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Rio Grande
2014
DANIELE MENDES CALDAS ANTUNES
Rio Grande
2014
DANIELE MENDES CALDAS ANTUNES
Esta monografia foi julgada adequada para obtenção do grau de Especialista em Ciências
Contábeis e aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-graduação em Ciências
Contábeis da Universidade Federal do Rio Grande.
_________________________________________________________
Professora Dra. Ana Paula Capuano da Cruz
Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis.
________________________________________________________
Presidente: Prof. Msc. Alexandre Costa Quintana (Orientador)
___________________________________________________
Membro: Profª. Dra. Débora Gomes Machado
____________________________________________________
Membro: Profª. Dra. Ana Paula Capuano da Cruz
Agradeço aos amigos que souberam entender os momentos de falta. A eles dedico
minha emoção por chegar ao fim deste percurso.
Agradeço aos demais colegas de pós, pela proveitosa troca de experiências, e também
pela oportunidade de fazer novas amizades, em especial Joyce Porto, Simone Lemos, Adriana
Alvariza e Débora Pool, a vocês meninas meu muito obrigado por tudo e que o fim desta
etapa não signifique o fim também de nossa amizade e sim apenas mais uma vitória que
lembraremos com orgulho.
E, finalmente, a DEUS não só pela oportunidade e pelo privilégio que me foi dado
em adquirir tamanha experiência e conhecimento ao frequentar este curso, perceber e atentar
para a relevância de temas que não faziam parte, em profundidade, do meu conhecimento, e
pelo pilar que representou no momento mais doloroso da minha vida.
RESUMO
The purpose of this study is to assess the financial performance of Rio Grande analyzing the
impact of the Act on financial indices studied. This is justified by the importance of knowing
and tracking the performance of public accounts, complying with standards and limits
established by law and their use for effective management. The research was classified as
applied, descriptive, documentary and as a qualitative case study, since it was evaluated
whether there was an impact on expenditures of the municipality, how was this impact and
how. To perform the analysis, made a collection of the necessary data for analysis through a
survey on the electronic site of the National Treasury, by Brazil's finance tool, which contains
the accounting data of Brazilian municipalities. For ethical reasons the collection was limited
only to the data that were available to the public access, thus emphasizing the strictly
academic purpose of this study. The results obtained allowed us to evaluate briefly the impact
of this law, thereby generating information useful. Thus, we obtained, as the most relevant
information from this study, which was no influence of the enactment of Complementary Law
101/2000, because, at first, the consequences resulting from greater spending control and
limits, imposed by that law were observed and the increased availability of data after it enters
into force. Then, from the analysis of the balance sheets of the municipality studied, one can
observe the efficiency and scope of the Fiscal Responsibility Law, and also their implication
in spending behavior and public managers. It was noticed also that this budget constraint
introduced by Complementary Law on the agenda, brought a cultural and institutional change
in dealing with public spending since it is concluded that it is being efficient. Secondly,
reaching its proposed limitation and transparency, which is therefore an instrument of
prudence in fiscal management.
Tabela 5 - Despesa Com Pessoal em Relação a Despesa Total do Município do Rio Grande
(RS) – no período compreendido entre 1999 a 2007................................................................60
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................... 7
ABSTRACT ............................................................................................................................... 8
LISTA DE GRÁFICOS .............................................................................................................. 9
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. 10
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................................. 15
2.1 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................ 15
2.1.1 Administração Pública Municipal ................................................................................... 18
2.2 CONTABILIDADE PÚBLICA ......................................................................................... 20
2.2.1 Demonstrações Contábeis................................................................................................ 21
2.2.2 Análise de Balanços Públicos .......................................................................................... 36
2.3 LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................ 45
2.3.1 Novidades Trazidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal ............................................... 46
3 METODOLOGIA.................................................................................................................. 50
4 ANÁLISE DE DADOS ......................................................................................................... 53
5 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 62
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 64
INTRODUÇÃO
Este estudo tem como foco o desempenho financeiro do Município do Rio Grande
durante o período de adaptação a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Lei esta que, por
sua vez, trouxe várias transformações a gestão pública com o intuito de promover o
equilíbrio, transparência e controle das contas públicas, o que há muito tempo tem-se buscado
frente aos problemas na gestão dos recursos públicos. Por isso a contabilidade deixou de ser
utilizada apenas como cumprimento legal na administração pública e passou a ser vista como
uma necessidade para o alcance desse controle, e seus instrumentos indispensáveis para um
planejamento adequado. Conforme explanação de Mendes, Oleiro e Quintana (2008) “os
pilares básicos da LRF são a transparência, o planejamento, controle e responsabilização”,
portanto, está encontra na contabilidade vários instrumentos de controle e mensuração que
atendam seus objetivos, pois todas as organizações, principalmente as públicas, precisam
encontrar formas de alcançar seus objetivos, cumprindo a legislação e melhorando cada vez
mais os resultados alcançados.
Dentre os vários instrumentos de gestão pública, tem-se a elaboração do orçamento,
acompanhamento e controle de sua execução. O orçamento, conforme Giacomoni (2008) é
um dos mais antigos e tradicionais instrumentos utilizados na gestão dos negócios públicos,
que foi concebido inicialmente como um mecanismo eficaz de controle político dos órgãos de
representação sobre os executivos, e que sofreu ao longo do tempo, mudanças no plano
conceitual e técnico para acompanhar a própria evolução das funções do Estado. É no
orçamento que as informações estão organizadas de maneira adequada limitando as ações dos
gestores, prevenindo a má utilização dos recursos, o que segundo Castro (2008) “é condição
necessária para reconhecimento da legalidade e da legitimidade da autoridade dos governos
ou daquilo que se convencionou chamar de Estado Democrático de Direito”.
O orçamento determina as fontes dos recursos, como e onde serão gastos esses
recursos provenientes de impostos e contribuições. Todavia, não basta apenas dizer como o
recurso foi gasto, é preciso também estar certo de que os atos praticados estão de acordo com
normas estabelecidas, dentre elas a LRF, se os recursos foram bem aplicados e se suas ações
têm o intuito de promover o crescimento econômico.
Percebe-se então, a grande utilidade do orçamento em qualquer organização, tanto
quanto a questão de controle e planejamento quanto de transparência dos recursos
disponíveis. Na área pública esse instrumento surge com mais complexidade, envolvendo
13
na área das Finanças Públicas, sem, contudo, a pretensão de esgotar o tema, podendo ser
fruto para diversas outras pesquisas
Este estudo está organizado em cinco capítulos. Iniciando pela introdução, composta
pela contextualização do tema, definição do problema, proposição dos objetivos, delimitação
e a justificativa da pesquisa. O segundo capítulo, dividido em três seções, objetivando formar
um corpo teórico referente à gestão orçamentária e as alterações advindas da LRF, bem como
estabelecer e conceituar indicadores que possibilitem quantificar os possíveis impactos dessa
implantação. A primeira seção permite discutir as questões teóricas referentes à
Administração Pública. Inicia-se por uma breve contextualização, posteriormente avaliam-se
questões de transparência e controle, a segunda voltada para o lado mais técnico deste estudo,
explanando a respeito do ramo da ciência contábil ora relevante, a contabilidade pública,
subdividindo-se ainda em demonstrações contábeis e análise de balanços públicos como
objetos deste estudo. Posteriormente na terceira seção, aborda-se a Lei de Responsabilidade
Fiscal, suas principais contribuições para a transparência e equilíbrio das contas públicas.
Na sequência é descrita a metodologia utilizada no decorrer da presente pesquisa,
abordando-se ainda a caracterização da pesquisa. A seguir apresentar-se-á a apreciação dos
dados com o intuito de descrever e analisar os mesmos, comentando os resultados alcançados
com o cálculo dos indicadores financeiros que foram objeto de análise, seguidos da conclusão
do estudo e das referências utilizadas.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Administrar é um conjunto de atividades, que leva a gerir uma atividade, uma tarefa,
um setor, uma empresa, ou seja, é o processo de reger, governar negócios, sejam eles
particulares ou públicos, dirigindo recursos financeiros, materiais e humanos reunidos para
atingir um objetivo. Na visão de Fayol apud Castro (2008, p.55), administrar significa
“prever, organizar, comandar, coordenar e controlar”. Ainda Castro (2008), sobre essa
afirmação, explica que essa visão caracteriza a essência da administração clássica e deu
origem, na administração pública brasileira, à conhecida ‘administração burocrática’, com
foco na legalidade, na hierarquia e na responsabilidade, ou seja, no processo administrativo
em geral. Portanto, baseando-se nessa premissa de estrutura formal da administração clássica é
que a Administração Pública está alicerçada e evidencia a responsabilidade e autoridade.
Meirelles (2003, p.63) afirma que a Administração Pública é “todo o aparelhamento
do Estado preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades
coletivas”, ou seja, é a gestão dos interesses públicos, por meio de prestação de serviços
públicos. É a administração da coisa pública. Esta, por sua vez, tem como principal objetivo o
interesse público, de acordo com as necessidades públicas, que conforme afirma Baleeiro
(1974, p. 18) “necessidade pública é toda aquela de interesse geral, satisfeita pelo processo do
serviço público”. Sendo assim, a Administração Pública tem como principal objetivo o
interesse público, seguindo os princípios constitucionais da legalidade impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
16
Sobre esse ponto, Rezende (2007, p.17) também explica que “as funções do governo
na economia expandiram-se [...], refletindo uma evolução dos princípios teóricos que
recomendavam a necessidade de intervenção governamental no sistema econômico”. O autor
reforça que “o papel do governo na economia modificou-se substancialmente”. Jacques e
17
Quintana (2009) colaboram com esta declaração, esclarecendo que esta evolução do papel do
governo na economia, impulsionou também o processo de crescimento dos gastos públicos.
Stiglitz apud Giambiagi (2008, p. 32) destaca que: “o gasto do governo afeta uma
gama diversa de atividades, algumas das quais, em algum momento, provavelmente teve, ou
terá, algo a ver com a vida de cada um de nós”. Por isso a execução orçamentária das receitas
e despesas públicas devem obedecer, preferencialmente, um cronograma de desembolso
(JACQUES e QUINTANA, 2009), de forma que seja cuidadosamente previsto e, por
conseguinte, executado.
Diante dessas afirmações observa-se que não basta cumprir a legislação, mas
desempenhar suas funções de forma que estas satisfaçam os anseios da população, colocando
o bem estar desta, como principal objetivo, visto a importância do papel do governo neste
processo. Ressalta-se ainda a importância do adequado gerenciamento destes gastos para que
o fim social seja atingido com eficiência e eficácia. Desta forma, conforme Jacques e
Quintana (2009), o Governo deve reavaliar profundamente o seu papel, passando de
‘provedor’ do bem comum a ‘regulador’ da economia.
Ainda, quanto à revisão do papel do governo, Rezende (2007, p. 47) comenta que
“destaca-se a renovada importância de sua responsabilidade como produtor de bens e serviços
prioritários para a melhoria da competitividade econômica e distribuição de renda”.
Outrossim, o autor ressalta a relevância nos serviços de educação e saúde, onde a presença do
governo é imprescindível.
Frente ao exposto nota-se a necessidade de uma gestão adequada dos recursos
públicos buscando sempre resultados satisfatórios, o que é um desafio para o setor
governamental na atual administração burocrática, tendo em vistas os resultados não
satisfatórios. Santos e Alves destacam que:
A administração municipal pode ser vista como uma unidade produtiva que
utiliza uma tecnologia a qual associa os gastos a uma fronteira de
possibilidade de produção onde são produzidos serviços que venham a
resultar na variação desses estados de qualidade de vida” (MOTTA, 2007, p.
7).
Neste contexto, Peixe (2006) afirma ainda que, no momento em que a própria
Constituição brasileira deu maior liberdade de descentralização de recursos públicos aos
Municípios, cabe a estes se instrumentalizarem com ferramentas eficazes, para o controle da
aplicação desses recursos, visto que o contribuinte cada vez paga mais impostos para tentar
sanar o déficit fiscal e orçamentário dos governos.
Portanto, o gestor necessita fazer com que esses dois objetivos caminhem juntos, de
forma que um influencie o outro, buscando crescimento econômico que gere qualidade de
vida. Neste sentido Atkinson e Stiglitz (1980) apud Motta (2007) comentam que o problema
do planejador social estava na alocação dos recursos que maximizava o bem-estar social e
afetava os impactos distributivos.
19
Para que essas metas sejam alcançadas com eficácia são necessários recursos. Nesta
linha Zmitriowicz e Biscaro (1998, p. 13) explicam que “para que a execução dos serviços
públicos seja viável, o município necessita de recursos financeiros”. Os mesmos ressaltam
também que “as principais fontes de recursos financeiros de uma prefeitura são: recursos de
fontes próprias, recursos de transferências feitas pela União e pelo Estado e recursos de
empréstimos e financiamentos”.
A utilização destes recursos, despesas, se dá através de serviços direcionados a
população com a finalidade de atender suas necessidades. “A oferta desses serviços pode
também depender indiretamente da estrutura administrativa geral do município e da eficiência
de outros setores a eles relacionados, por exemplo, a administração fazendária, o saneamento
e o transporte” (ZMITRIOWICZ e BISCARO, 1998, p. 13).
Meirelles (1997) apud Zmitriowicz e Biscaro (1998, p. 22) explica que despesa pode
ser considerada “todo dispêndio que a Administração faz para o custeio de seus serviços,
remuneração dos servidores, aquisição de bens, execução indireta de obras e serviços e outros
empreendimentos necessários à consecução de seus fins”. E ainda esclarece que “as despesas
municipais, de acordo com seu destino, podem ser agrupadas em dois grandes blocos, que são
os das despesas de custeio e de investimento” (ZMITRIOWICZ e BISCARO, 1998. p. 22).
Assim sendo os gastos oriundos de atividades governamentais com o intuito de promover o
bem estar da coletividade são agrupados, de forma a oferecer condições de um gerenciamento
adequado, de acordo com a sua finalidade.
Rezende explica que “os gastos podem ser classificados sob três ópticas principais: da
finalidade do gasto, da natureza do dispêndio e do agente encarregado da execução do gasto”
(2007, p.67). O autor ainda cita que a composição desses gastos, segundo as principais
categorias econômicas permite quantificar, o atingimento dos objetivos governamentais de
promoção do crescimento econômico e de distribuição de renda (2007, p. 73).
Todavia, a gestão dos recursos públicos requer, além de conhecimentos técnicos,
ciência das necessidades locais e boa vontade para dar continuidade das ações governamentais
que tragam resultados, pois “o recurso para manter, expandir e melhorar a qualidade de um
serviço pode não alterar imediatamente os indicadores sociais” (MOTTA e MOREIRA, 2007,
p.7). Estes também explicam que “a conversão se dá no longo prazo – a melhoria pode
depender do estado inicial da educação e da saúde e envolver a oferta de serviços públicos
que não dependem dos gastos orçamentários do município” (MOTTA e MOREIRA, 2007,
p.7). Peixe (2006, p. 25) argumenta que “não só a esfera municipal, mas também em todas as
esferas de governo deve-se dar uma maior transparência à administração pública, pois ela
20
Percebe-se então que, da mesma forma que na contabilidade societária seu objeto
também é o patrimônio, porém seu escopo é relacionado com a gestão dos recursos públicos.
21
Pública, que por sua vez, seguem os aspectos legais dispostos na Lei nº 4.320/64”. Também
Kohama (1999, p. 15) colabora com essa afirmação colocando que “os balanços públicos
possuem uma característica muito própria de apresentação, até porque sua elaboração está
baseada na escrituração dos atos e fatos das entidades públicas e obedece a condições,
metodologia e regras consubstanciadas na contabilidade pública”.
Com base nessa estrutura de contabilização, a Lei Federal nº 4.320/64 determina, em
seu artigo 101, que os resultados gerais do exercício sejam demonstrados através do balanço
orçamentário, financeiro, patrimonial, compensação e na demonstração das variações
patrimoniais. Portanto, os subsistemas são distintos, mas harmônicos e complementares entre
si e não há prevalência de um sobre o outro (SLOMSKI apud MAUSS e SOUZA, 2008, p.
11).
Assim, as demonstrações contábeis das entidades definidas no campo de aplicação da
Contabilidade do Setor Público, disciplinadas no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor
Público (2008, p. 11), incluindo as exigidas pela Lei 4.320/64, são:
a) Balanço Patrimonial (BP);
b) Balanço Orçamentário (BO);
c) Balanço Financeiro (BF);
d) Demonstração das Variações Patrimoniais (DVP);
e) Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC);
f) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL); e
g) Demonstração do Resultado Econômico (DRE).
a fim de que o total do lado direito seja sempre igual ao total do lado esquerdo. No resultado
orçamentário o superávit provém tanto do excesso de arrecadação, quanto da economia
orçamentária e sua elaboração deve obedecer ao modelo imposto pela Lei 4.320/64.
Já o Balanço Financeiro, contemplado no artigo 103 da referida lei, demonstrará a
receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza
extra orçamentária, combinados com os saldos em espécie, provenientes do exercício anterior,
e os que se transferem para o exercício seguinte. Kohama (1999, p. 19) explica que o
“balanço financeiro é um quadro de contabilidade com duas seções, ‘receita’ e ‘despesa’, em
que se distribuem entradas e saídas de numerário”. O mesmo autor coloca que neste
“demonstram-se as operações de tesouraria e de dívida pública e igualam-se as duas somas
com os ‘saldos de caixa’ (disponível), o inicial e o existente” (KOHAMA, 1999, P. 19). Então
esta é uma demonstração contábil pública que evidencia os totais anuais das receitas e
despesas orçamentárias e extra orçamentárias executadas, bem como os saldos de caixa e
bancos que foram recebidas do exercício anterior e os que passarão para o exercício seguinte.
Ainda de acordo com artigo 103, o balanço financeiro é então composto por duas colunas
principais, sendo que na da esquerda, situam-se as receitas e na da direita, as despesas. Na
coluna esquerda, são demonstradas as receitas orçamentárias, receitas não orçamentárias e os
saldos de disponibilidades do exercício anterior. Na coluna direita, são demonstradas as
despesas orçamentárias, despesas não orçamentárias e os saldos de disponibilidades que
ficarão para o exercício posterior ao do balanço financeiro. Em seu parágrafo único é
estabelecido que os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extra
orçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária. Da mesma forma, este
demonstrativo também deve obedecer a estrutura estabelecida pela Lei 4.320/64.
Deste modo, como colocado por Silva (2001, p. 40) “O Balanço Financeiro tem por
objetivo demonstrar as receitas e despesas orçamentárias, bem como recebimentos e
pagamentos extra orçamentários, conjugados com os saldos disponíveis que vêm do exercício
anterior e os que vão para o exercício seguinte”. Kohama também corrobora, afirmando que
“Guardadas as devidas proporções, o que o balanço financeiro demonstra é exatamente essa
equação, ou seja, os movimentos ocorridos por meio das operações financeiras [...]”
(KOHAMA, 1999, p. 19).
Como o Balanço Financeiro é apresentado em valores globais, Kohama (1999, p. 21)
explica que, para conhecer melhor os detalhes de sua movimentação deve-se recorrer também
aos Anexos nº 10 e 11, sendo estes, respectivamente, Quadro Comparativo da Receita Orçada
com a Arrecadada e Quadro Comparativo da Despesa Autorizada com a Arrecadada, que
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ocorridas no patrimônio, pelo aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou fato
permutativo. Da mesma forma que as variações ativas, Kohama (1999, p. 26) cita que “essas
variações também podem decorrer da execução orçamentária ou ser independentes dela, daí
classificarem-se em três grandes grupos: Resultantes da Execução Orçamentária, Mutações
Patrimoniais, e Independente da Execução Orçamentária”. Esse demonstrativo, da mesma
forma que os anteriores, também deve ser estruturado de acordo com o estabelecido pela Lei
4.320/64.
Segundo Machado Jr. e Reis apud Kohama,
Financeiro) que, se positivo, servirá para abertura de créditos adicionais no exercício seguinte
(SILVA, 1999, p. 37).
Este demonstrativo registra os bens, valores e créditos patrimoniais, também as
dívidas e outras obrigações e assim, de maneira estática, proporciona a informação do
patrimônio do Ente ao administrador. Sua estrutura encontra-se a seguir demonstrada, como
não poderia ser diferente, de acordo com o que foi definido no art.105 da Lei n.º 4.320/64.
Portanto, conforme explicado por Kohama (1999, p. 24), “ao se observar o balanço
patrimonial, verificamos a demonstração da situação patrimonial de determinado exercício,
apresentada pelo saldo de grupos de conseguinte, por valores globais” o autor ainda ressalta
que “maiores detalhes e esclarecimentos devem ser apresentados nos Anexos nº 1, 10 e 11,
relativos ás questões orçamentárias e financeiras e, nos Anexos nº 16 e 17, relativos ás
Demonstrações d Dívida Fundada Interna e Externa, e da Dívida Flutuante, respectivamente”
(Kohama, 1999, p. 24).
Segundo o Art. 105. Da Lei 4.320/64 estabelece que O Balanço Patrimonial
demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
Os parágrafos do mesmo artigo da Lei supra citada, definem que:
Kohama (1999, p. 24) ressalta que toda movimentação das variações que ocorrer no exercício
deverá ser apresentada no Anexo nº 15, demonstração das variações patrimoniais; nessa
demonstração se verifica a apuração do saldo patrimonial do exercício, que serve de
detalhamento da conta relativa ao saldo patrimonial.
Segundo Kohama (1999. p. 83) o Balanço Patrimonial é o documento que apresenta a
essência da Contabilidade Pública, consoante conceituação que lhe foi atribuída. Isso se dá
devido ao fato de ser o patrimônio o objeto da contabilidade como um todo, seja ela pública
ou privada.
Vale lembrar que, conforme observado pelo MCASP (2012, p. 32).
Referente a LOA, o artigo 165 § 5º da LRF coloca que a Lei Orçamentária Anual
compreende:
I. O orçamento fiscal referente aos Poderes da União; seus fundos, órgãos e entidades
da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público;
II. O orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente,
detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III. O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos e mantidos pelo poder público;
O que se tem então como demonstrativos novos na LRF são Relatório Resumido de
Execução Orçamentária, embora já elucidado no art. 165 § 3º da CF “o Poder Executivo
publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, relatório de resumido da
execução orçamentária”, a lei em questão contempla em seu artigo 52 que “O relatório a que
se refere o § 3o do art. 165 da Constituição abrangerá todos os Poderes e o Ministério Público,
será publicado até trinta dias após o encerramento de cada bimestre”. O mesmo artigo
estabelece que, o Relatório Resumido de Execução Orçamentária, como o próprio nome está a
dizer, trata-se de um documento que contém: (LEIRIA, 2005, p. 231).
a) Balanço orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as:
Receitas por fonte, informando as realizadas e a realizar, bem como a previsão
atualizada;
Despesas por grupo de natureza, discriminando a dotação para o exercício, a
despesa liquidada e o saldo;
b) Demonstrativos de execução das:
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O mesmo manual define ainda que “a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que o
Relatório de Gestão Fiscal determina que o relatório deverá ser publicado e disponibilizado ao
acesso público, inclusive em meios eletrônicos, até trinta dias após o encerramento do período
que corresponder” (2008, p. 8).
Nota-se então que esta Lei Complementar reforça alguns demonstrativos de
planejamento já estabelecidos em legislações anteriores, e coloca outros novos com o intuito
de acompanhamento desse planejamento, responsabilização de quem o realizou e
compromisso assumido de sua execução com acompanhamentos periódicos e medidas de
correção no que tange a desvios do que foi planejado.
Neste sentido, Arruda (2009, p.3) também colabora demonstrando a diferença entre o
antes e o depois da referida norma
Caixa deve ser elaborada pelo método direto ou indireto e evidenciar as movimentações
havidas no caixa e deus equivalentes”.
Portanto, a DFC deve criar aos gestores e contadores o hábito de registrar e
acompanhar todo o movimento financeiro, pois conforme explicado pelo O Manual de
Contabilidade Aplicada ao Setor Público (2008, p.42) “assim, a Demonstração dos Fluxos de
Caixa permite aos usuários projetar cenários de fluxos futuros de caixa e elaborar análise
sobre eventuais mudanças em torno da capacidade de manutenção do regular financiamento
dos serviços públicos”. Dessa forma verifica-se que esta é uma ferramenta simples e de
extrema utilidade para tornar a gestão financeira mais eficiente, auxiliando no planejamento e
fornecendo informações para tomada de decisões, pois “a Demonstração dos Fluxos de Caixa
visa à análise do desempenho financeiro do setor público” (Brasil, 2008, p.46). O Manual de
Contabilidade Aplicado ao Setor Público (2008, p.47) ainda coloca que este demonstrativo é
um importante instrumento de avaliação da gestão pública, pois permite inferir, em nível
macro, quais foram as decisões de alocação de recursos na prestação de serviços públicos, em
investimentos e financiamentos, além de que permitir a verificação de como a administração
influenciou na liquidez da entidade, de forma a prevenir insolvência futura. Maiores detalhes
a respeito desse demonstrativo, sua elaboração, estrutura, exemplos e modelos podem ser
encontrados no Pronunciamento Técnico CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis 03.
As NBCASP trazem ainda a Demonstração do Resultado Econômico que segundo
Azevedo et al (2009, p. 112) “evidencia o resultado econômico de ações do setor público. ” O
mesmo autor ainda explica que esta:
Prestados (N), bens ou produtos fornecidos, pelo Custo de Oportunidade (CO), daí:
RE = N x CO.
Custo de Execução (CE) - valor econômico despendido pela Entidade na ação objeto
da apuração do Resultado Econômico Apurado. É dividido em custos diretos e
indiretos.
O Manual ainda coloca que “a análise do custo dos serviços prestados, da receita
econômica e do resultado econômico permite analisar a eficiência da gestão pública” (2008,
p. 49). Análises essas que contribuem para o bom desempenho da gestão.
Frente a este cenário, Arruda (2009) acredita ser necessário que as entidades públicas
busquem a melhor saída por meio dos ajustes imprescindíveis, voltados ao favorecimento do
atendimento às normas, considerando-se que o resultado certamente será favorável ao foco
principal, que é a preservação do patrimônio público.
Para a realização deste processo Kohama (1999 p. 140) explica que “A interpretação
dos resultados dos balanços públicos, portanto, passa inicialmente, pela análise dos dados
apresentados”. Isto implica então na verificação dos dados disponíveis para tal análise,
confiabilidade da fonte, a relevância, veracidade e utilidade desses dados, pois de acordo com
explanação do mesmo autor “a interpretação dos resultados tenderá a ser mais fiel à medida
que os fatos analisados tenham um nível de detalhamento e informações que reflitam
corretamente os atos escriturados e possibilitem por meio desse conhecimento, o
entendimento dos resultados apontados” (KOHAMA, 1999 p. 140).
Por conseguinte, é necessária a utilização de uma metodologia adequada tanto aos
objetivos da análise quanto aos dados disponíveis, que promova melhor compreensão dos
resultados. Portanto apresentar-se-á os quocientes aqui utilizados, que foram julgados
importantes e adequados a este estudo, conceituando e explicando a formação de cada um
desses quocientes e os possíveis resultados através destes.
Inicialmente, trata-se dos quocientes do balanço orçamentário, pois segundo o Manual
de Contabilidade aplicado ao Setor Público (2008, p. 18), “A análise e a verificação do
Balanço Orçamentário têm como objetivo preparar os indicadores que servirão de suporte
para a avaliação da gestão orçamentária”. Seus quocientes são: quociente da execução da
receita, quociente do equilíbrio orçamentário, quociente dos créditos adicionais, quociente de
execução da despesa e o quociente do resultado orçamentário. Segundo o manual supracitado
“uma das principais análises consiste em relacionar a coluna de Previsão Inicial com a coluna
de ‘Dotação Inicial’; e as colunas da ‘Previsão Atualizada’ e ‘Receita Realizada’, com as
colunas da ‘Dotação Atualizada’ e ‘Despesa Empenhada’ (2008, p.18) ”.
O quociente de execução de receita, conforme Kohama (1999, p. 145) exprime a
relação entre receita executada e receita prevista, devendo representar o quanto foi executado
de receita em comparação com a receita prevista, conforme segue:
O autor ainda afirma que “o resultado normal deverá ser 1 ou maior que 1, porém,
próximo de 1. Caso seja muito acima ou abaixo de 1, deve-se procurar as causas e possíveis
justificativas convincentes” (KOHAMA, 1999).
Já o quociente de equilíbrio orçamentário exprime a relação entre despesa fixada e
receita previstas, representando, assim, quanto a despesa fixada é maior do que a receita
38
prevista, revelando ainda o quanto foi aberto de créditos adicionais (KOHAMA, 1999, p.
146).
Em relação a este quociente Kohama explica que “o resultado normal será 1 ou pouco
maior do que 1. Caso seja menor do que 1, a tendência é de considerá-lo normal, desde que os
registros estejam corretos, entretanto, deverá ser uma hipótese, na atualidade, atípica, que
precisa ser verificada” (1999, p. 146).
Referente ao quociente de cobertura dos créditos adicionais, Kohama coloca que este
exprime a relação entre excesso de arrecadação e os créditos adicionais abertos, desta forma
demonstra quanto o excesso de arrecadação representa de cobertura para os créditos
adicionais abertos (1999, p. 147).
jamais poderá ser maior do que 1, porque, nesse caso, executar-se-á despesa sem
autorização”.
Por fim, o quociente do resultado orçamentário que exprime a relação entre a receita
executada e a despesa executada. Assim expõe quanto da receita executada serve de cobertura
para a despesa executada.
No que tange o resultado deste quociente, Kohama (1999, p. 148) faz algumas
considerações para reflexão. Nessas considerações, este aborda que “o resultado do balanço
orçamentário, geralmente tenderá a apresenta-se por meio de ‘déficit’ orçamentário, em que
as despesas executadas serão maiores do que as receitas executadas”. Já caso este
demonstrativo apresente um déficit orçamentário de execução, é óbvio que traduz uma
situação negativa, do ponto de vista da execução da Lei do Orçamento do exercício
(KOHAMA, 1999, p. 148). Esta passagem mostra que pode haver uma ambiguidade na
interpretação desse resultado, por isso deve-se agir com cautela na análise desse resultado.
Para tanto, Kohama elucida que “a ambiguidade está no fato de que deve considerar somente
a receita arrecadada no exercício, portanto, correspondendo ao regime de caixa, enquanto
consideram-se as despesas legalmente empenhadas no exercício, o que equivale a dizer que
para a despesa utiliza-se o regime de competência” (1999, p. 149). Para melhor interpretação
desse resultado, serão apresentados, da mesma forma que foi colocado pelo mesmo autor,
mais dois quocientes para tal finalidade.
Sobre os quocientes do balanço financeiro, primeiramente, Kohama explica que neste
demonstrativo são evidenciados os movimentos financeiros do exercício, isto é, a somatória
das operações realizadas durante o exercício, e não o saldo das contas (1999, p. 158).
Segundo o Manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público (2008, p.20) “a análise e a
verificação do Balanço Financeiro tem como objetivo predominante preparar os indicadores
que servirão de suporte para a avaliação da gestão financeira”. O mesmo manual coloca que
as informações sobre o fluxo de recursos das disponibilidades são úteis para que os usuários
possam tomar decisões que irão influenciar o fluxo de caixa da entidade. Possibilita, ainda,
mensurar se o disponível é suficiente para pagar as obrigações referentes aos bens e serviços
adquiridos e contratados e ainda satisfazer os gastos de manutenção (BRASIL, 2008, p. 20).
Os quocientes colocados pelo autor no que tange o balaço financeiro são: quociente da
40
Kohama explica que “dever-se-á considerar normal o resultado 1 e bom o maior que 1.
Caso o resultado seja menor do que 1, deve ser considerado preocupante, pois a receita
arrecadada será menor do que a despesa paga, pressupondo-se a utilização de recursos
financeiros provenientes da receita extra orçamentária para sua Cobertura” (1999, p. 160).
41
Kohama (1999, p. 161) também explica que “o desejável será que o quociente
apresente um resultado maior que 1, pois assim estará representando que a receita corrente
recebida é superior a despesa corrente considerada como paga, para efeito do balanço
financeiro. ” O citado autor ainda faz uma observação que caso este quociente apresente um
resultado menor do que 1, seguramente, deverá ser considerado negativo, pois estará
exprimindo que a receita corrente não será suficiente para cobrir as despesas correntes e,
portanto, haverá necessidade de se utilizar receita de capital para supri-la dos recursos
necessários (1999, p.161).
Para completar a análise desse quociente temos ainda o quociente a execução
orçamentária, que exprime a relação entre a receita e a despesa de capital. Este deve revelar o
quanto a receita de capital recebida representa em relação á despesa de capital paga (Kohama,
1999, p. 162).
“Nesse quociente, o que se espera é que o resultado seja menor do que 1, porém, o
mais próximo possível de 1” (KOHAMA, 1999, p. 162). Portanto é considerado normal que
seu resultado fique abaixo de 1, uma vez que haja superávit corrente que cubra essa diferença.
O quociente da execução extra orçamentária exprime a relação entre receita e despesa
extra orçamentária. “Este quociente deve demonstrar quanto de Receita Extra orçamentária
foi recebido, em confronto com a Despesa Extra orçamentária paga” (KOHAMA, 1999, p.
163).
42
Kohama (1999, p. 163) observa que em qualquer que seja o resultado tenderá a ser
normal, se as disponibilidades (saldo de caixa/bancos) refletem a movimentação financeira de
origem extra orçamentária ocorrida no exercício, ou seja, aumento ou diminuição dos saldos
de origem extra orçamentária ocorrida no exercício, ou seja, aumento ou diminuição dos
saldos das disponibilidades compatível com essa movimentação.
O quociente do resultado da execução financeira exprime a relação entre a receita e a
despesa orçamentária somada à extra orçamentária. Desta forma esse quociente deve
demonstrar a somatória das Receitas (Orçamentária + Extra orçamentária) em confronto com
a somatória das Despesas (Orçamentária + Extra orçamentária), indicando, dessa forma, o
Resultado do Balanço Financeiro (KOHAMA, 1999, p. 165).
Kohama explica que “neste sentido, será considerado normal o resultado 1 ou maior
do que 1, desde que não seja conseguido mediante constituição de dívida fundada” (1999, p.
175). O mesmo autor ressalta a importância deste quociente para verificar a existência, ou
não, de ‘superávit’ financeiro apurado em balanço patrimonial. Pois se o resultado for maior
do que 1, haverá excesso de recursos financeiros que poderá ser utilizado para cobertura de
créditos adicionais (1999, p.174).
O quociente de situação permanente exprime a relação entre ativo e passivo
permanente. “O resultado esperado é que seja maior do que 1 ou, pelo menos 1” (KOHAMA,
1999, p. 176).
44
Kohama explica que “a importância desse quociente reside no fato de que seu
resultado demonstrará, (...), o nível de endividamento apresentado no balanço patrimonial”
(1999, p. 175).
Já o quociente de limite de endividamento I exprime a relação entre a dívida fundada e
a receita líquida real.
Kohama (1999, p. 177) coloca que “O que é considerado normal é o resultado 1”. Isto
é, que tenha recurso para pagamento da dívida.
O quociente do limite de endividamento II exprime a relação entre a soma das
operações de crédito e a receita líquida real. Kohama observa que esse quociente deverá ser
utilizado somente no caso de análise e interpretação de balanços dos Estados (199, p. 181).
Kohama coloca que o resultado esperado é que seja menor do que 1, mas, que seja
menor ou no máximo de até 0,13, isto é, que equivalerá a 13% do dispêndio máximo da
receita líquida real, conforme art. 6º da resolução 78/98 do senado federal (1999, p. 182).
Finalizando os quocientes do balanço patrimonial tem-se o quociente exprime a
relação entre a soma do ativo real e o passivo real. Esse quociente demonstrará o resultado do
balanço patrimonial. Caso a soma do Ativo Real seja maior do que a Soma do Passivo Real,
estaremos diante de um “superávit” patrimonial (Kohama, 1999, p. 184).
45
Kohama explana que (1999, p. 184) “O resultado que se considera normal, para esse
quociente, será o maior do que 1. O resultado 1 demonstrará equilíbrio patrimonial, e o menor
do que1, preocupante conforme já foi descrito”.
Medidas têm sido tomadas pelo próprio governo com o intuito de regulamentar a
melhor gestão dos recursos públicos e transparência de suas ações, em todas as esferas. Em
04 de maio de 2000 houve a publicação da Lei Complementar nº 101, mais popularmente
conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é o tema principal deste estudo.
Entre outros objetivos, a LRF teve o intuito de estabelecer normas de finanças públicas
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, como também de determinar punições
àqueles que a infrinjam através da edição da Lei nº 10.028 de 19 de outubro de 2000.
O artigo 1º §1º da referida Lei Complementar estabelece:
Assim sendo, esta impõe limites, exige publicações, estabelece metas e prevenção de
riscos e com isso, aumenta a responsabilidade do gestor e dá condições para que o cidadão
também cumpra com o seu direito, e por que não dever que é fiscalizar. Observa-se então que
“A LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal, em vigor desde maio de 2000, representa uma
importante mudança institucional inserida no contexto de reforma do Estado” (CHIEZA,
2008, p.45). Toledo e Rossi confirmam elucidando que “a LRF direciona aos municípios um
espírito inovador da gestão responsável, onde o que não se pode mais admitir é o déficit
46
federação” (art. 30). (CHIEZA, 2008, p. 66). A legislação estabelece então que em 2016 os
Entes deverão estar enquadrados nos limites colocados pela citada resolução.
Já o RREO (Relatório Resumido de Execução Orçamentária), antes exigido no art.
165 da CF apenas para o poder executivo. Todavia a LRF amplia tal obrigatoriedade a todos
os poderes e ao Ministério Público, entre outros critérios que este relatório deverá atender, em
seus artigos 52 e 53.
A principal novidade da LRF é a obrigatoriedade do Relatório de Gestão Fiscal, onde
a lei em questão estabelece que sua publicação deva ser quadrimestral até 30 dias após o
encerramento deste por todos os Poderes que, conforme seu artigo 55, parágrafo 2º, com
amplo acesso público, inclusive por meio eletrônico. A LRF estabelece ainda que o referido
relatório deva contemplar a despesa com pessoal, dívidas, garantias e operações de crédito,
como também as por antecipação de receita orçamentária, sempre comparando com os limites
estabelecidos pela lei.
De acordo com Chieza (2008, p.75) “a LRF trouxe significativas modificações na
forma e conteúdo da LDO, principalmente no que se refere às metas fiscais e as novas
exigências quanto a elaboração e execução dos orçamentos anuais, além de exigir a
compatibilização entre as peças que compõem o ciclo orçamentário”.
Como a LRF estabelece regras para estimar a receita e regras rígidas quanto a
realização da despesa, através dos relatórios de execução orçamentária e de gestão fiscal, bem
como a necessidade de adotar limitação de empenho caso a receita arrecadada não comporte o
cumprimento das metas fiscais, exigência de equilíbrio orçamentário, sobretudo com regras
mais rígidas para último ano de mandato do Chefe do Poder Executivo, Chieza (2008, p.77)
acredita que é de se esperar que após a vigência da LRF a discrepância entre os valores
orçados e os realizados seja menos daquela verificada no período anterior á vigência da
referida legislação.
Já quanto ao Sistema de Custos, a LRF estabelece que a Administração Pública deverá
manter esse sistema de forma que possibilite a avaliação e o acompanhamento da gestão
orçamentária (CHIEZA, 2008, p.105).
Importante destacar, análise feita por Lima, Santana e Guedes (2009, p. 21) quanto a
lei complementar em pauta na sua abordagem das demonstrações contábeis:
os resultados anuais nos períodos de 1999 a 2007, obtidos através das demonstrações
contábeis divulgadas oficialmente pelo município analisado no sitio eletrônico da Secretaria
do Tesouro Nacional.
Quanto aos procedimentos classifica-se como estudo de caso, que conforme explanado
por Silva (2006) consiste na coleta direta de informação no local em que acontecem os
fenômenos. Documental e Bibliográfica, segundo Silva e Menezes apud Santos e Alves
(2001, p.21), ocorrem pela elaboração a partir de materiais que não receberam tratamento
analítico. Assim “à medida que o pesquisador dispõe de um acervo de dados significativos
obtidos em documentos, pode realizar importantes estudos comparativos” (GIL, 2002, p.57),
os dados aqui utilizados estão disponíveis nas publicações no portal eletrônico do STN. Por
conseguinte, dentre as várias fontes disponíveis, foi utilizada, na parte científica, a pesquisa
em livros científicos e publicações também de cunho científico disponíveis na internet. Já no
estudo, buscou-se os dados através dos relatórios e documentos elaborados pela administração
municipal local.
Este classifica-se ainda, quanto a abordagem do problema como qualitativa permite
demonstrar em números as opiniões e informações para que, posteriormente, sejam
classificadas e analisadas, e, ainda, requer a utilização “de recursos e de técnicas estatísticas”
SILVA e MENEZES apud SANTOS e ALVES, 2007, p. 68), uma vez que foi levantado se
houve impacto nos gastos do município, de quanto foi esse impacto e de que maneira.
Quanto ao objeto de estudo, dentre os 496 municípios do Estado do Rio Grande do
Sul, conforme site do Governo do Estado, o presente estudo abrange então apenas o
município do Rio Grande. Este município possui aproximadamente 200 mil habitantes, sedia
o 5º Distrito Naval, o 6º Grupo de Artilharia de Campanha, a Universidade Federal do Rio
Grande - FURG, a Estação de Apoio Antártico, a antiga Refinaria de Petróleo Ipiranga, hoje
denominada Refinaria Rio-grandense e um moderno e movimentado porto internacional de
águas profundas, destinado a ser o porto concentrador de cargas do MERCOSUL (Rio Grande
Turismo, 2010). Sua economia é caracterizada por acentuada predominância do setor
secundário, numa ampla interação com o sistema viário, liderado pelas instalações portuárias.
No entanto, outros setores tiveram grande influência no desenrolar das atividades econômicas,
contribuindo com etapas para o desenvolvimento integrado do município como a agricultura,
a pecuária, a pesca, o comércio e o turismo. (FEE/IBGE apud Rio Grande Turismo, 2010).
De acordo com Martins (2005) a cidade do Rio Grande representa, de forma clara, as
transformações de um espaço portuário e urbano que através da acumulação comercial
derivada das atividades de importação e exportação, importante em termos nacionais. Devido
52
a sua localização a cidade conta com um porto estruturado e pronto para receber qualquer tipo
de embarcação, por isso desde o início de sua ocupação a mesma tem recebido diversos
viajantes que aqui instalam comércios ou fazem negócios para diversas partes do mundo,
segundo o site Rio Grande Turismo. Martins (2005, p.8) explana que um aspecto importante
para entender a lógica da cidade do Rio Grande e seu papel no desenvolvimento industrial do
país e do estado, se refere ao fato de no Rio Grande do Sul, haver um parque industrial
voltado não somente para o mercado regional, mas principalmente para o mercado nacional, o
que inclui Rio e São Paulo e também ao exterior. Esse parque tinha uma localização
estratégica, ou seja, junto a um porto marítimo. Percebe-se então sua importância na
economia do país.
Para proceder à análise do desempenho financeiro durante a fase de adaptação a Lei
de Responsabilidade Fiscal, inicialmente fez-se uma coleta dos dados necessários para a
análise, no período compreendido entre 1999 a 2007, pela ferramenta FINBRA – Finanças do
Brasil - disponível no sitio eletrônico do STN – Secretaria do Tesouro Nacional -, que contém
os dados contábeis dos municípios brasileiros. Movido por questões éticas a coleta limitou-se
apenas aos dados que encontravam-se disponíveis na referida página eletrônica, que foram
enviados ao mesmo para devida publicação após aprovação do TCE-RS – Tribunal de Contas
do Estado do Rio Grande do Sul, ressaltando assim o intuito estritamente acadêmico deste
estudo.
Para isso, a obtenção das variáveis deu-se através dos relatórios anuais e os índices
econômicos calculados baseados os dados contidos nesses, no período entre 1999 a 2007,
cujos dados encontram-se disponíveis na home page da Secretaria do Tesouro Nacional. Por
conseguinte, os dados foram organizados, e a partir de então, calculados os índices
financeiros. Estes foram construídos com base em relatórios contábeis que são anexos a Lei
4.320/64 e LC 101/00 entre outros relatórios contábeis, do período compreendido entre 1999
a 2007, enviados para publicação no Tesouro Nacional. Dentre o universo de quocientes
existentes na Contabilidade Pública, foram escolhidos os quocientes que poderiam traduzir de
forma simples e objetiva os resultados esperados e ainda conforme os dados que estavam
disponíveis.
Os resultados então obtidos são demonstrados e discutidos na sequência.
4 ANÁLISE DE DADOS
adicionais. Já nos próximos 6 exercícios, de 2000 a 2005, o índice ficou acima de 1, ou seja, a
receita executada foi maior do que a prevista, havendo no referido período um excesso
arrecadação. Porém no ano de 2006 o índice torna a ficar abaixo de 1, todavia neste período o
índice foi ainda menor do que no ano de 1999 que foi de 0,99, e em 2006 foi de 0,96. Isto
explica o porque, como ver-se-á logo adiante, os índices de créditos adicionais nos exercícios
citados não foram calculados.
PERÍODO
QUOCIENTES 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
Execução da Receita 0,99 1,19 1,13 1,11 1,03 1,05 1,02 0,96 1,01
Equilíbrio Orçamentário 1,05 1,20 1,02 1,13 1,20 1,12 1,06 1,06 1,15
Créditos Adicionais 0,00 0,97 0,75 0,68 0,12 0,42 0,38 0,00 0,08
Execução da Despesa 0,94 0,97 1,10 0,90 0,85 0,92 0,93 0,93 0,90
Resultado Orçamentário 1,00 1,03 1,01 1,09 1,01 1,02 1,03 0,97 0,98
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos do site www.stn.gov.br, com a ferramenta FINBRA.
índice poderia ser melhor explicado com o cálculo de outro quociente, conforme coloca
Kohama (1999, p. 149), onde este explica que o quociente receita orçamentária x Despesa
orçamentária paga, objetiva igualar a receita e despesa orçamentária, pelo regime de caixa,
retirando-se os restos pagar inscritos no exercício, demonstrando desta forma o déficit
orçamentário de execução.
Os índices calculados e suas respectivas análises estão dispostos de maneira
comparativa no gráfico abaixo.
Nota-se, no gráfico 2, de acordo com a análise realizada dos índices acima calculados
e explicados que a execução orçamentária e financeira resultaram em curvas coincidentes1
devido aos resultados serem iguais e ainda que não houveram grandes oscilações no período
analisado, ou seja, tende a uma reta mostrando que este manteve-se sempre próximo do ideal.
Verifica-se ainda, quanto a execução orçamentária de capital, a irrelevância dos dados dos
primeiros períodos, e sua evolução ao longo de todo o período pesquisado. Já em relação a
execução corrente percebe-se algumas oscilações, principalmente, nos exercícios de 2002 e
2003, onde este índice foi acima de 1,20.
PERÍODO
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
QUOCIENTES
BALANÇO PATRIMONIAL
Situação Financeira 0,72 1,06 1,13 1,42 1,23 1,43 1,58 1,73 0,88
Situação Permanente 15,91 8,56 8,50 8,83 8,29 6,51 4,55 3,69 1,57
Resultado Patrimonial 8,21 6,28 5,30 4,81 3,96 8,52 3,07 3,16 1,40
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos do site www.stn.gov.br, com a ferramenta FINBRA.
1
Em matemática, quando duas curvas estão sobrepostas diz-se que estas são curvas coincidentes.
58
Tabela 4. Despesa Com Pessoal e Receita Corrente Líquida do Município do Rio Grande (RS)
– no período compreendido entre 1999 a 2007.
%
Despesa Pessoal Receita Corrente Limite Máximo 60 Limite Prudencial
Período Desp. Pessoal % (art. 19 da LRF)
Executada Liquida 57 % (art. 22 da LRF)
/ RCL
estando assim, dentro dos 60% e também no limite prudencial de 57%, assim como o ano de
2003, que também ficou abaixo do limite prudencial.
Acredita-se que o ano de 1999 se manteve abaixo dos limites acima expostos devido
as mudanças que houveram após a lei, as exigências e maior rigidez imposta pela supra
citada lei, tais levantamentos que antes não eram realizados.
A preocupação com a análise da despesa com pessoal se dá, pois como afirma Chieza
(2008, p.63) “O gasto com pessoal tem sido o item mais significativo no total da despesa
orçamentária dos Entes federados. Por isso a LRF destina grande atenção na definição de
limites com este gasto”.
Na sequência a despesa com pessoal também foi verificada em relação ao
comprometimento da despesa total.
Gráfico 4. Evolução dos Restos a Pagar do Município do Rio Grande (RS) – no período
compreendido entre 1999 a 2007.
20.000.000
15.000.000
R$
10.000.000 Série1
5.000.000
0
99
00
01
02
03
04
05
06
07
19
20
20
20
20
20
20
20
20
Exercício
Fonte: Elaborado pelo autor com dados extraídos do site www.stn.gov.br, com a ferramenta FINBRA.
Da mesma forma que nos itens anteriores, observa-se que há influência nos dados dos
períodos após a vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma vez que, no que tange os
restos a pagar, no ano que antecede a citada lei não houve registro de restos a pagar. Já nos
seguintes houve registros e com valores consideráveis, onde nota-se ainda tendência de
aumento a longo dos anos.
5 CONCLUSÃO
Outra observação que cabe ser feita é com relação a análise da despesa com pessoal
em relação a receita corrente líquida uma vez que, antes da Lei este valor se manteve abaixo
do limite, já na fase de transição e consequente adaptação o limite se manteve excedido. Da
mesma maneira que na evolução dos restos a pagar, percebe-se a influência das novas
exigências e maior rigidez no controle e registros colocados pela Lei.
Já a despesa com pessoal em relação a despesa total, em consequência da análise
anterior, a despesa total mostrou-se comprometida mais de 50% com a despesa com pessoal
na maioria dos períodos. Desta forma, sugerem-se novos estudos, ampliando os períodos
estudados a fim de verificar o comportamento das despesas com pessoal e consequentemente
da gestão na sua continuidade.
Portanto, num cenário geral, constata-se a importância da Lei Responsabilidade Fiscal
para limitar os exageros cometidos pelos governantes, e tornar os governos transparentes e
responsáveis, apurando a responsabilidade na gestão fiscal de recursos públicos, por meio de
ação planejada e transparente, respeitando os princípios constitucionais de publicidade,
transparência e moralidade possibilitando assim a prevenção de riscos e garantindo desvios
capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas. Pontualmente, no Município do Rio
Grande, observa-se sua influência nos resultados da análise econômico-financeira obtida no
sentido de maior controle e planejamento nas ações governamentais.
64
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