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A Constituição de 1988 é conhecida como a "Constituição Cidadã", por ser uma das mais
democráticas e inclusivas do mundo. Ela foi elaborada a partir de um processo de
redemocratização do país, que teve início após o período de ditadura militar que durou de
1964 a 1985.
A separação dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário, cada um com suas atribuições e
responsabilidades.
A organização territorial do país: formado por 26 estados e um Distrito Federal, com autonomia
política e administrativa.
As normas de eficácia plena são aquelas que produzem todos os seus efeitos imediatamente,
sem necessidade de regulamentação. São normas autoaplicáveis e não precisam de nenhum
ato normativo infraconstitucional para serem aplicadas. Exemplos de normas de eficácia plena
são aquelas que estabelecem direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade de
expressão e à igualdade perante a lei.
As normas de eficácia contida, por sua vez, são aquelas que estabelecem uma proteção inicial,
mas que podem ser restringidas por leis ou atos administrativos. Ou seja, a norma estabelece
um limite para a atuação estatal, mas permite que o legislador restrinja ou regulamente o
exercício do direito ou garantia estabelecido na norma. Um exemplo de norma de eficácia
contida é o direito à liberdade de expressão, que pode ser restringido em casos específicos,
como para proteção da honra, da intimidade e da imagem das pessoas.
Já as normas de eficácia limitada são aquelas que precisam de regulamentação para que
possam ser aplicadas. São normas que estabelecem objetivos e princípios a serem perseguidos
pelo Estado, mas não indicam diretamente como esses objetivos e princípios devem ser
alcançados. Essas normas são chamadas de normas programáticas. Um exemplo de norma
programática é o artigo 6º da Constituição, que estabelece o direito social à educação, à saúde,
à alimentação, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteção à
maternidade e à infância, à assistência aos desamparados. Esses direitos precisam ser
concretizados por meio de políticas públicas e programas específicos, regulamentados por leis
e atos administrativos.
Direitos sociais, como saúde, educação, trabalho, moradia, lazer, entre outros;
Além dos direitos fundamentais, a Constituição Federal também prevê garantias fundamentais,
que são mecanismos que visam assegurar o respeito aos direitos fundamentais. Dentre as
garantias fundamentais, podemos destacar:
Os direitos sociais, por sua vez, são direitos garantidos a todos os cidadãos para assegurar uma
vida digna e o exercício da cidadania. São exemplos de direitos sociais:
Direito à nacionalidade;
Direito ao voto.
Os partidos políticos, por sua vez, são organizações formadas por cidadãos com objetivos
políticos comuns. A Constituição Federal de 1988 prevê a liberdade de criação, fusão,
incorporação e extinção de partidos políticos, bem como a sua autonomia para definir sua
estrutura interna, organização e funcionamento. Os partidos políticos são importantes para a
representação da sociedade no sistema político e para a defesa de interesses coletivos.
Os Estados são entidades autônomas, com poderes políticos próprios, responsáveis pela
administração de seus próprios interesses e pela promoção do bem-estar de sua população.
Cada Estado tem sua própria Constituição, governador, assembleia legislativa, tribunais de
justiça e procuradoria geral.
O Distrito Federal é uma unidade autônoma do Estado, mas não é um Estado federado como
os demais. Ele possui características especiais, uma vez que é a sede do poder federal,
abrigando a capital federal, Brasília. O Distrito Federal tem governador, assembleia legislativa e
tribunais de justiça próprios.
Os Municípios são entidades autônomas, responsáveis pela administração de seus próprios
interesses e pela promoção do bem-estar de sua população. Cada Município tem sua própria
Constituição, prefeito, câmara municipal, tribunais de justiça e procuradoria geral.
Os Territórios são entidades autônomas, com características semelhantes às dos Estados e dos
Municípios. No entanto, diferentemente destes, não têm autonomia política plena e são
administrados diretamente pela União. Os Territórios são regidos por uma lei orgânica, têm
governador e assembleia legislativa própria.
5. Administração Pública.
5.1 Disposições gerais, servidores públicos.
A Administração Pública é o conjunto de órgãos, entidades e agentes públicos responsáveis por
executar as políticas públicas definidas pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ela é
regida por princípios e normas constitucionais, que visam garantir a eficiência, a efetividade e a
legalidade das atividades desempenhadas pelo Estado.
No que diz respeito aos servidores públicos, a Constituição Federal estabelece que o ingresso
no serviço público deve ser feito por meio de concurso público, exceto em casos de cargos em
comissão ou funções de confiança. Os servidores públicos têm direitos e deveres específicos,
tais como a estabilidade após três anos de efetivo exercício e a proibição de acumular cargos
públicos.
A Constituição também prevê a existência de carreiras no serviço público, que devem ter
estruturação e regras definidas por lei. Além disso, a Administração Pública é responsável por
garantir a capacitação e o aprimoramento dos servidores, visando garantir a qualidade dos
serviços prestados ao cidadão.
Comandante Supremo das Forças Armadas: é responsável pelo comando das Forças Armadas;
Vetar ou sancionar projetos de lei: cabe ao presidente da República sancionar ou vetar projetos
de lei aprovados pelo Congresso Nacional;
Decretar estado de defesa ou estado de sítio: em caso de grave perturbação da ordem pública,
o presidente da República pode decretar o estado de defesa ou o estado de sítio, nos termos
da Constituição.
Além das atribuições, o presidente da República também tem responsabilidades, como prestar
contas à sociedade sobre sua gestão e ser submetido a processos de impeachment caso
cometa crimes de responsabilidade.
O Congresso Nacional é composto pela Câmara dos Deputados, que é formada por
representantes eleitos pelo povo, e pelo Senado Federal, que é composto por representantes
eleitos pelos estados e pelo Distrito Federal. Já as Assembleias Legislativas dos Estados e do
Distrito Federal e as Câmaras Municipais são compostas por vereadores e deputados estaduais,
eleitos pelo voto direto.
Funcionamento e atribuições
O Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis que regem a sociedade, bem como
pela fiscalização do Poder Executivo e pela aprovação do orçamento público. As principais
atribuições do Poder Legislativo são:
Processo legislativo
O processo legislativo é o conjunto de procedimentos pelos quais se cria uma norma jurídica.
Ele é regido pela Constituição Federal e pelas leis ordinárias.
Em resumo, o Poder Legislativo é responsável pela elaboração das leis e pela fiscalização do
Poder Executivo, e seu processo legislativo é regido por normas constitucionais e legais que
estabelecem os procedimentos para criação das normas jurídicas.
Para criar uma CPI, é necessário que um terço dos membros da Casa Legislativa apresente
requerimento para sua instauração, especificando o objeto e o prazo de duração. Em seguida, a
mesa diretora da Casa designa os membros que irão compor a comissão e define seu
presidente e relator.
Durante a investigação, a CPI tem amplos poderes, podendo convocar autoridades, requisitar
informações e documentos, realizar diligências, colher depoimentos e realizar perícias. Ao final,
a comissão apresenta um relatório com suas conclusões, que pode ser encaminhado ao
Ministério Público ou à Justiça para que sejam tomadas as medidas cabíveis.
8. Poder Judiciário.
8.1 Disposições gerais.
O Poder Judiciário é um dos três poderes da República Federativa do Brasil, ao lado do Poder
Executivo e do Poder Legislativo, sendo responsável por garantir a aplicação da lei e a defesa
dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal.
A Constituição Federal estabelece que o Poder Judiciário é composto por diferentes órgãos,
dentre eles os tribunais superiores (Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça,
Tribunal Superior do Trabalho e Tribunal Superior Eleitoral), os tribunais de segunda instância
(tribunais regionais federais, tribunais de justiça e tribunais regionais do trabalho) e os juízes
de primeira instância (juízes federais, estaduais, trabalhistas e eleitorais).
Cabe ao Poder Judiciário julgar conflitos de interesse e decidir sobre a constitucionalidade das
leis e atos do Poder Público, podendo ser acionado por meio de ações judiciais ou por recursos
interpostos pelas partes envolvidas nos processos. A sua função é fundamental para a garantia
da democracia e do Estado de Direito no Brasil.
O Ministério Público é uma instituição autônoma que tem como função zelar pela ordem
jurídica, pelos direitos sociais e individuais indisponíveis, bem como pela defesa do regime
democrático. É responsável pela investigação criminal, pela defesa dos direitos coletivos e pela
fiscalização do cumprimento das leis.
Já a advocacia pública é composta pelas procuradorias e pelas defensorias públicas, que têm
como função representar judicialmente e extrajudicialmente o Estado, as autarquias e as
fundações públicas.
Conceito
O controle judicial de constitucionalidade é um mecanismo que visa assegurar a supremacia da
Constituição e a observância das normas fundamentais do Estado. Esse controle pode ser
exercido tanto preventivamente, antes da edição da norma, como repressivamente, após sua
publicação.
O objetivo é garantir que as leis e atos normativos não violem direitos e garantias
fundamentais, bem como não contrariem os princípios fundamentais que regem o Estado
brasileiro.
Histórico
O controle judicial de constitucionalidade no Brasil teve início com a Constituição de 1891, que
já previa a possibilidade de se questionar a constitucionalidade de leis e atos normativos. No
entanto, o controle era exercido de forma difusa, ou seja, por qualquer juiz ou tribunal.
A Constituição de 1988 atribuiu ao Supremo Tribunal Federal a competência para julgar ações
diretas de inconstitucionalidade e ações declaratórias de constitucionalidade. Além disso,
permitiu que qualquer juiz ou tribunal possa realizar o controle difuso de constitucionalidade,
o que garante maior efetividade na proteção dos direitos fundamentais.
A Súmula Vinculante, por sua vez, é um instrumento utilizado pelo STF para uniformizar a
interpretação da Constituição Federal e das leis federais em todo o país. Ela é uma síntese da
jurisprudência do tribunal sobre determinado assunto, que passa a ser obrigatória para todos
os órgãos do Poder Judiciário e para a Administração Pública, tanto federal quanto estadual e
municipal.
Assim, quando o STF edita uma Súmula Vinculante, ela tem força de lei e deve ser aplicada por
todos os juízes e tribunais do país, bem como pelos órgãos da administração pública. Dessa
forma, a Súmula Vinculante é um importante instrumento para a garantia da segurança jurídica
e da uniformidade na aplicação das leis em todo o território nacional.
A Reclamação Constitucional é uma espécie de ação judicial que permite que qualquer pessoa,
física ou jurídica, possa apresentar ao STF uma reclamação caso uma decisão do STF não esteja
sendo cumprida ou esteja sendo interpretada de forma errônea por outra instância judicial ou
pela administração pública.
O objetivo da Reclamação Constitucional é garantir que a decisão do STF seja cumprida e
respeitada em todo o território nacional, evitando divergências e garantindo a segurança
jurídica.
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI): as CPIs têm o poder de investigação próprio das
autoridades judiciais, e podem apurar infrações à Constituição, além de fatos que possam
resultar em prejuízo ao erário ou em graves violações aos direitos humanos.
Os Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal são responsáveis pelo controle de
constitucionalidade das leis e atos normativos estaduais e distritais, exercido por meio do
processo de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) e da Ação Declaratória de
Constitucionalidade (ADC). Essas ações são similares às ações que podem ser propostas no
Supremo Tribunal Federal (STF) para o controle de constitucionalidade de normas federais.
Além disso, os estados e o Distrito Federal também podem estabelecer mecanismos próprios
de controle de constitucionalidade, como as súmulas vinculantes dos Tribunais de Justiça
estaduais e distrital, que têm a mesma finalidade das súmulas vinculantes do STF. As súmulas
vinculantes estaduais e distrital têm a função de garantir a uniformidade da interpretação da
Constituição e das leis estaduais e distritais, além de assegurar a sua observância em todo o
território estadual ou distrital.
Por fim, é importante lembrar que os estados e o Distrito Federal também podem instituir
órgãos ou instituições responsáveis pelo controle de constitucionalidade não judicial, nos
moldes descritos na resposta anterior.
Soberania nacional: a ordem econômica e financeira deve ser orientada pela soberania
nacional, que se manifesta na capacidade do Estado de dirigir a economia em prol do interesse
público e do desenvolvimento nacional.
Propriedade privada: a ordem econômica e financeira deve respeitar a propriedade privada e
incentivar a sua função social.
Redução das desigualdades regionais e sociais: a ordem econômica e financeira deve buscar a
redução das desigualdades regionais e sociais, promovendo o desenvolvimento equilibrado do
país.
No âmbito da União, o controle das finanças públicas é exercido pelo Tribunal de Contas da
União (TCU), que tem como função a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial do Estado e das entidades da administração direta e indireta.
Nos Estados e municípios, o controle das finanças públicas é exercido pelos Tribunais de Contas
estaduais e municipais, que têm as mesmas funções do TCU. Além disso, a Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) estabelece normas para a gestão das
finanças públicas e a responsabilidade na sua execução, visando à transparência, ao controle e
à responsabilidade fiscal.
Emendas
Desde sua promulgação em 1989, a Constituição do Estado de Mato Grosso já sofreu diversas
emendas. Algumas das principais emendas à Constituição do Estado de Mato Grosso são:
Emenda Constitucional nº 4/1993: alterou o art. 67 da Constituição, que trata da gestão dos
recursos hídricos em Mato Grosso.
Essas são apenas algumas das emendas à Constituição do Estado de Mato Grosso, sendo que
outras emendas foram realizadas ao longo dos anos. Cada emenda tem o objetivo de ajustar e
adequar a Constituição às necessidades e demandas da sociedade e do próprio estado.