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INSTITUTO POLITÉCNICO SUMAYYA

CV5-GRH

Gestão de Recursos Humanos

MÓDULO: APLICAR OS PRINCÍPIOS DA ÉTICA E DA DEONTOLOGIA


PROFISSIONAL

ADOPTAR VALORES ÉTICOS NA ACTUAÇÃO DO SERVIÇO PÚBLICO

 Discentes:

1. Silvério António Machisso


2. Helena Domingos Miambo

Docente: Dr.ª Elisa Luís

Maputo, Agosto de 2023


Índice
I. Introdução..................................................................................................................1

II. Desenvolvimento....................................................................................................2

1. Valores Éticos............................................................................................................2

2. Moralidade na Administração Pública.......................................................................3

3. Deveres e Obrigações dos Funcionários e Agentes Públicos.....................................4

4. Valores éticos na actuação pública............................................................................7

5. Sancionar os infractores de código de conduta deontológico e profissional...........10

III. Conclusão.............................................................................................................12

IV. Bibliografia...........................................................................................................13
I. Introdução

No âmbito do serviço público, os valores éticos servem como a pedra angular sobre a
qual assenta toda a estrutura de governança e administração. O funcionamento efetivo
de qualquer sociedade depende fortemente do compromisso dos servidores públicos em
defender e incorporar esses princípios éticos. Os valores éticos não apenas orientam as
ações e decisões daqueles que estão no serviço público, mas também incutem um senso
de confiança, responsabilidade e transparência entre os cidadãos.

A natureza do serviço público exige inerentemente uma dedicação ao bem maior,


colocando os interesses da comunidade acima do ganho pessoal. Esse compromisso com
a conduta ética garante que os servidores públicos priorizem a distribuição equitativa de
recursos, a tomada de decisões imparciais e a salvaguarda dos direitos individuais. Ao
aderir a um código de ética, os servidores públicos demonstram seu compromisso com a
promoção de uma sociedade justa e harmoniosa.

Além disso, os valores éticos no serviço público desempenham um papel crucial na


mitigação de conflitos de interesse e na prevenção da corrupção. A confiança do público
na integridade das instituições e de seus representantes é mantida quando as ações são
guiadas por um conjunto de padrões éticos inabaláveis. Isso, por sua vez, reforça a
efetividade de políticas e programas, na medida em que são formulados e
implementados com o bem-estar da população em primeiro plano.

Neste discurso, aprofundaremos os valores éticos fundamentais que sustentam a conduta


dos servidores públicos, explorando conceitos como igualdade, imparcialidade,
integridade, transparência, eficiência, responsabilidade, lealdade, etc.

Através de uma compreensão abrangente desses valores, podemos apreciar sua


importância na formação das ações e decisões daqueles a quem é confiada a
responsabilidade do serviço público. Ao abraçar valores éticos, os servidores públicos
não apenas defendem a dignidade de suas funções, mas também contribuem para a
criação de uma sociedade justa, inclusiva e progressista.

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II. Desenvolvimento
1. Valores Éticos

Os valores éticos são princípios e crenças fundamentais que orientam o comportamento,


as acções e a tomada de decisões humanas de forma moralmente correta e responsável.
Esses valores servem de bússola para indivíduos e sociedades, ajudando-os a distinguir
entre o certo e o errado, o justo e o injusto, e orientando-os para uma conduta virtuosa.

Os valores éticos englobam uma série de princípios, como honestidade, integridade,


compaixão, justiça, respeito e responsabilidade. Eles fornecem uma estrutura para que
os indivíduos façam escolhas que priorizem o bem-estar dos outros e contribuam para o
bem maior da sociedade.

Os valores éticos desempenham um papel vital na formação do caráter individual,


fomentando a confiança entre as pessoas e promovendo interações harmoniosas dentro
das comunidades e instituições.

John Stuart Mill (1863), define que valores éticos são aquelas ações que levam à maior
felicidade para o maior número de pessoas, enfatizando a importância da utilidade e do
bem-estar dos indivíduos dentro de uma sociedade.

Alasdair MacIntyre (1981), define que valores éticos são virtudes que são cultivadas
dentro de uma comunidade moral específica, enfatizando o papel da tradição, narrativa e
práticas sociais na formação do quadro ético.

Carol Gilligan (1982), define afirmando que os valores éticos estão enraizados no
cuidado e nos relacionamentos, destacando a importância da empatia, compaixão e
interconexão na tomada de decisões morais.

Os valores éticos, tal como definidos por diversos autores em diferentes períodos,
englobam princípios fundamentais que orientam o comportamento humano e a tomada
de decisões. Immanuel Kant enfatiza o dever racional, John Stuart Mill se concentra em
maximizar a felicidade, Carol Gilligan destaca o cuidado e os relacionamentos, e
Alasdair MacIntyre ressalta o papel das virtudes dentro de uma comunidade moral.

Em essência, os valores éticos servem como luzes orientadoras, direcionando os


indivíduos para ações moralmente corretas que promovam o bem-estar dos indivíduos e
da sociedade em geral.

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2. Moralidade na Administração Pública

Definição de Moralidade:

Moralidade refere-se a um conjunto de princípios, valores e padrões que regem o que é


considerado certo ou errado, bom ou ruim, e justo ou injusto no comportamento
humano. Engloba os conceitos de ética, virtudes e consciência, moldando as ações e
interações dos indivíduos a partir de sua compreensão dos princípios fundamentais.

Controlando a moralidade na Administração Pública:

O controle da moralidade na Administração Pública envolve o estabelecimento de


mecanismos e estruturas para garantir que os valores éticos sejam mantidos e o
comportamento ético seja mantido dentro do governo e dos processos burocráticos.
Abaixo apresentamos algumas formas de controlar a moralidade na Administração
Pública:

1. Códigos e Diretrizes de Ética: Desenvolver e implementar códigos abrangentes de


ética e conduta que delineiem o comportamento esperado dos servidores públicos. Esses
códigos fornecem uma estrutura clara para a tomada de decisões e ações alinhadas aos
valores éticos.

2. Treinamento e Educação: Proporcionar treinamento e educação continuada aos


servidores públicos sobre princípios éticos, dilemas e boas práticas. Isso ajuda a
aumentar a conscientização e garante que os indivíduos estejam equipados para tomar
decisões moralmente corretas.

3. Proteção a Denunciantes: Estabelecer canais para que os funcionários denunciem


comportamentos antiéticos ou má conduta sem medo de retaliação. A proteção de
denunciantes incentiva os indivíduos a apresentarem informações sobre violações de
padrões éticos.

4. Transparência e Prestação de Contas: Promover a transparência nos processos


administrativos e na tomada de decisões. Responsabilizar os servidores públicos por
seus atos e garantir que as decisões sejam tomadas de forma aberta e justa ajuda a
manter os padrões éticos.

5. Órgãos de Supervisão Independentes: Criação de órgãos ou agências de supervisão


independentes responsáveis por monitorar e investigar violações éticas na administração

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pública. Esses órgãos ajudam a garantir imparcialidade e equidade na abordagem de
preocupações éticas.

6. Participação e Engajamento do Público: Envolver o público nos processos de


tomada de decisão e formulação de políticas por meio de consultas e mecanismos de
feedback. Isso ajuda a prevenir o abuso de poder e promove a tomada de decisões éticas
que atendem ao interesse público.

7. Consequências para o comportamento antiético: Implementar consequências e


ações disciplinares apropriadas para os servidores públicos que se envolvem em
comportamento antiético. Isso envia uma mensagem clara de que violações éticas não
serão toleradas.

8. Liderança pelo Exemplo: Demonstrar comportamento ético e liderança dos níveis


superiores de governo. Quando os líderes defendem e priorizam valores éticos, isso dá
um tom positivo e influencia o comportamento dos outros.

9. Auditorias e Revisões Regulares: Realização regular de auditorias e revisões de


processos administrativos para identificar potenciais problemas éticos ou
vulnerabilidades e tomar ações corretivas.

10. Promoção de uma Cultura de Integridade: Promover uma cultura de integridade,


onde o comportamento ético é celebrado e recompensado, e onde os indivíduos sentem
um senso de responsabilidade em manter altos padrões morais.

Ao implementar essas medidas, as administrações públicas podem trabalhar no sentido


de controlar e promover a moralidade, garantindo que os valores éticos estejam
embutidos em suas operações e contribuindo para um governo justo e responsável.

3. Deveres e Obrigações dos Funcionários e Agentes Públicos

Segundo a Lei n.°4/2022 de 11 de Fevereiro, capítulo VII artigo 61, são deveres gerais
do funcionário e agente do Estado:

a) respeitar e cumprir a Constituição da República, as demais leis e órgãos do poder do


Estado e outras entidades públicas;

b) participar activamente na edificação, desenvolvimento, consolidação e defesa do


Estado de direito democrático e no engrandecimento da pátria;

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c) dedicar-se ao estudo e aplicação das leis e demais decisões dos órgãos do poder de
Estado;

d) defender a propriedade do Estado e a de outras entidades públicas e zelar pela sua


conservação;

e) assumir uma disciplina consciente por forma a contribuir para o prestígio da função
de que está investido e o fortalecimento da unidade nacional e paz;

f) respeitar as relações internacionais estabelecidas pelo Estado e contribuir para o seu


desenvolvimento;

g) promover a confiança do cidadão na Administração Pública, na sua justiça,


legalidade e imparcialidade; e

h) não praticar desvio de bens e fundos no Estado.

O artigo 62 da mesma lei, diz que:

1. São deveres especiais do funcionário e agente do Estado:

a) cumprir as leis, regulamentos, despachos e instruções superiores;

b) cumprir exacta, pronta e lealmente as ordens e instruções legais dos seus superiores
hierárquicos, relativas ao serviço;

c) respeitar os superiores hierárquicos tanto no serviço como fora dele;

d) dedicar ao serviço a sua inteligência e aptidão, exercendo com competência,


abnegação, zelo e assiduidade e de forma eficiente as funções a seu cargo, sem
prejudicar ou contrariar de qualquer modo o processo e o ritmo do trabalho e
produtividade e as relações de trabalho;

e) exercer as funções em qualquer local que lhe seja designado superiormente;

f) não se apresentar ao serviço em estado de embriaguez e ou sob efeito de substâncias


psicotrópicas e alucinogénias;

g) apresentar-se ao serviço e em todos os locais onde deve comparecer por motivos de


serviço, com pontualidade, correcção, asseio e aprumo e em condições físicas e mentais
que permitam desempenhar correctamente as tarefas;

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h) prestar contas do seu trabalho, analisando-o criticamente e desenvolver a crítica e
autocrítica;

i) manter sigilo sobre os assuntos de serviço mesmo depois do termo de funções;

j) não recusar, retardar ou omitir injustificadamente a resolução de um assunto que deva


conhecer ou o cumprimento de um acto que devia realizar em razão do seu cargo;

k) zelar pela conservação e manutenção dos bens do Estado e demais entidades públicas
que lhe estão confiados;

l) pronunciar-se sobre deficiências e erros no trabalho e informar sobre os mesmos ao


respectivo superior hierárquico;

m) guardar e conservar a documentação e arquivos segundo os regimes estabelecidos,


remetendo às entidades competentes a documentação de valor histórico;

n) não se ausentar sem autorização superior para o estrangeiro e para fora da província,
durante o período laboral, excepto no período de férias ou dias de descanso; e

o) apresentar-se à autoridade administrativa mais próxima em caso de deslocação por


motivos de força maior.

2. Constituem ainda deveres especiais do funcionário e agente do Estado:

a) abster-se de cobranças ilícitas e outras formas de corrupção;

b) respeitar as normas que regulam o processo de admissão, mobilidade, progressão,


promoção e mudança de carreira do funcionário;

c) não praticar actos administrativos que privilegiem interesse estranhos ao Estado em


detrimento da eficácia dos serviços;

d) não se servir das funções que exerce em benefício próprio ou em prejuízo de


terceiros;

e) não se deslocar para o estrangeiro em missão de serviço sem autorização superior


expressa;

f) não exercer outra função ou actividade remunerada sem prévia autorização;

g) promover a confiança do cidadão na Administração Pública, atendendo pontualmente


e com isenção e imparcialidade;

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h) não assediar material, moral ou sexualmente no local de trabalho ou fora dele; e

i) contribuir com o seu conhecimento e experiência na capacitação e aperfeiçoamento


profissional dos funcionários e agentes do Estado.

4. Valores éticos na actuação pública

Demonstrar conhecimento de valor ético dentro de uma organização é essencial para


promover uma cultura organizacional saudável e responsável. Alguns aspectos
importantes que podem ser demonstrados na função pública segundo a Lei n.°4/2022 de
11 de Fevereiro artigo 11 até 15 são:

Princípio

(Legalidade)

1. Na sua actuação, o funcionário e o agente do Estado observam estritamente a


Constituição e a lei.

2. No exercício das suas actividades na Administração Pública, o Funcionário e o


Agente do Estado sujeitam-se a cumprir com lealdade, as missões e tarefas definidas
superiormente, no respeito escrupuloso da lei e das ordens legítimas dos superiores
hierárquicos.

3. O funcionário e o agente do Estado actuam dentro dos limites das suas funções e
competências.

(Isenção e Imparcialidade)

A isenção e a imparcialidade impõem que o funcionário e o agente do Estado, no


exercício das suas actividades e nas suas relações com os cidadãos devem tratá-los com
igualdade e de forma justa, abstendo-se de os favorecer ou prejudicá-los com base em
critérios subjectivos ou decisões arbitrárias.

(Ética e deontologia profissional)

O funcionário e o agente do Estado devem pautar por uma conduta responsável e


compatível com os padrões de ética e deontologia profissional exigíveis no exercício da
Função Pública, incluindo o respeito pelos direitos, liberdades e interesses legalmente
protegidos dos cidadãos e de outras pessoas colectivas públicas e privadas.

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(Valores)

O funcionário e o agente do Estado devem observar os valores sociais da paz, segu-


rança, liberdade, justiça e inspirar confiança, bem como credibilizar o Estado.

(Probidade)

O funcionário e o agente do Estado devem observar os valores de integridade, de boa


governação, de boa administração e honestidade no desempenho das suas funções, não
podendo solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, directa ou indirectamente,
quaisquer presentes, empréstimos, facilidades ou ofertas que possam pôr em causa a
liberdade da sua acção, a independência do seu juízo e a credibilidade e autoridade da
Administração Pública, dos seus órgãos e serviços e demais deveres estabelecidos na
legislação atinente a probidade pública.

(Proporcionalidade)

O princípio da proporcionalidade implica que de entre as medidas convenientes para a


prossecução de qualquer fim legal, o funcionário e agente do Estado devem adoptar as
que acarretam consequências menos graves para a esfera jurídica do administrado.

(Transparência)

O princípio da transparência impõe a obrigatoriedade de publicidade da actividade ad-


ministrativa, incluindo divulgar aos funcionários e aos demais servidores públicos a
informação relativa aos actos de gestão de recursos humanos e demais actos
administrativos.

(Integridade)

No desempenho da actividade administrativa e em todas as suas formas e fases, os


funcionários e o agentes do Estado devem actuar de acordo com os valores e regras de
boa-fé, lealdade e honestidade.

(Neutralidade)

Os funcionários e o agentes do Estado devem permanecer imparciais e neutros em suas


ações, decisões e interações. Eles devem priorizar o interesse público sobre vieses
pessoais ou influências externas, garantindo que todos os indivíduos sejam tratados de
forma justa e sem preconceitos.

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(Igualdade)

Defender o valor da igualdade significa tratar todos os cidadãos de forma equitativa e


sem discriminação. Os funcionários e o agentes do Estado devem trabalhar para
eliminar as disparidades e promover a inclusão, garantindo que todos tenham acesso
igualitário a serviços e oportunidades.

(Justiça)

Os funcionários e o agentes do Estado são responsáveis por garantir que as leis e


políticas sejam aplicadas de forma justa e justa. Isso inclui salvaguardar os direitos dos
indivíduos, lidar com queixas e promover um sistema jurídico que respeite os princípios
da equidade e do devido processo legal.

(Lealdade)

A lealdade ao interesse público é um valor fundamental no serviço público. Os


funcionários e o agentes do Estado devem priorizar o bem-estar da comunidade acima
dos interesses pessoais e permanecer firmes em seu compromisso de servir ao bem
maior.

(Eficiência)

O uso eficiente dos recursos é crucial na administração pública. Os funcionários e o


agentes do Estado devem se esforçar para atingir metas e entregar serviços de forma
oportuna e eficaz, otimizando o uso dos recursos públicos.

(Responsabilidade)

Os funcionários e o agentes do Estado têm uma responsabilidade significativa pelos


resultados de suas decisões e ações. Eles devem ser responsáveis por sua conduta,
transparentes em suas negociações e dispostos a se apropriar de quaisquer erros ou
descuidos.

(Profissionalismo)

Manter um alto nível de profissionalismo é essencial no serviço público. Isso envolve


aderir a padrões éticos, demonstrar competência e conduzir-se de forma respeitosa e
ética em todas as interações.

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A incorporação desses valores éticos no tecido do serviço público garante que os
administradores operem com integridade, eficiência e um forte compromisso com o
bem-estar do público. Ao defender esses princípios, os servidores públicos contribuem
para o estabelecimento de um governo justo, transparente e responsável, que fomenta a
confiança e melhora a qualidade de vida de todos os membros da sociedade.

5. Sancionar os infractores de código de conduta deontológico e profissional

Quando um funcionário viola os valores éticos da organização, é importante seguir


politicas e procedimentos estabelecidos para lidar com tal situação. Apresentaremos
algumas medidas que podem ser adoptadas:

1. Investigação: Realizar uma investigação completa e imparcial para obter todas as


informações relevantes sobre a suposta violação ética.
2. Aplicação de medidas disciplinares: Se a violação for confirmada, aplicar medidas
disciplinares apropriadas de acordo com as politicas internas da organização. De
acordo com a Lei n.°4/2022 de 11 de Fevereiro artigo 111 referente aos princípios e
sanções disciplinares, afirma que os infratores de código de conduta deontológico e
profissional podem estar sujeitos as seguintes sanções:

a) advertência - crítica formalmente feita ao infractor pelo respectivo superior hie-


rárquico;

b) Repreensão pública - crítica feita ao infractor pelo respectivo superior hierárquico, na


presença dos funcionários ou agentes do Estado do serviço onde o infractor esteja
afectado;

c) Multa - desconto de uma importância correspondente ao vencimento do funcionário


ou agente do Estado pelo mínimo de cinco e máximo de 90 dias, graduada conforme a
gravidade da infracção, que reverte para os cofres do Estado. O desconto em cada mês é
efectuado nos vencimentos do infractor, não podendo exceder um terço do seu
vencimento;

d) Despromoção - descida para a classe ou categoria inferior no primeiro escalão da


faixa salarial pelo período de seis meses a dois anos;

e) Demissão - afastamento do infractor do aparelho do Estado, podendo ser readmitido


decorridos oito anos sobre a data do despacho punitivo, desde que cumulativamente:

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i. haja vaga no quadro de pessoal;

ii. haja disponibilidade orçamental;

iii. seja aprovado em concurso; e

iv. se prove que através do seu comportamento se encontra reabilitado.

f) Expulsão – afastamento do infractor do aparelho do Estado, podendo ser readmitido


decorridos doze anos sobre a data do despacho punitivo, desde cumulativamente:

i. haja vaga no quadro de pessoal;

ii. haja disponibilidade financeira; e

iii. se prove que através do seu comportamento se encontra reabilitado.

3. Revisão das políticas: Analisar as politicas e os códigos de conduta existentes para


identificar possíveis lacunas ou áreas de melhoria, a fim de prevenir futuras
violações éticas.
4. Treinamento e conscientização: Promover treinamentos regulares sobre ética e
conduta profissional, para educar os funcionários sobre os valores da organização e
expectativas éticas.
5. Acompanhamento: Monitorar continuamente o comportamento dos funcionários,
oferecer orientação e apoio para evitar reincidências e garantir a conformidade
contínua com os valores éticos.

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III. Conclusão

Concluindo, nossa discussão centrou-se em torno da importância vital dos valores éticos
em vários aspectos do serviço público e da conduta profissional. Valores éticos, como
neutralidade, igualdade, justiça, lealdade, eficiência, responsabilidade e
profissionalismo, formam a base da governança responsável e da administração eficaz.
Eles orientam servidores públicos e profissionais na tomada de decisões moralmente
corretas, promovendo um senso de responsabilidade, transparência e integridade.

Exploramos o papel multifacetado dos valores éticos no serviço público, reconhecendo


que eles não são apenas os princípios orientadores para o comportamento individual,
mas também cruciais para manter a confiança pública. A defesa desses valores garante
que os interesses da comunidade sejam priorizados acima do ganho pessoal e que o
bem-estar geral da sociedade permaneça primordial.

Além disso, nossa discussão aprofundou-se nos mecanismos de promoção e controle da


moralidade no âmbito da administração pública e dos campos profissionais. De códigos
éticos e proteção de denunciantes a transparência, responsabilização e sanções por
violações de código, essas medidas contribuem coletivamente para criar um ambiente
onde o comportamento ético é mantido e as violações são adequadamente tratadas.

Em última análise, um compromisso com os valores éticos serve como base para uma
sociedade justa, equitativa e que funcione bem. Ao abraçar esses valores, indivíduos no
serviço público e em várias profissões contribuem para um impacto positivo e
sustentável nas comunidades, promovendo uma cultura de integridade, respeito e
responsabilidade. À medida que navegamos pelo complexo cenário de governança e
profissionalismo, a firme adesão aos valores éticos continua sendo uma bússola
inabalável que nos guia em direção a um futuro mais brilhante e ético.

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IV. Bibliografia

Levieque, Agostinho (2011). Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública


em Moçambique. Maputo. Editorial Ndjira.

Rocha, Oliveira J. A. (2007). Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública.


Lisboa. Escolar Editora.

Pegoraro, Olinto (2008). Ética dos Maiores Mestres Através da História. 3ª Edição.
Petropólis. Rio de Janeiro. Editora Vozes.

Lei n.°4/2022 de 11 de Fevereiro.

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