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1DIA_RESOLUCOES_16_9_2017_ALICE 16/08/17 13:04 Página 1

16 9 2017
Nome: ________________________________________________________ Data: ____/____/_______

Número de computador: Sala: ________ Unidade: _________________

PORTUGUÊS
Disciplina: _________________________ Carreira: _______________ Período: __________________

Questão 1
a) Poética, pois, ao supor uma “pólvora (...) em avessos serviços” e que “do homem explodido nascessem os infinitos homens que lhes
estão por dentro”, apresenta novos paradigmas por meio da construção linguística, da linguagem conotativa e da ressignificação das
palavras.
b) Refere-se ao fato de a pólvora imaginada gerar vida, contrariamente à função mais comum, a de matar.

Questão 2
a) Ocorre metonímia, já que “coração” é parte representativa do eu lírico que “Tem mania de amor”, “Carregava uma tristeza” e foi
conquistado pelo samba da escola Portela, como explicita a narrativa. Outra figura é a personificação ou prosopopeia, pois há a atribuição
de ações humanas como “for consultado”, “andou errado”, “Tem mania de amor” a coração.
b) Em I, Portela é objeto direto do verbo anunciou; em II, é vocativo.

Questão 3
a) A crítica levantada pela charge se refere à crise imigratória na União Europeia. Os elementos não verbais mostram uma família de
imigrantes diante de uma placa com setas indicando caminhos divergentes para o destino tão almejado por quem larga tudo em busca
de um futuro melhor. As setas retorcidas e divergentes são o elemento irônico da charge, pois revelam a falta de solidariedade dos
países que compõem a UE em receber os imigrantes, apesar de simbolizarem, como sugerem a placa em exposição superior e as estrelas
representativas dos países, o mais alto grau de civilização.
b) Ambos os textos, a charge e a descrição, retratam famílias que partem em busca de uma vida melhor. A charge, através dos elementos
não verbais, representa a crise migratória atual na União Europeia através do humor, da ironia. Já a descrição da família de retirantes
que compõem a narrativa de Vidas Secas não retrata uma crise temporária, mas representa a constante realidade de brasileiros que,
independente da época, ainda enfrentam a seca e a necessidade constante de buscarem novos locais para sobreviverem. Ao contrário
da charge, o texto de Graciliano Ramos não utiliza a ironia, fazendo um retrato mimético do problema abordado.

Questão 4
a) O verbo mover adquire sentido de imobilidade. Ao retratar uma personagem que empurra e outra que, simultaneamente, evita o recuo,
o autor ilustra a ideia de que a nação, na verdade, não se move, tornando irônica a frase “Assim se move uma nação”.
b) Não. Em “Já não me lembro se estou empurrando para a frente ou evitando que recue”, se é conjunção integrante e introduz a oração
subordinada substantiva objetiva direta “se estou empurrando para a frente ou evitando que recue”. Em “Assim se move uma
nação”, a oração está na voz passiva sintética, portanto se é pronome apassivador.

2 ª. Fase – 1.o Dia –1


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Questão 5
a) O humor é produzido por meio do jogo com diferentes sentidos do verbo largar. “Largar a bebida” refere-se à ação de não consumir
mais bebidas alcoólicas. Em “esquecer onde largou”, o mesmo verbo tem sentido de “deixar”.
b) Em sua forma pronominal, o verbo esquecer-se é transitivo indireto e exige preposição: Esqueci-me da bebida em cima da mesa.

Questão 6
a) O Cortiço, como é de esperar de uma obra naturalista, apresenta preocupação de exibir sem eufemismo, rodeio ou censura os aspectos
mais degradantes do ser humano, o que é compatível com a imagem do rosbife, que é sangrento. O episódio do suicídio de Bertoleza,
entre outros, enquadra-se na imagem do “rosbife naturalista”.
b) A expressão “doce leite romântico” refere-se à idealização da realidade característica do Romantismo e presente em diversos aspectos
de Iracema: a fidelidade extrema a um ideal de amor, a nobreza e a bravura dos guerreiros indígenas (que mais parecem cavaleiros
medievais), o enaltecimento da natureza brasileira, o engrandecimento da amizade entre Martim e Poti, o convívio harmonioso entre
portugueses e pitiguaras.

Questão 7
a) O cão simboliza a fidelidade de Poti em relação ao amigo Martim. Esse sentimento é indissolúvel e constante, como indica a passagem:
“Os maus espíritos da floresta podem separar outra vez o guerreiro branco do seu irmão pitiguara. O cão te seguirá daqui em diante,
para que mesmo longe Poti acuda a teu chamado”. Essa função de acompanhante fiel tem respaldo etimológico: em nota, José de
Alencar informa que “Japi significa nosso pé; do pronome já-nós, pypé”.
b) A ará, que se encontra na origem do topônimo Ceará, simboliza o torrão natal, relegado por Iracema ao esquecimento quando a paixão
pelo europeu Martim tomou conta da índia. Assim como o cão simboliza o companheirismo e a fidelidade, a ará simboliza o laço de
fidelidade com a “pátria”, o lugar-origem.

Questão 8
a) A biblioteca de Jacinto cobria praticamente todos os assuntos e refletia o desejo desmedido de abranger todo o conhecimento adquirido
pela humanidade. Essa obsessão pelo acúmulo de dados e de informação converge com a teoria de Jacinto, expressa na fórmula de Jorge
Carlande: Suma Ciência x Suma Potência = Suma Felicidade.
b) Não se trata de um inventário naturalista de dados objetivos, mas de um conjunto de impressões e reflexões que, com espírito
zombeteiro, o narrador vai intercalando em sua descrição da biblioteca do amigo.

Questão 9
a) O discurso indireto livre é reiteradamente empregado devido à precariedade da linguagem das personagens, pois elas são praticamente
desprovidas do código verbal articulado. Elas expressam-se por monossílabos guturais e frases breves. O uso reiterado do discurso
indireto livre tem a função de captar a psicologia desses seres brutos, pois assim o narrador assume na própria linguagem o que se
passa na fala interior de Fabiano, como ocorre nos dois últimos períodos.
b) Sim, pode-se dizer que há convergência entre a condição existencial e a psicológica e mental de Sinha Vitória, pois, com a chegada do
flagelo da seca, a personagem mais articulada da família perde a razão, profere uma fala despropositada, achando que as aves queriam
matar o gado. Assim, a desgraça físico-existencial coaduna-se com a falência do raciocínio a tal ponto que até Fabiano acha a frase
extravagante e que a mulher “não estava regulando”.

Questão 10
a) O fragmento em questão tem tanto finalidade humorística quanto crítica. As relações estabelecidas entre a linguagem poética e a
linguagem de mercado refletem, em tom de deboche e ironia, a tendência a rebaixar assuntos de interesse cultural, como a complexa
criação heteronímica do poeta Fernando Pessoa, ao plano de meros interesses econômicos.
b) O call-center seria localizado em Goa por se tratar de uma localidade da Índia em que há falantes de língua portuguesa. Outro fator que
levaria o call-center para lá é de ordem econômica: a estratégia do mercado mundial escolheu a Índia e outros países de mão de obra
barata para a sede de serviços como call-centers.

2– 2 ª. Fase – 1.o Dia

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