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A Contabilidade de Seguros

Normalização Contabilística

Legislação do Sector
 Todas as unidades económicas devem conhecer em datas predeterminadas, a sua situação
económica e financeira, obedecendo a determinados princípios e seguindo uma certa
tramitação que têm a sua materialização no que se designa por contabilidade .

 A actividade seguradora não foge a regra e, nesse sentido, pode se afirmar que a
contabilidade de seguros é tão antiga quanto a própria actividade, ainda que durante muitos
anos não tivesse uma autonomia própria, diluindo-se com a contabilidade genérica.

 A contabilidade de seguros é uma parte da contabilidade aplicada privada que se ocupa


pelo registo, processamento da informação e produção das demonstrações financeiras
resultante das operações realizadas pelas empresas seguradoras.

 O funcionamento da contabilidade de seguros não foge a regra dos outros ramos de


contabilidade, uma vez que ela é parte integrante da ciência mãe – a Contabilidade Geral.

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 Normalização contabilística é um conjunto de normas, procedimentos e
princípios que devem ser seguidos pelas diversas unidades económicas, no que
respeita: à nomenclatura, âmbito ou compreensão, às regras de movimentação das
contas, de valorização dos elementos patrimoniais, à determinação de resultados e
à elaboração e apresentação das peças contabilísticas.

 A normalização contabilística é traduzida pela existência de:

 • Um código de contas;

 • Uma terminologia;

 • Uma modalidade de funcionamento das contas;

 • Critérios de valorimetria;

 • Métodos gerais de determinação de resultados;

 • Modelos de balanço, demonstração de resultados e de outras peças


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contabilísticas.
Com efeito foram publicados nos anos 2003 e 2004, quatro importantes normativos
legais que vieram a melhorar a uniformização relativa ao registo das transacções,
constituição das provisões técnicas e preparação das demonstrações financeiras.

 Esses instrumentos são os seguintes:

 • Lei 3/2003 de 21 de Janeiro, que veio estabelecer as condições de acesso e


exercício da actividade seguradora no país, bem como a respectiva mediação e
define as condições de estabelecimento no exterior das seguradoras nacionais;

 • Decreto 41/2003 de 10 de Dezembro, que aprova o regulamento das condições de


acesso e exercício da actividade seguradora no país, bem como a respectiva
mediação;

 • Decreto 42/2003 de 10 de Dezembro, estabelece o regime jurídico das garantias


financeiras (provisões técnicas) exigíveis a entidades habilitadas ao exercício da
actividade seguradora.

 • Diploma Ministerial 113/2004, Ministério do Plano e Finanças, de 23 de Junho –


Plano de contas para as entidades habilitadas ao exercício ao exercício da
actividade seguradora. 4
 A qualidade essencial da informação proporcionada pelas demonstrações financeiras é a
de que seja compreensível pelos utentes. E só é possível através do cumprimento das
normas de contabilidade:

 A relevância é entendida como sendo a qualidade que a informação tem de influenciar as


decisões dos seus utentes, ao ajuda - los a avaliar os acontecimentos passados, presentes
e futuros ou a confirmar ou a corrigir as suas avaliações.

 A fiabilidade é a qualidade que a informação tem de estar liberta de erros materiais e de


juízos prévios, ao mostrar apropriadamente o que tem por finalidade apresentar ou se
espera que razoavelmente represente, podendo, por conseguinte, dela depender os
utentes.

 Comparabilidade, tem a ver com a divulgação e a quantificação dos efeitos financeiros das
operações e de outros acontecimentos que devem ser registadas de forma consistente pela
empresa e durante a sua vida, para identificarem as tendências na sua posição financeira e
nos resultados das suas operações. Por outro lado as seguradoras devem seguir a
normalização contabilística do sector a fim de possibilitar a comparação imediata das
informações financeiras.

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 Continuidade
 Consistência
 Especialização
 Prudência
 Substância sobre a forma
 Materialidade

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