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LUCRO REAL

Básico ao avançado

Atualizado com o RIR 2018


Quem somos
Conceito de lucro real

Lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições,


exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela
legislação de imposto de renda.
(art. 258 do RIR/18)
Formas de tributação

REAL TRIMESTRAL OPÇÃO REAL ANUAL


(ART. 217 DO RIR/18) (ART. 219 DO RIR/18)

Pagamentos
mensais

Apurações em:
Março
Junho Estimativa mensal Balancete suspensão
Setembro (faturamento) ou redução
Dezembro
RIR 2018 - atualização

DECRETO
9.580/2018

Leis gerais após Lei 12.973/14 LC 123/06


1999 (neutralidade
(ME e EPP - Simples)
tributária)

IN RFB 1.700/17 Resolução CGSN


Regulações 140/2018
próprias (regulação da
neutralidade tributária) (regulação do Simples)
Fórmula do Lucro Real
LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil)

Adições

Exclusões

Compensações

LUCRO REAL
Apuração Trimestral
Resultado Contábil
JANEIRO Adições
FEVEREIRO Exclusões
MARÇO Compensações

LUCRO REAL

Resultado Contábil
ABRIL Adições
MAIO Exclusões
JUNHO Compensações

LUCRO REAL

Resultado Contábil
JULHO Adições
AGOSTO Exclusões
SETEMBRO Compensações

LUCRO REAL

Resultado Contábil
OUTUBRO
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Adições
NOVEMBRO Exclusões
DEZEMBRO Compensações

LUCRO REAL
Forma de recolhimento – Apuração Trimestral
QUOTA ÚNICA (SEM ACRÉSCIMOS)

ABRIL
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
1ª QUOTA 2ª QUOTA 3ª QUOTA

SEM ACRÉSCIMOS 1% DE JUROS

1% DE JUROS + SELIC MAIO


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Estimativa Mensal

JANEIRO
LUCRO ESTIMADO
FEVEREIRO
MARÇO FATURAMENTO
ABRIL (-) DEDUÇÕES
MAIO X ALÍQUOTA PRESUNÇÃO DE LUCRO
JUNHO = LUCRO DA ATIVIDADE
JULHO + OUTRAS RECEITAS
AGOSTO = LUCRO ESTIMADO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
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Percentuais De Presunção Aplicáveis Sobre A Receita
Bruta Da Atividade
ATIVIDADE PERCENTUAL
- Revenda, para consumo, de combustível derivado de 1,6% - IRPJ
petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 12% - CSLL
- Venda de mercadorias e produtos (exceto revenda de
combustível para consumo)
- Transporte de cargas
- Serviços hospitalares, auxílio diagnóstico e terapia, patologia
clínica, imagenologia, anatomia patológica e citopatologia,
medicina nuclear e análises e patologias clínicas, desde que a
prestadora destes serviços seja organizada sob a forma de 8% - IRPJ
sociedade empresária e atenda às normas da Agência Nacional 12% - CSLL
de Vigilância Sanitária - Anvisa.
- Atividade Rural
- Atividades Imobiliárias (incorporação e loteamento)
- Construção por empreitada, quando houver fornecimento de
todo material indispensável à execução da obra (ADN COSIT
06/97, derrogado pela IN SRF n. 539/2005)

(Art. 220 do Decreto nº 9.580/2018; Arts. 33 e 34 da IN RFB nº 1.700/2017)


Percentuais De Presunção Aplicáveis Sobre A Receita
Bruta Da Atividade

ATIVIDADE PERCENTUAL

- Serviços de transporte (exceto o de cargas) 16% - IRPJ


- Instituições financeiras e demais assemelhadas 12% - CSLL
- Serviços em geral; comércio de veículos usados;
- prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão e crédito, seleção de riscos,
32% - IRPJ
administração de contas a pagar e a receber, compra de
32% - CSLL
direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo
ou de prestação de serviços ( factoring)

- Empresa Simples de Crédito (ESC) – LC nº 167-2019 38,4% - IRPJ


38,4% - CSLL

(Art. 220 do Decreto nº 9.580/2018; Art. 12 da LC nº 167/2019)


Nova Receita Bruta
Art. 12. A receita bruta compreende: (Decreto-Lei nº 1.598/1977)
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não
compreendidas nos incisos I a III.
(...)
§ 4º Na receita bruta, não se incluem os tributos não cumulativos
cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante, pelo vendedor
dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário.
§ 5º Na receita bruta, incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os
valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII
do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações previstas
no caput, observado o disposto no § 4º.
Redução da Presunção – 32% para 16%
Regra prática para verificar quando pode reduzir o percentual de
32% para 16%
(quando não há um percentual específico)
1ª Condição Não ser profissão regulamentada
2ª Condição Ser exclusivamente prestação de serviços
3ª Condição Receita Bruta até R$ 120.000,00

CONCEITO DE PROFISSÃO REGULAMENTADA


Parecer Normativo CST nº 15, de 21 de setembro de 1983:
“4. (...) profissão regulamentada é aquela atividade ou ocupação específica,
de natureza civil ou comercial que, além de ser privativa de pessoa
devidamente habilitada para o seu exercício, reúna uma ou mais das
condições referidas e que tenha sido reconhecida por ato legal de autoridade
competente.
4.1 – (...) é profissão legalmente regulamentada aquela cujo exercício tenha
sido reconhecido e regulamentado por lei ou decreto federal (...).”
Apuração Anual

Resultado Contábil

Adições

ACUMULADO
Exclusões
JANEIRO
A
DEZEMBRO
Compensações

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LUCRO REAL
Forma de recolhimento – Apuração Anual
Até o último dia útil do mês seguinte Até o último dia útil do mês seguinte

Fevereiro Março
Janeiro Fevereiro

QUOTA ÚNICA (SEM ACRÉSCIMOS)

Janeiro
AJUSTE
ANUAL
(Dezembro) Janeiro Fevereiro Março

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QUOTA ÚNICA (COM ACRÉSCIMOS)

1% DE JUROS + SELIC FEVEREIRO


Estimativa não recolhida

• A falta de pagamento do IRPJ ou da CSLL sobre a base de cálculo


estimada mensal enseja a aplicação de multa, exigida isoladamente,
correspondente a 50% (cinquenta por cento) sobre o valor que
deixou de ser pago ainda que tenha sido apurado prejuízo fiscal ou
base de cálculo negativa para a CSLL no ano-calendário
correspondente.

(Art. 998 do RIR/18; Art. 44, inciso II, alínea "b" da Lei 9.430/96)
Nota: Para efeito de aplicação das m
Estimativa não recolhida

Nota: Para efeito de aplicação das m


Saldo negativo x prejuízo fiscal

• Diferença;

• Forma de recuperação; e

• Restrições para Saldo negativo: após transmissão da ECF.

(IN 1.717/17, arts. 23 e 161-A; arts. 579 do RIR/18)


Exemplo de saldo negativo

IRPJ APURADO 20.000,00

IRRF serviços prestados


ou aplicações
30.000,00

VALOR LÍQUIDO A
PAGAR (-) 10.000,00
Exemplo de prejuízo fiscal

LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil) (-) 100.000,00
Adições 40.000,00
Exclusões 10.000,00
Compensações 0,00

LUCRO REAL (-) 70.000,00


Saldo negativo x prejuízo fiscal – Resumo

SALDO NEGATIVO PREJUÍZO FISCAL


Prescreve em 5 anos Não prescreve
Corrigido em Selic Não corrigido
Nasce e morre na contabilidade Nasce e morre no fiscal
Restituído ou compensado com Compensado na apuração do IRPJ
tributos administrados pela RFB e CSLL
Utilizado via PER/Dcomp Utilizado via LALUR e LACS
Acontece na PF e PJ Acontece somente em PJ – Lucro
Real

(IN 1.717/17, arts. 23 e 161-A; arts. 579 do RIR/18)


Estimativa Mensal

JANEIRO
LUCRO ESTIMADO
FEVEREIRO
MARÇO FATURAMENTO
ABRIL (-) DEDUÇÕES
MAIO X ALÍQUOTA PRESUNÇÃO DE LUCRO
JUNHO = LUCRO DA ATIVIDADE
JULHO + OUTRAS RECEITAS
AGOSTO = LUCRO ESTIMADO
SETEMBRO
OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
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Balancete de suspensão/redução

Resultado Contábil

Adições

ACUMULADO

JANEIRO Exclusões
A
ATÉ O MÊS
DESEJADO Compensações

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LUCRO REAL
Balancete de suspensão/redução

• Suspensão: objetivo suspender o pagamento;


• Redução: objetivo reduzir o pagamento.
Prática:

Mês Estimativa (faturamento) Lucro Real Acumulado (balancete) Optou por


Janeiro 12.000,00 8.000,00 Redução
Fevereiro 10.000,00 20.000,00-8.000,00= 12.000,00 Estimativa
Março 15.000,00 25.000,00-18.000,00= 7.000,00 Redução
Abril 12.000,00 35.000,00-25.000,00= 10.000,00 Redução
Maio 12.000,00 30.000,00-35.000,00= 5.000,00(-) Suspensão
Nota: Para efeito de aplicação das m
Junho 10.000,00 50.000,00-35.000,00= 15.000,00 Estimativa
Julho 12.000,00 (Prej.) 0 -45.000,00= 45.000,00(-) Suspensão
Balancete de suspensão/redução
• Na DCTF:
• Balancete de Suspensão

• Balancete de Redução
Balancete de suspensão/redução
• Na ECF:

Nota: Para efeito de aplicação das m


DESPESAS DEDUTÍVEIS

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Pilares para dedutibilidade

Operacional (Art. 311 RIR/2018)

Regime de competência (Art. 259 RIR/2018)

Documento hábil e idôneo (Art. 967 RIR/18)


Conceito

São operacionais as despesas não computadas nos custos,


necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva
fonte produtora.
São necessárias as despesas pagas ou incorridas para a realização
das transações ou operações exigidas pela atividade da empresa.
As despesas operacionais admitidas são as usuais ou normais no
tipo de transações, operações ou atividades da empresa.
(...)
(Art. 311 RIR/18)

29
Despesas operacionais

Elencados no Arts. 313 a 384 do RIR/2018

30
Bens de pequeno valor – lançamento como despesa

Aplicações de capital
Art. 313. O custo de aquisição de bens do ativo não circulante
imobilizado e intangível não poderá ser deduzido como despesa
operacional ( Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 15, caput ).
§ 1º O disposto no caput não se aplica nas seguintes hipóteses
(Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 15, caput ):
I - se o bem adquirido tiver valor unitário não superior a R$
1.200,00 (mil e duzentos reais); ou
II - se o prazo de vida útil do bem adquirido não for superior a um
ano.

(Art. 313 RIR/18) 31


Pessoa física vinculada

Pagamento a Pessoa Física Vinculada


Art. 314. Os pagamentos, de qualquer natureza, a titular, sócio
ou dirigente da pessoa jurídica, ou a parente dos mesmos,
poderão ser impugnados pela autoridade lançadora, se o
contribuinte não provar:
I - no caso de compensação por trabalho assalariado,
autônomo ou profissional, a prestação efetiva dos serviços;
II - no caso de outros rendimentos ou pagamentos, a origem e
a efetividade da operação ou transação.
(Art. 314 RIR/18)

32
Plano de saúde e odontológico aos empregados

Serviços assistenciais
Art. 372. Consideram-se despesas operacionais os gastos
realizados pelas empresas com seguros e planos de saúde,
destinados indistintamente a todos os seus empregados e
dirigentes

(Art. 382 RIR/18)

33
Formação profissional de empregados

Da formação profissional
Art. 382. Poderão ser deduzidos como despesa operacional os
gastos realizados com a formação profissional de empregados.

(Art. 382 RIR/18)

34
Tributos e multas

Os tributos e contribuições são dedutíveis, na determinação do lucro


real, segundo o regime de competência. (art. 352 RIR/18)
A partir de 1º de janeiro de 1997, o valor da Contribuição Social
sobre o Lucro Líquido - CSLL, não poderá ser deduzido para efeito de
determinação do lucro real.
GRIFO: Não são dedutíveis como custo ou despesas operacionais as
multas por infrações fiscais, salvo as de natureza compensatória e as
impostas por infrações de que não resultem falta ou insuficiência de
pagamento de tributo.

35
Desgaste de bens e direitos
Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado - Dedutibilidade
Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de
apuração, a importância correspondente à diminuição do valor dos bens
do ativo resultante do desgaste pelo uso, ação da natureza e
obsolescência normal. (ART. 317 RIR/18)
Amortização - Dedutibilidade
Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de
apuração, a importância correspondente à recuperação do capital
aplicado, ou dos recursos aplicados em despesas que contribuam para a
formação do resultado de mais de um período de apuração. (ART. 330
RIR/18)
Exaustão de Recursos Minerais - Dedutibilidade
Poderá ser computada, como custo ou encargo, em cada período de
apuração, a importância correspondente à diminuição do valor de
recursos minerais, resultante da sua exploração. (ART. 336 RIR/18)
Provisões
Na determinação do lucro real somente serão dedutíveis as provisões
expressamente autorizadas no RIR. (arts 342 e 343 RIR/18)
O contribuinte poderá deduzir, como custo ou despesa operacional, em cada
período de apuração, importância destinada a constituir provisão para
pagamento de:
• remuneração correspondente a férias de seus empregados;
• remuneração correspondente ao 13º salário de seus empregados.

Provisão para perda de estoques de livros: (art. 341 RIR/18)


As pessoas jurídicas que exerçam as atividades de editor, distribuidor ou livreiro
poderão constituir provisão para perda de estoques, calculada no último dia de
cada período de apuração, correspondente a um terço do valor do estoque
existente naquela data.

37
Perda no recebimento de crédito
I - em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor,
em sentença emanada do Poder Judiciário;
II - sem garantia, de valor:
a) até R$ 15.000,00 por operação, vencidos há mais de 6 meses,
independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu
recebimento;
b) acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00 por operação, vencidos há mais
de 1 ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o
seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e
c) superior a R$ 100.000,00 por operação, vencidos há mais de 1 ano, desde
que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

(art. 347 RIR/18; art. 71 IN RFB 1.700/2017)

38
Perda no recebimento de crédito
III - com garantia, vencidos há mais de 2 (dois) anos, de valor:
a) até R$ 50.000,00 por operação, independentemente de iniciados os
procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;
e
b) superior a R$ 50.000,00 por operação, desde que iniciados e mantidos
os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das
garantias; e
IV - contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou
recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta
tenha se comprometido a pagar.
CONCEITO DE “OPERAÇÃO”
A IN RFB nº 1.700/2017, art. 71: constantes de 1 (um) único contrato, no
qual esteja prevista a forma de pagamento do preço pactuado, ainda que a
transação seja realizada para pagamento em mais de 1 (uma) parcela. No
caso de empresas mercantis a operação será caracterizada pela emissão da
fatura, mesmo que englobe mais de 1 (uma) nota fiscal.
Juros sobre capital próprio
• A pessoa jurídica poderá deduzir, para efeitos da apuração do lucro
real, os juros pagos ou creditados individualizadamente a titular,
sócios ou acionistas, a título de remuneração do capital próprio,
calculados sobre as contas do patrimônio líquido e limitados à
variação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. (Lei
nº 9.249, de 1995, art. 9º e art. 355 RIR/18).

Contas do PL:
I - capital social;
II - reservas de capital;
III - reservas de lucros;
IV - ações em tesouraria; e
V - prejuízos acumulados.
Juros sobre capital próprio
Limite da Dedutibilidade:

• I - 50% (cinquenta por cento) do lucro líquido do exercício antes da


dedução dos juros, caso estes sejam contabilizados como despesa;
ou
• II - 50% (cinquenta por cento) do somatório dos lucros acumulados
e reservas de lucros.
Para efeitos do disposto no item I, o lucro será aquele apurado após
a dedução da CSLL e antes da dedução do IRPJ.

Retenção de IR: 15% (art. 726 RIR/18).


Juros sobre capital próprio
Juros sobre capital próprio
Vantagem tributária evidente:
LALUR e LACS - Raiz legislativa

• Decreto-Lei nº 1.598/1977 – Diferencia contabilidade comercial de


apuração fiscal;

• RIR/18, Art 277 – Obrigatoriedade de elaboração do LALUR a partir


do resultado contábil para determinação do lucro real; e

• IN SRF nº 28/1978 – Define modelo e normas de escrituracão.


LALUR E LACS

BLOCO M
(ECF)
LALUR E LACS
Parte A do LALUR e LACS
LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil)

Adições

Exclusões

Compensações

LUCRO REAL
Parte A
• Registro M300 e “filhos” (IRPJ) e registro M350 e “filhos” (CSLL)
Parte A
• Aba “Contas Contábeis” – Relacionamento 2
Relacionamento em LALUR/LACS
• Tipo 1: Com conta da Parte “B” - adições ou exclusões de caráter
temporário. (exemplo: ajustes temporários da Lei nº 12.973/2014)

• Tipo 2: Com conta contábil – adições definitivas. (exemplo:


despesa com brinde)

• Tipo 3: Com conta da Parte “B” e conta contábil – situações que


podem contemplar ambas situações. (exemplo: outras adições e
outras exclusões)

• Tipo 4: Sem relacionamento – exemplo: PAT.


Parte B
• Cadastro de contas para utilização
Controles para próximos períodos - parte B

• prejuízos fiscais a compensar;

• depreciação acelerada incentivada;

• provisões não dedutíveis;


• lucro não realizado decorrente de contrato a longo prazo com
empresa pública.
Exemplo de prejuízo fiscal

LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil) (-) 100.000,00
Adições 40.000,00
Exclusões 10.000,00
Compensações 0,00

LUCRO REAL (-) 50.000,00


Parte B
• Cadastro de contas para utilização
Compensação de prejuízos fiscais

LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil)

Adições 30% do lucro


após adições
e exclusões

Exclusões
30% - atividade geral
100% - atividade rural

Compensações

LUCRO REAL

(Art. 579 RIR/18)


Compensação de prejuízos fiscais

LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil)
800.000,00
Adições 300.000,00
Exclusões 100.000,00 30% do lucro
após adições
e exclusões

Compensações 300.000,00

LUCRO REAL 700.000,00


Adicional de IRPJ

“A parcela do lucro real, presumido ou arbitrado que exceder o valor


resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo
número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à
incidência de adicional do imposto sobre a renda à alíquota de 10%
(dez por cento).”

(Art. 29 da IN RFB nº 1.700/2017; Art. 225, parágrafo único, RIR/18 art. 2º, § 2º, da Lei nº
9.430/1996)
Adicional - apuração trimestral
JANEIRO
FEVEREIRO
MARÇO
R$ 60.000,00

ABRIL
MAIO
JUNHO
R$ 60.000,00

JULHO
AGOSTO
SETEMBRO
R$ 60.000,00

OUTUBRO
NOVEMBRO
DEZEMBRO
R$ 60.000,00
Qualquer comentário no rodapé – Fonte Trebuchet MS – Tamanho 9 – Cor Branca
Exemplo de adicional – Apuração trimestral
LUCRO LÍQUIDO
(Resultado contábil) 800.000,00
Adições 300.000,00
Exclusões 100.000,00
Compensações 300.000,00
LUCRO REAL 700.000,00
1ª Opção:
Até R$ 60.000,00 >>>15%
A partir de R$ 60.000,01 >>> 25% (15% + 10%)
2ª Opção:
Sobre R$ 700.000,00 x 15%
640.000,00 x 10%
Adicional de IRPJ – estimativa mensal e ajuste anual

JANEIRO R$ 20.000,00 JANEIRO R$ 20.000,00


FEVEREIRO R$ 20.000,00 FEVEREIRO R$ 40.000,00
MARÇO R$ 20.000,00 MARÇO R$ 60.000,00
ABRIL R$ 20.000,00 ABRIL R$ 80.000,00
MAIO R$ 20.000,00 MAIO R$ 100.000,00
JUNHO R$ 20.000,00 JUNHO R$ 120.000,00
JULHO R$ 20.000,00 JULHO R$ 140.000,00
AGOSTO R$ 20.000,00 AGOSTO R$ 160.000,00
SETEMBRO R$ 20.000,00 SETEMBRO R$ 180.000,00
OUTUBRO R$ 20.000,00 OUTUBRO R$ 200.000,00
NOVEMBRO R$ 20.000,00 NOVEMBRO R$ 220.000,00
DEZEMBRO R$ 20.000,00
Qualquer comentário no rodapé – Fonte Trebuchet MS – Tamanho 9 – Cor Branca DEZEMBRO R$ 240.000,00
CSLL – regras aplicáveis

• Mesmas regras aplicáveis ao IRPJ.

• Particularidades:

• Redução de 32% para 16% não existe;

• não há adicional;

• percentuais de presunção: 12% e 32%, apenas;

• Alíquotas: 9% para PJ em geral e 15% para Instituições


Financeiras (lucro real);

• Bônus de adimplência fiscal – Lei nº 10.637/2002.


Bônus de adimplência fiscal
Conceito:
Crédito presumido da CSLL concedido à empresa que atende aos
requisitos estabelecidos na legislação para sua fruição. Tal crédito
será utilizado para diminuir a CSLL a pagar.

(Lei nº 10.637/2002, art. 38; arts. 271 a 274 da IN RFB nº 1.700/2017)


Bônus de adimplência fiscal
Requisitos:

Nos últimos 5 anos NÃO:


- incorrer em lançamento de ofício;
- possuir débitos com exigibilidade suspensa;
- débitos com inscrição em dívida ativa;
- efetuar recolhimentos ou pagamentos em atraso; ou
- ter falta ou atraso no cumprimento de obrigação acessória.

(Lei nº 10.637/2002, art. 38; arts. 271 a 274 da IN RFB nº 1.700/2017)


Bônus de adimplência fiscal
Utilização:

Será utilizado mediante dedução da CSLL devida:


I - no último trimestre do ano-calendário, no caso de pessoa
jurídica tributada com base no lucro real trimestral ou lucro
presumido;
II - no ajuste anual, na hipótese de pessoa jurídica tributada com
base no lucro real anual.

(Lei nº 10.637/2002, art. 38; arts. 271 a 274 da IN RFB nº 1.700/2017)


Bônus de adimplência fiscal
Cálculo:

• Calculado mediante aplicação do percentual de 1% sobre a base


de cálculo da CSLL determinada segundo as normas
estabelecidas para as pessoas jurídicas submetidas ao regime de
apuração com base no lucro presumido.

• Na hipótese de período de apuração trimestral, o bônus será


calculado em relação aos 4 (quatro) trimestres do ano-
calendário e poderá ser deduzido da CSLL devida
correspondente ao último trimestre.

(Lei nº 10.637/2002, art. 38; arts. 271 a 274 da IN RFB nº 1.700/2017)


Subvenções para investimento

“Art. 30. As subvenções para investimento, inclusive mediante


isenção ou redução de impostos, concedidas como estímulo à
implantação ou expansão de empreendimentos econômicos e as
doações feitas pelo poder público não serão computadas na
determinação do lucro real, desde que seja registrada em reserva de
lucros a que se refere o art. 195-A da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976, que somente poderá ser utilizada para:
I - absorção de prejuízos, desde que anteriormente já tenham sido
totalmente absorvidas as demais Reservas de Lucros, com exceção da
Reserva Legal; ou

II - aumento do capital social.”


(Art. 523 RIR/18 e art. 30 da Lei 12.973/2014)
Subvenções para investimento
“§ 4º Os incentivos e os benefícios fiscais ou financeiro-fiscais
relativos ao imposto previsto no inciso II do caput do art. 155 da
Constituição Federal (ICMS – grifo meu), concedidos pelos Estados e
pelo Distrito Federal, são considerados subvenções para
investimento, vedada a exigência de outros requisitos ou condições
não previstos neste artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 160,
de 07 de agosto 2017)”

(art. 30, § 4º, da Lei 12.973/2014)


Subvenções para investimento
CONTABILIZAÇÃO
Antes da Lei 11.638/07: contabilizava direto no PL.
Após a Lei 11.638/07 (CPC nº 7, itens 12 a 15): deve ser
contabilizado como receita.

TRATAMENTO TRIBUTÁRIO
Excluído no LALUR e LACS e controlado em parte B. (art. 198, § 5º, IN
RFB 1.700/17)
Subvenções para investimento
ARMADILHA – BUSCAR AMPARO JURÍDICO!

“§ 7º Não poderá ser excluída da apuração do lucro real e do


resultado ajustado a subvenção recebida do Poder Público, em
função de benefício fiscal, quando os recursos puderem ser
livremente movimentados pelo beneficiário, isto é, quando não
houver obrigatoriedade de aplicação da totalidade dos recursos na
aquisição de bens ou direitos necessários à implantação ou expansão
de empreendimento econômico, inexistindo sincronia e vinculação
entre a percepção da vantagem e a aplicação dos recursos.”

(ART. 198, § 7º, IN RFB 1.700/17)


PAT – Programa de alimentação do trabalhador
• Aplica-se à empresa previamente inscrita no PAT junto ao
Ministério do Trabalho.

• DEDUÇÃO DO IMPOSTO
Pode deduzir do imposto devido o valor equivalente a 15% do total
das despesas de custeio efetuadas no período de apuração.

Teto de R$ 1,99 por refeição (correspondente a 80% do custo máximo


da refeição – R$ 2,49): Ato Declaratório PGFN nº 13, de 01 de
dezembro de 2008 e Parecer PGFN/CRJ nº 2623, de 13 de novembro
de 2008 reconhecem ilegitimidade na legislação que impõe limite. A
Solução de Consulta COSIT n° 79/2014 esclarece que a RFB acatou
não limitar a R$ 1,99.

(Arts. 383, 641 a 643 RIR/18; IN SRF 267/2002)


PAT – Programa de alimentação do trabalhador
• LIMITE DE ABATIMENTO DO IMPOSTO
4% do imposto de renda devido, antes do adicional, com base:
a) no lucro real trimestral;
b) no lucro real apurado no ajuste anual.

Estimativa Mensal (Lucro Real Anual)


O valor deduzido do IRPJ com base no lucro estimado:
1) não será considerado imposto pago por estimativa; e
2) deve compor o valor a ser deduzido do imposto devido no ajuste
anual.

Eventuais excessos podem ser transferidos para dedução nos dois


anos-calendário subsequentes (controle em parte B).

(Arts. 641 a 643 RIR/18; IN SRF 267/2002)


Programa empresa cidadã
• DEDUÇÃO DO IMPOSTO DEVIDO
Poderá deduzir do imposto sobre a renda devido, em cada período
de apuração, o total da remuneração integral da empregada e do
empregado pago nos dias de prorrogação de sua licença-
maternidade e de sua licença-paternidade.

Estimativa Mensal (Lucro Real Anual)


O valor deduzido do IRPJ com base no lucro estimado:
1) não será considerado imposto pago por estimativa; e
2) deve compor o valor a ser deduzido do imposto devido no ajuste
anual.

• DEDUÇÃO COMO DESPESA OPERACIONAL


Vedada, ou seja, deve adicionar no LALUR.

(Art. 647 RIR/18; IN RFB 991/2010)


Incentivo ao desporto

A partir do ano-calendário de 2007 e até o ano-calendário de 2022,


inclusive, poderão ser deduzidos do imposto sobre a renda devido,
em cada período de apuração, trimestral ou anual, pela pessoa
jurídica tributada com base no lucro real os valores despendidos a
título de patrocínio ou doação, no apoio direto a projetos desportivos
e paradesportivos previamente aprovados pelo Ministério do Esporte.

(Art. 557 RIR/18; Lei nº 11.438, de 2006)


Incentivo ao desporto
• LIMITE DE ABATIMENTO DO IMPOSTO
1% do imposto devido, antes do adicional, com base:
a) no lucro real trimestral;
b) no lucro real apurado no ajuste anual.

Estimativa Mensal (Lucro Real Anual)


O valor deduzido do IRPJ com base no lucro estimado:
1) não será considerado imposto pago por estimativa; e
2) deve compor o valor a ser deduzido do imposto devido no ajuste
anual.

• DEDUÇÃO COMO DESPESA OPERACIONAL


Vedada, ou seja, deve adicionar no LALUR.
(Art. 557 RIR/18)
Incentivo a cultura
• LIMITE DE ABATIMENTO DO IMPOSTO
4% do imposto devido, antes do adicional, com base:
a) no lucro real trimestral;
b) no lucro real apurado no ajuste anual.

Estimativa Mensal (Lucro Real Anual)


O valor deduzido do IRPJ com base no lucro estimado:
1) não será considerado imposto pago por estimativa; e
2) deve compor o valor a ser deduzido do imposto devido no ajuste
anual.

• DEDUÇÃO COMO DESPESA OPERACIONAL


Observar quadro a seguir.
(Art. 557 RIR/18; Lei Rouanet – Lei 8.313/1991; IN SRF 267/2002)
Incentivo a cultura
Limite para abatimento Dedutibilidade como
Projeto
do IR Despesa Operacional
I – 40% do valor das
Arts. 25 e 26 Lei 8.313/91
doações; e Pode deduzir
II – 30% do valor dos integralmente como
Projetos Culturais
patrocínios. despesa operacional.
aprovados pelo PRONAC

art. 18 Lei 8.313/91

a) artes cênicas; I - 100% do valor das


b) livros de valor artístico, doações; Vedada dedução como
literário ou humanístico;
c) música erudita ou
II - 100% do valor dos despesa operacional.
instrumental; patrocínios.
d) exposições de artes (...)

(Art. 557 RIR/18; Lei Rouanet – Lei 8.313/1991; IN SRF 267/2002)


Gabriel Villena Rômulo Albuquerque
Advogado e Contabilista Contador e Consultor Tributário

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