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Gêneros Textuais

Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que

os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo.

Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os

interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso.

São exemplos resenha crítica jornalística, publicidade, receita de bolo, menu do

restaurante, bilhete ou lista de supermercado.

É importante considerar seu contexto, função e finalidade, pois o gênero textual

pode conter mais de um tipo textual. Isso, por exemplo, quer dizer que uma

receita de bolo apresenta a lista de ingredientes necessários (texto descritivo) e

o modo de preparo (texto injuntivo).

Tipos de Gêneros Textuais

Cada texto possuiu uma linguagem e estrutura. Note que existem inúmeros

gêneros textuais dentro das categorias tipológicas de texto. Em outras

palavras, gêneros textuais são estruturas textuais peculiares que surgem dos

tipos de textos: narrativo, descritivo, dissertativo-argumentativo, expositivo e

injuntivo.

Texto Narrativo

Os textos narrativos apresentam ações de personagens no tempo e no espaço.

A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax

e desfecho. Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados)


alguns fatos e acontecimentos. Alguns exemplos de textos narrativos são:

romance, novela, conto, crônica e fábula.

Estrutura da Narrativa

Apresentação: também chamada de introdução, nessa parte inicial o autor do

texto apresenta os personagens, o local e o tempo em que se desenvolverá a

trama.

Desenvolvimento: aqui grande parte da história é desenvolvida com foco nas

ações dos personagens.

Clímax: parte do desenvolvimento da história, o clímax designa o momento

mais emocionante da narrativa.

Desfecho: também chamada de conclusão, ele é determinado pela parte final

da narrativa, onde a partir dos acontecimentos, os conflitos vão sendo

desenvolvidos.

Elementos da Narrativa

Narrador - é aquele que narra a história. Dividem-se em: narrador observador,

narrador personagem e narrador onisciente.

Enredo - trata-se da estrutura da narrativa, ou seja, a trama em que se

desenrolam as ações. São classificados em: enredo linear e enredo não linear.
Personagens - são aqueles que compõem a narrativa sendo classificados em:

personagens principais (protagonista e antagonista) e personagens

secundários (adjuvante ou coadjuvante).

Tempo - está relacionado com a marcação do tempo dentro da narrativa, por

exemplo, uma data ou um momento específico. O tempo pode ser cronológico

ou psicológico.

Espaço - local (s) onde a narrativa se desenvolve. Podem ocorrer num

ambiente físico, ambiente psicológico ou ambiente social.

Tipos de Narrador

Os tipos de narrador, também chamado de foco narrativo, representam a "voz

textual" da narração, sendo classificados em:

Narrador Personagem - a história é narrada em 1ª pessoa onde o narrador é

um personagem e participa das ações.

Narrador Observador - narrado em 3ª pessoa, esse tipo de narrador conhece

os fatos porém, não participa da ação.

Narrador Onisciente - esse narrador conhece todos os personagens e a trama.

Nesse caso, a história é narrada em 3ª pessoa. No entanto, quando apresenta

fluxo de pensamentos dos personagens, ela é narrada em 1ª pessoa.

Tipos de Discurso Narrativo

Discurso Direto - no discurso direto, a própria personagem fala.


Discurso Indireto - no discurso indireto o narrador interfere na fala da

personagem. Em outras palavras, é narrado em 3ª pessoa uma vez que não

aparece a fala da personagem.

Discurso Indireto Livre - no discurso indireto livre há intervenções do narrador e

das falas dos personagens. Nesse caso, funde-se o discurso direto com o

indireto

Exemplos de Discurso

Discurso Direto
Discurso Indireto

Discurso Indireto Livre

Texto Descritivo

O texto descritivo é um tipo de texto que envolve a descrição de algo, seja de

um objeto, pessoa, animal, lugar, acontecimento, e sua intenção é, sobretudo,

transmitir para o leitor as impressões e as qualidades de algo.

Em outras palavras, o texto descritivo capta as impressões, de forma a

representar a elaboração de um retrato, como uma fotografia revelada por meio

das palavras.
Para tanto, alguns aspectos são de suma importância para a elaboração desse

tipo textual, desde as características físicas e/ou psicológicas do que se

pretende analisar, a saber: cor, textura, altura, comprimento, peso, dimensões,

função, clima, tempo, vegetação, localização, sensação, localização, dentre

outros.

Características do texto descritivo

Retrato verbal

Ausência de ação e relação de anterioridade ou posterioridade entre as frases

Predomínio de substantivos, adjetivos e locuções adjetivas

Utilização da enumeração e comparação

Presença de verbos de ligação

Verbos flexionados no presente ou no pretérito (passado)

Emprego de orações coordenadas justapostas

Estrutura Descritiva

A descrição apresenta três passos para a construção:

Introdução: apresentação do que se pretende descrever.

Desenvolvimento: caracterização subjetiva ou objetiva da descrição.

Conclusão: finalização da apresentação e caracterização de algo.


Tipos de Descrição

Conforme a intenção do texto, as descrições são classificadas em:

Descrição Subjetiva: apresenta as descrições de algo, todavia, evidencia as

impressões pessoais do emissor (locutor) do texto. Exemplos são nos textos

literários repletos de impressões dos autores.

Descrição Objetiva: nesse caso, o texto procura descrever de forma exata e

realista as características concretas e físicas de algo, sem atribuir juízo de

valor, ou impressões subjetivas do emissor. Exemplos de descrições objetivas

são os retratos falados, manuais de instruções, verbetes de dicionários e

enciclopédias.

Exemplos

Descrição Subjetiva

“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de Notícias, no seu roupão de manhã de

fazenda preta, bordado a sutache, com largos botões de madrepérola; o cabelo

louro um pouco desmanchado, com um tom seco do calor do travesseiro,

enrolava-se, torcido no alto da cabeça pequenina, de perfil bonito; a sua pele

tinha a brancura tenra e láctea das louras; com o cotovelo encostado à mesa

acariciava a orelha, e, no movimento lento e suave dos seus dedos, dois anéis

de rubis miudinhos davam cintilações escarlates.” (O Primo Basílio, Eça de

Queiroz)

Descrição Objetiva
"A vítima, Solange dos Santos (22 anos), moradora da cidade de Marília, era

magra, alta (1,75), cabelos pretos e curtos; nariz fino e rosto ligeiramente

alongado."

Texto Dissertativo-Argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo é um tipo textual que consiste na defesa de

uma ideia por meio de argumentos, opinião e explicações fundamentadas.

Este tipo de texto tem como objetivo central a formação de opinião do leitor.

Assim, ele é caracterizado por tentar convencer ou persuadir o interlocutor da

mensagem através da argumentação.

A estrutura do texto dissertativo-argumentativo

O texto dissertativo-argumentativo é dividido em três partes: introdução,

desenvolvimento e conclusão.

1. Introdução

Na introdução devem ser mencionado o tema central que será abordado no

texto de modo a situar o interlocutor.

Esta parte deve compreender cerca de 25% da dimensão global do texto.


2. Desenvolvimento

Todas as ideias mencionadas na introdução devem ser desenvolvidas de forma

opinativa e argumentativa nessa parte do texto, cuja dimensão deve

compreender cerca de 50% do mesmo.

3. Conclusão

A conclusão deve ser uma síntese do problema abordado, mas com

considerações que expressam o resultado do que foi pensado ao longo do

texto.

A sua dimensão contempla cerca de 25% do texto.

Como fazer um texto dissertativo argumentativo?

As etapas necessárias para produzir um texto dissertativo-argumentativo são:

1. Escolha do tema e do problema

Escolher um tema para dissertar é o primeiro passo para produzir um texto

dissertativo-argumentativo.

Depois de escolhido o tema, faz-se necessário refletir sobre o assunto para

entender quais conhecimentos temos sobre isso. Além disso, fazer um recorte

sobre o que se pretende dissertar é essencial. Ou seja, imagine que o tema é

sobre o aborto. O que iremos dissertar sobre esse tema?

O recorte é isso, a escolha de um tópico sobre a tese (tema central) e que pode

ser, nesse exemplo: o significado do aborto; a legislação atual do aborto;

causas e consequências do aborto; o aborto na sociedade brasileira.


Por isso, além de escolher o tema, é importante ter um recorte, isto é, a busca

de um problema para desenvolver na redação.

Em resumo:

Qual o tema escolhido?

Quais os conhecimentos sobre esse tema?

Qual o problema específico sobre o tema que se pretende dissertar?

2. Busca da opinião e argumentos sobre o tema

O texto dissertativo-argumentativo possui a opinião do autor sobre determinado

tema. No entanto, essa opinião não deve estar expressa em primeira pessoa

do singular (Eu) e sim na primeira ou terceira pessoa do plural (Nós, Eles).

O mais importante de um texto dissertativo-argumentativo é a organização,

clareza e exposição dos argumentos.

Para isso, é necessário refletir sobre o tema buscando assim uma verdade

pessoal ou juízo de valor sobre o assunto abordado. Isso porque a opinião

sobre o tema reforçará a argumentação.

Assim, selecione exemplos, fatos e provas de modo a assegurar a validade de

sua opinião, sem deixar de justificar cada parte. Uma dica é fazer um esboço

da estrutura do texto e anotar tudo em um rascunho para ir organizando melhor

as ideias.

Em resumo:

Qual sua opinião sobre o tema dissertado?


Quais argumentos, exemplos e fatos serão utilizados na redação?

3. Finalização do texto

Na finalização de um texto dissertativo-argumentativo, busca-se a solução para

o problema exposto na dissertação.

Assim, é hora de apresentar uma síntese da discussão exposta, onde retoma-

se a tese (ideia principal) propondo uma solução ao problema e adicionando as

observações finais.

Em resumo:

Quais as possíveis soluções para o problema exposto?

Quais caminhos podem ser eleitos para solucionar o problema?

Exemplos de textos dissertativo-argumentativos

Texto 1

Tema: violência nas escolas

É frequente ouvirmos falar sobre os atos violentos na escola. Não bastasse a

sua presença nas ruas, os ambientes supostamente seguros - nomeadamente

as escolas - são mais do que nunca alvo de ações de violência.

Os valores se perdem a ponto de não só entre alunos, mas entre alunos e

professores, ou vice-versa, serem inúmeros os casos de agressões noticiados

frequentemente.
A força é tomada em detrimento da razão e os conflitos são resolvidos de

forma irracional desde a infância, cujas crianças absorvem cedo esse tipo de

comportamento por influência da sociedade cada vez mais violenta em que

vivemos.

A participação dos pais na vida escolar dos filhos é fundamental para

estabelecer normas e restaurar valores que tem vindo a se perder. Por isso,

pode-se concluir que a aproximação entre pais e escola é um dos principais

propulsores para a mitigação desse problema.

Texto 2

Tema: Democratização do acesso ao cinema no Brasil

* Exemplo de texto dissertativo-argumentativo que alcançou nota 1000 no

Enem 2019. Autora: Amanda Rocha, 21 anos, Itaituba (PA)

A construção dos feudos, muros que delimitavam uma determinada área no

período da Idade Média, segregou milhares de pessoas e impossibilitou o

acesso a bens que somente a nobreza podia usufruir. Semelhante a essa

época, no contexto brasileiro contemporâneo, o cinema é um dos inúmeros

meios de democratizar a cultura, mas ainda é "feudalizado", já que grande

parte da população continua alheia a esse serviço. Então, tanto a concentração

das salas de teledramaturgia em regiões mais desenvolvidas economicamente,

quanto os exorbitantes preços dos ingressos e alimentos, vendidos com

exclusividade pela empresa proprietária, mutilam a cidadania e consagram

importantes simbologias de poder.

Nessa perspectiva, a cultura é imprescindível para a identidade de um povo e,

indubitavelmente, o cinema é uma fundamental ferramenta de inclusão e de


propagação de valores sociais. Entretanto, de acordo com o geógrafo Milton

Santos, no texto "Cidadanias Mutiladas", a democracia, extremamente

necessária para a fundamentação cultural do indivíduo, só é efetiva quando

atinge a totalidade do corpo social, ou seja, na medida em que os direitos são

universais e desfrutados por todos os cidadãos. Dessa maneira, a

concentração das salas de cinemas em áreas com alto desenvolvimento

econômico e o alheamento de milhares de pessoas a esse serviço provam que

não há democratização do acesso à cultura cinematográfica no Brasil,

marginalizando grande parcela da sociedade desprovida de recursos

financeiros.

Outrossim, os preços abusivos de ingressos, a divisão das salas em categorias

de conforto e a proibição de entrada de bebidas e alimentos, que não sejam

vendidos no estabelecimento, dividem, ainda mais, a sociedade. Isso pode ser

explicado pelo teórico Pierre Bourdieu, o qual afirma que todas as minúcias de

um indivíduo constituem simbologias que são constantemente analisadas pelo

corpo social, isto é, o poder de compra, as características pessoais e o acesso

a bens e serviços refletem quem é o homem para outrem. Dessa forma, o alto

custo praticado pelas redes cinematográficas violenta simbolicamente aqueles

que não conseguem contemplar as grandes telas e aumenta a desigualdade.

Portanto, cabe à iniciativa privada, em parceria com os estados e municípios,

promover a interiorização das salas de teledramaturgia, por meio da construção

de novos empreendimentos em áreas distantes dos pólos econômicos e da

redução dos custos para o consumidor de baixa renda, incentivando, então, a

cultura mais democrática. Além disso, é responsabilidade da Ancine, Agência

Nacional de Cinema, estabelecer um canal de comunicação mais efetivo com o


telespectador, por intermédio de aplicativos e das redes sociais interativas,

para que denúncias e reclamações sobre preços abusivos possam ser

realizadas. Como efeito social, a democratização do cinema no Brasil será uma

realidade, destruindo, assim, barreiras e "feudos" sociais.

Texto Expositivo

O texto expositivo é um tipo de texto que visa a apresentação de um conceito

ou de uma ideia.

Muito comum esse tipo de texto ser abordado no contexto escolar e

acadêmico, uma vez que inclui formas de apresentação, tais como: seminários,

artigos acadêmicos, congressos, conferências, palestras, colóquios,

entrevistas, dentre outros.

Características dos textos expositivos

No texto expositivo, o objetivo central do locutor (emissor) é explanar sobre

determinado assunto, a partir de alguns recursos linguísticos, tais como:

conceituação: exposição dos conceitos relacionados a um determinado tema.

definição: explicação e definição sobre os temas relacionados com o assunto

abordado.

descrição: análise mais pormenorizada de aspectos referentes ao tema.

comparação: relação entre dois ou mais conceitos distintos e que podem se

complementar.
informação: reunião de conhecimentos e dados relacionados com o tema.

enumeração: ordenação dos itens essenciais relacionados com o tema

abordado e especificação de cada um deles.

Tipos de textos expositivos

De acordo com seu objetivo central, os textos expositivos são classificados

em dois tipos:

1. Texto expositivo-argumentativo

Nesse caso, além de apresentar o tema, o emissor foca nos argumentos

necessários para a explanação de suas ideias.

Dessa forma, recorre aos diversos autores e teorias para comparar, conceituar

e defender sua opinião.

2. Texto expositivo-informativo

Nesta ocasião, o objetivo central do emissor é simplesmente transmitir as

informações sobre determinado tema, sem grandes apreciações e, por isso,

com o máximo de neutralidade.

Podemos pensar numa apresentação sobre os índices de violência no país, de

modo que o conjunto de informações, gráficos e dados sobre o tema,

apresentam informações sobre o problema, sem defesa de opinião.

Exemplos de textos expositivos

Observe a seguir alguns exemplos de textos expositivos:

Verbete de dicionário
Significado de Nostalgia (s.f). Tristeza causada pela saudade de sua terra ou

de sua pátria; melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc. Disfunções

comportamentais causadas pela separação ou isolamento (físico) do país natal,

pela ausência da família e pela vontade exacerbada de regressar à pátria.

Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já passada ou de uma

condição que (uma pessoa) deixou de possuir. Condição melancólica causada

pelo anseio de ter os sonhos realizados. Condição daquele que é triste sem

motivos explícitos. (Etm. do francês: nostalgie)

Fonte: Dicionário Online de Português (Dicio)

Enciclopédia

Cervo-do-pantanal (nome científico: Blastocerus dichotomus), também

chamado suaçuetê, suaçupu, suaçuapara, guaçupuçu ou simplesmente cervo,

é um mamífero ruminante da família dos cervídeos e único representante do

gênero Blastocerus. Ocorria em grande parte das várzeas e margens de rios do

centro da América do Sul, desde o sul do rio Amazonas até o norte da

Argentina, mas atualmente, a espécie só é comum no Pantanal, na bacia do rio

Guaporé, na ilha do Bananal e em Esteros del Iberá.

Fonte: Wikipédia

Entrevista

Clarice Lispector, de onde veio esse Lispector?

É um nome latino, não é? Eu perguntei a meu pai desde quando havia

Lispector na Ucrânia. Ele disse que há gerações e gerações anteriores. Eu

suponho que o nome foi rolando, rolando, rolando, perdendo algumas sílabas e
foi formando outra coisa que parece “Lis” e “peito”, em latim. É um nome que

quando escrevi meu primeiro livro, Sérgio Milliet (eu era completamente

desconhecida, é claro) diz assim: “Essa escritora de nome desagradável,

certamente um pseudônimo…”. Não era, era meu nome mesmo.

Você chegou a conhecer o Sérgio Milliet pessoalmente?

Nunca. Porque eu publiquei o meu livro e fui embora do Brasil, porque eu me

casei com um diplomata brasileiro, de modo que não conheci as pessoas que

escreveram sobre mim.

Clarice, seu pai fazia o que profissionalmente?

Representações de firmas, coisas assim. Quando ele, na verdade, dava era

para coisas do espírito.

Há alguém na família Lispector que chegou a escrever alguma coisa?

Eu soube ultimamente, para minha enorme surpresa, que minha mãe escrevia.

Não publicava, mas escrevia. Eu tenho uma irmã, Elisa Lispector, que escreve

romances. E tenho outra irmã, chamada Tânia Kaufman, que escreve livros

técnicos.

Você chegou a ler as coisas que sua mãe escreveu?

Não, eu soube há poucos meses. Soube através de uma tia: “Sabe que sua

mãe fazia um diário e escrevia poesias?” Eu fiquei boba…

Nas raras entrevistas que você tem concedido surge, quase que

necessariamente, a pergunta de como você começou a escrever e quando?


Antes de sete anos eu já fabulava, já inventava histórias, por exemplo, inventei

uma história que não acabava nunca. Quando comecei a ler comecei a

escrever também. Pequenas histórias.

(Trecho da última entrevista com a escritora Clarice Lispector, concedida em

1977, ao repórter Júlio Lerner, da TV Cultura).

TIPOS DE ARGUMENTOS

Os argumentos são manifestações linguísticas muito importantes na

construção de enunciados, pois permitem que o receptor chegue a uma

conclusão defendida por meio da argumentação.

Para isso, são utilizados os recursos argumentativos, que fazem com que os

argumentos tenham maior efetividade em um enunciado. Confira, a seguir,

quais são estes recursos argumentativos:

– Argumento de autoridade

O argumento de autoridade é um tipo de argumento no qual é inserida a fala de

algum especialista naquilo a que se propõe o tema exposto, de forma a ter a

credibilidade de uma autoridade neste assunto.

– Argumento de provas concretas

Os argumentos de provas concretas são aqueles que trazem consigo a

documentação de fatos irrefutáveis que comprovem aquilo que é transmitido

por meio do enunciado, de forma a não se ter dúvidas sobre a sua veracidade.

De maneira geral, os textos jornalísticos são os que mais fazem uso dos

argumentos de provas concretas.

– Argumento de consenso
O argumento de consenso é um tipo de argumento que não é acompanhado

por fatos ou por opiniões de especialistas, pois são aqueles aceitos sem

qualquer tipo de contestação. Isto acontece quando um determinado grupo

sociocultural compartilha das mesmas ideias.

Um exemplo de argumento de consenso pode ser observado na frase “A

educação necessita de investimentos”, na qual este enunciado será aceito pela

população sem a necessidade de comprovações, sendo assim uma ideia aceita

facilmente por todos.

– Argumentação de competência linguística

A argumentação de competência linguística é aquela na qual o enunciado faz

uso de uma linguagem adequada ao público que irá receber esta informação,

de forma que sua compreensão seja muito mais fácil.

– Argumentação com base no raciocínio lógico

A argumentação lógica se baseia no raciocínio lógico para que um enunciado

possa ser compreendido e todas as informações interligadas por meio desta

associação feita pelo interlocutor.

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