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FACULDADE DE DIREITO
Trabalho de Campo
Modulo de Direito Constitucional
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Índice
Índice..........................................................................................................................................1
1. Introdução...........................................................................................................................2
2. Desenvolvimento....................................................................................................................3
2.1 As Formas de Estado........................................................................................................3
2.2 Fins e funções do Estado..................................................................................................4
2.2.1 Fins do Estado...............................................................................................................4
2.2.2 Funções do Estado.........................................................................................................5
2.3 Poderes do Estado.............................................................................................................6
2.4 Relação entre o Estado e a Constituição...........................................................................7
3. Considerações Finais..........................................................................................................9
4. Bibliografia.......................................................................................................................10
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1. Introdução
O presente trabalho de campo é parte das actividades lectivas adstritas aos estudantes nesta
cadeira e subordina-se ao tema: O Estado e a Constituição. Nele concentramos nas formas de
Estado, fins e funções do Estado, Poderes do Estado e, por fim, a relação entre o Estado e a
Constituição.
Para além da presente parte introdutória, este trabalho contém o índice acima, o
desenvolvimento depois da introdução e uma última parte constituída pelas considerações
finais.
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2. Desenvolvimento
Para a compreensão das formas de Estado, deve-se, primeiro compreender o conceito de Estado que
é, segundo Sousa, uma colectividade, um povo fixo num determinado território que nele institui, por
autoridade própria, um poder político relativamente autónomo. A definição de Estado adoptada
parte de um tipo de Estado concreto: ‘‘ O Estado nacional soberano que, nascido na Europa, se
espalhou recentemente por todo o mundo ‘‘.por Bastos (1999).
Portanto, tomando em consideração a distinção entre Estado unitário e o Estado complexo, com base
na existência de um ou mais poderes políticos no mesmo Estado (sendo que, qualquer caso, só um
deles é soberano). O critério que está assim, na base da distinção é o do modo de o Estado dispor o
seu poder em face de outros poderes de igual natureza (em termos de coordenação e subordinação) e
quanto ao povo e ao território (que ficam sujeitos a um ou a mais de um poder político).
O Estado unitário pode ser Estado unitário centralizado e o Estado unitário regional. No
Estado unitário deve ser feita a distinção entre Estado unitário centralizado e Estado unitário
regional. No primeiro, existe apenas um poder político estadual, enquanto no segundo existe
um fenómeno de descentralização política. A descentralização política sempre a nível
territorial: são provinciais ou regionais que se tornam politicamente autónomas por os seus
órgãos desempenharem funções políticas, participarem ao lado dos órgãos estaduais, no
exercício de alguns poderes ou competências de carácter legislativo ou governativo.
O Estado complexo por seu turno, integra a união real e as federações. No Estado complexo
deve ser feita a distinção entre união real e federação. Na primeira, existe uma estrutura de
poderes políticos sobrepostos, enquanto na segunda existe uma estrutura de fusão de poderes
políticos das entidades componentes.
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2.2 Fins e funções do Estado
A segurança, tem várias facetas: a segurança interna, ou ordem interna, e a segurança externa,
ou defesa da colectividade perante o exterior; a segurança individual, proporcionada pela
definição, através de normas jurídicas executadas pelos órgãos do Estado, dos Direitos e
deveres reconhecidos a dado cidadão, e a segurança colectiva, enquanto realidade que
envolve toda a comunidade considerada.
A justiça visa a substituição, nas relações entre os homens, dos arbítrios por um conjunto de
regras capaz de consensualmente estabelecer uma nova ordem e, assim satisfazer uma
aspiração por todos sentidos.
Justiça comutativa – parte de uma ideia de igualdade abstracta e formal, que em paridade de
circunstâncias, exige igualdade de tratamento e equivalência de prestações e
contraprestações.
Justiça distributiva – parte de uma ideia de igualdade material, o que implica que se forem
desiguais as características ou a situação em que cada um se encontra, a igualdade terá de ser
reposta pelo recurso à proporcionalidade ou a critérios de equitativa compensação, pois nada
há de mais injusto, acentuava-o já Aristóteles, do que tratar como igual o que é desigual.
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2.2.2 Funções do Estado
Sousa citado por Bastos (1999) propõe um esquema hierarquizado das funções do Estado:
Em primeiro lugar, a função constituinte, através da qual o poder político define as regras
essenciais da existência colectiva criando a lei das leis, a Constituição;
A função política que traduz-se na definição e prossecução pelos órgãos do poder político
dos interesses essenciais da colectividade, realizando, em cada momento, as opções para o
efeito consideradas mais convenientes;
A função administrativa que consiste na satisfação das necessidades colectivas que, por
virtude de prévia opção política ou legislativa se entende que incumbe ao Estado prosseguir,
encontrando-se tal tarefa cometida a órgãos interdependentes, dotados de iniciativa e de
parcialidade na realização do interesse público, e com titulares amovíveis e responsáveis
pelos seus actos.
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2.3 Poderes do Estado
Para Miranda (2000), o terceiro dos elementos que caracterizam o Estado é o exército do
poder político. Embora não se trate de uma característica exclusiva do Estado, importa
salientar que a forma mais comum e paradigmática de poder político é a que tem lugar no
âmbito dos Estados.
Portanto, o Estado é uma pessoa colectiva o que implica que seja destinta de cada uma das
pessoas físicas que compõem a comunidade e dos próprios governantes e susceptível de
entrar em relações jurídicas com outras entidades, tanto no domínio do Direito interno como
no do Direito Internacional, tanto sob a veste de Direito Público como sob a do Direito
privado.
Um poder constituinte, originário, que tem um fundamento próprio e que não está
dependente de qualquer outro poder;
O poder político é exercido no âmbito do Estado por um conjunto de órgãos do Estado, que
são poderes constituídos e que devem autuar na estrita observância das competências
previstas na lei. Daqui resulta que o poder político que é exercido no âmbito do Estado está
limitado pelo Direito. Por um lado, e antes de mais, pelo Direito que é produzido
internamente por esse mesmo poder político. É, por outro lado, em termos externos, pelo
Direito Internacional.
Todo o Estado carece de uma Constituição como enquadramento da sua existência, base e
sinal da sua unidade, esteia de legitimidade e de legalidade. A Constituição em sentido
institucional torna patente o Estado como instituição, como algo de permanente para as
circunstâncias e dos detentores em concreto do poder. A Constituição é a lei suprema do
Estado (Lei Fundamental), que através do seu sistema de normas e princípios jurídicos,
estabelece a “estrutura básica” do Estado: reconhecendo um conjunto de Direitos, liberdades
e garantias dos cidadãos; e fixando as atribuições, as competências e, por conseguinte, os
limites de actuação do poder político.
Na sua dimensão material, a Constituição tem por objecto o estatuto jurídico do Estado, e
expressa um determinado conteúdo nas opções que transporta e determina. Nestes termos, a
Constituição material é composta pelo «conjunto de normas jurídicas fundamentais que
regem a estrutura, os fins e as funções do Estado, a organização, a titularidade, o exercício e o
controlo do poder político do Estado, bem como as respeitantes à fiscalização do acatamento
das normas enumeradas, em particular do acatamento pelo próprio poder político do Estado.
Na sua dimensão formal, a Constituição formal expressa a ideia de que, sendo um acto
legislativo, o mesmo ocupa uma posição suprema no ordenamento jurídico positivo. Por isso,
quando falamos em Constituição em sentido formal (ou Constituição formal), falamos no
«conjunto de normas jurídicas escritas, elaboradas por órgão dotado de poderes especiais
(assembleia constituinte), através de um processo específico», normalmente, diverso daquele
que gera as leis ordinárias, e que – porque ocupam um lugar cimeiro na hierarquia normativa
– condicionam ou exigem a conformidade dos restantes actos dos poderes constituídos – não
só das funções política e legislativa.
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3. Considerações Finais
Como foi visto neste trabalho, abordou-se sobre o Estado e a Constituição e nele discutimos
as formas de Estado, fins e funções do Estado, Poderes do Estado e, por fim, a relação entre o
Estado e a Constituição. Tornou-se relevante conceituar o Estado como sendo uma
colectividade, um povo fixo num determinado território que nele institui, por autoridade
própria, um poder político relativamente autónomo. Entendeu-se como Constituição, a lei
suprema do Estado, que através do seu sistema de normas e princípios jurídicos, estabelece a
“estrutura básica” do Estado: reconhecendo um conjunto de Direitos, liberdades e garantias
dos cidadãos; e fixando as atribuições, as competências e, por conseguinte, os limites de
actuação do poder político.
Ficou claro que, a segurança, a justiça e o bem-estar constituem os fins do Estado e são objectivos
prosseguidos pelo poder político do Estado. As funções do Estado, por seu turno, são as actividades
desenvolvidas pelos órgãos do poder político do Estado, tendo em vista a realização dos objectivos
que se lhes encontram constitucionalmente cometidos.
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4. Bibliografia
Internet
http://www.fd.ul.pt/Portals/0/Docs/Institutos/ICJ/LusCommun e/BastosFernando1.pdf
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