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 Resumo- Matérias Prova Ciência Política.

Soberania: A soberania é um conceito fundamental no campo do Direito e refere-se


ao poder supremo e independente de um Estado para governar e tomar decisões dentro
de seu território, sem interferência externa. No contexto do Brasil, a soberania é um
princípio estabelecido na Constituição Federal de 1988 e é considerada um dos
fundamentos do Estado democrático de direito.

A soberania brasileira é exercida pelo povo, que a delega aos seus representantes eleitos,
por meio do voto, para governar o país. O Brasil é um Estado soberano, o que significa que
possui autoridade para criar e aplicar suas próprias leis, estabelecer políticas públicas,
manter relações internacionais, entre outras atribuições inerentes ao poder estatal.

No entanto, a soberania do Brasil não é absoluta, pois está sujeita a limitações decorrentes
do direito internacional, tratados internacionais dos quais o país é signatário e também às
decisões de organizações supranacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e
a Organização dos Estados Americanos (OEA). Isso significa que a soberania não confere ao
Brasil o direito de agir de maneira arbitrária ou em desacordo com as normas
internacionais.

A soberania brasileira abrange diversas áreas, tais como:

1. Território: O Brasil possui o direito exclusivo de exercer jurisdição sobre seu


território, incluindo o espaço aéreo, as águas territoriais e a plataforma continental.
2. Governo: A soberania implica que o Brasil tem o direito de estabelecer seu próprio
governo, estrutura política e administrativa, e tomar decisões de acordo com os
princípios estabelecidos na Constituição.
3. Legislação: O Estado brasileiro tem o poder de criar leis e regulamentações que se
aplicam em seu território, desde que estejam em conformidade com a Constituição
e com as obrigações internacionais assumidas pelo país.
4. Relações internacionais: O Brasil tem o direito de estabelecer e manter relações
diplomáticas com outros países, negociar acordos e tratados internacionais,
participar de organizações internacionais e representar seus interesses no cenário
global.

É importante ressaltar que a soberania também implica responsabilidades para com o povo
e a comunidade internacional. O Estado brasileiro deve proteger os direitos fundamentais
dos cidadãos, garantir a segurança e o bem-estar da população, e cumprir com suas
obrigações internacionais, respeitando os princípios do direito internacional e os tratados
dos quais é signatário.

Em resumo, a soberania no contexto do Direito brasileiro representa o poder supremo e


independente do Estado brasileiro para governar, criar leis, estabelecer políticas públicas e
tomar decisões dentro de seu território, respeitando as limitações impostas pelo direito
internacional e as obrigações assumidas no âmbito das relações internacionais.
. Poderes Estatais : Os poderes estatais são uma divisão fundamental do
exercício do poder em um Estado. No Brasil, a Constituição Federal de 1988
estabelece a separação dos poderes em três esferas distintas e independentes:
o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. Essa separação visa
equilibrar e limitar o poder estatal, evitando abusos e garantindo a proteção
dos direitos e liberdades individuais.

1. Poder Executivo: O Poder Executivo é responsável pela administração do


Estado e pela implementação das políticas públicas. No Brasil, o chefe de
Estado e de governo é o presidente, eleito pelo voto popular. O Poder
Executivo tem atribuições como a formulação de políticas, a gestão da
administração pública, a execução de leis, a representação do Estado em
âmbito nacional e internacional, entre outras.
2. Poder Legislativo: O Poder Legislativo é responsável pela elaboração e
aprovação de leis. No Brasil, o Poder Legislativo é bicameral, composto
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Os parlamentares
são eleitos pelo povo e têm a função de representar os interesses da
sociedade, discutir projetos de lei, fiscalizar o Poder Executivo, entre
outras atribuições.
3. Poder Judiciário: O Poder Judiciário é responsável pela aplicação das leis
e pela solução de conflitos. No Brasil, o Poder Judiciário é exercido por
diversos órgãos, sendo o Supremo Tribunal Federal o mais alto tribunal
do país. Os juízes e desembargadores têm a função de interpretar as leis,
julgar casos e garantir a justiça. O Poder Judiciário também desempenha
um papel importante na proteção dos direitos fundamentais e na
fiscalização da legalidade dos atos dos demais poderes.

Além desses poderes, é importante mencionar que existe uma série de órgãos e
instituições que complementam o sistema de poderes estatais no Brasil, como o
Ministério Público, responsável pela defesa da ordem jurídica e dos interesses
sociais; os tribunais de contas, responsáveis pela fiscalização das contas
públicas; e as autarquias e agências reguladoras, responsáveis por regular
setores específicos da sociedade.

A separação dos poderes visa assegurar um sistema de freios e contrapesos, no


qual cada poder exerce suas funções de forma independente, evitando
concentração excessiva de poder e protegendo os direitos individuais. Essa
divisão também garante a harmonia entre os poderes, permitindo o controle
mútuo e a garantia do Estado de direito.
Teoria Geral Da Constituição: A Teoria Geral da Constituição é um ramo do
Direito Constitucional que se dedica ao estudo dos princípios, conceitos e fundamentos
que permeiam as constituições. Essa teoria busca compreender a natureza, a estrutura
e o papel das constituições como normas supremas que organizam o Estado,
estabelecem os direitos fundamentais e regem as relações de poder.

Existem diferentes abordagens e perspectivas dentro da Teoria Geral da Constituição,


mas algumas ideias centrais são comumente discutidas:

1. Constituição como norma fundamental: A Teoria Geral da Constituição parte do


pressuposto de que a Constituição é a norma fundamental de um ordenamento
jurídico. Ela estabelece os fundamentos, os princípios e as regras que regem a
organização do Estado, os direitos e deveres dos cidadãos, a estrutura dos
poderes estatais e as relações entre eles.
2. Supremacia da Constituição: A Teoria Geral da Constituição também enfatiza a
ideia de que a Constituição é a norma suprema, hierarquicamente superior a
todas as demais normas do ordenamento jurídico. Isso implica que todas as leis
e atos do Estado devem estar em conformidade com a Constituição, sendo
passíveis de controle de constitucionalidade.
3. Rigidez constitucional: A maioria das constituições possui um processo mais
complexo de alteração em comparação com as leis ordinárias. Isso é conhecido
como rigidez constitucional. A Teoria Geral da Constituição explora os
mecanismos e os procedimentos estabelecidos para a modificação da
Constituição, visando garantir sua estabilidade e a proteção de suas disposições
mais importantes.
4. Divisão e limitação do poder: A Teoria Geral da Constituição também aborda a
ideia de separação de poderes e a necessidade de limitar o exercício do poder
estatal. Essa divisão visa evitar abusos e proteger os direitos fundamentais dos
cidadãos. Além disso, a Teoria Geral da Constituição também discute os
mecanismos de controle do poder, como o sistema de freios e contrapesos
entre os poderes.
5. Direitos fundamentais: A Teoria Geral da Constituição reconhece a importância
dos direitos fundamentais como elementos essenciais das constituições
modernas. Esses direitos são considerados inerentes à dignidade humana e
devem ser protegidos pelo Estado. A Teoria Geral da Constituição analisa a
forma como os direitos fundamentais são reconhecidos, garantidos e aplicados
nas constituições.

Esses são apenas alguns aspectos da Teoria Geral da Constituição. É um campo de


estudo amplo e complexo, que busca compreender a natureza e o significado das
constituições, bem como sua relação com o Estado, o poder e os direitos fundamentais.
A Teoria Geral da Constituição é fundamental para a compreensão e interpretação do
Direito Constitucional e para a defesa do Estado de direito.
Classificação Das Constituições: No Brasil, ao longo de sua história, foram
promulgadas diversas constituições, cada uma refletindo os contextos políticos, sociais
e jurídicos de sua época. A classificação das constituições brasileiras pode ser feita com
base em diferentes critérios, como o conteúdo, o modo de elaboração, a extensão e o
contexto histórico. A seguir, apresenta-se uma classificação comum, considerando
esses critérios:

1. Quanto ao modo de elaboração:

a) Constituições outorgadas: São aquelas impostas ou concedidas por um poder de


fato, sem a participação efetiva do povo. Exemplos de constituições outorgadas no
Brasil são a Constituição de 1824, outorgada por Dom Pedro I, e a Constituição de
1937, outorgada por Getúlio Vargas.

b) Constituições promulgadas: São aquelas elaboradas e aprovadas por uma


assembleia constituinte representativa do povo. Exemplos de constituições
promulgadas no Brasil são a Constituição de 1891, a primeira da República, e a atual
Constituição de 1988, promulgada após o período de ditadura militar.

2. Quanto ao conteúdo:

a) Constituições analíticas: São constituições extensas e detalhadas, que abrangem uma


ampla gama de matérias e regulam minuciosamente a estrutura e o funcionamento do
Estado. A atual Constituição de 1988 é considerada uma constituição analítica, pois
trata de diversos assuntos, desde os direitos fundamentais até a organização dos
poderes.

b) Constituições sintéticas: São constituições mais concisas e sucintas, que apresentam


apenas as disposições essenciais e os princípios fundamentais. A Constituição de 1824,
por exemplo, era uma constituição sintética, focada principalmente na organização do
poder e na estrutura do Império.

3. Quanto ao contexto histórico:

a) Constituições democráticas: São as constituições promulgadas em períodos de


democracia e de regime político mais aberto e participativo. A Constituição de 1946,
após a ditadura do Estado Novo, e a atual Constituição de 1988 são exemplos de
constituições democráticas no Brasil.

b) Constituições autoritárias: São as constituições promulgadas em períodos de


regimes autoritários, em que houve restrições às liberdades individuais e políticas. A
Constituição de 1937, durante o Estado Novo, e a Constituição de 1967, instituída
durante o regime militar, são exemplos de constituições autoritárias no Brasil.

Essa é uma classificação geral das constituições brasileiras, mas é importante ressaltar
que cada uma delas possui características próprias e é influenciada pelo momento
histórico em que foi elaborada. O estudo das constituições brasileiras é essencial para
entender a evolução do sistema jurídico e político do país ao longo do tempo.

Historia Das Constituições: A história das constituições brasileiras é


marcada por diferentes períodos e contextos políticos. Desde a independência
do país, em 1822, até os dias atuais, foram promulgadas diversas constituições,
cada uma refletindo as transformações e demandas da sociedade brasileira.
Destacam-se:

1. Constituição de 1824: Outorgada por Dom Pedro I, estabeleceu o regime


monárquico e concentrava poderes no Imperador. Era uma constituição
rígida, que restringia direitos e garantias individuais.
2. Constituição de 1891: A primeira da República, marcou a transição do
regime monárquico para o republicano. Adotou o sistema
presidencialista e estabeleceu princípios liberais, com destaque para a
separação dos poderes.
3. Constituição de 1934: Promulgada após a Revolução de 1930, foi
considerada uma constituição democrática e progressista. Garantiu
direitos sociais, como jornada de trabalho de 8 horas, e estabeleceu o
voto feminino.
4. Constituição de 1937: Outorgada por Getúlio Vargas durante o Estado
Novo, foi uma constituição autoritária que centralizou poderes e
restringiu direitos individuais. Caracterizou-se pela concentração de
poderes nas mãos do Presidente.
5. Constituição de 1946: Promulgada após o fim do Estado Novo, restaurou
a democracia. Estabeleceu um sistema parlamentarista e reforçou direitos
fundamentais, como a liberdade de expressão.
6. Constituição de 1967: Instituída durante o regime militar, caracterizou-se
por um período de autoritarismo e restrições aos direitos civis.
Concentrou poderes no Executivo e restringiu a liberdade de expressão e
associação.
7. Constituição de 1988: Promulgada após o fim da ditadura militar, é a
constituição atualmente vigente. É considerada uma constituição
democrática e progressista, que ampliou os direitos fundamentais,
estabeleceu a garantia dos direitos sociais e criou mecanismos de
participação popular.

Essa síntese não abrange todos os detalhes e nuances de cada constituição


brasileira, mas destaca os pontos-chave de cada uma. O estudo dessas
constituições permite compreender a evolução do sistema jurídico e político do
Brasil ao longo dos anos, refletindo as transformações e desafios enfrentados
pelo país.

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