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1 INTRODUÇÃO
Estão localizados no Título I da CR/88, arts. 1º - 4º
“São responsáveis pela organização da ordem política do Estado brasileiro,
demarcando teórica e politicamente o pensamento e as convicções da
Assembleia Constituinte” (FERNANDES, 2016, p. 285).
Atenção! Os princípios fundamentais não são diretrizes, são normas juridicas,
dotadas de vinculação.
2 CLASSIFICAÇÃO
A doutrina divide os princípios estruturantes da seguinte maneira:
a) Princípios que definem a forma, estrutura e fundamento do Estado brasileiro: art.
1º
b) Princípio da divisão dos Poderes: art. 2º
c) Princípios que fixam os objetivos primordiais a serem perseguidos: art. 3º
d) Princípios que traçam as diretrizes a serem adotadas nas relações internacionais:
art. 4º
3 PRINCÍPIO REPUBLICANO
Responsável por fixar a forma de governo do Estado, estabelecendo a relação
entre governantes e governados.
REPÚBLICA:
a. Forma de governo: povo é o titular do poder político;
b. Igualdade entre as pessoas;
c. Eleição dos detentores do poder político por tempo determinado
(eletividade e temporariedade);
d. Responsabilidade política do chefe de governo e/ou de Estado.
5 PRINCÍPIO FEDERATIVO
Prescreve a forma de Estado em vigor no Brasil, qual seja, a Federação,
“caracterizada pela união indissolúvel de organizações políticas, dotadas de
autonomia, com fim de criação e manutenção do Estado Federal”
(FERNANDES, 2016, p. 298).
Ao se reunirem na forma de entes federados, as coletividades não perdem sua
personalidade jurídica, mas apenas algumas prerrogativas em benefício do
Estado Federal. Assim, há um processo de descentralização política, que retira
algumas competências de um centro para transferi-las para novos centros.
A CR/88 instituiu como entidades da Federação a União, os Estados-membros, o
DF e os Municípios. Para eles não há que se falar em soberania, mas sim, de
autonomia.
Não há no Brasil o chamado direito de secessão, pelo qual os entes federativos
podem ser separados. Com isso, quaisquer tentativas de violar a coexistência
harmoniosa, solidária e pacífica entre eles autoriza o uso da intervenção federal
(arts. 34 e ss. da CR/88). (BULOS, 2015, P. 510).
6 PRINCÍPIO DA SOBERANIA (Art. 1º, I)
A doutrina tradicional apresenta as seguintes características para a soberania:
1. “Una: um poder acima de todos os outros;
2. Indivisível: aplicável a todos os acontecimentos internos ao Estado;
3. Inalienável: se o Estado a perder, ele desaparece; e
4. Imprescritível: não há limite de duração, existindo tão quanto exista o
Estado” (FERNANDES, 2016, p. 302).