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EEMTI ANDRÉ CARTAXO

AVALIAÇÃO – LÍNGUA PORTUGUESA


1. (UFSM) O Quinhentismo, enquanto manifestação literária, pode ser definido como uma época em que:
I – não se pode falar, ainda, na existência de uma literatura brasileira, pois a cultura portuguesa estabelecia
as formas de pensamento e expressão para os escritores na colônia;
II – é permitido falar na existência de uma literatura brasileira porque, ao descreverem o Brasil, os textos
mostram um forte instinto de nacionalidade, na medida em que todos os escritores eram nativos da
terra;
III – a produção escrita prende-se à descrição da terra e do índio ou a textos escritos pelos jesuítas, ou seja,
uma produção informativa e doutrinária.

Está(ão) correta(s):

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) Apenas III.

2. (IFSP) Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães Gândavo,
para responder à questão.

Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade, e o interesse seja o que
mais leva os homens trás si que nenhuma outra coisa haja na vida, parece manifesto querer entretê-los na
terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra promete,
para que assim desta maneira tragam ainda toda aquela bárbara gente que habita nestas partes ao lume e ao
conhecimento da nossa santa fé católica, que será descobrir-lhe outras minas maiores no céu, o qual nosso
Senhor permita que assim seja, para glória sua, e salvação de tantas almas.
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. Introd. e notas Ricardo
Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, 2008. p. 115.

A leitura atenta do texto permite afirmar que

a) nos textos de informação estavam consorciados o projeto de exploração das novas terras descobertas e o
de difusão da fé cristã.
b) o autor julga desinteressante a perspectiva de exploração mercantil do Brasil, preferindo a ela o projeto de
difusão da fé cristã.
c) o autor condena os homens ambiciosos e interesseiros, que preferem a exploração mercantil ao projeto
abnegado de difusão da fé cristã.
d) o autor condena a hipocrisia dos que afirmam empreender em nome da fé cristã, mas que apenas se
interessam pelas “grandes minas” a descobrir.
e) havia discrepância e dissenso entre o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difusão da
fé cristã.

3. (UFRS) Leia as afirmações abaixo sobre o Arcadismo brasileiro.

I - Os poetas árcades colocavam-se como pastores para realizarem, dessa forma, o ideal de uma vida simples
em contato com a natureza.
II - O Arcadismo brasileiro, embora tenha reproduzido muito dos modelos europeus, apresentou
características próprias, como a incorporação do elemento indígena e a sátira política.
III - O tema do "Carpe diem", em que o poeta expressa o desejo de aproveitar intensamente o momento
presente, fugaz e passageiro, foi ignorado pelos árcades brasileiros, excessivamente racionalistas.
Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas III.
c) Apenas II e III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

4. Leia

Carpe Diem.
Que havemos de esperar, Marília bela?
que vão passando os florescentes dias?
As glórias que vêm tarde já vêm frias,
e pode, enfim, mudar-se a nossa estrela.
Ah! não, minha Marília,
aprovei-te o tempo, antes que faça
o estrago de roubar ao corpo as forças,
e ao semblante a graça!
Com base nas características apresentadas pela obra acima, assinale a resposta correta sobre a qual
movimento literário a obra pertence.

a) Barroco;
b) Arcadismo;
c) Romantismo;
d) Realismo;
e) Modernismo.

5. (UFSCar)

Texto 1
Eu quero uma casa no campo
do tamanho ideal
pau-a-pique e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
meus discos
meus livros
e nada mais
(Zé Rodrix e Tavito)

Texto 2
Se o bem desta choupana pode tanto,
Que chega a ter mais preço, e mais valia,
Que da cidade o lisonjeiro encanto;
Aqui descanse a louca fantasia;
E o que té agora se tornava em pranto,
Se converta em afetos de alegria.
(Cláudio Manuel da Costa)

Embora muito distantes entre si na linha do tempo, os textos aproximam-se, pois o ideal que
defendem é

a) o sonho de uma vida mais simples e natural, distante dos centros urbanos.
b) o desejo de enriquecer no campo, aproveitando as riquezas naturais.
c) a dedicação à produção poética junto à natureza, fonte de inspiração dos poetas.
d) o aproveitamento do dia presente - o carpe diem-, pois o tempo passa rapidamente.
e) o uso da emoção em detrimento da razão, pois esta retira do homem seus melhores sentimentos.

6. (Fuvest/2000)

As duas manas Lousadas! Secas, escuras e gárrulas como cigarras, desde longos anos, em Oliveira, eram
elas as esquadrinhadoras de todas as vidas, as espalhadoras de todas as maledicências, as tecedeiras de todas
as intrigas. E na desditosa cidade, não existia nódoa, pecha, bule rachado, coração dorido, algibeira arrasada,
janela entreaberta, poeira a um canto, vulto a uma esquina, bolo encomendado nas Matildes, que seus
olhinhos furantes de azeviche sujo não descortinassem e que sua solta língua, entre os dentes ralos, não
comentasse com malícia estridente.
(Eça de Queirós, A ilustre Casa de Ramires)

No texto, o emprego de artigos definidos e a omissão de artigos indefinidos têm como efeito,
respectivamente:

a) atribuir às personagens traços negativos de caráter; apontar Oliveira como cidade onde tudo acontece.
b) acentuar a exclusividade do comportamento típico das personagens; marcar a generalidade das situações
que são objeto de seus comentários.
c) definir a conduta das duas irmãs como criticável; colocá-las como responsáveis pela maioria dos
acontecimentos na cidade.
d) particularizar a maneira de ser das manas Lousadas; situá-las numa cidade onde são famosas pela
maledicência.
e) associar as ações das duas irmãs; enfatizar seu livre acesso a qualquer ambiente na cidade.

7. (IFSC/2015)

Disponível em: <http://peramblogando2.files.wordpress.com /2010/08/tirinha-hagartrono.gif>. Acesso em: 21 set. 2014.

Tendo em vista a leitura do texto, leia e analise as afirmações abaixo:

I. O texto é uma tirinha, veiculada preferencialmente em jornais e revistas; envolve linguagem verbal e não-
verbal, e pretende satirizar o homem brasileiro contemporâneo, o qual é representado por Hagar.
II. No segundo quadrinho, em “O que um plebeu como…”, se o amigo fizesse a pergunta referindo-se a uma
pessoa do gênero feminino, os termos em destaque deveriam ser substituídos por “uma plebeia”.
III. Ao pronunciar a palavra “trono” para dizer ao amigo onde Hagar estava, Helga a utiliza em sentido
denotativo.
IV. No diálogo das personagens, há erro gramatical nas palavras: “cadê” e “tá”, deveriam estar escritos,
obrigatoriamente, na norma padrão da língua, devido ao grau de formalidade da situação.
V. Na pergunta que o amigo de Hagar faz a Helga, “O que um plebeu como o Hagar tá fazendo no trono?”,
os termos em destaque são classificados, respectivamente, como artigo indefinido e artigo definido.

Assinale a alternativa CORRETA.


a) Apenas as afirmações II, III e IV são verdadeiras.
b) Apenas as afirmações II e V são verdadeiras.
c) Apenas as afirmações I e IV são verdadeiras.
d) Apenas as afirmações II, III e V são verdadeiras.
e) Apenas as afirmações III, IV e V são verdadeiras.

8. (FCM MG/2016)

A MENTE QUE TUDO PODE


O médico me garante que a maioria de nossos males tem origem psicossomática. Talvez a totalidade, ele
acrescenta. Do alto de sua longa experiência, garante que pessoas felizes não ficam de cama. Para
comprovar a tese, relaciona tipos de personalidade com as doenças: os muito exigentes ficam hipertensos, os
nervosos contraem dermatoses, os obsessivos desenvolvem câncer, os estressados sofrem acidentes
cardiovasculares. A mente tudo pode. Mente?
O médico não está sozinho. Muita gente acredita que a mecânica newtoniana – a ação e a reação – se aplica
à saúde humana com a mesma precisão que às maçãs em queda livre. Li um artigo sobre os males que
acometeram pessoas famosas a partir da análise de suas cabeças, do tipo fulano morreu assim porque era
assado (assados morreram muitos, porque ousaram pensar). Até parece que nossos miolos são imutáveis e
possuem uma característica única, sem direito à tristeza, estresse, euforia, obsessão ou felicidade de vez em
quando.
As listas de causa e efeito fazem as previsões de doenças a posteriori. Nunca antes dos sintomas. Que mal
contrairá o desempregado que teme voltar para casa à noite e comunicar à família que nem biscate
conseguiu? Como será hospitalizado o executivo que adora desafio e viciou em estresse? Posto de outra
forma, por que uma senhora sem problemas familiares e financeiros, simpática, segura da vida eterna,
contraiu um câncer que a matou com dores terríveis? Por que alguns bebês vêm ao mundo com leucemia?
Por que indivíduos assumidamente infelizes chegam aos noventa anos infelizmente (para eles) bem de
saúde? A satisfação, o amor e o sucesso vacinam contra o vibrião do cólera? Orgasmos múltiplos evitam a
AIDS?
Enquanto o psicotudo se alastra, outros médicos destrinçam o genoma e descobrem relações cada vez mais
convincentes entre a herança genética e o futuro da pessoa. Ou desvendam as reações químicas que os
parasitas usam para penetrar nas células. Ou fazem cirurgias nos fetos.
A mente humana é poderosa, porém não pode tudo. Como disse Montaigne há séculos, ela cria milhares de
deuses, mas não faz um rato. Com todo o arsenal de hoje, consegue mudar os roedores a partir do código
genético existente. Criar mesmo, do nada, neca. Nem inteligência artificial. O mundo é bem maior do que a
nossa imaginação.
Olho para o doutor com desconfiança, ele insiste que as gripes surgem através da queda imunológica devida
ao estresse dos dias atuais. Pergunto-lhe por que os vírus não padecem do mesmo mal – ou por que derrotam
as mentes psicologicamente equilibradas, bem tranquilas.
E mudo de médico.
GIFFONI, Luiz. http://blogdoluisgiffoni.blogspot.com.br/2015/07/ a-mente-que-tudo-pode.html?spref=fb. Acessado em: 22/07/2015.)

Na frase do texto “O médico não está sozinho.”, o uso do artigo definido “o” pode se justificar porque

a) vulgariza esse simples especialista.


b) especifica uma categoria em ascensão.
c) determina um profissional em particular.
d) deixa claro que apenas um médico pode tudo.
e) generaliza essa classe profissional.

9. (UFAM – 2015 – ADAPTADA)

Escolhi a mesinha que estava na calçada e pedi um suco de frutas naturais mas sabendo que viria um suco
com sabor de frutas artificiais, as frutas de laboratório, os bebês de laboratório – mas onde estamos? Enfim,
já anunciaram que temos usinas nucleares, um dia vai chegar um sergipano (ou um paulistano, não tenho
preconceito de região) e vai apertar distraidamente o botão errado. Pronto. O Brasil vira memória. E as
pessoas tão inconscientes ouvindo uma musiquinha na porta da loja de discos. Também vejo um homem
engraxando o sapato. E, no prédio em frente, passam um filme certamente desinteressante: noto que apenas
um casal está na fila do cinema. Vejo também um velho com o netinho jogando migalhas para os pombos.
Chovem propagandas de produtos comerciais, poluindo a paisagem. Era bom antes, lembra? Quando as
paisagens eram limpas. Mas agora é tarde. É tarde no planeta.
(“É tarde no planeta”, de Lygia Fagundes Telles, no livro “A Disciplina do Amor”. Texto adaptado.)

Assinale a opção em que o vocábulo UM não funciona como artigo

a) “pedi um suco de frutas naturais”


b) “as pessoas tão inconscientes ouvindo uma musiquinha”
c) “apenas um casal está na fila do cinema”
d) “um velho com o netinho jogando migalhas para os pombos”
e) “um dia vai chegar um sergipano e vai apertar o botão errado”

10. (ENEM 2013)


Adolescentes: mais altos, gordos e preguiçosos

A oferta de produtos industrializados e a falta de tempo têm sua parcela de responsabilidade no aumento da
silhueta dos jovens. “Os nossos hábitos alimentares, de modo geral, mudaram muito”, observa Vivian
Ellinger, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), no Rio de Janeiro.
Pesquisas mostram que, aqui no Brasil, estamos exagerando no sal e no açúcar, além de tomar pouco leite e
comer menos frutas e feijão.

Outro pecado, velho conhecido de quem exibe excesso de gordura por causa da gula, surge como marca da
nova geração: a preguiça. “Cem por cento das meninas que participam do Programa não praticava nenhum
esporte”, revela a psicóloga Cristina Freire, que monitora o desenvolvimento emocional das voluntárias.

Você provavelmente já sabe quais são as consequências de uma rotina sedentária e cheia de gordura. “E não
é novidade que os obesos têm uma sobrevida menor”, acredita Claudia Cozer, endocrinologista da
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. Mas, se há cinco anos os
estudos projetavam um futuro sombrio para os jovens, no cenário atual as doenças que viriam na velhice já
são parte da rotina deles. “Os adolescentes já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, exemplifica
Claudia.

DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponível em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28 jul. 2012
(adaptado).

Sobre a relação entre os hábitos da população adolescente e as suas condições de saúde, as


informações apresentadas no texto indicam que

a) a falta de atividade física somada a uma alimentação nutricionalmente desequilibrada constituem fatores
relacionados ao aparecimento de doenças crônicas entre os adolescentes.
b) a diminuição do consumo de alimentos fontes de carboidratos combinada com um maior consumo de
alimentos ricos em proteínas contribuíram para o aumento da obesidade entre os adolescentes.
c) a maior participação dos alimentos industrializados e gordurosos na dieta da população adolescente tem
tornado escasso o consumo de sais e açúcares, o que prejudica o equilíbrio metabólico.
d) a ocorrência de casos de hipertensão e diabetes entre os adolescentes advém das condições de
alimentação, enquanto que na população adulta os fatores hereditários são preponderantes.
e) a prática regular de atividade física é um importante fator de controle da diabetes entre a população
adolescente, por provocar um constante aumento da pressão arterial sistólica.

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