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CONTABILIDADE DE SEGUROS
Módulo I – 14 a 16 de Junho 2021
Apresentação
Beatriz Aguiar Pereira Experiência Profissional:
➢ 10 anos no exercício de actividades de Auditoria e Consultoria na
EY, com especial foco na actividade seguradora, em Portugal,
Africa, Espanha, Grécia.
➢ 22 anos no exercício de diversas funções na atividade seguradora
em Portugal (Grupo AXA) e Angola (Grupo SANLAM) - Chief Risk
binsurance.consulting@gmail.com
+351 932 590 581 Officer; Chief Audit Officer; Directora Geral Financeira; Directora de
Contabilidade, Cobranças e Investimentos)
➢ Membro do Conselho Executivo na AXA Portugal;
➢ Membro do Conselho Fiscal de empresas em Portugal;
➢ Formadora em diversos fóruns em Portugal e Moçambique: OROC
(Ordem dos Revisores Oficiais de Contas); EMOSE (Empresa
2 Moçambicana de Seguros)

Habilitações académicas:
➢ Licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa (Nova
Business School)-pré Bolonha
➢ Contabilista certificado (OCC- Ordem Contabilistas Certificados);
➢ Economista (OE- Ordem dos Economistas);
➢ Pós graduada em Fiscalidade (ISG- Instituto Superior de Gestão)
3 Agenda – módulo I:
 Introdução
o A actividade seguradora – acesso e exercício;
o Os conceitos de transacções de “Seguro Directo”, “Co-seguro” e “Resseguro”;
o Plano de contas e princípios contabilísticos aplicáveis às seguradoras;
o Breve abordagem aos Fundos de Pensões e suas regras contabilísticas;

 Provisões Técnicas
o Conceitos, pressupostos;
o Registo contabilístico;

 Investimentos
o Especificidades;
o Registo contabilístico;

 Pontos críticos para o departamento financeiros – fecho fim do exercício – a desenvolver módulo II

 Principais indicadores – a desenvolver módulo II

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4 Agenda – módulo I - dia 14/06/2021:
 Introdução
o A actividade seguradora – acesso e exercício;
o Os conceitos de transacções de “Seguro Directo”, “Co-seguro” e “Resseguro”;
o Plano de contas e princípios contabilísticos aplicáveis às seguradoras;
o Breve abordagem aos Fundos de Pensões e suas regras contabilísticas;

 Provisões Técnicas
o Conceitos, pressupostos;
o Registo contabilístico;

 Investimentos
o Especificidades;
o Registo contabilístico;

 Pontos críticos para o departamento financeiros – fecho fim do exercício – a desenvolver módulo II

 Principais indicadores – a desenvolver módulo II

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5 A actividade seguradora- acesso e
exercício
 Lei 12/15 de 17 de Junho - Lei de bases  Lei nº14/21 de 19 de Maio de 2021 –Lei
do sistema financeiro do Regime Geral das Instituições
Financeiras
 Aprovada proposta de Lei da
 Lei 1/00 de 3 de Fevereiro – Lei geral da actividade seguradora e resseguradora
actividade seguradora pelo parlamento –aguarda publicação
 Dec executivo nº 5/2003 de 24 de
Janeiro- Regulamento sobre condições
de acesso e de funcionamento da
actividade seguradora
Fundos pensões?
Mediação?

Um processo em transição com impactos contabilístico pois estas leis:


▪ Estabelecem a obrigação de um Plano de contas especifico para a actividade
seguradora;
▪ Estabelecem as Provisões Técnicas;
▪ Estabelecem os macro- critérios para as garantias financeiras desta actividade:
▪ Definem outras provisões (ex: provisões para prémios em cobrança;…
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6 A actividade seguradora- acesso e
exercício
Princípios gerais e orientadores das novas leis:

Segurança, Solidez e Estabilidade das Instituições Financeiras, assentes na:


➢ capitalização
➢ Supervisão comportamental e prudencial
➢ Disciplina de mercado, baseada na divulgação pelas Instituições
Financeiras de informação completa, verdadeira, actual, clara,
objectiva e licita

DF (Demonstrações Financeiras), preparadas de acordo com os


Demonstrações
princípios contabilísticos em vigor, de forma a apresentarem uma Financeiras
imagem verdadeira e apropriada do património, da situação
financeira e dos resultados da empresa

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7 A actividade seguradora- acesso e
exercício
O que são DF´s ? Que especificidades das
O balancete é uma DF? seguradoras?
Pilares nas organizações e sua governance

Quantas vezes se preparam as O que é isso do seguro

Cultura empresarial e governance


DF´s num ano contabilístico? Directo?

Ambiene de controlo interno


Que princípios contabilísticos E o co-seguro?
são esses?

Gestão de Riscos
E o resseguro?
Contabilidade
Contabilistas

Que é isso de fecho de Há outros regimes específicos?


contas? Garantias financeiras

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8 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Contrato de Seguro
O contrato de seguro é um acordo através do qual o segurador assume a
cobertura de determinados riscos, comprometendo-se a satisfazer as
indemnizações ou a pagar o capital seguro em caso de ocorrência de sinistro,
nos termos acordados.
Em contrapartida, a pessoa ou entidade que celebra o seguro (o tomador do
seguro) fica obrigada a pagar ao segurador o prémio correspondente, ou
seja, o custo do seguro.
A prestação do que ficou acordado no contrato pode ser efetuada à pessoa
ou entidade no interesse do qual o seguro é celebrado (o segurado) ou de
terceiro designado pelo tomador do seguro (o beneficiário) ou ainda a uma
terceira pessoa ou entidade que tenha sofrido prejuízos que o segurado deva
indemnizar – o terceiro lesado.
Os seguros podem ser obrigatórios (quando a respetiva celebração é exigida
por lei) ou facultativos (quando é opção do tomador de seguro celebrá-lo ou
não).
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9 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Transacções de Seguro Directo (SD)

São aquelas que resultam directamente do contrato de seguro, ou seja:

Prémio – Produção SD

Indemnização – Sinistros SD
seguradora
Tomador de seguro*

Comissão – Comissões SD

Mediador (Agente, corretor,…)*


* Tomador de seguro ou Mediador podem ser individuais ou empresas
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10 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Transacções de co-seguro
São aquelas que resultam de repartição/ divisão do risco para dar garantias de
“estabilidade” à seguradora.
Co-seguro é a operação pela qual algumas empresas de seguro garantem o mesmo
risco, cada uma delas tomando uma fracção desse risco a seu cargo (Dec- 6/01 de 2
de Março 01–art 14º)

** Prémio – Produção SD (com a líder)


lider
+ Indemnização – Sinistros SD (por norma com a líder
seguradoras
Tomador de seguro*

Comissão – Comissões SD (por norma com a líder)

Mediador (Agente, corretor,…)*


*Tomador de seguro ou Mediador podem ser individuais ou empresas;
** a partilha do prémio, indemnização , comissão entre co-seguradora líder e restantes seguradoras é feita entre elas, apesar do
tomador ter conhecimento do contrato de co-seguro
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11 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Transacções de co-seguro – outros aspectos com impacto contabilístico

➢ Contrato co-seguro é titulado por apólice única emitida pela líder e


assinada por todas as seguradoras;

➢ È admitido facultativamente para todos os ramos, sendo que há regime


especial para:
(i) actividades petrolíferas e diamantíferas;
(ii) seguro agrícola;
(iii)Ramo de aviação do sector público;

➢ Funções da líder e eventual taxa de gestão;

➢ Acordo entre co-seguradoras para prestação de contas;

➢ Liquidação de sinistros – modalidades possíveis

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12 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Transacções de resseguro Cedido (RC)

São aquelas que resultam de repartição/ divisão do risco para dar garantias de
“estabilidade” à seguradora.
Resseguro define-se como a operação pela qual uma empresa de seguros faz, por sua
vez, segurar parte dos riscos que assume ((Dec- 6/01 de 2 de Março 01–art 1º)

Prémio – Produção RC Prémio – Produção SD


Comissão RC
Indemnização – Indemnização – Sinistros SD
RC
seguradora
Tomador de seguro*

Contrato Comissão – Comissões SD


resseguro**

Mediador (Agente, corretor,…)*


* Tomador de seguro ou Mediador podem ser individuais ou empresas ; ** o tomador de seguro não conhece a operação
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13 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Transacções de Resseguro cedido (RC) – outros aspectos com impacto
contabilístico

➢ Autorização e exercício – dec 6/01 de 2 e Março;

➢ Retenção e resseguro cedido - limites

➢ Retenção e Resseguro aceite

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14 Os conceitos de transacções de
seguro Directo; Co-seguro e Resseguro
Algumas características do sector segurador com impacto contabilístico/
financeira:

• Capitais mínimos;
• Inversão do ciclo produtivo;
• Garantias Financeiras:
• Risco;
✓ Provisões Técnicas;
• Intermediários;
✓ Margem de solvência
• Número elevado de terceiros
✓ Fundo de garantia
• Diversidade de produtos
✓ Representação das provisões
técnicas

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15 Plano de contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis as seguradoras

Plano de Contas é estabelecido pelo decreto 79- A/02 de 5 de Dezembro


…mas prevêem-se alterações a breve prazo;
?? Fundos Pensões
O dec 79-A/ 02: ?? Mediação
• Aprova o plano para uso das Seguradoras - uso obrigatório:
• Define que a alteração da nomenclatura e conteúdo das contas bem como a
introdução de novas contas ou supressão das existentes é da competência do
Ministro das finanças sob proposta da ARSEG;
• Define que a introdução de novas sub-contas bem como modelos para
apresentação das contas é da responsabilidade da ARSEG:
• Este plano foi construído de acordo com as linhas gerais, princípios, definições do
plano geral de contabilidade mas seguindo os princípios da actividade seguradora;
• Neste plano estão fixados aspetos legislativos que divergem do fixado no direito
Comercial e Fiscal para as restantes actividades;
• Prevê mecanismos aptos a promover a integração dos sistemas de informação para
compatibilizar informação contabilística com informação para controlo de gestão,
estatística e outra informação publica
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16 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Para que as contas das empresas de seguros apresentem uma imagem
verdadeira e apropriada do património , da situação financeira e dos
resultados, devem ser seguidos os princípios universais designadamente:

• Da continuidade – presume-se que a empresa vai manter continuamente


sua actividade e não tem intenção nem necessidade de entrar em
liquidação;
• Da consistência –os critérios contabilísticos – os critérios contabilísticos não
podem alterados de um exercício para o outro – se ocorrer derrogação há Proveito?
Custo?
que divulga-lo no Anexo às Contas; Recebimento?
• Da especialização – os proveitos e os custos são reconhecidos quando Pagamento?
obtidos ou incorridos, independentemente do seu recebimento ou
pagamento;
• Do custo histórico – os registos contabilísticos devem ser efectuados com
base no custo histórico, excepto no caso de investimentos;
• Da prudência – as contas devem integrar níveis de precaução exigidos por
estimativas realizadas em condições de incerteza, mas sem criação de
reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada quantificação dos
activos e proveitos por defeito ou passivos e custos por excesso.
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17 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
….

• Da substância sob a forma – as operações devem ser contabilizadas


atendendo à substância e realidade financeira e não apenas à sua forma
legal;
• Da materialidade - as Demonstrações financeiras devem evidenciar todos
os elementos que sejam relevantes e que possam afectar avaliações ou
decisões de terceiros,
• Da não compensação de saldos – não é permitida qualquer compensação
(salvo nos casos previstos) entre contas do activo e contas do passivo, ou
entre contas de custos e de proveitos

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18 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Vamos exercitar….

Algumas
questões principios contabilsiti

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19 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

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20 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 1- Disponibilidades - Nesta classe são registados os valores imediatos ou quase


imediatamente disponíveis e outros que, pela sua natureza, se lhes assemelham;
10 - Caixa
Moeda nacional??
11- Depósitos à ordem Moeda estrangeira??
17- Outras disponibilidades Outras disponibilidades??

Classe 2- Investimentos - Estão incluídos os bens e valores destinados a permanecer na


empresa de forma duradoura, bem como todos os investimentos, independentemente da
intenção de aquisição e dos respectivos prazos de realização ou alienação.
20- Investimentos Afectos às Provisões Técnicas – Próxima sessão- Investimentos
21- Investimentos Livres – Próxima sessão- Investimentos
22- Depósitos junto de empresas cedentes Depósitos junto de empresas cedente?
23- Imobilizações Incorpóreas
24- Imobilizações Corpóreas e Existências
25- Imobilizações em curso
27- Outros elementos do activo
28- Amortizações Acumuladas
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21 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 3- Provisões Técnicas e Fundo de Actualização e regularização –Registam-


se todas as provisões técnicas constituídas, de acordo com a regulamentação
em vigor, para fazer face aos compromissos decorrentes de contratos de
seguros, bem como o fundo de actualização e regularização cuja constituição
está prevista de harmonia com o plano de exploração do ramo vida.

30 - Provisões Técnicas se seguro Directo – Próxima sessão Provisões técnicas


31- Provisões Técnicas de resseguro aceite – Próxima sessão Provisões técnicas
32- Provisões Técnicas de resseguro cedido - Próxima sessão Provisões técnicas
33- Fundo de actualização e regularização - Próxima sessão Provisões técnicas

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22 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 4-Terceiros – Regista as operações relativas a terceiros (não incluindo as


provisões técnicas)
40 – Prémios em Cobrança
400- Directa
401- Indirecta 4110 – comissões a pagar
41- Tomadores de seguro e mediadores 4111- comissões a receber (de
estornos)
410- Tomadores de seguro 4112- contas correntes
411- Mediadores de seguro
42-Co-seguradoras
420- Prémios a pagar
421- Sinistros a pagar – Próxima sessão Provisões Técnicas
422- Reembolsos de sinistros a pagarPróxima sessão Provisões Técnicas
423- Comissões a pagar (de estornos)
424- Comissões a receber
425- Estornos a receber
426- Sinistros a receberPróxima sessão Provisões Técnicas
427- contas correntes
43- Ressegurados
44- Resseguradores
45- Depósitos recebidos de resseguradores
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23 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas
Classe 4-Terceiros – Regista as operações relativas a terceiros (não incluindo as
provisões técnicas)
46- Estado e Outros Entes Públicos
460- Imposto sobre lucros
461- Imposto selo
462-Outros impostos e taxas
463- contribuições para a segurança social
47- Outros Devedores e Credores
470- Reembolso de sinistros – Proxima sessão Provisões técnicas
471- Empréstimos bancários
4810- seguros
472- Subscritores de capital 4811- Rendas e alugueres
473- Accionistas 4812-Publicidade e
474- Outras entidades propaganda
4800- Juros a receber 4819-Outros custos
48- Acréscimos e diferimentos 4801- Outros acréscimos
de proveitos
diferidos
480 – Acréscimos de proveitos
481- Custos diferidos
482- Proveitos diferidos
483- Acréscimos de custos 4820- Rendas e alugueres
4830-Juros a liquidar 4821- empréstimos
49- Provisões 4831-Remunerações e 4822 – mais valias de
títulos de rendimento fixo
490- Provisões para Prémios em cobrança encargos
4829- Outros proveitos
4832-Outros acréscimos de
491- Provisões para Cobrança Duvidosa diferidos
custos
492- Provisões para Outros Riscos e Encargos

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24 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 5 – Capitais Próprios e Equiparados – inclui as contas representativas de


capitais próprias e equiparados, com excepção dos resultados apurados no
exercício que são registados na classe 8.
50- Capital
500- capital subscrito
501- capital (mutuas/ cooperativas)
51- Prémios de emissão
52- Reservas
520 Reserva legal
521- Reserva estatutária
522- Reservas de reavaliação -Próxima sessão Investimentos
523- Reservas especiais
524- Reservas livres
55- Flutuação de Valores – Próxima sessão Investimentos
550- de Títulos
551- de imóveis
552- de câmbios
59- Resultados transitados

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25 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 6 – Custos e Perdas


60- Indemnizações – Próxima sessão Provisões técnicas
600- de seguro directo
601- de resseguro aceite
61- Variação das provisões técnicas Próxima sessão Provisões técnicas
610- Provisão matemática
611- Provisão para Riscos em curso
612- Provisão para incapacidade temporária de acidentes de trabalho
613- Provisão para desvios de sinistralidade
62- Participação de resultados -Próxima sessão Provisões técnicas
63- Comissões
630- de seguros diretos
631- de resseguro aceite
632- despesas de aquisição
64- Encargos de Resseguro cedido
640- Prémios
641- Juros
65- Perdas realizadas em Investimentos -Próxima sessão Provisões técnicas
650-Alienação de investimentos afectos às provisões técnicas
651- Alienações de investimentos livres

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26 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 6 – Custos e Perdas – continuação


6700- Donativos
6701-Mecentao
6702- Ofertas a clientes
66- Custos por Natureza 6703- Multas e penalidades
660- custos com o pessoal 6704- quotizações diversas
6707- Correções relativas a exercícios anteriores
661- Fornecimentos e serviços de terceiros
662-Impostos e taxas
663-Amortizações do exercício
664- Provisões do exercício
67- Outros Custos e Perdas 6710- Juros suportados
670 –custos e perdas extraordinárias 6711- Comissões
671- custos e perdas financeiras 6712- Dif câmbio desfavoráveis
6713-Outros custos e perdas financeiras
672- Outros custos

6720- Com fundos de pensões


6721- Outros

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27 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 7 – Proveitos e Ganhos

70- Prémios e seus adicionais


700- de seguros directos
701- de resseguro aceite
71-Variação das provisões técnicas- Próxima sessão Provisões técnicas
710- provisão matemática
711- Provisão para riscos em curso
712- Provisão para incapacidade temporária de acidentes de trabalho
713- Provisão para desvios de sinistralidade
72- Resultados distribuídos -Próxima sessão Provisões técnicas
74- Receitas de resseguro cedido
740- Indemnizações - Próxima sessão Provisões técnicas
741- Comissões
75- Ganhos realizados em investimentos – Próxima sessão Investimentos
750- Alienação de investimentos afectos às provisões técnicas
751-Alienação de investimentos livres
76- Rendimentos de Investimentos -Próxima sessão Provisões técnicas
760- de valores afectos às provisões técnicas
761- de valores livres
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28 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas
7700 Restituição de impostos
7701 Recuperação de dividas

Classe 7 – Proveitos e Ganhos - continuação 7702 Reduções de amortizações


e provisões **

77- Outros proveitos e Ganhos


7710 – juros obtidos
770- Proveitos e ganhos extraordinários 7711- Dif cambio favoráveis
771- Proveitos e ganhos financeiros
772- Outros Proveitos

Classe 8 – Resultados

80- Resultado do exercício


86- Imposto sobre os lucros do exercício
88- resultado liquido do exercício

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29 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Quadro de contas

Classe 0 - contas extrapatrimoniais

As contas desta classe registam as responsabilidades e compromissos assumidos


pela instituição ou por terceiros perante esta e que não estão relevados em
contas patrimoniais

(a)Actividade seguradora – depende das necessidades e critérios da empresa


(b) Entidades Gestoras de Fundos de Pensões
01- fundos de pensões Há regras
02- gestão de fundos de pensões contabilísticas
especificas para os
fundos de pensões

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30 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Critérios valorimétricos

Investimentos
Os investimentos são avaliados com base na aplicação do princípio do valor actual.

Imóveis
Entende-se por valor actual de mercado apurado à data da avaliação.
Se não for possível determinar o valor de mercado de um imóvel, considera-se como valor
actual o valor determinado com base na aplicação do princípio do valor de aquisição ou
do custo de produção.

Outros investimentos
Entende-se por valor actual o valor de mercado.
Se não for possível determinar o valor de mercado, os investimentos devem ser avaliados
com base numa apreciação prudente do seu valor provável de realização.

▪ Acções e quotas, não poderá ser atribuído valor superior ao valor que
proporcionalmente lhe corresponde nos capitais próprios da respectiva empresa, de
acordo com o último balanço aprovado.

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31 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Critérios valorimétricos

▪ Obrigações, não poderá ser atribuído valor superior ao valor de aquisição, se emitidas
durante o exercício e valor nominal, se emitidas em exercícios anteriores.

Imobilizações (corpóreas e incorpóreas) e existências

As imobilizações e as existências devem ser valorizadas ao custo de aquisição. Considera-


se como custo de aquisição o respectivo preço de compra acrescido dos gastos
acessórios suportados até à sua entrada em funcionamento.

Conversão para kwanzas dos valores expressos em moeda estrangeira


A conversão para kwanzas dos valores expressos em moeda estrangeira é reflectida no
balanço final do exercício com base:
Ou na média cambial de compra e venda em vigor nesta data;
Ou no uso directo dos respectivos câmbios de compra e venda em vigor nesta data;
Ou regulando-se pelas disposições existentes sobre a matéria para o mercado em geral.
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32 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
Que peças constituem as DF´s ?
São as seguintes as peças que constituem as DF´s

• Relatório de Gestão;
• Balanço;
Balanço Conta de Ganhos
• Conta de Ganhos e Perdas; e Perdas

• Anexo às contas.

No caso do Balanço, conta de Ganhos e Perdas a ARSEG define o modelo a


apresentar (ao longo dos anos foi sendo ajustado- apresentam-se os modelos constantes do
Aviso 1/20 de 27 Novembro).

O Relatório de Gestão segue o preconizado no código das sociedades


comerciais excepto no que é especifico da actividade seguradora;

Em termos do Anexo ás contas são fixadas as seguintes exigências:

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33 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras

✓ Indicação e justificação dos ajustamentos realizados nas contas do


balanço e dos ganhos e perdas relativamente aos valores publicados no
exercício anterior, de modo a permitir uma correcta comparabilidade.

✓ Critérios de valorimetria aplicados às várias rubricas das contas anuais


assim como os métodos de cálculo utilizados para as correcções de valor,
nomeadamente amortizações e provisões.

✓ Indicação e justificação de quaisquer derrogações aos critérios


valorimétricos definidos no presente plano de contas e dos respectivos
efeitos sobre o património, a situação financeira, os resultados e a carga
fiscal futura.

✓ Inventário de títulos e participações financeiras, de acordo com modelo


pre-definido (1)

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34 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
✓ Movimentos ocorridos em várias rubricas de imobilizações (incorpóreas e
corpóreas) e nas respectivas correcções de valor, bem como na rubrica de
investimentos móveis, de acordo com os modelos pre-definidos (1)

✓ Movimentos relativos a reavaliações, de acordo com pre-definido (1)

✓ Explicação do tratamento fiscal da «Reserva de Reavaliação»

✓ Desdobramento das contas de provisões pelas respectivas sub-contas,


conforme modelo pre-definido (1)

✓ Indicação pelo método de valorimetria aplicado a cada uma das rubricas


de investimentos

✓ Especificação do método utilizado para a determinação do valor actual


dos imóveis. Discriminação dos imóveis segundo o exercício
correspondente à sua avaliação conforme modelo pre-definido (1)

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35 Plano de Contas e Princípios contabilísticos
aplicáveis às seguradoras
✓ Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da
situação financeira e dos resultados da empresa de seguros;

▪ INVENTÁRIOS DE TÍTULOS DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS cf modelo


predefinido (1)
▪ IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS E CORPÓREAS cf modelo predefinido (1)
▪ IMÓVEIS cf modelo predefinido (1)

Quantas vezes se preparam as DF´s num ano contabilístico?


Em termos obrigatórios depende das características da empresa, da
governance da mesma; das características dos seus accionistas, das
imposições do seu regulador,…mas é desejável para o adequado controlo das
operações da seguradora que sejam feitos fecho mensais.

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36 Módulo I - dia 14/06/2021:

✓ Um contabilista/ financeiro deve conhecer a legislação do


sector;

✓ Um contabilista / financeiro deverá dominar com pormenor e


rigor
- os princípios contabilísticos;
- critérios valorimétricos
- plano de contas
A
aplicáveis ao sector segurador (sejam seguradoras, sejam
reter
mediadoras, sejam Fundos de Pensões, sejam sociedades
gestoras de Fundos de Pensões); Ambiente
de controlo
interno
✓ Um contabilista / financeiro deve entender e avaliar a fonte
dos dados para registo contabilístico, para garantir que os
registos contabilísticos são efectuados de forma correcta, nas Risco

contas correctas, no momento e pelo montante certos e são


devidamente autorizados
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37 Agenda – módulo I - dia 15/06/2021:
 Introdução
o A actividade seguradora – acesso e exercício;
o Os conceitos de transacções de “Seguro Directo”, “Co-seguro” e “Resseguro”;
o Plano de contas e princípios contabilísticos aplicáveis às seguradoras;
o Breve abordagem aos Fundos de Pensões e suas regras contabilísticas;

 Provisões Técnicas
o Conceitos, pressupostos;
o Registo contabilístico;

 Investimentos
o Especificidades;
o Registo contabilístico;

 Pontos críticos para o departamento financeiros – fecho fim do exercício – a desenvolver módulo II

 Principais indicadores – a desenvolver módulo II

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38 Breve abordagem aos Fundos de
Pensões e suas regras contabilisticas
Fundos de pensões são património exclusivamente afectos à realização de um ou mais
planos de pensões;

Os planos de pensões, são programas que definem as condições em que se constitui o


direito ao recebimento de uma pensão, a título de pré-reforma, reforma por velhice ou
invalidez ou por sobrevivência.

✓ Regulamentados pelo Decreto 25/98 – aprova o regulamento de Fundo de Pensões em


Angola; decreto 16/2003 de 21 Fev – normas de funcionamento das entidades gestoras

✓ A eles está associada terminologia especifica: associado, participante, beneficiário,


tipologia de fundos (fechados, abertos), entidade gestora,..

✓ Autonomia patrimonial - O património do fundo só responde pelo cumprimento dos


planos de pensões perante os beneficiários, nunca respondendo por quaisquer outras
obrigações, designadamente dos associados, dos participantes, das entidades
gestoras e dos depositários, excepto as que derivarem directamente de encargos de
gestão ou de depósito e do pagamento dos seguros para a garantia da cobertura dos
riscos de morte e invalidez permanente previstos no plano de pensões
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39 Breve abordagem aos Fundos de
Pensões e suas regras contabilisticas
✓ Gestão financeira técnica e actuarial que permita o equilíbrio entre património e
receitas futuras versus prestações futuras e os encargos de gestão e depósitos futuros;

✓ Estão tipificadas as aplicações de fundos, receitas e despesas de fundos

✓ Há regras de contabilização e princípios valorimétricos específicos para os fundos de


pensões - Decreto 9/2003- capitulo III
Plano contas crit
✓ Regras de prudência – garantias financeiras – Circular 03/ARSEG/ 2020 valor FP

✓ Fecho de contas e elaboração de relatórios específicos bem como regras de


supervisão e reporte específicos, em particular da composição dos activos dos FP e do
relatório actuarial -Decreto 9/2003- capitulo II; Aviso nº1/21 de 5 de janeiro 2021

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40 Provisões técnicas
Decreto 6/2003 de 24 Janeiro define as provisões técnicas:

➢ Provisão para Riscos em Curso

A provisão para riscos em curso destina-se a garantir, relativamente a cada um dos


contratos de seguro em vigor, com excepção dos referentes aos ramos «Vida» e
«Acidentes de Trabalho», a cobertura aos riscos assumidos e dos encargos deles
resultantes durante o período compreendido entre o final do exercício e a data do
respectivo vencimento.

A provisão para riscos em curso em relação ao seguro directo deve, sem prejuízo do
número seguinte, ser calculada contrato a contrato pro rata temporis, a partir dos
prémios processados, líquidos de estornos e anulações.

Relativamente ao resseguro aceite, como regra geral, a provisão para riscos em curso
deve ser calculada com base na aplicação de 33% a contratos anuais e 10% a
contratos de duração inferior a um ano, salvo se os tratados de resseguro
estabelecerem valores superiores para as percentagens, caso em que serão estes os
atendíveis.

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41 Provisões técnicas
➢ Provisão para Riscos em Curso -continuação

Relativamente ao resseguro cedido, a provisão para riscos em curso deve, consoante


o ramo de seguro directo a que o resseguro se reporte, utilizar-se o método pro rata
temporis

Nota: existem metódo alternativo de cálculo tal como referido para o resseguro aceite mas só deve ser usado
como último recurso e se tal acontecer dee ser divulgado

➢ Provisão matemática para os seguros do ramo vida

A provisão matemática relativa ao ramo «Vida» deve corresponder à diferença entre


os valores actuais das responsabilidades recíprocas da seguradora e das pessoas que
tenham celebrado os contratos de seguro, calculados em conformidade com as
bases técnicas aprovadas, devendo ter-se em atenção o seguinte:

…cont…

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42 Provisões técnicas
➢ Provisão matemática para os seguros do ramo vida -continuação

Relativamente ao seguro directo: a) as previsões matemáticas aniversárias devem ser


calculadas a prémios de inventário, em conformidade com as bases técnicas
aprovadas para o cálculo das tarifas de prémios; b) as provisões matemáticas
referentes ao dia 31 de Dezembro de um determinado ano do seguro devem ser
calculadas tendo em consideração o tempo decorrido no exercício em relação a
cada contrato podendo, em alternativa, ser calculadas por interpolação linear das
provisões matemáticas aniversárias, admitindo que os contratos em média são
efectuados a meio do ano

Relativamente ao resseguro aceite, a provisão matemática deve ser calculada com


base nos tratados de resseguro e nas informações de que a seguradora aceitante
disponha das suas resseguradas sem, no entanto, deixar de acautelar devidamente
as responsabilidades assumidas.

Relativamente ao resseguro cedido, a provisão matemática deve ser calculada em


conformidade com o previsto para o seguro directo, sem prejuízo de condições
específicas dos tratados de resseguro existentes.

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43 Provisões técnicas
➢ Provisão matemática para os acidentes de trabalho

A provisão matemática relativa ao ramo de «Acidentes de Trabalho» corresponde ao


valor actual das pensões, calculado em conformidade com termos legais e
regulamentares em vigor, devendo ser elaborados registos separados, consoante se
trate de:
a) pensões já homologadas;
b) pensões que já foram objecto de conciliação, mas ainda não homologadas;
c) pensões definidas pelas seguradoras, relativamente a sinistrados com
processos clínicos encerrados, não abrangidas pelas alíneas anteriores;
d) pensões presumíveis a atribuir a sinistrados com processos clínicos em curso.

O valor total das provisões matemáticas de acidentes de trabalho seguro directo, a


inscrever no balanço, deve corresponder ao somatório dos valores das provisões
matemáticas previstas nas alíneas a) a d) acima.

Relativamente ao resseguro aceite a provisão matemática, quando for caso disso,


deve ser calculada com base nas informações de que a seguradora aceitante
disponha das suas resseguradas sem, no entanto, deixar de acautelar devidamente
as responsabilidades assumidas.

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44 Provisões técnicas

➢ Provisão matemática para os acidentes de trabalho ..continuação

Relativamente ao resseguro cedido a provisão matemática, quando for caso disso,


deve ser calculada em conformidade com o definido para o seguro directo.

➢ Provisão para incapacidades temporárias de acidentes de trabalho


A provisão para incapacidades temporárias de Acidentes de Trabalho serve para
fazer face às responsabilidades referentes aos sinistros com processos clínicos em
curso, no que respeita aos pagamentos de salários e de despesas com tratamentos
até à data da alta clínica.

A provisão para incapacidades temporárias de «Acidentes de Trabalho» corresponde


a 25% dos prémios do ramo «Acidentes de Trabalho» líquidos de estornos e anulações,
processados durante o exercício

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45 Provisões técnicas
➢ Provisão para Sinistros pendentes
A provisão para sinistros pendentes corresponde ao valor previsível dos encargos com
sinistros ainda não regularizados, ou já regularizados mas ainda não liquidados no final
do exercício.

Relativamente à provisão para sinistros pendentes de seguro directo a provisão deve,


sem prejuízo do uso do custo médio, cf abaixo explicito,, ser calculada, sinistro a
sinistro, com base no valor previsível do respectivo custo total, deduzido dos
pagamentos já efectuados.

A provisão em relação aos sinistros já regularizados mas ainda não liquidados deve
corresponder ao valor das indemnizações totais fixadas, deduzidos eventuais
pagamentos já realizados.

Em relação aos sinistros ainda não regularizados e relativamente aos ramos em que
tal se torne tecnicamente aconselhável, calcular a provisão a partir do custo médio
de sinistros. Para tal acontecer Há que submeter à ARSEG o sistema de cálculo, as
formas de actualização e o esquema de aplicação do custo médio a utilizar no
exercício em curso, bem como aquele que pretendem utilizar para o exercício
seguinte.
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46 Provisões técnicas
➢ Provisão para Sinistros pendentes

Relativamente ao resseguro aceite, a provisão para sinistros pendentes deve ser


calculada com base nas informações de que a seguradora aceitante disponha das
suas resseguradas sem, no entanto, deixar de acautelar devidamente as
responsabilidades assumidas.

Relativamente ao resseguro cedido, a provisão para sinistros pendentes deve ser


calculada em conformidade com o referido para o seguro directo.

➢ Provisão para desvios de sinistralidade

A provisão para desvios de sinistralidade destina-se a fazer face à sinistralidade


excepcionalmente elevada nos ramos de seguros em que, pela sua natureza, se
preveja que aquela tenha maiores oscilações.

A provisão para desvios de sinistralidade, relativamente ao seguro de crédito, servirá


para compensar a perda técnica eventual que haja no final de um exercício e será
constituída, enquanto não atingir 150% do montante anual mais elevado da conta de
prémios dos cinco exercícios precedentes, por 75% do resultado técnico, num máximo
de 12% dos prémios do exercício.
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47 Provisões técnicas
➢ Provisão para desvios de sinistralidade

O resultado técnico, referido no número anterior, será determinado nos seguintes


termos:
Prémios de seguro directo;
Comissões de resseguro cedido;
Indemnizações de resseguro cedido;
Variação da provisão para riscos em curso de resseguro cedido;
Total [A]
Variação da provisão para riscos em curso de seguro directo:
Indemnizações de seguro directo;
Comissões de seguro directo;
Prémios de resseguro cedido.
Total [B]
Resultado Técnico = [A] - [B]

Estão isentas da obrigação de constituir esta provisão as seguradoras cujo montante


dos prémios deste ramo seja inferior a 4% da sua receita total em prémios

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48 Provisões técnicas
Alterações nas provisões técnicas são expectáveis a breve prazo de acordo
com o que esteve em consulta pública e que foi recentemente aprovado na
Assembleia Nacional:

- Provisão para prémios não adquiridos;


- Provisão para riscos em curso:
- Integração nas provisões para sinistros e Acidentes de trabalho da provisão para
incapacidades de acidentes de trabalho
- Provisão matemática conceito mais alargado
- IBNR
- Especialização dos custos de aquisição (comissões e outros)

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49 Provisões técnicas Reminder

lano de ontas e rinc ios contabil sticos


a lic eis s seguradoras

nde ni a es r i a sess o ro is es t cnicas


de seguro directo
de resseguro aceite
aria o das ro is es t cnicas r i a sess o ro is es t cnicas
ro is o ate tica
ro is o ara Riscos e curso
ro is o ara inca acidade te or riade acidentes de trabal o
ro is o ara des iosde sinistralidade
artici a o de resultados r i a sess o ro is es t cnicas
o iss es
de seguros diretos
de resseguro aceite
des esas de a uisi o
ncargos de Resseguro cedido
r ios
uros
erdas reali adas e n esti entos r i a sess o ro is es t cnicas
Aliena o de in esti entosa ectos s ro is est cnicas
Aliena es de in esti entosli res

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50 Módulo I - dia 15/06/2021:

✓ Dominar os conceitos e conteúdos das actuais provisões


técnicas;

✓ Reconhecer através do projecto que esteve em discussão


pública que as provisões técnicas estão em “ odo transit rio”
A pelo que deve identificar na sua empresa os impactos futuros:
Ambiente
reter de controlo
interno
✓ Conhecer e avaliar as fontes de informação para registo
contabilístico das provisões técnicas por forma a garantir a
aplicação correcta dos princípios contabilísticos em vigor bem
como garantir que as mesmas contribuem para a fiabilidade,
relevância, comparabilidade das DF´s. Risco

✓ Estar mais informado quanto à contabilização dos Fundos de


Pensões e sociedades gestoras de FP.
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51 Agenda – módulo I - dia 16/06/2021:
 Introdução
o A actividade seguradora – acesso e exercício;
o Os conceitos de transacções de “Seguro Directo”, “Co-seguro” e “Resseguro”;
o Plano de contas e princípios contabilísticos aplicáveis às seguradoras;
o Breve abordagem aos Fundos de Pensões e suas regras contabilísticas;

 Provisões Técnicas
o Conceitos, pressupostos;
o Registo contabilístico;

 Investimentos
o Especificidades;
o Registo contabilístico;

 Pontos críticos para o departamento financeiros – fecho fim do exercício – a desenvolver módulo II

 Principais indicadores – a desenvolver módulo II

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52 Investimentos –conceitos, pressupostos
20- Investimentos Afectos às Provisões Técnicas
Regista todos os investimentos que de acordo com a legislação em vigor e~stão a
representar/ caucionar as provisões técnicas de seguro directo dos ramos vida e não
vida
200- Imóveis
2000- De serviço próprio
2001- De rendimento
201- Outros investimentos financeiros
2010- Títulos de rendimento variável
2011- Títulos de rendimento fixo
2012- Empréstimos hipotecários
2013- Outros Empréstimos
2014- Depósitos em instituições de crédito
2015- Outros

21- Investimentos Livres


Regista todos os investimentos que não estejam a representar/ caucionar as provisões
técnicas
A mesma estrutura dos investimentos afectos

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53 Investimentos – Registo contabilístico
lano de ontas e rinc ios contabil sticos
a lic eis s seguradoras
Reminder
n esti entos
s in esti entos s o a aliados co base na a lica o do rinc io do alor actual

eis
ntende se or alor actual de ercado a urado data da a alia o
Se n o or oss el deter inar o alor de ercado de u i el, considera se co o alor
actual o alor deter inado co base na a lica o do rinc io do alor de a uisi o ou
do custo de rodu o

utros in esti entos


ntende se or alor actual o alor de ercado
Se n o or oss el deter inar o alor de ercado, os in esti entos de e ser a aliados
co base nu a a recia o rudente do seu alor ro el de reali a o

Ac es e uotas, n o oder ser atribu do alor su erior ao alor ue


ro orcional ente l e corres onde nos ca itais r rios da res ecti a e resa, de
acordo co o lti o balan o a ro ado

lano de ontas e rinc ios contabil sticos


a lic eis s seguradoras

briga es , n o oder ser atribu do alor su erior ao alor de a uisi o, se e itidas


durante o e erc cio e alor no inal, se e itidas e e erc cios anteriores

obili a es (cor reas e incor reas) e e ist ncias

As i obili a es e as e ist ncias de e ser alori adas ao custo de a uisi o onsidera


se co o custo de a uisi o o res ecti o re o de co ra acrescido dos gastos
acess rios su ortados at sua entrada e unciona ento

on ers o ara an as dos alores e ressos e oeda estrangeira


A con ers o ara an as dos alores e ressos e oeda estrangeira re lectida no
balan o inal do e erc cio co base
u na dia ca bial de co ra e enda e igor nesta data;
u no uso directo dos res ecti os c bios de co ra e enda e igor nesta data;
u regulando se elas dis osi es e istentes sobre a at ria ara o ercado e geral

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54 Pontos críticos para o departamento
financeiro – fecho de fim de exercício
• Garantir que está em posse dos dados de mercado para efeitos de registo
contabilístico dos investimentos;
• Garantir que o actuário da empresa está confortável com as provisões técnicas
registadas em particular com a provisão para sinistros;
• Verificar a adequacidade da aplicação dos tratados de resseguro e/ou
resseguro facultivo;
• Garantir um adequado corte de operações;
• Efectuar todos os acréscimos considerando os compromissos assumidos e os
recebimentos / pagamentos efectuados;
• Apurar diferenças cambiais;
• Efectuar conciliações bancárias e verificar que os items em aberto não são
materiais, senão reabrir as contas;
• Construir adequadamente o balanço e conta de Ganhos e Perdas (segregação
de saldos devedores, credores, último balancete,…);
• Preparar o anexo divulgando adequadamente detalhes das contas, não so o
que está fixado em lei, mas o que sendo material
exige divulgação / clarificação.
• Preparar reporting à ARSEG (ajuda a identificar falhas, incoerências);

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55 Principais indicadores

• Margem de solvência;
• Representação das provisões técnicas;
• Rácio combinado;
• Rácio de despesas;
• Rácio de sinistros;
• Prémio médio;
• Taxa de rentabilidade dos investimentos – global e por tipo de investimentos
• ALM gap - Asset Liability Management gap
• Outros indicadores técnicos detalhados ramo a ramo – controlo gestão

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56 Módulo I - dia 16/06/2021:

✓ Dominar os impactos que os diferentes tipos de investimentos


da empresa efectua tem no balanço, conta de ganhos e
Ambiente
perdas bem como necessidades de divulgação; de controlo
interno

✓ Conhecer e avaliar as fontes de informação para registo


contabilístico dos investimentos por forma a garantir a
A aplicação correcta dos princípios contabilísticos em vigor bem
reter como garantir que as mesmas contribuem para a fiabilidade,
relevância, comparabilidade das DF´s. Risco

✓ Estar informado sobre as principais actividades de fecho de


exercício e consequências caso não sejam executados;

✓ Estar informado sobre o significado dos principais indicadores


que existem na actividade seguradora

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57 Módulo I - dia 16/06/2021:

Avaliação

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