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Caro estudante, a elaboração de documentos é o módulo cuja designação traduz sua finalidade,
por isso o objectivo principal é produzir documentação administrativa diversa, em formato
físico e electrónico e em língua portuguesa.
Ambas existem de modo paralelo, mas partem de posicionamentos distintos, por isso contemplam
aspectos diversos e complementares para categorizar e organizar a variedade de textos que existe.
Dessa forma, a tipologia textual é uma categoria que se refere aos aspectos sequenciais e
composicionais dos textos, como suas características sintáticas, lexicais e estruturais. Assim, o que
se pretende, com essa categoria, é analisar a forma como os textos organizam-se linguisticamente
para cumprirem suas funções comunicativas.
Por outro lado, o gênero textual, por sua vez, é outra categoria que prioriza os traços
comunicativos, contextuais e sociais que influenciam, também, na organização dos textos. Essa
categoria classifica os textos por suas funções socio-comunicativas, considerando-se, além da
estrutura linguística, os aspectos extralinguísticos. Os gêneros textuais são fluidos e mutáveis,
sempre se adequando às novas necessidades sociais, entretanto, todos eles obedecem às regras de
natureza linguística e textual que se apresentam em todos os gêneros, ou seja, os tipos textuais são
aplicados na construção e modificação dos gêneros textuais.
Por meio dessa relação, é possível estabelecer-se combinações entre tipos e gêneros textuais. É
importante ressaltar que um único gênero pode conter diversos tipos textuais, com predominância
de um ou mais. Em alguns casos, é possível encontrar gêneros com uma tipologia específica.
Gêneros textuais são um conceito amplo e intencionalmente vago que procura caracterizar os textos,
primordialmente, pela sua função socio-comunicativa. Desse modo, ao debruçar-se nos elementos
que caracterizam os gêneros, é possível identificar aspectos referentes a contexto, interlocutores,
intenção comunicativa, função social e outros.
O primeiro elemento dos gêneros é a sua função social, ou seja, identificamos qual a finalidade,
utilidade ou importância que determinados textos cumprem nas sociedades e suas culturas. É
importante considerar que o estudo do gênero valoriza a linguagem como ação comunicativa ou
ação social, logo, todo texto nasce de um intuito, de uma necessidade, pessoal ou coletiva, por
isso é essencial considerar esse elemento na análise dos gêneros.
Outro elemento é o contexto de uso, que se refere ao local cultural, no qual o texto está inserido.
Por exemplo, uma fala dentro do contexto jurídico exige certas adequações que são próprias desse
ambiente, por isso os textos sofrem essa exigência. De modo semelhante, outro exemplo é a
produção de diferentes falas, nos mesmos interlocutores, a depender de estarem em um ambiente
pessoal ou profissional. Sendo assim, considerar o contexto de uso é imprescindível para identificar
e categorizar os gêneros.
Após a identificação dos elementos anteriores, ainda é importante observar dois outros: a linguagem
e o meio de divulgação. Nem todo texto utiliza a linguagem verbal, e outros ainda mesclam
diversos tipos de linguagem, sendo assim, é necessário considerar também quais são os tipos de
linguagem utilizados em cada gênero. Além disso, o lugar de divulgação dos textos também
interfere, por exemplo: um post no Twitter possui um limite de caracteres que condensa as
informações divulgadas.
Como mencionado, as categorias tipo e gênero, no tocante aos estudos do texto, referem -se a
classificações distintas e, em certa medida, complementares. É importante, assim, saber distinguir
os limites que cada classificação possui para analisar melhor os textos e, com isso, amadurecer os
domínios de produção e interpretação textual.
Tipo textual é uma categoria da organização estrutural dos textos, fornecendo classificações de
sequências disponíveis para construir-se os variados gêneros textuais existentes. Em outras
palavras, o autor, a depender do seu contexto comunicativo, vai escolher lançar mão do tipo
narrativo, descritivo, expositivo, argumentativo ou outro, no intuito de alcançar seu objetivo.
Os gêneros textuais, por sua vez, classificam os textos com base em suas condições de uso bem
como na influência dessas condições na estrutura do texto. Sendo assim, ao falarmos de gênero
textual, buscamos identificar aspectos contextuais, características dos interlocutores, função social
do texto, tipo e adequação da linguagem, canal de transmissão, entre outros. Ao considerarmos
esses elementos, é sempre importante estabelecermos a relação deles com a caracterização do
gênero.
Nos estudos dos gêneros textuais literários, existem algumas especificidades que não são
comuns aos outros gêneros, por isso cabe uma análise mais específica desta categoria. A princípio
os gêneros literários diferem-se, principalmente, por seu teor artístico, de modo que a estética se
torna elemento fundamental para seus diversos gêneros.
Romance, conto e filme são gêneros que possuem algumas semelhanças, como a predominância do
tipo narrativo, entretanto, cada um deles possui estruturas bem diferentes. Um conto propõe-se a
ser uma leitura mais rápida que um romance, logo, a condensação das informações, a redução de
fatos, e as estratégias estéticas alinham-se a essa necessidade.
Além disso, é importante lembrar-se de que, diferentemente dos outros gêneros, os textos literários
não possuem uma função prática na sociedade, logo, os critérios de análise diferem-se para essa
categoria. É importante considerar, nos gêneros literários, os aspectos tipológicos (narração,
descrição, exposição); a configuração em prosa ou poesia; e outros tópicos, como tamanho, veículos
de divulgação, linguagens utilizadas, que podem demonstrar-se relevantes na estética literária.
Tipos de narrador:
Narrador personagem: conta em 1ª pessoa;
Narrador observador: relata tudo como observa - usa a 3ª pessoa;
Narrador onisciente: não apenas observa os fatos, mas sabe tudo sobre os personagens (sentimentos
e pensamentos).
Tipos de discurso:
O narrador decide como vai contar a história gerada pela interação dos personagens;
Discurso direto: fala literal do personagem;
Discurso indireto: fala parafraseada;
Discurso indireto livre: mistura da fala do narrador e do personagem - requer atenção do leitor.
Personagem
Principais (protagonista e antagonista) e os secundários.
Ação
As ações são relatadas obedecendo uma ordem.
1. Introdução: Apresenta a ideia principal, alguns personagens, harmonia inicial;
2. Desenvolvimento: Fato narrativo em si (série de ações que transformam personagens); Possui o
enredo da história e a desarmonia; Possui clímax.
3. Conclusão: Possui o desfecho da história; Apresenta o equilíbrio inicial novamente ou uma nova
ideia de situação.
Descrição Objetiva: Feita com imparcialidade/sem opiniões; com exatidão na descrição dos
detalhes, sentido donativo.
Descrição Subjetiva: A que presenta opiniões e visão pessoal; Sentido conotativo.
Estrutura:
1.4.4. Expositivo-Explicativo
Este tipo de texto serve para apresentar e explicar um objecto, assunto, facto ou situação,
descrevendo e enumerando características, destacando razões do fenómeno. Esse processo deve
permitir que o leitor identifique, claramente, o tema central do texto, recorrendo a uma linguagem
clara e concisa, abrangente e capaz de ser compreendida por diferentes tipos de pessoas.
Características:
i. Uso predominante da terceira pessoa, não apresenta marcas gramaticais da primeira (eu) nem
da segunda pessoa (tu, você, o senhor/a senhora…);
ii. Uso do presente genérico (costumam, distribuem, mostra, realizamse, é…) e do pretérito
perfeito do indicativo (deu, distribuíram, mostraram, realizaram-se, forçou…);
iv. Em caso de necessidade de enunciados descritivos, numa perspectiva histórica recorre -se ao
pretérito perfeito simples (deu, distribuíram, mostraram, realizaram.se, forçou) ou composto
(tem dado, tem distribuído, têm mostrado, tem-se realizado, tem sido forçado), ou ao pretérito
imperfeito (dava, distribuíam, mostravam, realizavam.se, dizia) do indicativo.
b. Enunciados de explicação – têm por fim fazer compreender o que se pretende transmitir. i.
recurso a detalhes, visando facilitar a compreensão do fenómeno; ii. comparações e
reformulações perifrásticas como (à semelhança de…; tal como; etc.); iii. asserções afirmativas
ou negativas.
vi. Resumos do que se disse. Estes permitem que o enunciador comente o desenrolar dos
acontecimentos.
Nos termos precisos, a redação de textos é na essência saber como organizar e transmitir a
comunicação escrita ou mesmo oral. Para materializar a função linguística, deve-se garantir que ela
decorra dentro dos parâmetros de regras e princípios próprios, e de cada tipologia textual.
Esta base de conhecimento não é o objeto-conteúdo dos estudos, no entanto como princípio é
arrolado no critério de desempenho, visto que o texto escrito deve cumprir princípio gramatical da
língua portuguesa.
Em segundo lugar, para materializar a expressão textual com fim comunicativo pondera-se que cada
frase do mesmo transmita coerência e lógica da mensagem. Este requisito textual demanda o
segundo princípio na redação textual: a organização das ideias narrativas. Efectivamente se trata de
como organizar todas as ideias e pensamentos que devem constar no texto pretendido. Ora vejamos,
sempre são muitas ideias e, na hora de colocar isso no papel, organização é fundamental, pois isso
pode implicar diretamente na coesão e coerência textual.
Para uma boa organização textual pode se adotar a técnica de “rascunho”. Por via desta anota-se as
ideias relacionadas (tópicos do pensamento) ao tema que surgem na mente, separando-os em
colunas para depois desenvolver ao decorrer da redação. No âmbito da organização das ideias, é
usual que se identifique o tópico frasal, que é a ideia central do parágrafo e não um título, por isso,
não deve ser escrito e sim estar dentro do argumento textual.
Em terceiro lugar, na redação dos textos é sempre preciso tomar em consideração a “estética da
redação” como princípio a observar. Neste princípio, observa-se aspectos como:
Rasura: ao errar, apenas faça um traço em cima da palavra. Ex.: paichão > paixão;
Margem: respeitar a margem. O espaço é de dois dedos no começo de cada parágrafo. sendo
fundamental, e chegar até o final da margem, sem ultrapassá-la, também.
Parágrafo: são exigidos, no mínimo, três. Precisam estar dentro da margem para o corretor saber
onde começa e onde termina cada um deles;
Em quarto lugar, a redação do texto deve obedecer a “estrutura do parágrafo” como critério de
redação. Na essência, as características dos textos são: margem; número de linhas; apresenta uma
ideia central que é desenvolvida por ideias secundárias.
a) Introdução [Conhecido como tópico frasal, ou apresentação da ideia principal que será exposta; e
Feita de modo objetivo.
Em sétimo lugar, “técnicas de conclusão”. A conclusão é a parte da redação onde se arremata as ideias
trabalhadas e os argumentos podem ser reforçados com uma abordagem diferente. É um espaço para
recapitular o tema e corroborar com o que foi escrito seguindo o mesmo pensamento e talvez
acrescentando novas indagações e sugestões. A conclusão da redação se faz: Retomada da tese;
Perspectiva/Projeto de Intervenção; Nexos conclusivos.