Você está na página 1de 28

Voltar ao sumário

1
Este trabalho está licenciado com uma Licença Creative Commons
Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
PRODUÇÃO TEXTUAL ACADÊMICA

SUMÁRIO

1. Tipos de textos, interpretação e leitura dinâmica

2. Principais tipos de trabalhos acadêmicos,


suas características e aplicações

Sumário clicável

3
Voltar ao sumário
APRESENTAÇÃO DO PERCURSO
Neste Percurso de Aprendizagem, vamos aprender
a diferenciar os principais tipos de textos com a
caracterização de suas estruturas e linguagens.
Vamos ainda aprender as Normas da ABNT que
regulamentam a estrutura e o desenvolvimento
Olá
dos trabalhos acadêmicos de forma adequada
a cada necessidade, de acordo com as regras e
boas práticas de redação na escrita acadêmica. 
Serão descritos os principais tipos de textos,
interpretação e técnicas de leitura dinâmica,
bem como os principais tipos de normas para o
desenvolvimento dos trabalhos acadêmicos, suas
características e aplicações. 
Serão diferenciadas as nomenclaturas referentes
ao Gênero Textual e à Tipologia Textual. O primeiro
está relacionado a um contexto histórico e
cultural; o segundo, relaciona-se com a estrutura,
o conteúdo e a forma como um texto se apresenta.
Bons estudos!!!!!

Agora, vamos aos estudos!

1. Tipos de textos, interpretação e leitura dinâmica

Conceito de Tipo textual refere-se às estruturas linguísticas dos textos, ou seja, define a
predominância de expressões e estruturas sintáticas presentes, os elementos que caracterizam
e permanecem em cada tipo, além de indicar o objetivo comunicativo de cada um.

Existem cinco tipos de textos que são classificados com base em estruturas específicas. Eles
se dividem em: narrativo, descritivo, expositivo, dissertativo e injuntivo. (BECHARA, 2015).

4
FIGURA 1 - TIPOS DE TEXTOS

Voltar ao sumário
Fonte: http://blog.maxieduca.com.br/wp-content/uploads/2017/11/Esquema.png

TEXTO NARRATIVO
O texto narrativo propõe relatar acontecimentos e situações, verídicos ou fictícios. Para apresentar
a história, o tipo utiliza personagens de determinado tempo e espaço, que são os “atores” dos fatos.
Muitos gêneros utilizam a tipologia narrativa para diferentes propósitos, sendo assim, os textos
apresentam diferentes formas de mobilizar os elementos da narrativa. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

• Características e estrutura dos textos narrativos

Os textos narrativos caracterizam-se por seu aspecto factual e performático, pois relatam
acontecimentos por meio da utilização de personagens, que, no texto, apresentam as experiências
vividas ou imaginadas, com personagens principais e secundários, e espaço(s) e tempo(s).

O espaço pode referir-se a espaços físicos (como um país, estado, cidade) ou sociais (como as
elites, as classes populares, os intelectuais etc.). O tempo pode referir-se à contagem cronológica
ou a um tempo psicológico. O tempo psicológico não é contado por horas, dias ou anos, e sim pelo
conteúdo subjetivo e mental que as personagens expressam, por isso ele pode se deslocar por
diferentes tempos cronológicos, por meio da memória, por exemplo.

Ainda há um elemento importante, principalmente para os textos com predominância do tipo


narrativo: o narrador.

5
Voltar ao sumário
O narrador é o ponto de vista pelo qual a história é contada, por isso não é o mesmo
que o autor.

Primordialmente, o narrador se divide em:


1ª pessoa: quem narra é quem vive os fatos;
3ª pessoa: quem narra e assiste de fora aos fatos.

• Exemplo de texto narrativo

Dentro desses dois grupos, há muitas possibilidades de explorar essa ferramenta e criar diferentes
efeitos. Exemplos de textos narrativos: Notícia, Biografia, Autobiografia, Conto, Romance, Filme,
Teatro, Novela, Parábola, Mito, Lenda, Anedota, Piada, Fofoca.

FIGURA 2 - TIPOS DE TEXTO NARRATIVO

Texto Narrativo
NARRADOR PERSONAGENS CENÁRIO ENREDO

Situação Inicial
Personagem Protagonista Conflito
Texto
Observador Antagonista Desenvolvimento
Descritivo
Onisciente Secundários Clímax
Desfecho

Fonte: https://rockcontent.com/br/wp-content/uploads/
sites/2/2021/03/tipos-de-texto-imagem5.png

• Estrutura da Narrativa

a. Apresentação ou introdução: caracteriza-se por ser a parte inicial do texto. O autor apresenta
os personagens, o local e o tempo em que se desenvolve(rá) a trama.

b. Desenvolvimento: local onde grande parte da história é desenvolvida com foco nas ações
dos personagens.

c. Clímax: parte inserida no desenvolvimento da história; o clímax designa o momento mais


emocionante da narrativa.

d. Desfecho ou conclusão: é a parte final da narrativa, onde, a partir dos acontecimentos, os


conflitos vão sendo desenvolvidos.

• Elementos da Narrativa

a. Narrador - quem narra a história.

Narrador Observador - narrada em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece os fatos, porém
não participa da ação.

6
Voltar ao sumário
Narrador Personagem - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é um personagem
e participa das ações.

Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama. Nesse caso, a
história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta o fluxo de pensamentos dos
personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.

FIGURA 3 - TIPOS DE DISCURSO NARRATIVO

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/14301499/89/images/18/
Tipos+de+Discurso+Narrativo.jpg

b. Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se desenrolam as ações.


São classificados em: enredo linear e enredo não linear.

b. Personagens - são aqueles que compõem a narrativa, sendo classificados em: personagens
principais (protagonista e antagonista) e personagens secundários (adjuvante ou
coadjuvante).

b. Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por exemplo, uma
data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico ou psicológico.

b. Espaço - local(is) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num ambiente físico,
ambiente psicológico ou ambiente social.

TEXTO DESCRITIVO
O tipo textual descritivo caracteriza-se por expor as características ou propriedades de algum objeto,
seja ele material (como uma paisagem, um produto físico etc.), seja imaterial (uma sensação, um
serviço, um produto digital etc.).

O propósito da descrição consiste em fornecer uma apresentação consistente com o objetivo


do apresentador, de modo que o leitor ou ouvinte possa ter uma visualização mental do objeto
apresentado. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)
7
• Características e estrutura dos textos descritivos

Voltar ao sumário
O texto descritivo se caracteriza por uma forte presença de verbos de ligação e adjetivos ou
outros qualificadores, que servem ao intuito de construir-se uma imagem mental do objeto
apresentado. É muito comum a esse tipo textual uma forte presença da descrição visual, desse
modo, a observação criteriosa do objeto faz-se uma ação fundamental.

Assim como o texto dissertativo e narrativo, o texto descritivo possui suas próprias características,
que o distinguem dos demais tipos de construção textual.

Essas particularidades são:

• Utilizam-se de muitos substantivos, adjetivos, locuções adjetivas e outros elementos para


apresentar as características do objeto descrito e fazer o leitor ter uma ideia exata sobre ele;

• Aplicação de verbos de estado nas frases: estar, permanecer, ficar, continuar são alguns
dos verbos encontrados neste tipo de texto;

• Linguagem é construída de forma clara, dinâmica e com figuras de linguagem, como a


comparação e a enumeração;

• Os detalhes físicos das pessoas ou objetos também são pontuados, como altura, peso,
comprimento, largura, textura, clima, função. A personalidade, caráter, humor e outros
aspectos psicológicos também são detalhados;

• Os aspectos sensoriais também podem aparecer em uma descrição. As texturas, os cheiros


e o gosto de alimentos são apresentados, por exemplo;

• Também é possível encontrar em um texto descritivo as particularidades dos ambientes


econômicos, sociais e políticos.

• Exemplo de texto descritivo

São exemplos de textos descritivos: Listas de compras, Anúncios de classificados, Currículos,


Resenha.

Os textos descritivos são uma espécie de apoio ao texto narrativo, ao injuntivo e à argumentação.
Também são encontrados em biografias, reportagens, relatos históricos ou de viagens, lista de
compras, anúncios de classificados e até currículos.

• Tipos de texto descritivo

a. Descrição objetiva: é a descrição realística dos acontecimentos, objetos ou pessoas. O


autor comenta os atributos de forma precisa, sem inserir comentários, opiniões pessoais
ou elementos que permitam múltiplas interpretações.

b. Descrição subjetiva: faz uso de uma linguagem mais pessoal, em que a opinião do autor
e as suas considerações são colocadas. Os objetos, pessoas e eventos são descritos de
forma subjetiva e revela a subjetividade do autor.

8
• Estrutura do texto descritivo

Voltar ao sumário
Todos os tipos de textos devem ser criados a partir de uma estrutura que serve para organizar o
pensamento do autor e guiar a leitura. Estrutura do texto:

a. Introdução: é a parte inicial da descrição, quando o autor mostra o que vai ser descrito;

b. Desenvolvimento: é a descrição propriamente dita. O autor apresenta detalhadamente as


características das pessoas, fatos e objetos;

c. Conclusão: é a parte em que a descrição é encerrada. Normalmente, o escritor inicia a


análise dos fatos ou a narração dos acontecimentos.

TEXTO DISSERTATIVO
O tipo textual dissertativo é aquele em que o autor se propõe a apresentar um determinado tema ou
assunto, posicionando-se sobre ele, baseado em uma argumentação consistente, com avaliações,
justificativas, conceitos e exemplos. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

• Características e estrutura dos textos dissertativos

A dissertação fundamenta-se na apresentação de uma tese ou uma opinião sobre determinado


tema ou assunto. Essa tese baseia-se em argumentos fundamentados em dados, pesquisas,
conceitos, pesquisas científicas etc. Assim, estrutura-se em:

a. Apresentação do tema por meio de uma exposição inicial

b. Constatação inicial que conduzirá o desenvolvimento do texto

c. Problematização do tema e da constatação inicial

d. Resolução dos questionamentos

e. Conclusão e avaliação final

Para facilitar a elaboração dessa estrutura, o tipo textual dissertativo ampara-se em reflexões,
explicações e exposição de ideias, no intuito de se dar a conhecer a tese inicial.

• Exemplo de texto dissertativo

São exemplos de textos dissertativos: Artigo de opinião, Dissertação acadêmica, Tese, Artigo
acadêmico-científico, Editorial de jornal, Monografia, Conferência, Artigo de divulgação científica.

• Estrutura do texto dissertativo-argumentativo

Na introdução, o ideal é que se apresente a proposta temática, contextualizando seu direcionamento,


e que seja definido um ponto de vista, assim como conversamos anteriormente.

No desenvolvimento, trata-se dos argumentos, fundamentando suas ideias e trazendo informações


importantes no papel de convencimento do leitor.

Por fim, na conclusão, sintetiza-se o ponto de vista trabalhado no texto.

9
FIGURA 4 - TIPOS DE TEXTO DISSERTATIVO

Voltar ao sumário
Fonte: https://realizeeducacao.com.br/wp-content/uploads/2021/03/
mapa-mental-redacao-texto-dissertativo.png

• Tipo de Linguagem

A linguagem, nesse tipo de texto, precisa ser predominantemente impessoal. É importante trabalhar
sempre verbos na terceira pessoa, a fim de que as opiniões e a sua fundamentação pareçam
verdades absolutas. Porém, pode-se apresentar alguns trechos com a primeira pessoa do plural.
(KOCH, 2002)

TEXTO EXPOSITIVO
O tipo textual expositivo caracteriza-se por apresentar saberes consensuais de diferentes áreas,
sem inserir nenhuma problematização ou argumentação a respeito do tema. Dessa forma, esse tipo
objetiva apresentar conhecimentos de mundo, organizados em uma estrutura lógica, que contribua
para a compreensão do leitor. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

• Características e estrutura dos textos expositivos

O texto expositivo pode organizar-se de diferentes formas para apresentar o assunto ou saber.
Estrutura básica do texto expositivo pode ser em:

a. Método dedutivo - generalização - especificação: parte-se de um saber abrangente para


apresentar saberes específicos.

b. Método indutivo - especificação - generalização: parte-se de um saber específico para


apresentar generalizações.

c. Método dedutivo-indutivo - generalização - especificação - generalização: parte-se de um


saber geral, apresentam-se especificações, conclui-se com uma nova generalização.

10
Para facilitar a elaboração dessa estrutura, o tipo textual dissertativo ampara-se em reflexões,

Voltar ao sumário
explicações e exposição de ideias, no intuito de se dar a conhecer a tese inicial.

• Exemplo de texto expositivo

São exemplos de texto expositivo: o artigo especializado em que um cientista apresenta suas
descobertas; a notícia por meio da qual essas descobertas são divulgadas; uma questão em que
o aluno desenvolve um tema proposto; ou, ainda, a explicação oral do guia que apresenta um
museu a turistas.

• Características

Exposição é um tipo de discurso cuja principal finalidade é transmitir informação. É uma das
formas de expressão próprias dos textos didáticos. A finalidade de transmitir informação pode
concretizar-se de modos muito distintos, seja na língua oral, seja na escrita. (KOCH, 2002).

Para que o propósito informativo se cumpra de maneira satisfatória, o texto expositivo deve reunir
muitas qualidades, entre as quais a clareza, a ordem e a objetividade, além de apresentar seu
conteúdo de forma compreensível para o interlocutor (clareza) e ser organizado de acordo com
um determinado critério (ordem) e sem juízos de valor pessoais, ou seja, as informações devem
ser embasadas em fatos justificados e objetivos (objetividade). (KOCH, 2002).

• Elementos da exposição

O discurso expositivo ocorre em situações de comunicação determinadas por três elementos: o


emissor, o receptor e a relação que se estabelece entre eles.

a. O emissor (ou locutor) deve possuir conhecimentos suficientes acerca do tema


da exposição e a intenção de transmiti-los de maneira ao mesmo tempo objetiva e
compreensível para seu potencial receptor. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

b. O receptor (ou locutário) pode ser um especialista na matéria exposta, ignorá-la por
completo ou possuir alguns conhecimentos sobre ela. De seu nível de conhecimentos
dependerá seu objetivo ao abordar o texto. (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

A relação entre emissor e receptor é fundamental para que a informação seja transmitida de
maneira eficaz. O emissor deve conhecer o tipo de receptor a quem vai se dirigir; somente
assim conseguirá dar à sua exposição o nível e o tom adequados.

11
FIGURA 5 - TIPOS DE TEXTO EXPOSITIVO

Voltar ao sumário
Fonte: https://t1.uc.ltmcdn.com/pt/images/5/1/7/caracteristicas_de_
um_texto_expositivo_29715_0_600.jpg

• Estruturas de textos expositivos (FIORIN; SAVIOLI, 2006.)

A informação pode ser ordenada no parágrafo conforme diferentes estruturas:

a. Estrutura dedutiva. A ideia principal é exposta no início e, na continuação, ela é explicada,


demonstrada ou desenvolvida.

b. Estrutura indutiva. A informação mais relevante é exposta no fim do parágrafo e é


apresentada como conclusão do que foi expresso.

c. Estrutura paralela. O parágrafo é organizado como uma sucessão de ideias que não são
subordinadas umas às outras.

• Recursos linguísticos da exposição

De acordo com a forma adotada na exposição, empregam-se conectores específicos (CARVALHO;


SOUZA, 2010):

a. Exposições narrativas - predominam os conectores temporais ou ordinais (primeiro,


depois, por último).

b. Exposições descritivas - prevalecem os conectores espaciais (adiante, acima), os de


contraste (diferentemente de, pelo contrário) e os distributivos (por um lado, por outro
lado).

c. Exposições argumentativas - apresentam-se como conectores característicos os que


exprimem relação de causa e efeito (porque, de modo que).

12
• Classificação dos textos expositivos

Voltar ao sumário
A exposição pode se organizar de acordo com diversos esquemas textuais e temáticos.
Focalizando-se a forma, o texto expositivo pode ser narrativo, descritivo ou argumentativo; do
ponto de vista do conteúdo, pode ser científico, didático ou jornalístico.

a. Texto expositivo narrativo: quando o tema a ser exposto implica um desenvolvimento


temporal.

b. Texto expositivo descritivo: típico das exposições centradas na caracterização de uma


realidade que se apresenta a um receptor (leitor, ouvinte) e também é frequente nas
classificações e comparações.

c. Texto expositivo argumentativo: caracteriza-se pela análise racional do tema,


estabelecendo relações de causa e consequência.

d. Texto injuntivo: caracteriza-se por fornecer instruções para a realização de uma ação
desejada, logo, esse texto incita o leitor a realizar algo. Exemplos: manuais de instruções,
pedidos, prescrição etc.

TEXTO INJUNTIVO
Os textos injuntivos apresentam, predominantemente, orações com o uso de formas verbais no
imperativo, indicando ordem ou pedido, organizadas em uma ordem que favoreça a realização
da ação solicitada. (BECHARA, 2015)

Diferença entre tipos textuais e gêneros textuais (BECHARA, 2015)

Os tipos textuais definem as características estruturais e gramaticais dos textos, ou seja,


definem as estruturas sintáticas mais utilizadas, as classes de palavra com maior evidência,
os elementos que compõem os tipos e o objetivo linguístico de cada categoria, o que cada
tipo deseja expressar ao seu leitor. São os tipos narrativo, descritivo, expositivo, dissertativo e
injuntivo, por exemplo.

Os gêneros textuais definem as formas de agir no mundo por meio dos textos, ou seja, caracterizam
os modelos convencionalmente aceitos para exercerem algum tipo de ação social. Desse modo,
definem o contexto de uso, o tipo de interlocutor, a função social, os tipos de linguagem etc.
São exemplos de gêneros textuais: carta de solicitação, ata, publicidade, notícia, reportagem.
(BECHARA, 2015)

Gêneros e tipos se relacionam, pois, para materializar os textos em gêneros, é necessário mobilizar
o tipo ou tipos textuais adequados para o objetivo. Desse modo, um texto pode apresentar a
predominância de um tipo, como num romance predomina o tipo narrativo, ou apresentar uma
mescla de tipos, como uma apresentação de PowerPoint, que pode utilizar textos expositivos,
narrativos, argumentativos e injuntivos, a depender da necessidade do autor.

13
FIGURA 6 - TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS

Voltar ao sumário
Fonte: https://i2.wp.com/resumos.mesalva.com/wp-content/
uploads/2020/08/a-7.jpg?resize=513%2C337&ssl=1

14
2.

Voltar ao sumário
Principais tipos de trabalhos acadêmicos,
suas características e aplicações

Trataremos de apresentar, para o estudo dessa temática, os principais tipos de trabalhos acadêmicos,
com destaque para suas características fundamentais. Acompanhe, abaixo, os tipos de trabalhos
acadêmicos utilizados com maior frequência. Vamos lá?

RESUMO
É uma síntese das ideias principais de um texto. A NBR 6028/2003, manual de elaboração de
resumo da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), destaca que se deve fazer uma
apresentação concisa dos pontos relevantes do texto, com as principais ideias: os objetivos
principais, os métodos, os resultados e as conclusões.

NBR é a sigla para Normas Brasileiras, que representam um braço das diretrizes da ABNT e
funcionam como fonte de padronização de procedimentos para empresas e consultorias de
diversos segmentos. As NBRs garantem a normatização de documentos, processos produtivos e
procedimentos de gestão, de acordo com as regras estabelecidas na ABNT.

A NBR 6028/2003 postula que o resumo pode ser classificado em três tipos: indicativo,
informativo ou crítico, os quais são determinados por características específicas.

a. Resumo informativo tem por finalidade deixar o leitor informado acerca dos principais pontos
destacados no texto, proporcionando a ele a possibilidade de ter uma ideia geral do que se trata.
Essa modalidade de resumo é indicada para artigos científicos e artigos acadêmicos de forma
geral.

b. Resumo indicativo, literalmente afirmando, indica somente os pontos relevantes, principais


do texto-base, descartando a possibilidade de apresentar dados de natureza qualitativa e
quantitativa. Por essa razão, faz-se necessária a consulta ao texto original.

c. Resumo crítico, trata-se de uma análise com base no ponto de vista do emissor acerca das
ideias contidas no texto original.

15
FIGURA 7 - CARACTERÍSTICAS DO RESUMO

Voltar ao sumário
Fonte: (Adaptado) https://slideplayer.com.br/slide/3458983/11/
images/4/CARACTER%C3%8DSTICAS.jpg
RESENHA
É um trabalho acadêmico que também traz comentários informativos e/ou críticos sobre o conteúdo.
A resenha é um gênero textual de caráter técnico muito comum no meio acadêmico. Similar ao
resumo, o objetivo deste texto é analisar e descrever os principais pontos de uma obra para facilitar
a transmissão do conteúdo para um outro leitor. Voltada normalmente à publicação em periódicos.

Estrutura básica
• Informações para a identificação do texto ou da obra
• Informações sobre o autor
• Exposição breve sobre os principais pontos da obra – resumo das ideias
• Comentários informativos e/ou críticos

Existem dois tipos de resenha: a crítica e a descritiva.

FIGURA 8 - TIPOS DE RESENHA

Fonte: (Adaptado) https://professordecioterror.com.br/wp-content/


uploads/2020/10/Resenha-e1603142436882-211x300.png

16
a. Resenha crítica, conhecida como opinativa, apresenta um juízo de valor do leitor sobre o

Voltar ao sumário
conteúdo resenhado. Nesse tipo de resenha, o conteúdo é apresentado com uma indicação
ou um alerta sobre a leitura. Assim, é um texto com características argumentativas, pois tem
como propósito convencer alguém sobre a leitura.

b. Resenha descritiva é uma apreciação acerca de um livro ou uma obra, cujo objetivo é unicamente
descrever as informações contidas no texto original, de modo que o leitor consiga identificar
que tipo de conteúdo pode ser encontrado. Aqui, o único propósito é ser informativo.

CARACTERÍSTICAS
• Descrição da obra analisada;
• Resumo das informações contidas no texto-base;
• Inclusão de citações da obra resenhada para ilustrar um comentário;
• Apresentação da opinião do leitor sobre o texto-base;
• Coerência; e
• Coesão

LEMBRETE
Em nenhum tipo de resenha devem-se adicionar informações novas ao texto
original, apenas sintetizar de forma fidedigna o conteúdo lido/visto.

DIFERENÇA ENTRE RESUMO E RESENHA


Os gêneros resumo e resenha possuem algumas especificidades. A resenha tem como
objetivo transmitir a opinião de um leitor sobre um conteúdo, o qual pode ser sobre um
livro, um filme, um evento ou até mesmo um álbum de música de uma artista. Além disso,
o ponto principal da resenha é a indicação da leitura na íntegra ou não sobre o objeto
resenhado, ou seja, tem o propósito despertar a curiosidade do leitor a partir de uma
análise crítica.
O resumo é um gênero textual cuja intenção é agrupar as principais informações sobre
determinado tema para servir como uma fonte de consulta mais rápida. Diferentemente
da resenha, o resumo não tem objetivo de ser crítico em relação ao seu conteúdo, mas sim
de sintetizar informações

POSTER CIENTÍFICO
O pôster científico, conhecido por painéis e banners, é um material bastante comum nos eventos
acadêmicos, como congressos e seminários. Usa-se para apresentar os resultados ou o andamento
de pesquisas científicas, de forma assertiva e breve. Ou seja, é uma peça de divulgação de pesquisa.

17
Voltar ao sumário
CARACTERÍSTICAS
• Reúne muitos elementos visuais, a partir de técnicas de comunicação e design.
• Seguem técnicas e padrões.

LEMBRETE
O pôster científico não é considerado uma publicação, no que diz respeito ao
seu valor científico ou ao seu aceite como objeto de conclusão de um estudo
ou de curso.

RELATÓRIO TÉCNICO E/OU CIENTÍFICO


Regulamentado pela ABNT NBR 10719/2015, esta norma técnica é referente à elaboração e à
formatação de relatórios técnicos e/ou científicos.

Um relatório é um documento técnico que revela o andamento de uma pesquisa, de um projeto ou


de uma experiência. Os relatórios são exigidos por instituições de ensino ou agências de fomento
à pesquisa.

CARACTERÍSTICAS
• Objetivo e descritivo, não cabendo análises e reflexões.
• Auxiliar na manutenção de financiamentos de projetos e de bolsas de estudo, além de
servir como documento para exames de qualificação.

A estrutura de um relatório seguindo as especificações da NBR 10719 é dividida em duas partes:


externa e interna.

a. Parte externa do relatório, temos: a capa (opcional) e lombada (opcional).

b. Parte interna do relatório, com elementos pré-textuais, como: folha de rosto (obrigatório),
errata (opcional), agradecimento (opcional), resumo na língua vernácula (obrigatório), lista de
ilustrações (opcional), lista de tabelas (opcional), lista de abreviaturas e siglas (opcional), lista
de símbolos (opcional) e sumário (obrigatório).

No desenvolvimento do relatório, temos os elementos textuais, como: introdução (obrigatório),


desenvolvimento (obrigatório) e considerações finais (obrigatório), que também fazem parte da
estrutura interna do relatório.

Por fim, temos os elementos pós-textuais, também inclusos na parte interna desta estrutura, sendo
eles: referência (obrigatório), glossário (opcional), apêndice (opcional), anexo (opcional), índice
(opcional), formulário de identificação (opcional).

18
Anverso de um relatório NBR 10719/2015

Voltar ao sumário
Os elementos desta sequência devem ser apresentados na seguinte ordem de ocorrência:

1. Nome do órgão ou entidade especificado de forma correta. Será o nome do órgão ou entidade
solicitante do relatório;

2. Título do programa, projeto ou plano a que este relatório faz menção;

3. Título do relatório, sendo um título principal e um título específico para cada volume;

4. Subtítulo do relatório, caso exista, deverá ser precedido por dois pontos (:), de forma a apontar
sempre sua subordinação ao título do relatório, seja ao título principal ou aos títulos específicos
em cada volume.

5. Número do volume, caso exista mais de um volume, deverá aparecer em cada folha de rosto
com as especificações de cada volume apresentadas em algarismos arábicos;

6. Código de identificação, caso ele exista, deverá ser formado pela sigla da instituição, pela
indicação de categoria, pela indicação de assunto e pelo número sequencial do relatório na
série;

7. Classificação de segurança é determinada por órgãos públicos e privados responsáveis


por desenvolver uma pesquisa considerada sigilosa ou não. São esses órgãos que deverão
informar a classificação mais adequada de segurança de acordo com a legislação vigente
sobre o assunto;

8. Nome do autor, podendo ser o nome da própria instituição que solicitou o relatório. Se esse for
o caso, então suprime-se o nome da instituição solicitante do relatório do campo de autoria;

9. Local onde a instituição responsável pelo relatório se encontra. Em caso onde há cidades
homônimas, é recomendado acrescentar a sigla de unidade federativa;

10. Data de publicação de acordo com o calendário gregoriano e apresentada em algarismos


arábicos.

Verso de um relatório NBR 10719/2015

Os elementos do verso deverão seguir da seguinte forma:

a. Equipe técnica, sendo esse um elemento opcional, irá indicar a comissão responsável pelo
estudo, os colaboradores e toda a coordenação geral, entre outros. No título, devem ser
colocadas a qualificação e a função do autor, pois irão indicar sua autoridade no assunto.

b. Dados internacionais de catalogação, realizados na publicação, sendo um elemento opcional,


também deverá conter os dados específicos da catalogação-na-publicação, de acordo com
o sistema de Código de Catalogação Anglo-Americano em vigor. As informações contendo
dados internacionais de catalogação-na-publicação deverão ser apresentados de forma
obrigatória, caso não seja utilizado o formulário de identificação.

19
Errata

Voltar ao sumário
A errata é um elemento opcional, mas, quando utilizada, deve ser incluída junto à folha de rosto,
constituída pela referência da publicação, além do texto da errata. Uma errata de relatório NBR
10719/2015 deverá ser apresentada em papel avulso, podendo ser papel encartado. Essa folha
deverá ser acrescida ao relatório assim que impresso.

ARTIGO ACADÊMICO
O artigo acadêmico é um tipo de trabalho acadêmico que apresenta os resultados de uma
pesquisa sobre um tema ou um objeto único de estudo.

O objetivo é comunicar as conclusões de uma pesquisa científica e mostrar os procedimentos


utilizados para chegar a elas. É apresentado de acordo com um modelo reconhecido pelo seu
público como adequado à comunicação científica.

Subgêneros do artigo acadêmico:

a. Relato de experiências

b. Entrevistas

c. Apresentação e discussão de resultados de pesquisas empíricas

d. Ensaio teórico

e. Revisão bibliográfica

Estrutura básica do artigo acadêmico

• Elementos pré-textuais • Texto


• Título • Elementos pós-textuais
• Autor • Referências bibliográficas
• Resumo/Abstract • Anexos
• Palavras-chave

Um artigo pode ter origem a partir de um estudo bibliográfico, de uma pesquisa experimental ou
mesmo derivar de trabalhos maiores e mais complexos. Pode, por exemplo, ser um resumo dos
resultados de uma dissertação de mestrado ou de tese de doutorado, por exemplo.

Além de ser usado como trabalho de conclusão para disciplinas regulares, é comum um artigo
ser submetido a comissões ou conselhos editoriais de revistas e periódicos científicos, que
decidem sobre sua relevância à comunidade científica, e se será ou não publicado.

20
ARTIGO CIENTÍFICO

Voltar ao sumário
É uma apresentação sintética de resultados de investigações ou estudos realizados sobre um
problema específico.

Na NBR 6022, a Associação Brasileira de Normas Técnicas define artigo científico como “parte de
uma publicação periódica com autoria declarada, que discute ideias, métodos, técnicas, processos
e resultados em diversas áreas do conhecimento”.

Objetivo - ser um meio rápido e sucinto de divulgar e publicizar uma questão investigada, o referencial
teórico utilizado, a metodologia empregada e os resultados alcançados. Os objetos de artigos
científicos podem ser diversos, desde relatos de experiência até construções completamente
teóricas. Normalmente está relacionado, na graduação, aos estudantes da iniciação científica.

A norma, que define regras para formatar a apresentação de artigo em publicação periódica,
considera a existência de três tipos de artigos científicos:

a. Artigo de revisão

O artigo de revisão é elaborado com base na análise de fontes bibliográficas, ou seja, estudos
sobre a temática que já existem. Tem o objetivo de fazer uma estruturação conceitual e aumentar
a familiaridade com o conhecimento científico.

Além de expor os conceitos elaborados por outros autores, no artigo de revisão pode-se fazer uma
avaliação crítica sobre o que já foi publicado. A publicação assume o papel de resumir, analisar e
discutir informações que já fazem parte de outros estudos.

Em termos de estrutura, o artigo de revisão tem até 20 páginas e 8 ilustrações (figuras, quadros,
tabelas, etc.). O número de referências consultadas para realizar o trabalho varia de 30 a 100 fontes.
(NBR 6022).

b. Artigo original

É um tipo de texto publicado em primeira mão, como um relato, apresentando os resultados de uma
pesquisa científica. Ele apresenta temáticas e abordagens originais.

Ao se desenvolver um artigo científico original, busca-se fundamentar com base no referencial


teórico, também conhecido como fundamentação teórica, cujo objetivo é enfatizar os resultados
obtidos numa pesquisa prática.

Um artigo original costuma ter até 15 páginas e no máximo 6 ilustrações em todo conteúdo
(considerando tabelas, quadros e figuras). O número de fontes consultadas para compor a
bibliografia é menor do que o artigo de revisão: de 20 a 40. (NBR 6022).

c. Artigo de divulgação

A divulgação científica tem o papel de disseminar as pesquisas científicas em todas as áreas do


conhecimento, tornando a ciência mais acessível, inclusive para quem não é um especialista no
campo. Quando o trabalho é voltado para um público não-científico, o texto tem uma preocupação
em ser mais didático, porém, sem perder os traços de cientificidade.

21
O público-alvo dos artigos de divulgação pode ser composto por especialistas da área, ou seja,

Voltar ao sumário
pessoas que pertencem à comunidade científica. Nesse caso, os textos são escritos com o
objetivo de comunicação da ciência e da tecnologia.

Estrutura do Artigo Científico

• Título; • Palavras-chave;
• Autor(es); • Conteúdo (introdução,
desenvolvimento textual e
• Epígrafe (facultativa); conclusão);
• Resumo e abstract; • Referências

O desenvolvimento do artigo científico é caracterizado pela exposição e discussão de teorias


que foram exploradas para a compreensão e o esclarecimento do problema. Para demonstrar
conhecimento das técnicas apresentadas, é importante expor os argumentos de maneira explicativa
ou demonstrativa.

MONOGRAFIA (NBR 14724)


Originária do grego, que etimologicamente significa: mónos (um só) e graphein (escrever). Assim,
em sentido lato, significa dissertar sobre uma questão específica de uma ciência, de um grupo, de
uma arte, ou seja, sobre um único assunto. Normalmente, a monografia tem um perfil analítico e é
um dos tipos mais populares de trabalho científico.

A monografia é o trabalho acadêmico mais comum nas entregas para conclusão de cursos de
graduação e de especialização.

O desenvolvimento de uma monografia é de extrema importância para comunidade científica em


geral, pois, por meio do estudo monográfico, existe a possibilidade de se avançar na produção do
conhecimento científico. (LAKATOS; MARCONI, 1986)

A estrutura da monografia é dividida em três grupos de elementos (ABNT): pré-textuais, textuais e


pós-textuais.

a. Elementos Pré-textuais

• Capa – obrigatório
• Folha de rosto– obrigatório
• Errata – Só haverá necessidade se for preciso algum tipo de correção.
• Folha de Aprovação - obrigatório
• Dedicatória
• Agradecimentos
• Epígrafe – é opcional nas Normas ABNT
• Resumo – um único parágrafo de 150 a 500 palavras. Ao final devem estar escritas as palavras-
chave. (NBR 6028 – Resumo e Abstract)
• Resumo em Língua Estrangeira - Abstract. (NBR 6028 – Resumo e Abstract)
22
• Sumário (NBR 6027)

Voltar ao sumário
b. Elementos textuais
• Introdução
• Desenvolvimento

• Conclusão

c. Elementos Pós-textuais
• Referências – Item obrigatório
• Anexo – É opcional
• Glossário – É um item opcional
• Apêndice – É opcional nas Normas ABNT

• Índice: Esse elemento é opcional

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - TCC (NBR 14724/21)


O TCC é um tipo de trabalho acadêmico. O aluno deve defendê-lo para uma banca examinadora.
A partir da aprovação do TCC, combinada com o cumprimento de toda carga horário do curso, o
aluno está apto para pegar seu diploma.

A estrutura de trabalhos acadêmicos (TCC)

• Elementos pré-textuais
• Elementos textuais
• Elementos pós-textuais

TESE DE DOUTORADO (NBR 14724/21)


A tese de doutorado é defendida para a obtenção do título de doutor(a). Neste sentido, a principal
característica da tese é apresentar um avanço significativo ou conhecimento inédito sobre uma
área de estudo à comunidade científica.

Caracteriza-se por ser uma monografia extensa (stricto sensu), em que o pós-graduando deve
demonstrar originalidade na abordagem do tema durante a pesquisa sobre um determinado
objeto.

A estrutura da Tese de doutorado

• Elementos pré-textuais
• Elementos textuais
• Elementos pós-textuais

23
FIGURA 9 - ESTRUTURA DA TESE (NBR 14724/21)

Voltar ao sumário
Fonte: (Adaptado) https://www.normasabnt.org/wp-content/uploa
ds/2020/12/11220201210225034-678x381.jpg

PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa é um formato de trabalho com dificuldade intermediária e antecede a
pesquisa. É uma proposta específica do trabalho a ser desenvolvido.

Na estrutura do projeto de pesquisa, devem ser apresentados: a delimitação do tema, o problema


da pesquisa, os objetivos geral e específicos, a metodologia necessária para o percurso da
pesquisa.

Estrutura do projeto de pesquisa

• Tema • Objetivos geral e


específicos
• Delimitação do tema
• Metodologia científica
• Justificativa
• Cronograma de pesquisa
• Problema de pesquisa
• Referências bibliográficas
• Hipótese

FICHAMENTO
O fichamento é a técnica de formatar um texto em fichas. Serve para armazenar ideias dos textos
de forma organizada e facilitar o acesso a esses conteúdos. É também usado na construção de
qualquer outro tipo de trabalho para organizar suas ideias e ter controle sobre todo o conteúdo.

24
Tipos de fichamento:

Voltar ao sumário
a. De citação;

São descritas as citações mais relevantes do texto seguindo as regras da ABNT com transcrição
literal do trecho, nome do autor, ano e página.
FIGURA 10 - EXEMPLO DE CITAÇÕES

Fonte: (Adaptado) https://images.even3.com.br/r-bKWf_N7UuHyMPH0ztgG_vNgYQ=/fit-


in/838x378/smart/filters:format(jpeg)/blog.even3.com.br/wp-content/uploads/2021/03/
b. Bibliográfico;

Consiste em descrever os principais conceitos do texto. Seguem-se as regras da ABNT para


citações indiretas, contendo nome do autor, ano da obra e página.
FIGURA 11 - EXEMPLO DE BIBLIOGRAFIA

Fonte: (Adaptado) https://images.even3.com.br/r-bKWf_N7UuHyMPH0ztgG_vNgYQ=/fit-


in/838x378/smart/filters:format(jpeg)/blog.even3.com.br/wp-content/uploads/2021/03/
c. De resumo;

É o fichamento textual ou de conteúdo. Caracteriza-se por ser mais simples, com tópicos
apresentando reflexões pessoais sobre as principais ideias da obra. Porém, esses tópicos devem
seguir a ordem em que as ideias aparecem no texto original.

25
Não segue o padrão pontuando páginas, sendo a organização das ideias mais livre, nas quais

Voltar ao sumário
se pode expressar sua opinião e construir o próprio esquema, com suas próprias palavras e
linguagem simples e objetiva.

FIGURA 12 - EXEMPLO DE RESUMO

Fonte: (Adaptado) https://images.even3.com.br/


JEVTWPSu5cH066IuODXnxmpeRUs=/fit-in/845x498/smart/filters:format(jpeg)/
blog.even3.com.br/wp-content/uploads/2021/03/fichamento-de-resumo.jpg

RESUMO:
Diferenciação dos principais tipos de textos com a caracterização de suas estruturas e
linguagens. Apresentação das Normas da ABNT que regulamentam a estrutura e o desenvolvimento
dos trabalhos acadêmicos de forma adequada a cada necessidade, de acordo com as regras e boas
práticas de redação na escrita acadêmica. Descrição dos principais tipos de textos, interpretação
e técnicas de leitura dinâmica, bem como os principais tipos de normas para o desenvolvimento
dos trabalhos acadêmicos, suas características e aplicações.  Diferenciação das nomenclaturas
referentes ao Gênero Textual e à Tipologia Textual, onde o primeiro está relacionado a um contexto
histórico e cultural; e o segundo, relaciona-se com a estrutura, o conteúdo e a forma como um texto
se apresenta.

26
REFERÊNCIAS

Voltar ao sumário
ABAURRE, Maria Luiza M., PONTARA, Marcela. Texto: análise e construção de sentido. São
Paulo: Moderna, 2013.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 6022:2018: Informação e


documentação: Artigo em publicação periódica técnica e/ou científica: Apresentação. Rio de
Janeiro: ABNT, 2011, 8 p.

ANPG. Associação Nacional de Pós Graduação. Disponível em: http://www.anpg.org.


br/24/04/2019/dissertacao-de-mestrado-o-que-e/BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática
Portuguesa. 38 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015.

BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2009.

CARVALHO, S. W.; SOUZA, L. M. Compreensão e produção de textos. 14. ed. Petrópolis: Vozes,
2010.

CASTILHO, Ataliba T. de; ELIAS, Vanda Maria. Pequena gramática do português brasileiro. São
Paulo: Contexto, 2012.

CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5. ed. Rio de
Janeiro, Lexikon, 2008.

___________. Nova gramática do português contemporâneo. 6. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2013.

FIORIN, José Luiz; SAVIOLI, Francisco Platão. Lições de texto: leitura e redação. 5. ed. São
Paulo: Ática, 2006.

___________. Para entender o texto: leitura e redação. 5ª ed. São Paulo: Ática, 2008.

KOCH, Ingedore Villaça. A coesão textual. 17. ed. São Paulo: Contexto, 2002.

LAKATOS. Eva Maria; MARCONI. Marina de Andrade. Metodologia científica. São Paulo, Atlas,
1986.

NEVES, Maria Helena de Moura. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2000.

PÁDUA. Elisabete Matallo Marchesini. Metodologia da pesquisa: abordagem teórico-prática.


São Paulo: Papirus, 1996.

SACCONI, Luiz Antonio. Nossa gramática completa. 31. ed. São Paulo: Nova Geração, 2011.

SEVERINO. Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo, Cortez, 2002.

SQUARISI, Dad; SALVADOR, Arlete. Escrever melhor: guia para passar os textos a limpo. São
Paulo: Contexto: 2008.

27
Voltar ao sumário
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR)

Presidência
Lenise Queiroz Rocha

Vice-Presidência
Manoela Queiroz Bacelar

Reitoria
Fátima Maria Fernandes Veras

Vice-Reitoria de Ensino de Graduação e Pós-Graduação


Maria Clara Cavalcante Bugarim
AUTORA
Vice-Reitoria de Pesquisa
TEREZA CARVALHO
José Milton de Sousa Filho

Vice-Reitoria de Extensão Mestre em Administração de Empresas pela Universidade


Randal Martins Pompeu
de Fortaleza (2000). Especialista em Psicopedagogia pela
Vice-Reitoria de Administração Universidade de Fortaleza (1999). Graduada em Pedagogia
José Maria Gondim Felismino Júnior pela Universidade de Fortaleza (1998). Professora da Uni-
Diretoria de Comunicação e Marketing versidade de Fortaleza. Membro do Núcleo Docente Estru-
Ana Leopoldina M. Quezado V. Vale turante - NDE do Curso de Administração UNIFOR (2020-
2021). Coordenadora do Programa de Estagio/Carreiras do
Diretoria de Planejamento CCG (2021). Parecerista voluntária da Revista de Estudos e
Marcelo Nogueira Magalhães
Pesquisas sobre Ensino Tecnológico (EDUCITEC), vincula-
Diretoria de Tecnologia da ao Programa de Pós-Graduação em Ensino Tecnológico
José Eurico de Vasconcelos Filho (PPGET), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tec-
Diretoria do Centro de Ciências da Comunicação e Gestão nologia do Amazonas - IFAM (2018-2021). Vice-Diretora
Danielle Batista Coimbra Administrativa do Instituto Empresa Útil Empreendedoris-
mo Socioambiental (2018 - atual). Atua como Consultora
Diretoria do Centro de Ciências da Saúde Organizacional. Tem experiência na área de Administração,
Lia Maria Brasil de Souza Barroso
com ênfase em Administração de Recursos Humanos,
Diretoria do Centro de Ciências Jurídicas atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade,
Katherinne de Macêdo Maciel Mihaliuc estratégia, conhecimento, capital intangível e inteligência
Diretoria do Centro de Ciências Tecnológicas
competitiva. 
Jackson Sávio de Vasconcelos Silva

RESPONSABILIDADE TÉCNICA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS (NTE)

Gerência
Douglas Royer Revisão Gramatical
José Ferreira Silva Bastos
Coordenação
Andrea Chagas Alves de Almeida Identidade Visual / Arte
Emanoel Alves Cavalcante
Supervisão de Ensino e Aprendizagem Thiago Bruno Costa de Oliveira
Carla Dolores Menezes de Oliveira
Editoração / Diagramação
Supervisão de Planejamento Educacional Emanoel Alves Cavalcante
Ana Flávia Beviláqua Melo
Produção de Áudio e Vídeo
Supervisão de Recursos Educacionais José Moreira de Sousa
Josefa Braga Cavalcante Sales Pedro Henrique de Moura Mendes
Kauê Nogueira da Silva
Assessoria Administrativa
Mírian Cristina de Lima Programação / Implementação
Francisca Natasha Q. Fernandes de Souza
Projeto Instrucional
Márcio Gurgel Pinto Dias
Francisca Vânia dos Santos Silva

28

Você também pode gostar