UNIDADE DE ENSINO: ESCOLA ESTADUAL DEMÓCRITO GRACINDO
COMPONENTE(S) CURRICULAR(ES): PORTUGUÊS
ALUNO:
IV AVALIAÇÃO BIMESTRAL
1. Considere o trecho da letra da música de
Gilberto Gil.
“(...)Não me ILUDO
Tudo PERMANECERÁ do jeito
Que tem sido
Transcorrendo
Transformando
TEMPO e espaço navegando todos OS
sentidos (...)”
Assinale a opção correta quanto à classe
gramatical, respectivamente, de cada palavra
destacada:
a) Adjetivo, pronome relativo, verbo,
artigo indefinido.
b) Verbo, verbo, substantivo masculino,
artigo.
c) Advérbio de modo, verbo, verbo,
adjetivo.
d) Substantivo abstrato, substantivo
comum, verbo, verbo.
2. Observe o trecho abaixo, classificando os
advérbios e locuções adverbiais em destaque.
“Deixei a casa de meus pais montada num
cavalo e na companhia de Tobias, levando
uma trouxa pequena de roupas, lembrando a
mala de couro surrada de Donana que Bibiana
havia retirado de debaixo da cama antes de
partir. Se ela não tivesse levado, talvez fosse
eu a carregá-la comigo.”
a) Advérbio de dúvida: __________________
b) Advérbio de negação: ________________
c) Locução adverbial de companhia:
____________________________________
d) Advérbio de lugar: ___________________
e) Advérbio de tempo: __________________
DATA: / 12 / 2023
VALOR: 5,0
SÉRIE/ANO: 1M03
3. Considere as afirmações sobre a obra
Torto arado, de Itamar Vieira Junior, e
assinale a opção CORRETA.
a) O romance, ganhador do prêmio
Jabuti de 2020, conta a história de
duas irmãs, Bibiana e Bolonísia, que
acabam separando-se em decorrência
de um acidente ocorrido na infância.
b) A partir da perspectiva de um narrador
heterodiegético, o romance enfatiza as
questões de gênero relacionadas à
vivência diária das mulheres da família
de Zeca Chapéu Grande.
c) A obra evidencia as diferenças entre
gerações, as quais se manifestam no
abandono da gratidão em relação
àqueles que fornecem moradia e na
ruptura com as religiosidades dos
progenitores.
d) A narrativa, centrada na família de
Zeca Chapéu Grande, aborda a luta
pela sobrevivência, a relação com o
trabalho e a terra dos trabalhadores
rurais que sofrem com o legado da
escravidão.
e) Organizada em três partes, a narrativa
se constrói a partir da perspectiva de
Bibiana (Fio de corte), Belonísia (Torto
arado) e Salustiana (Rio de sangue),
respectivamente.
4. ENEM 2023
Passado muito tempo, resolvi tentar falar,
porque estava sozinha me embrenhando na
mesma vereda que Donana costumava entrar.
Ainda recordo da palavra que escolhi: arado.
Me deleitava vendo meu pai conduzindo o
arado velho da fazenda carregado pelo boi,
rasgando a terra para depois lançar grãos de
arroz em torrões marrons e vermelhos
revolvidos. Gostava do som redondo fácil e
ruidoso que tinha ao ser enunciado. “Vou
trabalhar no arado.” “Vou arar a terra.” “Seria
bom ter um arado novo, esse arado tá troncho
e velho.” O som que deixou minha boca era
uma aberração, uma desordem, como se no
lugar do pedaço perdido da língua tivesse um
ovo quente. Era um arado torto, deformado,
que penetrava a terra de tal forma a deixá-la
infértil, destruída, dilacerada.
VIEIRA JR.. I. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Com a perda de parte da língua na infância, a
narradora tenta voltar a falar. Essa tentativa
revela uma experiência que:
a) reflete o olhar do pai sobre as etapas
do plantio.
b) metaforiza a linguagem como
ferramenta de lavoura.
c) explicita, na busca pela palavra, o
medo da solidão.
d) confirma a frustração da narradora
com relação à terra.
e) sugere, na ausência da linguagem, a
estagnação do tempo.
5. Leia o texto abaixo e assinale a alternativa
CORRETA:
Rhiannon, uma garota de 16 anos, se
apaixona por um espírito chamado A, que
todo dia habita uma pessoa diferente. Os dois
se conhecem quando A acorda no corpo de
Justin, o namorado displicente de Rhiannon.
Inicialmente, ela acredita que Justin se tornou
uma pessoa melhor, mas no dia seguinte
descobre que ele voltou a ser quem era.
Então, A usa um outro corpo para contar a
verdade a Rhiannon e propõe que eles
continuem se encontrando, apesar dessa
grande dificuldade.
(Fernanda Carvalho, Revista Bula, online)
a) Trata-se de um resumo/sinopse que
se aproxima do gênero textual
“resenha descritiva”, pois, com
recursos concisos, narra a síntese da
história do filme, sem apresentar juízo
de valor, tratando-se, portanto, de uma
composição informativa.
b) Trata-se de um miniconto, uma vez
que apresenta uma narrativa curta
sem um desfecho evidente, deixando
para o leitor a tarefa de preencher as
lacunas da história.
c) Trata-se de uma resenha crítica, visto
que apresenta informações sobre uma
obra, tais como título, autor e
conteúdo, além de conter apreciações
opinativas do resenhista, indicando
aspectos positivos e negativos dela.
d) Trata-se de uma crônica, pois, além de
ser veiculado em uma revista, o texto
apresenta uma narrativa curta que
retrata acontecimentos cotidianos.
6. ENEM 2014
A literatura de cordel é ainda considerada, por
muitos, uma literatura menor. A alma do
homem não é mensurável e — desde que o
cordel possa exprimir a história, a ideologia e
os sentimentos de qualquer homem — vai ser
sempre o gênero literário preferido de quem
procura apreender o espírito nordestino. Os
costumes, a língua, os sonhos, os medos e as
alegrias do povo estão no cordel. Na nossa
época, apesar dos jornais e da TV — que
poderiam ter feito diminuir o interesse neste
tipo de literatura — e da falta de apoio
econômico, o cordel continua vivo no interior
e em cenáculos acadêmicos.
A literatura de cordel, as xilogravuras e o
repente não foram apenas um divertimento do
povo. Cordéis e cantorias foram o professor
que ensinava as primeiras letras e o médico
que falava para inculcar comportamentos
sanitários. O cordel e o repente fazem, muitas
vezes, de um candidato o ganhador da banca
de deputado. E assim, lendo e ouvindo, foi-se
formando a memória coletiva desse povo
alegre e trabalhador, que embora calmo,
enfrenta o mar e o sertão com a mesma Faça ou não faça a máquina
valentia.
O povo tem que esperar
(BRICKMANN, L. B. E de repente foi o cordel)

Por que quem joga dinheiro

O gênero textual cordel, também conhecido
como folheto, tem origem em relatos orais e Só espera mesmo é ganhar.
constitui uma forma literária popular no Brasil.
A leitura do texto sobre a literatura de cordel
Assim é que muitos pensam
permite:
Que no abismo não cai
a) descrever esse gênero textual
exclusivamente como instrumento
político. Que quem não for no Juazeiro
b) valorizar o povo nordestino, que tem
no cordel sua única forma de Depois de morto ainda vai,
expressão.
c) ressaltar sua importância e preservar a Assim também é crença
memória cultural de nosso povo.
d) avaliar o baixo custo econômico dos Que a dita máquina sai.
folhetos expostos em barbantes.
e) informar aos leitores o baixo valor Quando um diz: ele não faz,
literário desse tipo de produção.
Já outro fica zangado
7. ENEM 2013
Dizendo: assim como Cristo
História da máquina que faz o mundo rodar
Morreu e foi ressuscitado
Cego, aleijado e moleque,
Ele também faz a máquina
Padre, doutor e soldado,
E seu dinheiro é lucrado.
Inspetor, juiz de direito,
(CRUZ, A. F.)

Comandante e delegado,
No fragmento, as escolhas lexicais remetem
Tudo, tudo joga o dinheiro às origens geográficas e sociais da literatura
de cordel. Exemplifica essa remissão o uso de
palavras como:
Esperando bom resultado.
a) comandante, delegado, dinheiro,
Matuto, senhor de engenho,
resultado, praciano.
b) agreste, sertão, Juazeiro, matuto,
Praciano e mandioqueiro,
senhor de engenho.
c) cego, aleijado, moleque, soldado,
Do agreste ao sertão juiz de direito.
d) mentiroso, verdadeiro, joga, ganhar.
Todos jogam seu dinheiro e) morto, crença, zangado, Cristo.

Se um diz que é mentiroso

Outro diz que é verdadeiro. Tenha uma ótima prova!

Na opinião do povo “Se o ar não se movimenta, não tem vento,

se a gente não se movimenta, não tem vida.”
Não tem quem possa mandar ― Itamar Vieira Jr., Torto Arado.