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Universidade Aberta – UnISCED

O Estado e a Constituição

Amade Humberto Esmael: 81232422

Nampula, Setembro de 2023


Universidade Aberta – UnISCED

O Estado e a Constituição

Trabalho de disciplina de Direito


Constitucional, a ser submetido
na UnISCED, para fins
avaliativos, orientado pelo
docente

Amade Humberto Esmael: 81232422


Nampula, Setembro de 2023
ÍNDICE

Introdução..........................................................................................................................2
Objectivo geral..................................................................................................................2
Objectivos Específicos......................................................................................................2
Metodologia.......................................................................................................................2
O Estado e a Constituição..................................................................................................3
Formas de Estado..............................................................................................................3
Fins e Funções do Estado..................................................................................................4
Poderes do Estado..............................................................................................................4
A Relação entre o Estado e a Constituição........................................................................5
Conclusão..........................................................................................................................6
Referências Bibliográficas.................................................................................................7
Introdução

A relação entre o Estado e a Constituição é uma das questões mais fundamentais


no estudo do direito, da política e da organização das sociedades democráticas. A
Constituição, como documento legal supremo de um país, estabelece o alicerce sobre o
qual o Estado é construído e operado. Ela define os poderes e limites do governo, bem
como os direitos e deveres dos cidadãos. Esta interligação entre o Estado e a
Constituição forma a base do Estado de Direito e da protecção dos direitos
fundamentais. Daí que o presente trabalho, objectiva explorar a importância dessa
relação, os princípios subjacentes e as implicações práticas para a governança e a
sociedade.

Objectivo geral

 Descrever a relação do Estado e a Constituição

Objectivos Específicos
 Definir o termo Estado

 Mencionar as funções e fins do estado

 Diferenciar os poderes do Estado

Metodologia

Para a efectivação do presente trabalho privilegiou-se a metodologia da revisão

bibliográfica.

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O Estado e a Constituição
Segundo Canotilho (1999) afirma que desde o século XX que o conceito de
Estado é assumido como uma forma histórica de um ordenamento jurídico geral cujas
características ou elementos constitutivos eram, a territorialidade, isto é, a existência de
um território concebido como "espaço da soberania estadual"; a população, ou seja, a
existência de um "povo" ou comunidade historicamente definida; e a politicidade:
prossecução de fins definidos e individualizados em termos políticos.
O Estado pode caracterizar-se, juridicamente, como o detentor, dentro de um
território, do poder soberano, quer em face dos sujeitos externos a esse território, a
soberania externa, quer face dos sujeitos que residam, ou actuem, no seu interior, a
soberania interna. Neste sentido, a doutrina qualifica o Estado como pessoa jurídica,
uma instituição, dando-lhe o estatuto complexo de corporação territorial, de suporte
institucional de um ordenamento jurídico e detentor do monopólio da coerção legítima
(Max Weber).
Segundo Gomes Canotilho, constituição é uma “ordenação sistemática e racional
da comunidade política, plasmada num documento escrito, mediante o qual se garantem
os direitos fundamentais e se organiza, de acordo com o princípio da divisão de poderes,
o poder político.
A Constituição é um estatuto reflexivo que, através de certos procedimentos, do
apelo a auto-regulações, de sugestões no sentido da evolução político-social, permite a
existência de uma pluralidade de opções políticas, a compatibilização dos dissensos, a
possibilidade de vários jogos políticos, a garantia da mudança através da construção de
rupturas (Teubner, Ladeur).

Formas de Estado
Os Estados podem assumir várias formas sendo as mais importantes:
soberanos e semi-soberanos. Diz-se que um Estado é soberano quando é
reconhecida a plena autonomia política, administrativa, jurídica e económica no plano
da actividade interna e externa, isto é, nas suas relações internacionais. Já o Estado
semi-soberano é aquele que goza de relativa autonomia política e administrativa. São
também denominados Estados protegidos e protectorado.
Unitários e federais. Diz-se que um Estado é unitário quando esta subordinado
apenas a uma esfera de Direito Público, que é o governo nacional.

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Simples e compostos. Como Estado simples temos o Estado unitário. O Estado
composto assume a forma de três tipos: a Confederação, a União pessoal e a união real.
Confederação. Caracteriza-se pelo contracto segundo o qual dois ou mais
Estados independentes se unem para fins de defesa externa e interna, sendo, pois, um
elo com base no serviço militar para melhor atender a sua defesa.
União pessoal. Caracteriza-se pela união precária em função de um governo
comum, isto é, quando dois ou mais Estados soberanos passam a ser governados por um
só chefe de Estado.
União real - ocorre quando os Estados distintos na sua organização interna
apresentam-se sob uma mesma unidade nas relações internacionais.

Fins e Funções do Estado


Segundo Locke (2005), identifica funções diversas que ele encampa dentro do
Poder Executivo, são elas: a função executivatípic a, entendida esta como a função de
aplicação das leis vigentes; a função federativa, tida como a função de representação
externa do Estado; e a função de prerrogativa, entendida como uma função de
deliberação interna, eminentemente política.
Desta forma, podemos estabelecer dois campos horizontais, o jurídico e o
político; e três níveis verticais, o executivo, o deliberativo e o controlador.
A sobreposição dos campos horizontais com os níveis verticais resultaria na
criação de seis quadrantes, representando cada um deles funções distintas do Estado;
seriam as funções de caráter: executivo- político, executivo-jurídico, deliberativo-
político, deliberativo-jurídico, controlador-político e controlador-jurídico.
Sergundo Souza (2005), afirma que na moderna teoria da separação dos poderes,
cada uma destas funções deve ser atribuída a um Poder (ou órgão) estatal diferente.
Quanto mais cumulação de funções ocorrer em um Poder estatal, mais desequilibrado
será o cenário político-institucional do respectivo Estado.

Poderes do Estado
Poder Executivo: O poder executivo é responsável por aplicar e fazer cumprir
as leis do país. Isso envolve a gestão dos recursos do Estado, a execução de programas
governamentais e a tomada de decisões administrativas.
O poder executivo lida com relações diplomáticas e acordos internacionais com outros
países.

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Poder Legislativo: geralmente composto por um parlamento ou congresso, é
responsável por criar, modificar e revogar leis. Esse poder também inclui a função de
supervisionar e controlar as acções do poder executivo para garantir que ele actue de
acordo com a lei. O legislativo geralmente tem a autoridade de aprovar o orçamento do
governo.
Poder Judiciário: é responsável por interpretar as leis e aplicá-las aos casos
específicos que chegam aos tribunais. Os tribunais decidem disputas civis e criminais,
garantindo que a justiça seja feita. Em muitos sistemas legais, o poder judiciário tem o
poder de revisar as leis e as acções do governo para garantir que estejam em
conformidade com a Constituição.

A Relação entre o Estado e a Constituição


A relação entre o Estado e a Constituição é fundamental em qualquer sistema
político baseado no Estado de Direito. A Constituição é um documento legal supremo
que estabelece as bases para a organização e o funcionamento do Estado, define os
direitos e deveres dos cidadãos e, muitas vezes, estabelece limites ao poder do governo.
A relação entre o Estado e a Constituição pode ser resumida em vários aspectos cruciais:
Em sistemas democráticos, a Constituição é a lei suprema do país. Isso significa
que todas as leis e acções do governo devem estar de acordo com a Constituição.
Qualquer lei ou acção que contrarie a Constituição é considerada inconstitucional e
pode ser invalidada pelos tribunais.
A Constituição define e limita os poderes do Estado, garantindo que o governo
não exerça autoridade arbitrária e que os direitos individuais sejam protegidos.Ela
estabelece um equilíbrio de poderes entre os diferentes ramos do governo (executivo,
legislativo e judiciário) para evitar abusos de poder.
As Constituições frequentemente incluem uma Declaração de Direitos que
enumera os direitos fundamentais dos cidadãos. O Estado é obrigado a proteger esses
direitos e não pode violá-los.
A Constituição fornece uma estrutura legal estável e previsível para a sociedade.
Isso é essencial para garantir que as pessoas possam planejar suas vidas e actividades de
acordo com um conjunto conhecido de regras e princípios.
Os tribunais, especialmente os tribunais constitucionais, desempenham um papel
fundamental na interpretação da Constituição.

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Conclusão

Chegado ao fim do presente trabalho, pode-se concluir que a relação entre o


Estado e a Constituição é fundamental em qualquer sistema político baseado no Estado
de Direito. A Constituição é um documento legal supremo que estabelece as bases para
a organização e o funcionamento do Estado, define os direitos e deveres dos cidadãos e,
muitas vezes, estabelece limites ao poder do governo.
No que concerne aos poderes do Estado, pode-se elencar os seguintes:
Poder Executivo: O poder executivo é responsável por aplicar e fazer cumprir as
leis do país. Isso envolve a gestão dos recursos do Estado, a execução de programas
governamentais e a tomada de decisões administrativas.
Poder Legislativo: geralmente composto por um parlamento ou congresso, é
responsável por criar, modificar e revogar leis.
Poder Judiciário: é responsável por interpretar as leis e aplicá-las aos casos
específicos que chegam aos tribunais.

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Referências Bibliográficas

Estados e Constituicao disponível em http://firmilio.no.comunidades.net/estado-e-


constituicao - acessado aos 07/09/2023
Paupério, A. M. (1985). Teoria do Estado Resumida. Rio de Janeiro
Aristóteles. (1965). A Política. Rio de Janeiro, Ed. Tecnoprint.
Locke, J. (2005). Dois Tratados Sobre o Governo. São Paulo: Martins Fontes.
Souza J. (2003) Morfologia Política do Estado e Sistemas de Poderes.Faculdade de
Direito da Universidade de São Paulo. São Paulo.

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