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CENTRO UNIVERSITÁRIO

ATIVIDADE PROCESSUAL OAT 2 UNIDADE - 2023

Curso Ciências Contábeis Turno Noturno

Disciplina 147853 – Noções Atuariais: Semestre 2 Semestre


29_CON8AN
Data da Avaliação 07 / 11 / 2023 Horário 18:00h.
Professor(a) Viterbo
Acadêmico(a) Mariane Soares dos Santos

INSTRUÇÕES PARA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE:

1. Elaborar um Resumo sobre os Temas:

Plano de Contas das Seguradoras.

Demonstrações Contábeis-Financeiras das Seguradoras.

Indicadores de Desempenho.

Entrega: dia 07/11/2023.


Pontuação: 20 pontos.

2. Descrever os principais aspectos:


- Conceito,
- Objeto,
- Classificações
- Contas e Plano de Contas.
- Diretrizes
- Problemas
- Citar um caso prático.
- Desenvolver um exercício com as contabilizações das contas.

OBS: O resumo é individual, todos os alunos deverão postar aqui BB em Word


e/ou PDF.

3. O Resumo será discutido, e sabatinado em sala de aula, serão feitas perguntas para os alunos como forma
complementação da avaliação.
Plano de Contas das Seguradoras.

O Plano de Contas das Seguradoras (PCES) é um documento que estabelece as


regras e procedimentos para a escrituração contábil das empresas de seguros,
resseguradoras e sociedades de capitalização. O PCES é aprovado pela
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e deve ser seguido por todas as
empresas que atuam no mercado segurador brasileiro. O objeto do PCES é a
representação, por meio de contas, das operações e fatos contábeis das empresas
de seguros, resseguradoras e sociedades de capitalização.
O PCES é dividido em quatro grandes grupos de contas:
• Ativo: representa os bens, direitos e valores que a empresa possui;
• Passivo: representa as obrigações e dívidas da empresa;
• Patrimônio Líquido: representa o valor da empresa, descontados os seus passivos;
• Resultados: representa as receitas e despesas da empresa, que determinam o seu
lucro ou prejuízo.
A seguir, é apresentada uma breve descrição dos principais grupos de contas do
PCES:
Ativo
• Ativo Circulante: representa os bens e direitos que a empresa espera realizar ou
converter em dinheiro em até um ano;
• Ativo Não Circulante: representa os bens e direitos que a empresa não espera
realizar ou converter em dinheiro em até um ano;
• Imobilizado: representa os bens que a empresa possui e que são utilizados na sua
atividade, com vida útil superior a um ano;
• Intangível: representa os bens que a empresa possui e que não têm forma física,
mas que têm valor econômico, como marcas, patentes e direitos autorais;
• Investimentos: representa os recursos que a empresa aplica em outras empresas
ou em títulos de renda fixa ou variável.
Passivo
• Passivo Circulante: representa as obrigações da empresa que vencem em até um
ano;
• Passivo Não Circulante: representa as obrigações da empresa que vencem em
mais de um ano;
• Obrigações de Seguros: representa as obrigações da empresa com os seus
segurados, relativas a sinistros ocorridos, mas que ainda não foram pagos;
• Provisões Técnicas: representa as reservas que a empresa constitui para fazer
face a sinistros futuros ou a outras obrigações assumidas;
• Passivos Ativos: representa os valores recebidos da contraparte em operações de
resseguro, que ainda não foram liquidados;
• Outros Passivos: representa as obrigações da empresa que não se enquadram
nas categorias anteriores.
Patrimônio Líquido
• Capital Social: representa o valor investido pelos sócios ou acionistas na empresa;
• Reservas de Capital: representa as reservas que a empresa constitui a partir dos
seus lucros, para reforço do seu capital;
• Reservas de Prêmios Não Ganhos: representa as reservas que a empresa
constitui para fazer face a sinistros que ainda não foram liquidados;
• Reservas de Provisões Técnicas: representa as reservas que a empresa constitui
para fazer face a sinistros futuros ou a outras obrigações assumidas;
• Reservas de Resultados: representa os lucros acumulados da empresa.
Resultados
• Receitas Operacionais: representa as receitas da empresa provenientes da sua
atividade principal, que são os seguros;
• Despesas Operacionais: representa as despesas da empresa necessárias para a
sua atividade principal, como a remuneração dos corretores, os custos de sinistros
e os custos administrativos;
• Receitas Não Operacionais: representa as receitas da empresa provenientes de
atividades secundárias, como as aplicações financeiras;
• Despesas Não Operacionais: representa as despesas da empresa provenientes
de atividades secundárias;
• Resultado do Exercício: representa o lucro ou prejuízo da empresa no período.

As diretrizes do PCES são:


• Completude: o PCES deve conter todas as contas necessárias para representar
as operações e fatos contábeis das empresas de seguros, resseguradoras e
sociedades de capitalização;
• Clareza: as contas devem ser claras e objetivas, de forma a facilitar a sua
compreensão;
• Uniformidade: as contas devem ser uniformes para todas as empresas de seguros,
resseguradoras e sociedades de capitalização;
• Consistência: as contas devem ser utilizadas de forma consistente ao longo do
tempo;
• Especificidade: as contas devem ser específicas para cada tipo de operação ou
fato contábil.
Um dos principais problemas do PCES é a sua complexidade. O PCES é um
documento extenso e complexo, que pode ser difícil de compreender e aplicar.
Outro problema do PCES é a sua inadequação às normas internacionais de
contabilidade. O PCES foi elaborado com base nas normas brasileiras de
contabilidade, que são diferentes das normas internacionais de contabilidade.
O PCES é um instrumento importante para a gestão das empresas de seguros, pois
fornece uma base para a elaboração das demonstrações financeiras, que são
utilizadas pelos investidores, credores e reguladores para avaliar a situação financeira
da empresa.
A seguir, são apresentados alguns exemplos de como o PCES é utilizado na prática:

• Uma seguradora que recebe um prêmio de seguro de um cliente deve registrar o


valor do prêmio no Ativo Circulante, na conta "Caixa e Equivalentes de Caixa".
• Uma seguradora que paga um sinistro a um segurado deve registrar o valor do
sinistro no Passivo Circulante, na conta "Obrigações de Seguros".
• Uma seguradora que constitui uma provisão técnica para fazer face a sinistros
futuros deve registrar o valor da provisão no Passivo Não Circulante, na conta
"Provisões Técnicas".
• Uma seguradora que registra um lucro no período deve registrar o valor do lucro
no Patrimônio Líquido, na conta "Reservas de Resultados".

O PCES é um documento complexo e que deve ser utilizado por profissionais com
conhecimento em contabilidade.

Exercício
A seguir, é apresentado um exercício com as contabilizações das contas:

• Uma seguradora recebe um prêmio de seguro de um cliente no valor de R$


10.000,00.

Contabilização:

Débito:
- Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) R$ 10.000,00
Crédito:
- Prêmios de Seguros (Receitas Operacionais) R$ 10.000,00

• Uma seguradora paga um sinistro a um segurado no valor de R$ 5.000,00.

Contabilização:

Débito:
- Obrigações de Seguros (Passivo Circulante) R$ 5.000,00
Crédito:
- Provisões Técnicas (Reservas) R$ 5.000,00

• Uma seguradora constitui uma provisão técnica para fazer face a sinistros
futuros no valor de R$ 2.000,00.

Contabilização:

Débito:
- Provisões Técnicas (Reservas) R$ 2.000,00
Crédito:
- Reservas de Provisões Técnicas (Reservas) R$ 2.000,00

• Uma seguradora registra um lucro no período no valor de R$ 1.000,00.

Contabilização:

Débito:
- Reservas de Resultados (Reservas) R$ 1.000,00
Crédito:
- Resultado do Exercício (Resultados) R$ 1.000,00

Demonstrações Contábeis-Financeiras das Seguradoras

As demonstrações contábeis de empresas seguradoras apresentam algumas


particularidades em relação às demonstrações contábeis de outras empresas. Essas
particularidades estão relacionadas à natureza do negócio das seguradoras, que
consiste em transferir riscos de terceiros para si. A Circular Susep n. 517/15, obriga
as supervisionadas a elaborar demonstrações contábeis individuais, seja anual ou
intermediária, e consolidadas contendo:
a) Relatório da administração

O relatório da administração é um relatório escrito pela administração da seguradora,


que fornece informações sobre os resultados operacionais, financeiros e econômicos
da seguradora, bem como sobre os principais eventos e tendências que afetaram a
seguradora no período. O relatório da administração de uma seguradora deve incluir
informações específicas sobre o negócio de seguros da empresa, como:

• A natureza dos riscos assumidos pela seguradora;


• As políticas de subscrição da seguradora;
• Os métodos de precificação da seguradora;
• O desempenho da seguradora em relação a seus pares;
• Os principais riscos e incertezas que afetam a seguradora.

b) Balanço Patrimonial

O balanço patrimonial é um relatório que apresenta a posição patrimonial da


seguradora em um determinado momento. O balanço patrimonial de uma seguradora
é dividido em dois grandes grupos: ativos e passivos. Os ativos representam os
recursos controlados pela seguradora, enquanto os passivos representam as
obrigações da seguradora. No entanto, o balanço patrimonial de uma seguradora deve
incluir informações específicas sobre as provisões técnicas da seguradora, que são
reservas que a seguradora constitui para fazer face a sinistros futuros.

As provisões técnicas são classificadas no balanço patrimonial como passivos. O valor


das provisões técnicas é determinado com base na probabilidade de ocorrência de
sinistros e nos custos estimados para esses sinistros.

c) Demonstração do Resultado do Exercício

A demonstração do resultado do exercicio é um relatório que apresenta o resultado


das operações da seguradora em um determinado período. O resultado do período é
calculado como a diferença entre as receitas e despesas da seguradora. Os sinistros
são reconhecidos no resultado do exercício como uma despesa. O valor dos sinistros
é determinado com base nos custos reais incorridos para o pagamento dos sinistros.

d) Demonstração do Resultado Abrangente

A demonstração de resultado abrangente evidencia itens de receita e despesa


(incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na DRE por exigência
ou permissão de pronunciamentos contábeis específicos. Os ganhos e perdas de
sinistros são as variações do saldo das provisões técnicas, resultantes da diferença
entre os sinistros reconhecidos no resultado do exercício e os sinistros pagos aos
segurados.

e) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido


A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) de uma seguradora é
um relatório financeiro que apresenta as alterações ocorridas no patrimônio líquido da
empresa durante um período. A DMPL é dividida em duas categorias principais:

• Mutações originárias: são as alterações ocorridas no patrimônio líquido em


decorrência de operações de investimento, financiamento ou de capitalização.
• Mutações transitórias: são as alterações ocorridas no patrimônio líquido em
decorrência de ajustes de valor, de resultados de exercícios anteriores ou de
outras causas transitórias.

A DMPL é uma ferramenta importante para investidores, credores e reguladores.


Investidores podem usar a DMPL para avaliar a estrutura de capital da empresa e a
sua capacidade de gerar lucros no futuro. Credores podem usar a DMPL para avaliar
a capacidade da empresa de pagar suas dívidas. Reguladores podem usar a DMPL
para garantir que as seguradoras tenham recursos suficientes para atender aos seus
compromissos.

f) Demonstração dos Fluxos de Caixa

A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) de uma seguradora é um relatório


financeiro que apresenta as entradas e saídas de caixa da empresa durante um
período. A DFC é dividida em três categorias:

• Fluxos de caixa operacionais: são os fluxos de caixa relacionados às atividades


principais da empresa, como a venda de seguros, a cobrança de prêmios e o
pagamento de sinistros.
• Fluxos de caixa de investimento: são os fluxos de caixa relacionados à
aquisição ou venda de ativos de longo prazo, como imóveis, equipamentos e
participações societárias.
• Fluxos de caixa de financiamento: são os fluxos de caixa relacionados à
obtenção ou pagamento de recursos financeiros, como empréstimos bancários
e dividendos pagos aos acionistas.
A DFC é uma ferramenta importante para investidores, credores e reguladores.
Investidores podem usar a DFC para avaliar o desempenho financeiro da empresa e
a sua capacidade de gerar caixa no futuro. Credores podem usar a DFC para avaliar
a capacidade da empresa de pagar suas dívidas. Reguladores podem usar a DFC
para garantir que as seguradoras tenham recursos suficientes para atender aos seus
compromissos.

g) Notas Explicativas

As notas explicativas são informações adicionais que são necessárias para a


compreensão das demonstrações contábeis. As notas explicativas podem incluir
informações sobre políticas contábeis, estimativas contábeis e outras informações
relevantes. No entanto, as notas explicativas de uma seguradora devem incluir
informações específicas sobre o negócio de seguros da empresa, como:

• As políticas contábeis utilizadas pela seguradora para o reconhecimento de


sinistros e provisões técnicas;
• As estimativas contábeis utilizadas pela seguradora para o cálculo dos sinistros
e provisões técnicas;
• Os principais riscos e incertezas que afetam a seguradora.

h) Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações Contábeis

O relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis é um relatório


emitido por um auditor independente, que expressa sua opinião sobre a adequação
das demonstrações contábeis.

Particularidades das demonstrações contábeis de empresas seguradoras

Além das particularidades comuns a todas as demonstrações contábeis, que estão


relacionadas à natureza do negócio das seguradoras, que consiste em transferir riscos
de terceiros para si, as demonstrações contábeis de empresas seguradoras
apresentam as seguintes particularidades:

• Provisões técnicas: as provisões técnicas são reservas que as seguradoras


constituem para fazer face a sinistros futuros. Essas provisões são
reconhecidas no balanço patrimonial como um passivo.
• Sinistros: os sinistros são os eventos que geram a obrigação da seguradora de
pagar uma indenização ao segurado. Os sinistros são reconhecidos no
resultado do exercício como uma despesa.
• Ganhos e perdas de sinistros: os ganhos e perdas de sinistros são as variações
do saldo das provisões técnicas, resultantes da diferença entre os sinistros
reconhecidos no resultado do exercício e os sinistros pagos aos segurados.

A compreensão das particularidades das demonstrações contábeis de empresas


seguradoras é importante para os usuários da informação contábil, como investidores,
credores e reguladores.

Lançamento contábil de sinistro

Uma seguradora recebe um sinistro de um segurado no valor de R$ 10.000,00. O


sinistro é reconhecido no resultado do exercício como uma despesa.

Débito:
- Sinistros (Despesas Operacionais) R$ 10.000,00
Crédito:
- Provisões Técnicas (Reservas) R$ 10.000,00

DRE da Seguradora Fortes

Calcule o Lucro Liquido:


Receita Operacional:
- Prêmios de seguros vendidos: R$ 500.000
- Receitas financeiras com investimentos: R$ 50.000

Total das Receitas Operacionais: R$ 550.000

Despesas Operacionais:
- Sinistros pagos: R$ 200.000
- Comissões pagas a corretores: R$ 100.000
- Despesas administrativas: R$ 150.000
- Despesas com marketing: R$ 50.000

Total das Despesas Operacionais: R$ 500.000

Lucro Operacional: R$ (550.000 - 500.000) = R$ 50.000

Outras Receitas/Despesas:
- Receitas com venda de investimentos: R$ 10.000
- Despesas financeiras: R$ 5.000

Total das Outras Receitas/Despesas: R$ (10.000 - 5.000) = R$ 5.000

Lucro Antes do Imposto de Renda: R$ (50.000 + 5.000) = R$ 55.000

Imposto de Renda: R$ 10.000

Lucro Líquido: R$ (55.000 - 10.000) = R$ 45.000

Indicadores de Desempenho
Taxa de sinistralidade: A taxa de sinistralidade é um indicador de desempenho de uma
seguradora que mede a relação entre os sinistros pagos e a receita de prêmios. É um
indicador importante para avaliar a eficiência e a rentabilidade da seguradora.

A taxa de sinistralidade é calculada da seguinte forma:

Taxa de sinistralidade = (Sinistros pagos / Receita de prêmios) * 100

Por exemplo, se uma seguradora pagou R$ 100.000,00 em sinistros e recebeu R$


500.000,00 em prêmios, a taxa de sinistralidade será de 20%.

Uma taxa de sinistralidade baixa indica que a seguradora está pagando menos
sinistros do que o esperado, o que pode ser um sinal de eficiência. Por outro lado,
uma taxa de sinistralidade alta indica que a seguradora está pagando mais sinistros
do que o esperado, o que pode ser um sinal de ineficiência ou de riscos assumidos
de forma inadequada.

A taxa de sinistralidade é um indicador importante para investidores, credores e


reguladores. Investidores podem usar a taxa de sinistralidade para avaliar o risco de
uma seguradora. Credores podem usar a taxa de sinistralidade para avaliar a
capacidade da seguradora de pagar seus compromissos. Reguladores podem usar a
taxa de sinistralidade para garantir que as seguradoras sejam financeiramente sólidas.

A taxa de sinistralidade pode ser calculada para diferentes tipos de sinistros, como
sinistros de automóveis, sinistros de saúde e sinistros de vida. A taxa de sinistralidade
também pode ser calculada para diferentes períodos, como um ano, um trimestre ou
um mês.
A taxa de sinistralidade é um indicador importante, mas não é o único indicador que
deve ser considerado ao avaliar uma seguradora. Outros indicadores importantes
incluem a receita de prêmios, o resultado líquido e o índice de solvência.

Índice Combinado: O índice combinado é um indicador de desempenho de uma


seguradora que mede a eficiência operacional da empresa. É calculado como a soma
da taxa de sinistralidade e da razão de despesas operacionais.

A taxa de sinistralidade mede a relação entre os sinistros pagos e a receita de prêmios.


A razão de despesas operacionais mede a relação entre as despesas operacionais e
a receita de prêmios.

O índice combinado é calculado da seguinte forma:

Índice combinado = (Taxa de sinistralidade + Razão de despesas operacionais)


* 100

Por exemplo, se uma seguradora tem uma taxa de sinistralidade de 20% e uma razão
de despesas operacionais de 30%, o índice combinado será de 50%.

Um índice combinado baixo indica que a seguradora está operando de forma eficiente.
Por outro lado, um índice combinado alto indica que a seguradora está operando de
forma ineficiente.

O índice combinado é um indicador importante para investidores, credores e


reguladores. Investidores podem usar o índice combinado para avaliar o risco de uma
seguradora. Credores podem usar o índice combinado para avaliar a capacidade da
seguradora de pagar seus compromissos. Reguladores podem usar o índice
combinado para garantir que as seguradoras sejam financeiramente sólidas.

O índice combinado pode ser calculado para diferentes tipos de seguros, como
seguros de automóveis, seguros de saúde e seguros de vida. O índice combinado
também pode ser calculado para diferentes períodos, como um ano, um trimestre ou
um mês.

O índice combinado é um indicador importante, mas não é o único indicador que deve
ser considerado ao avaliar uma seguradora. Outros indicadores importantes incluem
a receita de prêmios, o resultado líquido e o índice de solvência.

Interpretação do índice combinado:

• Um índice combinado abaixo de 100% indica que a seguradora está operando


de forma eficiente.
• Um índice combinado entre 100% e 120% indicam que a seguradora está
operando de forma satisfatória.
• Um índice combinado acima de 120% indica que a seguradora pode estar
operando de forma ineficiente.

Exemplos:
• Uma seguradora com um índice combinado de 80% está operando de forma
muito eficiente.
• Uma seguradora com um índice combinado de 100% está operando de forma
satisfatória.
• Uma seguradora com um índice combinado de 120% pode estar operando de
forma ineficiente.

Exercício 1

Uma seguradora recebe um prêmio de seguro de um cliente no valor de R$ 10.000,00.


No mesmo dia, a seguradora paga um sinistro a um segurado no valor de R$ 5.000,00.
Fazer a contabilização, balanço patrimonial e DRE com os dados apresentados.

Contabilização:

Débito:
- Caixa e Equivalentes de Caixa (Ativo Circulante) R$ 10.000,00
Crédito:
- Prêmios de Seguros (Receitas Operacionais) R$ 10.000,00

Débito:
- Obrigações de Seguros (Passivo Circulante) R$ 5.000,00
Crédito:
- Provisões Técnicas (Reservas) R$ 5.000,00

Demonstrações contábeis-financeiras:

• Balanço Patrimonial:

o Ativo:
▪ Caixa e Equivalentes de Caixa: R$ 10.000,00
▪ Provisões Técnicas: R$ 5.000,00
o Passivo:
▪ Obrigações de Seguros: R$ 5.000,00

• Demonstração do Resultado do Exercício:

o Receitas Operacionais:
▪ Prêmios de Seguros: R$ 10.000,00
o Despesas Operacionais:
▪ Sinistros: R$ 5.000,00
o Lucro Líquido: R$ 5.000,00

Exercício 2

Calcule a taxa de sinistralidade da Seguradora Fortes, com base nas informações


abaixo:

• Prêmios de seguros vendidos: R$ 5.000.000,00


• Sinistros pagos: R$ 2.000.000,00
Taxa de sinistralidade = Sinistros pagos / Prêmios de seguros vendidos

Taxa de sinistralidade = 2.000.000 / 5.000.000

Taxa de sinistralidade = 0,40

A taxa de sinistralidade de 0,40 significa que a Seguradora Fortes pagou, em média,


40% dos prêmios de seguros vendidos em sinistros.

Exercício 3

Calcule o índice combinado da Seguradora Fortes, com base nas informações abaixo:

• Prêmios de seguros vendidos: R$ 5.000.000,00


• Sinistros pagos: R$ 2.000.000,00
• Comissões pagas a corretores: R$ 1.000.000,00
• Despesas administrativas: R$ 1.500.000,00
• Despesas com marketing: R$ 500.000,00

Índice combinado = (Sinistros pagos + Comissões pagas a corretores + Despesas


administrativas + Despesas com marketing) / Prêmios de seguros vendidos

Índice combinado = (2.000.000 + 1.000.000 + 1.500.000 + 500.000) / 5.000.000

Índice combinado = 0,70

O índice combinado de 0,70 significa que a Seguradora Fortes gastou, em média, 70%
dos prêmios de seguros vendidos em custos operacionais.
Referência bibliográfica
SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Circular SUSEP no 272, de 22 de
outubro de 2004. Rio de Janeiro: SUSEP, 2004. Disponível em:
<http://www.susep.gov.br/textos/ circ272.pdf>. Acesso em: 30 outubro 2023.

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Circular SUSEP no 295, de 14 de junho


de 2005. Rio de Janeiro: SUSEP, 2005. Disponível em: <http://www2.susep.gov.br/
bibliotecaweb/docOriginal.aspx?tipo=1&codigo=18782>. Acesso em: 31 outubro 2023

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Orientações da SUSEP ao mercado de


seguros, previdência complementar aberta, capitalização e resseguro local. Rio de
Janeiro: SUSEP, 2013. Disponível em: <https://goo.gl/6FQPk2>. Acesso em: 03 novembro
2023.

INSTITUTO BRASILEIRO DE ATUÁRIA. Comitê de Pronunciamentos Atuariais. CPA 001:


princípios atuariais. Rio de Janeiro: IBA, 2014. Disponível em: <http://www.atuarios.org.
br/IBA/AcessoRestrito/Arquivos/Arq635475931482992040.pdf>. Acesso em: 06 novembro
2023.

LAUTERT, Juliano M.; GUTERRES, João; PEREIRA, Vaniza S.; e outros. Noções de
atividades atuariais. Porto Alegre: Grupo A, 2017. E-book. ISBN 9788595021273. Disponível
em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595021273/. Acesso em: 06 nov.
2023.

SUPERINTENDÊNCIA DE SEGUROS PRIVADOS. Manual de Práticas e Procedimentos


Contábeis do Mercado Segurador. Rio de Janeiro, 2022. Disponivel
em:https://www.editoraroncarati.com.br/v2/phocadownload/Manual%20de%20Contabilidade
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. Acesso em: 06 nov. 2023.

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