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LITERATURA

Pré-militar FORTE O FORTE do Ensino!


5. (FGV-2018). No contexto do poema, o último verso tem como
1. (FGV-2020). pressuposto a ideia de que, naquele período, a Bahia
(A) precisaria sofrer uma conversão religiosa, passando a vestir-
se como as monjas enclausuradas.
(B) merecia a punição de ser coberta de andrajos e,
publicamente, ridicularizada, em castigo de sua vaidade.
(C) fazia jus à complacência de seus poetas e intelectuais, pois
não tinha culpa de ser tão infantilmente irresponsável.
(D) desperdiçara seus bens e haveres em despesas suntuárias,
desajuizadas e dispensáveis.
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre (E) era vítima do tráfico de substâncias entorpecentes proibidas,
(A) ao eufemismo. patrocinado pelas potências colonialistas estrangeiras.
(B) à metalinguagem.
(C) ao pleonasmo. 6. (FGV-2018). Considerado do ponto de vista de sua relação
(D) à hipérbole. com o contexto histórico em que foi produzido, o texto exprime,
(E) à gradação. sobretudo,
(A) o nacionalismo do poeta, que o leva a abominar a intrusão
2. (FGV-2015). Embora tenha sido publicado em jornal, o texto estrangeira no País.
contém recursos mais comuns na linguagem literária do que na (B) o acirramento do espírito crítico dos naturais do Brasil em
jornalística. Exemplificam tais recursos a hipérbole e a metáfora, relação à metrópole portuguesa, tendo em vista a crescente
que ocorrem, respectivamente, nos seguintes trechos: espoliação da colônia.
(A) “corredores de portas muito altas”; “fantasma em cinzentos”. (C) as perplexidades e os desencantos experimentados pelos
(B) “vale de lágrimas”; “passado embrulhado em papel de seda”. sujeitos submetidos aos percalços e oscilações da economia
(C) “doida de desejo”; “um barulho de copos tinindo”. colonial.
(D) “mulheres desesperadas”; “sob o céu de anil de Minas”. (D) a revolta e o ressentimento dos baianos frente à decadência
(E) “roça brilhante de sol”; “chocolates sedutores e proibidos”. causada pela transferência da capital da colônia para o Rio de
Janeiro.
3. (FGV-2016). O trecho em que se pode apontar a elipse de um (E) o programa original do movimento tropicalista, que se
substantivo anteriormente mencionado é: desdobrará, desde então, até meados do século XX, período em
(A) “Escrevo na manhã de um domingo”. que, finalmente, triunfará.
(B) “Aquelas frutinhas tinham se salvado”.
(C) “recebíamos um copo de suco fresco de pitanga, perfumado”. ARCADISMO
(D) “sabemos que gosta de vinhos”. 7. (FGV-2019). Assim como a Ilustração favoreceu a aplicação
(E) “Pois vai tomar das pitangas do pomar de meu pai”. social da poesia, voltandoa para uma visão construtiva do país, a
Independência desenvolveu nela, no romance e no teatro, o
LITERATURA BRASILEIRA intuito patriótico, ligando-se deste modo os dois períodos, por
BARROCO sobre a fratura expressional, na mesma disposição profunda de
Texto para as questões 4, 5 e 6. dotar o Brasil de uma literatura equivalente às europeias, que
Triste Bahia exprimisse de maneira adequada a sua realidade própria, ou,
Triste Bahia! ó quão dessemelhante como então se dizia, uma “literatura nacional”.
Estás e estou do nosso antigo estado! Antonio Candido de Mello e Souza. Adaptado.
Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
Rica te vi eu já, tu a mi abundante. Tendo em vista as informações contidas no texto, pode-se
concluir corretamente que “os dois períodos” da literatura
A ti trocou-te a máquina mercante,
brasileira a que ele se refere são, sucessivamente, o
Que em tua larga barra tem entrado,
(A) Barroco e o Neoclassicismo/Arcadismo.
A mim foi-me trocando, e tem trocado, (B) Neoclassicismo/Arcadismo e o Romantismo.
Tanto negócio e tanto negociante. (C) Romantismo e o Realismo/Naturalismo.
(D) Realismo/Naturalismo e o Simbolismo.
Deste em dar tanto açúcar excelente
(E) Simbolismo e o Modernismo.
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
Simples aceitas do sagaz Brichote*.
Texto para as questões 8, 9 e 10.
[4]
Oh se quisera Deus que de repente
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Um dia amanheceras tão sisuda
que viva de guardar alheio gado,
Que fora de algodão o teu capote!
Gregório de Matos. de tosco trato, de expressões grosseiro,
dos frios gelos e dos sóis queimado.
*provável referência aos ingleses (British)
Tenho próprio casalENF e nele assistoEOF;
4. (FGV-2018). No texto, entre outras marcas do estilo de época dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
das brancas ovelhinhas tiro o leite,
que se convencionou chamar de Barroco, encontra-se o
e mais as finas lãs, de que me visto.
(A) emprego predominante de vocabulário elevado, de extração
Graças, Marília bela,
erudita, majoritariamente composto de palavras raras e
graças à minha estrela!
preciosas.
(...)
(B) estabelecimento de um jogo de oposições semânticas
produzidas, no caso, pelo espelhamento mútuo do poeta e da
[5]
Bahia.
Tu não verás, Marília, cem cativos
(C) uso intensivo da obscuridade semântica, conferindo ao texto
tirarem o cascalho e a rica terra,
caráter hermético e misterioso.
ou dos cercos dos rios caudalosos,
(D) eu lírico dilacerado, tensionado por sua divisão entre a
ou da minada serra.
veneração dos bens terrenos e a religiosidade exaltada, de
caráter místico. Não verás separar ao hábil negro
do pesado esmeril a grossa areia,
(E) recurso ao tema do “fugere urbem” (fuga à cidade), como
e já brilharem os granetes de oiro
modo de criticar a sociedade decadente da Bahia.
no fundo da bateia.
(...)

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LITERATURA
Pré-militar FORTE O FORTE do Ensino!
Não verás enrolar negros pacotes
das secas folhas do cheiroso fumo;
nem espremer entre as dentadas rodas
da doce cana o sumo.
Verás em cima da espaçosa mesa
altos volumes de enredados feitos;
ver-me-ás folhear os grandes livros,
e decidir os pleitos.
Enquanto revolver os meus consultos,
tu me farás gostosa companhia,
lendo os fastos da sábia, mestra História,
e os cantos da poesia.
Tomás A. Gonzaga, Marília de Dirceu

8. (FGV-2016). A configuração que o tema do amor recebe, nos


versos do excerto,
(A) será retomada pelo movimento indianista do século XIX,
especialmente em Iracema e O guarani, de José de Alencar.
(B) antecipa a concepção natural e fisiológica do amor que será
preconizada pelo Naturalismo.
(C) contrasta com o amor concebido como um absoluto, muito
próprio do Romantismo.
(D) equivale, já, à banalização do amor que se consumará no
Modernismo, particularmente em Manuel Bandeira e Mário de
Andrade.
(E) prefigura as relações conjugais desencantadas e materialistas
que serão objeto de análise no Realismo, especialmente nos
romances machadianos da maturidade.

9. (FGV-2016). Nesses excertos, Dirceu apresenta a Marília


alguns dos argumentos com que pretende convencê-la a
desposá-lo, bem como lhe sugere uma imagem de sua vida
conjugal futura.
Considerando-se o teor dos argumentos e das imagens aí
presentes, pode-se concluir corretamente que
(A) a relação amorosa proposta pelo poeta passa pelo crivo da
racionalidade e do cálculo.
(B) as preocupações pecuniárias do eu lírico revelam que ele visa
antes ao dote que à dama.
(C) o poeta trata de seduzir a dama interesseira, expondo-lhe o
rol de seus bens.
(D) o poeta acena à amada com um futuro conjugal aventuroso e
movimentado.
(E) as imagens idílicas que o eu lírico emprega remetem, de modo
cifrado, a interesses eróticos inconfessáveis.

10. (FGV-2016). O excerto contém versos que atestam, de modo


enfático, que, no Brasil, o Arcadismo, também chamado de
Neoclassicismo,
(A) desenvolveu-se em meio rural, ao contrário do caráter citadino
que tinha no Velho Mundo.
(B) procurou situar na realidade local os temas e formas de sua
matriz europeia.
(C) tornou-se nacionalista, abandonando o internacionalismo que
é inerente a sua filiação classicista.
(D) repudiou, em nome do maravilhoso cristão, as referências à
mitologia pagã, greco-latina.
(E) imiscuiu-se na política, o que lhe prejudicou a integridade
estética.

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