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→ CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES:
• Os princípios fundamentais da Constituição, chamados por Canotilho de
estruturais, não possuem o objetivo de regular situações específicas, pois possuem
maior amplitude, além de terem um caráter normativo, garantindo caráter
sistemático à Constituição e servindo de critério para criação e interpretação de
normas.
• Ainda sobre a definição de Canotilho, os princípios estruturantes alicerçam a
organização política do Estado, teórica e de pensamento, além das convicções das
assembleias constituintes.
→ PRINCÍPIO REPUBLICANO:
• República: sendo uma forma de poder, a república se contrapõe à monarquia, pois
o povo detém o poder soberano, enquanto no absolutismo, pertence ao rei. Ela
possui como base a igualdade entre os indivíduos, a eletividade dos representantes
políticos – vinculados à vontade popular - e a responsabilidade política do Chefe
de Governo e de Estado, diferentemente do absolutismo.
• O Princípio Federativo:
-O Federalismo é uma forma de Estado, em que há uma união indissolúvel
de organizações políticas dotadas de autonomia para a criação e
manutenção do Estado Federal, o que é descrito no art.18, caput, da CF/88;
-A soberania pertence ao Estado Federal, e os entendes federados possuem
certa autonomia;
-Sua base está na descentralização política, com a repartição de
competências, que podem variar conforme o Estado;
-No Brasil, tem-se um federalismo centrífugo, com a descentralização do
Estado unitário - com certa centralização de poder;
• O Estado Democrático de Direito (Estado de Direito Democrático): o Estado de
Direito baseia-se na norma, com uma impessoalidade do poder político, que se
submete à lei, logo, um Estado Constitucional. Vale ressaltar que a Democracia
exige a participação popular no poder político que, afinal, seja ela direta ou
indireta, deve ocorrer. Atualmente, a ideia de democracia reflete à superioridade
da Constituição, direitos fundamentais, legalidade das ações estatais, garantias
jurídicas e processuais, com a escolha de atores políticos, proteção constitucional
e o protagonismo da vontade popular, além da possibilidade de ditar publicamente
a respeito de decisões de questões - conforme afirma Cláudio Pereira Souza Neto.
Com isso, tem-se a ideia de democracia semidireta, com cunho participativo, com
o objetivo de desenvolver uma cidadania total e inclusiva, com liberdades, como
com:
-Plebiscito – art. 14, I;
-Referendum – art. 14, II;
-Iniciativa legislativa popular – art. 14, III, e art. 61;
-Ação popular – art. 5, LXXIII.