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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

DAVID JUDSON RODRIGUES ABATH

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: A ELISÃO FISCAL DO PIS E COFINS NÃO


CUMULATIVOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS BETA LTDA

Natal/RN
2023
DAVID JUDSON RODRIGUES ABATH

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: A ELISÃO FISCAL DO PIS E COFINS NÃO


CUMULATIVOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS BETA LTDA

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de


Ciências Contábeis da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte como requisito para a obtenção do
título de Bacharel em Ciências Contábeis.

Orientador: Professor Anailson Marcio Gomes

Natal/RN
2023
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências Sociais Aplicadas - CCSA

Abath, David Judson Rodrigues.


Planejamento tributário: a elisão fiscal do PIS e COFINS não
cumulativos na indústria de alimentos Beta LTDA / David Judson
Rodrigues Abath. - Natal, 2023.
45f.: il.

Monografia (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade


Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências Sociais
Aplicadas, Curso de Ciências Contábeis. Natal, RN, 2023.
Orientador: Prof. Dr. Anailson Marcio Gomes.

1. Planejamento tributário - Monografia. 2. Elisão fiscal -


Monografia. 3. PIS - Monografia. 4. COFINS - Monografia. 5.
Tributos - Monografia. I. Gomes, Anailson Marcio. II. Título.

RN/UF/Biblioteca CCSA CDU 336.22

Elaborado por Eliane Leal Duarte - CRB-15/355


DAVID JUDSON RODRIGUES ABATH

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: A ELISÃO FISCAL DO PIS E COFINS NÃO


CUMULATIVOS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS BETA LTDA

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Ciências Contábeis da Universidade


Federal do Rio Grande do Norte como requisito para a obtenção do título de Bacharel em
Ciências Contábeis.

BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA:

Prof. Dr. Anailson Marcio Gomes – Orientador

Prof. Dr. Clayton Levy Lima de Melo - Membro

Prof. Dr. Raimundo Marciano de Freitas Neto - Membro

Aprovada em: Natal/RN, 05 de julho de 2023.


Dedico este trabalho a Deus, a minha
família, a minha esposa, aos meus
amigos, aos meus colegas trabalho e
ao corpo docente da UFRN.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por estar comigo todos os dias da minha vida, principalmente durante
esses anos de graduação, onde tive muitos desafios, mas com a Sua ajuda consegui vencer todos.
A minha família, em especial a meus pais e meu irmão, por sempre me incentivarem e
se esforçarem para que eu consiga realizar meus sonhos e projetos.
A minha esposa, Luiza, por sempre me incentivar e acreditar que eu sou capaz de vencer
todos os desafios que estão diante de mim.
Aos amigos que fiz durante o curso, Mateus Souza, Gabriel Souza, Beatriz Pinheiro,
Matheus Maciel, Joaquim Alves, Hanna Marjory e Joanna. Obrigado por todo companheirismo,
vocês vão longe!
Aos meus amigos e amigas, José Caio, Israel Câmara, Emerson Oliveira, Ricardo
Cortez, Lucas Danny, Lisandro Kauã, Jucimara Rodrigues e Roberta Brenda.
Aos meus colegas de trabalho, em especial ao meu gestor João Maria, por todo
conhecimento e orientações repassadas.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Anailson Marcio Gomes, pelas orientações repassadas para
desenvolvimento deste trabalho.
Ao corpo docente da UFRN que tem contribuído com o meu aprendizado durante esses
anos de curso.
“A educação é a arma mais poderosa
que você pode usar para mudar o mundo”
Nelson Mandela
RESUMO

A classe empresarial está interessada em entender as leis que regem os tributos no país, pois os
custos da empresa são impactados diretamente pela elisão ou evasão fiscal. Diante dessas
situações, faz-se necessário a criação de um Planejamento Tributário que tenha o objetivo de
auxiliar as empresas a reduzirem a sua carga tributária de forma legal, além de possibilitar ações
corretivas para que as empresas tenham meios para a recuperação de créditos tributários. Sendo
assim, este estudo tem como base apresentar as possibilidades que surgiram através do
planejamento tributário na empresa Beta Ltda a respeito das contribuições do PIS/PASES e
COFINS no regime não-cumulativo entre 2021 a 2022. Para desenvolvimento deste trabalho,
foi utilizada a metodologia descritiva, pois teve o objetivo de apurar, analisar e descrever
informações financeiras da empresa. Além disso, a pesquisa se fez de forma quantitativa e
qualitativa, pois, em primeiro momento foi feito o levantamento de dados, e logo após, houve
uma análise dos motivos que levaram a tais resultados no decorrer de cada ano. Por fim, os
resultados finais destacam as possibilidades de redução de carga tributária que a empresa obteve
da implantação dos procedimentos preventivos e corretivos no que diz a respeito da área fiscal
e tributária.

Palavras-chave: Tributos; PIS; COFINS, ICMS; Planejamento Tributário; Elisão Fiscal.


SUMMARY

The business class is increasingly interested in understanding the laws that govern taxes in the
country, because the company's costs are directly impacted by tax avoidance or evasion. Faced
with these situations, it is necessary to create a Tax Planning that aims to help companies reduce
their tax burden legally, in addition to enabling corrective actions so that companies have the
means to recover tax credits. Therefore, this study is based on presenting the possibilities that
have arisen through tax planning in the company Beta Ltda regarding the contributions of
PIS/PASES and COFINS in the non-cumulative regime between 2021 and 2022. For the
development of this study, the descriptive methodology was used, as it had the objective of
investigating, analyzing and describing the company's financial information. In addition, the
research, was carried out in a quantitative and qualitative way since, in the first moment, the
data collection carried out, and soon after, there was an analysis of the reasons that led to such
results during each year. Finally, the final results highlight the possibilities of reducing the tax
burden that the company obtained from the implementation of preventive and corrective
procedures regarding the fiscal and tax area.
Key-words: Tributes; PIS; COFINS, ICMS; Tax Planning; Tax Avoidance.
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – Carga tributária em 2021 sem planejamento tributário x com planejamento


tributário........................................................................................................................................ 39

Gráfico 02 – Carga tributária em 2022 sem planejamento tributário x com planejamento


tributário........................................................................................................................................ 40
LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Competência Tributária do Brasil .................................................................. 18

Tabela 02 – Diferença entre elisão fiscal e evasão fiscal.................................................... 22

Tabela 03 – Faturamento mensal 2021 ............................................................................. 31

Tabela 04 – Faturamento mensal 2022 ............................................................................ 32

Tabela 05 – PIS antes da redução da alíquota zero ......................................................... 33

Tabela 06 – PIS após redução para alíquota zero ............................................................ 34

Tabela 07 – COFINS antes da redução da alíquota zero ................................................. 34

Tabela 08 – COFINS após redução para alíquota zero .................................................... 34

Tabela 09 – PIS antes da exclusão do ICMS na base de cálculo ..................................... 36

Tabela 10 – PIS após a exclusão do ICMS na base de cálculo ........................................ 36

Tabela 11 – COFINS antes da exclusão do ICMS na base de cálculo ............................. 37

Tabela 12 – COFINS após a exclusão do ICMS na base de cálculo ................................ 37


LISTA DE SIGLAS

CTN – Código Tributário Nacional

STN – Sistema Tributário Nacional

PIS – Programa de Integração Social

PASEP – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

COFINS – Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público

IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação

IRPJ – Imposto de Renda de Pessoa Jurídica

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

STF – Supremo Tribunal Federal

IPA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços

NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul

CST – Código de Situação Tributária

CFOP – Código Fiscal de Operações e Prestação

PIB – Produto Interno Bruto

ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 13
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA ..................................................... 13
1.2 OBJETIVOS ....................................................................................................... 14
1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 14
1.2.2 Objetivos específicos ........................................................................................ 14
1.3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 14
1.4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .............................................................. 15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 16
2.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO .......................................................... 16
2.2 TRIBUTOS ......................................................................................................... 16
2.2.1 Impostos .......................................................................................................... 17
2.2.2 Taxas ............................................................................................................... 18
2.2.3 Contribuições de melhoria .............................................................................. 19
2.2.4 Contribuição especial ...................................................................................... 19
2.2.5 Empréstimos compulsórios ............................................................................. 19
2.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO .................................................................... 20
2.3.1 Elisão e evasão fiscal ...................................................................................... 21
2.4 LUCRO REAL ................................................................................................... 22
2.5 PIS E COFINS NÃO CUMULATIVOS ............................................................. 24
2.5.1 PIS – Programa de Integridade Social ........................................................... 24
2.5.2 COFINS – Contribuição Para o Financiamento da Seguridade Social .......... 26
2.6 ICMS ................................................................................................................... 27
3 METODOLOGIA .............................................................................................. 29
3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA ............................................................................. 29
3.2 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS ..................................................... 29
4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS ....................................................... 31
4.1 DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS ...................................................................... 31
4.2 ANÁLISE DOS DADOS ................................................................................... 31
4.2.1 Faturamento de 2021 e 2022 .......................................................................... 31
4.2.2 Redução do PIS e COFINS a alíquota zero ................................................... 33
4.2.3 Utilização de créditos a recuperar .................................................................. 35
4.2.4 Exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS.............................. 35
4.3 RESULTADOS DA ANÁLISE .......................................................................... 38
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 40
REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 42
13

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA

A contabilidade fiscal e tributária é fundamental para auxiliar gestores quanto as suas


tomadas de decisões. Em razão da complexidade do Sistema Tributário Nacional (STN), Crepaldi
(2021) acredita que cada vez mais os gestores buscam implantar um planejamento tributário
eficiente para que sejam adotadas condutas que beneficiem o seu negócio e que otimizem a
aplicação de seus recursos.
Em razão disto, os gestores sentem a necessidade de tornarem a sua gestão fiscal menos
operacional e mais estratégica. Haja em vista que o papel do profissional contábil vai além do
cálculo de tributos de competência municipal, estadual ou federal, mas também existe a
necessidade de o profissional contábil ter uma visão mais ampla e analítica da estrutura tributária
existente no país, para que haja a redução da carga tributária de forma legal. De acordo com
Crepaldi (2007, p.3):
[...] O planejamento tributário, também conhecido como elisão fiscal, é um ato
preventivo que, dentro da estrita observação da legislação brasileira vigente, visa
encontrar mecanismos que permitam diminuir o desembolso financeiro com pagamento
de tributos, tornando-se algo latente nas administrações empresariais. Em sua finalidade
tem como base evitar a incidência tributária, com o intuito de prevenir a ocorrência do
fato gerador do tributo, minimizando, assim, seu montante, no sentindo de reduzir a
alíquota ou base de cálculo [...].

Diante disso, é necessário que o contador interno ou o escritório que preste o serviço de
consultoria tributária a empresa, possibilite a analise correta das atividades aplicadas dentro da
empresa, para que seja possibilitada a elisão fiscal ao invés da evasão fiscal. Pois, além do
planejamento tributário ser uma ferramenta utilizada para redução de custos, também é um dever
previsto no Código Civil, Lei nº 10406/02, Artigo 1.011: “O administrador da sociedade deverá
ter, no exercício de suas funções, o cuidado e a diligência que todo homem ativo e probo costuma
empregar na administração de deus próprios negócios.”
Sendo assim, os profissionais das áreas contábil e fiscal irão avaliar qual o regime de
tributação que mais irá favorecer a empresa, se é: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro
Real. Mas para escolher o melhor regime de tributação, deve ser feita uma análise criteriosa, já
14

que para tomar a decisão correta, também se leva em consideração a situação econômica e porte
da empresa.
Então, faz-se necessário a aplicação de um planejamento tributário devidamente elaborado,
não somente para que a empresa tenha redução em sua carga tributária, mas para que também
esteja em plena legalidade para realização de suas atividades. Neste estudo, busca-se responder
o seguinte questionamento: Qual a importância do planejamento tributário numa indústria de
médio porte, do setor de alimentos, para a redução de custos?

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este estudo tem como objetivo geral abordar a respeito da importância do


planejamento tributário e como a sua aplicação afeta na redução da carga tributária de uma
indústria de alimentos de porte médio.

1.2.2 Objetivos Específicos

Com o fim de alcançar o objetivo geral proposto, são traçados os seguintes objetivos
específicos:
 Apresentar os impactos financeiros causados em indústrias através da carga
tributária brasileira;
 Apresentar o planejamento tributário como ferramenta para amenizar a carga
tributária em uma indústria de alimentos localizada na região metropolitana de
Natal;
 Destacar as possibilidades legais que foram utilizadas para reduzir a carga
tributária da contribuição do PIS e COFINS em 2021 e 2022;

1.3 JUSTIFICATIVA

O sistema tributário brasileiro é formado por uma série de legislações que integram
principalmente no recolhimento de tributos que suportam as ações e serviços que o governo deve
prestar a população. Este é um assunto bem complexo entre a classe empresarial, já que envolve
15

diretamente os custos de seus negócios, desde a compra de insumos até a entrega ao consumidor
final.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (2021), é estimado
que no Brasil, 33% do faturamento das empresas é destinado ao pagamento de tributos. Segundo
Silvio Crepaldi (2021), somente o ônus de Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre
o Lucro Líquido (CSLL) representam uma taxa de mais de 50% do lucro líquido apurado. Ou
seja, quando se soma os custos e despesas, mais da metade deste valor está sendo representado
por tributos.
E para diminuir os impactos financeiros causados devido à alta carga tributária do país,
muitas empresas estão buscando reduzir os seus impostos através da criação de um planejamento
tributário que seja mais eficiente para o seu negócio. E através desde planejamento, o profissional
da contabilidade irá auxiliar a empresa a reduzir a sua carga tributária através de meios legais e
seguros.
Desta forma, este trabalho tem como justificativa o estudo deste tema, tendo em vista não
somente a abordagem das complexidades existentes no sistema tributário brasileiro, mas busca
retratar principalmente os benefícios legais e financeiros que o planejamento tributário traz para
o setor industrial.

1.4 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

O estudo de caso foi realizado em uma indústria que possuí a natureza jurídica de sociedade
limitada. Além disso ela é de médio porte, do ramo alimentício, tem como objeto a venda de
produtos que são derivados do coco e está localizada no estado do Rio Grande do Norte. A
empresa está no mercado a cerca de 30 anos, possui o capital social de R$ 800.000,00 e iniciou
a sua trajetória como fornecedora de coco seco para outras empresas que vendiam produtos
derivados dessa matéria-prima. Mas após alguns anos, ela deixou de ser uma fornecedora e
passou a industrializar produtos que também derivam do coco.
Além disso, a empresa possuí um quadro com mais de 100 funcionários ativos trabalhando
de forma direta, além de ter mais de 250 funcionários indiretos espalhados por todo o Brasil
exercendo o trabalho de promotores de vendas.
Neste trabalho a empresa será representada por “Beta Ltda”, com o intuito de preservar os
seus dados pessoais.
16

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO

O Sistema Tributário Nacional (STN) está tratado no denominado Código Tributário


Nacional (CTN) com o objetivo de administrar os tributos existentes no país. A lei nº 5.172/66
foi publicada em 27 de outubro de 1966 e foi retificada no dia 31 de outubro do mesmo ano no
Diário Oficial d União, e ela compõe todas as normas do direito tributário que são extensíveis
aos Municípios, Estados e União. No art. 1ºda lei nº 5.172/66 traz a seguinte definição:

Esta Lei regula, com fundamento na Emenda Constitucional n. 18, de 1º de dezembro


de 1965, o sistema tributário nacional e estabelece, com fundamento no artigo 5º,
inciso XV, alínea b, da Constituição Federal as normas gerais de direito tributário
aplicáveis à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, sem prejuízo da
respectiva legislação complementar, supletiva ou regulamentar.

Em outras palavras, o sistema tributário nacional abrange o conjunto de tributos que estão
em vigor no país, que são legalmente amparados pela constituição federal. De acordo com
Crepaldi (2021), os art. 145 até o art. 162 da constituição federal regem as normas constitucionais
do direito tributário, que compreende:

 Os princípios constitucionais tributários e outras limitações ao poder de tributar;


 A descrição de competências, inclusive o delineamento geral dos impostos
atribuídos a cada uma das pessoas políticas;
 A repartição das receitas tributárias.

O Direito Tributário é estruturado em torno de todo conhecimento de tributos e suas


existentes relação entre o fisco e sujeitos passivos. O Direito Tributário possui dois objetos, sendo
eles divididos em direto e indireto. Sendo o direito composto pelas normas de: instituição >
arrecadação > fiscalização > extinção do tributo. Já o indireto abrange todas as formas, mas
explicando o conteúdo, o alcance e os efeitos delas.

2.2 TRIBUTOS
17

Estudiosos afirmam que as primeiras ocorrências de pagamento de tributos aconteciam


de forma voluntária em forma de agradecimento aos líderes pelos seus serviços prestados à
sociedade. Mas, depois de certo tempo o pagamento de tributos passou a ser compulsório, quando
em guerras, os derrotados eram obrigados a e entregar aos vitoriosos uma parte ou a totalidade
de seus bens. Crepaldi e Crepaldi (2019) afirmam que a receita pública sempre esteve ligada aos
regimes econômicos, que desde sempre predominaram na história da sociedade.
Como bem abordado no art. 3 do CTN e art. 146 da CF, os tributos classificam-se como
Receita derivada, porque derivam do patrimônio do contribuinte. O Código Tributário Nacional,
no seu art. 3 define tributo da seguinte forma:

Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.

A partir dessa definição, pode-se concluir que tributo é uma obrigação decorrente de lei,
em moeda, que não se constitui em sansão de ato ilícito e tem uma pessoa política por sujeito
ativo, e por sujeito passivo se tem qualquer pessoa que é cobrada por intermédio do vínculo de
atividade administrativa.
A principal função dos tributos é garantir recursos financeiros para o funcionamento do
estado de acordo com o desenvolvido da economia, além do intuito de gerar estabilidade. Além
disso, o tributo tem finalidade de custear alguns serviços que são prestados à sociedade, como
por exemplo: educação, saúde, segurança pública e transporte. E como esses serviços são
prestados de forma gratuita, os cidadãos tem a obrigação de recolher tributos.
Entende-se que os tributos são classificados por suas espécies. Porém, existem algumas
contradições a respeito dessa divisão, pois de acordo com a CF nos incisos I a III do seu art. 145,
classifica os tributos em três espécies, sendo elas: impostos, taxas e contribuições de melhoria.
Sendo destacado de forma idêntica ao art. 5 do CTN. Mas não tão distante disso, o Supremo
Tribunal federal (STF) considera que não são três as espécies de tributos, mas sim cinco, sendo
elas: impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos
compulsórios. Sendo assim, é aceitável a divisão dos tributos em cinco espécies, devido a posição
de Pretório Excelso.

2.2.1 IMPOSTOS
18

Segundo o Código Tributário Nacional no seu art. 16: “Imposto é o tributo cuja obrigação
tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa
ao contribuinte.”
Sendo assim, a receita que é arrecadada através dos impostos é destina a financiar o estado
em suas atividades gerais, ou seja, o seu fato gerador independe de uma atividade especifica. Ex:
o IPVA pode ser destinado a saúde, educação ou até mesmo a segurança, e não diretamente a
manutenção de estradas.
Dependendo de qual for o imposto, eles podem ser pagos tanto por pessoas físicas quanto
por pessoas jurídicas. Os impostos são divididos em três competências, sendo elas: municipais,
estaduais e federais. Os principais impostos por competências são:

Tabela 01: Competência Tributária do Brasil


MUNICÍPIOS ESTADOS E DF UNIÃO
ISS ICMS II
IPTU IPVA IE
ITBI ITCMD IOF
IPI
ITR
IR
IGF
Fonte: STN / Tabela elaborada pelo autor, 2023

2.2.2 TAXAS

A taxa é um tipo de tributo que é vinculado a algum tipo de contraprestação do Estado.


Segundo o CTN:
“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou
pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato
gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou
potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
posto à sua disposição.”

Através dessa informação, o CTN complementa a afirmação de que as taxas não podem
ter base de cálculo idênticos ao dos impostos. Além disso, cada ente federado tem a competências
de instituir as suas taxas.
19

2.2.3 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

A contribuição de melhoria é um dos tributos que pode ser direcionado pelo poder
público, através dos Municípios, Estados e União. Seu principal objetivo é arrecadar fundos para
custear obras públicas e fazer com que aconteça uma valorização em imóveis locais através da
obra implantada. De acordo com o CTN em seu art. 81:

“Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito
Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída
para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária,
tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de
valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”

Além disso, a federação responsável pela obra tem o direito de cobrar o tributo aos
contribuintes que foram beneficiados através da obra realizada. Pois houve uma valorização no
seu imóvel.

2.2.4 CONTRIBUIÇÃO ESPECIAL

Instituída pela Constituição Federal, no art. 149, a contribuição especial é mais um dos
tipos de tributos, mas, esse só pode ser integrado pelo Governo Federal. Ela é criada através de
lei ordinária e de competência da União, mas cabe que os Municípios, Estado e o Distrito federal
adotem a previdência própria para que assim haja a criação da contribuição especial.
Nessa categoria de tributo, encontram-se tributos que são cobrados a cima do faturamento
de empresas, como o PIS, COFINS, CSLL e outras contribuições previdenciárias que incidem
por cima da folha de pagamento.

2.2.5 EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS

Assim como indica o seu nome, os Empréstimo Compulsórios são empréstimo que o
governo faz ao contribuinte de forma compulsória. De acordo com o art. 15 do CTN, somente a
União pode constituir os Empréstimos Compulsórios nos seguintes casos excepcionais:

 I - Guerra externa, ou sua iminência;


20

 II - Calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos
orçamentários disponíveis;
 III - Conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo.

2.3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

O planejamento tributário é um grupo de procedimentos que tem como proposito diminuir


o ônus tributário da empresa de forma justa.
De acordo com Latorraca (2000, p.37), o planejamento tributário é definido como a
atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e
fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das
opções legais disponíveis.
Por sua vez, Borges (2000. p. 55) descreve que:

A natureza ou essência do Planejamento Fiscal – ou tributário – consiste em organizar


os empreendimentos econômico-mercantis da empresa, mediante o emprego de
estruturas e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de
incidência tributária ou, então, de fazer com que sua materialidade ocorra na medida ou
no tempo que lhe sejam mais propícios. Trata-se, assim, de um comportamento técnico-
funcional, adotada no universo dos negócios, que visa excluir, reduzir ou adiar os
respectivos encargos tributários.

No art.153 da lei N° 6.404/76, norma da sociedade por ações, é descrito que o administrador
da companhia deve empregar, no exercício das suas funções, o cuidado e a diligência que todo
homem ativo e probo costuma empregar na administração do seu próprio negócio. Para Alves
(2018), é dever de todo administrador aumentar a margem de lucratividade das empresas e buscar
a minimização dos custos.
As empresas que realizam o planejamento tributário, além de provir economia financeira
também ficam livres de preocupações, já que tudo está regido conforme a lei. De acordo com
Souza e Pavão (2020, p.6): “para que exista um bom resultado, é imprescindível que a
organização tenha uma contabilidade fidedigna, ou seja, conforme as normas e princípios
contábeis normalmente aceitos, supondo o que recebe e gasta verdadeiramente”.
Entendida como uma forma licita para redução da carga fiscal, o planejamento tributário
exige uma alta dose de conhecimento técnico, assim como bom senso dos responsáveis pelas
decisões estratégicas no ambiente corporativo. (OLIVEIRA, 2011).
21

2.3.1 ELISÃO E EVASÃO FISCAL

A elisão e a evasão fiscal são maneiras de barrar a contribuição de tributos. Uma é através
de mecanismos lícitos e aceitos juridicamente e a outra através de métodos ilegais.
A elisão fiscal é uma maneira licita de diminuir ou até mesmo eliminar a obrigação
tributária. Quando o contribuinte utiliza brechas da legislação tributária para pagar menos
impostos, ou seja, transferir menos renda ao estado. Segundo Vaz (1987), “a elisão tributária tem
por objetivo evitar o aparecimento da obrigação tributária”. Mas o intuito do agente não é ser
discordante ou violar o fisco, e sim, pagar menos impostos.
Segundo Alexandre (2010, p.287):

Elisão Fiscal é o mesmo planejamento tributário, é a execução de procedimentos, antes


do fato gerador, legítimos, éticos, para reduzir, eliminar ou postergar a tipificação da
obrigação tributária, caracterizando, assim, a legitimidade do planejamento tributário.

Já a evasão fiscal é caracterizada por utilizar de pratica ilícita para redução ou eliminação
de tributo, conhecida também como sonegação fiscal. Essa pratica é descrita como fraude.
Gregório (2012) afirma: “A evasão fiscal consiste na utilização consciente e voluntaria de
procedimentos que violem diretamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal, com o intuito de
suprimir, retardar o cumprimento ou reduzir o tributo “.
Nogueira (1990, p. 201) complementa:

Observe-se bem que a sonegação somente pode ocorrer em relação à fato gerador já
realizado. O que na verdade é ”sonegado‟, escondido, é o conhecimento ao fisco da
realização do fato gerador, da sua natureza ou das suas circunstâncias materiais ou das
condições pessoais de contribuinte. Somente depois de realizado o fato gerador é que
pode nascer objetivamente a obrigação e ser subjetivamente atribuída a alguém. Não
pode cometer sonegação quem não chegue a realizar o fato gerador, porque somente
com ele nasce a obrigação.

Apesar desses conceitos, o conceito de “evasão fiscal” não está descrito em lei, porém as
suas hipóteses estão contidas na lei nº 8. 137, de 27 de dezembro de 1990, art. 1°:

 I - Omitir informações, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias.


 II - Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos ou omitindo operação
de qualquer natureza.
22

 III - Falsificar ou alterar nota fiscal fatura duplicata, nota de venda, ou qualquer outro
documento relativo a operação tributável.
 IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber
falso ou inexato.
 V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatoriamente, nota fiscal ou documento
equivalente, relativa à venda de mercadoria, ou prestação de serviço, efetivamente
realizada. (BRASIL,1990).

A Tabela 02, logo a baixo, demonstra a diferença entre a elisão fiscal e a evasão fiscal
apresentada por Amaral (2002):

Tabela 02: Diferença entre elisão fiscal e evasão fiscal


EVASÃO FISCAL ELISÃO FISCAL
Ilegal (oposta às leis) Legal

Ato ilícito, violam diretamente a lei fiscal, Práticas e procedimentos adotados,


visando benefícios próprios com autorizados ou não proibidos por lei,
diminuição ou anulação dos tributos visando diminuição da carga fiscal.
Executada após o fato gerador Executada antes do fato gerador.
Fonte: Amaral (2002, p. 48)

2.4 LUCRO REAL

De acordo com Oliveira (2009 p. 227) “o lucro real é aquele realmente apurado pela
contabilidade, com base na completa escrituração contábil fiscal, com a estrita e rigorosa
observância dos princípios fundamentais de contabilidade e demais normas fiscais e comerciais”.
O artigo 258, do decreto nº 9.580/18 descreve o lucro real como:

O lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões
ou compensações prescritas ou autorizadas por este Regulamento (Decreto-Lei nº
1.598, de 1977, art. 6º, caput).
§ 1º A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada
período de apuração em observância às disposições das leis comerciais (Lei nº 8.981,
de 1995, art. 37, § 1º).
§ 2º Os valores que, por competirem a outro período de apuração, forem, para efeito de
determinação do lucro real, adicionados ao lucro líquido do período de apuração, ou
dele excluídos, serão, na determinação do lucro real do período de apuração competente,
23

excluídos do lucro líquido ou a ele adicionados, respectivamente (Decreto-Lei nº 1.598,


de 1977, art. 6º, § 4º).

Sendo assim, confirma-se que o Lucro Real será regido pelo lucro contábil ajustados
através das adições, exclusões e todas as compensações que são previstas pela legislação vigente.
Além disso, a principal regra para a apuração do IRPJ e CSLL é o próprio lucro real, no qual o
IR é definido a partir do lucro contábil da empresa.
Além disso, as pessoas jurídicas obrigadas a optar pelo regime de tributação do IRPJ com
base no lucro real, estão descritas no artigo 59, da instrução normativa RFB nº 1.700/2017,
conforme a baixo:

 I - Cuja receita total no ano-calendário anterior tenha excedido o limite de R$


78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e
quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses de atividade no período,
quando inferior a 12 (doze) meses;
 II - Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de
desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras
de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários,
empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;
 III - Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior;
 IV - Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruem de benefícios fiscais
relativos à isenção ou redução do imposto;
 V - Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo
regime de estimativa, na forma prevista nos arts. 33 e 34;
 VI - Que exploram as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de
assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração
de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas
mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); ou
 VII - que exploram as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros
e do agronegócio.
24

Sendo assim, as demais empresas que não se enquadrem nos itens listados no decreto, não
são obrigadas a optar pelo Lucro Real.

2.5 PIS E COFINS NÃO CUMULATIVOS

O PIS e COFINS são tributos previstos na CF, podendo ser usados no regime cumulativo
ou não cumulativo, sendo a segunda opção atribuída as empresas do Lucro Real.
O primeiro tributo é utilizado principalmente para pagamento do Seguro Desemprego dos
trabalhadores, além de também ser utilizado no abono salarial. Já o segundo tem o caráter mais
voltado para a seguridade social, ou seja, ajuda na previdência e na assistência social. Além disso,
ambos os tributos levam em consideração o faturamento da empresa como a sua base de cálculo.
Porém, a base de cálculo pode ser reduzida caso a empresa tenha respaldo legal que possibilite
essa redução.

2.5.1 PIS – PROGRAMA DE INTEGRIDADE SOCIAL

De acordo com a Lei nº 10.637/02, art. 1º: “A Contribuição para o PIS/Pasep, com a
incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil “. Sendo assim, para efeitos
deste artigo, o total das receitas irão compreender a receita bruta aferidas pela pessoa jurídica,
assim como são tratadas na lei 1.598/77.
A empresa que é optante pelo Lucro Real poderá deduzir créditos do PIS/PASEP que será
calculado a cima da escrituração de bens, produtos e serviços. A soma total desses valores
representará a base de cálculo, e será utilizado a alíquota de 1,65% para fins de apuração do
tributo. O artigo 3º da lei 10.637/02 informa que a pessoa jurídica poderá descontar os créditos
calculados em relação a:
 I - Bens adquiridos para revenda;
 II - Bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes
 III - (VETADO)
 IV – Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados
nas atividades da empresa;
25

 V - Valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa


jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;
 VI - Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços.
 VII - edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, inclusive de
mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária;
 VIII - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento
do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei.IX - energia elétrica
consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica.
 X - Vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme
fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de
serviços de limpeza, conservação e manutenção.
 XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de
bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

Ainda de acordo com § 3o do art. 1º da lei 10.367/02, algumas receitas não integram na
base de cálculo do PIS, são elas:

 Receitas de saídas isentas sujeitas a alíquota zero;


 auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às
quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta
tributária;
 vendas canceladas e aos descontos incondicionais que foram concedidos;
 reversões de provisões e recuperações de créditos baixados como perda, que não
representem ingresso de novas receitas, o resultado positivo da avaliação de
investimentos pelo valor do patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de
participações societárias, que tenham sido computados como receita;
 decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre Operações
relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos de ICMS originados
de operações de exportação;
26

 financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídas da base


de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep;
 ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no valor justo;
 subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou redução de impostos,
concedidas como estímulo à implantação ou expansão de empreendimentos econômicos
e de doações feitas pelo poder público;
 reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento da
infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível representativo de direito de
exploração, no caso de contratos de concessão de serviços públicos;
 relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções e reduções;
 relativas ao prêmio na emissão de debêntures; e
 relativas ao valor do ICMS que tenha incidido sobre a operação. (Que foi incluso pela lei
nº 14.592/2023).

2.5.2 COFINS - CONTRIBUIÇÃO PARA FINANCIAMENTO DA


SEGURIDADE SOCIAL

De acordo com o art. 1º da lei 10.833/2003: “A Cofins, com a incidência não cumulativa,
incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil”. Sendo assim, o total da receita é compreendido pelo
total da receita bruta e todas as receitas auferidas pela pessoa jurídica.
A mesma lei, no artigo 3º, define que a pessoa jurídica pode deduzir créditos da COFINS
a cima da soma total de algumas receitas que são possíveis de crédito. E será utilizado a alíquota
de 7,6% a cima do valor total das receitas. Estas receitas são:

 I - Bens adquiridos para revenda;


 II - Bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
lubrificantes;
 III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica;
 IV - Aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados
nas atividades da empresa;
27

 V - Valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa


jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - SIMPLES;
 VI - Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços;
 VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa;
 VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integrado faturamento do
mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto nesta Lei;
 IX - Armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e
II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.
 X - Vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme
fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de
serviços de limpeza, conservação e manutenção.
 XI - bens incorporados ao ativo intangível, adquiridos para utilização na produção de
bens destinados a venda ou na prestação de serviços.

Além disso, para fins de não integração da base de cálculo, as receitas que não incidem
no PIS seguem os mesmos protocolos da COFINS.

2.6 ICMS – IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA E


SERVIÇOS

Conforme a constituição Federal de 1988, o ICMS é um imposto de competência dos


estados e do Distrito Federal, podendo a União organizar as alíquotas mínimas e máximas. Sendo
um dos principais tributos instituídos que garante aos estados membros e ao Distrito federal a
obtenção de renda para a sua manutenção.
A regulamentação constitucional desse tributo está prevista na Lei Complementar
87/1996 (a chamada “Lei Kandir”).
De acordo com o Portal tributário, O ICMS incide sobre:
28

 I – Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de


alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
 II – Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via,
de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
 III – prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a
geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação
de comunicação de qualquer natureza;
 IV – Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na
competência tributária dos Municípios;
 V –Fornecimento de mercadorias com prestação desserviços sujeitos são impostos sobre
serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável
expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
 VI – A entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda
quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;
 VII – o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior;
 VIII – a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes
e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não
destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações
interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente
(PORTAL TRIBUTÁRIO, s.d.).
29

3 METODOLOGIA

3.1 TIPOLOGIA DA PESQUISA

Este trabalho trata-se de uma pesquisa descritiva, pois tem como principal objetivo
descrever características do estudo realizado e de como o planejamento tributário contribui para
a elisão fiscal do PIS e COFINS. Segundo Gil (1999), a pesquisa descritiva tem como finalidade
a descrição das características de determinado fenômeno, população ou a relação entre essas
variáveis. Além disso, o autor também acredita que este tipo de pesquisa aparece de forma
significativa em técnicas de coleta de dados.
Sobre esta pesquisa, ela é enquadrada como um estudo de caso. Yin (2001 p. 33) define
estudo de caso como: “uma investigação empírica que investiga um fenômeno contemporâneo
dentro do seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidos”. Sendo assim, este trabalho se apresenta como um
estudo de caso, pois ele é caracterizado pelo estudo e analise de acontecimentos dos fenômenos
do impacto financeiro que o planejamento tributário proporcionou a empresa.
A coleta de dados para este trabalho ocorreu de forma quantitativa. Para isso, foram
coletados dados do sistema utilizado pela empresa, esses dados são compostos por tabelas e
gráficos que demonstram o faturamento, centro de custos, apuração de tributos e fluxo de caixa.
Esses dados foram filtrados entre 2021 a 2022, onde ocorreram mudanças relevantes para a elisão
fiscal do PIS e COFINS.

3.2 COLETA E TRATAMENTO DOS DADOS

Para a realização desta pesquisa, a empresa em estudo forneceu relatórios contábeis e


fiscais referente ao ano de 2021 a 2022. Através disso, foram analisadas as notas de saída e
também as notas de entrada.
Através da disponibilização das notas e arquivos XML foram analisados o NCM, CST e
CFOP. Tendo em vista que cada entrada ou saída será designada para a correta escrituração de
acordo com a natureza da operação. Além disso, a empresa em estudo possuí particularidades
quanto ao seu NCM, pois alguns dos produtos acabados são aplicados a alíquota zero.
30

Nos relatórios contábeis e fiscais disponibilizados, foram analisados o faturamento de 24


meses. Logo após, foi feito o comparativo do faturamento com a base de cálculo de saída do PIS
e COFINS de cada mês.
Além disso, foram feitos estudos em leis que regem os tributos em estudo. Afim de
identificar as bases legais que a empresa utilizou no período em análise para reduzir a carga
tributária.
31

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 DESCRIÇÃO DAS VARIÁVEIS

As análises desenvolvidas neste trabalho foram realizadas através de dados coletados de


uma empresa do ramo alimentício localizada na região metropolitana de Natal. A partir do ano
de 2021 a empresa tomou medidas preventivas e corretivas ao aplicar um planejamento tributário
voltado ao PIS e COFINS, a fim de minimizar a carga tributária paga pela empresa.
Sendo assim, a empresa estudou as possibilidades legais que poderiam ser aplicadas para
reduzir o valor das contribuições em suas saídas. Em virtude disso, a empresa possuía produtos
acabados que estavam classificados na regra geral do PIS e COFINS, onde era tributado a
alíquota de 1,65% de PIS e 7,6% de COFINS a cima do valor total da venda. Mas, em 2021
também foi analisada a possibilidade autorizada na lei nº 10.925/2004, artigo 1º, inciso XXIII,
onde o governo justifica a redução dos tributos que compõe a cesta básica a alíquota zero, pela
necessidade de diminuir a carga tributária das empresas.
Além disso, a empresa aplicou em fevereiro de 2022 o que foi decidido em 13/05/2021
pelo Supremo Tribunal Federal, quando foi tomada a decisão da exclusão do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na base de cálculo de Programa de Integração
Social (PIS) e para a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS).
Sendo assim, esses dados serviram como parâmetro para comparação do faturamento e
do PIS/COFINS nos anos de 2021 e 2022.

4.2 ANÁLISE DOS DADOS

4.2.1 FATURAMENTO DE 2021 E 2022

Na tabela 03 encontra-se o faturamento do ano de 2021, quando a empresa passou aplicar


o planejamento tributário.

Tabela 03 – Faturamento mensal 2021


MÊS TOTAL FATURAMENTO R$
JANEIRO 2.404.042,93
FEVEREIRO 2.245.562,33
MARÇO 2.338.222,85
32

ABRIL 1.531.444,14
MAIO 2.217.130,51
JUNHO 2.942.477,00
JULHO 3.157.046,24
AGOSTO 2.351.095,86
SETEMBRO 1.957.947,01
OUTUBRO 2.362.188,33
NOVEMBRO 2.447.658,28
DEZEMBRO 2.040.907,06
27.995.729,54
Fonte: ECAC 2021

Na tabela 04 encontra-se o faturamento do ano de 2022, onde a empresa continuou


aplicando o planejamento tributário do PIS/COFINS.

Tabela 04 – Faturamento mensal 2022


MÊS TOTAL FATURAMENTO R$
JANEIRO 1.844.342,32
FEVEREIRO 2.626.597,83
MARÇO 3.208.086,73
ABRIL 2.845.208,79
MAIO 2.794.115,71
JUNHO 2.924.822,19
JULHO 2.656.880,08

AGOSTO 3.295.885,87
SETEMBRO 3.280.999,51

OUTUBRO 1.809.855,41
NOVEMBRO 2.965.601,75
DEZEMBRO 2.563.538,85
Total 32.815.935,04
Fonte: ECAC 2022

Durante o ano de 2022 a empresa obteve um aumento significativo de 17,22% no seu


faturamento em relação ao ano anterior. Esse crescimento é positivo para a empresa em estudo,
pois nos anos de 2020 e 2021, durante o período de pandemia, as vendas de muitas empresas
foram afetadas. Porém, de acordo com a ABIA (2022), o mercado interno e externo do ramo
33

alimentício no ano de 2021 foi responsável pelo faturamento de R$ 922,6 bilhões, 16,9% a cima
do que foi faturado no ano de 2020.
A redação do site Mercado & Consumo informou que o aumento do faturamento nos dois
primeiros anos de pandemia foi impulsionado pelo fornecimento do auxilio emergencial. E com
o encerramento do auxilio em outubro de 2021, o mercado já previa que alguns setores tivessem
seu faturamento reduzido. Porém, a empresa em estudo buscou meios fiscais para que houvesse
redução na carga tributária de seus produtos, e que por outro lado também influenciasse
diretamente em seu faturamento.

4.2.2 REDUÇÃO DO PIS E COFINS A ALÍQUOTA ZERO

Afim de reduzir a carga tributária do PIS e COFINS no o ano de 2021, a empresa utilizou
de métodos legais para que isso fosse possível.
O primeiro método utilizado foi a redução do PIS e COFINS a alíquota zero, tomando
como base a lei nº 10.925/2004, artigo 1º, inciso XXIII. Antes da aplicação do método, a
contabilidade e a gestão analisaram que o NCM de um dos produtos acabados ainda estava
enquadrado na regra geral de tributação, seguindo a lei nº 10.637/2002. Sendo assim, as vendas
desse item faziam parte da composição da base de cálculo e era tributado pelas alíquotas da não-
cumulatividade.
Além disso, a lei nº 10.925/2004 abrange a alíquota zero apenas os produtos relacionados
na composição da cesta básica, caso não, o produto será enquadrado na regra geral. Após essa
análise criteriosa, foi tomada a decisão de utilizar esta lei como meio para elisão fiscal do PIS e
COFINS, já que o produto se enquadra de forma legal no que é disposto na legislação.
Entre as tabelas 05 a 08 foram feitas as análises e comparações do impacto financeiro
causado antes e após a aplicação da alíquota zero.

Tabela 05 – PIS antes da redução da alíquota zero


VLR PIS B.C VLR PIS VLR A
PERÍODO B.C SAÍDAS
SAÍDAS ENTRADAS ENTRADAS RECOLHER
Jan 2.404.049,93 39.666,82 610.515,76 10.073,51 29.593,31
Fev 2.245.562,33 37.051,78 1.049.139,39 17.310,80 19.740,98
Mar 2.338.222,85 38.580,68 1.836.862,42 30.308,23 8.272,45
Abr 1.531.444,14 25.268,83 483.271,52 7.973,98 17.294,85
Mai 2.217.130,51 36.582,65 560.460,61 9.247,60 27.335,05
Jun 2.942.477,00 48.550,87 576.356,97 9.509,89 39.040,98
Jul 3.157.046,24 52.091,26 2.106.183,03 34.752,02 17.339,24
Ago 2.351.095,86 38.793,08 873.766,67 14.417,15 24.375,93
34

Set 1.957.947,01 32.306,13 595.438,18 9.824,73 22.481,40


Out 2.362.188,33 38.976,11 689.918,18 11.383,65 27.592,46
Nov 2.447.658,28 40.386,36 720.432,12 11.887,13 28.499,23
Dez 2.040.907,06 33.674,97 736.680,00 12.155,22 21.519,75
total 27.995.729,54 461.929,54 10.839.024,85 178.843,91 283.085,63
Fonte: Belt sistemas – 2021 – Elaborada pelo autor

Tabela 06 – PIS após redução para alíquota zero

VLR PIS B.C VLR PIS VLR A


PERÍODO B.C SAÍDAS
SAÍDAS ENTRADAS ENTRADAS RECOLHER
Jan/21 1.190.381,82 19.641,30 610.515,76 10.073,51 9.567,79
Fev/21 1.518.960,61 25.062,85 1.049.139,39 17.310,80 7.752,05
Mar/21 2.287.176,36 37.738,41 1.836.862,42 30.308,23 7.430,18
Abr/21 678.028,48 11.187,47 483.271,52 7.973,98 3.213,49
Mai/21 880.938,18 14.535,48 560.460,61 9.247,60 5.287,88
Jun/21 967.566,67 15.964,85 576.356,97 9.509,89 6.454,96
Jul/21 2.488.783,03 41.064,92 2.106.183,03 34.752,02 6.312,90
Ago/21 909.761,82 15.011,07 873.766,67 14.417,15 593,92
Set/21 600.623,64 9.910,29 595.438,18 9.824,73 85,56
Out/21 814.817,58 13.444,49 689.918,18 11.383,65 2.060,84
Nov/21 772.218,18 12.741,60 720.432,12 11.887,13 854,47
Dez/21 947.887,88 15.640,15 736.680,00 12.155,22 3.484,93
total 14.057.144,24 231.942,88 10.839.024,85 178.843,91 48.759,57
Fonte: Belt sistemas – 2021 – Elaborada pelo autor

Tabela 07 – COFINS antes da redução da alíquota zero

VLR COFINS B.C VLR COFINS VLR A


PERÍODO B.C SAÍDAS
SAÍDAS ENTRADAS ENTRADAS RECOLHER
Jan 2.404.049,93 182.707,79 610.515,76 46.399,20 136.308,60
Fev 2.245.562,33 170.662,74 1.049.139,39 79.734,59 90.928,14
Mar 2.338.222,85 177.704,94 1.836.862,42 139.601,54 38.103,39
Abr 1.531.444,14 116.389,75 483.271,52 36.728,64 79.661,12
Mai 2.217.130,51 168.501,92 560.460,61 42.595,01 125.906,91
Jun 2.942.477,00 223.628,25 576.356,97 43.803,13 179.825,12
Jul 3.157.046,24 239.935,51 2.106.183,03 160.069,91 79.865,60
Ago 2.351.095,86 178.683,29 873.766,67 66.406,27 112.277,02
Set 1.957.947,01 148.803,97 595.438,18 45.253,30 103.550,67
Out 2.362.188,33 179.526,31 689.918,18 52.433,78 127.092,53
Nov 2.447.658,28 186.022,03 720.432,12 54.752,84 131.269,19
Dez 2.040.907,06 155.108,94 736.680,00 55.987,68 99.121,26
total 27.995.729,54 2.127.675,45 10.839.024,85 823.765,89 1.303.909,56
Fonte: Belt sistemas – 2021 – Elaborada pelo autor

Tabela 08 – COFINS após redução para alíquota zero

VLR COFINS B.C VLR COFINS VLR A


PERÍODO B.C SAÍDAS
SAÍDAS ENTRADAS ENTRADAS RECOLHER
Jan 1.190.381,82 90.469,02 610.515,76 46.399,20 44.069,82
Fev 1.518.960,61 115.441,01 1.049.139,39 79.734,59 35.706,41
Mar 2.287.176,36 173.825,40 1.836.862,42 139.601,54 34.223,86
35

Abr 678.028,48 51.530,16 483.271,52 36.728,64 14.801,53


Mai 880.938,18 66.951,30 560.460,61 42.595,01 24.356,30
Jun 967.566,67 73.535,07 576.356,97 43.803,13 29.731,94
Jul 2.488.783,03 189.147,51 2.106.183,03 160.069,91 29.077,60
Ago 909.761,82 69.141,90 873.766,67 66.406,27 2.735,63
Set 600.623,64 45.647,40 595.438,18 45.253,30 394,09
Out 814.817,58 61.926,14 689.918,18 52.433,78 9.492,35
Nov 772.218,18 58.688,58 720.432,12 54.752,84 3.935,74
Dez 947.887,88 72.039,48 736.680,00 55.987,68 16.051,80
total 14.057.144,24 1.068.342,96 10.839.024,85 823.765,89 224.589,53
Fonte: Belt sistemas – 2021 – Elaborada pelo autor

Para apuração dos dados, foram utilizados dados disponibilizados pelo sistema no qual a
empresa utiliza e também pelo eCac. Através do levantamento dos dados, era previsto que a base
de cálculo do PIS e COFINS seria o total do faturamento. Sendo assim, antes da aplicação da
alíquota zero, o valor a recolher de PIS seria de R$ 283.085,63 e de COFINS seria R$
1.303.909,56. Respectivamente representando 1,01% e 4,66% do faturamento anual da empresa.
Após a aplicação da redução da alíquota zero no ano de 2021, pode-se afirmar o valor a
recolher do PIS foi de R$ 48.759,56, representando 0,17% do faturamento do ano. Enquanto isso
o valor a recolher do COFINS foi de R$ 224.589,53, que representou 0,80% do faturamento da
empresa no ano de 2021.

4.2.3 UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS A RECUPERAR

Além das informações apresentadas e do novo cenário para as empresas do ramo


alimentício, afim de diminuir ainda mais os seus custos, a empresa optou por utilizar os créditos
do Programa de Integração Social e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social,
que foram adquiridos em dezembro de 2020, neste período a empresa obteve um crédito para ser
recuperados em períodos futuros no valor de R$ 4445,93 e R$ 20.478,23 de PIS e COFINS,
respectivamente. O que possibilitou ainda mais a redução da carga tributária no ano de 2021, já
que a empresa utilizou esses créditos para abater os valores a pagar em novembro e dezembro do
mesmo ano.

4.2.4 EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E


COFINS NAS SAÍDAS

Para reduzir a carga tributária no ano de 2022, a empresa aplicou a exclusão do ICMS na
base de cálculo de PIS e COFINS. Como base para utilizar esse meio para elisão fiscal, a empresa
36

acompanhou o processo que começou a ser julgado em março de 2017 e só foi concluído em
maio de 2021, onde o STF decidiu que o ICMS deve ser excluído na base de cálculo das
contribuições.
Sendo assim, a empresa abriu o processo administrativo para os últimos 5 anos afim de
recorrer aos benefícios que a exclusão do ICMS poderia gerar. Além disso, apesar da decisão ter
sido tomada no mês de maio de maio de 2021, a empresa apenas passou a utilizar a nova mudança
em seu sistema a partir de janeiro de 2022.
Para apresentar os impactos financeiros positivos que a exclusão do ICMS na base de
cálculo causou, foi feito um comparativo de quanto a empresa teria pago de PIS e COFINS caso
a exclusão não tivesse sido aplicada e quanto ela de fato pagou em 2022.

Tabela 09 – PIS antes da exclusão do ICMS na base de cálculo

B.C PIS SEM EXCLUSÃO DO VLR. PIS A RECOLHER


PERÍODO VLR PIS ENTRADAS VLR A RECOLHER
ICMS SEM EXCLUSÃO

Jan/22 705.819,39 11.646,02 4.882,50 6.763,52


Fev/22 955.833,94 15.771,26 10.812,45 4.958,81
Mar/22 1.291.303,03 21.306,50 15.028,71 6.277,79
Abr/22 980.878,79 16.184,50 13.153,68 3.030,82
Mai/22 1.384.736,50 22.848,15 9.755,53 13.092,62
Jun/22 1.385.272,20 22.856,99 15.945,88 6.911,11
Jul/22 930.182,71 15.348,01 22.660,74 (7.312,73)
Ago/22 1.206.325,22 19.904,37 12.082,76 7.821,61
Set/22 690.965,54 11.400,93 17.713,78 (6.312,85)
Out/22 811.260,57 13.385,80 4.874,54 8.511,26
Nov/22 1.017.966,28 16.796,44 23.410,12 (6.613,68)
Dez/22 1.072.500,54 17.696,26 12.503,07 5.193,19
Total 12.433.044,69 205.145,24 162.823,76 42.321,48
Fonte: Belt sistemas – 2022 – Elaborada pelo autor

Tabela 10 – PIS após a exclusão do ICMS na base de cálculo


VLR PIS SAÍDAS
B.C APÓS
VLR ICMS DO APÓS A VLR PIS
PERÍODO EXCLUSÃO DO VLR A RECOLHER
PERÍODO EXCLUSÃO DO ENTRADAS
ICMS
ICMS
Jan 228.211,35 477.608,04 7.880,53 4.882,50 2.998,03
Fev 339.943,98 615.889,96 10.162,18 10.812,45 (650,27)
Mar 403.179,76 888.123,27 14.654,03 15.028,71 (374,68)
Abr 365.875,95 615.002,84 10.147,55 13.153,68 (3.006,13)
Mai 365.381,95 1.019.354,55 16.819,35 9.755,53 7.063,82
Jun 378.517,65 1.006.754,55 16.611,45 15.945,88 665,57
Jul 348.135,44 582.047,27 9.603,78 22.660,74 (13.056,96)
Ago 384.470,67 821.854,55 13.560,60 12.082,76 1.477,84
Set 384.358,87 306.606,67 5.059,01 17.713,78 (12.654,77)
37

Out 236.214,51 575.046,06 9.488,26 4.874,54 4.613,72


Nov 393.442,64 624.523,64 10.304,64 23.410,12 (13.105,48)
Dez 327.127,81 745.372,73 12.298,65 12.503,07 (204,42)
total 4.154.860,58 8.278.184,11 136.590,04 162.823,76 (26.233,72)
Fonte: Belt sistemas – 2022 – Elaborada pelo autor

Tabela 11 – COFINS antes da exclusão do ICMS na base de cálculo


VLR. COFINS A
B.C COFINS SEM VLR COFINS
PERÍODO RECOLHER SEM VLR A RECOLHER
EXCLUSÃO DO ICMS ENTRADAS
EXCLUSÃO
Jan 705.819,39 53.642,27 22.489,09 31.153,18
Fev 955.833,94 72.643,38 49.802,80 22.840,58
Mar 1.291.303,03 98.139,03 69.223,15 28.915,88
Abr 980.878,79 74.546,79 60.586,65 13.960,14
Mai 1.384.736,50 105.239,97 44.934,56 60.305,41
Jun 1.385.272,20 105.280,69 73.447,69 31.833,00
Jul 930.182,71 70.693,89 104.376,74 (33.682,86)
Ago 1.206.325,22 91.680,72 55.653,92 36.026,79
Set 690.965,54 52.513,38 81.590,74 (29.077,36)
Out 811.260,57 61.655,80 22.452,43 39.203,38
Nov 1.017.966,28 77.365,44 107.828,43 (30.462,99)
Dez 1.072.500,54 81.510,04 57.589,90 23.920,14
Total 12.433.044,69 944.911,40 749.976,11 194.935,29
Fonte: Belt sistemas – 2022 – Elaborada pelo autor

Tabela 12 – COFINS após a exclusão do ICMS na base de cálculo


B.C APÓS VLR COFINS SAÍDAS
VLR ICMS DO VLR COFINS
PERÍODO EXCLUSÃO DO APÓS A EXCLUSÃO VLR A RECOLHER
PERÍODO ENTRADAS
ICMS DO ICMS
Jan 228.211,35 477.608,04 36.298,21 22.489,09 13.809,12
Fev 339.943,98 615.889,96 46.807,64 49.802,80 (2.995,16)
Mar 403.179,76 888.123,27 67.497,37 69.223,15 (1.725,78)
Abr 365.875,95 615.002,84 46.740,22 60.586,65 (13.846,43)
Mai 365.381,95 1.019.354,55 77.470,95 44.934,56 32.536,38
Jun 378.517,65 1.006.754,55 76.513,35 73.447,69 3.065,66
Jul 348.135,44 582.047,27 44.235,59 104.376,74 (60.141,15)
Ago 384.470,67 821.854,55 62.460,95 55.653,92 6.807,02
Set 384.358,87 306.606,67 23.302,11 81.590,74 (58.288,64)
Out 236.214,51 575.046,06 43.703,50 22.452,43 21.251,07
Nov 393.442,64 624.523,64 47.463,80 107.828,43 (60.364,64)
Dez 327.127,81 745.372,73 56.648,33 57.589,90 (941,57)
Total 4.154.860,58 8.278.184,11 629.141,99 749.976,11 (120.834,11)
Fonte: Belt sistemas – 2022 – Elaborada pelo autor

Os dados das tabelas 09 a 12 foram retiradas dos relatórios disponibilizados pelo sistema
utilizado pela empresa. Além disso, também foi utilizado a planilha que compõe a estrutura de
38

custos da indústria, a fim de fazer as simulações comparativas de acordo com a necessidade do


estudo.
Como base de cálculo inicial, foram consideradas as mudanças já aplicadas no ano de
2021. Sendo assim, na tabela 09 e 11 a base de cálculo foi composta pelo faturamento total menos
a redução da alíquota zero, a fim de apresentar o valor real da apuração dos tributos caso a
empresa não tivesse aplicado a exclusão do ICMS na base de cálculo. Enquanto as tabelas 10 e
12 apresentam os calores apurados após a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e
COFINS.
Conforme os dados apresentados na tabela 09, antes da aplicação da exclusão do ICMS
na base de cálculo do PIS, no ano de 2022 a indústria iria recolher o valor de R$ 42.321,48. Mas
após a aplicação, conforme a tabela 10, a empresa obteve o direito de recuperar o valor de R$
26.233,72.
Enquanto isso, antes da exclusão do ICMS na base de cálculo do COFINS, a empresa
teria que recolher o valor de R$ 194.935,29, conforme apresentado na tabela 11. Mas de acordo
com a tabela 12, após a aplicação da exclusão, a empresa obteve o direito de recuperar o valor
de R$ 120.834,11. Sendo assim, o planejamento tributário possibilitou que tanto o PIS quanto a
COFINS obtivessem uma redução considerável de 161,99% cada. Ou seja, era previsto que a
empresa recolhesse o valor de R$ 237.256,77, mas obteve o direito de recuperar R$ 147.067,84.

4.3 RESULTADOS DA ANÁLISE

De acordo com o que foi demonstrado entre as tabelas 05 a 12, no ano de 2021 o
planejamento tributário possibilitou para a empresa uma economia de R$ 1.313.646,10.
Enquanto no ano de 2022 houve a economia de R$ 315.769,40, sendo que R$ 147.067,83 desse
valor representa créditos a recuperar em períodos futuros. Além disso, vale ressaltar que a
redução obtida nos dois anos em estudo, foram causadas porque a empresa passou a utilizar meios
autorizados por lei para reduzir a carga tributária.
O gráfico 01 a seguir apresenta o impacto financeiro que foi gerado através dos métodos
utilizados como elisão fiscal no ano de 2021:
39

Gráfico 01 – Carga tributária em 2021 sem planejamento tributário x com planejamento tributário

R$ 250,000.00

R$ 200,000.00

R$ 150,000.00

R$ 100,000.00

R$ 50,000.00

R$ -
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

SEM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Fonte: Dados da pesquisa – 2021.

O gráfico 01 mostra que o planejamento tributário aplicado em 2021 foi vantajoso para a
empresa e impactou de forma positiva no financeiro. O principal motivo dessa economia foi a
redução da alíquota do PIS e COFINS a base zero, essa decisão da diretória em aderir a redução
foi assertiva, pois assim foi possível que a carga tributária da empresa tivesse uma redução de
82,78% do que de fato deveria ter sido pago.
Para o ano de 2022, a empresa continuo aplicando o planejamento tributário para elisão
fiscal da Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social. O método utilizado foi a exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS, onde
foi possível reduzir a base de cálculo das saídas de R$ 12.433.044,69 para R$ 8.278.184,11, que
representa uma redução percentual de 33,42%.
Sendo assim, pode-se afirmar que a decisão da empresa em utilizar o método como
ferramenta para elisão fiscal foi assertiva, pois assim como apresentado nas tabelas 08 e 10, a
empresa teve uma redução de 161,99%.
O gráfico 02 apresenta a economia gerada para a empresa no ano de 2022 através da
aplicação do planejamento tributário:
40

Gráfico 02 – Carga tributária em 2022 sem planejamento tributário x com planejamento tributário

R$ 100,000.00
R$ 80,000.00
R$ 60,000.00
R$ 40,000.00
R$ 20,000.00
R$ -
R$ (20,000.00)
R$ (40,000.00)
R$ (60,000.00)
R$ (80,000.00)
R$ (100,000.00)

SEM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COM PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Fonte: Dados da pesquisa – 2021.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através das análises realizadas, observa-se que o planejamento tributário aplicado pela
empresa foi um fator importante para a redução da carga tributária do PIS e COFINS no ano de
2021 e 2022. No ano de 2021 era previsto que a empresa tivesse que pagar o valor de R$
1.586.955,19, mas, ao invés disso, o planejamento tributário possibilitou que o valor pago fosse
de R$ 273.349,10. Gerando uma economia de R$ 1.313.646,09.
Já no ano de 2022, a indústria também obteve uma redução significativa em sua carga
tributária a pagar. O valor estimado para pagamento neste período era de R$ 237.256,77, mas,
apesar de alguns meses ter sido gerado um valor a recolher (a pagar), em sua totalidade a empresa
teve o direito de recuperar em períodos futuros o valor de R$ 147.067,83. Gerando uma redução
significativa de R$ 384.324,60.
Sendo assim, o estudo de caso relatado neste trabalho, tem o objetivo de retratar a
importância do planejamento tributário na empresa objeto de estudo. Pois a sua aplicação traz
diversos fatores positivos para elas, principalmente no que diz a respeito à redução de custos
através da elisão fiscal. E neste trabalho, as principais ferramentas utilizadas para essa elisão,
41

foram possibilitadas de acordo com a legislação vigente nos períodos em análise. Sendo assim,
tanto a redução de um produto a alíquota zero de PIS e COFINS, quanto a exclusão do ICMS na
base de cálculo PIS e COFINS nas saídas, possibilitaram a redução significativa na carga
tributária da empresa.
Para pesquisas futuras propõe-se analisar os impactos da exclusão do ICMS da base de
cálculo do PIS e da COFINS nas entradas e como elas irão impactar a carga tributária no ano de
2023. Assim como aprovado na MP 1159/2023.
42

REFERÊNCIAS

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2010.

ALVES, Luiz. Planejamento Tributário: Conceitos De Práticas. CRCRJ, 2018.

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Atlas, 2000.

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BRASIL. Lei Complementar n° 10.637 de 30 de dezembro de 2002. Dispõe sobre a não


cumulatividade na cobrança da contribuição para os Programas de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), nos casos que especifica; sobre o
pagamento e o parcelamento de débitos tributários federais, a compensação de créditos fiscais, a
declaração de inaptidão de inscrição de pessoas jurídicas, a legislação aduaneira, e dá outras
providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10637.htm. Acesso em: 24 mai. 2023.

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Tributária Federal e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.833.htm. Acesso em: 24 mai. 2023.

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incidentes na importação e na comercialização do mercado interno de fertilizantes e defensivos
agropecuários e dá outras providências. 2004. Disponível em:
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43

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fiscalização, a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer
Natureza. Brasília, 22 nov. 2018. Disponível em:
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