Você está na página 1de 47

Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.

253-23

1
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

1. DISPOSIÇÕES INICIAIS

1.1 ESTADO

1.1.1. CONCEITO

A figura do Estado passa a existir a partir do momento em que uma sociedade passa a se
organizar política e juridicamente. Toda vez que um grupo social estabelece normas para
regular as relações entre os componentes dessa sociedade, estar-se-á diante da criação
de um Estado. A incumbência do Estado é realizar o bem comum

1.1.2 ELEMENTOS DO ESTADO

O Estado possui três elementos na sua formação: povo, território e governo soberano.

• TOME NOTA: O povo é o elemento humano de um Estado. É um grupo de pessoas


que mantém um vínculo jurídico-político com o Estado, se tornando parte deste;
são os nacionais de um Estado.

O território é a base física onde o Estado exerce a sua jurisdição, a sua soberania
sobre bens e pessoas.

E governo soberano é a expressão de comando e condução do Estado. O governo


é responsável pelo planejamento, fixação de metas e objetivos a serem alcançados
pelo Estado.

• DICA DE PROVA: Não confunda o conceito de povo, população e cidadão. Como já vimos,
povo é o conjunto de nacionais de uma Estado. No caso do Brasil, são os brasileiros natos
e naturalizados.

População é um conceito demográfico, de quantidade de pessoas. Assim, quem quer


que se encontre no território brasileiro, faz parte de população brasileira.

Já cidadão é que detém direito políticos, ou seja, o direito de votar e/ou ser votado,

1.1.3 FORMA DE ESTADO

Um Estado pode adotar a forma unitária ou federada.

Estado Unitário é aquele onde há uma centralização política (o poder está concentrado
em uma única pessoa ou órgão. Há uma unidade do poder político interno. A título de
exemplo, a China.

Já o Estado federado é aquele onde há uma descentralização política (uma divisão de


poderes). O Brasil adota a forma federada (também chamada de federativa). Por isso o
nosso pais se chama “República Federativa do Brasil”.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

E quando se fala que o poder é dividido, o que se quer dizer é que no Brasil o poder é dividido
entre União, Estados, DF e Municípios. Assim, por ser uma federação, o Presidente divide
poderes com governadores e prefeitos. O Poder político no Brasil não está centralizado
em única pessoa ou órgão e sim distribuído entre a União (presidente), Estados e DF
(governadores) e Municípios (prefeitos)

1.1.4 PODERES DE ESTADO:

O Estado Brasileiro adotou a teoria da divisão de poder do Estado entre Legislativo,


Executivo e Judiciário.

Essa divisão em três poderes é chamada de teoria da Tripartição de poderes do Estado


que foi concebida por Montesquieu em 1747/1748. Montesquieu definiu que o poder único
denominado soberania, para ser exercido em proveito do interesse coletivo, segundo as
lições de Montesquieu, deve ser dividido em três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Assim:

→Por meio do Poder Legislativo, o Estado exerce a função legislativa que compreende a
exteriorização da sua vontade por meio da edição de leis, que são atos fundamentados
diretamente do poder soberano do Estado, através do qual são criadas obrigações para
todos, partindo-se da determinação constitucional de que “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”

→O Estado desenvolve sua função judicial quando soluciona litígios (conflitos de interesses)
desencadeados das relações jurídicas da convivência em sociedade. Assim, cabe ao Poder
Judiciário o exercício da função judicial ou jurisdicional, função, por meio da qual, caberá
ao Estado decidir quem tem razão, a quem assiste o direito ou a obrigação, apaziguando
as partes.

→Por fim, caberá ao Poder Executivo a função administrativa que compreende o exercício
de atividades voltadas à administração da ordem pública social. Por meio da função
administrativa o Estado procura agir concretamente, dentro dos limites da lei, realizando
atividades cujo objetivo é administrar a coisa pública, visando a satisfação das necessidades
coletivas. A tais atividades denominação administração pública.

• ATENÇÃO: O Brasil, como já visto, adotou a teoria da tripartição de poderes do


Estado concebida por Montesquieu, porém não da forma como Montesquieu
entendia. Para ele, a divisão deveria ser absoluta, rígida onde cada um dos poderes
deve exercer a sua função e um Poder não poderia exercer funções de outro Poder.
A constituição Federal no seu art. 2ª dispõe que “são Poderes da União independentes
e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. Todavia, não se pode
afirmar existir uma separação absoluta desses três Poderes. Cada um dos poderes,
conforme visto, exerce uma atividade preponderante, precípua, TÍPICA: o Poder
Legislativo realiza de forma típica a função legislativa; o Poder Judiciário realiza de
forma típica a função judicial ou jurisdicional; e o Poder Executivo realiza de forma
típica a função administrativa.
• Ressalte que atipicamente cada um dos três Poderes pode realizar atividades
típicas de outros poderes.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

• Pegadinha de prova: A função Administrativa pode materializar-se também por meio


de atos praticados por terceiros autorizados a agir em nome do Estado, como ocorre com
os concessionários e permissionários de serviços públicos.

2. DIREITO ADMINISTRATIVO

O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público formado pelo conjunto de normas e


princípios jurídicos que disciplinam a atividade ADMINISTRATIVA do Estado.

2.1 FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO

O Direito administrativo é um ramo do Direito que ainda não foi codificado, ou seja, não
existe um Código de Direito Administrativo. Diante disso, o Direito administrativo é baseado
em suas fontes qu são divididas em quatro principais fontes: a lei, a jurisprudência, doutrina
e os costumes. Destarte, é interessante conceituar essas quatro fontes.

2.1.1. Lei: trata-se de um comando geral, abstrato e impessoal. E quando se fala em lei
como fonte, utiliza-se seu sentido amplo que vai desde a Constituição Federal até os
regulamentos administrativos. Assim temos como lei em sentido amplo: A constituição
Federal, as emendas constitucionais, as leis ordinárias e complementares, os tratados
e convenções internacionais, decretos, regimento, regulamentos, portarias, instruções
normativas, resoluções, etc.

DICA DE PROVA: a lei é considerada fonte primária, primordial, direta, escrita ou formal.
As demais (jurisprudência, doutrina e costumes) são fontes secundárias, indiretas, não
escritas ou materiais.

2.1.2 JURISPRUDENCIA: são decisões judiciais reiteradas, refletindo apenas uma orientação
do Poder Judiciário. Não obriga a Administração.

2.1.3 DOUTRINA: é o entendimento dos estudiosos de uma disciplina, dos teóricos do


Direito. A doutrina é um estudo científico, aprofundando que se expressa através de livros,
teses, estudos, etc.

2.3.4 COSTUMES: são práticas (condutas) reiteradas, onde há a consciência de sua


obrigatoriedade. Regras não escrita seguidas de modo uniforme pela sociedade.

DIREITO ADMINISTRATIVO
EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico - Administrativo) A tripartição de funções é
absoluta no âmbito do aparelho do Estado.

2. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Apenas a lei, em sentido lato, pode ser tida
como fonte de direito administrativo.

3. (CESPE – 2013 – SERPRO) O costume não pode ser considerado fonte do direito
administrativo, haja vista o princípio da legalidade ser um dos princípios da adminis-
tração pública
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

4. (FUNDEC – TRT) A nomeação de um servidor no âmbito do poder judiciário é regulado


pelo Direito Administrativo.

5. (CESPE - 2012 - DPE-RO - Defensor Público) O conceito de povo, um dos elementos


constitutivos do Estado, está relacionado ao conjunto de brasileiros e estrangeiros que se
encontrem em território nacional, ainda que transitoriamente.

6. (Cespe/UnB – Adv. Geral da União) Não obstante o princípio da legalidade e o caráter


formal dos atos da administração pública, muitos administrativistas aceitam a existência
de fontes escritas e não-escritas para o direito administrativo, nelas incluídas a doutrina e
os costumes; a jurisprudência é também considerada por administrativistas como fonte
do direito administrativo, mas não é juridicamente correto chamar de jurisprudência uma
decisão judicial isolada.

7. (ESAF- PGDF Procurador) O conceito estrito de Administração Pública abarca os


Poderes
estruturais do Estado, sobretudo o Poder Executivo.

8. A lei, em sentido amplo, é a fonte primária do direito administrativo; essa expressão


abrange desde a Constituição até os regulamentos executivos.

9. (TRF) A fonte formal e primordial do Direito Administrativo é a (o):

a) motivação que a fundamenta


b) povo
c) parlamento
d) Diário Oficial
e) lei

10. Sabendo que Montesquieu, com seu célebre O espírito das leis, de 1747, sistematizou e
lançou as bases para a teorização do princípio da separação (divisão) dos Poderes, ainda
hoje de grande prestígio na ciência política e no direito público, é correto afirmar que esse
princípio é estritamente adotado na administração pública brasileira, que estabelece uma
rígida separação de funções entre os três poderes.

11. (CESPE – 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) São
fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes

12. (ESAF-Procurador Rio Grande do Norte) A função administrativa existe exclusivamente


no seio do Poder Executivo, único a editar atos administrativos.

13. (ESAF-Procurador Rio Grande do Norte) A função Administrativa tem como pressuposto
a satisfação do bem comum. Além de ser exercida pelo Poder Executivo, também está
presente em atos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, podendo, ainda materializar-
se por meio de atos praticados por terceiros autorizados a agir em nome do Estado, como
ocorre com os concessionários e permissionários de serviços públicos.

14. (FUNIVERSA/ADASA Técnico/2009 - adaptada) Acerca das noções de Estado e de


Direito Administrativo, Julgue os itens.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

(A) A despeito de exercer uma função típica, cada Poder exerce, subsidiariamente, funções
que são precípuas de outros.
(B) Compõe a Federação brasileira a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.

15. (CESPE/SEFAZ-ES CONSULTOR/2010) Embora a função de administração pública


seja exercida precipuamente pelo Poder Executivo, os poderes Judiciário e Legislativo,
relativamente a seus atos administrativos, também a exercem.

16. (CESPE/CORREIOS ADMINISTRADOR 2011) A clássica teoria da tripartição dos Poderes


do Estado, concebida por Montesquieu e adotada no Brasil, não é absoluta, visto que a
própria Constituição Federal de 1988 autoriza o desempenho, por Poder diverso, de funções
que originalmente pertencem a determinado Poder.

17. (CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa/2005) Nos moldes das
teorias publicistas historicamente consolidadas, a Federação brasileira é constituída
apenas pelos seguintes componentes: União, estados-membros e Distrito Federal

18. (CESPE/MCT-FINEP/Analista/2009) A doutrina é a atividade intelectual que, sobre os


fenômenos que focaliza, aponta os princípios científicos do direito administrativo, não se
constituindo, contudo, em fonte dessa disciplina.

19. (ESAF – Técnico da Receita Federal) A primordial fonte do Direito Administrativo é:

a) a lei
b) a doutrina
c) a jurisprudência
d) os costumes
e) o vade-mecum

20. (UERR - 2018 - SETRABES - Agente Sócio-Geriátrico) O Estado, consoante o Direito


Administrativo, possui três elementos originários e indissociáveis:

a) povo, território e governo soberano.


b) povo, nação e governabilidade.
c) povo, território e governabilidade.
d) Governo soberano, independência e nação.
e) povo, soberania e governo independente.

21. (CESPE - 2005 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa/2005) Atualmente,


considera-se que a característica essencial dos Estados é a separação dos poderes. Em
virtude dessa separação, cada um dos órgãos com funções executivas, legislativas e
judiciárias é especializado em suas funções e não pratica atos com natureza própria dos
demais ramos.

22. A função administrativa do Estado será desempenhada por órgãos e agentes de todos
os poderes, ainda que predominantemente do Poder Executivo.

23. Os órgãos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo também podem desempenhar


atividade administrativa em razão da autonomia atribuída a todos os poderes da
Constituição.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

24. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Direito) Considerada fonte secundária
do direito administrativo, a jurisprudência não tem força cogente de uma norma criada
pelo legislador, salvo no caso de súmula vinculante, cujo cumprimento é obrigatório pela
administração pública.

25. CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) A jurisprudência, fonte não escrita do direito
administrativo, obriga tanto a administração pública como o Poder Judiciário.

26. (CESPE – 2013 – SERPRO) O costume não pode ser considerado fonte do direito
administrativo, haja vista o princípio da legalidade ser um dos princípios da administração
pública.

27. (CESPE – 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) São
fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes.

28. (CESPE – 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo - Cargo 12) A respeito das
noções de Estado, governo e administração pública, julgue o item a seguir. Povo, território
e governo compõem os três elementos constitutivos do conceito de Estado.

29. (CESPE - 2013 - CNJ - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas) A organização


político-administrativa do Brasil compreende a União, os estados, o Distrito Federal, os
municípios e os territórios.

30. (FGV - 2014 - COMPESA - Analista de Gestão – Administrador) Direito Administrativo


é o conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as
atividades públicas que tendem a realizar os fins desejados pelo Estado.
Assinale a opção que indica as quatro fontes do Direito Administrativo.

a) Doutrinas, lei, regras e normas.


b) Lei, normas, regras e jurisprudência.
c) Regras, normas, jurisprudência e costumes.
d) Lei, doutrina, jurisprudência e os costumes
e) Normas, doutrinas, jurisprudência e lei.

INTRODUÇÃO AO DIREITO ADM


GOVERNO X ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. GOVERNO

Todo Estado tem um elemento chamado governo. Governo é a expressão política de


poder de um Estado. Simplificando: Todo Estado (país) tem alguém que exerce o poder, o
comando, a condução desse Estado.

Assim, o governo é responsável por comandar, conduzir, dirigir o Estado. Nós já tivemos
governo Collor, governo FHC (Fernando Henrique Cardoso), Governo Lula, Governo Dilma,
dentre outros. Todas essas pessoas já exerceram o poder, o comando, a condução do
Estado Brasileiro.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

Organização Administrativa

É importante destacar que no Estado Brasileiro não é só o presidente da república que


exerce a função de governo. Como nós já estudamos o Estado Brasileiro adota a forma
federada ou federativa, em que há uma divisão de poderes, entre União, Estados, DF e
Municípios, Distrital e Municipal.

Desta feita, no Brasil nós temos quem comanda, conduz em âmbito federal, nos estados,
no DF e nos municípios.

• DESTAQUE IMPORTANTE: O governo é marcado pela sua transitoriedade! Perceba que


os governos são transitórios.

2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Já estudamos que administrar significa executar, colocar em prática. Dessa forma, quando
se fala em Administração Pública estamos nos referindo a estrutura que o Estado tem
para executar, realizar, pôr em prática.

Vejamos por exemplo: uma escola pública, um hospital público e uma delegacia. Podemos
afirmar os três pertencem à Administração Pública.

Traduzindo: Administração Pública é todo o aparelho que o Estado tem para executar a
saúde, a educação, a segurança, etc. Perceba que para o Estado executar os serviços e
atividades públicas, ele precisa de uma estrutura: Escolas, hospitais, delegacias, postos
de saúde, secretarias, etc. Essa estrutura formada por vários órgãos e entidades é que
chamamos de Administração Pública.

É comum chamarmos Administração Pública de máquina administrativa do Estado.


Máquina por que é quem executa, quem trabalha, quem coloca em prática. EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2005 - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O que caracteriza o


governo e a administração pública é a produção de atos políticos e a atuação politicamente
dirigida, traduzida em comando, iniciativa e fixação de objetivos do Estado.

2.(CESPE – 2013 - Ministério da Integração – Assistente Técnico Administrativo) A


administração pratica atos de governo, pois constitui todo aparelhamento do Estado
preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas.

3. (FUNIVERSA – 2016 - IF-AP - Auxiliar em Administração) No sistema de governo


brasileiro, os chefes do Poder Executivo (presidente da República, governadores e prefeitos)
exercem, ao mesmo tempo, as funções administrativa (Administração Pública) e política
(governo). No entanto, são funções distintas, com conceitos e objetivos bem definidos.
Acerca de Administração Pública e governo, assinale a alternativa correta.

a) Administração Pública e governo são considerados sinônimos, visto que ambos têm
como objetivo imediato a busca da satisfação do interesse coletivo.
b) As ações de Administração Pública têm como objetivo a satisfação do interesse público
e são voltadas à execução das políticas públicas.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

c) Administração Pública é a atividade responsável pela fixação dos objetivos do Estado,


ou seja, nada mais é que o Estado desempenhando sua função política.
d) Governo é o conjunto de agentes, órgãos e pessoas jurídicas de que o Estado dispõe
para colocar em prática as políticas públicas.
e) A Administração pratica tanto atos de governo (políticos) como atos de execução das
políticas públicas.

4. (MPE-SC - MPE-SC - Promotor de Justiça - Matutina) Sinônimo de função de governo


para a doutrina brasileira, a função administrativa consiste primordialmente na defesa
dos interesses públicos, atendendo às necessidades da população, inclusive mediante
intervenção na economia.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
3.ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E
INDIRETA

Como já exposto, atividade administrativa é aquela voltada à execução de atividades


administrativas, ou seja, realizar, colocar em prática a educação, a saúde, a segurança
pública, o transporte, o fornecimento de energia elétrica, de agua, etc.

Assim, é preciso administrar (executar)a saúde, a educação, a segurança, o transporte, a


coleta de lixo domiciliar, a fiscalização de transito, etc. e para tanto é necessário organizar
essa administração, ou seja, definir quem cuida de cada um desses setores públicos. E
para o exercício de atividades administrativas, o Estado dispõe de toda uma estrutura,
chamada ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

• IMPORTANTE! Quando se fala em estrutura, o que se quer dizer de forma bem simples, é o
conjunto de órgãos, tais como escola, hospitais, delegacias, quarteis de polícia, secretarias,
postos de saúde, ministérios, etc, e entidades, tais como o INSS, o IBAMA, o DETRAN, a
FUNAI, o Banco do Brasil, etc. Logo, para executar serviços públicos o Estado precisa de
toda uma estrutura (órgãos e entidades) onde o serviço será executada.

Perceba que essa estrutura (chamada administração pública) é enorme, gigante. Quantos
órgãos e entidades são necessários para executar a infinidade de serviços públicos que o
Estado deve prestar à sociedade? Muitos, né! Portanto, o Estado precisa organizar essa
estrutura para executar os serviços da melhor forma possível, definindo quem faz o que
dentro da administração pública.

Desta feita, essa estrutura chamada “administração pública” precisa ser organizada. O
Estado precisa organizar a sua administração pública para que ela possa executar com
eficiência os serviços públicos ou de utilidade pública. Para organização da estrutura é
necessário dividi-la em “administração pública direta e administração pública indireta”.

A administração pública direta é composta por UNIÃO, ESTADOS, DISTRITO FEDERAL


E MUNICÍPIOS (chamadas de entidades políticas). A administração pública indireta
é composta por AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, EMPRESAS PÚBLICAS E
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA (chamadas entidades administrativas).
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

10

VAMOS TREINAR!!!

1. (CESPE – 2015 - STJ – Técnico Judiciário) A Presidência da Republica integra a


administração pública federal direta.

2. (CESPE - 2013 – Policia Civil – Escrivão) O Banco Central do Brasil é uma autarquia
federal e compõe a administração pública direta da União.

3. (CESPE – 2013 - ANALISTA ADMINISTRATIVO) O IBAMA é uma autarquia, portanto, é


um órgão da administração direta e descentralizada.

5. (CESPE – 2019 – PGE-PE – Assistente de Procuradoria) A respeito da administração


pública brasileira, julgue o item a seguir. A administração pública direta inclui as autarquias,
as fundações públicas e as empresas públicas.

6. (CESPE – 2018 – FUB – Assistente de Administração) Com referência às características dos


órgãos e das entidades da administração direta e indireta federal, julgue o seguinte item.

O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública


direta integrado à estrutura administrativa da União.

7. (CESPE – 2018 – MPE –PI – Técnico Ministerial) Em julho de 2018, em decorrência do


Programa Nacional de Desestatização (PND), a Companhia de Energia do Piauí (CEPISA),
uma sociedade de economia mista, foi vendida, mediante leilão, para a Equatorial Energia.
A partir dessa informação, julgue o item seguinte, acerca de organização administrativa e
licitação.

Antes de ser leiloada, a CEPISA, por ser sociedade de economia mista, era uma entidade
integrante da administração direta.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

11

DIREITO ADMINISTRATIVO
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
3.1. CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO

Para o desempenho de suas funções o Estado pode adotar as seguintes formas: a


centralização, a descentralização e a desconcentração.

Ocorre a centralização quando o Estado exerce suas atividades diretamente através de


seus órgãos e agentes.

Toda vez que o serviço é executado diretamente pelo próprio Estado (U/E/DF/M) trata-se
de um serviço centralizado.

Ocorre descentralização quando o Estado desempenha suas funções de forma indireta,


ou seja, por meio de outras pessoas. Na descentralização é possível vislumbrar duas
pessoas: a pessoa política (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e a pessoa que
executará o serviço, por ter recebido da pessoa política essa atribuição.

A descentralização pode ocorrer de duas formas: outorga ou delegação.


Na descentralização por outorga (ou descentralização por serviços) o Es
tado cria uma entidade e transfere a ela a titularidade e a execução de um serviço público,
por meio de lei.

Na descentralização por delegação (ou descentralização por colaboração) o Estado


transfere a execução de um serviço público a um particular por meio de ato ou contrato.
Esse particular executa o serviço público por sua conta e risco, mas sob fiscalização
do Estado. São os contratos de concessão e permissão de serviço público. Nesse caso,
a Administração só transfere a execução da atividade, permanecendo consigo a
titularidade do serviço.

- ATENÇÃO - Características gerais das entidades:

• São criadas por meio de lei específica e através dela o Estado transfere a titularidade e a
execução do serviço;
• São entidades administrativas e não órgãos;
• Possuem personalidade jurídica própria;
• Possuem autonomia;
• decorrem da descentralização por outorga ou serviços.

- ATENÇÃO - Características gerais dos particulares:

• São empresas privadas por particulares;


• recebem do Estado apenas a execução do serviço público por meio de ato ou contrato
administrativo
• Executa o serviço por prazo determinado;
• Possuem personalidade jurídica própria;
• Possuem autonomia;
• decorrem da descentralização por delegação ou colaboração.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

12

Por fim temos o conceito de desconcentração.


A desconcentração é técnica de criação de órgãos.

- Por meio da desconcentração ocorre a distribuição de competências dentro de uma


mesma pessoa jurídica. É técnica utilizada para tornar mais ágil e eficiente a prestação do
serviço.

DESCONCENTRAR É CRIAR ÓRGÃOS.

- ATENÇÃO - Características dos órgãos:

• órgãos são criados e extintos através de lei


• órgãos desempenham funções específicas
• orgãos não possuem personalidade jurídica
• órgãos são subordinados.

EXERCÍCIOS
1. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 27 a 35) João, servidor público
ocupante do cargo de motorista de determinada autarquia do DF, estava conduzindo o
veículo oficial durante o expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem.
Imediatamente, João dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando
uma batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com
ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos.
A autarquia instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar
suposta violação de dever funcional.

No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir.


João é servidor de entidade integrante da administração indireta.

2. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Julgue o próximo item,
relativo a poderes, organização administrativa do Estado e controle da administração.
As secretarias municipais de determinado município integram a administração indireta
desse ente federado.

3. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) Em relação aos princípios
da administração pública e à organização administrativa, julgue o item que se segue.

Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para repassar a
ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade administrativa a
um ente personalizado.

4. (CESPE – 2017 – SEDF - Analista de Gestão Educacional - Direito e Legislação) O prefeito


de determinado município utilizou recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para pagamento
de professores e para a compra de medicamentos e insumos hospitalares destinados à
assistência médico-odontológica das crianças em idade escolar do município.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

13

Mauro, chefe do setor de aquisições da prefeitura, propositalmente permitia que o estoque de


medicamentos e insumos hospitalares chegasse a zero para justificar situação emergencial
e dispensar indevidamente a licitação, adquirindo os produtos, a preços superfaturados, da
empresa Y, pertencente a sua sobrinha, que desconhecia o esquema fraudulento.

A respeito da situação hipotética apresentada e de aspectos legais e doutrinários a ela


relacionados, julgue o item a seguir.

A criação de um órgão denominado setor de aquisições na citada prefeitura constitui exemplo


de desconcentração.

5. (Quadrix - 2019 - CRO-GO - Fiscal Regional) A respeito da Administração Federal, de sua


administração direta e indireta, de sua estruturação, de suas características e da descrição de
seus órgãos e entidades públicos, julgue o item.

A descentralização administrativa trata da distribuição interna de competências dentro de


uma pessoa jurídica.

6. (CESPE - 2018 - MPE-PI - Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Superior ) A respeito


de organização administrativa, de atos administrativos e de autarquias, julgue o item a seguir.

O fato de a administração pública desmembrar seus órgãos, distribuindo os serviços dentro


da mesma pessoa jurídica, para melhorar a sua organização estrutural, constitui exemplo de
ato de desconcentração.

7. (CESPE - 2014 - Polícia Federal - Conhecimentos Básicos - Nível Superior) Configura


descentralização administrativa o ato de criação, pela administração direta, de órgão
público para a distribuição interna de determinada atribuição.

8. (CESPE – 2013 – Ministério da Saúde – Analista Técnico Administrativo) No que se


refere à administração direta e indireta, centralizada e descentralizada, julgue os itens que
se seguem. Ao criar uma entidade e a ela transferir determinado serviço público, o Estado
realiza descentralização mediante delegação.

9. (CESPE – 2016 FUNPRESP-JUD - Assistente - Secretariado Executivo) Em relação à


organização administrativa e às concessões e permissões do serviço público, julgue o item
a seguir.

O Tribunal Regional Federal é órgão descentralizado da União que possui personalidade


jurídica própria, portanto compõe a administração pública indireta.

10. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Criminal - Específicos) Por apresentarem personalidade
jurídica de direito público e, portanto, serem revestidas de direitos e obrigações, as
secretarias criadas no âmbito dos estados da Federação são dotadas de atribuições
específicas que recebem o nome de competência.

11. (CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução
de Mandados) Como regra, a criação e a extinção de órgãos públicos não pode acontecer
por decreto do chefe do Poder Executivo, mas apenas por lei.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

14

12. (CESPE - 2008 - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O MTE é exemplo de
entidade administrativa, ou seja, unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.

13. (IBFC - 2018 - Câmara Municipal de Araraquara - SP - Consultor Legislativo) Segundo,


Celso Antônio Bandeira de Mello “os órgãos nada mais significam que círculos de
atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos.” Os órgãos
administrativos tem características próprias, a saber:

Assinale a alternativa correta.

a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade jurídica e tão pouco
patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político que o criou e influenciados pela
normatividade do princípio da hierarquia
b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem personalidade
jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio da hierarquia, e possuem
patrimônio próprio
c) Os órgão públicos possuem personalidade jurídica mista, não são criados por lei,
possuem patrimônio próprio e fazem parte da Administração Direta
d) Os órgão públicos possuem personalidade jurídica mista e patrimônio próprio, são
criados por lei e, fazem parte da Administração Indireta
e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem patrimônio próprio,
não são criados por lei, mas são influenciados pela normativa da hierarquia.
14. (CESPE – 2013 – STF Técnico Judiciário) A composição do Poder Executivo em ministérios
exemplifica a descentralização administrativa desse poder.

15. (CESPE – 2013 – STF Analista Judiciário) Em se tratando de desconcentração, as


atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma única pessoa jurídica,
como acontece, por exemplo, com a organização do Poder Judiciário em tribunais, que
são órgãos públicos desprovidos de personalidade jurídica própria.

16. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) Verifica-se a descentralização
por colaboração quando o poder público, por meio de contrato ou ato administrativo
unilateral, transfere a titularidade e a execução de determinado serviço público a pessoa
jurídica de direito privado.

17. (FUNIVERSA – 2015 - PC-GO - Papiloscopista) No que se refere à diferença entre a


descentralização e a desconcentração, assinale a alternativa correta.

a) A desconcentração pode ocorrer por meio da transferência de atividades para a órbita


privada mediante contratos de concessão.
b) A divisão de atribuições entre órgãos de uma mesma entidade configura
desconcentração.
c) A criação de uma autarquia pública estadual para prestar serviço público é hipótese
de desconcentração por delegação.
d) A descentralização por outorga implica a transferência de serviços públicos por meio
de concessão ou permissão a pessoas jurídicas de direito privado.
e) A descentralização por colaboração implica a transferência de atribuições a órgão
ínsito a uma entidade pública.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

15

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA:

1. Exigência de concurso público para ingresso de pessoal;


2. proibição de acumulação de cargos, empregos e funções;
3. exigência de licitação pública;
4. controle finalístico ou tutela pela Administração Direta;
5. Controle externo pelo Poder legislativo, com auxílio do TCU;
6. Não são subordinadas aos órgãos da Administração Direta;
7. Não se sujeitam à falência;
8. As autarquias possuem privilégios processuais;
9. possuem autonomia administrativa, financeira, orçamentária e patrimonial
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

16

EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2020 - TJ-PA - Oficial de Justiça – Avaliador) A administração indireta inclui


as sociedades de economia mista, cujos agentes são

A) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a


concurso público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
B) empregados públicos regidos pela CLT que não se submetem às normas
constitucionais relativas a concurso público nem à vedação de acumulação
remunerada de cargos públicos.
C) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a
concurso público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
D) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso
público e à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.
E) servidores públicos estatutários sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso
público, mas não à vedação de acumulação remunerada de cargos públicos.

2. (CESPE – 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão - Administração) No que tange a regime


jurídico-administrativo, organização administrativa e teoria do direito administrativo
brasileiro, julgue o item a seguir.

As autarquias e as fundações públicas incluem-se entre as entidades que integram a


administração pública indireta.

3. (CESPE – 2013 – MPU - Analista - Direito) Em relação a serviços públicos e à disciplina


legal sobre as empresas públicas, julgue os itens a seguir.

A empresa pública federal caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo fato de ser constituída
de capital exclusivo da União, não se admitindo, portanto, a participação de outras pessoas
jurídicas na constituição de seu capital.

4. (CESPE – 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal)
A respeito da organização do Estado e da administração pública, julgue o item a seguir.

O principal critério de distinção entre empresa pública e sociedade de economia mista é que
esta integra a administração indireta, enquanto aquela integra a administração direta.

5. (FCC – 2016 - SEGEP-MA- Técnico da Receita Estadual - Tecnologia da Informação -


Conhecimentos Gerais) São exemplos de autarquias:

a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.


b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

17

6. (FCC – 2016 - Prefeitura de Teresina – PI - Técnico de Nível Superior - Analista


Administrativo) Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação
brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores
do controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação
das atividades meio, descreve uma

a) sociedade de economia mista.


b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.

7. (IADES - 2018 - CAU-RO - Arquiteto e Urbanista) A respeito das autarquias, é correto afirmar
que são pessoas

a) jurídicas de direito público, autorizada a instituição por lei específica, e integram a


administração direta.
b) jurídicas de direito privado, criadas por lei, e integram a administração direta.
c) jurídicas de direito público, autorizada a instituição por lei específica, e integram a
administração indireta.
d) jurídicas de direito público, criadas por lei, e integram a administração indireta.
e) sui generis, criadas por lei, e integram a administração direta.

8. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Analista Advogado) No que concerne ao
direito administrativo, julgue o item subsequente.

A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito público, com capital público,
cuja criação é autorizada por lei, com autonomia administrativa e patrimônio próprio, que
presta serviço público ou explora atividade econômica.

9. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Analista Advogado) No que concerne ao
direito administrativo, julgue o item subsequente.

A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito público, com capital público,
cuja criação é autorizada por lei, com autonomia administrativa e patrimônio próprio, que
presta serviço público ou explora atividade econômica.

10. (IADES - 2017 - CREMEB - Técnico de Atividade de Suporte) Quanto à organização


administrativa, assinale a alternativa que apresenta o conceito de autarquia.

a) Pessoa jurídica de direito privado, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujo controle acionário pertence ao
poder público.
b) Pessoa jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente
público, autorizada por lei para a exploração de atividade econômica.
c) Unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e da estrutura
da administração indireta, desprovida de personalidade jurídica.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

18

d) Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da administração pública que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
e) Pessoa jurídica de direito público, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica.

11. (CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico - Administrativo) As sociedades de economia


mista são pessoas jurídicas de direito privado e podem ser constituídas sob qualquer
forma jurídica.

12. (CESPE - 2013 - CNJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa) As entidades políticas
são pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os estados, o Distrito Federal
e os municípios. Já as entidades administrativas integram a administração pública, mas
não têm autonomia política, como as autarquias e as fundações públicas.

13. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Direito) As empresas públicas


são pessoas jurídicas de direito privado, com totalidade de capital público, cuja criação
depende de autorização legislativa, e sua estruturação jurídica pode se dar em qualquer
forma admitida em direito.

14. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) Nos litígios comuns, as
causas que digam respeito às autarquias federais, sejam estas autoras, rés, assistentes ou
oponentes, são processadas e julgadas na justiça federal.

15. (IADES – 2016 - PC-DF- Perito Criminal - Ciências Contábeis) Em relação às entidades
que integram a administração indireta, assinale a alternativa correta.

a) A empresa pública se submete à regra do concurso público, e o respectivo pessoal se


sujeita ao regime estatutário.
b) Autarquia é pessoa jurídica de direito público, que pode ser criada tanto para a
execução de atividade típica de Estado quanto para participação estatal na atividade
econômica.
c) A sociedade de economia mista poderá adotar qualquer forma em direito admitida.
d) Somente por lei específica poderá ser criada empresa pública.
e) Somente por lei específica poderá ser autorizada a instituição de sociedade de
economia mista.

16. (IADES – 2014 - TRE-PA - Analista Judiciário - Área Administrativa) A respeito da


organização administrativa no âmbito federal, assinale a alternativa correta.

a) São consideradas pessoas federativas ou entidades políticas apenas a União e os


Estados.
b) As pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, assim como os órgãos
da Administração direta, não poderão adquirir direitos e contrair obrigações na ordem
jurídica.
c) Conforme disciplinado na lei, compõem a Administração indireta as autarquias, as
empresas públicas, as sociedades de economia mista.
d) As autarquias federais, a exemplo do INSS, possuem personalidade jurídica de direito
privado.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

19

e) As empresas públicas, atuantes na atividade econômica do Estado, diferentemente


das sociedades de economia mista, são formalmente pessoas jurídicas de direito público.

17. (IADES – 2013 – EBSERH - Advogado) O Banco do Brasil S/A e a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos são órgãos da administração indireta. Assinale a alternativa que
corresponde, respectivamente, às entidades públicas acima referidas.

a) Fundação e empresa pública.


b) Autarquia e sociedade de economia mista.
c) Fundação pública e autarquia.
d) Sociedade de economia mista e empresa pública.
e) Empresa pública e autarquia.

DIREITO ADMINISTRATIVO
1. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1.1. PRINCÍPIOS EXPRESSOS no art. 37 da Constituição Federal (LIMPE):

- Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência

1.1.1. Legalidade

A legalidade é o corolário da atuação de toda a Administração. O princípio implica a


subordinação completa do administrador à lei. Segundo Hely Lopes Meirelles, “enquanto
os indivíduos no campo privado podem fazer tudo o que a lei não veda o administrador
público só pode atuar onde a Lei autoriza.”

- ATENÇÃO, ATENÇÃO: não há uma hierarquia entre os princípios da Administração


Pública. Todavia, o princípio da Legalidade é o que precede todos os demais. Antes de
observar os demais princípios, deve-se priorizar a legalidade.

1.1.1.1 Princípio da Reserva legal: consiste em estatuir que a regulamentação de


determinadas matérias há de fazer se necessariamente por lei formal. Quando a
Constituição reserva conteúdo específico à lei formal (aquelas que são criadas pelos órgãos
legislativos), encontramo-nos diante do princípio da reserva legal.

- PARA NÃO FICAR COM DÚVIDA: lei formal é aquela votada e aprovada pelos
deputados, senadores e vereadores. Porém existem atos normativos criados nos órgãos
administrativos, tais como instruções normativas, resoluções, regimentos, que são criados
pelas autoridades dos órgãos administrativos e que por isso não são consideradas leis
formais. Dessa forma, quando a Constituição determina que um assunto “x” só pode ser
tratado por uma lei formal (votada e aprovada pelos parlamentares) está determinando a
aplicação do princípio da reserva legal. Por outro lado, se a Constituição permite que um
assunto “x” seja tratado por meio de um decreto ou instrução normativa (que é criado
dentro do próprio órgão sem a aprovação dos parlamentares), estará de acordo com a
legalidade mas não com a reserva legal.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

20

O princípio da reserva legal é uma decorrência do princípio da legalidade. Desta forma


pode-se afirmar que o princípio da legalidade é muito mais abrangente do que o princípio
da reserva legal, pois ele não é abstrato ou genérico, mas sim concreto, e incide somente
onde a constituição assim estabeleceu.

Todos os comportamentos humanos são submetidos ao princípio da legalidade, mas nem


todos estão submetidos ao princípio da reserva legal. Sua abrangência é menor, mas seu
conteúdo é mais amplo, exigindo tratamento de matéria exclusivamente pelo legislativo,
sendo que o Executivo não participa normativamente.

1.1.2. Impessoalidade

O princípio da impessoalidade é utilizado no âmbito da Administração Pública em três


sentidos:

→ PRIMEIRO SENTIDO: Pelo princípio da impessoalidade os atos praticados pelos


agentes públicos devem ser considerados como sendo do órgão ao qual ele pertence,
ou seja, o Estado.

→ SEGUNDO SENTIDO: Também se considera como decorrência do princípio da


impessoalidade a atuação do administrador de maneira totalmente impessoal, imparcial,
não sendo possível tratamento diferenciado, prejudicando ou beneficiando particular. Caso
o administrador aja com pessoalidade, beneficiando ou prejudicando algum particular,
seu ato estará em desacordo com a finalidade de toda atuação administrativa, pois toda
a atuação do Administrador Público deve se pautar pela busca de uma finalidade de
interesse público.

→ TERCEIRO SENTIDO: Ainda com base no princípio da impessoalidade é vedado ao


administrador público se utilizar da Administração Pública para se autopromover. Não
pode haver qualquer vinculação entre as atividades da Administração Pública e a pessoa
dos administradores. Nessa esteira, não pode haver nenhuma promoção pessoal do
agente pela realização de suas atividades públicas.

- TOME NOTA: Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.

1.1.3. Moralidade

O princípio da moralidade impõe ao administrador que não se desvie de princípios


éticos. A atuação do agente público deve sempre se pautar pela ética, pela probidade,
pela honestidade. Assim, os agentes públicos devem atuar não apenas seguindo a lei,
mas, sobretudo, buscando preservar a moral, os bons costumes e a justiça.

OBS: tal princípio passou a ter existência autônoma em nosso ordenamento jurídico,
de modo que deve ser seguido também pelos particulares que interagem com a
Administração (ou seja, os particulares devem agir de forma ética, honesta para com a
Administração).
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

21

1.1.4. Publicidade

Os atos administrativos são, em regra, públicos, transparentes, ou seja, de conhecimento


de todos.

- Exceções: alguns atos devem ser mantidos em sigilo, tais como os atos ligados a segurança
pública, segurança nacional e da sociedade; e os atos ligados a intimidade vida privada,
hora e imagem das pessoas.

- Instrumentos: para ter acesso aos atos administrativos (que em regra deve ser públicos,
o cidadão pode se utilizar de seu direito de petição ou de um habeas data.

- IMPORTANTE: não se deve confundir publicidade com publicação. A publicação de


um ato significa que ele deve ser veiculado no órgão oficial. Em regra, a publicidade se
dá pela publicação no Diário Oficial, entretanto, vários atos que não são de interesse geral
podem adquirir publicidade apenas no âmbito necessário, como circulares internas. Pode-
se dar publicidade a um ato pela mera afixação de um aviso no quadro próprio do órgão
público. Assim, não haverá publicação, mas haverá publicidade.

1.1.5. Eficiência

O princípio da eficiência foi incorporado na Constituição Federal só em 1998 por meio


da Emenda Constitucional n.º 19/98. Logo, esse princípio não estava no texto original da
Constituição promulgada em 1988.

Tal princípio visa a exigir que a Administração Pública como um todo funcione de forma
bem mais eficiente. Assim, a Administração Pública deve buscar sempre alcançar
resultados positivos, com base em maior produtividade, abandonando velhos hábitos e
rotinas burocráticas.

A eficiência está ligada a uma noção de Administração Pública mais moderna, mais
gerencial, preocupada com resultados. Serviço eficiente é aquele que atende as
necessidades da sociedade. Se um cidadão está preciso de atendimento médico, só
podemos falar me eficiência do serviço público se ele for realmente atendido e no menor
tempo possível.

Esclarecedoras são as palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, abordando dois aspectos
desse princípio:

a) relativamente à forma de atuação do agente público, esperando o melhor desempe-


nho de suas atividades para a obtenção de melhores resultados; é obrigação do Admi-
nistrador atuar com presteza, perfeição e rendimento funcional;

b) relativamente ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública,


no intuito de alcançar melhores resultados na prestação dos serviços públicos.

- OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: É decorrência do princípio da eficiência os dispositivos


constitucionais abaixo:
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

22

• O art. 5º, LXXVIII, da CF/88 define como direito fundamental a art. a razoável duração do
processo, dispondo que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”,
com o intuito de dar eficiência aos processos, eis que a demora no julgamento de um
processo demonstraria a ineficiência da Administração.
• Artigo 37, II - fala da investidura em cargo ou emprego público somente será aceito por
concurso público de provas ou provas e títulos (exceto para os cargos em comissão). A
exigência de concurso público assegura o ingresso de servidores mais bem preparados e
capacitados, o que torna o serviço público mais eficiente.
• Artigo 39, §2º- dispõe sobre os cursos de aperfeiçoamento dos servidores públicos como
requisito para a promoção na carreira.
Artigo 41 - se refere à estabilidade no serviço público, que somente será adquirida após
avaliação especial (o intuito é averiguar se o servidor tem aptidão para exercer as atribuições
do cargo, provando, portanto, que é eficiente).
• Artigo 41, §4º- fala da avaliação de desempenho do servidor como condição à aquisição
de estabilidade.
• O Artigo 41, III - Esse inciso é importante, pois dispõe uma das formas de perda do cargo
por um servidor estável em razão de avaliações periódicas de desempenho. Assim, mesmo
estável um servidor poderá ser avaliado e não tendo um bom desempenho no cargo,
poderá perde-lo.

- ATENÇÃO: NEPOSTISMO!!!

O nepotismo é a conduta de uma agente público de nomear para um cargo em comissão


(de livre nomeação e exoneração) ou função de confiança, seu cônjuge ou companheiro ou
parentes até o terceiro grau (inclusive o nepotismo cruzado). Tal conduta fere a Constituição
Federal, justamente na parte que fala dos princípios da Administração. Assim, ao praticar
o nepotismo, um agente público fere os princípios da IMPESSOALIDADE, MORALIDADE
E EFICIENCIA.

Em razão disso, o STF editou a Súmula Vinculante n.º 13, dispondo sobre essa prática:

“A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por


afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da
mesma pessoa jurídica, investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para
o exercício de cargo em comissão ou de confiança, ou, ainda, de função gratificada na
Administração Pública direta e indireta, em qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos municípios, compreendido o ajuste mediante designações
recíprocas, viola a Constituição Federal.”

- Exceção: Quando o art. 37 refere-se a cargo em comissão e função de confiança, está


tratando de cargos e funções singelamente administrativos, não de cargos políticos.
Portanto, os cargos políticos estariam fora do alcance da sumula vinculante n.º 13.
Todavia, temos como cargos políticos apenas os cargos de Ministros e Secretários de
Estado. Assim, é possível ao Presidente, governadores e prefeitos nomearem seus
parentes para cargos de Ministros e Secretários.

O nepotismo viola os princípios da impessoalidade, moralidade e eficiência.


Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

23

1.2 PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS

Além dos princípios expressos da Administração Pública que já estudamos, o famoso


LIMPE (Legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência), a Administração Pública
adota também outros princípios que estão previstos em diversas leis ou decorrem de
entendimento doutrinário. Tais princípios são considerados como princípios implícitos. Os
principais princípios implícitos seguem abaixo:

1.2.1. Supremacia do interesse público sobre o interesse privado

Uma vez que o Estado representa toda a coletividade, o interesse da Administração deve
ser entendido como o interesse de todos e, portanto, deve prevalecer quando em conflito
com interesses de particulares, desde que respeitados os direitos individuais destes.

Assim, tal princípio serve para garantir:

PRERROGATIVAS SUJEIÇÕES
Privilégios à Administração não estendidos Respeitando os direitos individuais
ao particular

1.2.2. Indisponibilidade do interesse público

A Administração Pública não pode dispor (decidir o que fazer por conta própria) dos bens
ou interesses públicos. Isto por que os bens e os interesses são de toda a coletividade, logo,
são indisponíveis, cabendo à Administração tão somente administrá-los para satisfazer a
vontade da coletividade.

Logo, não se admite qualquer atuação no sentido de acarretar renúncia de direitos pelo
Poder Público ou que injustificadamente onerem a sociedade.

• ATENÇÃO: A Administração Pública não pode dispor dos bens ou interesses


públicos, deve seguir aquilo que a lei determina.

• ULTRA MEGA DICA DE PROVA: os princípios da Supremacia do Interesse Público


e o da Indisponibilidade dos bens e interesses públicos foram o REGIME JURIDICO
ADMINISTRATIVO. Esses dois princípios são muito importantes no Direito Administrativo,
por isso, eles foram o Regime Jurídico Administrativo (regime jurídico é um conjunto
de normas, então, esses dois princípios são considerados como se fossem normas
administrativas, logo devem ser seguidos estritamente pela Administração, apesar de não
estarem expressos em lei.

1.2.3. Razoabilidade e proporcionalidade

Tais princípios impõe à Administração Pública a adequação entre os meios e os fins,


vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao entendimento do interesse público.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

24

• A proporcionalidade é a medida da razoabilidade. A proporcionalidade é uma das


vertentes da razoabilidade.

Logo,

A razoabilidade exige que haja proporcionalidade entre os meios utilizados e o fins


objetivados. Respeitar esse princípio é observar o binômio adequação (o ato vai
alcançar os objetivos almejados?) e necessidade (não existe outra forma menos
gravosa de se atingir o mesmo objetivo?)

• DICA DE PROVA: decisões que violarem o princípio da razoabilidade e proporcionalidade


são consideradas ILEGAIS.

1.2.4. Autotutela

O princípio da autotutela é aquele que permite à Administração Pública rever seus próprios
atos controlando-os. Destarte, diante de um ato administrativo que foi praticado de forma
ilegal ou que não seja mais oportuno ou conveniente para o interesse público, poderá (na
verdade um poder-dever) a Administração rever tais atos e anulá-los quando ilegais ou
revogá-los quando inoportunos ou inconvenientes.

Assim,

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Ato ILEGAL. A anulação pode ser feita Ato inoportuno ou inconveniente. Cabe
pela própria Administração ou pelo Poder revogação somente pela Administração
Judiciário

Sobre tal princípio:

Súmula 473 STF: “a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
1.2.5. Continuidade dos serviços públicos

Os serviços públicos são serviços prestados no interesse da coletividade, para a satisfação


de suas necessidades e de seus interesses e por isso a atividade administrativa não pode
parar. Em face disso, a prestação de serviços públicos (saúde, educação, segurança,
transporte, etc) não pode sofrer interrupções, eis que prejudica toda a coletividade que
dele depende para a satisfação de suas necessidades e de seus interesses.

1.2.6. Segurança jurídica

O princípio da segurança jurídica está relacionado à necessidade de respeito, pela


Administração, à boa fé dos administrados que com ela interagem, no sentido de que,
quando esses têm um determinado direito reconhecido pela Administração, não podem
vir a ser prejudicados posteriormente por mudanças de entendimento da própria
Administração sobre a matéria.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

25

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro “o princípio se justifica pelo fato de ser comum,
na esfera administrativa, haver mudança de interpretação de determinadas normas
legais, com a consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando
situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa
possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém gera insegurança jurídica,
pois os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação
pela própria Administração Pública. Daí a regra que veda a aplicação retroativa.”

Desta feita, pelo princípio da segurança jurídica, a Administração, ao alterar um


entendimento que possui sobre uma determinada matéria, só poderá aplicar esse novo
entendimento para os fatos praticados a partir daí, desse novo entendimento, não podendo
aplicar o novo entendimento as situações pretéritas, eis que ocasionaria uma situação de
total insegurança para os administrados.

• ATENÇÃO: A proteção da confiança, desdobramento do princípio da segurança


jurídica, impede a administração de adotar posturas manifestadamente
contraditórias, ou seja, externando posicionamento em determinado sentido, para,
em seguida, ignorá-lo, frustrando a expectativa dos cidadãos de boa-fé

EXERCÍCIOS

1. (Quadrix - 2018 - CRQ 4ª Região-SP - Técnico Administrativo) No que se refere aos


órgãos e às autarquias públicas e às noções de administração pública, julgue o item.
O princípio da legalidade estabelece que a Administração Pública só pode praticar as
condutas autorizadas em lei.

2. (Quadrix - 2018 - CRQ 4ª Região-SP - Técnico Administrativo) No que se refere aos


órgãos e às autarquias públicas e às noções de administração pública, julgue o item.

O princípio da moralidade determina que a atividade administrativa tem de ter seu fim
voltado para o atendimento do interesse público, advertindo que é vetado o atendimento
a vontades pessoais ou o favoritismo.

3. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Agente de Orientação e Fiscalização) No


que se refere à responsabilidade civil do Estado, ao regime jurídico administrativo e ao
processo administrativo federal, julgue o item.

O princípio da autotutela está ligado exclusivamente aos aspectos de legalidade da


atividade administrativa, e não aos de mérito, como a conveniência e oportunidade do
ato administrativo.

4. (Quadrix - 2019 - CRMV - RN - Agente Administrativo) Em relação aos princípios


fundamentais que regem a Administração Pública Federal, julgue o item.

O princípio da segurança jurídica não impede que seja dada aplicação retroativa a uma
nova interpretação por parte da Administração Pública.

5. (Quadrix - 2019 - COREN - AC - Assistente Administrativo Em relação aos princípios da


Administração Pública, julgue o item.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

26

O princípio da continuidade do serviço público proíbe a realização de greve pelo agente


público.

6. (Quadrix - 2019 - COREN - AC - Assistente Administrativo) Em relação aos princípios


da Administração Pública, julgue o item.

A atuação do agente público deve ser regida por honestidade e boa‐fé, o que permite a
não observância da lei em determinadas situações.

7. (Quadrix - 2019 - COREN - AC - Assistente Administrativo) Em relação aos princípios


da Administração Pública, julgue o item.

O interesse público é indisponível e prevalece sobre o privado.

8. (Quadrix - 2019 - COREN - AC - Assistente Administrativo) Em relação aos princípios


da Administração Pública, julgue o item.

A proibição de promoção pessoal por parte do agente público é expressão do princípio da


impessoalidade.

9. (Quadrix - 2019 - COREN - AC - Assistente Administrativo) Em relação aos princípios


da Administração Pública, julgue o item.

O dever de transparência na atuação da Administração Pública relaciona‐se diretamente


ao princípio da eficácia.

10. (Quadrix - 2019 - CRMV - RN - Agente Administrativo) Em relação aos princípios


fundamentais que regem a Administração Pública Federal, julgue o item. Pelo princípio
da autotutela, a Administração exerce controle sobre os próprios atos, com a possibilidade
de anular os ilegais e revogar os inconvenientes ou inoportunos, independentemente de
recurso ao Poder Judiciário.

11. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Promotor de Justiça de Entrância Inicial) O direito de


petição aos poderes públicos, assegurado pela Constituição Federal de 1988, impõe
à administração o dever de apresentar tempestiva resposta. A demora excessiva e
injustificada da administração para cumprir essa obrigação é omissão violadora do
princípio da eficiência. Segundo o STJ, por colocar em xeque a legítima confiança que o
cidadão comum deposita na atuação da administração pública, tal mora atenta também
contra o princípio da

a) finalidade.
b) moralidade.
c) autotutela.
d) presunção de legitimidade.
e) continuidade do serviço público.

12. (CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal) Em relação à organização do Estado e da


administração pública, julgue o seguinte item.

O princípio da legalidade se aplica apenas ao Poder Executivo federal.


Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

27

13. (CESPE - 2018 - TCE-MG - Analista de Controle Externo - Ciências Contábeis) O


tribunal de contas de um estado, ao analisar as contas de determinado prefeito, verificou
que houve gasto de recursos públicos com a elaboração de cartilhas escolares com nomes,
símbolos e imagens que caracterizavam a promoção pessoal de autoridades públicas do
município. Nessa situação, a conduta do prefeito afrontou especialmente o princípio da

a) boa-fé.
b) razoabilidade.
c) impessoalidade.
d) economicidade.
e) eficiência.

14. (CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2) Os atos
administrativos são imputáveis ao órgão em nome do qual age o agente público, por força
do princípio constitucional da

a) autonomia gerencial.
b) responsabilidade.
c) participação.
d) impessoalidade. e) finalidade.

15. (CESPE - 2013 - DPE-ES - Defensor Público – Estagiário) O princípio da publicidade é


absoluto, impondo à administração pública o dever de tornar públicos os seus atos.

1. PODERES ADMINISTRATIVOS

Os poderes administrativos são prerrogativas inerentes à Administração Pública que


permitem o cumprimento de suas finalidades em proveito do interesse público. Esses
poderes são utilizados no âmbito da Administração Pública para desempenhar suas funções.
Os poderes administrativos são classificados em seis categorias: vinculado, discricionário,
hierárquico, de polícia e regulamentar.

1.1 Poder Vinculado

O poder vinculado é aquele que a Administração se utiliza para a prática de atos vinculados,
ou seja, para a prática do ato administrativo cujo conteúdo observa de forma rígida o
estabelecido em lei. O poder vinculado apenas autoriza a Administração a executar atos
nas estritas hipóteses legais, sem qualquer liberdade na sua atuação.

1.2 Poder Discricionário

O poder discricionário é o poder conferido à Administração para a prática de atos


discricionários. Os atos discricionários são aqueles nos quais o Administrador possui um
certo grau de liberdade na escolha do motivo e do objeto para a prática do ato, baseando-
se na oportunidade e conveniência da situação.

O poder discricionário é a autorização legal para que o agente público decida, dentro
dos limites legais, a conveniência e a oportunidade em praticar um ato administrativo.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

28

Todavia, esta liberdade para a prática do ato não é plena, o Administrador estará limitado
aos comandos legais, não podendo dele se afastar

1.3 Poder Hierárquico

O Poder Hierárquico serve como fundamento para que órgãos e agentes públicos atuem
em relação a seus subordinados, conforme escala hierárquica. Hierarquia é a existência
de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos. Consequências do poder
hierárquico:

- dar ordens aos subordinados, que deverão ser cumpridas por estes desde que não sejam
manifestamente ilegais.
- rever os atos praticados pelos subordinados, podendo desfazê-los por motivo de
ilegalidade ou mesmo por motivo de inconveniência;
- coordenar as atividades e ordenar, organizar a atuação dos órgãos subordinados;
- poder disciplinar, que é poder de aplicar sanções em caso de infrações disciplinares;
- delegar competências
- avocar competências.

OBS: O poder hierárquico é exercido somente no âmbito interno da Administração


Pública, entre órgãos e agentes da Administração Pública, eis que para que haja
hierarquia é necessária a existência de subordinação. Não existe incidência do poder
hierárquico da Administração sobre particulares, tampouco da Administração Direta
sobre a Administração Indireta.

1.4. Poder Disciplinar

É aquele pelo qual a Administração pode apurar as faltas e, conforme o caso, aplicar as
devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna
da Administração. Esse poder é utilizado para punir os servidores (demissão, advertência,
suspensão, etc), mas também pode ser utilizado para punir particulares desde que
vinculados à Administração, como por exemplo, um terceirizado.

O poder disciplinar também é caracterizado pela discricionariedade em determinados


aspectos. Isto por que, o administrador aplicará a sanção que julgar cabível, oportuna e
conveniente dentre as que estiverem enumeradas em lei ou regulamento, podendo, para
tanto, considerar a natureza, a gravidade da infração e os danos que resultarem para o
serviço público.

Assim, existe liberdade do administrador para verificar se foi ou não cometida alguma
infração administrativa, inclusive porque a lei se utiliza de expressões amplas e imprecisas
para conceituar certas faltas, como, por exemplo “procedimento irregular”, “ineficiência no
serviço” e “desapreço na repartição”. Contudo, apesar dessa discricionariedade, o Estado
não pode se omitir na apuração de qualquer falta funcional, tendo essa aplicação da pena
disciplinar o caráter de poder dever. A não apuração pode ser considerada conivência
delituosa, e isso é considerado crime contra a Administração Pública.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

29

• ATENÇÃO: para o exercício do poder disciplinar, deve haver a prévia instauração de


processo administrativo no intuito de garantir a ampla defesa e o contraditório. Nesse
sentido, o artigo 5°, incisos LV e LIV, da Constituição Federal, asseguram “o processo
administrativo com contraditório, ampla defesa com os meios e recursos a ela inerentes
para todos os litigantes e acusados”.

1.5. Poder de Polícia

O poder de polícia é aquele no qual a Administração interfere na órbita do interesse


privado, restringindo direitos individuais em prol da coletividade. Esse poder é aquele
em que o Estado restringe direitos individuais em prol do interesse da coletividade, do
interesse público.

É muito comum o Estado utilizar esse poder quando exerce atividade de fiscalização, mas
não somente nesses casos.

A definição de poder de polícia encontra-se positivado no art. 78 do Código Tributário


Nacional, nos termos abaixo:

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

A razão para que a definição de poder de polícia esteja no Código Tributário Nacional é
que o exercício do poder de polícia por um ente federado constitui, em algumas situações,
fato gerador de uma espécie de tributo, qual seja, a taxa, nos termos do art. 145, II da
Constituição Federal.
Assim, é possível que no exercício do poder de polícia o Estado cobre taxas do particular,
como por exemplo, as raxas de fiscalização.

Assim, nas lições de Hely Lopes Meirelles o poder de polícia consiste “na faculdade de
que dispõe a administração pública de condicionar ou restringir o uso e gozo de bens,
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. ”

- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:

- o poder de polícia é exercido pela Administração Direta, mas pode também ser exercido
por algumas entidades da Administração Indireta, como por exemplo, as autarquias.
- regra geral, o poder de polícia não pode ser delegado a particulares;

1.5.1 Características do poder de polícia

O poder de polícia possui como características a discricionariedade, a auto-executoriedade


e a coercibilidade.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

30

1.5.1.1 Discricionariedade

O poder de polícia possui como característica o fato de ser discricionário, pois a lei não
determina de forma taxativa qual atitude a ser tomada pelo agente público. Nas palavras
de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo “a discricionariedade no exercício do poder de
polícia significa que a administração, quanto aos atos a ele relacionados, regra geral, dispõe
de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência
de sua prática, estabelecer o motivo e escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo.”

1.5.1.2 Auto-executoriedade

Na definição de Hely Lopes Meirelles “a auto-executoriedade consiste na possibilidade que


certos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria Administração,
independentemente de ordem judicial. ” Ou seja, determinados atos da Administração
podem ser por ela mesmo executados sem que para isso, a Administração tenha que
buscar autorização junto ao Poder Judiciário. Ela mesma (administração pública) pode
executar seus próprios atos.

É o caso da apreensão de bens, da interdição de um estabelecimento, da destruição de


alimentos nocivos ao consumo público, dentre outros.

A auto-executoriedade existe em duas situações: quando a lei expressamente a prevê ou


quando se trata de situação de urgência.

Destarte, como já dito, a auto-executoriedade do poder de polícia autoriza a Administração


a executar seus próprios atos, sem a necessidade de prévia autorização do Poder Judiciário.
Todavia, é importante ressaltar que nem todo ato de polícia detém a característica da
auto-executoriedade, como por exemplo a execução de multas.

1.5.1.3 Coercibilidade
A característica da coercibilidade significa que os atos de polícia são imperativos,
coercitivos, de cumprimento obrigatório pelos particulares. Por meio da coercibilidade,
pode a Administração no exercício de seu poder de polícia, impor suas medidas
coativamente (forçadamente) ao administrado, inclusive mediante o emprego da
força, se necessário.

É importante destacar que nem todo ato de polícia goza de coercibilidade, como
por exemplo, quando da expedição de uma licença para funcionamento de um
estabelecimento. Neste caso, não há coercibilidade no ato de polícia.

1.5.2 Polícia Administrativa e Polícia Judiciária

O poder de polícia é utilizado nas atividades de polícia administrativa. Todavia, o poder de


polícia é diferente do poder da polícia que é utilizado na atividade de polícia judiciária.

Explicando melhor: o poder DE polícia (policia administrativa) é diferente do poder DA


polícia (polícia judiciária). Em resumo, o poder de polícia incidirá sobre ilícitos meramente
administrativos. Já o poder da polícia (também chamada de polícia judiciária) incidirá
sobre ilícitos penais.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

31

Assim, se alguém cometer um ilícito meramente administrativo (funcionar sem alvará)


sofrerá a fiscalização do poder de polícia; mas se cometer um crime (roubo) sofre a atuação
do poder da polícia.

Vejamos um quadro resumo das diferenças:

POLÍCIA ADMINISTRATIVA POLÍCIA JUDICIÁRIA


Ilícitos Administrativos Penais
Aplicação de normas de Direito Administrativos de Direito Processual Penal
Incidência sobre Bens, direitos e atividades Somente sobre pessoas
Exercida por Diversos órgãos Somente por órgãos de
segurança

1.6 Poder Regulamentar

Poder Regulamentar é aquele que permite ao Chefe do Poder Executivo a editar atos
normativos. O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de
decretos e regulamentos, nos termos do art. 84, IV da Constituição Federal:

1.6.1 Decreto ou regulamento executivo

O decreto ou regulamento executivo é o ato normativo expedido pelo Chefe do Poder


Executivo cujo objetivo é apenas possibilitar a fiel execução de uma lei. Não tem como
objetivo inovar na ordem jurídica; deve restringir-se apenas aos limites e ao conteúdo da
lei, explicitando-a, detalhando e explicando o sentido de seus dispositivos.

1.6.2 Decreto ou regulamento autônomo


A emenda Constitucional n.º 32/2001 incluiu no art. 84 da Constituição Federal o inciso VI
que assim dispõe:

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar


aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

1.7. ABUSO DE PODER

O exercício ilegítimo das prerrogativas conferidas à Administração Pública configura


ABUSO DE PODER. É possível que tal abuso se dê por meio de uma conduta comissiva
(ação) ou omissiva (omissão).

O abuso de poder desdobra-se em três categorias:


Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

32

1.7.1 Excesso de Poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua competência.
Ou seja, pratica ato que não compete a ele, extrapola o limite de sua competência.

1.7.2 Desvio de Poder ou Desvio de Finalidade: quando a atuação do agente público,


embora dentro de sua órbita de competência, contraria a finalidade do ato administrativo
(que é sempre o interesse púbico). Em resumo, o agente pratica o ato pensando no
interesse pessoal ou particular.

1.7.3 Omissão: há o abuso pela omissão do agente público no dever de agir, não exercendo
os poderes que lhe foram outorgados. Ocorre quando o agente tem o dever de praticar
um ato administrativo, mas acaba se omitindo e ferindo o interesse publico, coletivo.

EXERCÍCIOS

1. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Maurício, chefe imediato de
João (ambos servidores públicos distritais), determinou que este participasse de reunião
de trabalho em Fortaleza – CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das
diárias. No dia oito de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado
médico apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual
não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se afastar do serviço
por motivo de saúde.

Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados,


julgue o item a seguir.

A competência de Maurício para determinar que João participasse da reunião de trabalho


decorre do poder hierárquico.

2. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

O fato de a administração pública internamente aplicar uma sanção a um servidor público


que tenha praticado uma infração funcional caracteriza o exercício do poder de polícia
administrativo.

3. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

A avocação se verifica quando o superior chama para si a competência de um órgão ou


agente público que lhe seja subordinado. Esse movimento, que é excepcional e temporário,
decorre do poder administrativo hierárquico.

4. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 27 a 35) José, chefe do setor
de recursos humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras
para a participação de servidores em concurso de promoção.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

33

A respeito dessa situação hipotética, julgue o item seguinte.

A edição do referido ato é exemplo de exercício do poder regulamentar.

5. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

A administração, ao editar atos normativos, como resoluções e portarias, que criam


normas estabelecedoras de limitações administrativas gerais, exerce o denominado poder
regulamentar.

6. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 2) Com relação aos poderes e
atos administrativos, julgue o próximo item.

A coercibilidade, uma característica do poder de polícia, evidencia-se no fato de a


administração não depender da intervenção de outro poder para torná-lo efetivo.

7. (Quadrix – 2017 – SEDF - Professor - Direito) Acerca do Direito Administrativo, julgue o


item a seguir.

O exercício do poder regulamentar, em regra, materializa-se na edição de decretos e


regulamentos destinados a dar fiel execução às leis.

8. (IADES - 2019 - AL-GO - Policial Legislativo) A Administração Pública pode condicionar,


regular ou restringir direitos em nome do interesse público por meio do poder

a) de polícia.
b)legislativo.
c) mandamental.
d) concedente.
e) discricionário.

9. (IBFC – 2013 - SEAP-DF - Professor - Sociologia) A edição, pela Administração Pública, de


ato visando condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais
em benefício da coletividade, exemplifica a prática do poder_____________ . Assinale a
alternativa que completa corretamente a lacuna

a) Sancionador
b) De polícia.
c) Regulamentar
d) Hierárquico.

10. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 2) Acerca de administração


pública, organização do Estado e agentes públicos, julgue o item a seguir.

O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos comissivos quanto
nos omissivos.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

34

11. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos
concretos em benefício do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar
esse poder a pessoas da iniciativa privada não integrantes da administração pública.

12. (CESPE - 2017 - SEDF - Analista de Gestão Educacional - Direito e Legislação) Mauro
editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram,
diretamente, amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria
de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com
o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da
publicação do resultado.

Nessa situação hipotética,


Mauro não agiu com abuso de poder.

13. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Cada um do item a seguir apresenta
uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes
administrativos.

Um tenente da Marinha do Brasil determinou que um grupo de soldados realizasse a


limpeza de um navio, sob pena de sanção se descumprida a ordem. Nesse caso, o poder
a ser exercido pelo tenente, em caso de descumprimento de sua ordem, é disciplinar e
deriva do poder hierárquico.

14. (IADES – 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa) No que se refere à
análise dos poderes administrativos, assinale a alternativa correta.

a) Os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus superiores


hierárquicos, mesmo quando manifestamente ilegais, sob pena de violação do poder
hierárquico.
b) Pelo poder de polícia, a administração poderá punir particular com o qual mantém
contrato administrativo, na hipótese em que não execute o objeto contratado.
c) A omissão, pelo agente público, diante de uma lei que determina a prática de um ato,
é considerada como uma hipótese de abuso de poder.
d) Poder de polícia originário é aquele executado pelas pessoas administrativas
integrantes da administração indireta.
e) Desvio e excesso de poder possuem a mesma definição no âmbito administrativo.

15 (IADES – 2016 - PC-DF - Perito Criminal - Ciências Contabéis) Considere hipoteticamente


que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal celebrou contrato administrativo
com determinada empresa de terceirização, cujo objeto é a prestação de serviços de
limpeza e conservação. Após a constatação de falhas na execução do objeto contratado, a
autoridade administrativa competente, observado o devido processo legal, aplicou sanção
de multa à empresa.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

35

Com base nesse caso, é correto afirmar que a aplicação de tal sanção por parte do
administrador público decorre do poder

a) disciplinar.
b) hierárquico.
c) discricionário.
d) de polícia.
e) regulamentar.

16. (IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) - Advogado) De modo geral, o Poder de
Polícia é a atividade da Administração Pública de restringir ou condicionar o exercício
de direitos individuais (liberdade e propriedade) em benefício da coletividade. De acordo
com a melhor doutrina, quais são os atributos desse poder?

a) Discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade.


b) Autoexecutoriedade, regulamentação e discricionariedade.
c) Coercibilidade, hierarquia e vinculação.
d) Disciplina, autoexecutoriedade e regulamentação.
e) Coercibilidade, discricionariedade e disciplina.

17. (CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos Básicos - Cargos: 1, 2, 3 e 4 ) Acerca de


poderes administrativos, julgue o item subsequente.

O administrador público age no exercício do poder hierárquico ao editar atos normativos


com o objetivo de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados.

18. (IADES - 2019 - CAU - AC - Auxiliar Administrativo) Quando a administração


pública determina a demolição de construção clandestina em logradouro público, há a
manifestação predominante do poder

a) hierárquico
b) de polícia.
c) disciplinar
d) de tutela.
e) normativo.

19. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . O poder hierárquico está vinculado à definição de infrações
e às respectivas penalidades aos particulares.

20. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . A edição de um decreto pelo Poder Executivo é expressão
do poder disciplinar.

21. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . A concessão de licença de funcionamento para
estabelecimento comercial decorre do poder de polícia.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

36

22. (CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II) O alvará de
licença e o alvará de autorização concedidos pela administração pública constituem meio
de atuação do poder

a) disciplinar.
b) regulamentar.
c) hierárquico.
d) de polícia. e) hierárquico e do disciplinar.

23. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Cada um do item a seguir apresenta
uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes
administrativos.

O corpo de bombeiros de determinada cidade, em busca da garantia de máximo benefício


da coletividade, interditou uma escola privada, por falta de condições adequadas para a
evacuação em caso de incêndio. Nesse caso, a atuação do corpo de bombeiros decorre
imediatamente do poder disciplinar, ainda que o proprietário da escola tenha direito ao
prédio e a exercer o seu trabalho.

DIREITO ADMINISTRATIVO
1. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO

Ato administrativo é “toda manifestação unilateral de vontade da Administração


Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por f im imediato adquirir, resguardar,
transferir, modif icar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.”

Traduzindo: é toda ação da Administração Pública que produza efeito jurídico; que tenha
consequência jurídica, com vistas a adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos ou impor obrigações. Exemplo: ao demitir um servidor, a Administração
Pública estará praticando uma ação que produz efeito jurídico (consequência jurídica),
extinguindo a relação que esse servidor tem com a Administração Pública. Portanto, a
demissão é um ato administrativo.

1.1 PONTOS IMPORTANTES:

- Os atos administrativos são regidos pelo direito público, ou seja, são atos dotados de
prerrogativas especiais.
- Os atos administrativos são praticados pelo Estado ou por quem o represente, desde que
estejam exercendo uma função administrativa. Assim, há atos administrativos praticados
pelo Poder Executivo (Administração Pública Direta ou Indireta), pelo Poder Legislativo,
Judiciário (estes quando do exercício de função atípica, qual seja, a administrativa) e até
por particulares (prestadores de serviços públicos – concessionários e permissionários).

EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador) A designação


de ato administrativo abrange toda atividade desempenhada pela administração.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

37

2. (CESPE 2008/TCU/Analista de Controle Externo) Os atos praticados pelo Poder


Legislativo e pelo Poder Judiciário devem sempre ser atribuídos à sua função típica, razão
pela qual tais poderes não praticam atos administrativos.

3. (CESPE - 2013 - TJ-MA - Juiz) Os atos praticados por concessionários de serviço público,
no exercício da concessão, não podem ser considerados atos administrativos, dado que
foram produzidos por entes que não integram a estrutura da administração pública.

4. (CESPE - 2013 – DEPEN – Agente Penitenciario Federal) Um banco estatal que celebra
com o particular um contrato para fornecimento de cheque especial pratica um ato
administrativo.

5. (CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico Administrativo) Quando o juiz de direito prolata


uma sentença, nada mais faz do que praticar um ato administrativo.

2 ELEMENTOS OU REQUISITOS NECESSÁRIOS À FORMAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

2.1 Competência (QUEM?):é a capacidade atribuída, por lei, ao agente público para o
exercício de suas atribuições.

É o poder atribuído, por lei, aos órgãos e agentes para o desempenho específico de suas
atribuições. Por ser prevista em lei a competência é sempre um elemento vinculado do
ato administrativo. Características da competência:

- é de exercício obrigatório para órgãos e agentes públicos;


- é irrenunciável.
- é intransferível.
- é imodificável pela vontade do agente.
- é imprescritível, pois o não exercício de uma competência não acarreta a sua extinção.

Todavia, a competência é passível de delegação e avocação (artigos 11 a 15 da Lei n.º


9.784/99).

EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo) Competência, finalidade, forma,


motivo e objeto são requisitos de validade de um ato administrativo.

2. (CESPE – 2015 – FUB - Administrador) Competência, finalidade, forma, motivo e objeto


são requisitos fundamentais do ato administrativo, sem os quais este se torna nulo.

2.1.1 DELEGAÇÃO
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

38

Delegar competência é transferir de forma temporária parte das atribuições de um agente


(chamado delegante) para outro agente (chamado agente delegado). A delegação de
competência pode ser feita de um superior para um subordinado ou ainda de uma gente
para outro agente, mesmo não havendo subordinação hierárquica.

IMPORTANTE: O art. 13 da Lei n.º 9.784/99 enumera as situações em que não é possível a
delegação:

I – edição de atos normativos


II – decisão de recursos administrativos
III – matérias de competências exclusivas

2.1.2 Avocação

Avocar é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de uma
determinada competência atribuída a um subordinado. É medida excepcional e deve ser
fundamentada. O instituto da avocação está previsto no art. 15 da Lei n.º 9.784/99

EXERCÍCIOS

1. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

Situação hipotética: A autoridade administrativa Y, no exercício de competência que


lhe foi delegada pela autoridade X e que lhe conferia poder decisório para a prática
de determinado ato de autoridade, praticou determinado ato administrativo que o
administrado Z entendeu ser-lhe prejudicial. Nessa situação, caso queira obstar os efeitos
do referido ato mediante mandado de segurança, o administrado Z deverá dirigir sua
peça contra a autoridade delegada, e não contra a autoridade delegante.

2.(CESPE – 2015 – TCU - Técnico Federal de Controle Externo - Conhecimentos


Específicos) Julgue o item seguinte , relativo ao ato administrativo.

É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo.

2.2 Finalidade (PARA QUE?): de TODO ato administrativo é sempre o interesse público,
jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender o interesse privado.

A finalidade de um ato administrativo é sempre elemento vinculado, eis que não é o


agente público que determina a finalidade de um ato administrativo, mas sim a lei.
Logo, a finalidade de todo ato administrativo deve estar voltada para a satisfação do
interesse público.

2.3 Forma (COMO?): é o modo através do qual se exterioriza o ato administrativo. Adota-
se, via de regra, a forma escrita para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras
formas, como a verbal e até mesmo gestual, sinais.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

39

A forma é a exteriorização do ato administrativo. Adota-se, via de regra, a forma escrita para
os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras formas, como a verbal e até mesmo
gestual, sinais.

EXERCÍCIOS
3. (CESPE – 2015 - DPE-PE - Defensor Público) Julgue o item que se segue, a respeito de
atos administrativos.

Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser


escrito, registrado e publicado, não se admitindo no direito público o silêncio como forma
de manifestação de vontade da administração

2.4 Motivo (POR QUE? ): é a circunstância de fato e de direito que autoriza a prática de
um ato administrativo

O motivo é a razão de fato e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A razão
de fato é aquela situação concreta que (de fato) está ocorrendo e justifica a necessidade
daquele ato, enquanto a razão de direito é a razão que a lei estipula para o ato.

2.4.1 MOTIVO & MOTIVAÇÃO

Não se deve confundir motivo com motivação. O motivo, conforme já visto, é razão de fato
e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A motivação é a demonstração
por escrito (expressamente) de que os pressupostos autorizadores para a prática do ato
realmente estão presentes.

O motivo é requisito de validade de um ato administrativo, devendo existir para a prática


de todo e qualquer ato administrativo. Todavia, a motivação não é obrigatória em todos os
atos administrativos.

A motivação é obrigatória nos atos que:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;


II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

2.4.2 Teoria dos motivos determinantes

Segundo a Teoria dos motivos determinantes, uma vez motivado o ato (seja ele vinculado
ou discricionário) os motivos alegados pelo agente público competente vinculam-se ao
ato administrativo. Para que o ato seja válido, caso haja motivação, os motivos devem ser
VERDADEIROS.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

40

EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) A motivação, que é a exteriorização das
razões que levaram à prática do ato, não é obrigatória para todo tipo de ato administrativo.

2. (CESPE – 2016 - PC-PE - Escrivão de Polícia) O motivo constitui requisito dispensável


na formação do ato administrativo.

3. (TCU-Tec. Cont. Externo) A teoria dos motivos determinantes cria para o administrador a
necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo
e a sua validade jurídica.

4. (CESPE/135º Exame da OAB-SP) Motivo e motivação do ato administração são conceitos


equivalentes no direito administrativo.

2.5 Objeto (O QUE?) – O QUE se busca produzir. É o conteúdo do ato; O objeto ou


conteúdo do ato administrativo é o resultado dele, é o efeito gerado por ele. Assim, no
ato de concessão de uma licença o objeto é a própria concessão de licença. Num ato de
demissão o objeto é a própria demissão, etc. O objeto de todo ato administrativo deve ser
sempre lícito, possível e moral.

3. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO (PODEM ESTAR PRESENTES OU NÃO)

- PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU VERACIDADE: presumem-se legítimos (legais)


ou verdadeiros os atos administrativos. Essa presunção é relativa (ou juris tantum) pois
admite prova em contrário, porém o ônus é do particular.
- AUTO-EXECUTORIEDADE: os atos administrativos podem ser implementados
diretamente pela própria Administração, independente de ordem judicial. Tal atributo
está presente quando:

- a lei prevê expressamente


- em caso de providencias urgentes.

- IMPERATIVIDADE: os atos administrativos são imperativos (impostos pela Administração,


independem da concordância do particular), deriva do princípio da supremacia do
interesse público sobre o interesse privado.
- TIPICIDADE: os atos administrativos devem corresponder a figuras previamente definidas
na lei;
- EXIGIBILIDADE: os atos administrativos, em alguns casos, não podem ser implementados
pela própria Administração e nesses casos, ela EXIGE que o particular faça algo.

EXERCÍCIOS
1. (IADES - CRESS-MG - Auxiliar Administrativo) Quanto aos atributos dos atos
administrativos, assinale a alterativa correta.

a) A autoexecutoriedade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a


terceiros, independentemente de concordância.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

41

b) A imperatividade é o atributo pelo qual o ato administrativo pode ser posto em


execução pela própria Administração Pública, sem necessidade de intervenção do Poder
Judiciário.
c) A presunção de legitimidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corres-
ponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados.
d) A presunção de legitimidade diz respeito à conformidade do ato com a lei. Em de-
corrência desse atributo, presumem-se, até prova em contrário, que os atos adminis-
trativos foram emitidos com observância da lei.
e) A imperatividade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a
figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados.

2. (CESPE - 2011 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo - Auditoria de Obras


Públicas) É obrigatória a obtenção prévia de autorização judicial para a demolição de
edificação irregular.

3. (CESPE – 2016 - TCE-PA - Auxiliar Técnico de Controle Externo - Área Administrativa)

Julgue o item subsecutivo, a respeito dos atributos dos atos administrativos.

A imperatividade é atributo indissociável dos atos administrativos.

4. (CESPE - 2012 - IBAMA - Técnico Administrativo) O atributo da exigibilidade, presente


em todos os atos administrativos, representa a execução material que desconstitui a
ilegalidade.

5. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área Judiciária) Todos os atos administrativos
são imperativos e decorrem do que se denomina poder extroverso, que permite ao poder
público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, interferindo
na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações.
(CESPE – 2015 – STJ - Analista Judiciário - Administrativa) O atributo da tipicidade do ato
administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal.

6. (CESPE – 2015 - TRE-RS - Técnico Judiciário - Administrativa) A autoexecutoriedade é


atributo de todos os atos administrativos.

4. DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO

- Ato vinculado: é o que a Administração pratica sem margem alguma de liberdade de


decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser adotado.
- Ato discricionário: é aquele que a Administração pode praticar com certa liberdade de
escolha, nos termos e limites da lei, de acordo com a oportunidade e conveniência da
situação.

→ IMPORTANTE: Nos atos vinculados TODOS OS ELEMENTOS SERÃO VINCULADOS (presos


na lei). Não haverá margem de liberdade para o agente público dispor sobre quaisquer
dos elementos.

Nos atos discricionários serão vinculados os elementos: competência, finalidade e forma;


motivo e objeto serão discricionários.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

42

EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Maurício, chefe imediato de
João (ambos servidores públicos distritais), determinou que este participasse de reunião
de trabalho em Fortaleza – CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das
diárias. No dia oito de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado
médico apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual
não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se afastar do serviço
por motivo de saúde.

Acerca dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela relacionados,


julgue o item a seguir.

A concessão de diária é ato vinculado da administração pública.

2. (IADES – 2014 - FUNPRESP-EXE - Analista Técnico - Jurídico) Ato administrativo é o ato


jurídico praticado pela Administração Pública. Acerca desse tema, assinale a alternativa
que indica os requisitos discricionários do ato administrativo, uma vez que dependem da
vontade do administrador, dando maior liberdade de agir para a Administração.

a) Competência e finalidade.
b) Objeto e competência.
c) Forma prevista em lei e motivo.
d) Forma e finalidade.
e) Objeto e motivo.

5. FORMAS DE EXTINÇÃO DE UM ATO ADMINISTRATIVO

5.1 Anulação

Ocorre a anulação de um ato administrativo quando há vícios no ato que afetem a sua
legalidade (o ato está contra a lei). A anulação sempre se reporta à legalidade do ato, à sua
conformação ou não com os comandos legais.

Tanto atos vinculados como atos discricionários são passíveis de anulação, desde que
tal anulação decorra do exame da legalidade do ato administrativo, nunca do exame
do mérito (oportunidade e conveniência). A anulação retira do mundo jurídico um ato
defeituoso, contrário à lei. Os efeitos dessa anulação retroagem à data em que o ato foi
praticado, é que a doutrina chama de efeitos “ex tunc”, ou seja, efeitos retroativos.

Todavia, devem ser resguardados os efeitos já produzidos para os terceiros de boa-fé.

Destarte, a anulação de um ato administrativo pode ser feita tanto pela Administração
(de ofício, sem provocação), como corolário do princípio da auto-tutela, como pelo Poder
Judiciário.

O art. 54 da Lei n.º 9784/99 estabelece prazo prescricional de cinco anos para a anulação de
atos ilegais, seja qual for o vício, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado.
De modo que a partir de então, tais atos não poderão ser anulados. Salvo se restar
comprovada a má-fé do administrado.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

43

5.2 Revogação

A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal (ou seja, que não
contém vícios, que está de acordo com a lei) por motivos de conveniência e oportunidade.
O ato, mesmo legal, não é mais oportuno e conveniente para a Administração.

Os efeitos da revogação de um ato administrativo são prospectivos, ou seja, a revogação só


produzirá efeito da extinção do ato para frente, efeitos “ex nunc”, proativos, de modo que a
revogação deve resguardar os direitos consolidados durante a vigência do ato, os direitos
adquiridos.

Por envolver exame de mérito, a revogação de um ato administrativo só pode ser feita pela
própria Administração, não cabendo ao Poder Judiciário revogar um ato administrativo
exarado pela Administração Pública.

→ IMPORTANTE - Não poderão ser revogados:

- atos que geram direitos subjetivos aos administrados (por força do ato jurídico perfeito e
da coisa julgada);
- atos que exauriram seus efeitos
- atos vinculados
- atos declaratórios.

EXERCÍCIOS

1. (IADES - PC-DF - Perito Criminal - Ciências Contabéis) A respeito da anulação e


revogação de atos administrativos, assinale a alternativa correta.

a) O ato administrativo inconveniente pode ser anulado pela Administração, a qualquer


tempo.
b) A anulação encontra fundamento no poder discricionário do administrador.
c) Revogação é o desfazimento de um ato administrativo legítimo e eficaz, mas que se
tornou inconveniente ao interesse público.
d) A revogação produz efeitos ex tunc, ou seja, retroativos.
e) A revogação pressupõe um vício de legalidade.

2. (CESPE -2014- Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor de Orçamento


e Fiscalização Financeira) Julgue o item seguinte, acerca dos atos administrativos.

Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a


administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência,
respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento.

3.(CESPE – 2016 - TCE-PA - Auditor de Controle Externo - Área Fiscalização - Direito) A


respeito do controle da administração pública, do processo administrativo e da licitação,
julgue o item a seguir.

A má-fé do destinatário, quando comprovada, afasta a incidência do prazo decadencial


conferido à administração para anular o ato administrativo.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

44

4. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.

Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato
nulo, emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi
exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. Assertiva: Nessa
situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida.

6. CONVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

É a possibilidade de correção de defeito sanável em ato administrativo. Somente se


convalida ato anulável e ato anulável é aquele cujo vício está no elemento competência
(desde que não seja exclusiva) e forma (desde que não seja prevista em lei).

Possui dois requisitos:

a) não acarretar lesão ao interesse público e nem prejuízo a terceiros; e


b) defeito sanável.

Tem efeitos retroativos (“ex tunc”).


Entretanto, há de se ressaltar, que existem alguns vícios que não são passiveis de
convalidação. São eles: quanto ao motivo; quanto à finalidade; quanto ao objeto ilegal;
quanto à competência exclusiva e quanto à forma, se esta for essencial ao ato.

7. CLASSIFICAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS

8. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

A) ATOS NORMATIVOS – são atos que advém do Poder Normativo, constituindo-se num
comando geral e abstrato, aplicáveis a todos os administrados que se enquadrarem
nas situações neles previstas. São análogos à lei, mas são diferentes pois não tem
caráter inovador. Visam a possibilitar a fiel execução da lei (Decreto de Execução) ou a
regulamentação de matérias não previstas em lei (Decreto Autônomo). Ex.: Decretos,
Regulamentos, Regimentos, Instruções Normativas, etc.

B) ATOS ORDINATÓRIOS – são atos que advém do Poder Hierárquico, constituindo-


se num comando interno, aplicáveis aos servidores públicos, com o fim de disciplinar o
funcionamento da Administração. Somente vinculam os servidores que se encontram
subordinados àqueles que o expediu. Não atingem os administrados. Ex.: instruções,
circulares, avisos, portarias, ofícios, etc.

C) ATOS NEGOCIAIS – são atos que contém uma declaração de vontade do Poder Público
coincidente com a pretensão do particular. Produzem efeitos concretos e individuais.
Não há imperatividade. Podem ser vinculados (licença) ou discricionários (autorização ou
permissão de uso de bem público).

D) ATOS ENUNCIATIVOS – são aqueles em que a Administração atesta ou certifica um


fato ou uma situação, sem caráter decisório e sem vinculação. Não contém manifestação
de vontade da Administração. Ex.: certidão, atestado, parecer, etc.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

45

E) ATOS PUNITIVOS – são aqueles que contém uma sanção imposta pela Administração
aos agentes públicos ou administrados que infringirem disposições legais, regulamentares
ou ordinatórias. Advém do Poder Disciplinar (ato punitivo interno) e do Poder de Polícia
(ato punitivo externo). –multas, interdição de estabelecimentos, apreensão de mercadorias

EXERCÍCIOS
1. (IADES - Fundação Hemocentro de Brasília – DF - Técnico Administrativo) Quanto à
classificação dos atos administrativos, é correto afirmar que os avisos, as admissões e os
pareceres são, respectivamente, atos

a) negocial, ordinatório e normativo.


b) enunciativo, ordinatório e punitivo.
c) ordinatório, negocial e enunciativo.
d) punitivo, normativo e jurídico.
e) normativo, enunciativo e ordinatório.

2. (IADES - CRESS-MG - Auxiliar Administrativo) A respeito da produção do ato


administrativo e dos efeitos dele, assinale a alternativa correta.

a) Os atos enunciativos, que apenas atestam ou declaram a existência de um direito ou


de uma situação, são atos administrativos.
b) Os despachos de encaminhamento de papéis e processos são atos administrativos.
c) Os atos de opinião, como pareceres e laudos, são atos administrativos.
d) Os atos materiais de simples execução são atos administrativos.
e) Os atos que não produzem efeitos jurídicos são atos da administração.

3. (IADES - SEAP-DF - Técnico) O ato administrativo pode ser definido como a declaração do
Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância
da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário.

Quanto às espécies do ato administrativo, assinale a alternativa que define corretamente


o ato administrativo correspondente.

a) Visto é o ato administrativo pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem


opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência.
b) Licença designa o ato administrativo unilateral, discricionário e precário, gratuito ou
oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a execução de serviço
público ou a utilização privativa do bem público.
c) Despacho é o instrumento de que se valem as autoridades para transmitirem ordens
internas uniformes aos seus subordinados.
d) Licença é o ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a Administração faculta
àquele que preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade.
e) Resolução é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença ou
autorização para a prática de ato ou exercício de atividades sujeitas ao poder de polícia
do Estado.

4. (ESAF - 2012 - PGFN - Procurador) À luz da tradicional doutrina administrativista, é


possível identificar, como espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que
tem, como um de seus exemplos,
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

46

a) os decretos regulamentares.
b) os alvarás.
c) as circulares.
d) as multas.
e) as homologações.

5. (CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Analista - Técnico em Material e Patrimônio


- BÁSICOS) O estabelecimento que obtenha do poder público licença para comercializar
produtos farmacêuticos não poderá, com fundamento no mesmo ato, comercializar
produtos alimentícios, visto que a licença para funcionamento de estabelecimento
comercial constitui ato administrativo vinculado.

6. (CESPE – 2018 – STJ) São exemplos de atos administrativos normativos os decretos, as


resoluções e as circulares.
Licensed to PATRICIA TEIXEIRA FERREIRA - paty777oliveira_teixeira@hotmail.com - 023.996.253-23

Você também pode gostar