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1. DISPOSIÇÕES INICIAIS
1.1 ESTADO
1.1.1. CONCEITO
A figura do Estado passa a existir a partir do momento em que uma sociedade passa a se
organizar política e juridicamente. Toda vez que um grupo social estabelece normas para
regular as relações entre os componentes dessa sociedade, estar-se-á diante da criação
de um Estado. A incumbência do Estado é realizar o bem comum
O Estado possui três elementos na sua formação: povo, território e governo soberano.
O território é a base física onde o Estado exerce a sua jurisdição, a sua soberania
sobre bens e pessoas.
• DICA DE PROVA: Não confunda o conceito de povo, população e cidadão. Como já vimos,
povo é o conjunto de nacionais de uma Estado. No caso do Brasil, são os brasileiros natos
e naturalizados.
Já cidadão é que detém direito políticos, ou seja, o direito de votar e/ou ser votado,
Estado Unitário é aquele onde há uma centralização política (o poder está concentrado
em uma única pessoa ou órgão. Há uma unidade do poder político interno. A título de
exemplo, a China.
E quando se fala que o poder é dividido, o que se quer dizer é que no Brasil o poder é dividido
entre União, Estados, DF e Municípios. Assim, por ser uma federação, o Presidente divide
poderes com governadores e prefeitos. O Poder político no Brasil não está centralizado
em única pessoa ou órgão e sim distribuído entre a União (presidente), Estados e DF
(governadores) e Municípios (prefeitos)
Assim:
→Por meio do Poder Legislativo, o Estado exerce a função legislativa que compreende a
exteriorização da sua vontade por meio da edição de leis, que são atos fundamentados
diretamente do poder soberano do Estado, através do qual são criadas obrigações para
todos, partindo-se da determinação constitucional de que “ninguém será obrigado a fazer
ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.”
→O Estado desenvolve sua função judicial quando soluciona litígios (conflitos de interesses)
desencadeados das relações jurídicas da convivência em sociedade. Assim, cabe ao Poder
Judiciário o exercício da função judicial ou jurisdicional, função, por meio da qual, caberá
ao Estado decidir quem tem razão, a quem assiste o direito ou a obrigação, apaziguando
as partes.
→Por fim, caberá ao Poder Executivo a função administrativa que compreende o exercício
de atividades voltadas à administração da ordem pública social. Por meio da função
administrativa o Estado procura agir concretamente, dentro dos limites da lei, realizando
atividades cujo objetivo é administrar a coisa pública, visando a satisfação das necessidades
coletivas. A tais atividades denominação administração pública.
2. DIREITO ADMINISTRATIVO
O Direito administrativo é um ramo do Direito que ainda não foi codificado, ou seja, não
existe um Código de Direito Administrativo. Diante disso, o Direito administrativo é baseado
em suas fontes qu são divididas em quatro principais fontes: a lei, a jurisprudência, doutrina
e os costumes. Destarte, é interessante conceituar essas quatro fontes.
2.1.1. Lei: trata-se de um comando geral, abstrato e impessoal. E quando se fala em lei
como fonte, utiliza-se seu sentido amplo que vai desde a Constituição Federal até os
regulamentos administrativos. Assim temos como lei em sentido amplo: A constituição
Federal, as emendas constitucionais, as leis ordinárias e complementares, os tratados
e convenções internacionais, decretos, regimento, regulamentos, portarias, instruções
normativas, resoluções, etc.
DICA DE PROVA: a lei é considerada fonte primária, primordial, direta, escrita ou formal.
As demais (jurisprudência, doutrina e costumes) são fontes secundárias, indiretas, não
escritas ou materiais.
2.1.2 JURISPRUDENCIA: são decisões judiciais reiteradas, refletindo apenas uma orientação
do Poder Judiciário. Não obriga a Administração.
DIREITO ADMINISTRATIVO
EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2013 - MS - Analista Técnico - Administrativo) A tripartição de funções é
absoluta no âmbito do aparelho do Estado.
2. (CESPE - 2010 - INSS - Engenheiro Civil) Apenas a lei, em sentido lato, pode ser tida
como fonte de direito administrativo.
3. (CESPE – 2013 – SERPRO) O costume não pode ser considerado fonte do direito
administrativo, haja vista o princípio da legalidade ser um dos princípios da adminis-
tração pública
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10. Sabendo que Montesquieu, com seu célebre O espírito das leis, de 1747, sistematizou e
lançou as bases para a teorização do princípio da separação (divisão) dos Poderes, ainda
hoje de grande prestígio na ciência política e no direito público, é correto afirmar que esse
princípio é estritamente adotado na administração pública brasileira, que estabelece uma
rígida separação de funções entre os três poderes.
11. (CESPE – 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) São
fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes
13. (ESAF-Procurador Rio Grande do Norte) A função Administrativa tem como pressuposto
a satisfação do bem comum. Além de ser exercida pelo Poder Executivo, também está
presente em atos do Poder Judiciário e do Poder Legislativo, podendo, ainda materializar-
se por meio de atos praticados por terceiros autorizados a agir em nome do Estado, como
ocorre com os concessionários e permissionários de serviços públicos.
(A) A despeito de exercer uma função típica, cada Poder exerce, subsidiariamente, funções
que são precípuas de outros.
(B) Compõe a Federação brasileira a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios.
17. (CESPE - TRE-GO - Técnico Judiciário - Área Administrativa/2005) Nos moldes das
teorias publicistas historicamente consolidadas, a Federação brasileira é constituída
apenas pelos seguintes componentes: União, estados-membros e Distrito Federal
a) a lei
b) a doutrina
c) a jurisprudência
d) os costumes
e) o vade-mecum
22. A função administrativa do Estado será desempenhada por órgãos e agentes de todos
os poderes, ainda que predominantemente do Poder Executivo.
24. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento - Direito) Considerada fonte secundária
do direito administrativo, a jurisprudência não tem força cogente de uma norma criada
pelo legislador, salvo no caso de súmula vinculante, cujo cumprimento é obrigatório pela
administração pública.
25. CESPE - 2012 - TJ-RR - Administrador) A jurisprudência, fonte não escrita do direito
administrativo, obriga tanto a administração pública como o Poder Judiciário.
26. (CESPE – 2013 – SERPRO) O costume não pode ser considerado fonte do direito
administrativo, haja vista o princípio da legalidade ser um dos princípios da administração
pública.
27. (CESPE – 2014 - TJ-SE - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Remoção) São
fontes primárias do direito administrativo os regulamentos, a doutrina e os costumes.
28. (CESPE – 2015 - MPOG - Analista Técnico Administrativo - Cargo 12) A respeito das
noções de Estado, governo e administração pública, julgue o item a seguir. Povo, território
e governo compõem os três elementos constitutivos do conceito de Estado.
Assim, o governo é responsável por comandar, conduzir, dirigir o Estado. Nós já tivemos
governo Collor, governo FHC (Fernando Henrique Cardoso), Governo Lula, Governo Dilma,
dentre outros. Todas essas pessoas já exerceram o poder, o comando, a condução do
Estado Brasileiro.
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Organização Administrativa
Desta feita, no Brasil nós temos quem comanda, conduz em âmbito federal, nos estados,
no DF e nos municípios.
2. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Já estudamos que administrar significa executar, colocar em prática. Dessa forma, quando
se fala em Administração Pública estamos nos referindo a estrutura que o Estado tem
para executar, realizar, pôr em prática.
Vejamos por exemplo: uma escola pública, um hospital público e uma delegacia. Podemos
afirmar os três pertencem à Administração Pública.
Traduzindo: Administração Pública é todo o aparelho que o Estado tem para executar a
saúde, a educação, a segurança, etc. Perceba que para o Estado executar os serviços e
atividades públicas, ele precisa de uma estrutura: Escolas, hospitais, delegacias, postos
de saúde, secretarias, etc. Essa estrutura formada por vários órgãos e entidades é que
chamamos de Administração Pública.
a) Administração Pública e governo são considerados sinônimos, visto que ambos têm
como objetivo imediato a busca da satisfação do interesse coletivo.
b) As ações de Administração Pública têm como objetivo a satisfação do interesse público
e são voltadas à execução das políticas públicas.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
3.ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E
INDIRETA
• IMPORTANTE! Quando se fala em estrutura, o que se quer dizer de forma bem simples, é o
conjunto de órgãos, tais como escola, hospitais, delegacias, quarteis de polícia, secretarias,
postos de saúde, ministérios, etc, e entidades, tais como o INSS, o IBAMA, o DETRAN, a
FUNAI, o Banco do Brasil, etc. Logo, para executar serviços públicos o Estado precisa de
toda uma estrutura (órgãos e entidades) onde o serviço será executada.
Perceba que essa estrutura (chamada administração pública) é enorme, gigante. Quantos
órgãos e entidades são necessários para executar a infinidade de serviços públicos que o
Estado deve prestar à sociedade? Muitos, né! Portanto, o Estado precisa organizar essa
estrutura para executar os serviços da melhor forma possível, definindo quem faz o que
dentro da administração pública.
Desta feita, essa estrutura chamada “administração pública” precisa ser organizada. O
Estado precisa organizar a sua administração pública para que ela possa executar com
eficiência os serviços públicos ou de utilidade pública. Para organização da estrutura é
necessário dividi-la em “administração pública direta e administração pública indireta”.
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VAMOS TREINAR!!!
2. (CESPE - 2013 – Policia Civil – Escrivão) O Banco Central do Brasil é uma autarquia
federal e compõe a administração pública direta da União.
Antes de ser leiloada, a CEPISA, por ser sociedade de economia mista, era uma entidade
integrante da administração direta.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
3.1. CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO E DESCONCENTRAÇÃO
Toda vez que o serviço é executado diretamente pelo próprio Estado (U/E/DF/M) trata-se
de um serviço centralizado.
• São criadas por meio de lei específica e através dela o Estado transfere a titularidade e a
execução do serviço;
• São entidades administrativas e não órgãos;
• Possuem personalidade jurídica própria;
• Possuem autonomia;
• decorrem da descentralização por outorga ou serviços.
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EXERCÍCIOS
1. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 27 a 35) João, servidor público
ocupante do cargo de motorista de determinada autarquia do DF, estava conduzindo o
veículo oficial durante o expediente quando avistou sua esposa no carro de um homem.
Imediatamente, João dolosamente acelerou em direção ao veículo do homem, provocando
uma batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, ingressou com
ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais sofridos.
A autarquia instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para apurar
suposta violação de dever funcional.
2. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Julgue o próximo item,
relativo a poderes, organização administrativa do Estado e controle da administração.
As secretarias municipais de determinado município integram a administração indireta
desse ente federado.
3. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) Em relação aos princípios
da administração pública e à organização administrativa, julgue o item que se segue.
Quando a União cria uma nova secretaria vinculada a um de seus ministérios para repassar a
ela algumas de suas atribuições, o ente federal descentraliza uma atividade administrativa a
um ente personalizado.
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10. (CESPE - 2011 - PC-ES - Perito Criminal - Específicos) Por apresentarem personalidade
jurídica de direito público e, portanto, serem revestidas de direitos e obrigações, as
secretarias criadas no âmbito dos estados da Federação são dotadas de atribuições
específicas que recebem o nome de competência.
11. (CESPE - 2009 - TRT - 17ª Região (ES) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução
de Mandados) Como regra, a criação e a extinção de órgãos públicos não pode acontecer
por decreto do chefe do Poder Executivo, mas apenas por lei.
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12. (CESPE - 2008 - STF - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O MTE é exemplo de
entidade administrativa, ou seja, unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
a) Os órgãos públicos são criados por lei, não possuem personalidade jurídica e tão pouco
patrimônio próprio, são subordinadas ao ente político que o criou e influenciados pela
normatividade do princípio da hierarquia
b) Os órgãos públicos fazem parte da Administração Direta, possuem personalidade
jurídica mista, são influenciados pela normativa do princípio da hierarquia, e possuem
patrimônio próprio
c) Os órgão públicos possuem personalidade jurídica mista, não são criados por lei,
possuem patrimônio próprio e fazem parte da Administração Direta
d) Os órgão públicos possuem personalidade jurídica mista e patrimônio próprio, são
criados por lei e, fazem parte da Administração Indireta
e) Os órgãos públicos são subordinados ao governo federal, possuem patrimônio próprio,
não são criados por lei, mas são influenciados pela normativa da hierarquia.
14. (CESPE – 2013 – STF Técnico Judiciário) A composição do Poder Executivo em ministérios
exemplifica a descentralização administrativa desse poder.
16. (CESPE - 2014 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) Verifica-se a descentralização
por colaboração quando o poder público, por meio de contrato ou ato administrativo
unilateral, transfere a titularidade e a execução de determinado serviço público a pessoa
jurídica de direito privado.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
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EXERCÍCIOS
A empresa pública federal caracteriza-se, entre outros aspectos, pelo fato de ser constituída
de capital exclusivo da União, não se admitindo, portanto, a participação de outras pessoas
jurídicas na constituição de seu capital.
4. (CESPE – 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal)
A respeito da organização do Estado e da administração pública, julgue o item a seguir.
O principal critério de distinção entre empresa pública e sociedade de economia mista é que
esta integra a administração indireta, enquanto aquela integra a administração direta.
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7. (IADES - 2018 - CAU-RO - Arquiteto e Urbanista) A respeito das autarquias, é correto afirmar
que são pessoas
8. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Analista Advogado) No que concerne ao
direito administrativo, julgue o item subsequente.
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito público, com capital público,
cuja criação é autorizada por lei, com autonomia administrativa e patrimônio próprio, que
presta serviço público ou explora atividade econômica.
9. (Quadrix - 2018 - CREF - 13ª Região (BA-SE) - Analista Advogado) No que concerne ao
direito administrativo, julgue o item subsequente.
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito público, com capital público,
cuja criação é autorizada por lei, com autonomia administrativa e patrimônio próprio, que
presta serviço público ou explora atividade econômica.
a) Pessoa jurídica de direito privado, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujo controle acionário pertence ao
poder público.
b) Pessoa jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivamente
público, autorizada por lei para a exploração de atividade econômica.
c) Unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e da estrutura
da administração indireta, desprovida de personalidade jurídica.
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d) Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da administração pública que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
e) Pessoa jurídica de direito público, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica.
12. (CESPE - 2013 - CNJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa) As entidades políticas
são pessoas jurídicas de direito público interno, como a União, os estados, o Distrito Federal
e os municípios. Já as entidades administrativas integram a administração pública, mas
não têm autonomia política, como as autarquias e as fundações públicas.
14. (CESPE - 2013 - TJ-DF - Analista Judiciário - Área Judiciária) Nos litígios comuns, as
causas que digam respeito às autarquias federais, sejam estas autoras, rés, assistentes ou
oponentes, são processadas e julgadas na justiça federal.
15. (IADES – 2016 - PC-DF- Perito Criminal - Ciências Contábeis) Em relação às entidades
que integram a administração indireta, assinale a alternativa correta.
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17. (IADES – 2013 – EBSERH - Advogado) O Banco do Brasil S/A e a Empresa Brasileira
de Correios e Telégrafos são órgãos da administração indireta. Assinale a alternativa que
corresponde, respectivamente, às entidades públicas acima referidas.
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
- Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
1.1.1. Legalidade
- PARA NÃO FICAR COM DÚVIDA: lei formal é aquela votada e aprovada pelos
deputados, senadores e vereadores. Porém existem atos normativos criados nos órgãos
administrativos, tais como instruções normativas, resoluções, regimentos, que são criados
pelas autoridades dos órgãos administrativos e que por isso não são consideradas leis
formais. Dessa forma, quando a Constituição determina que um assunto “x” só pode ser
tratado por uma lei formal (votada e aprovada pelos parlamentares) está determinando a
aplicação do princípio da reserva legal. Por outro lado, se a Constituição permite que um
assunto “x” seja tratado por meio de um decreto ou instrução normativa (que é criado
dentro do próprio órgão sem a aprovação dos parlamentares), estará de acordo com a
legalidade mas não com a reserva legal.
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1.1.2. Impessoalidade
- TOME NOTA: Art. 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social,
dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
1.1.3. Moralidade
OBS: tal princípio passou a ter existência autônoma em nosso ordenamento jurídico,
de modo que deve ser seguido também pelos particulares que interagem com a
Administração (ou seja, os particulares devem agir de forma ética, honesta para com a
Administração).
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1.1.4. Publicidade
- Exceções: alguns atos devem ser mantidos em sigilo, tais como os atos ligados a segurança
pública, segurança nacional e da sociedade; e os atos ligados a intimidade vida privada,
hora e imagem das pessoas.
- Instrumentos: para ter acesso aos atos administrativos (que em regra deve ser públicos,
o cidadão pode se utilizar de seu direito de petição ou de um habeas data.
1.1.5. Eficiência
Tal princípio visa a exigir que a Administração Pública como um todo funcione de forma
bem mais eficiente. Assim, a Administração Pública deve buscar sempre alcançar
resultados positivos, com base em maior produtividade, abandonando velhos hábitos e
rotinas burocráticas.
A eficiência está ligada a uma noção de Administração Pública mais moderna, mais
gerencial, preocupada com resultados. Serviço eficiente é aquele que atende as
necessidades da sociedade. Se um cidadão está preciso de atendimento médico, só
podemos falar me eficiência do serviço público se ele for realmente atendido e no menor
tempo possível.
Esclarecedoras são as palavras de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, abordando dois aspectos
desse princípio:
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• O art. 5º, LXXVIII, da CF/88 define como direito fundamental a art. a razoável duração do
processo, dispondo que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”,
com o intuito de dar eficiência aos processos, eis que a demora no julgamento de um
processo demonstraria a ineficiência da Administração.
• Artigo 37, II - fala da investidura em cargo ou emprego público somente será aceito por
concurso público de provas ou provas e títulos (exceto para os cargos em comissão). A
exigência de concurso público assegura o ingresso de servidores mais bem preparados e
capacitados, o que torna o serviço público mais eficiente.
• Artigo 39, §2º- dispõe sobre os cursos de aperfeiçoamento dos servidores públicos como
requisito para a promoção na carreira.
Artigo 41 - se refere à estabilidade no serviço público, que somente será adquirida após
avaliação especial (o intuito é averiguar se o servidor tem aptidão para exercer as atribuições
do cargo, provando, portanto, que é eficiente).
• Artigo 41, §4º- fala da avaliação de desempenho do servidor como condição à aquisição
de estabilidade.
• O Artigo 41, III - Esse inciso é importante, pois dispõe uma das formas de perda do cargo
por um servidor estável em razão de avaliações periódicas de desempenho. Assim, mesmo
estável um servidor poderá ser avaliado e não tendo um bom desempenho no cargo,
poderá perde-lo.
- ATENÇÃO: NEPOSTISMO!!!
Em razão disso, o STF editou a Súmula Vinculante n.º 13, dispondo sobre essa prática:
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Uma vez que o Estado representa toda a coletividade, o interesse da Administração deve
ser entendido como o interesse de todos e, portanto, deve prevalecer quando em conflito
com interesses de particulares, desde que respeitados os direitos individuais destes.
PRERROGATIVAS SUJEIÇÕES
Privilégios à Administração não estendidos Respeitando os direitos individuais
ao particular
A Administração Pública não pode dispor (decidir o que fazer por conta própria) dos bens
ou interesses públicos. Isto por que os bens e os interesses são de toda a coletividade, logo,
são indisponíveis, cabendo à Administração tão somente administrá-los para satisfazer a
vontade da coletividade.
Logo, não se admite qualquer atuação no sentido de acarretar renúncia de direitos pelo
Poder Público ou que injustificadamente onerem a sociedade.
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Logo,
1.2.4. Autotutela
O princípio da autotutela é aquele que permite à Administração Pública rever seus próprios
atos controlando-os. Destarte, diante de um ato administrativo que foi praticado de forma
ilegal ou que não seja mais oportuno ou conveniente para o interesse público, poderá (na
verdade um poder-dever) a Administração rever tais atos e anulá-los quando ilegais ou
revogá-los quando inoportunos ou inconvenientes.
Assim,
ANULAÇÃO REVOGAÇÃO
Ato ILEGAL. A anulação pode ser feita Ato inoportuno ou inconveniente. Cabe
pela própria Administração ou pelo Poder revogação somente pela Administração
Judiciário
Súmula 473 STF: “a Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados
de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e
ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
1.2.5. Continuidade dos serviços públicos
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Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro “o princípio se justifica pelo fato de ser comum,
na esfera administrativa, haver mudança de interpretação de determinadas normas
legais, com a consequente mudança de orientação, em caráter normativo, afetando
situações já reconhecidas e consolidadas na vigência de orientação anterior. Essa
possibilidade de mudança de orientação é inevitável, porém gera insegurança jurídica,
pois os interessados nunca sabem quando a sua situação será passível de contestação
pela própria Administração Pública. Daí a regra que veda a aplicação retroativa.”
EXERCÍCIOS
O princípio da moralidade determina que a atividade administrativa tem de ter seu fim
voltado para o atendimento do interesse público, advertindo que é vetado o atendimento
a vontades pessoais ou o favoritismo.
O princípio da segurança jurídica não impede que seja dada aplicação retroativa a uma
nova interpretação por parte da Administração Pública.
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A atuação do agente público deve ser regida por honestidade e boa‐fé, o que permite a
não observância da lei em determinadas situações.
a) finalidade.
b) moralidade.
c) autotutela.
d) presunção de legitimidade.
e) continuidade do serviço público.
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a) boa-fé.
b) razoabilidade.
c) impessoalidade.
d) economicidade.
e) eficiência.
14. (CESPE - 2018 - SEFAZ-RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - Prova 2) Os atos
administrativos são imputáveis ao órgão em nome do qual age o agente público, por força
do princípio constitucional da
a) autonomia gerencial.
b) responsabilidade.
c) participação.
d) impessoalidade. e) finalidade.
1. PODERES ADMINISTRATIVOS
O poder vinculado é aquele que a Administração se utiliza para a prática de atos vinculados,
ou seja, para a prática do ato administrativo cujo conteúdo observa de forma rígida o
estabelecido em lei. O poder vinculado apenas autoriza a Administração a executar atos
nas estritas hipóteses legais, sem qualquer liberdade na sua atuação.
O poder discricionário é a autorização legal para que o agente público decida, dentro
dos limites legais, a conveniência e a oportunidade em praticar um ato administrativo.
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Todavia, esta liberdade para a prática do ato não é plena, o Administrador estará limitado
aos comandos legais, não podendo dele se afastar
O Poder Hierárquico serve como fundamento para que órgãos e agentes públicos atuem
em relação a seus subordinados, conforme escala hierárquica. Hierarquia é a existência
de níveis de subordinação entre órgãos e agentes públicos. Consequências do poder
hierárquico:
- dar ordens aos subordinados, que deverão ser cumpridas por estes desde que não sejam
manifestamente ilegais.
- rever os atos praticados pelos subordinados, podendo desfazê-los por motivo de
ilegalidade ou mesmo por motivo de inconveniência;
- coordenar as atividades e ordenar, organizar a atuação dos órgãos subordinados;
- poder disciplinar, que é poder de aplicar sanções em caso de infrações disciplinares;
- delegar competências
- avocar competências.
É aquele pelo qual a Administração pode apurar as faltas e, conforme o caso, aplicar as
devidas punições a seus servidores públicos e demais pessoas sujeitas à disciplina interna
da Administração. Esse poder é utilizado para punir os servidores (demissão, advertência,
suspensão, etc), mas também pode ser utilizado para punir particulares desde que
vinculados à Administração, como por exemplo, um terceirizado.
Assim, existe liberdade do administrador para verificar se foi ou não cometida alguma
infração administrativa, inclusive porque a lei se utiliza de expressões amplas e imprecisas
para conceituar certas faltas, como, por exemplo “procedimento irregular”, “ineficiência no
serviço” e “desapreço na repartição”. Contudo, apesar dessa discricionariedade, o Estado
não pode se omitir na apuração de qualquer falta funcional, tendo essa aplicação da pena
disciplinar o caráter de poder dever. A não apuração pode ser considerada conivência
delituosa, e isso é considerado crime contra a Administração Pública.
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É muito comum o Estado utilizar esse poder quando exerce atividade de fiscalização, mas
não somente nesses casos.
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção
de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
A razão para que a definição de poder de polícia esteja no Código Tributário Nacional é
que o exercício do poder de polícia por um ente federado constitui, em algumas situações,
fato gerador de uma espécie de tributo, qual seja, a taxa, nos termos do art. 145, II da
Constituição Federal.
Assim, é possível que no exercício do poder de polícia o Estado cobre taxas do particular,
como por exemplo, as raxas de fiscalização.
Assim, nas lições de Hely Lopes Meirelles o poder de polícia consiste “na faculdade de
que dispõe a administração pública de condicionar ou restringir o uso e gozo de bens,
atividades e direitos individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. ”
- OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
- o poder de polícia é exercido pela Administração Direta, mas pode também ser exercido
por algumas entidades da Administração Indireta, como por exemplo, as autarquias.
- regra geral, o poder de polícia não pode ser delegado a particulares;
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1.5.1.1 Discricionariedade
O poder de polícia possui como característica o fato de ser discricionário, pois a lei não
determina de forma taxativa qual atitude a ser tomada pelo agente público. Nas palavras
de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo “a discricionariedade no exercício do poder de
polícia significa que a administração, quanto aos atos a ele relacionados, regra geral, dispõe
de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar a oportunidade e conveniência
de sua prática, estabelecer o motivo e escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo.”
1.5.1.2 Auto-executoriedade
1.5.1.3 Coercibilidade
A característica da coercibilidade significa que os atos de polícia são imperativos,
coercitivos, de cumprimento obrigatório pelos particulares. Por meio da coercibilidade,
pode a Administração no exercício de seu poder de polícia, impor suas medidas
coativamente (forçadamente) ao administrado, inclusive mediante o emprego da
força, se necessário.
É importante destacar que nem todo ato de polícia goza de coercibilidade, como
por exemplo, quando da expedição de uma licença para funcionamento de um
estabelecimento. Neste caso, não há coercibilidade no ato de polícia.
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Poder Regulamentar é aquele que permite ao Chefe do Poder Executivo a editar atos
normativos. O exercício do poder regulamentar, em regra, se materializa na edição de
decretos e regulamentos, nos termos do art. 84, IV da Constituição Federal:
32
1.7.1 Excesso de Poder: quando o agente público atua fora dos limites de sua competência.
Ou seja, pratica ato que não compete a ele, extrapola o limite de sua competência.
1.7.3 Omissão: há o abuso pela omissão do agente público no dever de agir, não exercendo
os poderes que lhe foram outorgados. Ocorre quando o agente tem o dever de praticar
um ato administrativo, mas acaba se omitindo e ferindo o interesse publico, coletivo.
EXERCÍCIOS
1. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Maurício, chefe imediato de
João (ambos servidores públicos distritais), determinou que este participasse de reunião
de trabalho em Fortaleza – CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das
diárias. No dia oito de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado
médico apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual
não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se afastar do serviço
por motivo de saúde.
2. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
3. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
4. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 27 a 35) José, chefe do setor
de recursos humanos de determinado órgão público, editou ato disciplinando as regras
para a participação de servidores em concurso de promoção.
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5. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
6. (CESPE – 2017 – SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 2) Com relação aos poderes e
atos administrativos, julgue o próximo item.
a) de polícia.
b)legislativo.
c) mandamental.
d) concedente.
e) discricionário.
a) Sancionador
b) De polícia.
c) Regulamentar
d) Hierárquico.
O abuso de poder pelos agentes públicos pode ocorrer tanto nos atos comissivos quanto
nos omissivos.
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11. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 1, 3 a 26) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
O poder de polícia administrativo é uma atividade que se manifesta por meio de atos
concretos em benefício do interesse público. Por conta disso, a administração pode delegar
esse poder a pessoas da iniciativa privada não integrantes da administração pública.
12. (CESPE - 2017 - SEDF - Analista de Gestão Educacional - Direito e Legislação) Mauro
editou portaria disciplinando regras de remoção no serviço público que beneficiaram,
diretamente, amigos seus. A competência para a edição do referido ato normativo seria
de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os servidores que se sentiram prejudicados com
o resultado do concurso de remoção apresentaram recurso quinze dias após a data da
publicação do resultado.
13. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Cada um do item a seguir apresenta
uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes
administrativos.
14. (IADES – 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa) No que se refere à
análise dos poderes administrativos, assinale a alternativa correta.
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Com base nesse caso, é correto afirmar que a aplicação de tal sanção por parte do
administrador público decorre do poder
a) disciplinar.
b) hierárquico.
c) discricionário.
d) de polícia.
e) regulamentar.
16. (IADES - 2019 - CRN - 3ª Região (SP e MS) - Advogado) De modo geral, o Poder de
Polícia é a atividade da Administração Pública de restringir ou condicionar o exercício
de direitos individuais (liberdade e propriedade) em benefício da coletividade. De acordo
com a melhor doutrina, quais são os atributos desse poder?
a) hierárquico
b) de polícia.
c) disciplinar
d) de tutela.
e) normativo.
19. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . O poder hierárquico está vinculado à definição de infrações
e às respectivas penalidades aos particulares.
20. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . A edição de um decreto pelo Poder Executivo é expressão
do poder disciplinar.
21. (Quadrix - 2019 - CRESS - SC - Assistente Administrativo Jr.) Acerca dos poderes
administrativos, julgue o item . A concessão de licença de funcionamento para
estabelecimento comercial decorre do poder de polícia.
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22. (CESPE - 2019 - SEFAZ-RS - Auditor Fiscal da Receita Estadual - Bloco II) O alvará de
licença e o alvará de autorização concedidos pela administração pública constituem meio
de atuação do poder
a) disciplinar.
b) regulamentar.
c) hierárquico.
d) de polícia. e) hierárquico e do disciplinar.
23. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) Cada um do item a seguir apresenta
uma situação hipotética seguida de uma assertiva a ser julgada, acerca dos poderes
administrativos.
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. CONCEITO DE ATO ADMINISTRATIVO
Traduzindo: é toda ação da Administração Pública que produza efeito jurídico; que tenha
consequência jurídica, com vistas a adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos ou impor obrigações. Exemplo: ao demitir um servidor, a Administração
Pública estará praticando uma ação que produz efeito jurídico (consequência jurídica),
extinguindo a relação que esse servidor tem com a Administração Pública. Portanto, a
demissão é um ato administrativo.
- Os atos administrativos são regidos pelo direito público, ou seja, são atos dotados de
prerrogativas especiais.
- Os atos administrativos são praticados pelo Estado ou por quem o represente, desde que
estejam exercendo uma função administrativa. Assim, há atos administrativos praticados
pelo Poder Executivo (Administração Pública Direta ou Indireta), pelo Poder Legislativo,
Judiciário (estes quando do exercício de função atípica, qual seja, a administrativa) e até
por particulares (prestadores de serviços públicos – concessionários e permissionários).
EXERCÍCIOS
37
3. (CESPE - 2013 - TJ-MA - Juiz) Os atos praticados por concessionários de serviço público,
no exercício da concessão, não podem ser considerados atos administrativos, dado que
foram produzidos por entes que não integram a estrutura da administração pública.
4. (CESPE - 2013 – DEPEN – Agente Penitenciario Federal) Um banco estatal que celebra
com o particular um contrato para fornecimento de cheque especial pratica um ato
administrativo.
2.1 Competência (QUEM?):é a capacidade atribuída, por lei, ao agente público para o
exercício de suas atribuições.
É o poder atribuído, por lei, aos órgãos e agentes para o desempenho específico de suas
atribuições. Por ser prevista em lei a competência é sempre um elemento vinculado do
ato administrativo. Características da competência:
EXERCÍCIOS
2.1.1 DELEGAÇÃO
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IMPORTANTE: O art. 13 da Lei n.º 9.784/99 enumera as situações em que não é possível a
delegação:
2.1.2 Avocação
Avocar é o ato pelo qual o superior hierárquico traz para si o exercício temporário de uma
determinada competência atribuída a um subordinado. É medida excepcional e deve ser
fundamentada. O instituto da avocação está previsto no art. 15 da Lei n.º 9.784/99
EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
2.2 Finalidade (PARA QUE?): de TODO ato administrativo é sempre o interesse público,
jamais podendo ser praticado com a finalidade de atender o interesse privado.
2.3 Forma (COMO?): é o modo através do qual se exterioriza o ato administrativo. Adota-
se, via de regra, a forma escrita para os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras
formas, como a verbal e até mesmo gestual, sinais.
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A forma é a exteriorização do ato administrativo. Adota-se, via de regra, a forma escrita para
os atos administrativos, e, excepcionalmente, outras formas, como a verbal e até mesmo
gestual, sinais.
EXERCÍCIOS
3. (CESPE – 2015 - DPE-PE - Defensor Público) Julgue o item que se segue, a respeito de
atos administrativos.
2.4 Motivo (POR QUE? ): é a circunstância de fato e de direito que autoriza a prática de
um ato administrativo
O motivo é a razão de fato e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A razão
de fato é aquela situação concreta que (de fato) está ocorrendo e justifica a necessidade
daquele ato, enquanto a razão de direito é a razão que a lei estipula para o ato.
Não se deve confundir motivo com motivação. O motivo, conforme já visto, é razão de fato
e de direito que autoriza a prática de um ato administrativo. A motivação é a demonstração
por escrito (expressamente) de que os pressupostos autorizadores para a prática do ato
realmente estão presentes.
Segundo a Teoria dos motivos determinantes, uma vez motivado o ato (seja ele vinculado
ou discricionário) os motivos alegados pelo agente público competente vinculam-se ao
ato administrativo. Para que o ato seja válido, caso haja motivação, os motivos devem ser
VERDADEIROS.
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EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2012 - ANCINE - Técnico Administrativo) A motivação, que é a exteriorização das
razões que levaram à prática do ato, não é obrigatória para todo tipo de ato administrativo.
3. (TCU-Tec. Cont. Externo) A teoria dos motivos determinantes cria para o administrador a
necessária vinculação entre os motivos invocados para a prática de um ato administrativo
e a sua validade jurídica.
EXERCÍCIOS
1. (IADES - CRESS-MG - Auxiliar Administrativo) Quanto aos atributos dos atos
administrativos, assinale a alterativa correta.
41
5. (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Área Judiciária) Todos os atos administrativos
são imperativos e decorrem do que se denomina poder extroverso, que permite ao poder
público editar provimentos que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, interferindo
na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações.
(CESPE – 2015 – STJ - Analista Judiciário - Administrativa) O atributo da tipicidade do ato
administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal.
4. DISCRICIONARIEDADE E VINCULAÇÃO
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EXERCÍCIOS
1. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargo 38) Maurício, chefe imediato de
João (ambos servidores públicos distritais), determinou que este participasse de reunião
de trabalho em Fortaleza – CE nos dias nove e dez de janeiro. João recebeu o valor das
diárias. No dia oito de janeiro, João sofreu um acidente de carro e, conforme atestado
médico apresentado para Maurício, teve de ficar de repouso por três dias, razão pela qual
não pôde viajar. Essa foi a primeira vez no bimestre que João teve de se afastar do serviço
por motivo de saúde.
a) Competência e finalidade.
b) Objeto e competência.
c) Forma prevista em lei e motivo.
d) Forma e finalidade.
e) Objeto e motivo.
5.1 Anulação
Ocorre a anulação de um ato administrativo quando há vícios no ato que afetem a sua
legalidade (o ato está contra a lei). A anulação sempre se reporta à legalidade do ato, à sua
conformação ou não com os comandos legais.
Tanto atos vinculados como atos discricionários são passíveis de anulação, desde que
tal anulação decorra do exame da legalidade do ato administrativo, nunca do exame
do mérito (oportunidade e conveniência). A anulação retira do mundo jurídico um ato
defeituoso, contrário à lei. Os efeitos dessa anulação retroagem à data em que o ato foi
praticado, é que a doutrina chama de efeitos “ex tunc”, ou seja, efeitos retroativos.
Destarte, a anulação de um ato administrativo pode ser feita tanto pela Administração
(de ofício, sem provocação), como corolário do princípio da auto-tutela, como pelo Poder
Judiciário.
O art. 54 da Lei n.º 9784/99 estabelece prazo prescricional de cinco anos para a anulação de
atos ilegais, seja qual for o vício, quando os efeitos do ato forem favoráveis ao administrado.
De modo que a partir de então, tais atos não poderão ser anulados. Salvo se restar
comprovada a má-fé do administrado.
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5.2 Revogação
A revogação é a retirada do mundo jurídico de um ato administrativo legal (ou seja, que não
contém vícios, que está de acordo com a lei) por motivos de conveniência e oportunidade.
O ato, mesmo legal, não é mais oportuno e conveniente para a Administração.
Por envolver exame de mérito, a revogação de um ato administrativo só pode ser feita pela
própria Administração, não cabendo ao Poder Judiciário revogar um ato administrativo
exarado pela Administração Pública.
- atos que geram direitos subjetivos aos administrados (por força do ato jurídico perfeito e
da coisa julgada);
- atos que exauriram seus efeitos
- atos vinculados
- atos declaratórios.
EXERCÍCIOS
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4. (CESPE - 2017 - SEDF - Conhecimentos Básicos - Cargos 36 e 37) No que se refere aos
poderes administrativos, aos atos administrativos e ao controle da administração, julgue
o item seguinte.
Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato
nulo, emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi
exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. Assertiva: Nessa
situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida.
A) ATOS NORMATIVOS – são atos que advém do Poder Normativo, constituindo-se num
comando geral e abstrato, aplicáveis a todos os administrados que se enquadrarem
nas situações neles previstas. São análogos à lei, mas são diferentes pois não tem
caráter inovador. Visam a possibilitar a fiel execução da lei (Decreto de Execução) ou a
regulamentação de matérias não previstas em lei (Decreto Autônomo). Ex.: Decretos,
Regulamentos, Regimentos, Instruções Normativas, etc.
C) ATOS NEGOCIAIS – são atos que contém uma declaração de vontade do Poder Público
coincidente com a pretensão do particular. Produzem efeitos concretos e individuais.
Não há imperatividade. Podem ser vinculados (licença) ou discricionários (autorização ou
permissão de uso de bem público).
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E) ATOS PUNITIVOS – são aqueles que contém uma sanção imposta pela Administração
aos agentes públicos ou administrados que infringirem disposições legais, regulamentares
ou ordinatórias. Advém do Poder Disciplinar (ato punitivo interno) e do Poder de Polícia
(ato punitivo externo). –multas, interdição de estabelecimentos, apreensão de mercadorias
EXERCÍCIOS
1. (IADES - Fundação Hemocentro de Brasília – DF - Técnico Administrativo) Quanto à
classificação dos atos administrativos, é correto afirmar que os avisos, as admissões e os
pareceres são, respectivamente, atos
3. (IADES - SEAP-DF - Técnico) O ato administrativo pode ser definido como a declaração do
Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância
da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário.
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a) os decretos regulamentares.
b) os alvarás.
c) as circulares.
d) as multas.
e) as homologações.