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Super Apostila - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

04 – Sociedade, Poder,
Governo e o Estado
Brasileiro

Prof. Everton Ventrice


Prof. Everton Ventrice

Sumário
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 2
2. Sociedade .......................................................................................................................................... 2
3. Poder e os tipos de dominação .......................................................................................................... 4
4. Governo ............................................................................................................................................. 5
5. O Estado brasileiro ............................................................................................................................. 8
5.1. Forma de Estado................................................................................................................................ 8

5.2. Forma de governo ........................................................................................................................... 14

5.3. Sistema de governo ......................................................................................................................... 17

5.4. Regime de governo.......................................................................................................................... 20

5.5. Separação dos Poderes ................................................................................................................... 23

5.6 A organização político-administrativa brasileira............................................................................... 28

6. DICA DE OURO ................................................................................................................................. 31


7. Principais pontos a serem fixados .................................................................................................... 32
8. Lista de questões que resolvemos .................................................................................................... 35
9. Gabarito ........................................................................................................................................... 46

1. Introdução e objetivos desta apostila

Nesta apostila veremos a sequência do estudo sobre o Estado, incluindo


detalhes sobre como está estruturado o Estado brasileiro.
É um assunto fácil, cobrado em Administração Pública sem tanto apego ao
texto da Constituição, como ocorre quando se estuda tais temas dentro do
Direito Constitucional.
Preste bastante atenção a alguns pontos destacados, pois podem causar
dúvida, e resolva todos os exercícios. Depois é só torcer para cair esse
assunto em sua prova, pois estou certo que você vai tirar de letra!
Comecemos!

2. Sociedade

Darcy Azambuja define sociedade como uma união moral de seres


racionais e livres, organizados de maneira estável e eficaz para
realizar um fim comum e conhecido de todos.

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Vamos a uma questão:

1. (VUNESP/Anal. Tecnologia – Sec. Educ./SP). É correto afirmar que


o que caracteriza uma sociedade é a partilha de interesses entre os
membros e a(s)
a) articulações orgânicas de formação natural.
b) participação em atividades sem uma autoridade política.
c) atividades econômicas originadas por essas partilhas.
d) preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum.
e) consequentes ações que coíbem a integração de outros indivíduos.

Comentários:
Veja que a alternativa mais próxima à definição de Darcy Azambuja é aquela
que fala em objetivo comum. Essa é a ideia-chave de sociedade. Gabarito:
Letra D.

Um outro conceito de sociedade, mais recente, é a chamada Sociedade


Civil, que acrescenta à definição tradicional de sociedade a característica de
que ela existe independentemente de um governo.

ATENÇÃO!!! Muitas vezes, em concursos ou no dia-a-dia, quando se fala


apenas em Sociedade, está se referindo ao conceito de Sociedade Civil.

Por outro lado, para se referir ao governo e à existência de um poder por trás
dele, foi criado o termo sociedade política. Temos então:

• SOCIEDADE CIVIL: É aquela composta por todas as demais formas


de organização que não pertencem ao Estado, baseadas na amizade,
parentesco, religião, atividade econômica, etc.
• SOCIEDADE POLÍTICA: É a forma pela qual o exercício do poder é
organizado. Nas sociedades modernas isso inclui os três Poderes, o
aparelho que o Estado usa para governar, e todas as demais
instituições com objetivos políticos, tais como os partidos políticos e a
mídia especializada.

A Sociedade Civil mais a Sociedade Política formam o que conhecemos


como Estado.

Lembre-se que o Estado é caracterizado pela existência, em conjunto, de


três componentes: Soberania, Povo e Território, mas alguns autores
incluem também outros três: Governo, Poder e uma Finalidade.

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Didaticamente, pense que o Estado é a soma da sociedade civil (Povo,


Território e Finalidade) com a sociedade política (Soberania, Governo e
Poder).

ESTADO

SOCIEDADE CIVIL SOCIEDADE POLÍTICA

3. Poder e os tipos de dominação


Poder é definido como a capacidade de imposição da própria vontade, a
despeito da resistência de outro, visando a consecução de um determinado
objetivo ou fim estipulado pelo sujeito que impõe.
Ele difere do conceito de autoridade.
Autoridade: Poder legítimo, revestido de consentimento, que se faz
obedecer voluntariamente.
Note então que, enquanto o poder é imposto, a autoridade é consentida.
Max Weber identificou três tipos de autoridade (também chamada de
dominação) de acordo com sua legitimidade:
1. Tradicional: Baseia-se nas tradições e costumes de uma dada
sociedade. O líder herda tal posição por pura tradição, sendo aceito
porque as pessoas entendem que “sempre foi assim”. Era o tipo de
dominação mais comum nas sociedades até o Estado Moderno, quando
o rei, ou o senhor, recebia sua posição por herança e a exercia pelo uso
da força.

2. Carismática: É aquela apoiada no carisma do líder, que conquista tal


posição devido suas qualidades em influenciar pessoas, que então lhe
obedecem por pura devoção.

3. Racional-Legal: Baseada em regras, estatutos ou leis, sancionadas


pela Sociedade ou Organização. Tal forma de autoridade se popularizou
a partir do Estado Contemporâneo, sendo o tipo adotado pelas
democracias modernas.

Veja como isso já apareceu:

2. (ESAF/AFC – CGU) Segundo Max Weber, a autoridade ou


dominação baseia-se na legitimidade que, por sua vez, pode ser de
três tipos. Um deles, a dominação legal de caráter racional, típica do
Estado contemporâneo, não apresenta a característica de:
a) impessoalidade das normas e de sua aplicação

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b) hierarquia oficial
c) direito consuetudinário
d) exercício contínuo de funções segundo competências fixas
e) regras técnicas e normas aplicadas por profissionais
especializados

Comentários:
É muito provável que você não saiba o significado de “direito
consuetudinário”. Trata-se de um sistema de leis baseado nos costumes e nas
tradições, ou seja, as regras devem ser aceitas porque “sempre foi assim”.
Não há um processo de discussão e aprovação das leis. É típico, portanto, da
dominação do tipo tradicional. Gabarito: Letra C.

ATENÇÃO!!! Quando as bancas se referem à teoria de Weber, não é raro que


elas tratem Poder e Autoridade como sinônimos. Portanto, se o foco da
questão for os três tipos identificados por ele, a princípio não se preocupe
com a falta de distinção entre os termos.
Já quando o foco for em temas como liderança ou trabalho em grupo, ou na
simples diferença entre os conceitos, aí sim a diferenciação entre eles é
importante.

Há, ainda, outro conceito importante relacionado a Sociedade e Poder: a


Política.
Política é o conjunto de procedimentos formais e informais que expressam
relações de poder e que se destinam a prover a resolução pacífica dos
conflitos sobre bens públicos.
Pode parecer estranho especificar “sobre bens públicos”, mas é assim mesmo
que aparece nas questões.

4. Governo

Governo é o instrumento pelo qual são definidos os objetivos e as diretrizes


gerais de atuação do Estado.
O Governo é uma das características do Estado, portanto, não existe sem ele.
Enquanto o Estado é um ente intangível, permanente, e que detém o poder,
o Governo é um ente tangível, transitório, e que exerce o poder de fato.
O Governo é composto por um grupo de pessoas, por isso é tangível. E é
transitório porque as pessoas governam por prazo determinado.
Há quatro dimensões de Governo:

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1. Formal: Representado pelo conjunto de Poderes (Executivo,


Legislativo e Judiciário) e órgãos constitucionais.
2. Material: Refere-se às atividades executivas, legislativas e judiciárias,
ou seja, as chamadas funções estatais.

ATENÇÃO!!! Lembre-se que cada Poder exerce a maioria das funções que
lhe são correspondentes (chamadas funções típicas), mas também algumas
funções correspondentes aos outros Poderes (as chamadas funções
atípicas). Ex: O Poder Executivo exerce a maioria das funções executivas
(que são suas funções típicas), mas também algumas funções legislativas e
judiciárias (que são suas funções atípicas);
3. Estrita (strictu sensu): Refere-se apenas às pessoas que exercem o
Governo. No Brasil compreende os chefes dos Poderes Executivo,
Legislativo, Judiciário e do Ministério Público, assim como seus
auxiliares diretos, tais como os Ministros.
4. Operacional: Pois é o Governo quem implementa as atividades
necessárias ao alcance dos objetivos traçados.

A Administração Pública é quem executa as atividades implementadas pelo


Governo. Portanto, enquanto o Governo é o instrumento do Estado para
exercer o Poder, a Administração Pública é o instrumento do Governo para a
execução de suas atividades.

ESTADO GOVERNO ADM. PÚBLICA


(detém o Poder) (exerce o Poder) (executa o Poder)

instrumento instrumento

Que tal praticar?

3. (CESPE/Anal. Téc. Adm. – MIN). Os conceitos de governo e


administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma
atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma
atividade eminentemente técnica.

Comentários:
É isso mesmo. O Governo é transitório, é escolhido para exercer o Poder
através de critérios políticos, e o faz utilizando a política. Já a Administração
Pública executa o Poder, através de critérios, majoritariamente, técnicos.
Gabarito: Certo.

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4. (ESAF/AFC – CGU). Leia atentamente os enunciados que se


seguem:
• Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua
própria vontade e lhe determina o comportamento.
• A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade
a administração do conflito em torno de bens públicos.
• Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força
em um dado território.
• Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que
determinam a orientação política de uma dada sociedade.
• Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução
concreta das tarefas ou incumbências consideradas de
interesse público ou comum, numa coletividade ou organização
estatal.

Os enunciados acima referem-se, sequencialmente, aos seguintes


conceitos:
a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo
b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública
c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política
d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado
e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública

Comentários:
Ótima questão para fixar os conceitos. Gabarito: Letra E.

ATENÇÃO!!! Não confunda:


• Dimensões de governo: Formal, Material, Estrita e Operacional.
• Funções estatais: Atividades Executivas, Legislativas e Judiciárias,
que compõem a dimensão material de governo.
• Dimensões de atuação do Estado: Econômica, Social e
Administrativa.
As dimensões de atuação do Estado são bastante utilizadas na distinção dos
tipos de Estado. Um Estado do Bem-estar Social atua em todas as três
dimensões, enquanto um Estado Liberal entende que ele deve se concentrar
na dimensão administrativa.

Veja como isso foi cobrado pela ESAF:

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5. (ESAF/AFC: Audit. e Fiscal. – CGU). Após a II Guerra Mundial até o


final da década de 70, o Estado acumula diferentes funções com
atuação em três dimensões: econômica, social e administrativa.
Assinale a opção que identifica corretamente a dimensão
administrativa.

a) A dimensão administrativa do Estado se baseia na impessoalidade,


neutralidade e racionalidade do aparelho governamental.
b) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de
políticas públicas nas áreas de educação, saúde, habitação.
c) A dimensão administrativa do Estado se baseia no modelo
burocrático de geração de emprego e renda.
d) A dimensão administrativa do Estado se baseia em políticas que
subsidiem o crescimento econômico.
e) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de
bens e equidade para a população.

Comentários:
As opções B e C referem-se à dimensão social, enquanto as opções D e E
referem-se à dimensão econômica. Gabarito: Letra A.

5. O Estado brasileiro
A partir de agora veremos como alguns conceitos sobre a organização dos
Estados contemporâneos, focando o caso brasileiro.

5.1 Forma de Estado

Forma de Estado refere-se ao modo como se dá o exercício do poder político


no território do Estado. Existem basicamente três:
1. Estado unitário (ou Estado simples): Existe apenas um centro de
poder político, que é o governo nacional. Ele pode ser centralizado ou
descentralizado, mas neste último caso as unidades descentralizadas
não possuem poder político, apenas certa discricionariedade para
aplicar as regras estabelecidas pelo poder central.
2. Confederação: Há diversos entes políticos, todos soberanos, reunidos
politicamente pela celebração de um tratado internacional regido pelo
Direito Internacional. Essa união é dissolúvel, e cada Estado possui o
direito de dela se separar assim que julgar conveniente (direito de
secessão).

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3. Federação (ou Estado composto): Há diversos centros de poder


político, todos autônomos, reunidos em torno de um ente político
central, soberano. É o caso do Brasil.

Aplicando esses conceitos em uma questão:

6. (CESPE/Administrador – MPOG) São formas de governo a


federação, a confederação e o governo único.

Comentários:
Preste atenção! Federação e confederação são formas de Estado e não formas
de governo. Gabarito: Errado.

Uma federação possui duas características essenciais ao seu funcionamento:


1. Autonomia dos entes políticos: Através de três atributos:
a. Autogoverno: Representantes do poder Executivo eleitos
diretamente.
b. Auto-organização: Capacidade de instituir suas próprias
constituições (no caso dos estados) ou leis orgânicas (no caso
dos municípios e do DF).
c. Autoadministração: Capacidade de se administrar de forma
independente, tomando suas próprias decisões executivas e
legislativas, além de poder arrecadar seus tributos próprios.
2. Repartição de competências: Cada ente político recebe da
Constituição competências específicas para suas atividades
administrativas, legislativas e tributárias.

Resolva agora essa questão da FGV:

7. (FGV/Procurador – TCM-RJ) A Federação dota seus membros de


tríplice capacidade, a saber:

a) auto-organização, auto normatização e autogoverno.


b) autogoverno, autoadministração e autofinanciamento.
c) auto-organização, autogoverno e autoadministração.
d) auto-organização, auto normatização e automanutenção.
e) auto arrecadação, autogoverno e autogerenciamento.

Comentários:

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Cuidado para não confundir os conceitos. Autonomia = auto-organização +


autogoverno + autoadministração. Gabarito: Letra C.

O Estado federado pode formar-se por:


1. Agregação: Estados independentes abrem mão de sua soberania e se
unem para formarem um único Estado federal, dentro do qual terão
apenas autonomia (movimento centrípeto – de fora para dentro).
Ex: EUA.
2. Desagregação (ou Segregação): Um Estado unitário descentraliza-
se, repartindo competências entre entidades federadas autônomas.
(movimento centrífugo – de dentro para fora). Ex: Brasil.

Esta classificação cai bastante. Veja:

8. (ESAF/Analista Técnico-Administrativo – MF). A atual forma do


Estado Brasileiro, que, como se sabe, resultou de processo de
segregação, uma vez que durante o império era adotado o regime
unitário com apenas um poder político, pode ser denominada:

a) Federalismo centrípeto.
b) Confederação.
c) Estado simples.
d) Unitária.
e) Federalismo centrífugo.

Comentários:
Fácil! O federalismo brasileiro se formou por segregação, ou seja, movimento
centrífugo. Gabarito: Letra E.

Já quanto ao modo de separação de competências entre os entes, o


federalismo pode ser classificado em:
1. Federalismo dual: Há uma rígida separação entre as competências
da entidade central (União) e as dos demais entes federados.
2. Federalismo cooperativo: Não há uma divisão rígida entre a União
e os demais entes federados. É o modelo vigente no Brasil, que tem se
aprofundado em função das pressões e exigências impostas pela
sociedade.

Veja uma questão da ESAF que se aprofundou nesse conceito:

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9. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira – STN). As mudanças no plano


mundial enterraram a era liberal e promoveram o Estado corporativo,
voltado para estimular a cooperação entre o capital e o trabalho. De
acordo com Camargo (2001), no Brasil, no final do séc. XX, criou-se
um novo federalismo democrático trino (presente nos três níveis de
governo), que nasceu com a Constituição Federal de 1988, como um
novo tipo de federalismo cooperativo.
São características desse tipo de federalismo, exceto:

a) comprometido com parcerias entre os três níveis de governo.


b) comprometido com a melhoria das políticas públicas no nível local.
c) comprometido com a redução das desigualdades sociais.
d) comprometido com as oligarquias e o fortalecimento da classe
política.
e) comprometido com o fortalecimento da sociedade civil e da
cidadania.

Comentários:
A ESAF pegou leve demais, pois até quem não conhecesse o conceito de
federalismo cooperativo conseguiria acertar. A Constituição brasileira de 88 é
chamada de cidadã justamente por ter consolidado os direitos democráticos
e sociais. Jamais, pelo menos em tese, poderia estar comprometida com as
oligarquias. Gabarito: Letra D.

Mais algumas características do federalismo brasileiro:


• A forma de governo federativa é cláusula pétrea expressa (art. 60,
§4º), impedindo assim que uma emenda constitucional possa vir a
dissolver a federação ou ofender o pacto federativo (autonomia dos
entes federados).
• Como regra geral, não há hierarquia entre as entidades federadas, mas
sim vale a regra da predominância de interesses, onde cada um legisla
sobre aquilo que é de sua competência.
• Porém, a constituição brasileira prevê situações em que uma entidade
federada poderá interferir em outra, afastando temporariamente sua
autonomia. Tais casos consideram que a União poderá intervir nos
estados, no DF e nos municípios localizados em territórios, e os estados
poderão intervir nos municípios localizados em seu território (artigos
34 e 35).
• Assim, como está fundada no equilíbrio entre as competências e a
autonomia conferidas aos entes federados, a federação brasileira

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enquadra-se no tipo federação de equilíbrio. Modificações neste modelo


são inconstitucionais, por ofensa à cláusula pétrea que impede a
quebra do pacto federativo.
• O federalismo brasileiro é dito ser de 3º grau, pois reconhece, além da
União e dos estados, também os municípios como autônomos. Antes
da promulgação da Constituição de 1988, os municípios não possuíam
autonomia, havendo então um federalismo de 2º grau.

Hora de praticar!

10. (FGV/Técnico de fomento: Advogado – BADESC). As alternativas


a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro,
à exceção de uma. Assinale-a.

a) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-


membros, Distrito Federal e Municípios.
b) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados membros,
Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos
organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma
de suas constituições regionais.
c) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais,
através da eleição de representantes para o Poder Legislativo
Federal.
d) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção
federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção
do equilíbrio federativo.
e) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de
emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de
Estado.

Comentários:
A autonomia conferida aos estados, DF e municípios não é total. É preciso
respeitar a constituição federal, que limita, por exemplo, a estruturação do
Poder Judiciário aos estados e ao DF, e não aos municípios. Outro erro é
afirmar que o DF e os municípios possuem constituição. Sua lei maior é
chamada de lei orgânica. Gabarito: Letra B.

11. (ESAF/AFC: Ouvidoria – CGU). O Federalismo brasileiro surgido


da Constituição de 1988 apresenta uma série de características que
o distingue do existente na maioria das demais nações federativas.
Indique qual das características enunciadas a seguir está incorreta.

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a) É um federalismo economicamente assimétrico porque existe


grande diferença de poder econômico entre seus entes federados.
b) É um federalismo caracterizado pela sobrerrepresentação política
de alguns dos pequenos entes federados.
c) É um federalismo que reproduz, em todos os seus entes federados,
a divisão de poderes existente no governo central.
d) É um federalismo que distribui competências entre os diversos
entes federados.
e) É um federalismo que permite e regulamenta o aumento do
número de entes federados.

Comentários:
Esta questão traz algumas informações importantes, tal como a alternativa
B, que fala sobre a sobrerrepresentação política de alguns estados. Isso
ocorre porque a Constituição estabelece um número mínimo de 8 e um
número máximo de 70 deputados federais por estado, o que faz com que os
estados menores, alguns com menos de 1 milhão de habitantes, tenham,
proporcionalmente, mais deputados por habitantes que outros mais
populosos.
No caso da alternativa incorreta, note, por exemplo, que os municípios não
instituem seu próprio Poder Judiciário. Gabarito: Letra C.

12. (FCC/Gestor Público – SEADE/PI). Tendo em vista


características, modos de surgimento e funcionamento dos Estados
federais, é correto afirmar:

a) No âmbito do federalismo norte-americano, o Estado federal


resultou de uma agregação de Estados que a ele preexistiam. A
formação do novo Estado federal guarda aos entes federativos a
autonomia e parcela de soberania com a possibilidade de secessão.
b) A partir do momento em que os Estados ingressam na Federação
perdem soberania, mas mantêm a autonomia dos entes federativos,
inclusive com a possibilidade de exercício do direito de secessão.
c) No Estado federal o poder político é compartilhado pela União e
pelas Confederações dos Estados. Existe um governo federal, do qual
participam as unidades confederadas, e existem governos estaduais
dotados de autonomia política.
d) No âmbito do federalismo norte-americano, assim como no
brasileiro, foi dado o nome de Estado a cada unidade federada pelo

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fato das entidades federativas serem dotadas de soberania e direito


de secessão.
e) No Estado federal as atribuições da União e das unidades
federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição
de competências com a finalidade de manter o equilíbrio da
federação.

Comentários:
A questão é fácil se você souber que nos Estados Unidos os estados também
não possuem o direito de secessão. Além disso, em qualquer federação os
entes possuem autonomia, e nunca soberania, que é exclusiva da união.
Gabarito: Letra E.

5.2 Forma de governo

As formas de governo referem-se à maneira como se dá a instituição do poder


na sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados.
Existem duas formas de governo: República e Monarquia.
1. República (ou res publica = coisa pública) baseia-se na igualdade
formal entre as pessoas. A partir desta premissa, surgem as seguintes
características:
a. Eletividade dos mandatários (direta ou indireta), que
caracteriza a natureza representativa do regime.
b. Temporariedade dos mandatos eletivos.
c. Responsabilidade dos mandatários (ou seja, devem prestar
contas).
2. Monarquia: Ao contrário da república, aqui o chefe de Estado possui
como características:
a. Não é eleito pelo povo, mas sim recebe o cargo através de
alguma regra de nomeação, geralmente a hereditariedade.
b. Exerce tal posição de forma vitalícia.
c. Não tem o dever de prestar contas ao povo por seus atos (ou
seja, não tem responsabilidade política).

ATENÇÃO!!! Embora alguns livros afirmem que, se adotada a monarquia


como forma de governo, o único sistema de governo possível é o
parlamentarismo, isso não é uma verdade absoluta.

Veja esta questão do CESPE:

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13. (CESPE/Agente de proteção – TJ/RR). Dentro da forma de


governo denominada monarquia, o rei ou monarca é o chefe de
Estado. Por meio dos princípios básicos de hereditariedade e
vitaliciedade, o poder lhe é transmitido ao longo de uma linha de
sucessão. Há monarquias em que o chefe de Estado é eleito, mas
recebe o título de monarca; isso é exceção, como no Vaticano e na
Polônia nos séculos XVII e XVIII.
Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta
a respeito das formas e dos sistemas de governo.
a) A monarquia é uma forma de governo que admite mais de um tipo
de sistema de governo.
b) Em todas as monarquias, o rei ou monarca é chefe de Estado e de
governo ao mesmo tempo.
c) Em uma monarquia, o monarca é submetido à aprovação de
parlamentares depois de apresentar seu plano de governo, mas, por
meio de uma moção de censura, o rei pode vir a ser derrubado pelo
parlamento.
d) Uma república, ao contrário de uma monarquia, é um sistema de
governo no qual um representante, normalmente chamado
presidente, é escolhido para ser o chefe de Estado, podendo ou não
acumular esse poder com o do Poder Executivo.

Comentários:
O Vaticano é uma exceção à regra de que a forma de governo monarquia só
admite o parlamentarismo como sistema de governo. Repare que o enunciado
diz para considerar o texto inicial, que trouxe a resposta. Gabarito: Letra A.

Algumas informações sobre a forma de governo republicana adotada


pelo Brasil:
• Parte da doutrina entende que a forma de governo republicana é
“cláusula pétrea implícita”, pois, embora não esteja expressa no rol das
“cláusulas pétreas” que consta no art. 60, §4º, esse mesmo artigo diz
que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a
abolir o voto direto, secreto, universal e periódico. Como, se fosse
adotada a monarquia, o voto periódico passaria a não mais existir, na
prática emenda constitucional a esse respeito não seria admitida.
• A forma de governo republicana é um princípio constitucional sensível
(CF, art. 34, VII), ou seja, um princípio que se não for observado
poderá ensejar uma intervenção federal.

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Mais algumas questões:

14. (CESPE/AFCE – TCU). A república e a forma federativa de Estado


foram arroladas expressamente como cláusulas pétreas pelo
constituinte originário.

Comentários:
Apenas a forma federativa de Estado é cláusula pétrea expressa. Muitos
juristas consideram a forma de governo republicana também uma cláusula
pétrea, porém de modo implícita. Gabarito: Errado.

15. (CESPE/Analista ambiental – IBAMA). No que se refere aos


princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue
o item seguinte.
República é uma forma de governo fundamentada na igualdade
formal entre as pessoas, na qual o poder político é exercido por meio
de representação, em caráter eletivo e por um período determinado
de tempo.

Comentários:
Exatamente. Gabarito: Certo.

16. (FACAPE/Agente de trânsito – Pref. de Petrolina). Na expressão


“República Federativa do Brasil”
a) o termo “República” indica a forma de Estado (Estado Federal) e
está em contraposição ao Estado Unitário.
b) o termo “Federativa” indica uma forma de Estado, a qual é
impossível de ser alterada pelo legislador derivado uma vez que está
protegida por cláusula pétrea.
c) o termo “República” indica a forma de Estado, a qual é impossível
de ser alterada pelo legislador uma vez que está protegida por
cláusula pétrea.
d) o termo “Federativa” indica a forma de Governo e, de uma forma
singela, está em contraposição à Monarquia.
e) o termo “República” indica que a nossa forma de Governo é o
Presidencialismo.

Comentários:

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“República” refere-se à forma de governo, enquanto “Federativa” refere-se à


forma de Estado, uma cláusula pétrea de nossa Constituição. Gabarito: Letra
B.

5.3 Sistema de governo

Os sistemas de governo referem-se ao modo como se relacionam os Poderes


Legislativo e Executivo no exercício das funções governamentais.

Há três sistemas de governo principais: Parlamentarismo,


presidencialismo e semipresidencialismo:

1. Parlamentarismo: Possui as seguintes características:


• Separação nítida do Poder Executivo entre o Chefe de Estado (que
representa o país frente a outros Estados soberanos) e o Chefe de
Governo (que cuida da política interna). É o chamado ‘sistema
dual’.
• Nesse sistema dual, o Chefe de Estado (monarca ou presidente) não
possui responsabilidade política, que é apenas do Chefe de Governo
(chamado primeiro-ministro, é escolhido pelo presidente) e de seu
gabinete (ministros).
• Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo: O
primeiro-ministro elabora um plano de governo e o submete ao
Parlamento que, aprovando-o (voto de confiança), se vincula
politicamente ao povo e ao próprio Governo. Assim, uma vez que o
Governo pode destituir o Parlamento e o Parlamento pode destituir
o Governo, é necessária uma conciliação para que o sistema
funcione.
2. Presidencialismo: É caracterizado por:
• O presidente da República exerce as funções de Chefe de Estado,
Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública.
• Independência (embora modernamente fale-se em harmonia)
entre o Legislativo e o Executivo, com o presidente exercendo seu
mandato de forma autônoma, não dependendo do Legislativo nem
para sua investidura, nem para sua permanência no poder.
• O órgão do Legislativo não está sujeito a dissolução, pois seus
membros são eleitos para um período determinado.
3. Semipresidencialismo: Aqui o Chefe de Estado (presidente da
República), ao contrário do que ocorre no parlamentarismo, possui
uma série de atribuições efetivamente governamentais.

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Veja uma questão sobre esses conceitos:

17. (ESAF/AFRFB – RFB). De uma Constituição que adota uma chefia


dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo,
em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder
Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do:
a) Bicameralismo
b) Estado unitário
c) Federalismo de equilíbrio
d) Presidencialismo
e) Parlamentarismo

Comentários:
Fácil, não é? Lembre-se de duas caraterísticas sempre cobradas sobre o
parlamentarismo: o sistema dual e o voto de confiança. Gabarito: Letra E.

Algumas particularidades sobre o sistema de governo presidencialista


brasileiro:
• A eleição presidencial no Brasil é direta, mas isso não é uma
característica obrigatória do presidencialismo. Nos Estados Unidos, por
exemplo, a eleição é indireta, pois os eleitores votam nos
representantes que elegerão o presidente.
• No Brasil o ato do presidente não depende dos ministros de Estado.
Diz a Constituição que os ministros devem referendar os atos do
presidente, mas se isso não ocorrer os atos não perdem a validade.

Praticando:

18. (CESPE/Consultor Legislativo: Adm. Pública – Senado). A


concepção do cargo presidencial insculpida na Constituição da
República implica que seu ocupante desempenhe funções gerenciais
de governo e funções de liderança política.

Comentários:
É isso mesmo. O presidente acumula tanto as funções de Chefe de Estado,
quanto de Chefe de Governo, e nesta última ele desempenha tanto funções
gerenciais (ao comandar a administração pública), quanto funções de
liderança política (quando participa do processo legislativo, como por exemplo
ao vetar leis). Gabarito: Certo.

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19. (ESAF/APO – MPOG). No tocante à organização do Estado


Brasileiro, é incorreto afirmar que:
a) o Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser
caracterizado como flexível.
b) a Constituição Federal criou mecanismos de freios e contrapesos,
que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a
possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder Executivo.
c) diferentemente do Parlamentarismo, no Presidencialismo o chefe
do Poder Executivo acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe
de Governo, além de cumprir mandato fixo, sem precisar depender
da confiança do Poder Legislativo para sua investidura ou para o
exercício de seu cargo.
d) no modelo e Estado federativo previsto na Constituição Federal, os
Estados-Membros possuem soberania e autonomia financeira,
administrativa e política.
e) a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder
Executivo, bem como seu dever de prestar contas de seus atos, são
características da forma de governo republicana adotada no Brasil.

Comentários:
Uma afirmação incorreta bastante comum em provas é dizer que, numa
federação, os estados membros possuem soberania. Nunca erre isso!
Gabarito: Letra D.

20. (ESAF/EPPGG – MPOG). Em 1993, o Brasil realizou um plebiscito


sobre a forma e sobre o sistema de governo a vigorarem no país a
partir de então. Os seguintes enunciados se referem ao resultado
dessa opção dos eleitores brasileiros. Indique o único correto.
a) No plebiscito, a campanha foi conduzida por frentes que
representavam o Parlamentarismo com República, o
Presidencialismo com República e o Parlamentarismo com
Monarquia.
b) A derrota da opção pela monarquia era previsível, porque os
herdeiros de D. Pedro II não puderam fazer campanha eleitoral.
c) Nas repúblicas parlamentaristas, os presidentes têm maior poder
que nas repúblicas presidencialistas, porque pertencem ao partido
com maioria no Legislativo.

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d) Nas repúblicas presidencialistas, os chefes de Estado contam com


maioria automática no Legislativo, por isso são mais estáveis que as
parlamentaristas.
e) A maioria dos eleitores optou pela república e pelo
presidencialismo, porque são forma e sistema de governo mais
democráticos que os demais.

Comentários:
De fato, não houve uma frente representando o Presidencialismo com
Monarquia, embora isso fosse, teoricamente, possível. Gabarito: Letra A.

21. (CESPE/Agente penitenciário – DEPEN). No âmbito das relações


internacionais, o presidente da República Federativa do Brasil exerce
a representação do país na qualidade de chefe de governo.

Comentários:
A representação do Brasil junto ao exterior é feita pelo presidente na condição
de chefe de Estado. Como chefe de Governo ele cuida das questões políticas
e administrativas internas. Gabarito: Errado.

5.4 Regime de governo


O regime de governo, também chamado regime político refere-se à
maneira como são decididas as questões políticas do Estado.
Há basicamente dois regimes políticos: Autocracia e democracia.
1. Autocracia (ou monocracia): O governante impõe sua vontade ao
povo.
2. Democracia: O povo participa das decisões políticas. Classifica-se em:
a. Democracia direta: O povo exerce o poder diretamente, ou
seja, sem intermediários. Existiu na Grécia antiga.
b. Democracia indireta (ou representativa): Os cidadãos
outorgam suas decisões de governo para representantes por
eles escolhidos (os chamados parlamentares).
c. Democracia semidireta (ou mista, ou participativa): A maior
parte das decisões é indireta (por meio dos parlamentares), mas
há a possibilidade também de decisões diretas pelos cidadãos,
por meio de instrumentos como:
i. Plebiscito: Consulta prévia aos cidadãos sobre um
determinado assunto. É convocado pelo Poder Legislativo
através de decreto legislativo.

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ii. Referendo: Aprovação de uma lei já discutida e aprovada


pelos representantes do povo. O Poder Legislativo
autoriza, através de decreto legislativo, sua convocação,
que é feita pela Justiça Eleitoral.
iii. Iniciativa popular: Possibilidade de uma parte dos
eleitores iniciar diretamente o processo de elaboração de
uma lei ou norma constitucional.
ATENÇÃO!!! Em alguns países (no Brasil não) há também o chamado recall,
que consiste em consulta à opinião do eleitorado sobre a manutenção ou a
revogação do mandato político ou administrativo conferido a alguém.

Veja uma questão sobre esse assunto:

22. (CESPE/Analista – MP/PI). A democracia representativa (ou


indireta) é exercida pelo povo, individual ou coletivamente, a partir
dos instrumentos constitucionais que possibilitam interferir
diretamente nas decisões políticas do Estado.

Comentários:
Na democracia representativa o povo atua só através de seus representantes.
É na democracia participativa (ou semidireta) que há instrumentos que
permitem ao povo interferir diretamente nas decisões. Gabarito: Errado.

E no Brasil, qual o regime político em vigor?


Tecnicamente, temos aqui uma democracia semidireta. Mas é bastante
comum as questões citarem o que diz a Constituição, que afirma que no Brasil
vigora um “Estado Democrático de Direito”.
Trazendo um pouco do que dizem os mestres do Direito Constitucional, um
Estado Democrático de Direito é aquele pautado na justiça social, e cujas leis
refletem a finalidade de alcançar o bem comum.
Vamos ver o trecho da Constituição que trata disso:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.

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Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Mais questões para praticar:

23. (CESPE/Téc. Jud. – TRT 8ª região) Considerando os princípios


fundamentais, os direitos e garantias fundamentais e, em especial, o
caput do art. 1.º da CF: “A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do DF, constitui-
se em Estado Democrático de Direito (...)”, bem como o parágrafo
único do mesmo dispositivo, que estabelece que “Todo o poder
emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição”, marque a opção certa.
a) São instrumentos da democracia direta o plebiscito, o referendo e
a iniciativa popular de emendas constitucionais, leis ordinárias e leis
complementares.
b) República é o sistema de governo adotado pelo Brasil.
c) O Estado brasileiro adotou a democracia como forma de governo.
d) A forma federativa de Estado, adotada pelo Brasil, fica clara
quando o constituinte estabelece a união indissolúvel de estados,
municípios e do DF, todos dotados de autonomia político-
administrativa.
e) Ao estabelecer que “Todo o poder emana do povo”, o constituinte
reconheceu o regime democrático de governo.

Comentários:
A princípio, as opções D e E estão corretas. Só que o enunciado diz que
devemos considerar os fragmentos da Constituição ali destacados. Assim,
embora a opção E mencione “regime democrático de governo”, o que está
certo, a Constituição fala em “Estado Democrático de Direito”. Logo, tomando
como base o texto constitucional, ela está errada. Gabarito: Letra D.

24. (CESPE/Advogado da União – AGU). O Brasil adota o sistema de


governo presidencialista, no qual o Poder Executivo é exercido de
maneira monocrática, com as funções de Chefe de Estado e Chefe de
Governo estando confiadas a um só agente político.

Comentários:
O que torna a afirmação errada é dizer que o presidente brasileiro governa
de forma monocrática, quando na verdade ele o faz de forma democrática.
Gabarito: Errado.

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25. (CETRO/Anal. Adm. – ANVISA). De acordo com o parágrafo único


do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição. Com base neste
preceito, analise as assertivas abaixo.
I. A democracia em vigor no Estado brasileiro é semidireta,
caracterizada pela junção do princípio representativo às formas de
participação popular que caracterizam a democracia direta.
II. A democracia brasileira poderá ser exercida pelo referendo, para
o qual a população é convocada previamente à criação do ato
legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta.
III. Plebiscito e referendo tratam-se de consultas à população,
quanto à matéria de relevância para a nação, sobre questões de
natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
IV. A democracia brasileira é definida como forma de governo, tendo
como elementos necessários o princípio da igualdade e da liberdade.
É correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) IV, apenas.

Comentários:
O erro da afirmação II é dizer que o referendo é uma consulta prévia, quando
na verdade é posterior. Já a afirmação IV erra ao dizer que a democracia é
nossa forma de governo, quando na verdade ela é nosso regime de governo.
A forma de governo brasileira é a república. Gabarito: Letra C.

5.5 Separação dos Poderes

A discussão sobre a separação dos Poderes remonta à Antiguidade. Por um


lado, buscava-se não concentrar demais o Poder nas mãos de uma só pessoa
ou instituição – e com isso evitar a tirania. Por outro, a separação também
tinha a ver com uma melhor eficiência no exercício das funções.
Entretanto, mesmo com a separação dos Poderes ainda havia o risco de
abusos dentro de cada um. Para evitá-los, passou-se a pensar em formas
onde cada Poder podia ser fiscalizado e, de certa forma, controlado.

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E assim, na Inglaterra do século XVIII, pela primeira vez tomou corpo um


sistema de controle mútuo. Um mecanismo chamado de ”balances”, nasceu
quando se implantou o bicameralismo (a Câmara de Lordes podia revisar
atos da Câmara dos Comuns). Além disso, a constituição passou a prever que
o rei poderia vetar leis aprovadas pelo Legislativo, enquanto este teria
poderes para controlar, em alguns casos, os atos dos ministros do rei.
Já nos Estados Unidos foi implementado, no início do século XIX, um
sistema conhecido como “checks”, quando se estabeleceu que era o Poder
Judiciário quem determinaria quando algum ato do Legislativo ou do
Executivo havia sido executado em desacordo com a constituição.
A partir daí o conjunto de controles mútuos entre os Poderes ficou conhecido
como “checks and balances”, ou, como é chamado no Brasil, de sistema de
freios e contrapesos.
Entretanto, é preciso lembrar que cada Poder executa funções típicas e
atípicas, de modo que não se pode pensar em cada Poder como algo
perfeitamente dimensionado, com limites exatos
Por este motivo, embora amplamente utilizada, a expressão “separação dos
poderes” tem sido criticada, com base na ideia de que o poder do Estado é
uno e indivisível, qualquer que seja sua forma. A divisão seria então apenas
a maneira como os diferentes órgãos exercem as funções estatais.

Veja como o CESPE já cobrou isso:

26. (CESPE/Anal. Jud.: Administrativa – TRT 17ª região). A separação


dos Poderes no Brasil adota o sistema norte-americano checks and
balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida,
não se admitindo interferências ou controles recíprocos.

Comentários:
Pelo sistema dos checks and balances, nenhum Poder é absoluto. Há
mecanismos que possibilitam, em certa medida, o controle de um Poder sobre
o outro. Gabarito: Errado.

A Constituição brasileira possui diversos mecanismos que possibilitam o


controle de um Poder sobre o outro. Vamos ver os principais:

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Atuação do PODER EXECUTIVO

Sobre o Poder Legislativo

• Poder de veto (total ou parcial), pelo Presidente da República, dos


projetos de lei encaminhados pelo Congresso Nacional (art. 66).

Sobre o Poder Judiciário

• Possibilidade de o Presidente da República propor ação direta de


inconstitucionalidade e ação declaratória de inconstitucionalidade (art.
103, inciso I).
• Competência privativa do Presidente da república em conceder indultos
e comutação de penas (art. 84, inciso XII).

Atuação do PODER JUDICIÁRIO

Sobre o Poder Executivo

• Controle de constitucionalidade exercido sobre leis e atos normativos


(art. 102, inciso I).

Sobre o Poder Legislativo

• Controle de constitucionalidade exercido sobre leis e atos normativos


(art. 102, inciso I).

Sobre os Poderes Executivo e Legislativo

• Competência para processar e julgar o chefe do Poder Executivo, o Vice-


Presidente, os membros do Congresso Nacional (apenas nas infrações
penais comuns), os Ministros de Estado, e os comandantes das Forças
Armadas (nas infrações penais comuns e nos crimes de
responsabilidade) (art. 102, inciso I).

Atuação do PODER LEGISLATIVO

Sobre o Poder Executivo

• São várias as hipóteses, entre elas:


• Julgar anualmente as contas do Presidente da República e apreciar os
relatórios sobre a execução dos planos de governo.
• Autorizar o Presidente da República a declarar guerra e celebrar a paz.

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• Autorizar referendo e convocar plebiscito.


• Fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluindo os da
administração indireta.
• Julgar o impeachment do Presidente da República.

Sobre o Poder Judiciário

• Sabatinar o indicado pelo Presidente da República para o cargo de


Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Sobre os Poderes Executivo e Judiciário

• Competência do Senado Federal para processar e julgar, nos crimes de


responsabilidade, o chefe do Poder Executivo, o Vice-Presidente, os
Ministros do STF, os Ministros de Estado, os Comandantes das Forças
Armadas, entre outros (art. 52).
• Controle de fiscalização exercido por meio das Comissões Parlamentares
de Inquérito.

Vamos ver como esse assunto já foi abordado:

27. (FCC/Gestor Público – SEAD/PI). O art. 2º da Constituição da


República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de
1988, estabelece que são poderes da União o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário. Neste sentido, consagra referida disposição o célebre
princípio da separação ou repartição de poderes, que consiste em
repartir o exercício do poder por vários órgãos diferentes e:
a) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir
sem ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios intensos”, sob o qual a liberdade individual pode
vicejar sem riscos de ser restringida pelo abuso do exercício do
poder.
b) independentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem
ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios e contrapesos”, sob o qual deve vicejar a ditadura.
c) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir
sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios e contrapesos”.

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d) dependentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir


sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema sem freios e contrapesos”.
e) dependentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem
ser freado pelos demais, permitindo-se o arbítrio, estabelecendo-se
assim o denominado “sistema sem freios e sem conselhos”, sob o
qual não deve ser viabilizada a liberdade individual.

Comentários:
Atenção com a pegadinha! O nome correto é sistema de freios e contrapesos.
Gabarito: Letra C.

28. (FCC/Auditor Fiscal Tributário – SER/PB). Considera-se exemplo


do mecanismo de freios e contrapesos, que caracteriza a divisão de
funções entre os órgãos do poder na Constituição brasileira de 1988,
a:
a) nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo
Senado Federal, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) possibilidade de adoção, pelo Presidente da República, de medidas
provisórias, com força de lei.
c) possibilidade de Deputado Federal ou Senador ser investido em
cargo de Ministro de Estado, sem perder o respectivo mandato.
d) autorização, concedida pelo Congresso Nacional ao Presidente da
República para exercer atribuição legislativa limitada no objeto e no
tempo.
e) impossibilidade de Deputado Federal ou Senador, desde a posse,
ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Comentários:
Pense no sistema de freios e contrapesos como a possibilidade de um Poder
“fiscalizar” ou “aprovar” o que outro Poder fez. Com isso em mente, veja que
a única alternativa que traz uma ação nesse sentido é a primeira. Gabarito:
Letra A.

29. (CESPE/Administrador – TJ/RR). O sistema checks and balances,


criado por ingleses e norte-americanos, consiste no método de freios
e contrapesos adotado no Brasil. Nesse sistema, todos os poderes do
Estado desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de
outro poder, de modo que um poder limita o outro.

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Comentários:
Penso que esta questão está mal redigida. De fato, no sistema de checks and
balances um poder limita o outro, mas isso é caracterizado por controles e
interferências legítimas. O desempenho de funções e a prática de atos que,
a rigor, seriam de outro poder caracterizam mais a existência das chamadas
funções atípicas do que o sistema de freios e contrapesos. Gabarito: Certo.

30. (CESPE/Procurador Federal – AGU). A possibilidade de o chefe do


Poder Executivo da União, no Brasil, editar medidas provisórias
constitui importante exceção ao tradicional sistema de freios e
contrapesos, uma vez que concentra no mesmo órgão funções de dois
dos poderes da República.

Comentários:
Não se pode falar em exceção ao sistema de freios e contrapesos porque, ao
editar medidas provisórias, o Presidente da República executa uma função
atípica, mas que é competência privativa sua, prevista na Constituição. E
deve seguir regras ao fazê-lo, do contrário também será controlado pelos
demais Poderes. Gabarito: Errado.

5.6 A organização político-administrativa brasileira

A organização político-administrativa brasileira é normatizada pelo Título III


da Constituição. Veremos aqui o artigo 18 e mais alguns pontos que
aparecem com frequência nas provas de Administração Pública.

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do


Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

Portanto, não há que se falar em subordinação entre eles. Todos possuem


autonomia (caracterizada por autogoverno, auto-organização e
autoadministração).

A Constituição designou a competência de cada ente federativo segundo o


critério da predominância de interesses. Parte-se da premissa de que há
assuntos que, por sua natureza, devem, essencialmente, ser tratados de
maneira uniforme em todo o país, enquanto há outros em que é melhor a
regulação em nível regional ou local:
• Interesse predominantemente geral – Competência da União
• Interesse predominantemente regional - Competência dos Estados
• Interesse predominantemente local – Competência dos Municípios

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Assim, há assuntos cuja competência para legislar pertence a um


determinado ente, mas mesmo nesses casos nunca há que se falar que os
demais entes estão subordinados a ele. E ainda que um ente possua
competência para legislar sobre determinado assunto, a Constituição Federal
nunca pode ser sobreposta por leis estaduais ou municipais.

Há casos em que a Constituição autoriza a intervenção de um ente sobre


outro (artigos 34 e 35). Mas tais casos são excepcionais e todos previstos no
texto constitucional, portanto, aqui também não se fala em subordinação.

Importante também lembrar que são apenas esses (a União, os Estados, o


Distrito Federal e os Municípios) os entes da federação. Regiões
metropolitanas e outras formas de associação entre municípios não são entes
federados e não gozam de autonomia e nem de prerrogativas políticas,
administrativas ou financeiras.

§ 1º Brasília é a Capital Federal.


§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão
reguladas em lei complementar.

Logo, os territórios não são entes da federação.

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou


desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por
lei complementar.

Não se pode confundir a possibilidade descrita acima com independência ou


soberania dos estados-membros, pois isso não é permitido.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de


Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por
Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante
plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

Esses são os pontos mais cobrados. Tranquilo, não é?

Hora de praticar!

31. (ESAF/AFRFB – RFB). Sobre a organização do Estado brasileiro, é


correto afirmar que:

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a) administrativamente, os municípios se submetem aos estados, e


estes, por sua vez, submetem-se à União.
b) quando instituídas, as regiões metropolitanas podem gozar de
prerrogativas políticas, administrativas e financeiras diferenciadas
em relação aos demais municípios do estado.
c) quando existentes, os territórios federais gozam da mesma
autonomia político-administrativa que os estados e o Distrito Federal.
d) o Distrito Federal é a capital federal.
e) embora, por princípio, todos os entes federados sejam autônomos,
em determinados casos, os estados podem intervir em seus
municípios.

Comentários:
Ótima questão, cobrando vários pontos desse assunto. Quanto à última
alternativa, é bom lembrar que a União também pode, em certos casos,
intervir nos estados. Gabarito: Letra E.

32. (ESAF/AFC – CGU). O Brasil é um Estado organizado de forma


Federativa; Isto significa que as atribuições inerentes aos poderes
executivo, legislativo e judiciário são divididas em duas esferas de
atuação: a Federal (União) e a Estadual.
Em relação a essas esferas, é incorreto afirmar que:
a) os estados têm total autonomia para formulação e aplicação de
suas políticas independentemente do poder central.
b) aos estados e municípios são atribuídas as ações de caráter local.
c) a cúpula dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário
formam o núcleo estratégico do Estado.
d) o critério de divisão de poderes entre a União e os estados-
membros é ao mesmo tempo funcional e territorial.
e) a Constituição da União e as leis federais determinam o escopo e
alcance das constituições dos estados federados.

Comentários:
A alternativa B pode causar certa confusão. Sabemos que a Constituição
designou a competência de cada ente federativo segundo o critério da
predominância de interesses, e por ele temos que os assuntos de
interesse predominantemente regional competem aos Estados, enquanto
os assuntos de interesse predominantemente local competem aos

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Municípios. Porém esse critério não é exato. Uma exceção bastante


cobrada é a exploração dos serviços locais de gás canalizado, cujo
interesse é local, mas a competência foi atribuída aos estados. Portanto, a
alternativa B está certa. Gabarito: Letra A.

33. (FCC/Anal. Controle: Adm. – TCE/PR). Considere as afirmativas


abaixo:
I. Os Municípios têm o poder de autogoverno, representado pela
estruturação do poder executivo, legislativo e judiciário no âmbito
municipal.
II. Os Municípios têm o poder de auto-organização, fundados nos
princípios constitucionais da Federação e do estado, representado
pela lei orgânica.
III. Os Municípios têm competências legislativas e não legislativas
próprias, possuindo poderes de autoadministração e auto legislação.
Ao identificar as competências do Município perante a organização do
Estado brasileiro e da Administração Pública, está correto o que se
afirma APENAS em:
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

Comentários:
Lembre-se: os municípios não estruturam seu próprio Poder Judiciário.
Gabarito: Letra E.

6. DICA DE OURO

Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você vá


até este capítulo no sistema Nota11 de fichas interativas e pratique!
As fichas são neurologicamente formuladas para que esses pontos
nunca mais saiam da sua cabeça...
Esse será o grande diferencial para que você consiga estar pronto para
gabaritar a prova em um tempo até 10X mais rápido que nos materiais
e métodos disponíveis no mercado.

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7. Principais pontos a serem fixados

SOCIEDADE: União moral de seres racionais e livres, organizados de


maneira estável e eficaz para realizar um fim comum e conhecido de todos.

ESTADO

SOCIEDADE CIVIL SOCIEDADE POLÍTICA


(não pertence ao governo) (como se organiza o poder)

Tipos de PODER (Max Weber):


1. Tradicional
2. Carismático
3. Racional-legal
Quando houver diferenciação entre Poder e Autoridade: O poder é imposto,
a autoridade é conquistada.

POLÍTICA: Conjunto de procedimentos formais e informais que expressam


relações de poder e que se destinam a prover a resolução pacífica dos
conflitos sobre bens públicos.

GOVERNO: Instrumento pelo qual são definidos os objetivos e as diretrizes


gerais de atuação do Estado.
Dimensões de Governo:
1. Formal
2. Material
3. Estrito
4. Operacional

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: Executa as atividades implementadas pelo


Governo.

ESTADO GOVERNO ADM. PÚBLICA


(detém o Poder) (exerce o Poder) (executa o Poder)

instrumento instrumento

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FORMA DE ESTADO: Modo como se dá o exercício do poder político no


território do Estado.
1. Estado unitário (ou Estado simples)
2. Confederação
3. Federação (ou Estado composto)

Características essenciais da federação:


1. Autonomia dos entes políticos.
a. Autogoverno.
b. Auto-organização.
c. Autoadministração.
2. Repartição de competências.

Modos de formação dos Estados federados:


1. Agregação – movimento centrípeto.
2. Desagregação (ou Segregação) – movimento centrífugo.

Modos de separação de competências entre os entes federais:


1. Federalismo dual.
2. Federalismo cooperativo.

FORMA DE GOVERNO: Maneira como se dá a instituição do poder na


sociedade, e como se dá a relação entre governantes e governados.
1. República. Características:
a. Eletividade dos mandatários.
b. Temporariedade dos mandatos eletivos.
c. Responsabilidade dos mandatários.
2. Monarquia: Características:
a. Não é eleito pelo povo, mas sim recebe o cargo através de
alguma regra de nomeação, geralmente a hereditariedade.
b. Exerce tal posição de forma vitalícia.
c. Não tem responsabilidade política.

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SISTEMA DE GOVERNO: Modo como se relacionam os Poderes Legislativo


e Executivo no exercício das funções governamentais.
1. Parlamentarismo: Características:
• Separação nítida do Poder Executivo entre o Chefe de Estado e o
Chefe de Governo (sistema dual).
• O Chefe de Estado não possui responsabilidade política.
• Interdependência entre os Poderes Executivo e Legislativo (voto de
confiança).
2. Presidencialismo: Características:
• O presidente da República exerce as funções de Chefe de Estado,
Chefe de Governo e Chefe da Administração Pública.
• Independência entre o Legislativo e o Executivo.
• O órgão do Legislativo não está sujeito a dissolução.
3. Semipresidencialismo: O Chefe de Estado possui uma série de
atribuições efetivamente governamentais.

REGIME DE GOVERNO (Regime político): Maneira como são decididas as


questões políticas do Estado.
1. Autocracia (ou monocracia).
2. Democracia. Subdivide-se em:
a. Democracia direta.
b. Democracia indireta.
c. Democracia semidireta (ou mista, ou participativa). Exercida
por meio de instrumentos como:
i. Plebiscito.
ii. Referendo.
iii. Iniciativa popular.

Brasil  Estado Democrático de Direito: Pautado na justiça social, e cujas


leis refletem a finalidade de alcançar o bem comum.

DICA!! “O estado fede, a república é fogo, o regime é democrático e o


presidente é sistemático”.

SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS: Conjunto de controles mútuos


entre os Poderes.

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8. Lista das questões que resolvemos

1. (VUNESP/Anal. Tecnologia – Sec. Educ./SP). É correto afirmar que


o que caracteriza uma sociedade é a partilha de interesses entre os
membros e a(s)
a) articulações orgânicas de formação natural.
b) participação em atividades sem uma autoridade política.
c) atividades econômicas originadas por essas partilhas.
d) preocupações mútuas direcionadas a um objetivo comum.
e) consequentes ações que coíbem a integração de outros indivíduos.

2. (ESAF/AFC – CGU) Segundo Max Weber, a autoridade ou


dominação baseia-se na legitimidade que, por sua vez, pode ser de
três tipos. Um deles, a dominação legal de caráter racional, típica do
Estado contemporâneo, não apresenta a característica de:

a) impessoalidade das normas e de sua aplicação


b) hierarquia oficial
c) direito consuetudinário
d) exercício contínuo de funções segundo competências fixas
e) regras técnicas e normas aplicadas por profissionais
especializados

3. (CESPE/Anal. Téc. Adm. – MIN). Os conceitos de governo e


administração não se equiparam; o primeiro refere-se a uma
atividade essencialmente política, ao passo que o segundo, a uma
atividade eminentemente técnica.

4. (ESAF/AFC – CGU). Leia atentamente os enunciados que se


seguem:
• Relação entre dois sujeitos, na qual um impõe ao outro a sua
própria vontade e lhe determina o comportamento.
• A atividade ou conjunto de atividades que tem como finalidade
a administração do conflito em torno de bens públicos.
• Organização que detém o monopólio legítimo do uso da força
em um dado território.

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• Conjunto de pessoas que exercem o poder político e que


determinam a orientação política de uma dada sociedade.
• Conjunto de atividades diretamente destinadas à execução
concreta das tarefas ou incumbências consideradas de
interesse público ou comum, numa coletividade ou organização
estatal.

Os enunciados acima referem-se, sequencialmente, aos seguintes


conceitos:
a) Administração Pública, Poder, Política, Estado, Governo
b) Poder, Estado, Governo, Política, Administração Pública
c) Poder, Administração Pública, Governo, Estado, Política
d) Administração Pública, Poder, Governo, Política, Estado
e) Poder, Política, Estado, Governo, Administração Pública

5. (ESAF/AFC: Audit. e Fiscal. – CGU). Após a II Guerra Mundial até o


final da década de 70, o Estado acumula diferentes funções com
atuação em três dimensões: econômica, social e administrativa.
Assinale a opção que identifica corretamente a dimensão
administrativa.

a) A dimensão administrativa do Estado se baseia na impessoalidade,


neutralidade e racionalidade do aparelho governamental.
b) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de
políticas públicas nas áreas de educação, saúde, habitação.
c) A dimensão administrativa do Estado se baseia no modelo
burocrático de geração de emprego e renda.
d) A dimensão administrativa do Estado se baseia em políticas que
subsidiem o crescimento econômico.
e) A dimensão administrativa do Estado se baseia na produção de
bens e equidade para a população.

6. (CESPE/Administrador – MPOG) São formas de governo a


federação, a confederação e o governo único.
7. (FGV/Procurador – TCM-RJ) A Federação dota seus membros de
tríplice capacidade, a saber:

a) auto-organização, auto normatização e autogoverno.

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b) autogoverno, autoadministração e autofinanciamento.


c) auto-organização, autogoverno e autoadministração.
d) auto-organização, auto normatização e automanutenção.
e) auto arrecadação, autogoverno e autogerenciamento.

8. (ESAF/Analista Técnico-Administrativo – MF). A atual forma do


Estado Brasileiro, que, como se sabe, resultou de processo de
segregação, uma vez que durante o império era adotado o regime
unitário com apenas um poder político, pode ser denominada:

a) Federalismo centrípeto.
b) Confederação.
c) Estado simples.
d) Unitária.
e) Federalismo centrífugo.

9. (ESAF/AFC: Contábil-Financeira – STN). As mudanças no plano


mundial enterraram a era liberal e promoveram o Estado corporativo,
voltado para estimular a cooperação entre o capital e o trabalho. De
acordo com Camargo (2001), no Brasil, no final do séc. XX, criou-se
um novo federalismo democrático trino (presente nos três níveis de
governo), que nasceu com a Constituição Federal de 1988, como um
novo tipo de federalismo cooperativo.
São características desse tipo de federalismo, exceto:

a) comprometido com parcerias entre os três níveis de governo.


b) comprometido com a melhoria das políticas públicas no nível local.
c) comprometido com a redução das desigualdades sociais.
d) comprometido com as oligarquias e o fortalecimento da classe
política.
e) comprometido com o fortalecimento da sociedade civil e da
cidadania.

10. (FGV/Técnico de fomento: Advogado – BADESC). As alternativas


a seguir apresentam características do sistema federativo brasileiro,
à exceção de uma. Assinale-a.

a) Repartição constitucional de competências entre a União, Estados-


membros, Distrito Federal e Municípios.

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b) Atribuição de autonomia constitucional aos Estados membros,


Distrito Federal e Municípios, podendo tais entes federativos
organizar seus poderes executivo, legislativo e judiciário, na forma
de suas constituições regionais.
c) Participação dos Estados-membros na elaboração das leis federais,
através da eleição de representantes para o Poder Legislativo
Federal.
d) Possibilidade constitucional excepcional e taxativa de intervenção
federal nos Estados-membros e no Distrito Federal, para manutenção
do equilíbrio federativo.
e) Indissolubilidade da federação, sendo vedada a aprovação de
emenda constitucional tendente a abolir a forma federativa de
Estado.

11. (ESAF/AFC: Ouvidoria – CGU). O Federalismo brasileiro surgido


da Constituição de 1988 apresenta uma série de características que
o distingue do existente na maioria das demais nações federativas.
Indique qual das características enunciadas a seguir está incorreta.
a) É um federalismo economicamente assimétrico porque existe
grande diferença de poder econômico entre seus entes federados.
b) É um federalismo caracterizado pela sobrerrepresentação política
de alguns dos pequenos entes federados.
c) É um federalismo que reproduz, em todos os seus entes federados,
a divisão de poderes existente no governo central.
d) É um federalismo que distribui competências entre os diversos
entes federados.
e) É um federalismo que permite e regulamenta o aumento do
número de entes federados.

12. (FCC/Gestor Público – SEADE/PI). Tendo em vista


características, modos de surgimento e funcionamento dos Estados
federais, é correto afirmar:
a) No âmbito do federalismo norte-americano, o Estado federal
resultou de uma agregação de Estados que a ele preexistiam. A
formação do novo Estado federal guarda aos entes federativos a
autonomia e parcela de soberania com a possibilidade de secessão.
b) A partir do momento em que os Estados ingressam na Federação
perdem soberania, mas mantêm a autonomia dos entes federativos,
inclusive com a possibilidade de exercício do direito de secessão.

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c) No Estado federal o poder político é compartilhado pela União e


pelas Confederações dos Estados. Existe um governo federal, do qual
participam as unidades confederadas, e existem governos estaduais
dotados de autonomia política.
d) No âmbito do federalismo norte-americano, assim como no
brasileiro, foi dado o nome de Estado a cada unidade federada pelo
fato das entidades federativas serem dotadas de soberania e direito
de secessão.
e) No Estado federal as atribuições da União e das unidades
federadas são fixadas na Constituição, por meio de uma distribuição
de competências com a finalidade de manter o equilíbrio da
federação.

13. (CESPE/Agente de proteção – TJ/RR). Dentro da forma de


governo denominada monarquia, o rei ou monarca é o chefe de
Estado. Por meio dos princípios básicos de hereditariedade e
vitaliciedade, o poder lhe é transmitido ao longo de uma linha de
sucessão. Há monarquias em que o chefe de Estado é eleito, mas
recebe o título de monarca; isso é exceção, como no Vaticano e na
Polônia nos séculos XVII e XVIII.
Tendo o texto acima como referência inicial, assinale a opção correta
a respeito das formas e dos sistemas de governo.
a) A monarquia é uma forma de governo que admite mais de um tipo
de sistema de governo.
b) Em todas as monarquias, o rei ou monarca é chefe de Estado e de
governo ao mesmo tempo.
c) Em uma monarquia, o monarca é submetido à aprovação de
parlamentares depois de apresentar seu plano de governo, mas, por
meio de uma moção de censura, o rei pode vir a ser derrubado pelo
parlamento.
d) Uma república, ao contrário de uma monarquia, é um sistema de
governo no qual um representante, normalmente chamado
presidente, é escolhido para ser o chefe de Estado, podendo ou não
acumular esse poder com o do Poder Executivo.

14. (CESPE/AFCE – TCU). A república e a forma federativa de Estado


foram arroladas expressamente como cláusulas pétreas pelo
constituinte originário.

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15. (CESPE/Analista ambiental – IBAMA). No que se refere aos


princípios fundamentais da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue
o item seguinte.
República é uma forma de governo fundamentada na igualdade
formal entre as pessoas, na qual o poder político é exercido por meio
de representação, em caráter eletivo e por um período determinado
de tempo.

16. (FACAPE/Agente de trânsito – Pref. de Petrolina). Na expressão


“República Federativa do Brasil”
a) o termo “República” indica a forma de Estado (Estado Federal) e
está em contraposição ao Estado Unitário.
b) o termo “Federativa” indica uma forma de Estado, a qual é
impossível de ser alterada pelo legislador derivado uma vez que está
protegida por cláusula pétrea.
c) o termo “República” indica a forma de Estado, a qual é impossível
de ser alterada pelo legislador uma vez que está protegida por
cláusula pétrea.
d) o termo “Federativa” indica a forma de Governo e, de uma forma
singela, está em contraposição à Monarquia.
e) o termo “República” indica que a nossa forma de Governo é o
Presidencialismo.

17. (ESAF/AFRFB – RFB). De uma Constituição que adota uma chefia


dual do Executivo, com um Chefe de Estado e um Chefe de Governo,
em que a permanência deste no cargo depende da confiança do Poder
Legislativo, pode-se dizer que adota característica típica do:
a) Bicameralismo
b) Estado unitário
c) Federalismo de equilíbrio
d) Presidencialismo
e) Parlamentarismo

18. (CESPE/Consultor Legislativo: Adm. Pública – Senado). A


concepção do cargo presidencial insculpida na Constituição da
República implica que seu ocupante desempenhe funções gerenciais
de governo e funções de liderança política.

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19. (ESAF/APO – MPOG). No tocante à organização do Estado


Brasileiro, é incorreto afirmar que:
a) o Brasil adota princípio de separação de Poderes que pode ser
caracterizado como flexível.
b) a Constituição Federal criou mecanismos de freios e contrapesos,
que permitem a materialização da harmonia entre os Poderes
Legislativo, Executivo e Judiciário, como, por exemplo, a
possibilidade do veto às leis pelo chefe do Poder Executivo.
c) diferentemente do Parlamentarismo, no Presidencialismo o chefe
do Poder Executivo acumula as funções de Chefe de Estado e de Chefe
de Governo, além de cumprir mandato fixo, sem precisar depender
da confiança do Poder Legislativo para sua investidura ou para o
exercício de seu cargo.
d) no modelo e Estado federativo previsto na Constituição Federal, os
Estados-Membros possuem soberania e autonomia financeira,
administrativa e política.
e) a eletividade e a temporalidade do mandato do chefe do Poder
Executivo, bem como seu dever de prestar contas de seus atos, são
características da forma de governo republicana adotada no Brasil.

20. (ESAF/EPPGG – MPOG). Em 1993, o Brasil realizou um plebiscito


sobre a forma e sobre o sistema de governo a vigorarem no país a
partir de então. Os seguintes enunciados se referem ao resultado
dessa opção dos eleitores brasileiros. Indique o único correto.
a) No plebiscito, a campanha foi conduzida por frentes que
representavam o Parlamentarismo com República, o
Presidencialismo com República e o Parlamentarismo com
Monarquia.
b) A derrota da opção pela monarquia era previsível, porque os
herdeiros de D. Pedro II não puderam fazer campanha eleitoral.
c) Nas repúblicas parlamentaristas, os presidentes têm maior poder
que nas repúblicas presidencialistas, porque pertencem ao partido
com maioria no Legislativo.
d) Nas repúblicas presidencialistas, os chefes de Estado contam com
maioria automática no Legislativo, por isso são mais estáveis que as
parlamentaristas.
e) A maioria dos eleitores optou pela república e pelo
presidencialismo, porque são forma e sistema de governo mais
democráticos que os demais.

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21. (CESPE/Agente penitenciário – DEPEN). No âmbito das relações


internacionais, o presidente da República Federativa do Brasil exerce
a representação do país na qualidade de chefe de governo.

22. (CESPE/Analista – MP/PI). A democracia representativa (ou


indireta) é exercida pelo povo, individual ou coletivamente, a partir
dos instrumentos constitucionais que possibilitam interferir
diretamente nas decisões políticas do Estado.

23. (CESPE/Téc. Jud.: Administrativa – TRT 8ª região). Considerando


os princípios fundamentais, os direitos e garantias fundamentais e,
em especial, o caput do art. 1.º da CF: “A República Federativa do
Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
DF, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...)”, bem como o
parágrafo único do mesmo dispositivo, que estabelece que “Todo o
poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”, assinale a
opção correta.
a) São instrumentos da democracia direta o plebiscito, o referendo e
a iniciativa popular de emendas constitucionais, leis ordinárias e leis
complementares.
b) República é o sistema de governo adotado pelo Brasil.
c) O Estado brasileiro adotou a democracia como forma de governo.
d) A forma federativa de Estado, adotada pelo Brasil, fica clara
quando o constituinte estabelece a união indissolúvel de estados,
municípios e do DF, todos dotados de autonomia político-
administrativa.
e) Ao estabelecer que “Todo o poder emana do povo”, o constituinte
reconheceu o regime democrático de governo.

24. (CESPE/Advogado da União – AGU). O Brasil adota o sistema de


governo presidencialista, no qual o Poder Executivo é exercido de
maneira monocrática, com as funções de Chefe de Estado e Chefe de
Governo estando confiadas a um só agente político.

25. (CETRO/Anal. Adm. – ANVISA). De acordo com o parágrafo único


do artigo 1º da Constituição Federal de 1988, todo o poder emana do
povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição. Com base neste
preceito, analise as assertivas abaixo.

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I. A democracia em vigor no Estado brasileiro é semidireta,


caracterizada pela junção do princípio representativo às formas de
participação popular que caracterizam a democracia direta.
II. A democracia brasileira poderá ser exercida pelo referendo, para
o qual a população é convocada previamente à criação do ato
legislativo ou administrativo que trate do assunto em pauta.
III. Plebiscito e referendo tratam-se de consultas à população,
quanto à matéria de relevância para a nação, sobre questões de
natureza constitucional, legislativa ou administrativa.
IV. A democracia brasileira é definida como forma de governo, tendo
como elementos necessários o princípio da igualdade e da liberdade.
É correto o que se afirma em
a) I, II e III, apenas.
b) III e IV, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e IV, apenas.
e) IV, apenas.

26. (CESPE/Anal. Jud.: Administrativa – TRT 17ª região). A separação


dos Poderes no Brasil adota o sistema norte-americano checks and
balances, segundo o qual a separação das funções estatais é rígida,
não se admitindo interferências ou controles recíprocos.

27. (FCC/Gestor Público – SEAD/PI). O art. 2º da Constituição da


República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de
1988, estabelece que são poderes da União o Legislativo, o Executivo
e o Judiciário. Neste sentido, consagra referida disposição o célebre
princípio da separação ou repartição de poderes, que consiste em
repartir o exercício do poder por vários órgãos diferentes e:
a) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir
sem ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios intensos”, sob o qual a liberdade individual pode
vicejar sem riscos de ser restringida pelo abuso do exercício do
poder.
b) independentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem
ser freado pelos demais, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios e contrapesos”, sob o qual deve vicejar a ditadura.

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c) independentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir


sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema de freios e contrapesos”.
d) dependentes de tal sorte que nenhum órgão isolado possa agir
sem ser freado pelos demais, impedindo-se o arbítrio, ou ao menos
dificultando-o sobremaneira, estabelecendo-se assim o denominado
“sistema sem freios e contrapesos”.
e) dependentes de tal sorte que cada órgão isolado possa agir sem
ser freado pelos demais, permitindo-se o arbítrio, estabelecendo-se
assim o denominado “sistema sem freios e sem conselhos”, sob o
qual não deve ser viabilizada a liberdade individual.

28. (FCC/Auditor Fiscal Tributário – SER/PB). Considera-se exemplo


do mecanismo de freios e contrapesos, que caracteriza a divisão de
funções entre os órgãos do poder na Constituição brasileira de 1988,
a:
a) nomeação pelo Presidente da República, após aprovação pelo
Senado Federal, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.
b) possibilidade de adoção, pelo Presidente da República, de medidas
provisórias, com força de lei.
c) possibilidade de Deputado Federal ou Senador ser investido em
cargo de Ministro de Estado, sem perder o respectivo mandato.
d) autorização, concedida pelo Congresso Nacional ao Presidente da
República para exercer atribuição legislativa limitada no objeto e no
tempo.
e) impossibilidade de Deputado Federal ou Senador, desde a posse,
ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

29. (CESPE/Administrador – TJ/RR). O sistema checks and balances,


criado por ingleses e norte-americanos, consiste no método de freios
e contrapesos adotado no Brasil. Nesse sistema, todos os poderes do
Estado desempenham funções e praticam atos que, a rigor, seriam de
outro poder, de modo que um poder limita o outro.

30. (CESPE/Procurador Federal – AGU). A possibilidade de o chefe do


Poder Executivo da União, no Brasil, editar medidas provisórias
constitui importante exceção ao tradicional sistema de freios e
contrapesos, uma vez que concentra no mesmo órgão funções de dois
dos poderes da República.

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31. (ESAF/AFRFB – RFB). Sobre a organização do Estado brasileiro, é


correto afirmar que:
a) administrativamente, os municípios se submetem aos estados, e
estes, por sua vez, submetem-se à União.
b) quando instituídas, as regiões metropolitanas podem gozar de
prerrogativas políticas, administrativas e financeiras diferenciadas
em relação aos demais municípios do estado.
c) quando existentes, os territórios federais gozam da mesma
autonomia político-administrativa que os estados e o Distrito Federal.
d) o Distrito Federal é a capital federal.
e) embora, por princípio, todos os entes federados sejam autônomos,
em determinados casos, os estados podem intervir em seus
municípios.

32. (ESAF/AFC – CGU). O Brasil é um Estado organizado de forma


Federativa; Isto significa que as atribuições inerentes aos poderes
executivo, legislativo e judiciário são divididas em duas esferas de
atuação: a Federal (União) e a Estadual.
Em relação a essas esferas, é incorreto afirmar que:
a) os estados têm total autonomia para formulação e aplicação de
suas políticas independentemente do poder central.
b) aos estados e municípios são atribuídas as ações de caráter local.
c) a cúpula dos três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário
formam o núcleo estratégico do Estado.
d) o critério de divisão de poderes entre a União e os estados-
membros é ao mesmo tempo funcional e territorial.
e) a Constituição da União e as leis federais determinam o escopo e
alcance das constituições dos estados federados.

33. (FCC/Anal. Controle: Adm. – TCE/PR). Considere as afirmativas


abaixo:
I. Os Municípios têm o poder de autogoverno, representado pela
estruturação do poder executivo, legislativo e judiciário no âmbito
municipal.
II. Os Municípios têm o poder de auto-organização, fundados nos
princípios constitucionais da Federação e do estado, representado
pela lei orgânica.

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III. Os Municípios têm competências legislativas e não legislativas


próprias, possuindo poderes de autoadministração e auto legislação.
Ao identificar as competências do Município perante a organização do
Estado brasileiro e da Administração Pública, está correto o que se
afirma APENAS em:
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

9. Gabarito

1–D 2-C 3–C 4-E 5–A

6–E 7–C 8–E 9–D 10 – B

11 – C 12 - E 13 - A 14 – E 15 – C

16 – B 17 – E 18 – C 19 – D 20 – A

21 – E 22 – E 23 – D 24 – E 25 – C

26 - E 27 - C 28 - A 29 - C 30 - E

31 - E 32 - A 33 - E

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