Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conto narrativa antiga, muito curto, microcontos; (texto pouco extenso/ curto,
mas condensado; tem poucas personagens)
Drama
Texto narrativo e texto dramático tem uma história ou diegese que envolve uma
ação (sequência de eventos que são protagonizados por personagens e que se
situam num tempo e num espaço).
Num drama costuma haver um conflito por resolver que acaba por se resolver
num clímax.
Narrativa
O narrador não é o autor implícito. Não tem existência, é uma voz off que
geralmente não participa na história, mas, por outro lado, pode até ser
personagem principal, é sim a voz que fala no texto.
O autor não coincide com o narrador pode haver proximidade, porém não
são a mesma pessoa. O narrador é a voz que fala no texto, é uma figura que
não tem propriamente existência real e é exterior à história que conta, ou seja,
é heterodiegético.
Narrativa aberta
Narrativa fechada
Ação / Intriga
Narrador
Heterodiegético
Não participa na história que conta, ou seja, é exterior à história que narra.
Heterodiegético interventivo
Homodiegético
Autodiegético
Conta na 1ª pessoa a história narrada.
Espaço e Tempo
Tempo
Espaço
Personagens
2) Secundárias;
3) Figurantes – como pano de fundo da ação.
Há uma distinção das personagens, pois estas podem ser planas ou redondas:
Focalização e Voz
Focalização e voz são dois aspetos indissociáveis: a voz indica-nos quem tem
a palavra, o discurso; a focalização indica-nos quem tem o campo de
observação.
Nem sempre quem fala é quem está a observar! Daí advém a dificuldade em
perceber como nos chega a informação no texto narrativo.
QUANTO À VOZ:
- ex: “Ela lembrou-se das tardes de verão cheias de sol. Que felicidade nesse
tempo! Não restava nada disso agora!” (Madame Bovary) - se fosse no
discurso indireto, os pontos de exclamação, bem como o próprio tom
exclamativo, não estariam presentes.
QUANTO À FOCALIZAÇÃO:
No século XIX o comum era o narrador ser omnisciente, isto é, sabia tudo. Um
narrador deste tipo também tem uma focalização omnisciente, ou seja, tem
uma capacidade de visão completa, panorâmica, consegue saber o que
pensam e sentem as personagens,
Nota: a tendência é para que quanto mais moderna a narrativa, mais neutral a
posição do narrador.
• “Demorar não significa perder tempo”, dado que esse tempo de demora tem
por si só um valor estético.
• Tempo da leitura - tempo que o autor geriu e nos obriga a ler de certa
maneira.
Resumo
O anjo ancorado, obra de José Cardoso Pires, é nas palavras do próprio autor
uma fábula. É uma história simples cuja ação se desenrola numa tarde. João,
um homem da cidade, resolve ir fazer pesca submarina numa pequena aldeia
nos arredores de Peniche, acompanhado por Guida, uma jovem com metade
da sua idade, que ainda mal conhece.
Mal chegam à falésia são abordados por um rapazinho da aldeia que tenta logo
fazer negócio com os forasteiros, propondo a venda de uma renda que a irmã
terminará à pressa. Também um velhote que tenta caçar um pequeno
perdigoto faz parte desta história, uma história repleta de contrastes. De um
lado a despreocupação de João e Guida, claramente abastados, do outro lado
os habitantes da pequena aldeia, vivendo à beira da miséria, dependentes dos
humores do mar. Este contraste está também presente no próprio ritmo da
narrativa: lento na de João e Guida, simbolizando as despreocupações, e mais
acelerado na da população local, denotando a dificuldade de vida e a luta pela
subsistência.
Técnicas narrativas em “O Anjo Ancorado” - neorrealista e alegórica
A realidade aludida é dualista, o que faz com que todas as personagens deste
romance se movimentem e interajam a partir da sua classe social, sem que
sejam capazes de agir segundo uma lógica de mutualidade de modo a
transformar as várias manifestações de escassez em abundância.
O tempo é “curto” (não perpassa mais que uma tarde): “‘Que faz você
amanhã?' Não sei. E você?’”; “subjetivo” e “poli-temporal”, dado que por muitas
vezes aparece na narrativa de acordo com os desígnios dos diversos
personagens, por “flash backs”, por lembranças ao acaso, etc.
Exemplo:
Capítulo 1
Capítulo 7
Capítulo 11
“Porque é que as casa não hão de estar de mal com o mundo, como as
pessoas?” perguntou então a jovem. Observando com mais demora percebeu
que sim, que estavam. Estas pelo menos. De mal com a terra, pior ainda, com
o mar.”