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65.012.2(07)
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FACULDADE ARAGUAIA - FARA
1º Edição - 2019
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DIRETORIA FINANCEIRA
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REVISÃO E APROVAÇÃO DE CONTEÚDO
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REVISÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA
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COORDENAÇÃO E REVISÃO TÉCNICA DE PRODUÇÃO DE CONTEÚDO AUDIOVISUAL PARA
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COORDENAÇÃO DE EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO DO CONTEÚDO TEXTUAL
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Fone: (62) (62) 3604-9500
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www.faculdadearaguaia.edu.br
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Apresentação
Desse modo, é objetivo dessa disciplina que, ao final, você seja capaz de:
5
uma empresa. Na unidade IV discutiremos a Alavancagem Operacional e
Financeira, o conceito e como calcular o grau de cada uma delas. Na última
unidade o assunto abordado será sobre Educação Ambiental, Direitos Humanos
E Educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena e relacionar estes temas tão importantes a serem
postos para reflexão com a disciplina de Administração Financeira.
Atenciosamente,
A autora.
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SUMÁRIO
Apresentação............................................................................................................. 5
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UNIDADE I - FUNDAMENTOS DE FINANÇAS E SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
Em nosso dia a dia normalmente gerimos algo que tem relação com o dinheiro.
Pessoas físicas recebem salários e os utilizam para pagamento de contas, como,
por exemplo, água, luz, internet, dentre outros. As empresas vendem produtos e
serviços e também têm obrigações a cumprir, como aluguéis, impostos, salários e
outras obrigações e estas situações fazem parte da gestão de recursos financeiros.
Na presente apostila trabalharemos a Administração Financeira empresarial, o
exemplo dado com pessoas físicas é para que nos familiarizemos com o processo e
vejamos que lidamos cotidianamente com situações nesse segmento tal como uma
empresa. Nessa primeira unidade serão abordados a evolução e os objetivos da
Administração Financeira, o ambiente financeiro brasileiro, o sistema financeiro
nacional e os principais produtos do mercado financeiro.
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Kato (2012) ressalta que as funções do administrador financeiro podem ser
sintetizadas em: planejamento, execução, controle e análise das finanças, cujo
objetivo deve ser o alcance dos resultados econômicos e financeiros pretendidos
pela organização. Esse processo, de modo geral, consiste em coordenar, monitorar
e avaliar as atividades da empresa, por meio de relatórios financeiros e participação
ativa das decisões de investimento. Além destas funções, o administrador financeiro
é ainda responsável pela tomada de decisão de investimento, que consiste em
destinar recursos para aplicação em ativos circulantes (correntes) e não circulantes
(realizáveis a longo prazo e permanentes) considerando o risco e o retorno. É
responsável também pela tomada de decisão de financiamento, isto é, captar
recursos financeiros para financiar ativos correntes e não correntes, considerando
uma combinação de ativos de curto e longo prazo e a estrutura de capital
(HOJI,2010).
Administração Executar
Financeira
Controlar Garantir o melhor e mais
eficiente meio de captar e
Analisar alocar os recursos financeiros.
A expansão econômica que vem ocorrendo a nível mundial requer que haja a
formação de uma poupança com o intuito de subsidiar os investimentos em setores
produtivos da economia. Diante disso, é evidente que se faz necessário um órgão
que regulamente e fiscalize o processo inerente a tais investimentos, por isso há o
Sistema Financeiro Nacional (SFN), pois uma empresa somente gera valor quando o
retorno daquilo que fora investido é maior que seu custo de oportunidade. (ASSAF
NETO, 2010).
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Na realidade brasileira, as decisões financeiras em condições ideais de
equilíbrio são bastante prejudicadas pela persistente insuficiência de
recursos de longo prazo para as empresas. Basicamente, os recursos
oficiais são as grandes fontes de capital permanente e, mesmo assim, em
volume, bastante aquém das efetivas necessidades de mercado. As linhas
de crédito oficiais são limitadas e geralmente direcionadas a programas
específicos, atendendo a um número reduzido de empresas. As instituições
financeiras privadas, por seu lado, diante do próprio desequilíbrio da
economia, não conseguem captar poupança de longo prazo e,
conseqüentemente, suprir as necessidades de capital para investimento.
Os órgãos supervisores são: Banco Central do Brasil (BACEN), que tem como
função emitir moedas, receber compulsórios, autorizar, regular e fiscalizar as
instituições financeiras, controlar fluxo de capital estrangeiro; Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), quem autoriza, normatiza e fiscaliza o mercado de capitais,
coíbe fraudes e estimula a poupança em capital social de companhias negociadas
em bolsa; Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de
Capitais (ANBIMA), uma autorreguladora voluntária representante das entidades no
mercado; e, por fim, Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) que
autoriza, normatiza e fiscaliza o mercado de seguros.
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utilizadas a taxa referencial ou o Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Quando o investimento é pós-fixado, normalmente é o percentual de um indexador,
o indexador mais comum é o CDI. A aplicação mínima e a liquidez dependerão da
instituição em que o investimento estará sendo feito.
Fonte: http://www.tesouro.fazenda.gov.br/titulos-da-divida-interna
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Resumo
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Curiosidade
Link:
http://administracaograduacao.blogspot.com/2015/09/a-historia-da-evolucao-da-
administracao.html
Para pesquisar:
www.acionista.com.br
www.andima.com.br
www.bcb.gov.br
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REFERÊNCIAS
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EXERCÍCIOS DA UNIDADE I
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UNIDADE 2: DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E ANÁLISES FINANCEIRAS
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Figura 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Prejuízos Acumulados
TOTAL TOTAL
§ 2º), somente depois de realizado poderá ser computado como lucro para
efeito de distribuição de dividendos ou participações.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO
EXERCÍCIO 2014 2015 2016 2017
(-) Custo dos bens e serviços vendidos (101.796.347) (140.324.213) (149.066.700) (139.397.749)
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A DFC vai explicar a variação líquida de caixa, que é um dos principais
instrumentos do administrador financeiro, justamente o seu fluxo, que permite
monitorar os movimentos financeiros de entrada e saída, de maneira que estes
estejam sincronizados com as metas dos acionistas, como afirmam Lemes, Rigo e
Cherobim (2002).
Mas o que é fluxo de caixa? De maneira muito simples, pode-se dizer que o
fluxo de caixa é o instrumento que permite ao profissional planejar, organizar,
coordenar, dirigir e controlar as movimentações financeiras, de entrada e saídas de
recursos financeiros em um determinado período da empresa.
() Depreciação
() Tributos diferidos
() Contas a receber
() Estoques
() Fornecedores
() Despesas a pagar
() Outros
() Dividendos
() Recompra de ações
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Fluxo de caixa de investimento: referem-se aos investimentos relacionados quanto
ao aumento ou diminuição dos ativos de longo prazo utilizados na produção de bens
e serviços. Isto é, envolve os ativos imobilizados, bem como aquisições e vendas.
Fluxo de caixa de investimento
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
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Assaf Neto e Lima (2010) destacam que quando essa razão é superior a 1,0 há
um capital de giro positivo, caso o resultado seja igual a 1,0 não há capital de giro e
no caso dessa razão ser menor que 1,0 há um capital de giro líquido negativo.
37.542.232
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒2014 =
24.868.001
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒2014 = 1,51
Como o resultado é maior que 1,0, significa que o capital de giro da empresa em
questão é positivo.
No caso da liquidez seca haverá uma diferença da liquidez corrente, aqui será
retirado o estoque do ativo circulante. Segundo Gitman (2004, p.52):
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A partir desse resultado é possível inferir que a cada R$ 1,00 de dívida circulante
a empresa possui R$ 1,18 de ativos monetários circulantes.
Como o nome sugere, esse índice mede o quanto a empresa possui em caixa
para liquidar obrigações de curto prazo, ou seja, esse índice representa a proporção
do passivo circulante que pode ser liquidado com o disponível (caixa ou equivalente
de caixa). Sua fórmula é apresentada abaixo:
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎 =
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
A partir da fórmula é possível notar que para se calcular esse índice é necessário
dividir a conta disponível pelo passivo circulante. É importante frisar que o
numerador, ou seja, a conta disponível recebe também os nomes de caixa ou
equivalentes de caixa. Ou ainda que essas contas podem ser apresentadas
separadamente e então nesse caso é necessário somar todas as contas que fazem
parte do disponível, tais como conta Banco, conta caixa.
Exemplo:
8.368.528
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎2014 =
24.868.001
8.368.528
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎2014 =
24.868.001
𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐼𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎𝑡𝑎2014 = 0,336
A partir desse resultado pode-se afirmar que 33,6% das dívidas de curto prazo
podem ser liquidadas com o disponível.
Esse índice vai medir a capacidade da empresa de cumprir com suas obrigações
tanto de curto quanto de longo prazo, por isso soma-se o realizável a longo prazo ao
ativo circulante no numerador e o exigível a longo prazo é somado ao passivo
circulante no denominador.
Para Gitman (2004 p. 117) o índice de endividamento “(...) mede a proporção dos
ativos totais da empresa financiada pelos credores”. Assaf Neto e Lima (2010)
destacam três tipos de índices de endividamento e estrutura. O primeiro é a relação
Capital de Terceiros (P) com Capital Próprio, que é obtido por:
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙𝑎𝐿𝑜𝑔𝑜𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠𝑑𝑒𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 =
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
24.868.001 + 31.533.156
𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠𝑑𝑒𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠2014 =
25.642.525
56.401.157
𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠𝑑𝑒𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠2014 =
25.642.525
𝑃𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑖𝑝𝑎çã𝑜𝑑𝑒𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠𝑑𝑒𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠2014 = 2,20
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙𝑎𝐿𝑜𝑔𝑜𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
24.868.001 + 31.533.156
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜2014 =
82.315.588
56.401.157
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜2014 =
82.315.588
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜2014 = 0,69
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Para cada R$ 1,00 investido nos ativos da JBS, R$ 0,69 provém de capital de
terceiros.
Por fim, há o imobilizado de Recursos Permanentes sendo calculado da
seguinte maneira:
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒
𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙𝑎𝐿𝑜𝑔𝑜𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜+𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
39.830.559
𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠2014 =
31.533.156 + 25.642.525
39.830.559
𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠2014 =
57.175.681
𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠2014 = 0.70
Isso significa que ficam 30% para o ativo circulante.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑅𝑂𝐴 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Importante: Lucro operacional é o lucro antes dos juros e dos impostos de renda (LAJIR).
4.191.823
𝑅𝑂𝐴2014 =
82.315.588
𝑅𝑂𝐴2014 = 0,05
Isso significa que em um ano o ativo retornou 0,05 vezes, ou seja, 5% do valor do
ativo.
Isso significa que no ano de 2014 o retorno sobre o que foi investido é de
18,34%.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝑂𝐸 =
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
2.406.427
𝑅𝑂𝐸2014 =
25.642.525
𝑅𝑂𝐸2014 = 0,09
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 =
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎
18.673.372
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎2014 =
120.469.719
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A margem operacional é o índice de lucratividade que relaciona o lucro
operacional com as vendas. O lucro operacional será dado pela diferença do lucro
bruto e as despesas operacionais mais as receitas operacionais.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 =
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎
4.191.823
𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 =
120.469.719
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𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜𝑀é𝑑𝑖𝑜𝑑𝑒𝐸𝑠𝑡𝑜𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 (𝑃𝑀𝐸) = 34,2
O Prazo médio de estocagem é de 34 dias, ou seja, um produto fica no
estoque por 34 dias entre o recebimento do mesmo pelo fornecedor até ser retirado
pelo comprador.
O giro dos estoques corresponde à quantidade de vezes que o estoque é
renovado. É calculado da seguinte forma:
360
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 =
𝑃𝑀𝐸
360
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 =
34
𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = 10
Sendo assim, podemos concluir que o estoque da empresa analisada girou 10
vezes no período de um ano.
O prazo médio de pagamento a fornecedores (PMPF), como o próprio nome
sugere, corresponde ao tempo que se tem para pagar uma obrigação. Nesse caso,
quanto maior o resultado da razão, melhor para a empresa, pois indica que o prazo
para pagamento da empresa é grande. Isso porque a empresa consegue trabalhar
com o disponível de forma a ter mais lucratividade, por exemplo, com um simples
investimento em fundos de renda fixa.
𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 = 120.941.359
Receita Bruta diz respeito ao total de bens ou serviços vendidos por uma empresa.
Para realizar o cálculo basta dividir os itens de forma individual pelo total do ativo,
quando a conta pertencer a este grupo, e pelo total do passivo quando o item
escolhido pertencer a este grupo e posteriormente transformar em porcentagem, ou
seja, multiplicar por 100.
33
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎
𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = ∗ 100
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Para realizar o cálculo de cada conta foram substituídos pelos valores das contas
correspondentes:
34
5.608.922
𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = ∗ 100
102.815.763
𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝐶𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑒 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑣𝑎𝑙𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 5,5%
E assim foi feito em todas as contas que compõem o ativo, conta aplicações
financeiras, contas a receber no curto prazo, estoques, ativos biológicos no curto
prazo, impostos no curto prazo, impostos a recuperar, despesas pagas
antecipadamente, outros ativos circulantes, realizável no longo prazo, investimentos,
imobilizado, intangíveis líquidos.
Assim como é feita a análise vertical com as contas que compõem o ativo, da
mesma forma é realizada tal análise com as contas do passivo. Entretanto, neste
caso cada conta que compõe o passivo será dividida pelo passivo total, por meio da
fórmula abaixo:
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎
𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 = ∗ 100
𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
Exemplo utilizando o passivo do ano de 2016 do balanço patrimonial da JBS:
Consolidado 31/12/2016 AV
PASSIVO 77.901.136 100%
PASSIVO CIRCULANTE 42,80%
33.348.624
33.348.624 (
77.901.136
∗ 100) = 42,8%
Obrigações sociais e trabalhistas 3,33%
2.595.381
2.595.381 (
77.901.136
∗ 100) = 3,33%
Fornecedores no Curto Prazo 13,76%
10.716.987
10.716.987 (
77.901.136
∗ 100) = 13,76%
Impostos a pagar 0,6%
500.930
500.930 (
77.901.136
∗ 100) = 0,6%
Total empréstimos e financiamentos no 23,30%
Curto Prazo 18.148.818
18.148.818 (
77.901.136
∗ 100) = 23,30%
Outras obrigações no Curto Prazo 1,8%
1.386.508
1.386.508 (
77.901.136
∗ 100) = 1,8%
Provisões no Curto Prazo 0 0%
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 57,20%
44.552.512
44.552.512 (
77.901.136
) ∗ 100 = 57,20%
Total empréstimos e financiamentos no 48,93%
Longo Prazo 38.11.596
38.111.596 (
77.901.136
) ∗ 100 = 48,93%
Outras obrigações 1,75%
1.367.597
1.367.597 (
77.901.136
) ∗ 100 = 1,75%
Impostos Diferidos no Longo Prazo 4,91%
3.828.080
3.828.080 (
77.901.136
) ∗ 100 = 4,91%
Provisões no Longo Prazo 1,6%
1.245.239
1.245.239 (
77.901.136
) ∗ 100 = 1,6%
35
Para realizar a análise da DRE deverá ser considerado o valor da receita líquida. Desse
modo a fórmula será a seguinte:
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎
𝐴𝑛á𝑙𝑖𝑠𝑒 𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝐷𝑅𝐸 = ∗ 100
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎
As análises horizontais vão permitir que seja avaliada a evolução por item da
demonstração financeira realizada, ou seja, ela permite verificar a evolução da conta
ao longo de determinado período de tempo.
36
Na coluna cálculo da análise horizontal foram substituídos os valores
correspondentes a cada conta na fórmula apresentada acima, em que valor da conta
atual corresponde aos valores apresentados no ano de 2015 (que diz respeito ao
valor da conta atual) e valor da conta anterior corresponde aos valores do balanço
do ano de 2014 (que diz respeito ao valor da conta anterior) e multiplicado por 100
para ser apresentado em porcentagem.
121.752.9542015
𝐴𝐻𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = (( ) ∗ 100)
82.043.6822014
BALANÇO
PATRIMONIAL 2014 2015 Cálculo da análise horizontal AH
121.752.954
ATIVO TOTAL 82.043.682 121.752.954 (( 82.043.682 ) − 1) ∗ 100 = 48,4% 48,4%
ATIVO 49.810.038
CIRCULANTE 37.542.232 49.810.038 ((37.542.232) − 1) ∗ 100 = 32.7% 32,7%
10.776.155
Disponibilidades 8.368.528 10.776.155 (( 8.368.528 ) − 1) ∗ 100 = 28,8% 28,8%
Aplicações 8.067.833
Financeiras 6.541.899 8.067.833 (( ) − 1) ∗ 100 = 23,3% 23,3%
6.541.899
Valores a 12.119.662
Receber 9.577.548 12.119.662 (( ) − 1) ∗ 100 = 26,5% 26,5%
9.577.548
11.109.744
Estoques 8.273.110 11.109.744 (( 8.273.110 ) − 1) ∗ 100 = 34.3% 34,3%
Outros Ativos 7.736.644
Circulantes 4.781.147 7.736.644 ((4.781.147) − 1) ∗ 100 = 61,8% 61,8%
ATIVO NÃO 71.942.916
CIRCULANTE 44.501.450 71.942.916 ((44.501.450) − 1) ∗ 100 = 61,7% 61,7%
Ativo Realizável 5.653.710
a longo Prazo 4.670.891 5.653.710 (( ) − 1) ∗ 100 = 21,0% 21,0%
4.670.891
Ativo 66.289.206
Permanente 39.830.559 66.289.206 ((39.830.559) − 1) ∗ 100 = 66,4% 66,4%
354.134
Investimentos 295.350 354.134 ((295.350) − 1) ∗ 100 = 19,9% 19,9%
35.381.110
Imobilizado 24.098.697 35.381.110 ((24.098.697) − 1) ∗ 100 = 46,8% 46,8%
30.553.962
Intangível 15.436.512 30.553.962 ((15.436.512) − 1) ∗ 100 = 97,9% 97,9%
Da mesma forma que é realizada a análise horizontal com as contas que compõem
o ativo, é possível fazer com as contas que compõem o Passivo, o Patrimônio
Líquido e a DRE. Estas estão apresentadas a seguir:
37
Análise Horizontal do PASSIVO e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO
39.707.467
PASSIVO CIRCULANTE 24.868.001 39.707.467 (( ) − 1) ∗ 100 = 59,7% 59,7%
24.868.001
843.919
Obrigações Fiscais 749.465 843.919 (( ) − 1) ∗ 100 = 12,6% 12,6%
749.465
20.906.613
Empréstimos e Financiamentos 13.686.975 20.906.613 (( ) − 1) ∗ 100 = 52,7% 52,7%
13.686.975
2.643.964
Outros Passivos de Curto Prazo 1.627.016 2.643.964 (( ) − 1) ∗ 100 = 62,5% 62,5%
1.627.016
52.744.122
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 31.533.156 52.744.122 (( ) − 1) ∗ 100 = 67,3% 67,3%
31.533.156
52.744.122
(( ) − 1) ∗ 100 = 67,3%
Passivo Exigível a longo Prazo 31.533.156 52.744.122 31.533.156 67,3%
Empréstimos e 44.976.113
(( ) − 1) ∗ 100 = 70,4%
Financiamentos 26.392.165 44.976.113 26.392.165 70,4%
4.310.495
(( ) − 1) ∗ 100 = 51,8%
Tributos Diferidos 2.839.966 4.310.495 2.839.966 51,8%
1.533.100
(( ) − 1) ∗ 100 = 117,2%
Provisões de Longo Prazo 705.844 1.533.100 705.844 117,2%
29.301.365
(( ) − 1) ∗ 100 = 14,3%
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.642.525 29.301.365 25.642.525 14,3%
23.576.206
(( ) − 1) ∗ 100 = 9,6%
Capital Social 21.506.247 23.576.206 21.506.247 9,6%
−791.230
(( ) − 1) ∗ 100 = 432,6%
Reservas de Capital -148.569 -791.230 −148.569 432,6%
81.066
(( ) − 1) ∗ 100 = −7,8%
Reservas de Reavaliação 87.877 81.066 87.877 (7,8)%
4.756.937
(( ) − 1) ∗ 100 = 11,6%
Reservas de Lucros 4.261.815 4.756.937 4.261.815 11,6%
205.576
(( ) − 1) ∗ 100 = 102,2%
Ajustes de Avaliação Patrimonial 101.658 205.576 101.658 102,2%
1.592.135
Participação de acionistas não (( ) − 1) ∗ 100 = 10,0%
controladores 1.768.702 1.592.135 1.768.702 (10,0)%
−119.325
Ajustes Acumulados de (( ) − 1) ∗ 100 = −93,8%
Conversão -1.935.205 -119.325 −1.935.205 (93,8)%
38
Análise Horizontal da DRE
DEMONSTRAÇÃO DO
RESULTADO DO Cálculo da Análise
EXERCÍCIO 2014 2015 Horizontal 100,0%
162.914.526
(( ) − 1) ∗ 100 = 35,2%
(=) RECEITA DE VENDAS 120.469.719 162.914.526 120.469.719 35,2%
−13.411.016
(( ) − 1) ∗ 100 = 23,7%
(-) Despesas Operacionais (10.843.929) (13.411.016) −10.843.929 23,7%
−9.377.895
(( ) − 1) ∗ 100 = 31,1%
Despesas com Vendas (7.154.335) (9.377.895) −7.154.335 31,1%
Resultado da 58.935
(( ) − 1) ∗ 100 = 125,8%
Equivalência Patrimonial 26.103 58.935 26.103 125,8%
(=) RESULTADO ANTES
DOS JUROS E NÃO 9.179.297
(( ) − 1) ∗ 100 = 17,2%
OPERACIONAL 7.829.443 9.179.297 7.829.443 17,2%
19.457.464
(( ) − 1) ∗ 100 = 250,0%
(+) Receitas Financeiras 5.575.202 19.457.464 5.575.202 250,0%
20.758.080
(( ) − 1) ∗ 100 = 125,3%
(-) Despesas Financeiras (9.212.822) (20.758.080) 9.212.822 125,3%
2.750.034
(( ) − 1) ∗ 100 = 54,0%
(-) Provisão para IR e CSLL (1.785.396) (2.750.034) 1.785.396 54,0%
(=) RESULTADO LÍQUIDO
DAS OPERAÇÕES 5.128.647
(( ) − 1) ∗ 100 = 113,1%
CONTINUADAS 2.406.427 5.128.647 2.406.427 113,1%
(+) Resultado Líquido de
Operações Descontinuadas - - -
39
Para pesquisar:
Saiba mais:
https://www.dicionariofinanceiro.com/indices-de-liquidez/
https://www.dicionariofinanceiro.com/balanco-patrimonial/
https://www.dicionariofinanceiro.com/patrimonio-liquido/
40
RESUMO
Nesta unidade aprendemos a calcular alguns índices que vão nos auxiliar no
processo de tomada de decisão. Vimos que as demonstrações contábeis são
conhecidas como relatórios contábeis ou ainda demonstrações financeiras e que as
principais demonstrações contábeis são balanço patrimonial, demonstração do
resultado do exercício (DRE), demonstração das mutações do patrimônio líquido
(DMPL) e demonstração do fluxo de caixa (DFC). Por fim, aprendemos como fazer
as análises verticais e horizontais, as diferenças entre elas e sua utilidade no
processo decisório.
41
REFERÊNCIAS
42
Instituto Assaf Neto. Análise financeira e de valor dos setores da economia brasileira
desde 2000. Disponível em: http://www.institutoassaf.com.br Acesso em: 26 de
janeiro de 2019.
LEMES, Antônio Barbosa. RIGO, Cláudio Miessa. CHEROBIM, Ana Paula
MussiSzabo. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA: PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS E
PRÁTICAS BRASILEIRAS. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
43
EXERCÍCIOS UNIDADE II
1) Aqui foi apresentada a estrutura do balanço patrimonial segundo a Lei de nº 11.941
do ano de 2009. Entretanto, essa estrutura há algum tempo era regida pela Lei de nº
6.404 do ano de 1976, posteriormente pela Lei de nº 11.638 do ano de 2007.
Pesquise o porquê de essas mudanças terem ocorrido.
44
UNIDADE 3: ANÁLISE CUSTO-VOLUME-LUCRO
45
De acordo com Assaf Neto e Lima (2010), os custos e despesas fixos são os
gastos que não dependem do volume de produção e vendas em um determinado
período. São gastos cobrados todos os meses, que independem se a empresa teve
algum nível produção. Exemplo de despesa fixa é a água e de custo fixo é a mão de
obra que precisa ser paga.
Além disso, os custos podem ser vistos como diretos e indiretos. Os diretos são
aqueles onde é possível atribuir um valor facilmente, por exemplo, matéria prima e
mão de obra direta que é possível calcular o valor unitário com facilidade. Já o custo
indireto é aquele difícil de atribuir um valor para cada unidade produzida.
Imagem 1: Custos versus Despesas
Imagem 2: Equilíbrio
47
Preço
Oferta
Ponto de Equilíbrio
Demanda
Quantidade
Quantidade de equilíbrio
Além disso, a margem pode ser vista como uma porcentagem sobre as
vendas/receita. Para obter esse valor, divide a margem de contribuição pelo preço
de venda. É possível calcular a margem de contribuição em porcentagem e para
isso a seguinte fórmula é utilizada:
48
foi de R$ 20,00, o preço de venda foi de R$ 100,00 e a quantidade vendida foram 30
unidades. A partir dessas informações foram calculadas as margens de contribuição
unitária e total dessa operação.
O ponto de equilíbrio pode ainda ser visto sob três óticas distintas:
Ponto de equilíbrio contábil (PEC): é o mais comum e tradicional para análise. Seu
cálculo leva em consideração todos os custos e despesas contábeis que fazem
parte do funcionamento da empresa.
50
Ponto de equilíbrio econômico (PEE): considera, além dos custos de
funcionamento da empresa, os custos de oportunidade referentes ao capital próprio,
dessa forma, existe uma visão de lucro mínimo aceitável pelo empresário.
51
Tabela 2 – Calculando o ponto de equilíbrio de um único produto
Total
Depreciações R$ 1.500,00
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 =
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000
𝑃𝐸𝐶 =
15
𝑃𝐸𝐶 = 400
Para calcular o ponto de equilíbrio econômico, além dos custos e despesas fixas,
é considerado o custo do capital próprio, sendo essa a diferença entre este ponto de
52
equilíbrio e o contábil. Abaixo é calculado o ponto de equilíbrio econômico a partir da
fórmula que deve ser usada para este fim.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑑𝑜𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐸𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑜 =
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚𝑑𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000 + 10.000
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐸𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑜 =
15.000
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐸𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑜 = 1,07
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑛ã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑖𝑠
=
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚𝑑𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000 − 1.500
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 =
15
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 300
Nota-se que há alterações nas quantidades que são necessárias vender para se
alcançar o ponto de equilíbrio, dependendo qual o tipo de break even point está
sendo considerado. Importante lembrar que o ponto de equilíbrio mais utilizado é o
contábil.
53
3.4. Break-Even Point de uma empresa
Depreciações R$ 1.500,00
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡á𝑏𝑖𝑙 =
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000
𝑃𝐸𝐶 =
15.000
𝑃𝐸𝐶 = 0,4
54
De acordo com o ponto de equilíbrio contábil é necessário obter um nível de
vendas de 0,4 sob a quantidade de vendas mensais (1000) para conseguir pagar
todos os custos e despesas da empresa. Essa quantidade equivale a 400 unidades
(0,4*1000). Ou seja, é necessário vender 40% da produção para atingir o ponto de
equilíbrio contábil.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 + 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑑𝑜𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙𝑝𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐸𝑐𝑜𝑛ô𝑚𝑖𝑐𝑜 =
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚𝑑𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000 + 10.000
𝑃𝐸𝐸 =
15.000
𝑃𝐸𝐸 = 1,06
A quantidade necessária para arcar com os custos e despesas corresponde ao
nível de 1,06 de vendas com relação às vendas mensais. Em termos percentuais
equivale a 106%, isso ocorre porque no ponto de equilíbrio econômico são
considerados os custos do capital próprio.
𝑃𝑜𝑛𝑡𝑜𝑑𝑒𝐸𝑞𝑢𝑖𝑙𝑖𝑏𝑟𝑖𝑜𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜
𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠/𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 − 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠𝑛ã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑒𝑚𝑏𝑜𝑙𝑠á𝑣𝑒𝑖𝑠
=
𝑚𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚𝑑𝑒𝑐𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜
6.000 − 1.500
𝑃𝐸𝐹 =
15
𝑃𝐸𝐹 = 0,3
Por exemplo, o PEC foi de 0,4, que equivale dizer que a empresa precisa
vender 400 unidades (quantidade) para cumprir com suas obrigações. No cálculo foi
utilizada uma Margem de contribuição de 15.000. Agora se o analista opta por
utilizar o valor de 30% (0,3), então o PEC será de 20.000 unidades monetárias, ou
55
seja, o empresário precisa obter esse nível de vendas para conseguir arcar com
seus custos e despesas.
RESUMO
56
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre & LIMA, Fabiano Guasti. FUNDAMENTOS DE
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. São Paulo: Atlas, 2010.
57
EXERCÍCIOS DA UNIDADE III
Unitário
Depreciações R$ 25.000,00
58
d) 950
Qual o ponto de equilíbrio econômico da empresa em unidades?
a) 1000
b) 1150
c) 1250
d) 1200
4) De acordo com os dados a seguir, encontre o ponto de equilíbrio contábil em
unidades.
Custo variável unitário R$ 40,00
a) 2.000
b) 2.150
c) 2.250
d) 1.200
5) Utilize os dados a seguir para responder o que se pede.
Uma determinada empresa, que produz 3 tipos distintos de produto, possui os
seguintes dados financeiros:
59
Encontre o valor da margem de contribuição média e assinale a resposta correta.
a) 39,45%
b) 28,7%
c) 26,84%
d) 25,89%
Qual o ponto de equilíbrio contábil?
a) R$ 7.906,11
b) R$ 8.111,00
c) R$ 7.800,09
d) R$ 8.087,15
Qual o ponto de equilíbrio financeiro?
a) R$ 6.850,06
b) R$ 6.868,98
c) R$ 6.853,03
d) R$ 6.845,65
Qual o ponto de equilíbrio econômico?
a) R$ 11.540,98
b) R$ 12.540,98
c) R$ 12.631,89
d) R$ 11.631,89
60
UNIDADE4: ALAVANCAGEM OPERACIONAL E FINANCEIRA
Agora que já sabemos calcular o ponto de equilíbrio e como ele pode auxiliar
no processo decisório, vamos nos aventurar em um novo assunto. Tratemos nesta
unidade de alavancagem operacional e financeira, seus conceitos, os diferentes
tipos e como calculá-las.
Imagem 3: Alavancagem
Pode-se dizer então que alavancagem é uma forma de multiplicar uma força
exercida sobre outro objeto. Dito em termos financeiros, ao falar em alavancagem é
o mesmo que falar da utilização de recursos, instrumentos e oportunidades externas
com o objetivo de multiplicar um determinando resultado, ou seja, é um esforço para
obter mais ganhos.
Δ% Lucro
GAO =
Δ% Volume de vendas
Margem de contribuição
𝐺𝐴𝑂 =
𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅
62
O grau de alavancagem da loja de maquiagem é de dois, isto significa dizer
que os lucros crescem duas vezes mais rápido do que de vendas. Para chegar
nesse valor foram substituídos os valores na fórmula.
Margem de contribuição
𝐺𝐴𝑂 =
𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅
5.000
𝐺𝐴𝑂 =
2.500
𝐺𝐴𝑂 = 2
Margem de contribuição
𝐺𝐴𝑂 =
𝐿𝐴𝐽𝐼𝑅
5.500
𝐺𝐴𝑂 =
2.500
𝐺𝐴𝑂 = 2,2
63
Houve uma alteração de 2,0 para 2,2 no grau de alavancagem da loja. Com a
variação do custo fixo e do custo variável, temos que o lucro cresce 2,2 vezes mais
rápido do que as vendas. Dessa forma, é possível dizer que um custo fixo maior do
que um custo variável afeta positivamente o grau de alavancagem de uma empresa.
O exemplo nos permite ainda concluir que uma alta alavancagem operacional
é caracterizada por altos custos fixos e baixos custos variáveis. Isso implica que
pequenas mudanças no volume de vendas resultarão em grandes alterações nos
lucros.
Dessa forma, pode-se afirmar que existe uma relação entre esses dois
indicadores, ambos são de extrema importância para a gestão financeira e para
tomada de decisão. As duas ferramentas dependem dos custos e despesas de uma
organização e estes são fatores decisivos para a sobrevivência no mercado
competitivo. Além disso, é a partir destas informações que a empresa definirá ou
reavaliará suas metas quanto às vendas e faturamentos necessários para cobrir
gastos e também possibilitem lucro positivo.
64
Exemplo 2: utilizando os dados do exemplo 1 anterior.
65
4.3. Conceito de Alavancagem Financeira
ou
𝑅𝑂𝐸
𝐺𝐴𝐹 =
𝑅𝑂𝐴
Onde:
66
IR: Imposto de Renda
Dada uma variação no lucro antes dos juros e do imposto de renda (ΔLAJIR),
ocorrerá uma variação no lucro por ação (ΔLPA), se essa variação for maior do que
a ΔLAJIR, então está ocorrendo alavancagem financeira. Outra forma de analisar a
alavancagem é:
67
Além disso, quanto maior for o grau de alavancagem, maior será o risco e o
nível de endividamento de uma empresa.
Tabela 4 – Dados para calcular o lucro por ação e Grau de Alavancagem Financeira
Lucro R$ 30.000,00
Juros R$ 5.000,00
LAIR R$ 25.000,00
IR (30%) R$ 7.500,00
A fórmula do GAF é Lucro por ação (LPA) divido por lucro antes dos juros e
imposto de renda (LAJIR). Como já temos o LAJIR, precisamos encontrar o lucro por
ação. A fórmula utilizada para calcular o LPA é:
Substituindo os valores
68
Logo, esse grau de alavancagem é positivo, pois seu valor é superior a 1.
Conforme visto na unidade 2, para calcular o ROE é necessário dividir o lucro líquido para o
patrimônio líquido.
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑅𝑂𝐸 =
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
2.519
𝑅𝑂𝐸 =
13.551
𝑅𝑂𝐸 = 0,19
Enquanto para calcular o ROA
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙
𝑅𝑂𝐴 =
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙
16.038
𝑅𝑂𝐴 =
47.070
𝑅𝑂𝐴 = 0,4
Desses dados podemos inferir que ROE =0,19 e o ROA =0,4. Portanto,
0,19
𝐺𝐴𝐹 =
0,4
𝐺𝐴𝐹 = 0,48
Conclui-se que o grau de alavancagem nesse caso é negativo, dado que seu valor é
inferior a 1.
69
RESUMO
70
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, Alexandre & LIMA, Fabiano Guasti. FUNDAMENTOS DE
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. São Paulo: Atlas, 2010.
71
EXERCÍCIOS DA UNIDADE IV
a) 0,9
b) 1,4
c) 7,16
Juros R$ 2.000,00
LAIR R$ 8.000,00
IR (40%) R$ 3.200,00
a) 2,5
b) 2,0
c) 1
d) 1,4
72
UNIDADE 5: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, DIREITOS HUMANOS e EDUCAÇÃO
DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA
AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
76
5.2.2 Consolidações da Lei de Trabalho
A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) é uma lei referente aos direitos
dos trabalhadores brasileiros e ao direito processual do trabalho, cujo principal
objetivo é regulamentar as relações individuais e coletivas de trabalho, tanto no
cenário urbano quanto no âmbito rural. Ela foi criada por meio de um Decreto nº
5.452 em 1º de maio de 1943, sancionada pelo presidente vigente Getúlio Vargas, e
tinha o objetivo de unificar toda a legislação trabalhista existente no país.
77
relações abusivas de trabalho, discriminações trabalhistas e segregações injustas.
Ela vem regulamentando a carga de horário trabalhista e garantindo condições de
trabalho e benefícios mínimos.
As leis trabalhistas preveem igualdade de salários para pessoas que prestem
os mesmos serviços, independentes de gênero ou cor. Também garantem aos
trabalhadores direitos como carteira de trabalho assinada e previdência social. Nela
devem ser registradas todas as informações da vida profissional formal do indivíduo,
pois são esses dados que garantirão acesso, por exemplo, ao FGTS e outros
benefícios previdenciários. O salário mínimo, também previsto na legislação, é a
menor remuneração que um trabalhador pode receber.
Situações em que são deflagrados trabalho análogo ao trabalho escravo podem gerar
impactos profundos nas ações da empresa. Ademais, muitos consumidores deixam de
adquirir produtos, pois não querem sentir que fazem parte de algo tão destrutivo.
Um exemplo pode ser visto no link a seguir, que foi uma situação muito noticiada na
época, a respeito da empresa Zara.
http://g1.globo.com/economia/mercados/noticia/2011/08/acao-da-inditex-dona-da-
zara-cai-apos-denuncias-de-trabalho-escravo.html.
Busque pesquisar outras empresas de capital aberto que tiveram impacto em suas
ações por estarem na mesma situação!
78
navios negreiros, com os negros empilhados da maneira mais insalubre e
desumana. Muitos não chegavam ao destino final devido às más condições a eles
estabelecidas.
A prática de escravidão está presente em vários pontos da história, uma
explicação é que o uso dessa mão de obra escrava se baseava em questões
religiosas e morais comuns da cultura europeia. O uso dessa força de trabalho em
Portugal data desde o ano de 1432 e passou a fazer parte do cenário brasileiro na
primeira metade do século XVI, pois os portugueses traziam os escravos para
trabalharem nas lavouras. Estima-se que entre 1550 e 1855 entraram cerca de
quatro milhões de africanos nos portos brasileiros, sua maioria do gênero masculino.
A vida do negro não era fácil, este era proibido de realizar qualquer ritual,
festa ou sequer falar a própria língua. Além do trabalho pesado e das longas horas
de serviço, qualquer resistência ao trabalho ou tentativa de fuga eram punidas com
grande violência pelos feitores, castigos como ficar sem água e sem comida,
inúmeras chicotadas, ficar amarrado no troco e até mesmo a morte, eram riscos
cotidianos da vida dos escravos que residiam no país. Essa rotina culminou em
diversas fugas, muitos fugiam em bandos e se refugiavam nos chamados quilombos.
O escravo foi obtendo pequenas vitórias, primeiro o fim do comércio negreiro,
depois a lei do ventre livre, que concedia liberdade aos filhos dos escravos que
nascessem a partir daquela data e, por fim, a lei dos sexagenários, que contemplava
com liberdade os escravos com mais de 60 anos. O fim definitivo da escravidão só
ocorreu no final do século XIX, com a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel em
1888, que abolia a escravidão.
A lei Áurea libertou os escravos, mas não trouxe mais nada consigo. Os
negros foram largados à própria sorte, não houve nenhum tipo de reforma ou política
que os integrassem socialmente como cidadãos livres. Abandonados e sem
qualquer tipo de indenização pelo tempo de trabalho forçado, os negros na maioria
dos casos eram analfabetos, passaram a ser vítimas de muito preconceito. Dessa
forma, foram obrigados a permanecer nas fazendas em que trabalhavam, vendendo
sua força de trabalho em troca de sobrevivência, outros que arriscaram ir para as
cidades, acabaram em subempregos (trabalho informal e artesanato). Isso resultou
no aumento de negros morando na rua e ex-escravas sendo tratadas como
prostitutas. O preconceito e discriminação são sequelas de uma abolição da
79
escravatura até os dias atuais. Um exemplo desse tipo de situação é o caso do
sindicato dos bancários, no ano de 2017, apontarem a falta de funcionários negros
uma instituição bancária em nosso país e cobrarem um posicionamento no sentido
de mudar essa realidade.
Segundo o IBGE (2018), o país está distante de se tornar uma democracia
racial, muito distancia o negro do branco, desde as diferenças salariais,
empregatícias e educação. Alguns dados do IBGE apontam estatisticamente essa
diferença:
Taxa de desocupação
Brancos: 9,5%
Pardos: 14,5%
Pretos 13,5%
blogspot.com/2010/11/nem-negro-nem-branco.branco.
É importante destacar que não há uma cultura indígena, mas várias, e cada
povo desenvolveu suas próprias tradições religiosas, musicais, de festas,
artesanatos, dentre outras. As tribos, de modo geral, se tratam de uma sociedade
sem propriedade privada (a terra é de todos), de habitação é coletiva, igualitária,
descentralizada no quesito política e status social. A liderança de uma tribo não é
hereditária, passado de pai para filho, mas meritória, isto é, o índio deve merecer um
cargo de tanta importância para o grupo.
O líder de uma tribo é denominado cacique, este representa a figura de chefe
político e administrativo. Já do ponto de vista religioso, a cultura indígena possui o
xamã, também chamado de pajé, que é o responsável por intermediar o plano
espiritual e material. Além dessa intervenção, o xamã também é responsável por
preservar e compartilhar o conhecimento da tribo e de tratamentos por meio de
ervas, plantas e rituais religiosos. Já a religião indígena era baseada na crença em
espíritos de antepassados e forças da natureza. Outra característica cultural desse
povo é a fabricação de objetos com elementos da natureza, como, por exemplo,
cerâmica, palha, cipó, madeira e dentes de animais.
A história mostra que quando os portugueses chegaram a terras brasileiras
encontraram uma floresta densa e com as mais diferentes tribos que já viviam aqui.
Esses povos nativos foram chamados de índios, porque os portugueses achavam
que tinham chegado à Índia. No entanto, esses nativos já possuíam sua cultura,
língua, tradições e costumes bem definidos. Com a chegada dos portugueses os
índios foram escravizados, enganados, explorados e, em muitos casos,
massacrados pelos portugueses e sofriam de retaliações por tentarem manter suas
tradições e costumes. Perderam terras e foram forçados a abandonar sua cultura em
favor da europeia.
As poucas tribos que sobreviveram à colonização tentam se adaptar na
sociedade construída e luta para manter sua herança cultural e de subsistência em
meio à sociedade atual. Esses descendentes dos antigos índios vivem, geralmente,
em encostas de rodovias, na biodiversidade de cidades, em lotes e terras cedidos
pelo governo, na tentativa de manter o mais próximo das suas antigas tradições,
plantando e cultivando para sua sustentabilidade.
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Os índios mantêm boa parte de suas tradições, como cultivar o próprio
alimento, tratar todos da tribo como iguais, o trabalho na tribo deve ser realizado por
todos, havendo apenas uma divisão por gênero e idade. Outros hábitos foram
adicionados às suas práticas diárias, por exemplo, frequentar a escola com o
principal objetivo de aprender o português.
A sociedade indígena que resta das antigas tribos é protegida por algumas
ONG’s em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e pela Organização
das Nações Unidas (ONU). Estes são órgãos que têm a missão de defender os
direitos indígenas, o seu reconhecimento e espaço na sociedade moderna, além de
proteger os direitos dos índios como humanos no plano nacional e internacional.
Imagem 4: Produtos Indígenas
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RESUMO
Acerca das relações étnico-raciais foi dito que o Brasil é composto por
diferentes grupos que a caracterizam como uma das mais ricas do mundo no sentido
cultural. Apesar disso, sua história é marcada por desigualdades e discriminações,
principalmente quando se trata de negros e indígenas, o que acaba sendo um
obstáculo para o desenvolvimento econômico, político e social do país. Por fim,
tratamos sobre a produção indígena e o processo de comercialização desses
produtos por meio de um case da empresa Incausa.
Curiosidade: Muito foi herdado da cultura indígena, dois exemplos serão citados:
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Saiba mais:
http://www.ecoeficientes.com.br/o-que-e-
uma-ecovila/
https://irradiandoluz.com.br/2015/10/ecovilas
-e-comunidades-no-brasil.html
Propagandas:
Caixa Econômica
https://www.youtube.com/watch?v=1Er8AtFeQeQ
Natura
https://www.youtube.com/watch?v=sUTadyEuLSY
https://www.youtube.com/watch?v=oacxBbwy4uw
Faber Castell
https://www.youtube.com/watch?v=NsRctFp1-zM
Ypê
http://www.ype.ind.br/projetos/meio-ambiente/observando-os-rios
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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EXERCÍCIOS DA UNIDADE V
1) Pesquise e apresente a seus colegas empresas da região que fazem uma produção
sustentável. Se possível fale sobre o(s) produto(s) e explique o porquê se
classificam como sustentáveis.
3) Uma das reivindicações dos indivíduos ao fim do golpe militar, a partir dos anos 60,
era:
a) Volta completa da escravidão
b) Redução do direito das mulheres
c) Mais garantias e direitos à população
d) Menos educação
a) Navios
b) Bicicleta
c) Carroças
d) Avião
6) Os negros conseguiram a liberdade graças a:
a) Chegada dos portugueses
b) Descoberta dos índios
c) Assinatura da Lei Áurea
d) Nenhuma das alternativas anteriores
7) Quando os portugueses chegam ao Brasil, o que eles encontraram?
a) Mercado de especiarias indianas
b) Índios
c) Negros
d) Nenhuma das alternativas anteriores
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