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1 – (Enem – 2003) –

Operários, 1933, óleo sobre tela, 150×205 cm, (P122), Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo

Desiguais na fisionomia, na cor e na raça, o que lhes assegura identidade peculiar, são iguais enquanto frente de trabalho. Num dos cantos, as
chaminés das indústrias se alçam verticalmente. No mais, em todo o quadro, rostos colados, um ao lado do outro, em pirâmide que tende a se
prolongar infinitamente, como mercadoria que se acumula, pelo quadro afora.
(Nádia Gotlib. Tarsila do Amaral, a modernista.)

O texto aponta no quadro de Tarsila do Amaral um tema que também se encontra nos versos transcritos em:
a) “Pensem nas meninas/ Cegas inexatas/ Pensem nas mulheres/ Rotas alteradas.” (Vinícius de Moraes)
b) “Somos muitos severinos/ iguais em tudo e na sina:/ a de abrandar estas pedras/ suando-se muito em cima.” (João Cabral de Melo Neto)
c) “O funcionário público não cabe no poema/ com seu salário de fome/ sua vida fechada em arquivos.” (Ferreira Gullar)
d) “Não sou nada./ Nunca serei nada./ Não posso querer ser nada./À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa)
e) “Os inocentes do Leblon/ Não viram o navio entrar (…)/ Os inocentes, definitivamente inocentes/ tudo ignoravam,/ mas a areia é quente, e há um
óleo suave que eles passam pelas costas, e aquecem.” (Carlos Drummond de Andrade)
Ideologia

Meu partido Meus heróis morreram de overdose


É um coração partido Meus inimigos estão no poder
E as ilusões estão todas perdidas Ideologia
Os meus sonhos foram todos vendidos Eu quero uma pra viver
Tão barato que eu nem acredito Ideologia
Eu nem acredito Eu quero uma pra viver.
Que aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo) (Cazuza e Roberto Frejat – 1988)
Frequenta agora as festas do “Grand Monde” E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)

Meus heróis morreram de overdose Esse verso pode ser lido como uma alusão a um
Meus inimigos estão no poder livro intitulado Ilusões perdidas, de Honoré de
Ideologia Balzac.
Eu quero uma pra viver
Ideologia Tal procedimento constitui o que se chama de:
Eu quero uma pra viver
a) metáfora
O meu prazer b) pertinência
Agora é risco de vida c) pressuposição
Meu sex and drugs não tem nenhum rock ‘n’ roll d) intertextualidade
Eu vou pagar a conta do analista e) metonímia
Pra nunca mais ter que saber quem eu sou
Pois aquele garoto que ia mudar o mundo
(Mudar o mundo)
Agora assiste a tudo em cima do muro
8 – (UNIFOR CE/2014) –

Texto I
Os textos I e II apresentam intertextualidade, que,
Peixinho sem água, floresta sem mata para Julia Kristeva, é um conjunto de enunciados,
É o planeta assim sem você tomados de outros textos, que se cruzam e se
Rios poluídos, indústria do inimigo relacionam. Dessa forma, pode-se dizer que o tipo
É o planeta assim sem você de intertextualidade do texto I em relação ao texto II
http://mataatlantica-pangea.blogspot.com. é
br/2009/10/parodia-meio-ambiente_02.html
a) epígrafe, pois o texto I recorre a trecho do texto II
para introduzir o seu texto.
Texto II
b) citação, porque há transcrição de um trecho do
Avião sem asa texto II ao longo do texto I.
Fogueira sem brasa c) paródia, pois a voz do texto II é retomada no texto
Sou eu assim, sem você I para transformar seu sentido, levando a uma
Futebol sem bola reflexão crítica.
Piu-Piu sem Frajola d) paráfrase, porque apesar das mudanças das
Sou eu assim, sem você palavras no texto I, a ideia do texto II é confirmada
(Claudinho e Buchecha) pelo novo texto.
e) alusão, porque faz referência, de modo implícito,
ao texto II para servir de termo de comparação.
9 – (UNIFOR CE/2010) –
Mais de 25 séculos após Heráclito de Éfeso dizer que
Não se toma banho duas vezes no mesmo rio,
Raul Seixas declarou
Prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião
Formada sobre tudo
(Metamorfose ambulante – Raul Seixas)
E Lulu Santos comparou a vida a uma onda:

Nada do que foi será A intertextualidade evidente entre o


De novo do jeito que já foi um dia pensamento de Heráclito e as letras das
Tudo passa músicas de Raul Seixas e Lulu Santos se
Tudo sempre passará realiza por:
A vida vem em ondas
Como um mar a) Paródia.
Num indo e vindo infinito b) Citação
Tudo que se vê não é
c) Alusão.
Igual ao que a gente
Viu há um segundo d) Paráfrase.
Tudo muda o tempo todo e) Pastiche.
No mundo
(Como Uma Onda – Lulu Santos / Nelson Motta)

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