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TRABALHO DE RECUPERAÇÃO- 3 º ANO

LINGUAGENS E CÓDIGOS

Questão 01
Alternativa
Efetivamente, a representação de Guernica — no espírito de muita gente que não tem mais o cuidado de
saber exatamente de onde isto surgiu — é um quadro de Picasso. Observei, em Paris, a forma como
Picasso foi solicitado a dar explicações sobre sua obra e, depois, vi o nome Guernica aparecendo
seguidamente na imaginação das pessoas. Guernica tornou-se a representação de um fato preciso.

O fato preciso está esquecido, a representação continua.

Admito totalmente que isto tenha uma certa importância, mas devemos estar atentos, pois esses jovens,
que sabiam que Guernica é um quadro de Picasso, não conheciam o fato político que o gerou. Ora,
tratasse da primeira manifestação daquilo que foi o grande drama da Europa dos anos 30 e 40.

VILAR, Pierre. História e representação. In: D’Alessio, Marcia Mansur. Reflexões sobre o saber
histórico. São Paulo, UNESP, 1998, p. 30.
Pode-se afirmar que, no texto acima, o autor elabora uma crítica

A- à pretensão e incompetência da arte em se dedicar a temas políticos.


B- ao desconhecimento do local onde foi encontrado o quadro de Picasso após a guerra.
C- ao violento massacre de Guernica, ocorrido durante a Guerra Civil Espanhola.
D- à ignorância das pessoas que nunca conseguiram entender o que Picasso pintou.
E- à maior importância dada ao quadro Guernica do que ao episódio ocorrido em Guernica.

2- QUESTÃO
Texto I
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso
desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi [...]?

LISPECTOR, Clarice. Aprendendo a viver. Rio de Janeiro: Rocco, 2004.


Texto II

Quando eu era menina o meu sonho era ser homem para defender o Brasil, porque eu lia a História do
Brasil e ficava sabendo que existia guerra. Só lia os nomes masculinos como defensor da pátria. [...] Não
tenho força física, mas as minhas palavras ferem mais do que espada. E as feridas são incicatrizáveis.

JESUS, Carolina de. Casa de alvenaria: diário de uma ex-favelada. São Paulo: Livraria Francisco
Alves, 1961.
Os textos I e II demonstram que as duas autoras apresentam

A) características estilísticas similares.


B) Bolhares desprovidos de crítica social.
C) visões semelhantes sobre a História do Brasil.
D) concepções do processo de escrita como luta.
E) percepções estéticas destoantes do senso de originalidade.

3- No país das masmorras


Chegamos ao núcleo da questão. No estado atual das prisões brasileiras, é tão bárbaro prender quem tem
16 anos quanto quem tem 18 ou mais. Todos sabemos disso. O país não tem moral para exigir respeito à
lei quando não tem moral para dizer: isto é uma prisão, você perderá a liberdade e aprenderá um
ofício; trate de se recuperar. Quem pede leis mais rigorosas simplesmente usa um eufemismo: queria que
todo criminoso fosse fuzilado.

COELHO, M. Disponível em: <http://marcelocoelho.blogfolha.uol.com.br/2013/04/17/no-pais-


dasmasmorras/>.
No fragmento acima, ao se referir a uma conhecida figura de linguagem, o autor procura
A) atenuar sua crítica àqueles que defendem penas mais rigorosas no país.
B) minimizar o impacto de um possível recrudescimento da lei.
C) relativizar os problemas existentes nas prisões brasileiras.
D) evidenciar o radicalismo das medidas que visam ao maior rigor das leis.
E) estabelecer uma oposição entre presídios e campo de fuzilamento.

4- Nas duas falas do cartum, existe a manifestação de, respectivamente,

A) ironia e medo. B) ameaça e ironia. C) tristeza e ameaça.


D) oposição e temor. E) rebeldia e covardia.

A- charge de Miguel Paiva, publicada no dia da promulgação da atual Constituição brasileira, aponta
para a contradição entre realidade social e garantias legais.

No Brasil, o acesso aos direitos de cidadania é limitado fundamentalmente pelo(a)

A) formação profissional.
B) demanda habitacional.
C) distribuição da riqueza.
D) crescimento da população.
E) falta de conhecimento das leis
6-Observe a charge:

Nos cartazes acima de cada personagem, a crítica é feita a partir da linguagem verbal e da linguagem não
verbal na(o):

A) roupa maltrapilha usada por todos.


B) ambiente de rua retratado.
C) olhar dos dois primeiros personagens para o terceiro.
D) dinheiro que já foi recolhido pelo terceiro personagem.
E) semelhança de humor dos três personagens.

Disponível em: <http://tinyurl.com/nak54aa>. Acesso em: 8 set. 2013.


7-O efeito de humor da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto anterior, este efeito é conseguido, principalmente, por meio do uso do recurso

A) da polissemia, ou seja, da utilização de palavras que apresentam mais de um significado.


B) da ironia utilizada no discurso da própria presidenta e de seu interlocutor.
C) da introdução de um pensamento que subverte a lógica do que era esperado pelo leitor.
D) da personificação do balão pontilhado do interlocutor da presidenta.
E) da utilização da sinonímia como recurso responsável pela introdução da ironia no texto.
8- Ao proporcionar uma releitura das notícias, ao mesmo tempo em que sugere, a charge
esconde significados, constituindo-se como um discurso que dialoga com os saberes pré-
construídos, guardados na memória do dizer, sentidos do que é dizível e circula na sociedade. Analisando
os recursos expressivos da charge anterior, pode-se inferir que os aspectos

A) denotativos e referenciais da expressão “julgamento do mensalão” são os principais


responsáveis pelo humor.
B) icônicos descaracterizam o gênero charge, pois desprestigiam a comunicação através dos
recursos linguísticos.
C) interativos entre os recursos verbais e não verbais contribuem para a construção do humor em
gêneros que excluem a linguagem mista.
D) metonímicos não verbais associados aos linguísticos ratificam a presença do humor no gênero
textual charge.
E) polissêmicos invalidam a construção de uma atmosfera responsável pela consolidação de um
viés humorístico no texto.

Reprodução
9- Na charge anterior, é possível perceber que seu autor recorreu aos conhecimentos sobre as
linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver um problema social através

A) de uma linguagem mista, calcada na omissão dos recursos humorísticos.


B) da mescla de recursos verbais com não verbais, descartando os aspectos críticos.
C) de uma aliança entre os recursos icônicos e os verbais, visualizados através da abdicação do riso.
D) da manipulação dos recursos linguísticos e não verbais na confecção de uma atmosfera de
humor.
E) de um humor derivado da ausência de recursos linguísticos no diálogo entre o locutor e o
político.
10- Marque a opção que corresponde à figura de linguagem presente nos versos “Palavras são como
estrelas/facas ou flores”.

A) Comparação
B) Metáfora
C) Hipérbole
D) Eufemismo
E) Metonímia

11-O TRECHO A SEGUIR FOI RETIRADO DA PEÇA GOTA D’ÁGUA − UMA TRAGÉDIA
BRASILEIRA, DE CHICO BUARQUE E PAULO PONTES.

Na caracterização do povo brasileiro feita por Joana no trecho acima, observa-se uma sequência da
seguinte figura de linguagem:

A) Ironia B) Paródia
C)Antítese D) eufemismo

Questão 12
Alternativa

GALHARDO, Caco. Daiquiri. Folha de S.Paulo, São Paulo, 13 out. 2016. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 13 out. 2016.
A tirinha anterior traduz, por meio de imagens, conceitos relacionados a sentimentos. Para tanto, a forma
escolhida pelo cartunista precisa exagerar os traços característicos de cada ideia, o que aproxima o
desenho de uma:

A) antítese.
B) catacrese.
C) hipérbole.
D) onomatopeia.
E) prosopopeia.
13-O conto a seguir foi retirado do livro HORA DE ALIMENTAR, de Marina Colasanti.

PARA COMEÇAR
Desejou ter a beleza de uma árvore frondosa tatuada nas costas, copa espraiada sobre os ombros.
Temendo, porém, o longo sofrimento imposto pelas agulhas, mandou tatuar na base da coluna, bem
na base, a mínima semente.

Na narrativa, o desejo inicial e a decisão final do personagem podem ser relacionados por meio da
seguinte figura de linguagem:

A) metonímia.
B) hipérbole.
C) antítese.
D) ironia.

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