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Super Apostila - ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

09 – Controle da
Administração Pública

Prof. Everton Ventrice


Prof. Everton Ventrice

Sumário
1. Introdução e objetivos desta apostila................................................................................................. 3
2. Noções gerais sobre o controle da Administração Pública .................................................................. 3
3. Classificação dos controles da Administração Pública ........................................................................ 4
3.1. Quanto à origem ............................................................................................................................... 4

3.1.1. Controle interno ................................................................................................................... 5

3.1.2. Controle externo................................................................................................................... 6

3.1.3. Controle popular (ou social) ................................................................................................. 9

3.2. Quanto ao momento ....................................................................................................................... 12

3.2.1. Controle prévio (ou preventivo) ......................................................................................... 12

3.2.2. Controle concomitante (ou sucessivo) ............................................................................... 13

3.2.3. Controle subsequente (ou corretivo) ................................................................................. 13

3.3. Quanto ao modo de desencadear-se .............................................................................................. 14

3.3.1. Controle de ofício ............................................................................................................... 14

3.3.2. Controle por provocação .................................................................................................... 14

3.4. Quanto ao aspecto (ou objeto) ....................................................................................................... 14

3.4.1. Controle de legalidade........................................................................................................ 15

3.4.2. Controle de mérito ............................................................................................................. 15

3.5. Quanto à amplitude ........................................................................................................................ 17

3.5.1. Controle hierárquico ........................................................................................................... 17

3.5.2. Controle finalístico.............................................................................................................. 17

3.6. Quanto aos órgãos .......................................................................................................................... 19

3.6.1. Controle administrativo ...................................................................................................... 19

3.6.2. Controle legislativo (ou parlamentar) ................................................................................. 21

3.6.3. Controle judicial (ou jurisdicional) ...................................................................................... 22

3.6.4. Controle pelo Ministério Público ........................................................................................ 24

4. DICA DE OURO ................................................................................................................................. 27


5. Principais pontos a serem fixados .................................................................................................... 27
6. Lista de questões que resolvemos .................................................................................................... 28
7. Gabarito ........................................................................................................................................... 33

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1. Introdução e objetivos desta apostila

Lembra-se do que aprendemos quando vimos a ideia de accountability? Pois


bem, expandiremos esse conceito agora ao estudarmos o controle da
Administração Pública.
Não é um tópico difícil. Complica um pouco o fato de que as bancas, às vezes,
se atrapalham ao delimitar aquilo que será cobrado em Administração
Pública, já que boa parte do conteúdo é visto em maior profundidade em
outras disciplinas (como Auditoria e Direito Constitucional), além da avaliação
do desempenho, vista mais a fundo no tópico Gestão por Resultados.
Outro ponto de atenção é o fato de que as classificações do controle da
Administração Pública possuem bastante sobreposição, e por isso um mesmo
ato pode se referir a mais de um tipo de controle.
Aqui nós veremos aquilo que de mais importante tem sido cobrado nas provas
de Administração Pública, e vamos também nos acostumar como o modo
como as bancas costumam tratar as diversas classificações. Por isso, tenha a
certeza que, após estudar com atenção, você será capaz de enfrentar esse
tópico com segurança em nossa disciplina.
Hora de começar!

2. Noções gerais sobre o controle da Administração Pública

O controle é uma das funções do processo administrativo. Basicamente,


através da comparação com padrões previamente estabelecidos, ele procura
avaliar o desempenho de um determinado processo, permitindo que os
administradores tomem ações para corrigi-lo ou melhorá-lo.
No âmbito da Administração Pública veremos que, além do desempenho das
ações em si, quando se fala em controle estamos nos referindo à verificação
se as leis e regras que se aplicam aos diversos atos administrativos estão
sendo seguidos, e ainda da conveniência em praticá-los ou mantê-los. A ideia,
derivada do princípio da indisponibilidade do interesse público, é que, como
a Administração Pública não é a proprietária, mas apenas gestora dos bens e
interesses públicos, ela deve se submeter ao controle para que o proprietário
– a sociedade – se certifique que está tendo seus interesses bem gerenciados.
Duas definições de Controle da Administração Pública nos ajudarão a
entender melhor a ideia:
• “É o conjunto de mecanismos jurídicos e administrativos por meio dos
quais se exerce o poder de fiscalização e revisão da atividade
administrativa em qualquer das esferas de Poder”. (José dos Santos
Carvalho Filho)

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• “É o poder-dever de vigilância, orientação e correção que a própria


Administração, ou outro Poder, diretamente ou por meio de órgãos
especializados, exerce sobre sua atuação administrativa”. (Vicente
Paulo e Marcelo Alexandrino)

O que está sujeito ao controle?


Basicamente os atos praticados pela Administração Pública e os resultados
provenientes desses atos, além da gestão do patrimônio público.
Os atos administrativos, objetivamente, indicam a intenção do administrador
público. Há uma série de requisitos legais que envolvem os atos
administrativos. Daí vem que o principal controle que incide sobre a
Administração Pública é o controle de legalidade. Há também o controle do
mérito administrativo, que verifica se algum ato é ou não oportuno e
conveniente.
Já os resultados devem ser controlados e confrontados com aquilo que se
pretendia alcançar. Há diversos instrumentos formais para demonstrá-los
(tais como o relatório resumido de execução orçamentária, previsto pelo art.
165, § 3º da Constituição federal), e também diversos indicadores utilizados
como parâmetros (tais como eficiência, eficácia e efetividade). Lembrando
que, segundo o modelo da Administração Pública gerencial, a ênfase deve
ser no controle dos resultados obtidos (fins), e não nos processos realizados
(meios).

Quem se sujeita ao controle?


Quanto aos agentes públicos, todos eles, de todas as esferas administrativas
e de todos os Poderes se sujeitam ao controle da Administração Pública.
Porém o controle vai além, e pode envolver também pessoas físicas e
jurídicas. Veja o que diz a Constituição federal:
Art. 70, parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que,
em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

3. Classificação dos controles da Administração Pública

Há diversas classificações. Veremos aqui as seis mais relevantes.

3.1 Quanto à origem

3.1.1 Controle interno

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O controle interno é aquele feito pela própria instituição, e pode ser


encontrado em todos os Poderes da República. Resulta do poder de
autotutela da Administração Pública, e possui como característica ser mais
preventivo do que corretivo.
É um controle amplo, que inclui não apenas o controle da legalidade, mas
também o mérito administrativo. Veja o que diz a Súmula 473 do STF: “A
Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que
os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por
motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.
Vejamos agora o que a Constituição federal traz sobre o controle interno
no âmbito da União:
Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.
(...)
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de
Contas da União, sob pena de responsabilidade solidária.

ATENÇÃO!!! Embora a Constituição diga que o controle interno deve apoiar


o controle externo, não há relação de hierarquia entre eles. Ambos são
complementares.
O sistema de controle interno, no âmbito do Poder Executivo da União, foi
disciplinado pela Lei 10.180/2001, e possui como órgão central a CGU

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(Controladoria Geral da União), recentemente renomeada para


Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle (MTFC).
O MTFC é estruturado da seguinte forma:
a) Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC):
Atua na formulação, coordenação e fomento a programas, ações e
normas voltados à prevenção da corrupção na administração pública e
na sua relação com o setor privado.
b) Secretaria Federal de Controle Interno (SFC): Exerce as
atividades de órgão central do sistema de controle interno do Poder
Executivo Federal, notadamente através das atividades de auditoria e
fiscalização. Segundo o Decreto 3591/2000, temos:
• A auditoria visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e
resultados gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por
entidades de direito privado.
• A fiscalização visa a comprovar se o objeto dos programas de
governo corresponde às especificações estabelecidas, atende às
necessidades para as quais foi definido, guarda coerência com as
condições e características pretendidas e se os mecanismos de
controle são eficientes.
c) Corregedoria-Geral da União (CRG): Promove, coordena e
acompanha a execução de ações disciplinares que visem à apuração
de responsabilidade administrativa de servidores públicos.
d) Ouvidoria-Geral da União (OGU): Exerce a supervisão técnica das
unidades de ouvidoria do Poder Executivo Federal, além de ela própria
examinar manifestações referentes à prestação de serviços públicos.

3.1.2 Controle externo

Tecnicamente falando, controle externo é todo aquele exercido por alguma


instituição que não pertence à mesma estrutura daquele que está sofrendo o
controle.
Entretanto, no âmbito da União, a Constituição federal restringiu a
definição de controle externo. Veja:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete: (...)
Assim, de acordo com o texto constitucional, apenas o controle exercido pelo
Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas, sobre a Administração
Pública, recebe o nome de controle externo.

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Nos incisos seguintes a Constituição traz uma série de competências do TCU


nessa tarefa:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da
República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em sessenta
dias a contar de seu recebimento;

Obs: Na União, o Presidente da República tem até 60 dias, a contar da


abertura da sessão legislativa (2 de fevereiro), para entregar a prestação de
contas ao Congresso Nacional (que, sobre esse assunto, atua através de sua
Comissão Mista de Orçamento). Se não o fizer, compete privativamente à
Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas.

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por


dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas
as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal,
e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra
irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão
de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas
as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as
nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das
concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as
melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do Senado
Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas
unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e
demais entidades referidas no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de
cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos
do tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União
mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo Congresso Nacional, por
qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e
sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

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VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou


irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado,
comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos
apurados.
§ 1º - No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente
pelo Congresso Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo
as medidas cabíveis.

Obs: Note que o inciso X autoriza o TCU a sustar atos administrativos. Já o §


1º diz que, no caso de contratos administrativos, quem susta é o Congresso.

§ 2º - Se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo, no prazo de 90 dias,


não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a
respeito.
§ 3º - As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa
terão eficácia de título executivo.
§ 4º - O Tribunal encaminhará ao Congresso Nacional, trimestral e
anualmente, relatório de suas atividades.
Além disso, lembre-se que:

Art. 70, Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica,
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre
dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que,
em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Da leitura do texto constitucional, podemos concluir que o controle externo


compreende:
a) Atribuições exclusivas do Poder Legislativo (controle parlamentar), por
isso ditas de caráter político.
b) Atribuições exclusivas do Tribunal de Contas (controle técnico), ou
seja, de caráter técnico.
c) Atribuições exercidas em conjunto pelo Poder Legislativo e pelo
Tribunal de Contas.

3.1.3 Controle popular (ou social)

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É aquele exercido diretamente pelos cidadãos, de diversas formas. Exemplos


são a participação na elaboração dos orçamentos, os Conselhos Gestores
das Políticas Públicas, e ainda a manifestação através das Ouvidorias.

ATENÇÃO!!! É comum o uso do termo “controle institucional” para nos


referirmos, de maneira conjunta, aos controles interno e externo,
diferenciando-os assim do controle social.

Algumas questões sobre a classificação quanto à origem:

1. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE/GO). Considere as


afirmativas abaixo em relação ao sistema de controle interno federal.
I. A ele cabe a avaliação dos resultados, quanto à eficácia, eficiência
e efetividade da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos
órgãos e entidades da administração.
II. Ele não tem a obrigação de controlar as operações de crédito,
avais e garantias da União.
III. Dentre suas atribuições encontra-se a comprovação da
legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado.
IV. Ele deve prestar apoio ao controle externo no exercício de sua
missão institucional.
V. Ele tem por missão, também, a avaliação do cumprimento das
metas previstas no Plano Plurianual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I e III.
c) II, III, IV e V.
d) III e IV.
e) III, IV e V.

Comentários:
O artigo 74 da Constituição federal diz que são finalidades do sistema de
controle interno:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
Veja que o inciso fala na avaliação do cumprimento das metas previstas no
Plano Plurianual, logo, afirmativa V correta.

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II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e


eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;
Este inciso não cita a avaliação quanto à efetividade, portanto, afirmativa I
errada. Mas ele cita que uma de suas finalidades é a comprovação da
legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado,
logo, afirmativa III correta.
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem
como dos direitos e haveres da União;
Este inciso diz que é sim uma de suas finalidades exercer o controle das
operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
União. Portanto, afirmativa II errada.
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
É isto mesmo que diz a quarta afirmativa, portanto, afirmativa IV correta.
Gabarito: Letra E.

2. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE/GO). Com relação aos


princípios de controle externo da Administração Pública, é correto
afirmar:
a) O controle interno da União e da Administração indireta envolve
fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimonial, mas não
diz respeito à matéria orçamentária, porque o controle da execução
do orçamento é matéria de competência da Comissão Mista de
Orçamento.
b) Como não envolve gastos públicos, o controle interno sobre a
renúncia de receitas por parte da União e da Administração indireta
não é da competência do Tribunal de Contas da União.
c) Nos termos da Constituição Federal brasileira, o controle externo
da União e da Administração indireta correspondente está a cargo do
Congresso Nacional, que o exerce com o auxílio do Tribunal de Contas
da União.
d) O Tribunal de Contas da União julga também as contas prestadas
anualmente pelos membros do Supremo Tribunal Federal.
e) Na órbita federal, o Tribunal de Contas da União aprecia a
legalidade dos atos de admissão de pessoal, inclusive as nomeações
para cargo de provimento em comissão.

Comentários:

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O artigo 74 da Constituição diz que são finalidades do controle interno: I –


avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução
dos programas de governo e dos orçamentos da União, e II - comprovar a
legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial (...). Logo, letra A errada.
Diz o artigo 70 da Constituição: “A fiscalização contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema
de controle interno de cada Poder”. Logo, letra B errada.
Traz o artigo 71 da Constituição: “O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete: (...)”. Assim, letra C correta.
O inciso II do artigo 71 da Constituição diz que compete ao TCU “julgar as
contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e
valores públicos da administração direta e indireta, (...)”. Portanto, não são
todos os membros do STF que terão suas contas julgadas pelo TCU, mas
apenas seu presidente. Com isso, letra D errada.
O inciso III do artigo 71 da Constituição diz que compete ao TCU: “apreciar,
para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações
instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para
cargo de provimento em comissão, (...)”. Portanto, letra E errada.
Note a importância de conhecer os artigos da Constituição que tratam dos
controles interno e externo. Gabarito: Letra C.

3. (VUNESP/Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental –


São Paulo/SP). A respeito dos sistemas de controle existentes no
Brasil, assinale a alternativa correta.
a) O papel do controle interno é garantir a legalidade nas ações dos
governantes e é exercido pelos Tribunais de Contas e pela
Controladoria.
b) Cabe ao controle social acompanhar o processo de elaboração do
planejamento, e, ao controle institucional, o acompanhamento da
execução das despesas públicas.
c) Os controles têm como objetivo examinar se a atividade
governamental cumpriu a legalidade no desenvolvimento de suas
atividades.

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d) O controle social, exercido pela sociedade, é um complemento ao


controle institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.
e) O controle social é exercido pela participação ativa da sociedade
nos conselhos de políticas públicas.

Comentários:
Diz o artigo 71 da Constituição: “O controle externo, a cargo do Congresso
Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete: (...)”. Logo, letra A errada.
O controle social possui escopo amplo, sendo assim chamada toda a forma
de participação social na elaboração, execução ou ainda posteriormente às
ações do Poder Público, o que inclui o processo de planejamento e o
acompanhamento da execução das despesas. Portanto, tal acompanhamento
não se limita ao controle institucional. Assim, letra B errada.
Os controles têm como um dos objetivos examinar se a atividade
governamental cumpriu a legalidade no desenvolvimento de suas atividades.
Portanto, os controles não se limitam a esse exame de legalidade. Assim,
letra C errada.
O controle social é exercido também pela participação ativa da sociedade nos
conselhos de políticas públicas, mas não se limita a eles. Portanto, letra E
errada. Gabarito: Letra D.

3.2 Quanto ao momento

Um exemplo dessa classificação foi trazido pela Lei 4.320/64, ao tratar da


execução orçamentária, que dispôs:
Art. 77. A verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subsequente.

3.2.1 Controle prévio (ou preventivo, ou a priori)

É aquele que ocorre antes da execução dos atos administrativos. Pode,


inclusive, ser um requisito para a validade e eficácia de um ato.
Um exemplo é a autorização, dada pelo Senado Federal, para a União,
estados, DF e municípios contraírem empréstimos externos.

3.2.2 Controle concomitante (ou sucessivo)

É aquele que ocorre durante o ato, acompanhando a sua realização.

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Um exemplo é a fiscalização da execução de um contrato administrativo.

3.2.3 Controle subsequente (ou corretivo, ou a posteriori)

Trata-se daquele ocorrido após a execução do ato. Sua intenção é corrigir


eventuais defeitos, declarar sua nulidade ou dar a ele eficácia.
Um exemplo é a homologação de uma licitação.

Vamos praticar com algumas questões:

4. (CETRO/Auditor Fiscal Tributário Municipal - São Paulo/SP).


Segundo denominação dada por José dos Santos Carvalho Filho, tem-
se por controle da Administração Pública “o conjunto de mecanismos
jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de
fiscalização e revisão da atividade administrativa em qualquer das
esferas de Poder”. (CARVALHO FILHO, 2009, p. 893). Sabe-se,
também, que há alguns tipos de controle da Administração Pública,
sendo que um deles é um controle que “acompanha a atuação
administrativa no momento mesmo em que ela se verifica”. (DI
PIETRO, 2010, p. 730). Diante do exposto, assinale a alternativa que
apresenta esse tipo de controle.
a) Controle prévio ou preventivo.
b) Controle concomitante.
c) Controle subsequente.
d) Controle administrativo.
e) Controle corretivo.

Comentários:
A classificação quanto ao controle é bem tranquila. O controle que ocorre ao
“mesmo momento” em que se verifica a atuação administrativa é o controle
concomitante (ou controle sucessivo). Gabarito: Letra B.

5. (CESPE/Técnico em Regulação de Serviços de Transporte


Aquaviário – ANTAQ). O gestor público, ao revogar um ato
administrativo praticado por um agente não competente, exerce o
controle corretivo; ao passo que, ao homologar um ato válido, ele
pratica o controle concomitante.

Comentários:
A revogação de um ato administrativo é mesmo um controle corretivo, já que
ocorre após o ato ter sido praticado. O mesmo se dá com a homologação de

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um ato válido, que ocorre após sua prática e é, portanto, corretivo, e não
concomitante. Gabarito: Errado.

3.3 Quanto ao modo de desencadear-se

3.3.1 Controle de ofício

É aquele que ocorre independentemente de provocação do administrado ou


de qualquer órgão pertencente ao Poder Público.
Um exemplo é a análise de contas dos administradores e todos os demais
responsáveis por bens públicos.

3.3.2 Controle por provocação

É aquele que ocorre a partir de alguma manifestação do administrado ou de


qualquer órgão pertencente ao Poder Público.
Tem como exemplo uma denúncia feita por um cidadão ao Ministério Público,
e só a partir daí se inicia a apuração.

Veja como esta classificação já foi cobrada:

6. (CESPE/Analista Administrativo – TCE/ES - adaptada). O controle


judicial dos atos da administração pública pode ser prévio ou
posterior à prática do ato objeto de controle e pode ser exercido de
ofício ou mediante provocação.

Comentários:
O controle judicial sobre a Administração Pública possui, como uma de suas
características, ser exercido apenas após manifestação do interessado, ou
seja, é um controle “por provocação”. Gabarito: Errado.

3.4 Quanto ao aspecto (ou objeto)

Cabe aqui, primeiramente, um esclarecimento a respeito da diferença entre


atos discricionários e atos vinculados:
• Ato vinculado: É aquele para o qual não há, para o agente, liberdade
de escolha. Ele simplesmente deve executar aquilo que a lei determina.
Um exemplo é o pedido de aposentadoria de um trabalhador, pois uma
vez cumpridos por ele os requisitos legais, ele tem direito a este
benefício, que não pode ser a ele negado.
• Ato discricionário: É aquele para o qual há liberdade de escolha,
dentro da lei, para o agente. Ele procede então à chamada análise de

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mérito, que envolve os conceitos de conveniência e oportunidade,


e assim decide pela prática (ou continuidade) daquele ato ou não. A
discricionariedade ocorre também quando a lei traz conceitos
indeterminados que envolvem subjetividade, como por exemplo
“moralidade pública” e “boa-fé”. Um exemplo é o pedido de licença,
feito por um servidor, para tratar de interesses particulares. A partir da
análise do mérito do pedido, a administração pode optar por concedê-
la ou não.
Lembrando ainda que a discricionariedade nunca é absoluta. A liberdade de
que dispõe o administrador público é sempre aquela legal, ou seja, entre os
limites impostos pela lei. Qualquer decisão fora desse escopo consiste em
arbitrariedade, portanto, é ilegal.

3.4.1 Controle de legalidade (ou legitimidade)


É aquele que verifica se o ato foi praticado segundo as normas legais que o
regem, incluindo aí também os princípios administrativos.
A partir do controle de legalidade pode ser declarada a existência de vício no
ato, o que importa em sua anulação, que terá então efeito retroativo,
desfazendo as relações que dele resultaram.
O controle de legalidade pode ser feito:
• Pela própria administração que praticou o ato (o que então será
configurará um controle interno de legalidade).
• Pelo Poder Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional, desde
que provocado.
• Pelo Poder Legislativo, nos casos previstos na Constituição.

3.4.2 Controle de mérito

É aquele que objetiva verificar a eficiência, o resultado e, mais


especificamente, a conveniência e a oportunidade de um ato administrativo.
Sendo assim, é um controle feito essencialmente feito sobre os atos
discricionários.
Uma vez que um ato, embora perfeitamente legal, não se mostre mais
conveniente ou oportuno, ele pode ser revogado por aquele que o expediu.
Como regra, o controle de mérito é de competência do próprio Poder que
editou o ato. Entretanto:
• A Constituição fornece previsão para que tal controle também seja feito
pelo Poder Legislativo, uma vez que ela dispôs, no inciso X do artigo
49, que é da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)

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X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas,


os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

• Uma vez que estão cada vez mais fortalecidos os princípios


constitucionais da moralidade e eficiência, além dos princípios
implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade, muitos juristas
afirmam que existe uma clara tendência pela admissão de que o Poder
Judiciário exerça algum controle sobre os aspectos inerentes ao mérito
administrativo. Desse modo, o Poder Judiciário pode invalidar um ato
administrativo (ou seja, anulá-lo) se considerar que foi ferido algum
princípio aplicável à Administração Pública.

Exemplos de questões sobre a classificação quanto ao objeto:

7. (VUNESP/Analista Legislativo: Advogado – Câmara Municipal de S.


José dos Campos/SP - adaptada). O controle de legalidade e
legitimidade que incide sobre a compatibilidade entre o ato e o
disposto na norma legal positivada, é exercido pelo Poder Judiciário,
mas não pela própria Administração, em razão do interesse
envolvido.

Comentários:
O controle de legalidade verifica se o ato foi praticado segundo as normas
legais que o regem, incluindo aí também os princípios administrativos, e pode
ser feito:
Pela própria administração que praticou o ato (o que então será configurará
um controle interno de legalidade).
Pelo Poder Judiciário, no exercício de sua função jurisdicional, desde que
provocado.
Pelo Poder Legislativo, nos casos previstos na Constituição.
Gabarito: Errado.

8. (VUNESP/Analista: Geologia – São Paulo/SP). Quanto à natureza


do controle dos atos dos entes públicos, é correto afirmar que,
quando ele é objeto de verificação da eficiência, da conveniência, do
resultado e da oportunidade da conduta administrativa, tem o nome
de
a) Controle Legal.
b) Controle de Auditoria.
c) Fiscalização Hierárquica.

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d) Controle Legislativo.
e) Controle do Mérito.

Comentários:

É chamado controle de mérito aquele que objetiva verificar a eficiência, o


resultado e, mais especificamente, a conveniência e a oportunidade de um
ato administrativo. Gabarito: Letra E.

3.5 Quanto à amplitude

3.5.1 Controle hierárquico

É aquele que resulta da subordinação hierárquica entre os órgãos do


Executivo. Deriva do poder de autotutela da Administração Pública. Assim,
ele ocorre sempre que os órgãos superiores (dentro de uma mesma estrutura
hierárquica) têm competência para controlar e fiscalizar os atos praticados
pelos órgãos a eles subordinados.
A hierarquia só se verifica dentro da administração direta. É caracterizada por
termos como supervisão, fiscalização, coordenação, orientação, revisão,
aprovação ou avocação.
Tal forma de controle é sempre um controle interno, já que não há nenhum
controle hierárquico entre os Poderes. E não há nenhuma forma ou lei
específica que o regulamente, sendo, a rigor, irrestrito.

3.5.2 Controle finalístico

Também chamado de supervisão ministerial, é o controle exercido pelo


Ministro de Estado sobre todos os órgãos da Administração Federal, direta ou
indireta, vinculados ao respectivo ministério.
Trata-se de um controle de verificação do enquadramento da instituição no
programa geral do Governo e de seu acompanhamento dos atos de seus
dirigentes no desempenho de suas funções estatuárias, para o atingimento
das finalidades da entidade controlada.
Deriva da chamada tutela administrativa, e não se confunde com o
controle hierárquico porque não é necessário haver subordinação entre a
entidade controlada e o órgão controlador. Por isso, é um controle que,
quando exercido sobre entidades da administração indireta, depende de lei
que o estabeleça e o regulamente. Caso contrário haveria afronta à
autonomia dessas entidades.

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Veja como a classificação quanto à amplitude já apareceu:

9. (FGV/Analista Judiciário I: Administração – TJ/AM). Quanto ao


controle na Administração Pública, assinale a alternativa que indica
como se processa o controle na forma amplitude.
a) Controle interno, controle externo e controle externo popular.
b) Controle finalístico e controle hierárquico.
c) Controle de Legalidade (ou de legitimidade) e controle de mérito.
d) Controle Prévio (ou preventivo), controle concomitante e controle
subsequente (ou corretivo).
e) Controle de Legalidade (ou de legitimidade) e controle
subsequente (ou corretivo).

Comentários:
Sem dificuldade, não é? Gabarito: Letra B.

10. (FGV/Técnico de Fomento C - BADESC). Com relação ao controle


da administração pública, analise as afirmativas a seguir.
I. No âmbito da Administração Direta, o controle é pleno e ilimitado
em função da hierarquia.
II. O controle das empresas estatais, como órgãos descentralizados,
é de natureza finalística.
III. O controle é exercitável em todos e por todos os Poderes de
Estado, estendendo-se a toda a administração.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:
Vimos que não há nenhuma forma ou lei específica que regulamente o
controle hierárquico. Por isso ele é, no âmbito da administração direta,
irrestrito. Logo, afirmativa I correta. Com relação às entidades da
administração indireta, o controle, quanto à amplitude, só pode ser o
finalístico, já que o controle hierárquico só se verifica no âmbito da

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administração direta. Logo, afirmativa II correta. O controle (de forma ampla,


genérica, englobando todas as classificações), existe em todos os Poderes e
estende-se por toda a administração. Assim, afirmativa III correta. Gabarito:
Letra E.

11. (CESPE/Técnico em Assuntos Educacionais - DPU). Na gestão


pública, o fundamento da função controle é o domínio do órgão
superior sobre o órgão inferior.

Comentários:
A classificação do controle da Administração Pública quanto à amplitude nos
mostra que não há apenas controle baseado na subordinação (controle
hierárquico). Há também o controle finalístico, no qual não há subordinação,
apenas vínculo administrativo entre o controlador e o controlado. Gabarito:
Errado.

12. (CESPE/Assistente em Administração - FUB). Por terem


personalidade jurídica de direito privado, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista não se submetem ao controle estatal.
Comentários:
A administração indireta, à qual pertencem as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, sofrem o controle finalístico, que embora não
tenha um caráter hierárquico, verifica se elas cumprindo o programa geral do
Governo, e se os atos de seus dirigentes estão contribuindo para o
atingimento das finalidades da entidade controlada. Gabarito: Errado.

3.6 Quanto aos órgãos

3.6.1 Controle administrativo

Este controle é aquele que a Administração realiza sobre suas próprias


atividades. É exercido pelo Poder Executivo, e pelos órgãos administrativos
do Legislativo e do Judiciário sobre suas próprias condutas, e inclui tanto
aspectos de legalidade, quanto de mérito administrativo (oportunidade e
conveniência).
Através do controle administrativo, a Administração pode anular, revogar ou
alterar seus próprios atos, tanto por iniciativa própria (de ofício), quanto a
partir de provocação.
Pode se dar através de:

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1. Controle hierárquico.
2. Controle finalístico (supervisão ministerial).
3. Recursos administrativos.

Já vimos o controle hierárquico e o controle finalístico quando estudamos a


classificação quanto à amplitude, lembra-se?
Quanto aos recursos administrativos, eles se dão a partir de provocação
de terceiros, e são instrumentos do chamado direito de petição. Em sentido
amplo, compreendem qualquer ato do administrado mediante o qual ele
deflagre um processo administrativo em que figurará como parte interessada,
visando a modificar um ato administrativo. Já em sentido estrito, referem-se
a petição apresentada pelo administrado que já obteve uma decisão em um
processo administrativo do qual participa, mas que deseja que a matéria seja
reavaliada por outra autoridade ou órgão.
Entre os diversos tipos de recursos administrativos, temos:
⋅ Representação: É a denúncia de irregularidades feita perante a
própria Administração. Enquanto para os particulares ela é um direito,
para os agentes públicos, segundo a Lei 8.112/90, ela é um dever. Em
alguns casos, é chamada simplesmente de denúncia. Pode ser feita
por qualquer cidadão, ainda que não esteja envolvido com a situação
objeto da denúncia.
⋅ Reclamação administrativa: Refere-se a qualquer forma de
discordância do administrado contra um ato da Administração, em
geral buscando o reconhecimento de um direito ou a correção de um
ato que lhe cause lesão ou ameaça de lesão. Assim, ao contrário da
representação, a reclamação é feita por alguém diretamente envolvido
com a situação reclamada.
⋅ Pedido de reconsideração: É a solicitação feita à própria autoridade
que proferiu uma decisão ou emitiu um ato, para que ela faça uma
nova apreciação.
⋅ Revisão administrativa: É solicitada para desfazer ou abrandar
penalidade (não é permitido agravá-la) imposta pela Administração,
desde que se apresentem fatos novos que deem suporte ao pedido.
⋅ Recurso hierárquico: É aquele remetido à instância administrativa
superior, solicitando o reexame do ato praticado pelo subordinado. O
recurso hierárquico é chamado próprio quando a autoridade superior
estiver dentro do mesmo órgão mesma estrutura da autoridade que
proferiu a decisão. E será impróprio quando a autoridade superior
estiver em outra estrutura da Administração. Aqui, ao contrário da
revisão administrativa, é possível o agravamento das penalidades
(reformatio in pejus).

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ATENÇÃO!!! Interessante frisar que a instauração de processos


administrativos pelo administrado não impede, e nem é um pré-requisito,
para que o mesmo venha a recorrer ao Poder Judiciário para apreciação da
mesma questão. Entretanto, optar pela via judicial implica renúncia à esfera
administrativa, ou desistência do processo administrativo caso ele já esteja
em tramitação.

3.6.2 Controle legislativo (ou parlamentar)

O controle legislativo é um controle tipicamente externo. Faz parte do


chamado sistema de freios e contrapesos, por isso possui seus limites
definidos pela Constituição. Didaticamente pode ser subdividido em dois
tipos: Controle político e controle financeiro.
Controle político: É aquele exercido por órgãos legislativos ou por
comissões parlamentares sobre determinados atos do Poder Executivo.
Envolve tanto aspectos relativos à legalidade quanto ao mérito administrativo
(oportunidade e conveniência). São exemplos:

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


I - Resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de


suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares
de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente
determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem
justificação adequada.

Art. 58, § 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes


de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos
nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de
fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso,
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade
civil ou criminal dos infratores.

Controle financeiro: É aquele exercido com o auxílio do Tribunal de Contas.


Note como aqui ele se confunde com o controle externo que, como vimos, foi
definido pela Constituição nos artigos 70 e 71:

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Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e


patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo Congresso
Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido


com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete: (...)

3.6.3 Controle judicial (ou jurisdicional)

O controle judicial da Administração Pública é exercido pelo Poder Judiciário


quando provocado, enquadrando-se então no exercício de sua função típica -
a jurisdicional. Nesse papel, o Poder Judiciário pode analisar apenas a
legalidade e a legitimidade dos atos dos demais Poderes, nunca seu mérito.
O controle judicial é normalmente a posteriori, mas há casos em que também
pode se dar a priori, como ocorre, por exemplo, em certas situações onde se
aplica o mandado de segurança.
O Poder Judiciário também pode exercer controle administrativo, mas apenas
sobre atividades administrativas suas, nunca de outros Poderes. Aqui é
importante frisar também o papel do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
cuja função é o da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e
do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. Assim, o CNJ efetua um
controle interno do Poder Judiciário.
Os principais instrumentos de controle judicial da Administração Pública são:
1. Mandado de Segurança.
2. Habeas data.
3. Ação de Improbidade.
4. Ação Popular.
5. Ação Civil Pública.

Mandado de Segurança: Segundo a Constituição, conceder-se-á mandado


de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do poder público.

Habeas data: Trata-se de remédio constitucional cabível nas seguintes


situações:

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a) Para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do


impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
b) Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo
sigiloso, judicial ou administrativo;
c) Para a anotação nos assentamentos do interessado, de contestação ou
explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável, e que esteja sob
pendência judicial ou amigável.
É cabível após a recusa por parte da autoridade administrativa em fornecer a
informação indesejada.

Ação de Improbidade: É a ação pertinente quando se verifica, por parte do


agente público ou a ele equiparados, atos de enriquecimento ilícito, lesão ao
patrimônio público, ou que atentam contra os princípios da Administração
Pública. Seu objetivo não é a reparação, mas sim a responsabilização, ou
seja, a aplicação de sanções tais como a suspensão dos direitos políticos, a
aplicação de multas e o impedimento de contratar com ente público. Pode ser
proposta pelo Ministério Público ou por qualquer cidadão que venha a tomar
ciência de algum ato que atente contra a probidade.

Ação Popular: Permite ao cidadão recorrer à Justiça na defesa da


coletividade para prevenir ou reformar ato lesivo ao patrimônio público ou de
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, cometido por agente público ou
a ele equiparado. Há também a possibilidade de uma ação popular ser aberta
quando a administração pública for omissa em relação a atos que deveria
praticar. Todos os eleitores brasileiros, incluindo os menores de 18 anos, têm
legitimidade para propor uma ação desse tipo. Entretanto, é preciso
demonstrar a lesividade ou ameaça ao direito provocada pelo ato ou omissão
da administração pública.

Ação Civil Pública: Assim como a ação popular, busca proteger os interesses
difusos e coletivos da sociedade. Um dos diferenciais é que nela podem figurar
como réu não apenas a administração pública, mas qualquer pessoa física ou
jurídica que cause danos ao meio ambiente, aos consumidores em geral, a
bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Os responsáveis podem ser condenados a reparar, financeiramente, os danos
morais e materiais da coletividade atingida, a corrigir o ato praticado ou, no
caso de omissão, a tomar determinada providência. A ação civil pública pode
ser proposta pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, os
estados, municípios, autarquias, empresas públicas, fundações, sociedades
de economia mista e associações interessadas, desde que constituídas há
pelo menos um ano.

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3.6.4 Controle pelo Ministério Público

Segundo o artigo 127 da Constituição, o Ministério Público é uma instituição


permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis.
Trata-se de uma instituição com autonomia funcional e administrativa, que
não faz parte de nenhum dos três Poderes da República.

Diz o artigo 129 da Constituição que uma das suas funções institucionais é:
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo
as medidas necessárias a sua garantia;

Tal função configura-se, portanto, uma espécie de controle externo da


Administração Pública, notadamente no que se refere a denúncias de crimes
cometidos por autoridades públicas, improbidade administrativa e defesa dos
interesses coletivos e difusos.
O Ministério Público não precisa ser provocado para atuar, e um exemplo de
sua ação se dá quando promove uma ação civil pública.
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) exerce um controle
interno sobre o Ministério Público da União, competindo a ele o controle da
atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento
dos deveres funcionais de seus membros.

Vejamos questões sobre a classificação quanto aos órgãos:

13. (FGV/Auxiliar Judiciário II – TJ/AM). Leia o texto a seguir:


Os elementos básicos do controle administrativo são a _____, que
verifica as atividades dos órgãos e agentes administrativos e a
_____, que corrige as condutas que não cumpriram as normas legais
ou que tenham que ser alteradas para melhor atender ao interesse
_____.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto
acima.
a) gestão – anulação – individual
b) fiscalização – revisão – coletivo
c) gerência – legalidade – privado
d) vinculação – anulação – coletivo

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e) fiscalização – legalidade – privado

Comentários:
De início já podemos excluir as alternativas A, C e E, pois mencionam que o
controle atende ao interesse privado. Vimos que o controle administrativo é
aquele que a Administração realiza sobre suas próprias atividades, e que pode
se dar através do controle hierárquico, do controle finalístico e dos recursos
administrativos. A questão fala em “verificar as atividades” e “corrigir a
conduta”, o que nos leva preferencialmente ao controle hierárquico que,
como vimos, é caracterizado por termos como supervisão, fiscalização,
coordenação, orientação, revisão, aprovação ou avocação. Temos então que
a letra B se encaixa no enunciado, enquanto a letra D fala em vinculação,
algo que só ocorre no controle finalístico e que não permite a anulação, outro
item dessa alternativa. Gabarito: Letra B.

14. (CESPE/Técnico em Regulação de Serviços de Transporte


Aquaviário – ANTAQ). O controle administrativo, que visa verificar a
conveniência dos atos administrativos, é exercido de forma exclusiva
pelo Poder Executivo.

Comentários:
Lembre-se que o controle administrativo é aquele exercido sobre as
atividades administrativas que desempenhadas no âmbito do mesmo Poder.
Assim, é exercido tanto pelo Poder Executivo, quanto pelos órgãos
administrativos do Legislativo e do Judiciário sobre suas próprias condutas
Gabarito: Errado.

15. (FGV/Consultor Legislativo – Câmara Municipal de Recife/PE).


Existem diversas formas pelas quais o controle é efetivado no âmbito
da administração pública. Uma delas é o sistema de freios e
contrapesos representado pela divisão e independência dos Poderes
e pelos diferentes níveis de governo da Federação. O controle do
Poder Legislativo sobre o Poder Executivo se insere no sistema de
freios e contrapesos, exercido por meio do(a):
a) apreciação e julgamento das contas do chefe do Poder Executivo;
b) controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos;
c) participação na elaboração das leis, por meio da sanção ou veto
aos projetos de lei aprovados;
d) realização de audiências públicas;
e) participação na escolha dos membros dos tribunais superiores.

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Comentários:
O controle legislativo da Administração Pública faz parte do chamado
sistema de freios e contrapesos, e pode ser subdividido em dois tipos:
Controle político e controle financeiro.
O controle político é aquele exercido por órgãos legislativos ou por
comissões parlamentares sobre determinados atos do Poder Executivo. Inclui,
por exemplo, de acordo com o artigo 49 da Constituição, “Resolver
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”.
Já o controle financeiro é aquele definido pela Constituição como controle
externo, que o atribuiu ao Congresso Nacional, exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas da União. De acordo com o artigo 71 da Constituição ele
inclui, entre outros, a “apreciação das contas prestadas anualmente pelo
Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado
em sessenta dias a contar de seu recebimento”. Gabarito: Letra A.

16. (VUNESP/Escrevente Técnico Judiciário – TJ/SP). Na hipótese de


ocorrência de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do que dispõe,
expressamente, a Constituição, o cidadão poderá ajuizar
a) ação popular.
b) habeas corpus.
c) ação civil pública.
d) mandado de injunção.
e) ação de improbidade administrativa.

Comentários:
O enunciado refere-se à ação popular, trazida pelo inciso LXXIII do artigo 5º
da Constituição. Gabarito: Letra A.

4. DICA DE OURO

Agora que acabamos o conteúdo da apostila, é ESSENCIAL que você vá


até este capítulo no sistema Nota11 de fichas interativas e pratique!
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e métodos disponíveis no mercado.

5. Principais pontos a serem fixados

Principais classificações do controle da Administração Pública:

• Quanto à origem
o Controle interno
o Controle externo
o Controle popular (ou social)
• Quanto ao momento
o Controle prévio (ou preventivo)
o Controle concomitante (ou sucessivo)
o Controle subsequente (ou corretivo)
• Quanto ao modo de desencadear-se
o Controle de ofício
o Controle por provocação
• Quanto ao aspecto (ou objeto)
o Controle de legalidade
o Controle de mérito
• Quanto à amplitude
o Controle hierárquico
o Controle finalístico
• Quanto aos órgãos
o Controle administrativo
o Controle legislativo (ou parlamentar)
o Controle judicial (ou jurisdicional)
o Controle pelo Ministério Público
6. Lista das questões que resolvemos

1. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE/GO). Considere as


afirmativas abaixo em relação ao sistema de controle interno federal.

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I. A ele cabe a avaliação dos resultados, quanto à eficácia, eficiência


e efetividade da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos
órgãos e entidades da administração.
II. Ele não tem a obrigação de controlar as operações de crédito,
avais e garantias da União.
III. Dentre suas atribuições encontra-se a comprovação da
legalidade da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado.
IV. Ele deve prestar apoio ao controle externo no exercício de sua
missão institucional.
V. Ele tem por missão, também, a avaliação do cumprimento das
metas previstas no Plano Plurianual.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e III.
b) I e III.
c) II, III, IV e V.
d) III e IV.
e) III, IV e V.

2. (FCC/Analista de Controle Externo – TCE/GO). Com relação aos


princípios de controle externo da Administração Pública, é correto
afirmar:
a) O controle interno da União e da Administração indireta envolve
fiscalização contábil, financeira, operacional e patrimonial, mas não
diz respeito à matéria orçamentária, porque o controle da execução
do orçamento é matéria de competência da Comissão Mista de
Orçamento.
b) Como não envolve gastos públicos, o controle interno sobre a
renúncia de receitas por parte da União e da Administração indireta
não é da competência do Tribunal de Contas da União.
c) Nos termos da Constituição Federal brasileira, o controle externo
da União e da Administração indireta correspondente está a cargo do
Congresso Nacional, que o exerce com o auxílio do Tribunal de Contas
da União.
d) O Tribunal de Contas da União julga também as contas prestadas
anualmente pelos membros do Supremo Tribunal Federal.

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e) Na órbita federal, o Tribunal de Contas da União aprecia a


legalidade dos atos de admissão de pessoal, inclusive as nomeações
para cargo de provimento em comissão.

3. (VUNESP/Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental –


São Paulo/SP). A respeito dos sistemas de controle existentes no
Brasil, assinale a alternativa correta.
a) O papel do controle interno é garantir a legalidade nas ações dos
governantes e é exercido pelos Tribunais de Contas e pela
Controladoria.
b) Cabe ao controle social acompanhar o processo de elaboração do
planejamento, e, ao controle institucional, o acompanhamento da
execução das despesas públicas.
c) Os controles têm como objetivo examinar se a atividade
governamental cumpriu a legalidade no desenvolvimento de suas
atividades.
d) O controle social, exercido pela sociedade, é um complemento ao
controle institucional, exercido pelos órgãos fiscalizadores.
e) O controle social é exercido pela participação ativa da sociedade
nos conselhos de políticas públicas.

4. (CETRO/Auditor Fiscal Tributário Municipal - São Paulo/SP).


Segundo denominação dada por José dos Santos Carvalho Filho, tem-
se por controle da Administração Pública “o conjunto de mecanismos
jurídicos e administrativos por meio dos quais se exerce o poder de
fiscalização e revisão da atividade administrativa em qualquer das
esferas de Poder”. (CARVALHO FILHO, 2009, p. 893). Sabe-se,
também, que há alguns tipos de controle da Administração Pública,
sendo que um deles é um controle que “acompanha a atuação
administrativa no momento mesmo em que ela se verifica”. (DI
PIETRO, 2010, p. 730). Diante do exposto, assinale a alternativa que
apresenta esse tipo de controle.
a) Controle prévio ou preventivo.
b) Controle concomitante.
c) Controle subsequente.
d) Controle administrativo.
e) Controle corretivo.

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5. (CESPE/Técnico em Regulação de Serviços de Transporte


Aquaviário – ANTAQ). O gestor público, ao revogar um ato
administrativo praticado por um agente não competente, exerce o
controle corretivo; ao passo que, ao homologar um ato válido, ele
pratica o controle concomitante.

6. (CESPE/Analista Administrativo – TCE/ES - adaptada). O controle


judicial dos atos da administração pública pode ser prévio ou
posterior à prática do ato objeto de controle e pode ser exercido de
ofício ou mediante provocação.

7. (VUNESP/Analista Legislativo: Advogado – Câmara Municipal de S.


José dos Campos/SP - adaptada). O controle de legalidade e
legitimidade que incide sobre a compatibilidade entre o ato e o
disposto na norma legal positivada, é exercido pelo Poder Judiciário,
mas não pela própria Administração, em razão do interesse
envolvido.

8. (VUNESP/Analista: Geologia – São Paulo/SP). Quanto à natureza


do controle dos atos dos entes públicos, é correto afirmar que,
quando ele é objeto de verificação da eficiência, da conveniência, do
resultado e da oportunidade da conduta administrativa, tem o nome
de
a) Controle Legal.
b) Controle de Auditoria.
c) Fiscalização Hierárquica.
d) Controle Legislativo.
e) Controle do Mérito.

9. (FGV/Analista Judiciário I: Administração – TJ/AM). Quanto ao


controle na Administração Pública, assinale a alternativa que indica
como se processa o controle na forma amplitude.
a) Controle interno, controle externo e controle externo popular.
b) Controle finalístico e controle hierárquico.
c) Controle de Legalidade (ou de legitimidade) e controle de mérito.
d) Controle Prévio (ou preventivo), controle concomitante e controle
subsequente (ou corretivo).

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e) Controle de Legalidade (ou de legitimidade) e controle


subsequente (ou corretivo).

10. (FGV/Técnico de Fomento C - BADESC). Com relação ao controle


da administração pública, analise as afirmativas a seguir.
I. No âmbito da Administração Direta, o controle é pleno e ilimitado
em função da hierarquia.
II. O controle das empresas estatais, como órgãos descentralizados,
é de natureza finalística.
III. O controle é exercitável em todos e por todos os Poderes de
Estado, estendendo-se a toda a administração.
Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

11. (CESPE/Técnico em Assuntos Educacionais - DPU). Na gestão


pública, o fundamento da função controle é o domínio do órgão
superior sobre o órgão inferior.

12. (CESPE/Assistente em Administração - FUB). Por terem


personalidade jurídica de direito privado, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista não se submetem ao controle estatal.

13. (FGV/Auxiliar Judiciário II – TJ/AM). Leia o texto a seguir:


Os elementos básicos do controle administrativo são a _____, que
verifica as atividades dos órgãos e agentes administrativos e a
_____, que corrige as condutas que não cumpriram as normas legais
ou que tenham que ser alteradas para melhor atender ao interesse
_____.
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto
acima.
a) gestão – anulação – individual
b) fiscalização – revisão – coletivo

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c) gerência – legalidade – privado


d) vinculação – anulação – coletivo
e) fiscalização – legalidade – privado

14. (CESPE/Técnico em Regulação de Serviços de Transporte


Aquaviário – ANTAQ). O controle administrativo, que visa verificar a
conveniência dos atos administrativos, é exercido de forma exclusiva
pelo Poder Executivo.

15. (FGV/Consultor Legislativo – Câmara Municipal de Recife/PE).


Existem diversas formas pelas quais o controle é efetivado no âmbito
da administração pública. Uma delas é o sistema de freios e
contrapesos representado pela divisão e independência dos Poderes
e pelos diferentes níveis de governo da Federação. O controle do
Poder Legislativo sobre o Poder Executivo se insere no sistema de
freios e contrapesos, exercido por meio do(a):
a) apreciação e julgamento das contas do chefe do Poder Executivo;
b) controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos;
c) participação na elaboração das leis, por meio da sanção ou veto
aos projetos de lei aprovados;
d) realização de audiências públicas;
e) participação na escolha dos membros dos tribunais superiores.

16. (VUNESP/Escrevente Técnico Judiciário – TJ/SP). Na hipótese de


ocorrência de ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que
o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e
ao patrimônio histórico e cultural, nos termos do que dispõe,
expressamente, a Constituição, o cidadão poderá ajuizar
a) ação popular.
b) habeas corpus.
c) ação civil pública.
d) mandado de injunção.
e) ação de improbidade administrativa.

7. Gabarito

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Prof. Everton Ventrice

1–E 2-C 3–D 4-B 5–E

6–E 7–E 8–E 9–B 10 – E

11 – E 12 - E 13 - B 14 – E 15 – A

16 – A

Atenção!!!

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