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RESUMO – DECISÕES DE INVESTIMENTO

(Ligado ao 3º Assunto do 1º Módulo)

Proff. Pedro Vergas Matos


(ISEG)

1 - Enquadramento teórico as decisões de investimento nas Finanças

2 - Critérios de Análise Financeira de Investimentos Reais conceitos e limitações

3 - Análise de alternativas incompletas investimentos com vidas úteis diferentes período óptimo de substituição de

equipamentos reparação vs substituição decisão com restrição orçamental

4 - Avaliação em condições não determinísticas

Bibliografia
a. Brealey,R.Myers,S.C.eAllen,F.(2019),PrinciplesofCorporateFinance,13rded.,McGraw-Hill,InternationalEdition

b. Lumby,S.eJones,C.(2011),CorporateFinance–Theory&Practice,8thedition,South-WesternCengageLearning

c. Bierman,H.eSmidt,S.(2007),TheCapitalBudgetingDecision–
economicanalysisofinvestmentprojects,9thedition,MacmillanPublishingCompany,NovaIorque

d. Soares,I.,Moreira,J.,Pinho,C.eCouto,J.,(2015),DecisõesdeInvestimento–
AnáliseFinanceiradeProjectos,4ªed.,EdiçõesSílabo,Lisboa

Bibliografia Complementar

a. CarvalhodasNeves,J.(2002),AvaliaçãodeEmpresaseNegócios,1.ªedição,McGraw-Hill,Lisboa

b. Damodoran,A.(2012),InvestmentValuation–
ToolsandTechniquesforDeterminingtheValueofAnyAsset,3rded.,JohnWiley&Sons,NewYork

c. Kohler,T.,Goedhart,M.eWessels,D.(2015),Valuation–
MeasuringandManagingtheValueofCompanies,6thed.,McKinsey&Co,WileyFinance,NewYork

d.Damodaran,A.
(2018),TheDarkSideofValuation:ValuingYoung,Distressed,andComplexBusinesses,3rded.,PearsonEducationInc.

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1 - Enquadramento teórico as decisões de investimento nas Finanças

DECISÕES DE INVESTIMENTO RESUMEM-SE A

1 – SIM OU NÃO
2 – QUAL?
A Decisão deve ser sempre feita em prol do Futuro, e comparando os custos com benefícios.

(Benefícios/Custos) = >1 ou (Benefícios -Custos) > 0?

Quanto maior o horizonte temporal mais difícil termos as previsões e tomarmos decisões.

ANÁLISE, consiste num processo usado para determinar se o benefício de realizar algo é superior ao seu custo. O
processo de análise ocorre antes da concretização de um objectivo pelo que, deve ser visto como um instrumento
de apoio à tomada de decisão ex ante) Neste sentido, o termo de análise é distinto do termo AVALIAÇÃO ex post.

Faremos Análises Financeira de Investimentos Reais, tais como investimentos em escolas, em hospitais, em
aeroportos, em fábricas, investimentos reais e não circunstanciais.

DECISÕES DE INVESTIMENTO é o resultado a fazer de uma Análise de Investimento e ou da Análise de Projectos e


de pouparmos em investimento e não em casa ou sem aplicarmos a poupança.

PROJECTO: esforço temporário empreendido para criar um produto ou serviço que é considerado único
Temporário: qualquer projecto tem um prazo temporal delimitado.
Único: existe algumas Características que distinguem o produto ou serviço que se quer desenvolver daquilo que
já existe actualmente.

INVESTIMENTO: aplicação de recursos na aquisição e/ou construção de activos reais ou financeiros, com vista a
gerar riqueza para os promotores ou benefícios para os destinatários da iniciativa ao longo de um determinado
período de tempo.

Os Projectos podem classificar-se em Investimentos de Reposição/Substituição, Investimento de Expansão,


Investimentos de Modernização, Investimentos de Inovação, Investimentos Estratégicas e Investimentos
Obrigatórios (este face a legislação, etc).

Todos nós gostamos mais de consumir do que poupar. A taxa de juro é o prémio que nos dão para deixarmos de
consumir e pouparmos.

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CUSTO DE OPORTUNIDADE, é o valor da melhor oportunidade e aplicabilidade que temos e devemos fazer e isto
aplica-se a cada dia e situação. (i)

Há sectores na economia que tem menos riscos de investimentos que outros, por exemplo investir numa padaria o
investimento do risco é mínimo, contudo o investimento no sector de medicamentos é de risco porque o poder de
venda e de consumo não é diário.

Quem quiser investir com um baixo risco deve investir em Títulos de Divida Pública.

A Análise Financeira é o elemento chave no plano de negócios para se tomar uma decisão, nós nunca podemos e
devemos tomar uma decisão sozinhos. O Plano de negócios é um plano coletivo de uma equipa de um segmento
de negócio e da economia.

ÓPTICAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS


Um projecto gera riqueza ou é vantajoso rentável desde que o benefício de realizar um investimento seja superior
ao seu custo. Por isso, é fundamental que o promotor do investimento avalie os efeitos da sua execução.
Atendendo ao ponto de vista do agente económico ou da comunidade, podemos ter diferentes perspectivas de
análise dos efeitos de um projecto:
Análise Financeira efectuada uma análise técnica, comercial e institucional, é necessário verificar se o
projecto contribui para a maximização do valor de uma empresa os investidores do projecto accionistas e
credores) obtém um rendimento superior ao custo de oportunidade do capital aplicado no projecto
(Lucro).
Análise Económica contributo do projecto para objectivos da política económica nacional crescimento
económico, emprego, balança comercial, etc. (Produto, Mais Produção, Mais Matéria).
Análise Social avalia a contribuição do projecto para objectivos sociais da comunidade nomeadamente, a
justiça, bem estar social, fixação da população nas regiões desfavorecidas, objectivos de desenvolvimento
sustentável etc.

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OBJECTIVO DO GESTOR: a tomada de uma boa decisão consiste no investimento num activo real que produza um
rendimento superior ao seu custo.

INTERACÇÃO ENTRE DECISÕES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO


A decisão da empresa em investir significa que os accionistas renunciam a oportunidade de consumir agora ( com o
objectivo de aumentar o seu consumo futuro (dividendo maior)

O CASH FLOW
A realização ou não de um projecto de investimento depende essencialmente da sua rendibilidade futura, isto é,
da sua capacidade de gerar fluxos financeiros adequados para remunerar adequadamente as despesas efectuadas
com a sua realização e funcionamento.

CASH INFLOW (recebimentos) / CASH OUTFLOW (pagamentos)


Cash flows são uma questão de facto! Lucro contabilístico é uma questão de opinião.
Apenas os cash flows incrementais são relevantes para a análise da rendibilidade!
Resultado Líquido / Lucro não é um bom indicador porque há Evidências Empíricas sobre a Manipulação dos
Resultados Contabilísticos.
Os rendimentos e gastos dependem das políticas contabilísticas adoptadas pela empresa Por exemplo, o resultado
líquido de exercício varia de acordo com o critério de custeio das saídas das existências.

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PERÍODO DE VIDA DO INVESTIMENTO
A vida do projecto é definido em função do período de vida técnico (usura física), tecnológico e de mercado, dos
três o menor, referente ao equipamento mais importante.
A vida tecnológica de um equipamento representa o horizonte temporal de exploração até este ser considerado
economicamente ultrapassado. A ultrapassagem ocorre quando os custos de produção e manutenção são
superiores face a equipamentos concorrentes perda de competitividade no produto.

VALOR RESIDUAL (VR) DO INVESTIMENTO


Valor do projecto no final de um determinado horizonte temporal previamente definido período de vida do
investimento, Contudo, em determinados projectos o n º de períodos tende para infinito, ou seja, considera se
que a vida é indeterminada cash flows perpétuos.

VALOR RESIDUAL DO PROJECTO COM VIDA FINITA


a) Valor Residual das Necessidades de Fundo de Maneio, Valor do último período de vida do projecto referente às
dívidas a pagar e a receber relativas ao ciclo de exploração.
b) Valor Residual do Activo Fixo, Valor esperado dos bens utilizados na exploração do negócio no último período de
vida do projecto => valor contabilístico ou valor de mercado que se espera para um determinado equipamento no
final do horizonte temporal em estudo (preferência este). (caso especial: exploração mineira).

Cash-flows do projecto são divididos em dois períodos:


- Período com oscilações nos cash-flows
- Período estável (cruzeiro) => valor residual

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“O valor de um projecto depende de todos os fluxos de tesouraria (cash-flows) adicionais resultantes da sua
realização.” (Brealey e Myers).

CUSTOS IRRECUPERÁVEIS (Sunk Costs)


Os custos que a empresa suporta caso implemente ou não o projecto não devem ser considerados como custos do
projecto – ignore os sunk costs! (Brealey e Myers).
Por exemplo, as despesas gerais que a empresa tem actualmente não devem ser imputadas ao projecto, excepto
caso essas despesas cresçam em virtude da implementação do projecto – apenas os cash-flows incrementais são
relevantes.

CUSTOS QUE NÃO SÃO DESPESAS AMORTIZAÇÕES E PROVISÕES DO EXERCÍCIO (AE)


As amortizações e provisões do exercício não são considerados cash flows Porquê?
a) Não representarem um pagamento as amortizações do exercício, elas são o reconhecimento da utilização e
do desgaste do equipamento. As provisões são o reconhecimento de uma possível perda ou de uma
responsabilidade futura que originará um pagamento.
b) Evita a dupla contagem esses meios cativados (auto financiamento) serão mais tarde utilizados na aquisição
de novo equipamento ou no pagamento das responsabilidades, e aí sim, serão considerados um cash
outflow.
CASH FLOWS INCREMENTAIS
São a “matéria prima” para a Análise Financeira de Investimentos. São calculados considerando a diferença de CFs
“com o projecto e “sem o projecto” (e não “e“ do investimento). Este aspecto é particularmente relevante em
projectos de modernização ou expansão. Os efeitos que o projecto irá ter nos restantes negócios da
empresa devem ser considerados, ou seja, as sinergias entre investimentos.

2 - Critérios de Análise Financeira de Investimentos Reais conceitos e limitações

TÉCNICAS DE ANÁLISE DE PROJECTOS


- INVESTIR (caso tenha boas oportunidades de investimento)
ou
- DISTRIBUIR DIVIDENDOS
O gestor precisa de um critério específico que lhe permita avaliar se uma oportunidade de investimento em
activos reais produz ou não um valor suficientemente compensador (em termos do aumento do consumo futuro),
para reduzir o consumo actual /dividendos de modo a promover o investimento.

PROPRIEDADES DE UM BOM CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO (Copeland, Weston e Shastri, 2004)


- Todos os cash-flows do projecto devem ser considerados
- Os cash-flows previsionais do projecto devem ser actualizados ou descontados à taxa do custo de oportunidade
dos capitais investidos.
- O critério deve permitir seleccionar de um conjunto de projectos mutuamente exclusivos, apenas um que
maximize o valor da empresa.
- O gestor deve ficar em condições de considerar cada projecto independentemente de todos os outros – princípio
da aditividade de valor.

SE SOUBER O VALOR SEPARADO DE CADA PROJECTO, ENTÃO O VALOR DE UMA EMPRESA É IGUAL À SOMA DO
VALOR DOS PROJECTOS. Esta propriedade implica que o projecto é considerado pelo seu próprio mérito, não
existindo assim, a necessidade de encontrar combinações com outros projectos para que seja justificado a sua
implementação.

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CRITÉRIOS PARA A TOMADA DE DECISÃO

1 – Atualização = Co = Cn / ((1+r) ^n
Co, valor do capital hoje.

2 – Capitalização e = Cn = Co x (1+r)^n
Cn, capitalização valor que o capital vai ser daqui a x tempo ao juro composto

3 – Factor de desconto cumulativo de Rn

Como já foi dito, os critérios que se fundamentam na técnica da atualização financeira, a qual tem como
parâmetro de base os cash-flows a libertar pelos investimentos, representam uma mais-valia na avaliação da
rendibilidade de projetos dado que consideram o valor temporal do dinheiro e o custo de oportunidade do capital.
Daí, que é importante oportuno abordar tais critérios a saber: VAL (Valor Atual Líquido), TIR (Taxa Interna de
Retorno), o IRP (Índice de Rendibilidade de um Projeto) e o PRI (prazo de retorno do investimento inicial).

NOÇÃO DE VALOR ACTUAL:


Valor no momento presente dos fluxos referentes às despesas e receitas do projecto que serão realizadas e/ou
obtidas no futuro.
Comentários sobre o Valor Actual:
a) Comparação: um projecto gera fluxos em momentos diferentes, pelo que, a comparação entre
pagamentos e recebimentos previsionais só é possível se estiverem referidos ao mesmo período
temporal => momento de decisão.
b) Conceito que baseia-se num princípio financeiro básico:
1 € hoje vale mais do que 1 € amanhã
✓ Porquê? Possuir 1€ equivale a poder dar-lhe aplicação – retirar dessa posse uma determinada
utilidade.
✓ Qual utilidade? 1€ hoje pode ser investido e imediatamente render juros.

Valor actual de um pagamento ou recebimento esperado dentro de um ano é dado por:

A taxa de rendibilidade r corresponde ao rendimento que os investidores exigem por ter diferido, por 1 ano, o
consumo de uma unidade monetária disponível. Essa taxa não é mais do que a taxa de rendibilidade oferecida
por alternativas de investimento comparáveis => denominado CUSTO DE OPORTUNIDADE DE CAPITAL

Renda constante

Temos aqui um somatório de uma progressão geométrica, temos sempre que actualizar

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Caso as rendas sejam constantes basta realizar esta fórmula

CRITÉRIO – Valor Atual Líquido (VAL)


Numa ótica de maximização do valor dos investidores, este é um critério de avaliação muito utilizado porque nos
mostra a verdadeira riqueza criada pelo projeto e também considera o valor temporal do dinheiro e o custo de
oportunidade do capital. “O VAL é o somatório dos cash-flows líquidos atualizados” (Barros, 1995).

Legenda: t = Tempo; n = Vida útil do projeto; i = Custo de oportunidade do capital -taxa de atualização.

OU

REGRA DE DECISÃO: os projectos devem ser aceites se o VAL ≥ 0 e devem ser rejeitados se o VAL < 0. Entre duas
alternativas, com as maiores cautelas, escolhe-se a que tiver um maior VAL.

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VANTAGENS:

-Cumpre com os 4 requisitos enunciados anteriormente para um bom critério.


-Apresenta uma robustez teórica (modelo téorico subjacente), que assegura a sua superioridade face ás
alternativas assim como assegura que a escolha de projectos com VAL positivo maximiza a riqueza dos promotores.

DESVANTAGENS / CAUTELAS:

-VAL obriga à determinação prévia da taxa de actualização


-Projectos com vida útil diferente, o VAL pode não ser directamente comparável.
VAL é indiferente quanto ao volume de capitais a investir e é uma medida absoluta – não tenho informação da
rendibilidade do projecto por unidade de investimento (ver IR). Logo não é adequado quando há restrições
orçamentais activas.

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OBTENÇÃO DA CAPITALIZAÇÃO A X TEMPO ou obtenção de um valor a x tempo

Juros Simples e Juros Compostos


R= Taxa constante
N= número de períodos
Cn, capitalização valor que o capital vai ser daqui a x tempo ao juro composto
Co, valor do capital hoje.

Qual é o valor no Futuro de um C0?, Sendo o Juro a 3% nos 4 primeiros anos e a 7% a dois anos. Qual é o C6, a
capitalização, sabendo que Sendo que os custos de oportunidade eram igual todos os anos.

RESOLVER PROBLEMAS DO EXERCICIO do PDF

Problemas de Cálculo Financeiro


Responda às seguintes questões:
(a) Qual o valor acumulado ao fim de 28 anos de 5 000 euros, sendo o juro composto anual de 15 %?

(b) Qual o capital que, colocado à taxa de 12 %, originou em 16 anos o capital acumulado de 141 000 euros?

(c) A que taxa de juro foram aplicados 8 000 euros que originaram, em 15 anos, um capital acumulado de 123
256 euros?

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CRITÉRIO – O Período de Recuperação do Investimento (PRI) ou (Payback Period)

CFE = Cash-Flow exploração; t = Tempo; i = Custo de oportunidade do capital – taxa de atualização.

O PRI é utilizado na avaliação de projetos de investimento.


O “período de recuperação” de um projecto obtém-se calculando o número de anos que decorrerão até os cash
flows acumulados previsionais igualarem o montante do investimento inicial, ou calcula o retorno desde o
arranque do projeto até que o rendimento acumulado iguale o custo do investimento, momento em que se diz que
o investimento está recuperado.
Assim, este método indica a rapidez com que o projeto é recuperado, mas não mede a sua rendibilidade.
Quando o PRI é usado em decisões de aceitar-rejeitar, o critério de decisão é o seguinte: se o período do PRI for
menor que o período do PRI máximo aceitável, aceita-se o projeto; caso o período do PRI seja maior que o período
do PRI máximo aceitável, rejeitase o projeto.

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QUESTÃO: Que investimentos recuperar e à custa de que cash flows?
VANTAGENS PRI:
• Fácil e rápido de calcular.
• Útil em situações de pequenos investimentos e que exigem tomadas de decisões rápidas e/ou situações de
elevado risco e incerteza (sector, país etc.).
• Evita que os gestores estimem todos os cash-flows da vida do projecto, pois basta prever até à data em que o
investimento é recuperado.
• Permite saber qual o projecto que mais rapidamente liberta meios financeiros suficientes para o seu
reinvestimento => medida do grau de liquidez do projecto. É particularmente importante em situações de escassez
de capital.
• Em projectos mutuamente exclusivos o gestor é levado a escolher o projecto com menor risco e com capacidade
de gerar um retorno mais rápido. Quanto maior for a vida do projecto mais dificuldades existe em estimar os cash-
flows => aumenta o risco

DESVANTAGENS PRI:
• Normalmente apenas os cash outflows relacionados com despesas de investimento iniciais são considerados.
Logo, as despesas com investimento de substituição, de desmontagem do projecto (exemplo: custos de fechar uma
mina) não são consideradas?
• O que se considera investimento inicial? Exemplo: ano zero – 5.000; ano 1 + 1.000; ano 2 – 5.000. A partir de que
período começa a contar o payback? A ambiguidade na definição de investimento leva a que os gestores “tomem
decisões desejadas e não as decisões correctas” (Lumby, 1996).
• Normalmente não considera as Necessidades de Fundo de Maneio, porque assume-se que serão recuperadas no
fim da vida do projecto.
• Normalmente o PRI baseia-se no pressuposto que os cash-flows se distribuem uniformemente ao longo do tempo
considerado. Um cash flow anual de 120€ significa um cash flow mensal de 10€.
 Não considera todos os cash-flows: apenas são relevantes os cash-flows gerados até ao momento em que o
investimento foi recuperado, podendo levar à rejeição de projectos rentáveis por ter uma duração mais longa.
 Não considera o valor temporal do dinheiro, ou seja, não proceda à actualização dos cash-flows ao custo de
oportunidade do capital. A simples soma de valores não tem em consideração se estes ocorreram nos primeiros
momentos após o investimento ou em momentos mais afastados.
 Definição arbitrária do período de recuperação: face a vários projectos alternativos, cabe ao gestor decidir qual
o período limite apropriado. Esta situação cria uma tendência para aceitar muitos projectos de curta duração e
muito poucos projectos com um longo período de vida.

Pri Efectivo é efectivo quando trabalha com os cashflows efectivos para cada ano.

Somo todos os Cashflows que eu utilizei até ter o investimento pago.

1ª Dificuldade do PRI Clássico, não actualiza os cash-flows;

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2º Dificuldade do PRI, não olha para toda a informação do projecto, ele só olha para a informação que serve para
análise dele de compensar o investimento, ou seja deixa de analisar o cash-flows posterior ao investimento ser
recuperado.

Problema: CASO Sa&Ca Lda

A empresa Sa&Ca Lda está a estudar um novo projecto de investimento relativamente ao qual dispõe das
seguintes informações (valores em milhares de euros):

Com base nos dados apresentados calcule os seguintes indicadores:


(a) PRI efectivo e médio
(b) Valor Actualizado Líquido (VAL)
(c) Índice de Rendibilidade
(d) Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)
(e) Rácio Benefícios-Custo [Se necessário, trabalhe com uma taxa de actualização de 5%

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O nosso PRI Efectivo deve ser 4.5 nos

PRI Médio, é o número de anos que temos que funcionar em ano cruzeiro para recuperar as despesas de
investimento. Neste exercício de

A Soma dos cashflows de investimento é 1.000 e a soma dos chasflows de produção é 1.000

Faz este projecto porque o Val é positivo 123.075, porque nós te conseguimos pagar este projecto.
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Quanto maior a taxa de rentabilidade, menor é o VAL.

4º Aula 17/Jan/2022
CRITÉRIOS PARA A TOMADA DE DECISÃO

Para se calcular um VAl tem sempre que se ter uma Taxa. Quanto menor a taxa de actualização menor é o val.

E quanto maior for o VAL mais atractivo é o projecto

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INDICE DE RENTABILIDADE do PROJECTO (IR)
O IRP é um critério de avaliação de projetos baseado no rácio entre o VAL adicionado do investimento e o próprio
investimento” (Porfírio et al,2004, p.88). Assim o índice de rendibilidade (IRP) de um investimento mede a
rendibilidade efectiva por unidade de capital investida (Silva, 1999).
O cálculo do Índice de rendibilidade é efetuado com base na seguinte forma algébrica:

Legenda: CFt = Cash-Flow no momento t; It = Investimento no momento t; t = Tempo; i = Custo de oportunidade do


capital - taxa de atualização

Caso este índice seja igual à unidade, é indiferente para a gestão aceitar ou rejeitar o projeto, o que é consistente
com o facto de, nesta hipótese, o VAL ser nulo.

Se o IRP for superior à unidade, o projeto revela-se rentável, logo aceitável. Pelo contrário, se o IRP for inferior à
unidade (1), isso significa que para a taxa de atualização utilizada, o VAL é negativo e que, portanto, o projeto deve
ser rejeitado (Silva, 1999)

Problema CASO SA Resposta c)

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TIR, TAXA INTERNA DE RENTABILIDADE
TIR é a taxa de actualização que torna nulo o VAL do projecto, pelo que, representa a remuneração máxima que o
projecto poderá proporcionar aos investidores / a taxa máxima que os investidores podem exigir.
Para encontrar a TIR de um projecto que dure T períodos devemos resolver a equação:

Em ambas situações, para que não se retire conclusões erradas é necessário determinar para a diferença entre os
cash-flows incrementais a TIR e o VAL. A diferença entre os cash-flows dos 2 projectos em análise (cash flows
diferenciais) são considerados como um novo projecto – denominado projecto diferencial. Esta abordagem
reconduz-nos à decisão proposta pelo VAL

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COMPARAÇÃO VAL E TIR – ARMADILHAS DA TIR

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Armadilha 4: Estrutura Temporal das Taxas de Juro

TIR assume que o custo de oportunidade de capital é constante ao longo da vida do projecto. Só assim, é possível
comparar a TIR com r e tomar uma decisão. Contudo, o custo de oportunidade de um investimento a 1 ano é
diferente do custo de oportunidade de um investimento a 5 anos. A solução é encontrar um activo que tenha um
risco e um padrão temporal de cash-flows semelhante ao do projecto . Só que isso é difícil de encontrar no
mercado.

Armadilha 5: Princípio da Aditividade

O valor de uma empresa é igual à soma dos valores de cada um dos projectos. A TIR não possui esta propriedade.
Para demonstrar esta afirmação, suponha que a empresa está analisar 3 projectos: projecto G e H são mutuamente
exclusivos e o projecto I é independente dos outros.

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Se for utilizado o critério da TIR, a escolha recairá na combinação H+I. Mas isoladamente, o projecto H tem um VAL
e uma TIR inferior ao projecto G. Assim, a TIR poderá induzir o gestor a escolher um mau projecto só porque está
associado a um bom projecto.

Aqui temos dois exemplos aplicar o investimento em um fundo de investimento real e ou numa fábrica segundo
caso que iremos ter o lucro de 1.125 aos 4 anos e no fundo teríamos ao fim de 4 anos o valor de 1.360.5.
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Problema: Dragonair SA
A empresa Dragonair está a estudar o problema da melhor solução alternativa para um investimento de expansão
de capacidade. Os dois projectos que possui em carteira para atingir tal objectivo gerarão iguais acréscimos de
receitas, possuindo vidas úteis de 5 e 4 anos e custos de investimento de 50 000 e 30 000 euros, respectivamente.
A empresa considera adequada a utilização de uma taxa de actualização de 5%. As previsões relativamente às
despesas de exploração são as seguintes

(a) Qual das duas alternativas é preferível? Quais as limitações da sua análise?

CAa = 50.000+ 6.000/1.05 + 7000/(1.05)1 +8.000/(1.05)2 + 9.000 /(1.05)4 + 10.000/(1.05)5=

=5.714 + 6.349 + 6.911 + 7.404 + 7.837 =34.215+50.000 = 84.215

CAa = a5] 0.05 = (1+0.05)5 – 1 / (0.05) x (1+0.05)5 = 1.276-1 / (0.05X1.276) = 0.276/1.326 = 4.3260

A Melhor alternativa possível é a A.

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Alínea B

Suponha agora que existe a possibilidade de prolongar a vida útil dos projectos, embora isso implique um
agravamento considerável das despesas de exploração, em ambos os casos:

Parece-lhe conveniente prolongar a vida útil de algum dos projectos? Em caso afirmativo qual a duração
económica mais adequada de cada um deles?

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Vendo os cálculos seguintes o projecto A tem a melhor duração económica com 5 anos e
o projecto B também tem a melhor controlo de custos no ano 5.

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Quando a Taxa de actualização soube, e aqui subimos de 10% para 35%, optamos pelo projecto A, por
ter uma rentabilidade superior ao do Projecto B.
Quando as duas linhas se cruzam é a taxa de rentabilidade é relativa logo ai tanto faz um projecto ou outro.

O VAL diz me uma coisa e o TIR diz outra, pelo TIR preferimos o projecto A, pelo VAL preferimos o Projecto B,
contudo entre o VAL e TIR devemos optar sempre pelo o VAL.

RACIO CUSTOS BENEFICIOS

AULA 19 JANEIRO 2021

- Revisão do último exercício.

Vamos comparar o Exercicio BTT 1, onde comparamos

Problema: CASO "BTT" (1)


Um fabricante de bicicletas montanha está a ponderar a possibilidade de adquirir uma nova máquina de
manipulação de alumínio.
Actualmente está a ser lançado no mercado um novo equipamento, sobre o qual se dispõe das seguintes
informações:

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Sabe-se ainda que:
- No futuro previsível não serão lançados novos modelos, nem se estimam alterações significativas da procura,
não podendo este equipamento durar mais de 3 anos;
- O produtor considera adequada uma remuneração para os seus capitais de 10%/ano.

Em que momento deve ser substituída esta da nova máquina?

VALOR ANUAL EQUIVALENTE

Problema: CASO "BTT" (2) – Slide 81


A mesma fábrica de bicicletas tem ainda uma máquina antiga a funcionar e pretende saber quando é que a deve
substituir pela máquina nova, que foi estudada no exercício anterior.
Relativamente à maquina antiga, a informação disponível está sintetizada na tabela seguinte:
Em que momento é que a máquina que já está em funcionamento deve ser substituída pela máquina nova?

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O Valor da renda A é maior que o valor da renda B, Na renda A eu começo a receber mais cedo logo é melhor que a
Renda B.

A renda B, é exatamente igual a Renda A nos primeiros 4 anos e a calculamos a renda B,

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VALOR ACTUAL DOS CASH-FLOWS
Em Finanças, o princípio de criação de valor ou maximização do valor de uma empresa, deve ser entendido como
o VALOR ACTUAL DOS CASH-FLOWS que, no futuro, a empresa poderá vir a conferir aos titulares do seu capital.
O segredo do êxito da gestão financeira é a criação de valor. (Brealey, Myers e Allen, 2003) .
O valor de uma empresa está dependente da qualidade das decisões tomadas ao nível do investimento e do
financiamento. O exame dos efeitos financeiros dessas decisões é feito através de duas vectores complementares:
RENDIBILIDADE e RISCO

RENDIBILIDADE:
É a Capacidade do projecto gerar um excedente monetário líquido positivo, a partir dos designados cash-flows
(fluxos de caixa) de exploração, cuja soma (actualizada) deve ultrapassar o montante do investimento. Os
resultados do projecto podem ser apreciados de uma forma:
Líquida = benefícios – custos (por ex o VAL)
Relativa = benefícios / custos (por ex o rácio B/C

RISCO
Reflecte a variabilidade possível dos cash-flows futuros do projecto. O risco está associado ao factor tempo e
incerteza. Investir significa que os investidores ficarão privados por algum tempo do dinheiro aplicado. Por outro
lado, existe dificuldades em estimar os cash-flows que serão gerados no futuro e determinar se esses fluxos são
suficientes para remunerar os capitais investidos.

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O RISCO DA CARTEIRA
Os investidores sensatos não colocam todo o seu investimento no mesmo activo – reduzem o risco através da
diversificação. Donde os investidores apenas estão interessados no contributo que cada activo tem para o risco
global da carteira.

PROJECTOS COM VIDA UTÍL DIFERENTE

EXEMPLO 2 – DETERMINAÇÃO DO PERIODO ÓPTIMO DE SUBSTITUIÇÃO


Um fabricante de botões está a ponderar a possibilidade de adquirir uma nova máquina de manipulação de
plástico. Actualmente está a ser lançado no mercado um novo equipamento. Sabe-se ainda que:
− No futuro previsível não serão lançados novos modelos, nem se estimam alterações significativas da procura, não
podendo este equipamento durar mais de 3 anos;
− O produtor considera adequada uma remuneração para os seus capitais de 10%/ano.
Relativamente à nova máquina as previsões quanto aos cash flows são as seguintes:

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3 alternativas mutuamente exclusivas:
a. Substituição no final do 1º ano VAL = - 1000 + (500 + 650)/(1,1) = + 45,46
b. Substituição no final do 2º ano VAL = - 1000 + (500/1,1) + (450+400)/(1,1 2 ) = + 156,99
c. Substituição no final do 3º ano VAL = - 1000 + (500/1,1) + (450/1,1 2 )+(350+150)/(1,1 3 ) = + 202,08 VAL (final do
3º ano) > VAL (final do 2º ano) > VAL (final do 1º ano)
ATENÇÃO: vidas úteis diferentes => utilizar o VAE

EXEMPLO 3 – REPARAÇÃO vs SUBSTITUIÇÃO

O mesmo fabricante de botões já tem actualmente instalada uma máquina, que quando for substituída será pela
compra da que foi estudada anteriormente (e que será substituída de 2 em 2 anos). Relativamente máquina
actualmente existente as previsões quanto aos cash flows são as seguintes:

Em que momento deve ser substituída a máquina actual?

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AULA 21 janeiro 2021

3 – Constrangimento para analise de Critérios de Investimento

RESTRIÇÃO ORÇAMENTAL

Uma empresa deve aceitar todos os projectos para os quais o VAL > 0, pois são oportunidades que fazem aumentar
o seu valor e por conseguinte, a riqueza dos seus accionistas. Caso não existam projectos suficientes para esgotar
os fundos disponíveis, o remanescente é aplicado no mercado de capitais mas com um VAL = 0.

Solução: aceitar os projectos com maior VAL por unidade de investimento.

Técnicas utilizadas para seleccionar os projectos:


- Índice de rentabilidade
- Programação linear

EXEMPLO

Uma holding identificou um conjunto de oportunidades de investimento todos caracterizados por reduzidos
períodos de investimento, cujos valores relativos aos cash flows incrementais dos 1ºs dois anos e do VAL (em
milhares de euros) se apresentam no quadro seguinte:

Exemplo do caderno de exercício Africa venture:

1. No pressuposto de que os seus accionistas não têm qualquer restrição orçamental e de que todos os projectos
são independentes e divisíveis, quais os projectos que deverão ser realizados?
Poderão ser Todos escolhidos com a excepção do Projecto L porque é o único que tem o VAL negativo.

2. Se a empresa, por forma a não se expor demasiado a este mercado, limitar os investimentos no ano 0 a 275
milhares de euros, quais os projectos que deverá realizar?
Como temos escassez ou uma restrição é obrigatório calcular o Índice para ver qual é o melhor índice que
obtemos por val. Restrição orçamental activa => medida de eficiência (IR ajustado)

3. No pressuposto de que os projectos são independentes e divisíveis, de que o racionamento orçamental é apenas
no ano 1 e de que a dotação orçamental desse ano (external finance) é de 290 mil euros (que pode ser modificada
em função da carteira óptima escolhida), quais os projectos que devem ser realizados? Restrição orçamental activa
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=> medida de eficiência (IR ajustado). Não há restrição no ano zero vamos calcular o IR para o ano 1 e depois tomar
a decisão.

INDICE RENTABILIDADE (IR)= VAL/IO (Investimento ano zero

A PARTE de Inflação não será para ser considerada.

CONCLUSÂO

TESTE

- Perguntas de escolha múltipla


- 2 problemas
- 1 frase ou tema para argumentar

Possível reunião de analises, preferência final de uma manhã.

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