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FACULDADE DE DIREITO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

O ESTADO E A CONSTITUIÇÃO

Discente: Fátima Mochey Código: 91231074

Pemba, Setembro de 2023


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FACULDADE DE DIREITO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE DIREITO

O ESTADO E A CONSTITUIÇÃO

Discente: Fátima Mochey Código: 91231074

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Direito do
ISCED, 1º Ano no Módulo de Direito
Constituicional sob orientação do
docente.

Pemba, Setembro de 2023


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Índice

Introdução..................................................................................................................................3

Objectivos..................................................................................................................................3

Metodologia...............................................................................................................................3

1. O Estado e a Constituição......................................................................................................4

1.1. Definição.............................................................................................................................4

1.2. As Formas de Estado...........................................................................................................4

1.2.1. O Estado unitário..............................................................................................................4

1.2.2. O Estado Complexo: A união real e As Federações........................................................5

1.2.2.1. A união real...................................................................................................................5

1.2.2.2. As Federações...............................................................................................................5

1.3. Os Fins do Estado................................................................................................................6

1.4. As funções do Estado..........................................................................................................6

1.5. A Relação entre o Estado e a Constituição.........................................................................6

Conclusão...................................................................................................................................7

Referencias Bibliográficas.........................................................................................................8
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Introdução

O tema deste trabalho exige-nos uma concentração da atenção no político, nas correlações de
força sociais, expressão institucional e formas de manifestação do poder de uns sobre os
outros. O Estado pode ser visto como uma realidade jurídica, e neste sentido está, ele mesmo,
submetido às normas constitucionais, é também uma realidade social, pois ele está envolvido
em interesses sociais, mas, fundamentalmente, ele é uma realidade política; do seu lado, a
Constituição apresenta características estritamente jurídicas relacionadas com a idéia de lei
fundamental, norma positiva, que estrutura e organiza o Estado e, de outro lado, desempenha
funções jurídico-políticas, funções de poder que os diversos doutrinadores multiplicam a
gosto.

Objectivos
Geral:
 Descrever o estado e a constituição.

Específicos:
 Apresentar as diversas formas e fins do Estado.
 Apresentar uma visão daquilo que foi o pensamento de Separação de Poderes, na
visão de John Locke e Montesquieu.
 Ilustrar de forma pormenorizada, a Relação entre o Estado e a Constituição. s

Metodologia
A metodologia usada para a elaboração do presente trabalho foi com base na pesquisa
documental e consulta de forma censurada e sucinta de algumas obras que abordam sobre o
assunto. Quanto a estrutura o trabalho é regido de regras da ISCED, medidas vigentes tais
como: introdução, desenvolvimento, conclusão e referencias bibliográficas que esta presente
no final do trabalho.
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1. O Estado e a Constituição

1.1. Definição
Estado é o exército do poder político. Embora não se trate de uma característica exclusiva do
Estado, importa salientar que a forma mais comum e paradigmática de poder político é a que
tem lugar no âmbito dos Estados (Chamussola, s/a:24).

Segundo Dallari: Estado é um poder único e unitário, cuja definição aponta um poder
supremo, produto de um processo de concentração de faculdades.

A mais antiga classificação das formas de governo é a de Aristóteles, apresentada em sua


obra A política: As palavras constituição e governo significam a mesma coisa, pois o governo
é a autoridade suprema nos Estados, e que necessariamente essa autoridade suprema deve
estar nas mãos de um só, de vários ou da multidão, segue-se que quando um só, ou vários ou
a multidão usam da autoridade tendo em vista o interesse geral, a Constituição é pura e sã: e
que, se o governo tem em vista o interesse particular de um só, de vários ou da multidão, a
Constituição é impura e corrompida (Aristóteles, 1965).

1.2. As Formas de Estado


Deve ser tida em consideração a distinção entre Estado unitário e o Estado complexo, com
base na existência de um ou mais poderes políticos no mesmo Estado (sendo que, qualquer
caso, só um deles é soberano) (Chamussola, s/a:24).

O critério que está assim, na base da distinção é o do modo de o Estado dispor o seu poder
em face de outros poderes de igual natureza (em termos de coordenação e subordinação) e
quanto ao povo e ao território (que ficam sujeitos a um ou a mais de um poder político)
(Chamussola, s/a:24).

1.2.1. O Estado unitário


O Estado unitário centralizado e o Estado unitário regional No Estado unitário deve ser feita a
distinção entre Estado unitário centralizado e Estado unitário regional. No primeiro, existe
apenas um poder político estadual, enquanto no segundo existe um fenómeno de
descentralização política (Chamussola, s/a:25).

A descentralização política sempre a nível territorial: são provinciais ou regionais que se


tornam politicamente autónomas por os seus órgãos desempenharem funções políticas,
participarem ao lado dos órgãos estaduais, no exercício de alguns poderes ou competências
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de carácter legislativo ou governativo. As experiências de regionalismo político são recentes


e remontam à Constituição espanhola de 1931 e à italiana de 1947 (Chamussola, s/a:25).

O Estado unitário regional tem na base uma situação e descentralização política que se traduz
na atribuição a entidades infra-estaduais de poderes ou funções de natureza política, relativas
à definição do interesse público ou a tomada de decisões políticas (designadamente, de
decisões legislativas).

Segundo o prof. Jorge Miranda, existem várias categorias de Estados regionais:


a) Estado regional integral;
b) Estado regional homogéneo;
c) Estado com regiões de fins gerais.

Distinguir a descentralização política ou político-administrativa que está na base do


fenómeno do regionalismo de:
 Desconcentração; Descentralização administrativa; Regionalização; Autonomia
política;

1.2.2. O Estado Complexo: A união real e As Federações


No Estado complexo deve ser feita a distinção entre união real e federação. Na primeira,
existe uma estrutura de poderes políticos sobrepostos, enquanto na segunda existe uma
estrutura de fusão de poderes políticos das entidades componentes.

1.2.2.1. A união real


Ocorre quando os Estados distintos na sua organização interna apresentam-se sob uma
mesma unidade nas relações internacionais.

Em conformidade, a união real é baseada na fusão ou na colocação em comum de alguns dos


órgãos dos Estados que a constituem, de tal modo que fica a haver, ao lado dos órgãos
particulares de cada Estado, um ou mais órgãos comuns (pelo menos, o Chefe de Estado é
comum) com os respectivos serviços de apoio e execução.

1.2.2.2. As Federações
Na federação, estamos em presença de uma associação ou união de Estados, que dá lugar à
criação de um novo Estado, e em que surgem novos órgãos de poder político sobrepostos aos
órgãos dos Estados federados.
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1.3. Os Fins do Estado


Os fins do Estado são objectivos prosseguidos pelo poder político do Estado. São
normalmente considerados três fins do Estado: segurança, justiça e bem-estar.
 A segurança, tem várias facetas: a segurança interna, ou ordem interna, e a segurança
externa, ou defesa da colectividade perante o exterior; a segurança individual,
proporcionada pela definição, através de normas jurídicas executadas pelos órgãos do
Estado.
 A justiça visa a substituição, nas relações entre os homens, dos arbítrios por um
conjunto de regras.
 O bem-estar, entendido como bem-estar económico, social e cultural.

1.4. As funções do Estado


As funções do Estado como actividades desenvolvidas pelos órgãos do poder político do
Estado, tendo em vista a realização dos objectivos que se lhes encontram constitucionalmente
cometidos.

O prof. Marcelo Rebelo de Sousa, citado por Bastos (1999) propõe um esquema
hierarquizado das funções do Estado:
 Em primeiro lugar, a função constituinte, através da qual o poder político define as
regras essenciais da existência colectiva criando a lei das leis, a Constituição;
 Em segundo lugar, a função de revisão constitucional, através da qual vai revendo a
Constituição para a adaptar ao devir colectivo;
 Em terceiro lugar, as funções independentes, principais ou primárias, constituídas
por: função política e função legislativa
 E, em quarto lugar, as funções dependentes, subordinadas ou secundárias,
constituídas por: função jurisdicional e função administrativa.

1.5. A Relação entre o Estado e a Constituição


O Estado pode ser visto como uma realidade jurídica, e neste sentido está, ele mesmo,
submetido às normas constitucionais, é também uma realidade social, pois ele está envolvido
em interesses sociais, mas, fundamentalmente, ele é uma realidade política; do seu lado, a
Constituição apresenta características estritamente jurídicas relacionadas com a idéia de lei
fundamental, norma positiva, que estrutura e organiza o Estado e, de outro lado, desempenha
funções jurídico-políticas, funções de poder que os diversos doutrinadores multiplicam a
gosto.
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Conclusão

Neste contexto, depois dos problemas levantados ao longo das páginas anteriores, cabe neste
“a título de Conclusão” acenar com algumas perspectivas o que pensar das perspectivas
constitucionais parece haver um esgotamento do projecto constitucional em razão de novas
conformações político-econômicas, onde as bases dos Estados-nação, espaço clássico para o
Constitucionalismo, se diluem abrindo caminho para um pluralismo jurídico
desconstitucionalizante, e também desestatizante, e para uma flexibilização generalizada do
Direito.
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Referencias Bibliográficas

Bonavides, Paulo. (2010), Ciência política. São Paulo: Malheiros.

Agesta, L. Sánchez. (1962). Gobierno y responsabilidad. In: Experiencias políticas del


mundo actual. Madrid.

Aristóteles. A Política. Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint.

Dallari, Dalmo de Abreu. (1991). Elementos de Teoria Geral do Estado. São Paulo: Editora
Saraiva.

Chamussola, Jeremias Jorge. (s/a). Direito Constitucional. ISCED-Beira.

Miranda, J. (2000) Manual de Direito Constitucional, Tomo II, Constituição, 4ªedição,


Coimbra: Editora Coimbra.

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