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CONTABILIDADE GERAL E

CONTABILIDADE DE CUSTOS
CONTABILIDADE GERAL:
1. Contabilidade.
1.1 Conceito, objeto, objetivos, campo de atuação e usuários da informação contábil.
Contabilidade é a ciência que estuda o patrimônio das entidades, registrando, mensurando,
avaliando e evidenciando suas variações e desempenho econômico-financeiro.

Seu objeto de estudo é o patrimônio, ou seja, o conjunto de bens, direitos e obrigações que
pertencem a uma empresa ou pessoa física.

Seus objetivos são:

Registrar e documentar todas as operações realizadas pela entidade;

Apurar o resultado e a situação financeira da entidade;

Fornecer informações úteis para a tomada de decisões;

Atender às exigências legais e fiscais.

O campo de atuação da contabilidade é amplo e abrange diversos setores, tais como empresas
privadas, entidades públicas, organizações sem fins lucrativos e pessoas físicas.

Os usuários da informação contábil são aqueles que precisam das informações produzidas pela
contabilidade para a tomada de decisões. Dentre eles, podemos citar os investidores, credores,
gestores, acionistas, órgãos governamentais e a sociedade em geral.

2. Princípios e Normas Brasileiras de Contabilidade emanadas pelo Conselho


Federal de Contabilidade (CFC).
Os Princípios de Contabilidade são um conjunto de normas que orientam a conduta dos
profissionais de contabilidade na execução de suas atividades. Já as Normas Brasileiras de
Contabilidade são padrões técnicos que estabelecem os procedimentos e critérios contábeis a
serem seguidos pelos contadores.

Ambos são emanados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que é o órgão responsável
por normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil no Brasil.

Os Princípios de Contabilidade são:

Entidade: a contabilidade deve tratar a entidade como uma unidade econômico-financeira


distinta da pessoa física ou jurídica que a controla.

Continuidade: a contabilidade deve considerar que a entidade continuará em operação por


tempo indeterminado, a menos que haja evidência em contrário.

Oportunidade: a contabilidade deve gerar informações úteis e tempestivas para a tomada de


decisões.
Registro pelo Valor Original: os bens, direitos e obrigações devem ser registrados pelo valor
original da transação que lhes deu origem.

Atualização Monetária: os valores registrados devem ser atualizados monetariamente para


refletir a perda de poder aquisitivo da moeda.

Competência: as receitas e despesas devem ser registradas no período em que ocorrem,


independentemente de seu recebimento ou pagamento.

Prudência: a contabilidade deve adotar critérios conservadores na avaliação dos ativos e


passivos, evitando superestimar resultados ou subestimar riscos.

As Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC) são divididas em duas categorias:

NBCs Técnicas: estabelecem procedimentos e critérios contábeis para a elaboração das


demonstrações contábeis.

NBCs Profissionais: orientam a conduta dos profissionais de contabilidade na execução de suas


atividades.

As NBCs são emitidas pelo CFC e se dividem em três categorias: NBCs Gerais, que tratam de
temas comuns a todas as áreas da contabilidade; NBCs Técnicas, que tratam de temas
específicos de cada área da contabilidade; e NBCs Profissionais, que tratam de questões
relacionadas ao exercício da profissão contábil.

As NBCs estão em constante evolução e revisão, buscando acompanhar as mudanças nas


práticas contábeis e nos padrões internacionais de contabilidade. É importante que o
profissional de contabilidade esteja sempre atualizado em relação às normas e princípios
contábeis, a fim de garantir a qualidade e a confiabilidade das informações produzidas.

3. Conceitos, forma de avaliação, evidenciação, natureza, espécie e estrutura.


Conceitos:

Ativo: recursos controlados pela entidade, com expectativa de geração de benefícios


econômicos futuros.

Passivo: obrigações da entidade para com terceiros, decorrentes de eventos passados, com
expectativa de saída de recursos econômicos.

Patrimônio Líquido: diferença entre os ativos e os passivos da entidade.

Receita: entradas de recursos para a entidade, decorrentes de suas atividades normais.

Despesa: saídas de recursos da entidade, decorrentes de suas atividades normais.

Resultado: diferença entre as receitas e as despesas da entidade em um determinado período.

Lucro: resultado positivo da entidade em um determinado período.

Prejuízo: resultado negativo da entidade em um determinado período.

Forma de avaliação:

Os ativos e passivos devem ser avaliados pelo valor justo ou pelo valor de custo. O valor justo é
o valor pelo qual um ativo pode ser trocado ou um passivo pode ser liquidado entre partes
interessadas e conhecedoras do negócio, com ausência de fatores que pressionem para a
liquidação da transação. O valor de custo é o montante original despendido para adquirir um
ativo ou incorrer em um passivo.

Evidenciação:

A evidenciação é o processo de divulgar informações contábeis para os usuários da


contabilidade. As informações contábeis devem ser claras, objetivas e relevantes, permitindo
que os usuários tomem decisões com base nelas. A evidenciação pode ser feita por meio de
demonstrações financeiras, notas explicativas e outros relatórios contábeis.

Natureza e espécie:

As contas contábeis são classificadas de acordo com sua natureza e espécie. A natureza se
refere ao tipo de conta, como ativo, passivo, patrimônio líquido, receita e despesa. A espécie se
refere à categoria específica de cada conta, como caixa, contas a receber, fornecedores,
impostos a pagar, entre outras.

Estrutura:

A estrutura das demonstrações contábeis é padronizada e segue as normas e princípios


contábeis. As demonstrações financeiras mais comuns são o Balanço Patrimonial, que
apresenta a posição financeira da entidade em uma determinada data, e a Demonstração do
Resultado do Exercício, que apresenta o resultado das operações da entidade em um
determinado período. Além disso, existem outras demonstrações contábeis, como a
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, que
fornecem informações adicionais sobre a situação financeira e operacional da entidade.

4. Atos e fatos administrativos.


Ato administrativos – são eventos da empresa que não alteram seu patrimônio Líquido de
maneira nenhuma. Exemplo: Fazer um orçamento ou fazer a admissão de um funcionário.

Fatos administrativos – são eventos da empresa que alteram (ou não) o patrimônio líquido da
empresa. Exemplo: Pagar duplicata, pagar empréstimo com desconto, receber duplicata de
prestação de serviços com juros, etc.

5. Livros contábeis obrigatórios e documentação contábil.


Livros contábeis obrigatórios:

Os livros contábeis são registros utilizados pelas empresas para documentar e organizar suas
atividades contábeis. Alguns dos livros contábeis obrigatórios são:

Livro Diário: registro cronológico de todas as operações da empresa, incluindo receitas,


despesas, compras e vendas. É o principal livro contábil obrigatório.

Livro Razão: registro analítico das contas contábeis da empresa, mostrando a movimentação
em cada uma delas.

Livro Caixa: registro das movimentações financeiras da empresa.

Livro Inventário: registro do estoque de produtos da empresa.

Livro Registro de Duplicatas: registro das duplicatas emitidas e recebidas pela empresa.

Documentação contábil:
A documentação contábil é o conjunto de documentos utilizados para comprovar as transações
financeiras da empresa. Alguns dos principais documentos contábeis são:

Notas fiscais: documentos que comprovam as vendas e compras da empresa.

Recibos: documentos que comprovam o pagamento ou recebimento de valores.

Extratos bancários: documentos que comprovam as movimentações financeiras da empresa


em suas contas bancárias.

Contratos: documentos que formalizam as relações entre a empresa e seus clientes,


fornecedores, funcionários, entre outros.

Comprovantes de pagamento de impostos: documentos que comprovam o pagamento de


impostos devidos pela empresa.

A documentação contábil deve ser organizada e arquivada corretamente, pois é essencial para
a elaboração das demonstrações contábeis e para comprovar a veracidade das informações
financeiras da empresa.

6. Variação do patrimônio líquido.


6.1 Receita, despesa, ganhos e perdas.
Receitas:

As receitas representam as entradas de recursos que aumentam o patrimônio líquido da


empresa. Elas podem ser classificadas em duas categorias:

Receita operacional: é aquela proveniente da atividade principal da empresa, como a venda de


produtos ou prestação de serviços.

Receita não operacional: é aquela proveniente de outras atividades, como juros sobre
aplicações financeiras, aluguel de imóveis, entre outras.

Despesas:

As despesas representam as saídas de recursos que diminuem o patrimônio líquido da


empresa. Elas também podem ser classificadas em duas categorias:

Despesa operacional: é aquela relacionada à atividade principal da empresa, como o custo dos
produtos vendidos ou salários dos funcionários.

Despesa não operacional: é aquela relacionada a outras atividades, como multas e juros sobre
dívidas.

Ganhos e perdas:

Além das receitas e despesas, a variação do patrimônio líquido também pode ser afetada por
ganhos e perdas. Os ganhos representam as receitas provenientes de transações não
operacionais, enquanto as perdas representam as despesas não operacionais.
É importante destacar que os ganhos e perdas não são recorrentes e não fazem parte das
atividades principais da empresa, como no caso das receitas e despesas. Eles podem ser
provenientes de vendas de ativos, ajustes contábeis, entre outros fatores.

Em resumo, a variação do patrimônio líquido pode ser afetada por receitas, despesas, ganhos e
perdas, que devem ser corretamente classificados e registrados na contabilidade para que se
possa ter uma visão clara da situação financeira da empresa.

7. Apuração dos resultados.


A apuração dos resultados é um processo contábil que visa identificar o lucro ou prejuízo
obtido por uma empresa em um determinado período. Esse processo envolve a comparação
das receitas e despesas da empresa durante o período em questão.

Para apurar os resultados, é necessário seguir os seguintes passos:

Levantamento dos saldos das contas de receitas e despesas:

O primeiro passo é levantar os saldos das contas de receitas e despesas da empresa, que
devem ser registradas no livro razão ou em planilhas contábeis. Essas contas são referentes ao
período em questão e devem ser organizadas de forma a facilitar a análise e a apuração dos
resultados.

Cálculo das receitas:

As receitas correspondem aos valores obtidos pela empresa durante o período em questão.
Para calcular as receitas, é necessário somar o valor das vendas de produtos ou serviços, bem
como outras receitas operacionais.

Cálculo das despesas:

As despesas correspondem aos valores gastos pela empresa durante o período em questão.
Para calcular as despesas, é necessário somar os valores gastos com salários, impostos,
fornecedores, aluguel, entre outras despesas operacionais.

Comparação entre as receitas e despesas:

A partir da comparação entre as receitas e despesas, é possível identificar se a empresa obteve


lucro ou prejuízo no período em questão. Se as receitas forem maiores do que as despesas, a
empresa obteve lucro. Se as despesas forem maiores do que as receitas, a empresa obteve
prejuízo.

Registro do resultado:

O resultado obtido (lucro ou prejuízo) deve ser registrado no livro diário e no livro razão da
empresa. Esse registro é importante para que se possa ter um histórico das atividades
financeiras da empresa.

Em resumo, a apuração dos resultados é um processo contábil fundamental para a gestão


financeira de uma empresa. Ele permite identificar se a empresa obteve lucro ou prejuízo em
um determinado período, o que pode ser utilizado para tomar decisões importantes e planejar
o futuro do negócio.
8. Regimes de apuração.
8.1 Caixa e competência.
Os regimes de apuração são formas diferentes de contabilização das operações de uma
empresa, e os dois principais são o regime de caixa e o regime de competência.

No regime de caixa, as receitas e despesas são registradas somente no momento em que o


dinheiro é efetivamente recebido ou pago. Esse é um método mais simples e indicado para
empresas com poucas operações financeiras.

Já no regime de competência, as receitas e despesas são registradas no momento em que são


geradas, mesmo que o pagamento ou recebimento ocorra em outro momento. Esse é um
método mais complexo, porém mais preciso, e é indicado para empresas com maior volume de
operações.

É importante que a empresa escolha o regime mais adequado à sua realidade e o utilize de
forma consistente ao longo do tempo, para que as informações contábeis sejam precisas e
confiáveis.

9. Escrituração contábil.
9.1 Lançamentos contábeis; contas patrimoniais, resultado.
A escrituração contábil é o processo de registro sistemático e cronológico de todas as
transações financeiras realizadas pela empresa, a fim de manter a contabilidade organizada e
atualizada.

Os lançamentos contábeis são o registro de cada transação financeira em uma conta específica
no livro contábil. Existem duas categorias de contas que podem ser utilizadas: contas
patrimoniais e contas de resultado.

As contas patrimoniais são aquelas que registram as transações que afetam o patrimônio da
empresa, ou seja, suas posses e dívidas. Elas são divididas em duas categorias: ativo e passivo.
O ativo é composto por todas as posses da empresa, como dinheiro em caixa, contas a
receber, estoque, imóveis, entre outros. Já o passivo é composto por todas as dívidas e
obrigações da empresa, como empréstimos, contas a pagar, entre outros.

As contas de resultado, por sua vez, registram as transações que afetam o resultado da
empresa, ou seja, suas receitas e despesas. Elas são divididas em duas categorias: receita e
despesa. A receita é composta por todas as entradas de dinheiro na empresa, como vendas de
produtos ou serviços, juros sobre investimentos, entre outros. Já a despesa é composta por
todas as saídas de dinheiro da empresa, como gastos com pessoal, aluguel, água, luz, entre
outros.

Para cada transação financeira, é necessário fazer um lançamento contábil em uma ou mais
contas patrimoniais ou de resultado, a fim de manter o livro contábil atualizado e organizado.
Os lançamentos contábeis devem ser feitos de forma precisa e consistente, seguindo as
normas contábeis e fiscais vigentes.

10. Fatos contábeis.


10.1 Permutativos, modificativos e mistos.
Os fatos contábeis são as transações financeiras que ocorrem na empresa e que devem ser
registradas na contabilidade por meio de lançamentos contábeis. Esses fatos contábeis são
classificados em três tipos: permutativos, modificativos e mistos.
Os fatos contábeis permutativos são aqueles que não afetam o patrimônio líquido da
empresa, pois não geram ganhos ou perdas. Esses fatos envolvem apenas a troca de uma conta
por outra. Por exemplo, a compra de um equipamento utilizando dinheiro em caixa.

Já os fatos contábeis modificativos são aqueles que afetam o patrimônio líquido da empresa,
gerando ganhos ou perdas. Esses fatos podem ser divididos em dois tipos: aumentativos e
diminutivos. Os fatos aumentativos geram um aumento no patrimônio líquido da empresa,
como a venda de um produto ou serviço com lucro. Já os fatos diminutivos geram uma
diminuição no patrimônio líquido da empresa, como a compra de um produto ou serviço com
prejuízo.

Por fim, os fatos contábeis mistos são aqueles que apresentam características dos dois tipos
anteriores, ou seja, afetam tanto o patrimônio líquido quanto outras contas da empresa. Um
exemplo de fato contábil misto é a compra de um imóvel com a utilização de um empréstimo
bancário, que afeta tanto o patrimônio líquido quanto as contas de ativo e passivo da empresa.

É importante que a empresa faça o registro adequado de todos os fatos contábeis, a fim de
manter a contabilidade organizada e atualizada, e garantir a precisão das informações
contábeis para tomada de decisão.

11. Itens patrimoniais.


11.1 Conteúdo, conceitos, estrutura, formas de avaliação e classificação dos itens
patrimoniais do ativo, do passivo e do patrimônio líquido.
Os itens patrimoniais são os bens, direitos e obrigações que fazem parte do patrimônio da
empresa. Eles são registrados no balanço patrimonial, que é uma das principais demonstrações
contábeis da empresa.

Os itens patrimoniais do ativo correspondem aos bens e direitos da empresa. Eles podem ser
classificados em dois tipos: circulante e não circulante. O ativo circulante é composto pelos
itens de curto prazo, como dinheiro em caixa, estoque, contas a receber e investimentos de
curto prazo. Já o ativo não circulante é composto pelos itens de longo prazo, como imóveis,
máquinas, veículos, investimentos de longo prazo e outros bens duráveis.

Os itens patrimoniais do passivo correspondem às obrigações da empresa. Eles também


podem ser classificados em dois tipos: circulante e não circulante. O passivo circulante é
composto pelas obrigações de curto prazo, como empréstimos, contas a pagar e salários a
pagar. Já o passivo não circulante é composto pelas obrigações de longo prazo, como
empréstimos de longo prazo e financiamentos.

O patrimônio líquido corresponde à diferença entre o ativo e o passivo, ou seja, o valor que
sobra após o pagamento das obrigações. Ele é composto pelo capital social, reservas de
lucros, prejuízos acumulados e outras contas relacionadas à empresa.

A avaliação dos itens patrimoniais pode ser feita de várias formas, dependendo da natureza
do item. Os bens duráveis, como imóveis e veículos, geralmente são avaliados pelo seu valor
de mercado. Já os estoques e as contas a receber são avaliados pelo valor esperado de venda
ou recebimento. As obrigações, como empréstimos e contas a pagar, são avaliadas pelo valor
presente dos pagamentos futuros.
A classificação dos itens patrimoniais no balanço patrimonial segue uma ordem específica,
começando pelo ativo circulante, seguido pelo ativo não circulante, pelo passivo circulante,
pelo passivo não circulante e, por fim, pelo patrimônio líquido.

É importante que a empresa mantenha seus registros contábeis atualizados e precisos, a fim de
garantir a correta avaliação e classificação dos itens patrimoniais, bem como a adequada
gestão financeira da empresa.

12. Demonstrações contábeis.


12.1 Balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração de
lucros ou prejuízos acumulados, demonstração das mutações do patrimônio líquido,
demonstração dos fluxos de caixa e demonstração do valor adicionado.

As demonstrações contábeis são um conjunto de relatórios financeiros que apresentam a


situação econômico-financeira de uma empresa em um determinado período. Essas
demonstrações são importantes tanto para a gestão interna da empresa quanto para a
comunicação externa com investidores, credores e demais stakeholders. Dentre as
demonstrações contábeis mais comuns, destacam-se:

Balanço Patrimonial: É uma demonstração contábil que apresenta a situação patrimonial da


empresa em um determinado momento, mostrando o valor dos seus bens, direitos e
obrigações. Ele é composto por ativo, passivo e patrimônio líquido.

Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): É uma demonstração contábil que apresenta a


receita e as despesas da empresa em um determinado período, resultando no lucro ou
prejuízo líquido do exercício. Ela é útil para avaliar a rentabilidade da empresa.

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA): É uma demonstração contábil que


apresenta o saldo acumulado dos lucros ou prejuízos da empresa ao longo do tempo. Ela é útil
para avaliar a capacidade da empresa de gerar resultados consistentes.

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL): É uma demonstração contábil


que apresenta as variações ocorridas no patrimônio líquido da empresa em um determinado
período, decorrentes de alterações no capital social, reservas, lucros e prejuízos acumulados.

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC): É uma demonstração contábil que apresenta as
entradas e saídas de caixa da empresa em um determinado período, permitindo avaliar a
capacidade da empresa de gerar fluxo de caixa e de honrar seus compromissos.

Demonstração do Valor Adicionado (DVA): É uma demonstração contábil que apresenta a


contribuição da empresa para a economia em um determinado período, mostrando o valor
gerado pela empresa e sua distribuição entre os funcionários, fornecedores, governo e
acionistas.

Cada uma dessas demonstrações contábeis apresenta informações diferentes e


complementares sobre a situação financeira da empresa, permitindo uma análise mais
completa e precisa de sua performance.
13. Notas explicativas às demonstrações contábeis.
13.1 Conteúdo, forma de apresentação e exigências legais de informações.
As notas explicativas às demonstrações contábeis são uma parte importante das informações
financeiras que as empresas devem fornecer a seus stakeholders, como investidores, credores,
clientes e fornecedores. Essas notas fornecem informações adicionais e esclarecimentos sobre
os números apresentados nas demonstrações financeiras, permitindo que os usuários
compreendam melhor a situação financeira e operacional da empresa.

O conteúdo das notas explicativas pode variar dependendo das necessidades específicas da
empresa e dos requisitos regulatórios do país em que ela está operando. No entanto, algumas
informações comuns incluem:

Políticas contábeis da empresa: as notas explicativas devem descrever as políticas contábeis


utilizadas pela empresa para preparar suas demonstrações financeiras. Isso inclui informações
sobre como a empresa registra suas receitas, despesas, ativos e passivos.

Informações sobre os principais ativos e passivos da empresa: as notas explicativas podem


incluir detalhes sobre os principais ativos e passivos da empresa, como imóveis, equipamentos,
investimentos, empréstimos e dívidas.

Informações sobre as transações com partes relacionadas: se a empresa tiver transações com
partes relacionadas, como acionistas, diretores ou empresas afiliadas, as notas explicativas
devem fornecer informações sobre essas transações e como elas afetam os resultados
financeiros da empresa.

Informações sobre riscos e incertezas: as notas explicativas podem incluir informações sobre
os riscos e incertezas que afetam as operações da empresa, como mudanças nas condições
econômicas ou mudanças na regulamentação.

Informações sobre contingências: se a empresa tiver contingências, como ações judiciais


pendentes ou questões fiscais, as notas explicativas devem fornecer informações sobre essas
contingências e como elas podem afetar a empresa financeiramente.

Informações sobre eventos subsequentes: as notas explicativas podem incluir informações


sobre eventos significativos que ocorreram após a data das demonstrações financeiras, como
aquisições ou vendas de ativos importantes.

Em termos de forma de apresentação, as notas explicativas geralmente são apresentadas em


um formato padronizado e numerado para facilitar a referência. As informações devem ser
organizadas de forma clara e concisa, utilizando linguagem acessível e evitando jargões
técnicos desnecessários.

As exigências legais para as notas explicativas variam de acordo com a legislação do país em
que a empresa está operando. No entanto, geralmente há requisitos específicos que devem ser
cumpridos em relação ao conteúdo, formato e divulgação das notas explicativas. Por exemplo,
a legislação brasileira exige que as notas explicativas sejam elaboradas de acordo com as
normas contábeis aplicáveis e incluam informações obrigatórias, como as políticas contábeis da
empresa, as informações sobre as partes relacionadas e os riscos e incertezas que afetam as
operações da empresa.
14. Ajustes, classificações e avaliações dos itens patrimoniais exigidos pelas
novas práticas contábeis adotadas no Brasil trazidas pela Lei Federal nº
11.638/2007 e Lei Federal nº 11.941/2009.
As novas práticas contábeis adotadas no Brasil, trazidas pela Lei Federal nº 11.638/2007 e Lei
Federal nº 11.941/2009, trouxeram diversas mudanças nas exigências de ajustes,
classificações e avaliações dos itens patrimoniais. Algumas das principais mudanças incluem:

Ajustes de avaliação patrimonial: a Lei nº 11.638/2007 introduziu o conceito de ajuste de


avaliação patrimonial, que permite a reavaliação de determinados ativos para refletir seu valor
justo de mercado. Os ativos que podem ser reavaliados incluem imóveis, equipamentos,
marcas e patentes, entre outros. Esses ajustes são registrados diretamente no patrimônio
líquido da empresa e podem afetar significativamente seus resultados financeiros.

Classificação do patrimônio líquido: a Lei nº 11.638/2007 também trouxe mudanças na


classificação do patrimônio líquido das empresas. As contas de lucros e prejuízos acumulados
foram substituídas por reservas de lucros, que são contas específicas do patrimônio líquido
destinadas a fins específicos, como distribuição de dividendos, investimentos ou reservas de
contingência.

Avaliação de ativos intangíveis: a Lei nº 11.638/2007 também trouxe mudanças na avaliação


de ativos intangíveis, como marcas e patentes. Anteriormente, esses ativos eram registrados
no balanço pelo valor de aquisição. Agora, a empresa deve avaliar esses ativos anualmente e
determinar se seu valor recuperável é superior ao valor contábil. Se o valor recuperável for
inferior ao valor contábil, a empresa deve registrar uma perda por desvalorização.

Demonstração de resultado abrangente: a Lei nº 11.638/2007 também introduziu a


demonstração de resultado abrangente, que inclui todos os ganhos e perdas da empresa que
não são incluídos na demonstração de resultado tradicional. Isso inclui ajustes de avaliação
patrimonial e outros itens que afetam o patrimônio líquido da empresa.

Reconhecimento de contratos de longo prazo: a Lei nº 11.941/2009 introduziu mudanças na


forma como as empresas reconhecem os contratos de longo prazo. Agora, a empresa deve
reconhecer as receitas e despesas de acordo com o progresso do projeto, em vez de
reconhecê-las apenas quando o projeto é concluído. Isso pode afetar significativamente a
forma como a empresa relata seus resultados financeiros.

Essas são apenas algumas das principais mudanças trazidas pelas novas práticas contábeis
adotadas no Brasil. É importante que as empresas entendam essas mudanças e se adaptem a
elas para garantir que estejam em conformidade com as normas contábeis aplicáveis.

15. Estoques.
15.1 Tipos de inventários, critérios e métodos de avaliação.
Existem três tipos de inventários: matérias-primas, produtos em processo e produtos
acabados. Os critérios para avaliação do estoque incluem o custo médio ponderado, o método
PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair) e o método UEPS (último a entrar, primeiro a sair). O
custo médio ponderado é calculado dividindo o valor total do estoque pelo número de
unidades em estoque. O método PEPS é baseado na premissa de que as unidades mais antigas
são vendidas primeiro, enquanto o método UEPS assume que as unidades mais recentes são
vendidas primeiro.
16. Apuração do custo das mercadorias vendidas, tratamento contábil dos tributos
incidentes em operações de compras e vendas.
O custo das mercadorias vendidas (CMV) é calculado subtraindo o valor do estoque final do
valor do estoque inicial e adicionando o valor das compras durante o período. O CMV é um
importante indicador financeiro, pois indica o custo dos produtos vendidos durante um
período de tempo específico. O tratamento contábil dos tributos incidentes em operações de
compras e vendas varia dependendo do tipo de tributo. Por exemplo, o ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) é contabilizado como uma despesa quando a empresa
paga o imposto ao governo, enquanto o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é
incluído no custo de produção das mercadorias.
CONTABILIDADE DE CUSTOS:
1. Conceitos gerais e terminologia aplicável à contabilidade de custos.
A contabilidade de custos é uma área da contabilidade que se concentra na coleta, análise e
interpretação de informações relacionadas aos custos de produção e operacionais de uma
empresa. É uma ferramenta importante para ajudar os gestores a tomar decisões relacionadas
ao controle de custos, precificação de produtos e serviços, e alocação de recursos.

Alguns conceitos gerais e terminologia aplicáveis à contabilidade de custos incluem:

Custos diretos: são os custos que podem ser diretamente atribuídos a um produto ou serviço
específico, como materiais e mão de obra.

Custos indiretos: são os custos que não podem ser diretamente atribuídos a um produto ou
serviço específico, como os custos de aluguel, energia elétrica e depreciação de máquinas.

Custo fixo: é o custo que permanece constante independentemente da quantidade de


produtos ou serviços produzidos ou vendidos.

Custo variável: é o custo que varia proporcionalmente com a quantidade de produtos ou


serviços produzidos ou vendidos.

Ponto de equilíbrio: é o nível de vendas em que a empresa não tem lucro ou prejuízo, ou seja,
as receitas são iguais aos custos totais.

Margem de contribuição: é a diferença entre a receita e os custos variáveis de um produto ou


serviço.

Markup: é um percentual adicionado ao custo de um produto para determinar o preço de


venda.

Custo de oportunidade: é o custo associado a uma oportunidade perdida quando uma escolha
é feita em detrimento de outra.

Esses são apenas alguns dos conceitos e termos comuns utilizados na contabilidade de custos.
O entendimento desses conceitos é essencial para a gestão eficiente dos custos de uma
empresa e para a tomada de decisões informadas.

2. Conceitos e classificação dos custos.


Os custos são classificados de várias maneiras na contabilidade de custos, a depender do
objetivo da análise. Algumas das classificações mais comuns são:

Custos diretos e indiretos: os custos diretos são aqueles que podem ser diretamente
associados a um produto ou serviço específico, como materiais e mão de obra. Já os custos
indiretos são aqueles que não podem ser facilmente atribuídos a um produto ou serviço, como
os custos de aluguel e manutenção de equipamentos.

Custos fixos e variáveis: os custos fixos são aqueles que permanecem constantes
independentemente da quantidade de produtos ou serviços produzidos ou vendidos. Exemplos
incluem aluguel, salários de funcionários administrativos e seguros. Já os custos variáveis são
aqueles que variam de acordo com a quantidade de produtos ou serviços produzidos ou
vendidos, como matérias-primas, embalagens e comissões de vendas.
Custos de produção e não produção: os custos de produção são aqueles diretamente
associados à produção de bens ou serviços, como materiais e mão de obra. Os custos não
produtivos são aqueles que não estão diretamente associados à produção de bens ou serviços,
como despesas administrativas, de vendas e financeiras.

Custos explícitos e implícitos: os custos explícitos são aqueles que são facilmente identificáveis
e mensuráveis, como os custos de matéria-prima e mão de obra. Já os custos implícitos são
aqueles que são difíceis de mensurar ou identificar, como a perda de oportunidades devido a
um investimento em um projeto específico.

Custos históricos e futuros: os custos históricos são aqueles que já foram incorridos e
registrados, enquanto os custos futuros são aqueles que ainda serão incorridos, como os
custos de produção de um novo produto.

Custos totais e unitários: os custos totais são o total de custos incorridos durante um período,
enquanto os custos unitários são o custo médio por unidade de produto.

Essas são apenas algumas das classificações comuns de custos utilizadas na contabilidade de
custos. Cada uma dessas categorias é importante para ajudar os gestores a analisar e gerenciar
os custos de uma empresa de maneira eficiente.

3. Apropriação dos custos à produção.


3.1 Conceito e critérios de atribuição dos custos.
A apropriação dos custos à produção é um processo essencial na contabilidade de custos que
envolve a alocação de todos os custos incorridos durante o processo produtivo de um produto
ou serviço. Os custos apropriados à produção podem incluir custos diretos, como materiais e
mão de obra, e custos indiretos, como aluguel, depreciação e energia elétrica.

Existem diferentes critérios de atribuição de custos que podem ser usados na apropriação de
custos à produção. Alguns dos critérios mais comuns incluem:

Critério de rateio: este critério envolve a alocação proporcional de custos indiretos aos
produtos ou serviços com base em um fator de alocação, como horas de mão de obra direta
ou horas-máquina.

Critério de absorção: este critério envolve a alocação de todos os custos diretos e indiretos
aos produtos ou serviços, com base em um rateio que leve em consideração os custos diretos e
indiretos.

Critério de custeio variável: este critério envolve a alocação de apenas os custos variáveis aos
produtos ou serviços, deixando os custos fixos como uma despesa operacional.

Critério de custeio por absorção completo: este critério envolve a alocação de todos os custos
diretos e indiretos aos produtos ou serviços, incluindo os custos fixos, e é usado para calcular o
custo total de produção de um produto.

Cada critério de atribuição de custos tem suas próprias vantagens e desvantagens, e a escolha
do critério correto dependerá das necessidades e objetivos específicos da empresa. A
apropriação correta dos custos à produção é importante para ajudar os gestores a tomar
decisões informadas sobre a precificação de produtos e serviços, planejamento de produção e
alocação de recursos.
4. Departamentalização.
4.1 Conceito, tratamento contábil, forma de apropriação e impacto no custo do produto.
A departamentalização é um método de contabilidade de custos que consiste em dividir uma
empresa em departamentos ou centros de custos com o objetivo de alocar de forma mais
precisa os custos indiretos às atividades que os geram.

O tratamento contábil da departamentalização consiste em criar centros de custos para cada


departamento ou setor da empresa e alocar os custos indiretos desses departamentos aos
produtos ou serviços produzidos por eles. Para isso, são utilizados critérios de rateio ou
absorção, como mencionado anteriormente.

A forma de apropriação dos custos pode variar de acordo com a estrutura da empresa. Por
exemplo, em uma empresa de manufatura, pode haver departamentos de produção,
manutenção, qualidade e administração. Os custos desses departamentos podem ser alocados
aos produtos de forma proporcional ao tempo de utilização de cada departamento.

O impacto no custo do produto da departamentalização é que ela permite que os custos


indiretos sejam alocados de forma mais precisa aos produtos ou serviços, o que pode levar a
uma melhor tomada de decisão e uma precificação mais precisa. Além disso, a
departamentalização pode ajudar a identificar áreas da empresa que estão incorrendo em
custos excessivos e que precisam de ajustes para melhorar a eficiência e reduzir custos.

No entanto, é importante lembrar que a departamentalização não é uma solução perfeita e


pode haver distorções nos custos alocados, dependendo dos critérios de rateio ou absorção
utilizados. Por isso, é importante que os gestores estejam sempre avaliando e ajustando os
métodos de apropriação de custos para garantir que eles reflitam adequadamente as
atividades e custos da empresa.

5. Taxa de aplicação dos custos indiretos de produção.


A taxa de aplicação dos custos indiretos de produção é um dos métodos mais comuns usados
na contabilidade de custos para alocar custos indiretos aos produtos ou serviços. Essa taxa é
calculada dividindo os custos indiretos totais pela base de alocação escolhida. A base de
alocação pode ser um fator como horas de mão de obra direta, horas-máquina, custos de
material direto ou qualquer outro fator que reflita a utilização dos custos indiretos.

Por exemplo, se os custos indiretos totais da produção são R$ 100.000 e a base de alocação
escolhida é de 10.000 horas de mão de obra direta, a taxa de aplicação seria de R$ 10 por hora
de mão de obra direta.

A taxa de aplicação é usada para alocar os custos indiretos aos produtos ou serviços,
multiplicando a taxa de aplicação pela quantidade de horas de mão de obra direta usadas na
produção de cada produto ou serviço. Por exemplo, se um produto usou 100 horas de mão de
obra direta, o custo indireto alocado seria de R$ 1.000 (100 x R$ 10 por hora).

A taxa de aplicação é importante porque ajuda a garantir que os custos indiretos sejam
alocados aos produtos de forma justa e precisa. No entanto, é importante lembrar que a taxa
de aplicação deve ser revisada e atualizada regularmente para garantir que ela reflita
adequadamente as mudanças na base de alocação e nos custos indiretos.

Além disso, é importante lembrar que a taxa de aplicação é apenas um método de alocação de
custos indiretos e pode haver outras formas de apropriação de custos que sejam mais
apropriadas para a empresa em questão. Por isso, é importante que os gestores avaliem
regularmente as opções de apropriação de custos e escolham a melhor para a empresa.

6. Apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos


vendidos.
A apuração da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos vendidos é um
processo importante na contabilidade de custos, que ajuda a determinar o custo dos
produtos e serviços produzidos e vendidos por uma empresa. Essa apuração envolve a
contabilização de três elementos-chave: a produção acabada, os produtos em elaboração e os
produtos vendidos.

A produção acabada refere-se aos produtos que foram concluídos e estão prontos para serem
vendidos. O custo desses produtos é calculado pela soma dos custos diretos e indiretos
incorridos durante o processo de produção.

Os produtos em elaboração são aqueles que ainda estão sendo produzidos e não estão
totalmente concluídos. O custo desses produtos é calculado pela soma dos custos diretos e
indiretos incorridos até o momento em que a contagem é realizada.

Os produtos vendidos são aqueles que foram vendidos pela empresa durante um período
contábil. O custo desses produtos é calculado pela soma dos custos diretos e indiretos
incorridos durante o processo de produção.

Para apurar o custo da produção acabada, dos produtos em elaboração e dos produtos
vendidos, a empresa deve manter registros precisos dos custos diretos e indiretos incorridos
durante o processo de produção. Os custos diretos incluem materiais diretos, mão de obra
direta e outros custos diretamente associados à produção de um produto ou serviço. Os custos
indiretos incluem custos gerais de fabricação, como custos de aluguel, depreciação, salários de
supervisores e outros custos que não podem ser facilmente atribuídos a um produto
específico.

Com base nesses registros, a empresa pode calcular o custo total da produção acabada, dos
produtos em elaboração e dos produtos vendidos, que são importantes para determinar o
lucro bruto e para o planejamento financeiro da empresa. A apuração desses custos também
ajuda a identificar possíveis ineficiências no processo de produção e a tomar medidas
corretivas para melhorar a eficiência e reduzir custos.

7. Utilização de equivalentes de produção.


A utilização de equivalentes de produção é uma técnica usada na contabilidade de custos para
avaliar o custo de produção de produtos que passam por diferentes processos produtivos.
Essa técnica é especialmente útil em indústrias que usam processos contínuos, como a
indústria química, de alimentos e de bebidas.

O método de equivalentes de produção é usado para converter unidades físicas de produtos


em unidades monetárias de custos, para que possam ser apropriadas aos produtos ou
processos em que foram incorridas. Isso é feito calculando-se o custo total dos materiais, mão
de obra e custos indiretos de produção e dividindo esse custo pelo número de equivalentes de
produção.

Um equivalente de produção é uma medida que expressa o grau de avanço do processo


produtivo de um produto em relação a um padrão de medida. Por exemplo, em uma indústria
química, um produto pode passar por três etapas de processamento antes de estar pronto para
ser vendido. O custo de cada etapa do processo é calculado e, em seguida, cada etapa é
convertida em um equivalente de produção com base em sua participação no processo total.

Para calcular o custo total de cada produto, o custo total de cada etapa é multiplicado pelo
equivalente de produção correspondente e, em seguida, todos os custos são somados. O custo
total é então dividido pelo número total de equivalentes de produção para obter o custo por
unidade.

O uso de equivalentes de produção permite que as empresas aloquem custos de produção de


forma mais precisa e justa aos produtos em que foram incorridos. Também ajuda a identificar
possíveis gargalos ou ineficiências no processo produtivo, permitindo que as empresas tomem
medidas corretivas para melhorar a eficiência e reduzir custos.

8. Tipos de produção.
8.1 Conceito, aplicabilidade, tratamento contábil e apropriação dos custos.
8.2 Produção por ordem, produção contínua, produção conjunta.
Existem três tipos principais de produção em que as empresas podem se engajar: produção
por ordem, produção contínua e produção conjunta. Cada tipo de produção apresenta
diferentes características e requer diferentes abordagens contábeis e de custeio.

Produção por ordem: este tipo de produção é utilizado quando a empresa produz bens ou
serviços sob encomenda, geralmente em pequenas quantidades e de acordo com as
especificações do cliente. O custo é atribuído a cada ordem de produção individual e é baseado
nos materiais, mão de obra e custos indiretos de produção associados a essa ordem específica.
A contabilidade de custos para esse tipo de produção envolve a identificação de cada ordem de
produção e a alocação dos custos correspondentes a ela.

Produção contínua: este tipo de produção é caracterizado pela produção contínua e em massa
de bens ou serviços padronizados. Os custos são apropriados a um determinado período de
tempo ou volume de produção, em vez de serem atribuídos a produtos específicos. A
contabilidade de custos para esse tipo de produção envolve a apuração do custo médio por
unidade produzida, que é calculado dividindo o custo total pelo número total de unidades
produzidas.

Produção conjunta: este tipo de produção ocorre quando vários produtos são produzidos a
partir de um processo comum, e é caracterizado pela produção simultânea e interdependente
de vários produtos. O custo é apropriado a cada produto com base em um critério de divisão
de custos, como a quantidade física ou o valor de venda de cada produto. A contabilidade de
custos para esse tipo de produção envolve a identificação e separação dos custos associados a
cada produto e a alocação desses custos com base em um método de divisão de custos.

Em resumo, a produção por ordem envolve a alocação de custos a produtos específicos com
base em uma ordem de produção individual; a produção contínua envolve a alocação de custos
com base em um período de tempo ou volume de produção, e a produção conjunta envolve a
alocação de custos a vários produtos produzidos a partir de um processo comum, com base em
um método de divisão de custos.

9. Tipos de custeio. Conceitos, diferenciações, apropriação dos custos, impactos


nos resultados.
Em contabilidade de custos, existem três principais tipos de custeio: custeio por absorção,
custeio variável e custeio ABC (Activity-Based Costing). Cada um deles possui características
específicas que podem impactar os resultados e a forma como os custos são apropriados aos
produtos ou serviços.

O custeio por absorção é o método mais comum e consiste em apropriar todos os custos
diretos e indiretos ao produto ou serviço, incluindo os custos fixos de produção, como aluguel
e salários. Com este método, os custos fixos são distribuídos de forma proporcional ao volume
de produção, o que significa que quanto maior a produção, menor será o custo unitário.

Já o custeio variável é baseado apenas nos custos variáveis do produto ou serviço, como
matéria-prima, mão de obra direta e custos variáveis indiretos. Os custos fixos não são
apropriados diretamente aos produtos, mas sim tratados como despesas do período. Com isso,
o custo unitário pode variar de acordo com o volume de produção e a quantidade de custos
variáveis associados.

O custeio ABC (Activity-Based Costing) é um método mais recente e que leva em consideração
a complexidade das atividades envolvidas no processo produtivo. Com este método, os custos
são apropriados a partir das atividades realizadas, e não diretamente aos produtos. Assim, é
possível identificar melhor onde os custos estão sendo gerados e como eles podem ser
reduzidos.

A escolha do método de custeio pode ter um impacto significativo nos resultados da empresa,
especialmente em relação ao custo dos produtos e serviços. Por isso, é importante analisar
cuidadosamente as características de cada método e escolher aquele que melhor se adapta à
realidade da empresa.

10 Formas de controle dos custos.


Existem diversas formas de controle de custos na contabilidade de custos, que são utilizadas
pelas empresas para gerir seus recursos de forma eficiente e maximizar seus lucros. Algumas
das principais formas de controle de custos são:

Análise de custo-volume-lucro (CVL): essa técnica é utilizada para analisar a relação entre o
volume de vendas, o custo e o lucro da empresa. Com essa análise, é possível determinar qual
o ponto de equilíbrio da empresa, ou seja, a quantidade de vendas necessária para cobrir
todos os custos e despesas e gerar lucro.

Orçamento empresarial: o orçamento empresarial é uma ferramenta essencial para o controle


de custos, pois permite que a empresa estabeleça metas e objetivos de despesas e receitas
para um determinado período, como um ano fiscal, por exemplo. Com isso, é possível
monitorar o desempenho financeiro da empresa ao longo do tempo e fazer ajustes
necessários.

Controle de estoque: o controle de estoque é fundamental para o controle de custos, pois


permite que a empresa mantenha um equilíbrio entre a quantidade de produtos
armazenados e a demanda do mercado. Com isso, é possível evitar excessos de estoque, que
geram custos de armazenamento, e também a falta de produtos, que podem prejudicar as
vendas.

Análise de rentabilidade: a análise de rentabilidade é uma técnica que permite que a empresa
avalie a rentabilidade de cada produto ou serviço oferecido, identificando quais são os mais
rentáveis e quais geram prejuízos. Com essa análise, é possível tomar decisões estratégicas
para otimizar os lucros da empresa.
Análise de desempenho: a análise de desempenho é uma técnica que permite que a empresa
avalie o desempenho dos funcionários e processos, identificando oportunidades de melhoria e
redução de custos. Com isso, é possível aprimorar a eficiência da empresa como um todo,
gerando economias de custos e aumentando a rentabilidade.

Essas são apenas algumas das principais formas de controle de custos utilizadas pelas
empresas. É importante destacar que cada empresa possui sua realidade e particularidades, e
por isso pode ser necessário adaptar e combinar diferentes técnicas de controle de custos para
obter os melhores resultados.

11. Custos estimados.


11.1 Conceito, tratamento contábil, análise das variações.
Os custos estimados são uma previsão dos custos que serão incorridos em um determinado
período ou projeto. Eles são importantes na contabilidade de custos, pois permitem que a
empresa tenha uma ideia antecipada dos custos que serão incorridos e possa tomar decisões
mais informadas.

O tratamento contábil dos custos estimados envolve a contabilização dos valores estimados
como custos em contas específicas do plano de contas da empresa, separados dos custos reais
incorridos. Dessa forma, é possível identificar e comparar as variações entre os custos
estimados e os custos reais.

A análise das variações entre os custos estimados e os custos reais é fundamental para
entender as diferenças entre os custos planejados e os custos efetivamente incorridos. Essa
análise permite que a empresa identifique os fatores que causaram as variações e tome
medidas para corrigir possíveis desvios e otimizar seus processos.

Existem duas variações de custos estimados: a variação de preço e a variação de quantidade.


A variação de preço ocorre quando o preço real de um item é diferente do preço estimado. Já
a variação de quantidade ocorre quando a quantidade real de um item é diferente da
quantidade estimada.

A análise das variações de custos estimados pode ser feita de forma isolada ou em conjunto.
No caso da análise isolada, é possível identificar qual variação de custos teve maior impacto
nos resultados. Já na análise em conjunto, é possível verificar a combinação de fatores que
influenciaram os custos efetivos.

Em resumo, os custos estimados são uma ferramenta importante na contabilidade de custos,


permitindo que a empresa tenha uma visão antecipada dos custos que serão incorridos. A
análise das variações entre os custos estimados e os custos reais é fundamental para entender
as diferenças entre os custos planejados e os custos efetivamente incorridos e tomar medidas
para corrigir possíveis desvios e otimizar os processos.

12. Custos controláveis.


12.1 Conceito, tratamento contábil e aplicação.
Os custos controláveis são aqueles que podem ser influenciados ou gerenciados pela empresa
por meio de suas decisões e ações. Eles são importantes na contabilidade de custos, pois
permitem que a empresa identifique e gerencie os custos que podem ser reduzidos ou
otimizados para melhorar a eficiência e rentabilidade dos negócios.
O tratamento contábil dos custos controláveis envolve a identificação e a separação desses
custos das despesas e custos não controláveis, como aluguel, salários e impostos, por
exemplo. Eles são contabilizados em contas específicas no plano de contas da empresa,
permitindo que sejam facilmente identificados e analisados.

A aplicação dos custos controláveis envolve o gerenciamento desses custos por meio de
estratégias de redução ou otimização. Algumas das principais estratégias de gerenciamento de
custos controláveis incluem:

Negociação com fornecedores: é possível reduzir os custos controláveis por meio da


negociação com fornecedores, buscando melhores preços e condições de pagamento.

Melhoria dos processos produtivos: é possível reduzir os custos controláveis por meio da
melhoria dos processos produtivos, reduzindo o tempo e os recursos necessários para a
produção.

Controle de estoque: é possível reduzir os custos controláveis por meio do controle de


estoque, evitando o excesso de estoque que gera custos de armazenagem, e a falta de
produtos, que podem prejudicar as vendas.

Uso eficiente de recursos: é possível reduzir os custos controláveis por meio do uso eficiente
dos recursos, como energia elétrica, água e matéria-prima, por exemplo.

A identificação e gerenciamento dos custos controláveis são fundamentais para a gestão


eficiente dos negócios e para a maximização da rentabilidade da empresa. Por isso, é
importante que a empresa mantenha um controle rigoroso desses custos e adote estratégias
para sua redução e otimização.

13. Custo padrão.


13.1 Conceito, tratamento contábil, aplicação e análises das variações.
O custo padrão é uma técnica utilizada na contabilidade de custos para estimar o custo dos
produtos ou serviços com base em padrões pré-determinados. Esses padrões podem ser
baseados em dados históricos, técnicas de engenharia ou em outros critérios.

O tratamento contábil do custo padrão envolve a criação de um sistema contábil que permita
o registro dos custos reais e dos custos padrão. Os custos padrão são contabilizados em contas
específicas no plano de contas da empresa e podem ser comparados com os custos reais para
análise das variações.

A aplicação do custo padrão permite que a empresa tenha uma estimativa precisa dos custos
dos produtos ou serviços, facilitando a definição do preço de venda e o gerenciamento de
custos. Além disso, o custo padrão pode ser usado como base para o cálculo de margens de
lucro, planejamento e orçamento empresarial.

A análise das variações entre o custo padrão e o custo real é fundamental para a identificação
de desvios e a tomada de ações corretivas. Existem duas variações de custo padrão: a variação
de preço e a variação de quantidade. A variação de preço ocorre quando o preço real de um
item é diferente do preço padrão. Já a variação de quantidade ocorre quando a quantidade
real de um item é diferente da quantidade padrão.

A análise das variações permite que a empresa identifique as causas dos desvios e tome
medidas para corrigi-los. Por exemplo, se a variação de preço for positiva, significa que o custo
real foi menor do que o custo padrão, indicando uma boa negociação com fornecedores. Se a
variação de preço for negativa, significa que o custo real foi maior do que o custo padrão,
indicando a necessidade de revisão de contratos ou negociação de preços mais favoráveis.

Em resumo, o custo padrão é uma técnica utilizada na contabilidade de custos para estimar o
custo dos produtos ou serviços com base em padrões pré-determinados. O tratamento contábil
do custo padrão envolve a criação de um sistema contábil que permita o registro dos custos
reais e dos custos padrão. A análise das variações entre o custo padrão e o custo real é
fundamental para a identificação de desvios e a tomada de ações corretivas.

14. Margem de contribuição.


14.1 Conceito, cálculos e aplicação.
A margem de contribuição é um indicador utilizado na contabilidade de custos para calcular a
diferença entre as receitas de vendas e os custos variáveis de produção. Essa medida permite
avaliar o quanto cada produto ou serviço contribui para o lucro da empresa.

O cálculo da margem de contribuição é feito subtraindo os custos variáveis das receitas de


vendas. Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com a produção ou venda, como
por exemplo: matéria-prima, mão de obra direta e comissões de vendas. As receitas de vendas
são todas as receitas obtidas pela venda dos produtos ou serviços.

A fórmula para o cálculo da margem de contribuição é:

Margem de contribuição = Receitas de vendas - Custos variáveis

A margem de contribuição é expressa em valores monetários ou em percentuais e indica a


contribuição de cada produto ou serviço para cobrir os custos fixos e gerar lucro para a
empresa.

A aplicação da margem de contribuição é ampla e pode ser utilizada para tomada de decisões
estratégicas. Por exemplo, ao comparar a margem de contribuição de diferentes produtos ou
serviços, a empresa pode identificar quais são os mais rentáveis e concentrar seus esforços
em vendê-los. Além disso, a margem de contribuição pode ajudar a determinar o preço de
venda de um produto ou serviço, pois permite avaliar o impacto dos custos variáveis na
lucratividade.

A margem de contribuição também pode ser utilizada para a análise de ponto de equilíbrio,
que é o ponto em que a receita de vendas é igual aos custos totais da empresa, ou seja, o
momento em que a empresa não tem lucro nem prejuízo. Para calcular o ponto de equilíbrio, é
preciso dividir os custos fixos pela margem de contribuição unitária, que é a margem de
contribuição por unidade vendida.

Em resumo, a margem de contribuição é um indicador utilizado na contabilidade de custos


para calcular a diferença entre as receitas de vendas e os custos variáveis de produção. O
cálculo da margem de contribuição é feito subtraindo os custos variáveis das receitas de
vendas. A margem de contribuição é amplamente aplicada na tomada de decisões estratégicas,
como a análise de ponto de equilíbrio e determinação do preço de venda.

15. Análise da Contabilidade de Custos custo × volume × lucro.


A análise de custo-volume-lucro (CVL) é uma técnica da contabilidade de custos utilizada para
avaliar a relação entre as receitas, os custos e o lucro de uma empresa em diferentes níveis de
produção e vendas. Essa análise é importante para ajudar na tomada de decisões, como
estabelecer metas de vendas, determinar o preço de venda de um produto e avaliar a
viabilidade de investimentos em novos projetos.

A análise de CVL é baseada em três elementos principais: custos, volume de produção/vendas


e lucro.

Os custos são classificados em custos fixos e custos variáveis. Os custos fixos são aqueles que
não mudam com a quantidade produzida ou vendida, como aluguel, salários dos funcionários e
depreciação de equipamentos. Já os custos variáveis são aqueles que variam com o volume de
produção/vendas, como matéria-prima e comissões de vendas.

O volume de produção/vendas é a quantidade produzida ou vendida em um determinado


período de tempo. Esse volume influencia diretamente os custos variáveis, pois quanto mais se
produz ou vende, mais custos variáveis são incorridos.

O lucro é a diferença entre as receitas e os custos totais da empresa. Para calcular o lucro, é
preciso levar em consideração tanto os custos fixos quanto os custos variáveis.

A análise de CVL utiliza a fórmula do ponto de equilíbrio para determinar o volume de


produção/vendas necessário para cobrir os custos e gerar lucro. O ponto de equilíbrio é o
ponto em que as receitas são iguais aos custos totais da empresa, ou seja, o momento em que
a empresa não tem lucro nem prejuízo. A partir do ponto de equilíbrio, é possível determinar
qual será o lucro da empresa em diferentes níveis de produção/vendas.

A análise de CVL também permite avaliar o impacto de mudanças nos custos, no volume de
produção/vendas e no preço de venda sobre o lucro da empresa. Por exemplo, é possível
simular o aumento do volume de produção/vendas para avaliar o impacto sobre o lucro da
empresa.

Em resumo, a análise de custo-volume-lucro é uma técnica utilizada na contabilidade de custos


para avaliar a relação entre as receitas, os custos e o lucro de uma empresa em diferentes
níveis de produção/vendas. Essa análise é importante para ajudar na tomada de decisões e é
baseada nos custos fixos e variáveis, no volume de produção/vendas e no lucro. A análise de
CVL utiliza a fórmula do ponto de equilíbrio para determinar o volume de produção/vendas
necessário para cobrir os custos e gerar lucro e permite avaliar o impacto de mudanças nos
custos, no volume de produção/vendas e no preço de venda sobre o lucro da empresa.

16. Variações do ponto de equilíbrio.


As variações do ponto de equilíbrio são importantes na análise de custo-volume-lucro (CVL) e
indicam como as mudanças nos custos, no volume de produção/vendas e no preço de venda
afetam o ponto de equilíbrio da empresa.

Existem três tipos principais de variações do ponto de equilíbrio:

Variação no volume de vendas: quando o volume de vendas da empresa aumenta ou diminui,


o ponto de equilíbrio também é afetado. Se o volume de vendas aumenta, o ponto de
equilíbrio é reduzido, pois a empresa precisa produzir mais para atender a demanda. Por outro
lado, se o volume de vendas diminui, o ponto de equilíbrio é aumentado, pois a empresa
precisa produzir menos para atender a demanda.

Variação nos custos variáveis: quando os custos variáveis da empresa aumentam ou


diminuem, o ponto de equilíbrio também é afetado. Se os custos variáveis aumentam, o ponto
de equilíbrio é aumentado, pois a empresa precisa vender mais produtos para cobrir esses
custos. Por outro lado, se os custos variáveis diminuem, o ponto de equilíbrio é reduzido, pois a
empresa precisa vender menos produtos para cobrir esses custos.

Variação nos custos fixos: quando os custos fixos da empresa aumentam ou diminuem, o
ponto de equilíbrio também é afetado. Se os custos fixos aumentam, o ponto de equilíbrio é
aumentado, pois a empresa precisa vender mais produtos para cobrir esses custos. Por outro
lado, se os custos fixos diminuem, o ponto de equilíbrio é reduzido, pois a empresa precisa
vender menos produtos para cobrir esses custos.

É importante lembrar que as variações do ponto de equilíbrio não são independentes umas das
outras e podem ocorrer simultaneamente. Por exemplo, se os custos variáveis e os custos fixos
aumentam, o ponto de equilíbrio será aumentado ainda mais.

A análise das variações do ponto de equilíbrio é importante para que a empresa possa
identificar os principais fatores que afetam seu ponto de equilíbrio e tomar medidas para
reduzi-lo, como aumentar o volume de vendas, reduzir os custos variáveis e fixos, ou aumentar
o preço de venda.

Em resumo, as variações do ponto de equilíbrio são importantes na análise de custo-volume-


lucro e indicam como as mudanças nos custos, no volume de produção/vendas e no preço de
venda afetam o ponto de equilíbrio da empresa. As três principais variações são variação no
volume de vendas, variação nos custos variáveis e variação nos custos fixos. A análise das
variações do ponto de equilíbrio é importante para identificar os principais fatores que afetam
o ponto de equilíbrio e tomar medidas para reduzi-lo.

17. Grau de alavancagem operacional.


O grau de alavancagem operacional (GAO) é um indicador importante utilizado na análise de
custo-volume-lucro (CVL) que mostra o impacto das mudanças no volume de vendas sobre o
lucro operacional da empresa. O GAO é calculado dividindo o lucro operacional pelo lucro
antes dos juros e impostos (EBIT).

GAO = Lucro Operacional / EBIT

O GAO mede o quanto o lucro operacional da empresa é sensível às mudanças no volume de


vendas. Se o GAO for alto, significa que a empresa tem uma grande proporção de custos fixos
em relação aos custos variáveis. Isso significa que, à medida que o volume de vendas
aumenta, a empresa pode aumentar a receita sem aumentar os custos fixos, o que aumenta o
lucro operacional.

Por outro lado, se o GAO for baixo, significa que a empresa tem uma grande proporção de
custos variáveis em relação aos custos fixos. Isso significa que, à medida que o volume de
vendas aumenta, a empresa precisa aumentar os custos variáveis, o que diminui o lucro
operacional. Nesse caso, a empresa pode precisar considerar reduzir seus custos fixos ou
aumentar o preço de venda para aumentar seu lucro operacional.

O GAO é um indicador útil para a empresa entender o impacto das mudanças no volume de
vendas em seu lucro operacional. Com base no GAO, a empresa pode tomar decisões
estratégicas sobre como gerenciar seus custos fixos e variáveis e estabelecer metas realistas de
vendas e lucro.
18. Margem de segurança
A Margem de Segurança é um conceito importante em Contabilidade de Custos, que se refere
à quantidade de vendas que uma empresa pode perder antes de começar a ter prejuízo. Em
outras palavras, é a diferença entre as vendas esperadas e as vendas mínimas necessárias para
cobrir todos os custos fixos e variáveis.

Para calcular a Margem de Segurança, é necessário conhecer o Ponto de Equilíbrio, que é o


nível de vendas em que a empresa não tem lucro nem prejuízo. A fórmula para calcular o Ponto
de Equilíbrio é:

Ponto de Equilíbrio = Custos Fixos / (Preço de Venda Unitário - Custos Variáveis Unitários)

Uma vez conhecido o Ponto de Equilíbrio, é possível calcular a Margem de Segurança, que
pode ser expressa em termos de quantidade de vendas ou em termos de percentual de
vendas. A fórmula para calcular a Margem de Segurança em termos de quantidade de vendas
é:

Margem de Segurança em Unidades = Vendas Esperadas - Ponto de Equilíbrio em Unidades

Já a fórmula para calcular a Margem de Segurança em termos de percentual de vendas é:

Margem de Segurança em Percentual = Margem de Segurança em Unidades / Vendas


Esperadas x 100

A Margem de Segurança é uma importante métrica para que as empresas possam planejar
suas operações e tomar decisões estratégicas. Uma Margem de Segurança elevada indica que a
empresa está em uma posição financeira mais sólida, pois tem uma folga maior para lidar com
variações no mercado. Por outro lado, uma Margem de Segurança baixa indica que a empresa
está mais vulnerável a mudanças no mercado e pode ter dificuldades em se manter rentável
caso ocorram quedas nas vendas.

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