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A narratividade é uma propriedade que distingue os textos narrativos dos outros tipos de
textos.
R: Bem antes de prosseguir penso que é relevante trazer o essencial sobre a noção de
narratividade para posterior à discussão. A narratividade é um fenômeno de sucessão de
estados e de transformações, inscrito no discurso e responsável pela produção de sentido. É
também a propriedade nuclear de textos narrativos literários. Portanto, o que distingue a
narrativa de outros tipos de textos é ,fundamentalmente, o facto de no texto narrativo haver
uma sucessão de eventos, há uma transformação, ou seja, uma acção que o seu fim implica o
início de uma outra acção, há também um momento. Por momento entende-se um antes,
durante e um depois, apresenta um mundo objetivo e não subjetivo no contexto interno
narrativo, há um dinamismo, apresenta formas verbais, usa o pretérito mais que perfeito ou
o presente histórico. Todos esses princípios podem ser verificados psicologicamente durante a
leitura de um texto que o leitor procede.
A narrativa vem de "narrar" que significa fazer saber algo. Existem dois tipos de narrativa a
sabera: narrativa literária e narrativa não literária.
A Narrativa literária é aquela que decorre de um processo de criação artística, ficção. Conta
uma sequência de eventos que supostamente ocorreram.
O narrador é uma entidade imaginária com um certo papel cuja função é relatar os eventos das
acções. Essas acções são praticadas ou sofridas por alguém que são as personagens ou agentes
e que todos esses eventos ocorrem num determinado tempo e espaço.
A narrativa literária é um texto que apresenta uma sequência de eventos que se supõem terem
acontecidos num determinado tempo e num espaço. Essa narrativa literária é rígida pelo
princípio da funcionalidade. A funcionalidade é aquele código na análise que permite a
construção de outros mundos possíveis imaginários, uma realidade virtual.
Tendo em conta esses princípios todos, a história que é nos contada na narrativa literária não é
uma história 100% real, porém pode ter alguém semelhança a uma realidade conhecida com
isso, essa história não pretende documentar de forma fiel o que aconteceu, mas o que pode
acontecer.
Para podermos ter acesso a essa história existe uma voz que nos faz saber dessa sequência de
eventos. A entidade faz -nos saber dessa sequência de eventos através de um conjunto de
enunciados, acto linguístico. É este acto linguístico, ou seja, se esse acto linguístico não existir
não podemos ter narrativa.
- Fundamente.
Personagem
As personagens são seres que praticam acções na narrativa, o seu papel é praticar ou sofrer
acções.
Personagem vs pessoa
Para aprofundar o estudo da personagem, é relevante que se consulte um dicionário. Por
exemplo, o Novo dicionário Aurélio oferece a seguinte definição de personagem: "Pessoa
notável, eminente, importante, personalidade, pessoa." Na verdade, essa definição mais
confunde que esclarece pois tratando-se de um dicionário geral da língua e não de dicionário
especializado em teoria literária é justificável a tomada de uma palavra por outra.
O dicionário especializado nos estudos literários " Dicionário enciclopédico das ciências da
linguagem" define personagem como:
- Personagem como reflexo da pessoa humana e personagem como construção, cuja existência
obedece às leis particulares que regem o texto.
Portanto, a personagem é um um ser fictício. Por mais real que pareça, a personagem é sempre
uma invenção, mesmo quando se constata que determinadas personagens são baseadas em
pessoas reais.
Classificação da personagem
secundário ou antagonista-
e figurante.
Quanto à formulação
De forma simples, o narrador deve ser entendido como um ser imaginário, é um ser de papel
que existe na narrativa literária cujo objetivo é contar a sequência de eventos. É também um
ser fictício, é uma abstração que existe no circuito da comunicação literária cujo papel é contar
a sequência de eventos.
Classificação do narrador
Quanto à presença: aqui, pretende-se saber se o narrador faz parte do elenco das personagens
ou não. Assim, ele pode ser:
- Não participante: O narrador não faz parte do elenco das personagens, ou seja, não é
personagem e também não conta a história na primeira pessoa.
Quanto à ciência
Quanto à focalização
- interna: O narrador quer fazer passar uma ideia, mas não faz como narrador. Ele usa uma
personagem como focalizadora.
- externa: O narrador não usa nenhuma personagem para passar as suas ideias.
Quanto à Diegése
Níveis diegéticos
Intradiegético e extradiegético