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INTRODUÇÃO

O presente trabalho aborda questões relacionadas à narrativa, sabendo que


tradicionalmente, entende-se por texto como um conjunto acabado de enunciados
escritos ou frases que constituem um todo e se apresentam visualmente estruturados e
impressos num suporte tipográfico. Deste modo o presente artigo está desenvolvido
com subtítulos chaves como as categorias do texto narrativo bem como a classificação
do narrador, detalhados de acordo a sua formação na língua portuguesa.
A NARRATIVA

A Narrativa é um tipo de texto que esboça as acções de personagens num


determinado tempo e espaço. A estrutura do texto narrativo é composta de:

 Apresentação
 Desenvolvimento
 Clímax
 Desfecho.
Maioritariamente é escrito em prosa e é caracterizado por narrar uma história, ou seja,
contar uma história através de uma sequência de várias acções reais ou imaginárias
AS CATEGORIAS DO TEXTO NARRATIVO

Autor: É a entidade física responsável pela produção do texto. Ou seja, é um ser


animado e humano.

Narrador: É aquele que conta a história. Ou seja, é um personagem de papel.

Narratório: É com quem o narrador dialoga.

Obs: Não se confunde com o leitor. O narrador simula que o narratório seja um leitor de
carne e osso. Algumas vezes o narratório é representado por um plural (várias pessoas,
por um homem, uma mulher, uma criança), etc.

Personagem: É a entidade humana ou não, que desencadeia ou sofre a acção.

Principal ou Protagonista: Intervém mais frequentemente na acção, sendo


a sua caracterização mais pormenorizada. Ou seja desempenha o papel mais
importante na história.

Secundária: Apresenta - se menos ligada aos acontecimentos principais ou ligada à


acontecimentos menos importantes. Ou seja, desempenha um papel de menor relevo.

Figurante: Não intervém na acção servindo para preencher um determinado


espaço. Ou seja, não desempenha qualquer papel específico; a sua existência é
importante para tomar a história mais parecida com a realidade (mais verosímil).

Acção, Intriga ou História: São acontecimentos simultâneos ou sucessivos, reais ou


imaginados, ocorrendo no texto a semelhança do que se passa na vida. Ou seja, é todo e
qualquer acontecimento que ocorre na narrativa.
Narrativa ou Composição:

Aberta: Não informa no leitor acerca do final da história ou das destinadas


personagens. Ou seja, acção não resolvida; a sorte final das personagens não é revelada.

Fechada: O leitor fica a conhecer o final da história ou destino dos personagens.


Ou seja, acção resolvida até ao pormenor.

Espaço: É o lugar em que a personagem se movimenta ou decorrem os


acontecimentos.

Físico: Espaço objectivo, mais ou menos amplo, aberto ou fechado objecto de descrição
do narrador. Ou seja, é o lugar onde decorre a acção.

Psicológico: Espaço subjectivo de interioridade da personagem, ligado ao sonho,


memória, à imaginação...

Social: Espaço de intervenção crítica, reflectindo características culturais,


económicas, políticas e sociais. Ou seja, meio social a que pertencem e onde se movem
as personagens.

Tempo: É o momento em que se situa a personagem ou decorrem os


acontecimentos. Ou seja, é o momento em que decorre a acção.

Cronológico: Tempo objectivo contando em dias, meses, anos. Ou seja, marca


da personagem do tempo: dia, mês, ano...

Psicológico: Tempo subjectivo vivido interiormente pela personagem. Ou seja,


tempo vivido pela personagem.

Histórico: É o tempo que faz, podendo estar relacionado com a vivência da


personagem. Ou seja, enquadramento histórico da acção.

Caracterização ou Retrato:

Físico: Descrição do aspecto exterior: corpo, vestuário, rosto, idade, nome...

Psicológico ou Moral: Maneira de ser, carácter, temperamento, sentimentos, emoções,


etc.

Directa: A própria personagem refere as suas características.


Indirecta: O narrador põe a personagem em acção, cabendo ao leitor, através do seu
comportamento e/ou da sua fala traçar o seu retrato.

CLASSIFICAÇÃO DO NARRADOR

O narrador pode ser participante ou não. Quer dizer ele pode ser uma
personagens ou apenas uma voz que conta os factos. Assim, Quanto a presença, o
narrador pode ser:

Autodiegético: A narração é feita na 1ª pessoa, nomeadamente de carácter


autobiográfico, e o narrador assume o papel de personagem principal ou protagonista.
Este participa nos acontecimentos.

Homodiegético: A narração também é feita na 1ª pessoa, mas o narrado assume


- se apenas como personagem secundária dos acontecimentos. Este não participa nas
acções como protagonista.

Heterodiegético: A narração é feita na 3ª pessoa, dado que o narrador não


participa nos acontecimentos nem interfere na história.

Quanto à Ciência, isto é, quanto aquilo que sabe, o narrador pode ser:

Focalização Omnisciente: O narrador revela um acontecimento absoluto da


história, isto é, quer dos acontecimentos, quer das motivações. Ou seja, devassa o
interior das personagens. Sabe o que irá acontecer, logo sabe mais que personagens.

Focalização Interna: O narrador adopta o ponto de vista de uma ou mais personagens,


daí resultando uma diminuição de conhecimento. Narra os factos tal como eles foram
vistas por essa personagem.

Focalização Externa: O narrador é um simples observador. Ou seja, o seu


conhecimento limita - se ao que é observável do exterior: descreve o espaço, narra os
acontecimentos, mas não penetra no interior das personagens. Sabe, apenas o que vê,
sabe menos que as personagens.
CONCLUSÃO
Contudo, a narrativa tem uma estrutura básica e característica, que, apesar de não
ser absoluta, deve ser seguida na medida do possível. Essa estrutura não impede que muitas
vezes o texto narrativo seja recheado com trechos descritivos e dissertativos. Sendo assim é
importante que a sua estruturação seja correcta no sentido de decorrência sem
intervenientes.
BIBLIOGRAFIA

A narrativa. Disponível em: http://www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?


idmodelo=9879. Acesado aos 28 de Agosto de 2015.

Firmino Alfredo Kukundala (Professor). Sebenta de língua portuguesa. Ensino básico e


secundário, p 72, 73,74.

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