têm
reserva econômica e podem suprir as necessidades de sua população, podendo ser
instituídos pelos municípios, estados, distrito federal ou União, sendo imputados ao
cidadão que praticar conduta que seja englobada pela hipótese de incidência de
determinado tributo.
No atual sistema Tributário, o ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à
Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – mesmo sendo um imposto de
competência estadual, é a maior fonte de arrecadação do Brasil.
O ICMS é um dos tributos que mais impactam o valor final das mercadorias,
sendo assim, sua correta administração e desoneração são de grande importância
para melhorar o ambiente de negócios brasileiro, sendo este o conjunto de fatores
que auxiliam ou impedem a criação e manutenção dos empreendimentos, ou seja, a
substituição tributária é recolhimento antecipado do imposto referente operações
subsequentes.
A recuperação de crédito do ICMS é um planejamento tributário que é preciso
fazer o levantamento e o resgate dos créditos tributários que foram acumulados pela
empresa no decorrer dos anos. É preciso executar um estudo minucioso e um
levantamento de dados correto para que seja possível identificar perfeitamente todos
os créditos que podem ser recuperados
Com isso, a substituição tributaria, é dividida em duas modalidades, sendo:
regressiva (para trás) e progressiva (para frente).
O PIS (Programa de Integração Social) teve sua origem em 1970, através da
Lei Complementar nº 7 de 07 de setembro de 1970, com a finalidade de promover a
integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas. Já a
COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) teve sua origem
10

em 1991, através da Lei Complementar nº 70 de 31 de dezembro de 1991, com a


finalidade do custeio das despesas com atividades afins das áreas de saúde,
previdência e assistência social. Ambos os tributos citados podem ser calculados
pelas empresas pelo regime cumulativo e não cumulativo de tributação.
A contabilidade por muitos anos foi disseminada no meio empresarial como
uma necessidade fiscal, utilizada somente para o cumprimento das atividades
tributárias. No cenário atual, os profissionais contábeis atuam na geração de
informações úteis para que os administradores possam tomar as melhores decisões,
inclusive no que diz respeito aos gastos relacionados com tributos.

1.2 Problema

Para Cervo e Bervian (2002, p. 84), “o tema escolhido deve ser questionado,
portanto, pela mente do pesquisador, que deve transformá-lo em problema de
pesquisa, mediante seu esforço de reflexão, sua curiosidade ou talvez seu gênio”.
Sendo assim, o problema levantado deve propagar uma relação entre duas ou mais
variáveis.
Já Marconi e Lakatos (2004) conceituam que para a formulação do problema
é necessário que este esclareça a dificuldade específica defrontada a ser resolvida
no desenvolver da pesquisa.
Conforme Veloso (2011, p. 92):

O problema é, portanto, a inquietação motiva o pesquisador a ser envolver


com tema. Deverá o pesquisador levar em consideração que há algo a ser
apresentado ao público ou á comunidade acadêmica; e apresentado de
forma clara e comprovada. (VELOSO, 2011, p. 92).

Com base na delimitação do tema de pesquisa proposto, a questão de


pesquisa para o estudo é: qual a melhor forma de reduzir a carga tributária do ICMS,
PIS/PASEP e COFINS das empresas estuda e como recuperar os créditos
tributários?
11

1.3 Objetivos

Ao final deste projeto, tendo como objetivo apresentar a importância do


planejamento tributário para que as empresas evitem pagar o ICMS, PIS e COFINS
indevidamente.
O objetivo geral, e os objetivos específicos dessa pesquisa são:

1.3.1 Objetivo geral

Cervo e Bervian (2002) conceituam:

Os objetivos gerais: procura-se determinar, com clareza e objetividade, o


propósito do estudante com a realização da pesquisa. Deve-se estar atento
ao fato de que, em pesquisa bibliográfica em nível de graduação, os
propósitos são essencialmente acadêmicos, como mapear, identificar,
levantar, diagnosticar, traçar o perfil ou historiar determinado assunto
especifico dentro de um tema. (CERVO; BERVIAN, 2002, p. 83).

Para Gil (2002) os objetivos gerais devem transmitir e indicar uma direção a
seguir, ou seja, indica o que se almeja como produto final.
Analisar e demonstrar a aplicabilidade do Lucro Real e Lei do Simples
Nacional, com vistas identificar a forma de tributação mais econômica, dentro das
determinações legais.

1.3.2 Objetivos específicos

Menegolla (1993) conceitua que os objetivos específicos anunciam uma ideia


particular, que estabelece e indica objetivamente os atributos e particularidades de
algo.
Segundo Cervo e Bervian (2002, p. 83), “definir os objetivos específicos
significa aprofundar as intenções expressas nos objetivos gerais”.
Baseado na citação acima, o Veloso (2011) afirma que os objetivos
específicos mostram o porquê do estudo do objetivo geral, o que se procurará e a
finalidade de cada especialidade apresentada.

Os objetivos específicos do presente trabalho são:


12

• Demonstrar as formas de tributação pelo Simples Nacional e Lucro Real;


• Identificar, frente aos enquadramentos do Lucro Real e Simples Nacional
aquele que minimizará as incidências de impostos e em consequência trará
melhores resultados econômico;
• Analisar através de relatórios, o valor financeiro destinado mensalmente para
recolher o ICMS, PIS e COFINS.

1.4 Justificativa

Atualmente, é considerada a carga tributaria mais alta no Brasil do que nos


demais países, sendo comprada com a tributação dos países desenvolvidos. O
ICMS é o tributo que mais realiza arrecadação.
De acordo Bertucci (2014) a justificativa pode citar a valor do trabalho para a
obtenção de algum conhecimento na área, para o conhecimento e para a formação
do aluno, para a empresa caso o trabalho atrai algumas informações para estudo,
podendo mencionar as expectativas que se têm em relação ao trabalho.
Já Veloso (2011, p. 89) complementa, “faz parte do tópico da justificativa,
apresentar a importância da pesquisa para o campo científico ou para a sociedade.
A comunidade que pode vir demonstrar interesses pelos resultados da pesquisa
deverá ser identificada”.
A presente pesquisa, gera contribuição para a minha vida acadêmica por
meio das análises dos relatórios das empresas de quantos pagam de ICMS, PIS e
COFINS e se o mesmo é recuperado de alguma forma.
Por meio do estudo realizado, será possível saber se as empresas estão
pagando os devidos tributos corretamente e onde esta o erro de se cobrar o mesmo
tributo mais de uma vez.
Academicamente, está pesquisa irá me proporcionar um conhecimento mais
profundo da importância de um planejamento tributário nas empresas e qual a
importância de reduzir a carga tributária e recuperar se for possível.
Diante disso, torna-se mais evidente onde pode-se melhorar para que as
empresas passem a pagar os tributos corretamente e saber quando deve ou não
efetuar o pagamento dos mesmo.
13

2 REVISÃO DE LITERATURA

Esta seção indica os principais temas de discussão deste estudo com o intuito
de dar suporte teórico ao embasamento do problema de pesquisa e justificar a
abordagem empírica proposta. Primeiramente é abordada de forma conceitual a
importância do planejamento tributário, a comparação da carga tributária do ICMS,
PIS/PASEP e COFINS para o Lucro Real e Simples Nacional.

2.1 Conceituações Sobre Tributário

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro


de 1966 (BRASIL, 1966), em seu art. 3º, define tributo nos seguintes termos:

Art. 3º: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente
vinculada.

Para, Fabretti e Fabretti (2003) relata algumas regras básicas do sistema


brasileiro de arrecadação, como: a) prestação pecuniária; b) compulsória; c) que não
constitua sanção por ato ilícito; d) instituída em lei; e) cobrado mediante atividade
administrativa plenamente vinculada.
Pêgas (2011, p. 38) ressaltar “os tributos podem ser divididos em duas
espécies: vinculados e não vinculados”. De acordo com a Lei Nº 5.172, de 25 de
outubro de 1966, o artigo 5º complementa que “os tributos são impostos, taxas e
contribuições de melhorias”.
Diante dessas características, pode-se concluir que a tributação pode adquirir
funções, de acordo com o que se deseja, ou seja, que toda obrigação estabelecida
pelo Estado absorverá todos os fundamento anteriores para serem considerados
como tributos.
14

2.2 ICMS

Segundo Sabbag (2014), o ICMS é um imposto estadual que tem o fato


gerador em operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
Complementa “o fato de ter competência estadual traz ao ICMS um enorme
grau de dificuldade em seu entendimento, o que seria bem menor se esse imposto
fosse federal ou se, pelo menos, tivesse sua legislação totalmente unificada”
(PÊGAS, 2011, p.167).
Para Fabretti (2015, p. 167), “o ICMS é, por determinação constitucional, um
imposto não cumulativo. Do imposto devido em cada operação será abatido o valor
pago na operação anterior”.
A incidência desse tributo no Regime Geral de arrecadação está prevista no
artigo 155, §2º, da Constituição Federal, conforme descrito a seguir:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,
ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com
o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo
Distrito Federal;
II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da
legislação:
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas
operações ou prestações seguintes;
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III -
poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos
serviços;

O ICMS é um imposto de atribuição dos Estados e Distrito Federal. Ele


consiste sobre a circulação de produtos e mercadorias e sobre os serviços de
comunicação e transporte. Castellani (2009) ressalta, que para distinguir o fato
gerador do ICMS, a circulação de mercadorias deve ser feita de maneira continua e
frequente.
15

2.3 ICMS Substituição Tributária

A Substituição Tributária (ST) é o regime pelo qual a atribuição pelo ICMS


devido em relação às intervenções ou prestações de serviços é imposta a outro
contribuinte. Para Pêgas (2011, p. 211) “na ideia inicial da substituição tributária,
seriam alcançadas apenas as mercadorias de pequeno valor e grande consumo,
simplificando o processo de tributação e fiscalização”.
Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro
de 1966 (BRASIL, 1966), artigo 128, a lei pode atribuir a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa:

Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de
modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.

De acordo, com o parágrafo 7º do art. 150 da constituição de 1988, a


substituição tributária foi decisivamente incorporada ao sistema tributário nacional
pela Emenda Constitucional.

Art. 150. (...) § 7 A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação


tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a
imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o
fato gerador presumido.

Para Fabretti (2015, p. 73), “o objetivo desse regime de substituição tributária


é antecipar o recolhimento do imposto e assegurar a arrecadação de receitas por
parte do Poder Público”. De acordo, com o art. 8º da Lei Complementar 87/1996,
quando se trata da base de cálculo e os critérios para a fixação do valor da
substituição tributária:

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


(...) II - em relação às operações ou prestações subsequentes, obtida pelo
somatório das parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria realizada pelo substituto
tributário ou pelo substituído intermediário;
b) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos
cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou
prestações subsequentes.
16

(...) § 2º Tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a


consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a
base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, é o referido
preço por ele estabelecido.
§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou
importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço.
§ 4º A margem a que se refere a alínea c do inciso II do caput será
estabelecida com base em preços usualmente praticados no mercado
considerado, obtidos por levantamento, ainda que por amostragem ou
através de informações e outros elementos fornecidos por entidades
representativas dos respectivos setores, adotando-se a média ponderada
dos preços coletados, devendo os critérios para sua fixação ser previstos
em lei. (...)

Kock (2010) complementa que a base de cálculo da substituição tributária tem


como objetivo antecipar o preço final da mercadoria ao consumidor final. São
utilizadas outras regras para calcular a base de cálculo que variam de produtos a
produtos, e cujas regras gerais estão determinadas no artigo 8º da Lei
Complementar 87/1996.
Sendo assim, a substituição tributária pode ser classificada como regressiva
ou progressiva. A substituição tributária regressiva é aquela em que o fato gerador
do imposto ocorre antes, mas a cobrança somente depois. Já na substituição
tributária progressiva, o fato gerador ainda não se concretizou, mas a cobrança do
imposto se realiza antecipadamente.

2.3.1 Substituição Tributária para trás (regressiva)

Segundo Silva, et al (2017, p.5), este assunto, gera contradições na doutrina


e jurisprudência desde seus informações mais simplórios:

A substituição regressiva se atribui a responsabilidade ou obrigação pelo


pagamento/quitação do tributo de ICMS em relação às operações
anteriores. Para melhor compreensão, a substituição tributária “para trás”, é
quando podemos imaginar a situação de um produtor rural que fornece seus
produtos para uma empresa de laticínios de grande porte, esta última
deverá arcar com a tributação. Neste quadro o escolhido para realizar a
substituição, é a empresa de maior porte, ou seja, a de lacticínios. Observa-
se que o fato gerador ocorreu neste caso para “trás”. Quem irá recolher o
tributo neste caso é justamente o contribuinte do resultado final.

Sendo assim, pode-se concluir que a substituição regressiva ocorre quando o


adquirente da mercadoria substitui o alienante, ou seja, ocorre quando o ICMS fica
17

diferido, sendo tributada mais para frente, com isso essa transação só pode ocorrer
no mesmo estado.

2.3.2 Substituição Tributária para frente (progressiva)

A substituição para progressiva ocorre quando alienante substitui o


adquirente, ou seja, ao invés de cada consumidor efetuar o pagamento do ICMS,
cabe à indústria efetuar o pagamento do imposto ate o consumidor final.
Melo e Paulsen (2006, p. 224) referem que, na “substituição progressiva, o
legislador indica uma pessoa responsável pelo recolhimento de um determinado
valor (referido como tributo), relativamente a fato futuro e incerto, com alocação de
valor também incerto”.
Para Cardoso (2004, p. 45):

Quando à substituição tributária para frente que incide nos impostos sobre o
consumo e de forma antecipada, devemos primeiramente observar que, até
que uma mercadoria chegue ao consumidor final, na maioria das vezes, ela
passa por mais de uma operação comercial de circulação de mercadorias.
(CARDOSO, 2004, p. 45).

Já Silva (2001) a tributação baseada em fato fictício afronta diversos


princípios constitucionais, tornando tal regime mero instrumento de empréstimo
compulsório.
Segundo Melo e Paulsen (2006, p. 225), “a restituição atende o princípio que
veda o enriquecimento ilícito (sem justa causa), diante da inexistência de
materialidade do tributo”.
Nessa mesma linha, Borges e Reis (2015) mencionam que o pagamento
antecipado do ICMS poderá ser determinado pelos Estados e Distrito Federal, tendo
como base de cálculo o valor da mercadoria ou prestação, sucedido na margem de
lucro atribuída ao contribuinte.

2.4 Crédito presumido de ICMS

Os estados brasileiros utilizam com objetivo de reduzir a carga tributaria


incidente nas operações praticadas que envolvam a circulação de mercadorias e
serviços o chamado credito presumido. Que é uma espécie de “presunção de
18

crédito” de ICMS sobre valores apurados com base nas operações realizadas pelo
contribuinte/empresa. Em outras palavras, isso quer dizer que não se trata de um
crédito oriundo da entrada de uma mercadoria que sofre tributação pelo ICMS, mas
sim de uma hipótese de existência de crédito.
Sendo vantajoso tanto para a empresa, como o Estado. A primeira se
beneficia com a redução da carga tributaria. Já o segundo, ao oferecer incentivos
fiscais que são interessantes e atraem mais empresas para o nosso território,
garantidas um aumento na arrecadação por meio de outros tributos.

2.5 PIS/PASEP e COFINS

Para Pêgas (2011), o Programa de Integração Social – PIS e o Programa de


Formação do Patrimônio do Servidor Público – PASEP, tem como objetivo integrar
os trabalhadores em sua carreira profissional nas empresas e destina à formação do
patrimônio do servidor público.
De acordo, com o art. 239, da Constituição Federal de 1988, tais
contribuições encontram amparo específico, no seguinte dispositivo.

Art. 239. A arrecadação decorrente das contribuições para o Programa de


Integração Social, criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de
1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público,
criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, passa, a
partir da promulgação desta Constituição, a financiar, nos termos que a lei
dispuser, o programa do seguro desemprego e o abono de que trata o § 3º
deste artigo.
§ 1º Dos recursos mencionados no "caput" deste artigo, pelo menos
quarenta por cento serão destinados a financiar programas de
desenvolvimento econômico, através do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social, com critérios de remuneração que
lhes preservem o valor.
§ 2º Os patrimônios acumulados do Programa de Integração Social e do
Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público são preservados,
mantendo-se os critérios de saque nas situações previstas nas leis
específicas, com exceção da retirada por motivo de casamento, ficando
vedada a distribuição da arrecadação de que trata o "caput" deste artigo,
para depósito nas contas individuais dos participantes.
§ 3º Aos empregados que percebam de empregadores que contribuem para
o Programa de Integração Social ou para o Programa de Formação do
Patrimônio do Servidor Público, até dois salários mínimos de remuneração
mensal, é assegurado o pagamento de um salário mínimo anual, computado
neste valor o rendimento das contas individuais, no caso daqueles que já
participavam dos referidos programas, até a data da promulgação desta
Constituição.
§ 4º O financiamento do seguro-desemprego receberá uma contribuição
adicional da empresa cujo índice de rotatividade da força de trabalho
19

superar o índice médio da rotatividade do setor, na forma estabelecida por


lei.

Portanto, pode-se concluir que o PIS tem como objetivo promover a


integração dos colaboradores no desenvolvimento das empresas por meio de um
fundo de participação, já o PASEP tem como objetivo formar o fundo em favor do
servidor público, diante da contribuição dos entes de direito público.
Já a COFINS, para Pêgas (2011, p.553), “foi criado a Contribuição para
Financiamento da Segurança Social – COFINS, com o objetivo de tributar o
faturamento mensal das empresas”.
Segundo o art. 195, da Constituição Federal de 1988, a contribuição social foi
criado e autorizado, com o objetivo de financiar a seguridade social:

Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e
das seguintes contribuições sociais:
- do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da
lei, incidentes sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998).
a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de
1998).
o lucro; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998).
- do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo
regime geral de previdência social de que trata o art. 201; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
- sobre a receita de concursos de prognósticos.
- do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele
equiparar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) (...).

Para Oliveira (2007), a COFINS antigo FINSOCIAL (Fundo de Investimento


Social) é um tributo de competência da União que foi criado pela Lei Complementar
nº 70 de 30 de dezembro de 1991, sendo cobrada sobre o faturamento, que
representa todas as receitas de vendas e serviços de todas as pessoas jurídicas.
Portanto, conclui-se que tanto o PIS/PASEP quanto a COFINS são
classificadas pelo direito tributário brasileiro como sendo contribuições sociais de
seguridade social (sistema que engloba a assistência social, a previdência social e o
sistema público de saúde).
20

2.5.1 PIS/PASEP e COFINS Não Cumulativo

Segundo Fabretti (2015), mesmo o PIS/PASEP e a COFINS serem criadas


em épocas diferentes e serem duas contribuições federais, ambas incidem sobre o
faturamento, sendo que as Leis nº Lei nº 10.637/2002 e também na Lei nº
10.833/2003 praticamente unificam as normas de ambas das contribuições.
Com base nisso, segundo o art. 1 da Lei nº 10.637/02, relata-se

o
Art. 1 A Contribuição para o PIS/PASEP, com a incidência não cumulativa,
incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
(Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
o
§ 1 Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a
o
receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei n 1.598, de 26 de
dezembro de 1977, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa
jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste a valor presente
o
de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei n 6.404, de 15 de
dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência).
(...).

Já o art, 1 da Lei nº 10.833/03, relata-se:

o
Art. 1 A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins,
com a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas
no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou
classificação contábil.(Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)
(Vigência)
o
§ 1 Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a
o
receita bruta de que trata o art. 12 do Decreto-Lei n 1.598, de 26 de
dezembro de 1977, e todas as demais receitas auferidas pela pessoa
jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste a valor
o
presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei n 6.404, de
15 de dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)
(Vigência)
o
§ 2 A base de cálculo da COFINS é o total das receitas auferidas pela
o
pessoa jurídica, conforme definido no caput e no § 1 . (Redação dada pela
Lei nº 12.973, de 2014) (Vigência)
o
§ 3 Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas
(...).

Fabretti (2015, p.316), complementa “os efeitos benéficos esperados de não


comutatividade desses tributos foram anulados pela elevação da alíquota do PIS
cumulativo de 0,65% para o não cumulativo 1,65% e da COFINS cumulativa de 3%
para a COFINS não cumulativa de 7,6%”.
Com base nas citações acima, pode-se observar que quanto PIS/PASEP e a
COFINS, tem a mesma semelhança, onde citadas em leis estabeleceram critérios
21

para a utilização de créditos tributários pagos nas etapas anteriores ao período


apurado na cadeia de produção de um bem ou serviço.

2.5.2 Alíquota Reduzida a Zero ou Tributação Monofásica

De acordo com a Lei 10.925/2004, que se refere a redução a zero reduzem


das alíquotas do PIS e da COFINS que foram calculadas a partir da receita bruta. No
mesmo entendimento, a Lei 10.637 que reza tributação concentrada (monofásica).
Em outras palavras, a então chamada tributação concentrada, ou seja, a
tributação monofásica consiste no pagamento concentrado dos tributos no produtor
ou no importador. Onde o comprador que participa da sequência de cadeia passa a
tributar com a alíquota zero sua receita auferida da comercialização dos produtos
com essa concentração de tributo.

2.6 Planejamento Tributário

Para Oliveira et al. (2004, p. 36),

Entende-se por planejamento tributário uma forma lícita de reduzir a carga


fiscal, o que exige alta dose de conhecimento técnico e bom-senso dos
responsáveis pelas decisões estratégicas no ambiente coorporativo. Trata-
se do estudo prévio, a concretização dos fatos administrativos, dos efeitos
jurídicos, fiscais e econômicos de determinada decisão gerencial, com o
objetivo de encontrar a alternativa legal menos onerosa para o contribuinte.

Fabretti (2015) complementa que é importante as empresas terem o


planejamento tributário preventivo, ou seja, antes de ocorrer o gato gerador do
tributo. Exigindo o bom senso do planejamento.
Latorraca (1998, p. 24) assim define o planejamento tributário:

Determina-se planejamento tributário a atividade empresarial que,


desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos
administrativos com objetivo de informar quais os ônus tributários em cada
uma das opções legais disponíveis. O objetivo do planejamento tributário é
a economia tributária cotejando as várias opções legais, o administrador
obviamente procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que
possível o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal.
22

Portanto, pode-se afirmar que Planejamento Tributário nada mais é do que a


busca da melhor alternativa ou enquadramento tributário legais, que possam
provocar economia aos cofres da empresa.
23

3 METODOLOGIA

Para conseguir o objetivo da pesquisa é necessário definir o sistema a ser


utilizado.
Segundo Siena (2007, p.8), “não é possível apresentar as formas de
organização e apresentação de trabalhos acadêmicos sem abrir espaço para discutir
os conceitos e definições sobre pesquisa, método científico e aspectos relativos à
metodologia da pesquisa”.
Conforme Acevedo e Nohara (2013, p. 18 apud HUNT. 1991, p.21) “o método
científico consiste nas regras e procedimentos nos quais a ciência baseia a
aceitação ou rejeição de seu corpo de conhecimento, incluindo hipóteses, leis e
teorias”.
A seguir será apresentada a classificação da pesquisa, universo e amostra,
instrumento de coleta de dados e tratamento dos resultados.

3.1 Classificação da Pesquisa

Para Gil (2002, p. 41), pode-se classificar a pesquisa como:

É sabido que toda e qualquer classificação se faz mediante algum critério.


Com relação às pesquisas, é usual a classificação com base em seus
objetivos gerais. Assim, é possível classificar as pesquisas em três grandes
grupos: exploratórias, descritivas e explicativas.

Já Veloso (2011), complementa que deverá ser especificado qual o sistema


de pesquisa que será usado, entre as diversas classificações (se descritiva, de
campo, exploratória, explicativa, de laboratório, ou misto entre as que permitem).
Quanto aos fins, esta pesquisa é classificada como exploratória, pois se trata
de um tema com pouca matéria publicada nessa área. Como cita Gil (2002) o
objetivo desta tipologia é explorar um novo conhecimento para aprimorar as ideias já
existentes.
Quanto aos meios esta pesquisa se caracteriza como bibliográfica e estudo
de caso. Segundo Gil (2002, p. 44), a pesquisa bibliográfica “é desenvolvida com
base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
24

científicos”. Santos (2004) complementa que a pesquisa bibliográfica tem como


fundamento extrair informações a partir de textos escritos.
A pesquisa trata de uma pesquisa bibliográfica, pois a fundamentação teórica
será realizada com base em materiais já publicados artigos e leis que tratam sobre a
importância da recuperação de crédito tributário e dos relatórios das empresas para
que possa analisar os tributos que são pagos e fazer com que reduzam a carga
tributária do ICMS, PIS e COFINS.
Esta pesquisa pode ser um estudo de caso, de acordo com Gil (2002, p. 54),
o estudo de caso “é uma modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências
biomédicas e sociais”. Gil (2002, 54) complementa que nas ciências sociais “a
distinção ente o fenômeno e seu contexto representa uma das grandes dificuldades
com que se deparam os pesquisadores; o que, muitas vezes, chega a impedir o
tratamento de determinados problemas mediante procedimentos (...)”.
Sendo assim, este trabalho pode ter como meios um estudo de caso, pois se
caracteriza descrever as investigações, explicar as variáveis causas, explorar
determinadas situações e desenvolver teorias ou formular hipóteses.
É uma pesquisa de abordagem qualitativa, segundo Santos (2004), “a
abordagem qualitativa não emprega procedimentos estatísticos como centro do
processo de análises de um problema”.
O método a ser aplicado na pesquisa será qualitativo, pois visa analisar os
documentos da empresa em estudo, onde será estudada 1 empresa brasileiras no
intuito de analisar os documentos tributários e desenvolver um planejamento
tributário para que as empresas possam reduzir a carga tributária e proporcionar as
mesmas a recuperar os créditos tributários.

3.2 Universo e Amostra

Universo e amostra representam o conjunto de dados que serão estudados.


De acordo com Rudio (2012) “o objetivo é, antes, estabelecer generalizações, a
partir de observações em grupos ou conjunto de indivíduos chamados de
“população” ou “universo” e que já tivermos a oportunidade de indicar (...)”.
Marconi e Lakatos (2004) complementam, explicam que universo é o conjunto
que envolve todos os objetos comuns a serem estudados.
25

A seleção será através de uma empresa brasileira comercial, mais


especificamente um restaurante, onde será possível verificar a possibilidade de fazer
um estudo de caso.

3.3 Instrumento de Coleta de Dados

Para realização da pesquisa pretende-se utilizar como instrumentos de coleta


de dados, todos os documentos disponibilizados pela empresa em estudo, que tenha
ou não um planejamento tributário.
Segundo Beuren et al (2010, p.89) “os documentos escritos apresentam-se
como valiosa fonte de coleta de dados nas pesquisas em ciências sociais”.
Marconi e Lakatos (2010) afirma que essa tarefa é a mais cansativa e que toma
o maior tempo e que a mais importante e exige esforço, paciência e perseverança.

3.4 Tratamento dos Resultados

Para Marconi e Lakatos (2010) “Corresponde à parte mais importante do


relatório. É aqui que são transcritos os resultados, agora sob forma de evidencias
para a confirmação ou a refutação das hipóteses”.
Ainda neste contexto, Gil (2002) procura mostrar ao leitor que através das
informações podem-se divulgar as pessoas interessadas e como os dados coletados
serão trabalhados na pesquisa e correlacionando-os ao propósito do projeto.
Sendo assim, após a coleta de dados será aplicado nas ferramentas de análise
dos documentos disponíveis pela empresa em estudo, a fim de avaliar a importância
de um planejamento tributário nas empresas e como esse planejamento ajuda a
reduzir a carga tributaria e a recuperar os créditos tributários. Desta forma, será
realizado comparativo entre as empresas apresentado por tabelas e gráficos.
26

4 ESTUDO DE CASO

Será analisado a seguir, a carga tributaria de uma empresa. Um restaurante


de pequeno porte, situada em Belo Horizonte e conta com 30 funcionários. Até o
presente estudo (2019), a empresa é optante por Lucro real. Para realizar a análise
Será considerado como faturamento do primeiro trimestre de 2019, como apresentado
em anexos
Para realizar a análise proposta foi necessário apurar os impostos que compõe
cada regime. Presumido calculou-se: PIS, COFINS e ICMS para o Lucro real e para o
Simples Nacional foram comparados os valores dos mesmos impostos.(GERHARDT,
2009)

4.1 Lucro Real

O Lucro real entende-se como o resultado obtido da Demonstração de


Resultado do Exercício, com as suas adições e exclusões.

O Lucro Real é o resultado contábil (receitas menos os custos e despesas),


ajustados pelas adições e exclusões. Quando analisado somente a o Imposto
de Renda e a Contribuição Social sobre o lucro, na maioria dos casos é a
melhor opção, porque a empresa somente paga os referidos tributos quando
obtém lucro. (CHAVES, 2008 p.10).

De acordo com o Regulamento do imposto de renda (RIR/99), o Lucro Real é


um regime de tributação tido como regra geral para todas as empresas. Existe uma
obrigatoriedade para determinadas empresas que devem apurar seu resultado com
base no lucro real conforme descrito no artigo nº 246 do RIR/99, mas a opção por
este regime pode ser opcional, onde que, após feito um planejamento tributário pode-
se constatar que a empresa pagará menos tributos (CONSTANCIO, 2005).
São aparados de duas formas o imposto de renda e a contribuição Social no
Lucro Real: pelo Lucro Real anual e pelo Lucro Real trimestral. Porém, é importante
salientar que independentemente da opção de tributação entre o Lucro Real Anual e o
Lucro Real Trimestral, o resultado final será o mesmo, considerando que ao final do
ano-calendário deverá ser feita a apuração do resultado e a comparação com o que
foi pago, para saber se o valor recolhido está correto, e em caso de diferença, esta
27

deverá ser compensada ou paga, a depender do resultado (CREPALDI et al, 2017, p.


10).

A partir de 1999, estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas


jurídicas (RIR/99, Art. 246).
I- cuja RECEITA TOTAL, no ano-calendário anterior, seja SUPERIOR ao
limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional
ao número de meses do período, quando inferior a doze meses;
II- cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos,
bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades
corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidora de títulos e
valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta;
III- que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior;
IV- que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios
fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;
V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal
pelo regime de estimativa, na forma do art. 22. da Lei nº 9.430, de 1996;
VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de
serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de
serviços (factoring). (RIR/99, Art. 246).

4.1.1 Cálculos pelo Lucro Real

A seguir é demonstrado o demonstrativo dos valores de tributos para os


impostos PIS, COFINS e ICMS para o lucro real. Um detalhamento maior dos valores
são encontrados no Anexo A, B, C e D.

Figura 1: Cálculo do Lucro Real no primeiro trimestre de 2019


CALCULO DO LUCRO REAL
EXERCICIO 2019 MESES E VALORES E REAIS

LUCRO REAL JANEIRO FEVEREIRO MARÇO Totais


PIS R$ 470,24 R$ 609,08 R$ 615,77 R$ 1.695,09
COFINS R$ 2.165,96 R$ 2.805,46 R$ 2.836,32 R$ 7.807,74
ICMS R$ 3.959,07 R$ 3.698,60 R$ 7.192,71 R$ 14.850,38
Total - Lucro REAL R$ 6.595,27 R$ 7.113,14 R$ 10.644,80 R$ 24.353,21
Fonte: Elaborada pelo autor.
28

Através da opção pelo Lucro Real, a empresa deverá desembolsar, a título de


tributos, o montante de R$ 24.353,21 (quarenta e um mil reais, quinhentos e seis reais
e dezessete centavos).

4.2 Simples Nacional

Como previsto na Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, as


empresas de pequeno porte podem optar pelo regime Simples Nacional
compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos. A participação de
todos os entes federados como municípios, estados, distrito federal e União é aceita.
Além disso, entrou em vigor no dia 01/07/2007 através da complementação da Lei nº
123 (Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte) conhecida
como Lei Geral da Micro e Pequena Empresa.
Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Suas principais
características são:

∗ Ser facultativo;
∗ Ser irretratável para todo o ano-calendário;
∗ Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS,
IPI, ICMS, ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à
Previdência Social a cargo da pessoa jurídica (CPP);
∗ Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de
arrecadação - DAS;
∗ Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização
do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de
2012, para constituição do crédito tributário;
∗ Apresentação de declaração única e simplificada de informações
socioeconômicas e fiscais;
∗ Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente
àquele em que houver sido auferida a receita bruta. Possibilidade de os
Estados adotarem sublimites para EPP em função da respectiva participação
no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta
total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e o ISS
diretamente ao Estado ou ao Município. (SIMPLES NACIONAL, 2017).

Como observado em SEBRAE (2007), a empresa que optar pelo Simples


Nacional deve se atentar algumas regras a serem seguidas, como: a microempresa
entendida como: a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual
de responsabilidade limitada e o empresário, devidamente registrados nos órgãos
competentes, que aufira em cada ano calendário, a receita bruta igual ou inferior a R$
29

360.000,00. Ou ser uma Pequena Empresa caso sua receita bruta anual for superior
R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00.
Ou ainda ser o que a Lei Geral conceituou como microempreendedor
individual, que é pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno
empresário optante pelo Simples Nacional, com receita bruta anual de até R$
60.000,00. O microempreendedor pode possuir um único empregado e não pode ser
sócio ou titular de outra empresa.

4.2.1 Cálculos pelo Simples Nacional

A seguir é demonstrado o demonstrativo dos valores de tributos para os


impostos PIS, COFINS e ICMS para o Simples Nacional. Um detalhamento maior dos
valores são encontrados no Anexo.

Figura 2: Cálculo do Simples Nacional no primeiro trimestre de 2019


CALCULO DO SIMPLES NACIONAL
EXERCICIO 2019 MESES E VALORES EM REAIS

SIMPLES NACIONAL JANEIRO FEVEREIRO MARÇO Totais


PIS R$ 1.034,10 R$ 1.029,92 R$ 1.192,27 R$ 3.256,29
COFINS R$ 4.773,34 R$ 4.754,05 R$ 5.503,43 R$ 15.030,82
ICMS R$ 12.551,56 R$ 12.500,85 R$ 14.471,35 R$ 39.523,76
Total - SIMPLES NACIONAL R$ 18.359,00 R$ 18.284,82 R$ 21.167,05 R$ 57.810,87
Fonte: Elaborada pelo autor.

Através da opção pelo Simples Nacional, a empresa deverá desembolsar, a


título de tributos, o montante de R$ 57.810,87 (cinquenta e sete mil, oitocentos e dez
reais e oitenta e sete centavos).

4.3 Comparação entre Lucro Real e Simples Nacional

A partir dos cálculos projetados, elaborou-se uma comparação entre as duas


formas de tributação abordados por esse estudo. Segue comparação da projeção dos
cálculos para os dados do primeiro trimestre de 2019.
30

Figura 3: Comparação no primeiro trimestre de 2019


COMPARAÇÃO DAS TRIBUTAÇÕES 2019
ICMS PIS COFINS

Lucro Real R$ 14.850,38 R$ 1.695,09 R$ 7.807,74

Simples Nacional R$ 39.523,76 R$ 3.256,29 R$ 15.030,82

Fonte: Elaborada pelo autor.

A figura 3 confirma que para a empresa em estudo a opção pelo Lucro Real é
mais econômico, no período estudado. Os valor total que a empresa vai poder
economizar optando por esta modalidade de tributação é de R$ 33.457,67 ao final dos
três meses.

Figura 4: Comparação no primeiro trimestre de 2019


COMPARAÇÃO DAS TRIBUTAÇÕES 2019
Imposto ICMS PIS COFINS
Mês JANEIRO FEVEREIRO MARÇO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

Simples R$ R$ 12.500,85 R$ R$ R$ 1.029,92 R$ R$ R$ 4.754,05 R$


12.551,56 14.471,35 1.034,10 1.192,27 4.773,34 5.503,43
Nacional
Lucro R$ R$ 3.698,60 R$ R$ 470,24 R$ 609,08 R$ R$ R$ 2.805,46 R$
3.959,07 7.192,71 615,77 2.165,95 2.836,32
Real
Diferença R$ R$ 8.802,25 R$ R$ 586,86 R$ 420,84 R$ R$ R$ 1.948,59 R$
8.592,49 7.278,64 576,50 2607,39 2.667,11
em R$
Fonte: Elaborada pelo autor.

Salienta-se, como observado na figura 4, que a diferença entre o Simples


Nacional e Lucro Real quando observada para cada mês, pode-se afirmar que o
Simples Nacional se mostrou mais vantajoso para o PIS e COFINS nos meses de
Fevereiro e Março.
Do ponto de vista teórico, não é possível que se faça a opção por um dos
sistemas sem que se testem os números em relação aos tributos incidentes em cada
um.
Cabe destacar que o presente estudo é válido, permanecendo inalteradas o
perfil da empresa e as Leis tributárias Brasileiras, pois na hipótese de surgirem novas
alterações no Simples Nacional, ou se o perfil das empresas for alterado, este estudo
pode perder sua validade (SINDLAV, 2017).
31

A figura 4, reforça a ideia da comparação dos impostos nos dois regimes


proposto no estudo. Enfatiza-se que quando a analise é feita mensalmente o Simples
Nacional se destaca para PIS e COFINS em fevereiro, com uma diferença
aproximada de 90% mais barato do que o Lucro Real, em ambos os impostos . E no
mês de março, com a diferença de aproximadamente 88% em ambos os impostos.
Contudo, o Lucro real continua sendo uma melhor opção quando somado
todos os impostos, com uma diferença de aproximadamente 137% mais caro quando
optamos pelo Simples Nacional no mesmo período estudado.
Na realidade, sabe-se que há fatores determinantes para o exercício da opção,
a receita bruta e a folha de pagamento constituem essas variáveis (SANTOS, 2017).
Como se comprovou no caso em tela, ficou evidente que o resultado financeiro será
vantajoso aplicando-se o regime do Lucro Real, conforme dados apresentados na
imagem acima.
Salienta-se a importância de considerar os diferentes tipos empresariais
existentes no Brasil, com base para enquadramento de acordo com o tamanho do
negócio, sendo previstas na natureza jurídica das empresas além da Normal, com
faturamento acima de 3,6 milhões de reais, ainda outras três modalidades básicas: o
Microempreendedor Individual – MEI, para negócios que faturem até R$ 60 mil reais
ao ano e possuam, no máximo, um funcionário recebendo um salário mínimo ou piso
salarial da categoria; a Microempresa – ME, aquela que fature de zero até R$ 360 mil
reais/ano; e a Empresa de Pequeno Porte – EPP, cujo faturamento bruto se enquadre
em até R$ 3,6 milhões de reais (PEREIRA, 2017).
Portanto, chega-se a conclusão final de que a melhor opção de sistema de
tributação a ser feita pelas empresas em questão é o Lucro Real, por representar a
opção mais econômica nos dados apresentados no primeiro trimestre de 2019.
32

5 CONCLUSÃO

Nessa etapa do trabalho, foi abordado a conceituação sobre tributação e


detalhou sobre os impostos que seriam analisados no estudo de caso, trazendo um
maior entendimento sobre o tema. Seguindo, foram abordados os impostos que
seriam avaliados no estudo de caso, trazendo maiores informações sobre cada um.
Foi fundamental a revisão da literatura para melhor entendimento dos conceitos
relacionados ao tema, quais são demonstrados na parte da fundamentação teórica,
principalmente através da legislação pertinente, focando na maneira como são
realizados seus cálculos.
Como proposto , o presente trabalho teve por objetivo demonstrar as formas de
tributação pelo Simples Nacional e Lucro Real, entretendo foi necessário calcular a
tributação dos imposto acima para identificarmos à aplicabilidade da Lei do Simples e
do Lucro real, com o intuito de identificar a melhor forma de tributação que
proporciona maior economia, dentro das determinações legais.
Dessa forma, para que fosse possível atingir esse objetivo, foi realizado um
estudo avaliando os dados de uma empresa durante três meses, verificando qual a
opção mais econômica em termos tributários entre o Simples Nacional ou o Lucro
Real.
Foi necessário calcular todos os impostos do primeiro trimestre de 2019 da
empresa em estudo, para que possamos destacar se a empresa do Simples Nacional
e Lucro Real aplicam a tributação do PIS, COFINS e ICMS. Conforme as analises, foi
possível diferenciar e observar que para a empresa em estudo, nos meses de
Fevereiro e Março foi mais benéfico à tributação pelo Lucro Real no calculo do PIS e
COFINS.
Foi possível identificar que para a empresa em estudo, a tributação pelo Lucro
Real é mais econômica do que se a empresa fosse optasse pelo Simples Nacional.
Com isso, podemos visualizar melhor o valor total que a empresa vai poder
economizar optando por esta modalidade de tributação é de R$ 33.457,66 na ao final
dos três meses. A partir deste estudo, foram avaliados os dados obtidos pela empresa
e calculou-se os impostos para o Lucro Real e com o auxilio de um programa foi
possível uma simulação para definir os valores do Simples Nacional.
Com a realização deste estudo, com cálculos sobre os valores projetados,
chegou-se a conclusão final de que a opção menos onerosa em termos tributários
33

para as empresas em estudo é o Lucro Real, representando uma economia em 2019


de 137%.
Para futuros trabalhos recomenda-se a utilização dos três modelos de
tributação brasileira e avaliando informações da empresa em um período maior.
Por fim, como resultado final, com as análises realizadas no capítulo 6 deste
trabalho, pode-se responder ao problema inicial desta pesquisa: para as empresas
em estudo que o modelo de tributação Lucro Real é o que apresenta maior vantagem.
34

REFERÊNCIAS

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Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
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27 de maio 2019.

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cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração
Social (PIS) e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP).
Disponível em: Acesso em: 27 de maio 2019.

_. Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003. Altera a Legislação Tributária


Federal e dá outras Providências. Disponível em: Acesso em: 27 de maio 2019.

_. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário


Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União,
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ANEXOS

ANEXO A – APURAÇÃO ICMS – MÊS DE JANEIRO


38

ANEXO B – APURAÇÃO ICMS – MÊS DE FEVEREIRO


39

ANEXO C – APURAÇÃO ICMS – MÊS DE MARÇO


40

ANEXO D – CONSOLIDADO PIS E COFINS


41

ANEXO E - DEMONSTRAÇÃO CRÉDITO PIS E COFINS


42

ANEXO F - CONSOLIDAÇÃO PIS E COFINS


43
44

ANEXO G – SIMULAÇÃO SIMPLES NACIONAL – MÊS DE JANEIRO


45

ANEXO H – SIMULAÇÃO SIMPLES NACIONAL – MÊS DE FEVEREIRO


46

ANEXO I – SIMULAÇÃO SIMPLES NACIONAL – MÊS DE MARÇO

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