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Contra -c apa

Se as suas fina nç as a nd a m na c ord a b a m b a, talvez esteja na hora d e vo c ê


refletir so bre o q ue T. Harv Eker c ha m a d e "o se u mo d elo d e dinheiro" - um
c o njunto d e cre nç as q ue c a d a um d e nós alime nta d esd e a infâ ncia e q ue
mold a o nosso d estino fina nc eiro, q uase se m pre nos le va nd o p ara uma situa ç ã o
difícil.
Neste livro, Eker mostra c o mo substituir um a me ntalid a d e d estrutiva - q ue
vo c ê talvez ne m p erc e b a q ue te m - p elos "arq uivos d e riq ueza", 17 mo d os d e
p e nsar e a gir q ue disting ue m os ric os d as d e m ais p esso as. Alg uns d esses princípios
fund a me ntais sã o:
- Ou vo c ê c o ntrola o se u dinheiro o u ele c o ntrolará vo c ê.
- O há bito d e a d ministrar as fina nç as é m ais imp orta nte d o q ue a
q ua ntid a d e d e dinheiro q ue vo c ê te m.
- A sua motiva ç ã o p ara e nriq ue c er é crucial: se ela p ossui um a raiz
ne g a tiva, c o mo o me d o, a raiva o u a ne c essid a d e d e pro var alg o a si
mesmo, o dinheiro nunc a lhe trará felicid a d e.
- O se gre d o d o suc esso nã o é te ntar e vitar os pro ble m as ne m se livrar
d eles, m as cresc er p esso alme nte p ara se tornar m aior d o q ue q ualq uer
a d versid a d e.
- Os g astos exc essivos tê m p o uc o a ver c o m o q ue vo c ê está c o m pra nd o
e tud o a ver c o m a falta d e sa tisfa ç ã o na sua vid a.
O a utor ta mb é m e nsina um méto d o eficie nte d e a d ministrar o dinheiro.
Vo c ê a pre nd erá a esta b ele c er sua re munera ç ã o p elos resulta d os q ue a prese nta
e nã o p elas horas q ue tra b alha. Alé m disso, sa b erá c o mo a ume ntar o se u
p a trimô nio líq uid o - a verd a d eira me did a d a riq ueza.
A id éia é fazer o se u dinheiro tra b alhar p ara vo c ê ta nto q ua nto vo c ê
tra b alha p ara ele. Para isso, é ne c essário p o up ar e investir e m vez d e g astar.
"Enriq ue c er nã o diz resp eito so me nte a fic ar ric o e m termos fina nc eiros", diz Eker.
"É m ais d o q ue isso: tra ta-se d a p esso a q ue vo c ê se torna p ara alc a nç ar
esse o bje tivo".

2
Orelhas do Livro
Orelha esquerda:
"T. Harv Eker d esmistific a o motivo p elo q ual alg um as p esso as estã o
d estina d as à riq ueza e o utras a um a vid a d e d ureza. Se vo c ê q uer c o nhe c er as
c a usas fund a me ntais d o suc esso, leia este livro".
(ROBERT G. ALLEN, a utor d e "O milio nário e m um minuto")
"Há a nos e u a c o mp a nho e a d miro o tra b alho d e Harv Eker. Re c o me nd o
este livro a to d as as p esso as q ue q uere m a ume ntar a sua riq ueza fina nc eira,
me ntal e e mo cio nal".
(JACK CANFIELD, c o-a utor d a série "Histórias p ara a q ue c er o c ora ç ã o")
Q ue m nunc a se p erg unto u p or q ue alg umas p esso as pre cisa m suar a
c a misa p ara g a nhar dinheiro, e nq ua nto alg uns felizard os p are c e m e nriq ue c er
fa cilme nte? Se g und o T. Harv Eker, isso nã o o c orre p or c a usa d e difere nç as d e
e d uc a ç ã o, d e intelig ê ncia, d e tale nto, d e o p ortunid a d es, d e méto d os d e
tra b alho, d e c o nta tos, d e sorte ne m, muito me nos, c o mo resulta d o d a esc olha d e
e mpre g os, ne g ó cios o u investime ntos.
A resp osta, se g und o o a utor, está no mo d elo p esso al d e dinheiro q ue to d os
nós traze mos gra va d o no sub c o nscie nte. Para ele, mesmo q ua nd o um a p esso a
d o mina a áre a e m q ue a tua profissio nalme nte, se o se u mo d elo d e dinheiro nã o
estiver pro gra m a d o p ara um alto nível d e suc esso, ela ja mais e nriq ue c erá - e, se
isso a c o nte c er, é p ossível q ue lo g o p erc a tud o o q ue c o nq uisto u.
Felizme nte, ning ué m é o brig a d o a a marg ar as c o nse q üê ncias d essa
pro gra m a ç ã o me ntal ne g a tiva p or to d a a vid a. Neste livro, Eker a prese nta os
princípios d a me nte milio nária, os mesmos q ue e nsina nos se us se minários e c ursos,
mostra nd o q ue p o d e mos nos re c o ndicio nar, e m termos d e p e nsa me ntos e a ç õ es,
p ara a tingir o suc esso d e um mo d o tã o na tural q ua nto as p esso as ric as.
Orelha direita:
Na p arte 1, a pre nd e mos d e q ue forma as influê ncias re c e bid as na infâ ncia
mold a m o nosso d estino fina nc eiro e p assa m os a e nte nd er ta m b é m p or q ue as
brig as e m torno d e dinheiro sã o tã o c o muns e ntre os c asais.
C o m bina nd o o sa b er a d q uirid o na prá tic a c o m uma ling ua g e m b e m-
humora d a, Eker nos orie nta a id e ntific ar as cre nç as prejudiciais e a tra nsform á-las
p ara q ue te nha mos m ais c ha nc es d e ser b e m-suc e did os, c o nservar o dinheiro,
fazê-lo cresc er c o ntinua me nte e melhorar os nossos rela cio na me ntos.
Na p arte 2, o a utor rela cio na 17 "arq uivos d e riq ueza", q ue exp õe m a exa ta
difere nç a e ntre o mo d o d e p e nsar e a gir d as p esso as ric as e o d a q uelas q ue tê m
um a me ntalid a d e p o bre o u um a visã o d e classe mé dia. C a d a um d esses
arq uivos c o nté m sug estões d e a ç ã o prá tic a q ue p o d e m nos ajud ar a a ume ntar
substa ncialme nte os nossos re ndime ntos e, q ue m sa b e, a té a e nriq ue c er.

3
O autor
A plic a nd o os princípios q ue e nsina, T. HARV EKER c o nse g uiu sup erar uma
p e nosa fase d e altos e b aixos e m sua vid a e se tornar milio nário e m a p e nas d ois
a nos e meio. Hoje ele presid e a Pe ak Po te ntials Training, um a d as m ais b e m-
suc e did as e m presas d e treina me nto p esso al nos Esta d os Unid os e no C a na d á,
resp o nsá vel p ela org a niza ç ã o d e se minários e c ursos so bre os princípios d a me nte
milio nária q ue a tra e m p articip a ntes d e to d o o mund o. Mais d e 250 mil p esso as já
assistira m às suas p alestras.

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Os segredos da mente milionária

APRENDA A ENRIQUECER MUDANDO SEUS CONCEITOS SOBRE O DINHEIRO E


ADOTANDO OS HÁBITOS DAS PESSOAS BEM-SUCEDIDAS

2ª Edição - SEXTANTE

Título original: Se crets of the millio naire mind


C o p yrig ht © 2005 p or Harv Eker
C o p yrig ht d a tra d uç ã o © 2006 p or GMT Editores Ltd a.
To d os os direitos reserva d os.

Tra d uç ã o:
Pe dro Jorg e nse n Junior
Pre p aro d e originais:
Valéria Inez Prest
Re visã o:
Luis A méric o C osta
Sérgio Bellinello So ares
Tereza d a Ro c ha
Proje to gráfic o e dia gra m a ç ã o:
Valéria Teixeira
C a p a:
Miria m Lerner
Fo tolitos:
RR Do nnelley
Impressã o e a c a b a me nto:
Ya ngra f Gráfic a e Editora Ltd a.

5
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃ O-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

E37s Eker, T. Harv


Os se gre d os d a me nte milio nária / T. Harv Eker;
tra d uç ã o Pe dro Jorg e nse n Junior. - Rio d e Ja neiro:
Sexta nte, 2006.

Tra d uç ã o d e: Se crets of the millio naire mind

ISBN 85-7542-239-1
1. Moe d as - Asp e c tos psic oló gic os.
2. Milio nários - Psic olo gia.
3. Ric os - Psic olo gia.
4. Riq ueza Asp e c tos psic oló gic os.
5. C a pitalistas e fina ncistas - Psic olo gia.
6. Suc esso nos ne g ó cios - Asp e c tos psic oló gic os.
1. Titulo. CDD 332.02401 06-2359.CDU 336.74
To d os os direitos reserva d os, no Brasil, p or GMT Editores Ltd a.
Rua Voluntários d a Pá tria, 45 - Gr. 1.404 - Bota fo g o
22270-000 - Rio d e Ja neiro - RJ
Tel.: (21) 2286-9944-Fax: (21) 2286-9244
E-m ail: a te ndime nto@esexta nte.c o m.br
w w w.sexta nte.c o m.br

Este livro é dedicado à minha família:


à minha amorosa mulher, Rochelle,
à minha incrível filha, Madison, e ao
meu fantástico filho, Jesse.

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Sumário

"Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que devo ler este livro?" 8

PARTE 1 13

O seu modelo de dinheiro 13

PARTE 2 35

Os arquivos de riqueza 35

Dezessete modos de pensar e agir que distinguem os


ricos das outras pessoas 35

"E o que eu faço agora?" 110

Agradecimentos 112

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"Quem é, afinal, T. Harv Eker e por que devo ler este livro?"
As id éias e os c o nc eitos q ue a prese nto neste livro nã o sã o p or si mesmos
verd a d eiros ne m falsos, nã o estã o c ertos ne m erra d os. A p e nas refle te m os
resulta d os q ue o b tive e m minha c arreira e as c o nq uistas q ue o bservei na vid a d e
milhares d e alunos me us. Creio q ue, a plic a nd o os princípios q ue d escre vo a q ui,
vo c ê tra nsform ará a sua vid a. Nã o se limite a ler este livro. Le ve a sério os
c o nc eitos e, d e p ois, fa ç a a sua pró pria exp eriê ncia c o m eles. Guard e o q ue lhe
for útil e sinta-se à vo nta d e p ara d esc artar o q ue nã o for.
No q ue se refere a dinheiro, este livro talvez seja o mais im p orta nte q ue
vo c ê terá lid o. Sei q ue essa é uma afirma ç ã o o usa d a, m as a cre dito q ue ele
c o nté m o elo q ue falta va e ntre o d esejo e a c o nq uista d o suc esso. C o mo vo c ê já
d e ve ter re p ara d o, esses sã o d ois mund os inteira me nte difere ntes.
É pro vá vel q ue vo c ê já te nha lid o o utros livros, o uvid o fitas e CDs,
fre q üe nta d o c ursos e estud a d o difere ntes méto d os d e c o mo e nriq ue c er c o m
imó veis, a ç õ es o u ne g ó cios. Mas o q ue a c o nte c e u? Para a maioria d as p esso as,
pra tic a me nte na d a. De p ois d e um início pro missor, tud o volto u a ser c o mo a ntes.
M as a resp osta existe. Ela é sim ples, é g ara ntid a, e vo c ê nã o vai c o nse g uir
driblá-la. Tud o se resume a o se g uinte: se o "mo d elo fina nc eiro" q ue existe no se u
sub c o nscie nte nã o estiver pro gra m a d o p ara o suc esso, na d a q ue vo c ê a pre nd a,
saib a o u fa ç a terá gra nd e im p ortâ ncia.
Vo u d esmistific ar o motivo p elo q ual alg um as p esso as estã o fa d a d as a ser
ric as e o utras d estina d as a um a vid a d e d ureza. Vo c ê e nte nd erá as raízes d o
suc esso, d a me dio crid a d e e d o fra c asso fina nc eiro e c o me ç ará a mud ar p ara
melhor o se u futuro nessa áre a. Sa b erá c o mo as influê ncias q ue re c e b e mos na
infâ ncia mold a m o nosso mo d elo fina nc eiro e p o d e m nos c o nd uzir a
p e nsa me ntos e há bitos a uto d estrutivos. A pre nd erá a fazer p o d erosas
d e clara ç ões q ue ajud arã o a substituir m a neiras ne g a tivas d e p e nsar p or "arq uivos
d e riq ueza": vo c ê p assará a p e nsar - e a prosp erar - c o mo as p esso as ric as.
C o nhe c erá ta m b é m, p asso a p asso, estra té gias prá tic as p ara a ume ntar a sua
re nd a e c o nstruir a sua riq ueza.
Na p arte 1, explic o c o mo c a d a um d e nós está c o ndicio na d o a p e nsar e
a gir nos assuntos fina nc eiros e esb o ç o q ua tro estra té gias-c ha ve p ara vo c ê re ver
o se u mo d elo me ntal d e dinheiro. Na p arte 2, exa mino as difere nç as e ntre o
mo d o d e p e nsar d as p esso as ric as e d a gra nd e maioria d as p esso as. Alé m disso,
sugiro 17 a titud es e a ç õ es c a p azes d e pro mo ver mud a nç as p erm a ne ntes na sua
vid a fina nc eira.
E q ual é a minha exp eriê ncia? De o nd e ve nho? Se mpre fui b e m-suc e did o?
Que m d era!
Assim c o mo um gra nd e número d e p esso as, se mpre tive muito p ote ncial,
mas os resulta d os q ue c o nse g uia era m p o uc os. Lia to d os os livros, assistia a to d os
os se minários so bre c o mo prosp erar. Eu q ueria muito ser b e m-suc e did o. Nã o sa bia
exa ta me nte se era p or c a usa d o dinheiro, d a lib erd a d e, d o se ntime nto d e
re aliza ç ã o o u a p e nas p ara pro var a minha c a p a cid a d e a os me us p ais. De
q ualq uer mo d o, vivia o b c e c a d o c o m a id éia d e ser "um suc esso". Entre os 20 e os

8
30 a nos d e id a d e, c o me c ei vários ne g ó cios, se mpre c o m o so nho d e fazer
fortuna, no e nta nto os me us resulta d os fora m d e fra c os a p éssimos.
Eu tra b alha va se m p arar, p oré m nã o d e c ola va. Sofria d a "d oe nç a d o
mo nstro d o la g o Ness": e m b ora o uvisse falar muito d essa c oisa c ha ma d a lucro,
nunc a c o nse g uia vê-lo. E p e nsa va: "Se e u mo ntar o ne g ó cio c erto, se p e g ar uma
o nd a b o a, me d o u b e m". Mas esta va erra d o. Na d a d a va c erto.., p elo me nos
p ara mim. E foi a última p arte d essa frase q ue a c a b o u c ha m a nd o a minha
a te nç ã o. Por q ue o utras p esso as q ue a tua va m no mesmo ra mo esta va m
c o nse g uind o ter suc essos e e u c o ntinua va q ue bra d o?
Tra tei, e ntã o, d e fazer um rig oroso exa me d e c o nsciê ncia. A nalisa nd o as
minhas cre nç as, o bservei q ue, a p esar d e dizer q ue q ueria fic ar ric o, e u tinha
c ertas inq uie ta ç ões e nraiza d as a resp eito d o dinheiro. A cim a d e tud o, se ntia
me d o. Te mia fra c assar, o u pior, ter suc esso e a c a b ar p erd e nd o tud o. Nesse c aso,
e u seria re alme nte um p a na c a. Pior, d estruiria a únic a c oisa q ue so pra va a me u
fa vor: a le nd a d e q ue e u tinha um gra nd e p o te ncial. E se e u d esc o brisse q ue nã o
p ossuía as q ualific a ç ões ne c essárias e esta va c o nd e na d o a uma vid a d e
tra b alho d uro?
De p ois, p or sorte, re c e bi c o nselhos d e um a mig o d a fa mília, um ho me m
extre ma me nte ric o. Ele foi à c asa d os me us p ais jo g ar c artas e noto u a minha
prese nç a. Na é p o c a e u esta va mora nd o na "suíte d o a nd ar d e b aixo", ta m b é m
c o nhe cid a c o mo o p orã o. Era a terc eira vez q ue e u volta va p ara c asa. O me u
p ai d e ve ter fala d o c o m esse a mig o so bre a minha la me ntá vel existê ncia p orq ue,
q ua nd o ele me viu, tinha nos olhos a q uela sim p a tia norm alme nte reserva d a a os
p are ntes d e um morto.
Ele disse:
- Harv, e u c o me c ei ig ual a vo c ê: um d esastre c o m pleto.
"Fa ntástic o, isso faz c o m q ue e u me sinta b e m melhor", p e nsei. Mas, a ntes
q ue p ud esse dizer q ualq uer c oisa, ele prosse g uiu:
- Mas re c e bi um c o nselho q ue mud o u a minha vid a e e u g ostaria d e
tra nsmiti-lo a vo c ê. Harv, se as c oisas nã o estã o ind o c o mo vo c ê g ostaria, isso
q uer dizer a p e nas q ue há alg o q ue vo c ê nã o sa b e.
Na é p o c a e u era um jo ve m arro g a nte e a c ha va q ue sa bia tud o. Poré m - ai
d e mim - a minha c o nta b a nc ária mostra va o c o ntrário. Co me c ei a prestar
a te nç ã o. Ele c o ntinuo u:
- Vo c ê sa bia q ue a m aioria d as p esso as ric as p e nsa m ais o u me nos d a
mesm a form a?
Eu disse:
- Nã o, nunc a o bservei isso.
Ao q ue ele resp o nd e u:
- Isso nã o é ciê ncia exa ta, m as q uase to d os os ric os p e nsa m d e um jeito
c o mple ta me nte difere nte d as o utras p esso as. O mo d o d e p e nsar d etermina as
a ç ões d os indivíd uos e, c o nse q üe nte me nte, os se us resulta d os. Vo c ê a cre dita

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q ue. se p e nsasse c o mo os ric os e a gisse c o mo eles, c o nse g uiria e nriq ue c er
ta mb é m?
Le mbro-me d e ter resp o ndid o c o m a c o nfia nç a d e uma b ola murc ha:
- A c ho q ue sim.
- Entã o - ele explic o u -, tud o o q ue vo c ê pre cisa fazer é c o piar o mo d o d e
p e nsar d os ric os.
C étic o c o mo e u era na é p o c a, p erg untei:
- E no q ue vo c ê esta p e nsa nd o neste mo me nto?
A sua resp osta foi:
Esto u p e nsa nd o q ue os ric os c umpre m os se us c o mpro missos, e o me u neste
mo me nto é c o m o se u p ai. As p esso as estã o me esp era nd o p ara jo g ar. A g e nte
se ve.
E foi e mb ora. Mas as p ala vras d ele fic ara m na minha c a b e ç a.
C o mo na d a esta va d a nd o c erto p ara mim, p e nsei: "Por q ue nã o fazer o
q ue ele disse?" E me d e diq uei d e c orp o e alm a a o estud o d os ric os e d o se u
mo d o d e p e nsar. A pre ndi tud o o q ue p o dia so bre o funcio na me nto d a me nte
hum a na, m as me c o nc e ntrei princip alme nte na psic olo gia d o dinheiro e d o
suc esso. Desc o bri q ue, sim, era verd a d e: os ric os p e nsa m d e um mo d o difere nte
d as p esso as q ue nã o p ossue m dinheiro e a té d as q ue tê m um a vid a c o nfortá vel
e m termos fina nc eiros. A c a b ei to ma nd o c o nsciê ncia d e c o mo os me us
p e nsa me ntos me e m p urra va m p ara lo ng e d a riq ueza. E o m ais imp orta nte:
a pre ndi té c nic as p o d erosas d e re c o ndicio na me nto me ntal p ara p assar a p e nsar
d a mesm a forma q ue eles.
Até q ue um dia d e cidi: "C he g a d e te oria, a g ora vo u c olo c ar isso e m
prá tic a". Resolvi te ntar o utro ne g ó cio. C o mo esta va e nvolvid o c o m a áre a d e
sa úd e e exercícios físic os, a bri uma d as primeiras lojas d e e q uip a me ntos d e
ginástic a d a A méric a d o Norte. Mas nã o tinha dinheiro, e ntã o pre cisei fazer um
e mpréstimo d e US$ 2 mil no c artã o d e cré dito p ara a brir a e m presa. C o me c ei a
a plic ar o q ue ha via a pre ndid o, c o pia nd o as estra té gias d e ne g ó cios e o mo d o
d e p e nsar d as p esso as ric as. O me u primeiro p asso foi me c o mpro meter a fazer
suc esso e a jo g ar p ara ve nc er. Jurei ma nter o fo c o e ja m ais c o nsid erar a hip ótese
d e sair d o ra mo a ntes d e fic ar milio nário, q ue m sa b e a té mais d o q ue isso. Era um
c o mp orta me nto ra dic alme nte difere nte d as minhas inicia tivas a nteriores. Por
p e nsar se mpre no c urto prazo, e u me d esvia va d o rumo q ua nd o a p are cia uma
b o a o p ortunid a d e o u me d esinteressa va q ua nd o as c oisas ia m mal.
C o me c ei a c o ntestar ta m b é m a minha a titud e me ntal se m pre q ue tinha
p e nsa me ntos ne g a tivos o u c o ntra pro d uc e ntes na áre a fina nc eira. No p assa d o e u
c ostum a va a cre ditar q ue o q ue a minha me nte dizia era verd a d e. Mas ha via
a pre ndid o q ue, muitas vezes, a minha pró pria me nte era o me u m aior o bstá c ulo
a o suc esso. De cidi d esprezar os p e nsa me ntos q ue nã o reforç asse m a visã o q ue
e u p ossuía d a riq ueza. A pliq uei to d os os princípios q ue vo c ê vai a pre nd er neste
livro. Se d e u c erto? E c o mo!

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O me u ne g ó cio fez ta nto suc esso q ue a bri 10 lojas e m a p e nas d ois a nos e
meio. De p ois, ve ndi me ta d e d as a ç õ es d a e mpresa p ara um a gra nd e
c o mp a nhia p or US$ 1,6 milhã o e me mud ei p ara a e nsolara d a Sa n Die g o, na
C alifórnia. Tirei d ois a nos p ara a p erfeiç o ar as minhas estra té gias e c o me ç ar a
prestar c o nsultoria d e ne g ó cios a clie ntes e m sessões individ uais. A cre dito q ue
esse tra b alho te nha sid o b asta nte efic az, p ois essas p esso as c o me ç ara m a le var
a mig os, p arc eiros e só cios às re uniõ es. Em p o uc o te m p o, p assei a orie ntar 10, às
vezes 20, clie ntes a o mesmo te m p o.
Um d eles sug eriu q ue e u a brisse uma esc ola. C o nsid erei a id éia exc ele nte.
Fund ei a Street Sm art Business Sc ho ol e e nsinei a milhares d e p esso as estra té gias
prá tic as d e ne g ó cios p ara fazer suc esso e m alta velo cid a d e.
Enq ua nto e u viaja va re aliza nd o se minários, p erc e bi alg o C urioso. Às vezes,
d uas p esso as se se nta va m la d o a la d o na sala e a pre ndia m exa ta me nte os
mesmos princípios e estra té gias. Um a d elas utiliza va essas ferra me ntas e subia
c o mo um fo g uete rumo a o suc esso. A o utra, p oré m, nã o alc a nç a va
pra tic a me nte ne nhum resulta d o.
Fic o u ó b vio q ue, mesmo d e p osse d as ferra me ntas mais esp eta c ulares d o
mund o, a p esso a terá gra nd es pro ble mas se ho uver um p e q ue no vaza me nto na
sua "c aixa d e ferra me ntas", isto é, na sua c a b e ç a. Por c a usa disso, formulei um
pro gra m a c ha m a d o Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária, q ue se fund a me nta
no jo g o interno d o dinheiro e d o suc esso. A c o m bina ç ã o d o jo g o interno (a c aixa
d e ferra me ntas) c o m o jo g o externo (as ferra me ntas) fez c o m q ue os resulta d os
d e q uase to d os os p articip a ntes melhorasse m extra ordinaria me nte.
É isto o q ue vo c ê vai a pre nd er neste livro: c o mo d o minar o jo g o interno d o
dinheiro p ara ser b e m-suc e did o nele - isto é, c o mo p e nsar d a mesm a forma q ue
as p esso as ric as p ara fic ar ric o ta mb é m.
C ostum a va m me p erg untar se o me u suc esso era "fo g o d e p alha" o u um a
c o nq uista sólid a. Vo u exp or a q uestã o d a se g uinte ma neira: usa nd o os mesmos
princípios q ue e nsino, g a nhei muitos milhões d e d ólares e me tornei
multimilio nário. Quase to d os os me us ne g ó cios e investime ntos vã o d e ve nto e m
p o p a. Há q ue m dig a q ue e u te nho o "to q ue d e Mid as", p orq ue tud o o q ue to c o
vira o uro. Essas p esso as estã o c ertas, m as o q ue talvez elas nã o p erc e b a m é q ue
o to q ue d e Mid as é a p e nas o utra m a neira d e me ncio nar um "mo d elo fina nc eiro"
pro gra m a d o p ara o suc esso - exa ta me nte o q ue vo c ê terá q ua nd o a pre nd er
esses princípios e c olo c á-los e m prá tic a.
No c o me ç o d e c a d a Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária, e u
g eralme nte p erg unto a os p articip a ntes: "Q ua ntos d e vo c ês viera m a q ui p ara
a pre nd er?" Essa p erg unta é um a p e g a dinha p orq ue, c o mo diz o escritor Josh
Billings: "Nã o é o q ue nã o sa b e mos q ue nos im p e d e d e ve nc er - o nosso m aior
o bstá c ulo é justa me nte o q ue já sa b e mos". Este livro é mais so bre "d esa pre nd er"
d o q ue so bre a pre nd er. É esse ncial q ue vo c ê re c o nhe ç a a té q ue p o nto os se us
velhos mo d os d e p e nsar e a gir o c o nd uzira m à situa ç ã o e m q ue vo c ê está a g ora.
Se vo c ê já é verd a d eira me nte ric o e feliz, ótimo. C aso c o ntrário, e u o
c o nvid o a c o nsid erar alg umas p ossibilid a d es q ue p o d e m nã o se a d e q uar a o q ue
vo c ê p e nsa q ue é c erto o u a pro pria d o p ara a sua situa ç ã o.

11
E, p or falar e m c o nfia nç a, a d oro a história d o ho me m q ue está
c a minha nd o à b eira d e um p e nhasc o q ua nd o, d e re p e nte, p erd e o e q uilíbrio
esc orre g a e c ai. Felizme nte, ele te m a prese nç a d e espírito d e se a g arrar a uma
saliê ncia d o p e nhasc o e fic ar p e nd ura d o ali d e form a d esesp era d ora. De p ois d e
p assar alg um te m p o nessa situa ç ã o, c o me ç a a gritar p or so c orro:
- Há alg ué m aí e m cima q ue p ossa me ajud ar?
Nã o o uve na d a. Ele c o ntinua grita nd o:
- Há alg ué m aí e m cima q ue p ossa me ajud ar?
Até q ue um a voz estro nd osa resp o nd e:
- So u Eu, De us. Posso ajud á-lo. Solte-se e c o nfie e m mim.
O q ue se o uviu e m se g uid a foi:
- Há m ais alg ué m aí e m cim a q ue p ossa me ajud ar?
A liç ã o é simples. Se vo c ê q uer p assar p ara um nível d e vid a mais ele va d o,
te m q ue estar disp osto a a brir mã o d e alg uns d os se us velhos mo d os d e ser e
p e nsar e a d o tar no vas o p ç ões. No fim, os resulta d os falarã o p or si mesmos.

12
PARTE 1

O seu modelo de dinheiro

Vive mos num mund o d e d ualid a d es. Alto e b aixo, claro e esc uro, q ue nte e
frio, rá pid o e le nto, direita e esq uerd a sã o alg uns exe mplos d os milhares d e p ólOS
o p ostos c o m q ue c o nvive mos. Para q ue um p ólo exista, é ne c essário q ue o o utro
exista ta m b é m. É p ossível ha ver um la d o direito se m q ue haja um la d o esq uerd o?
Se m c ha nc e.
Porta nto, se existe m re gras "externas" p ara o dinheiro, há ta mb é m re gras
"internas" p ara ele. As primeiras e nvolve m asp e c tos esse nciais, c o mo
c o nhe cime nto c o mercial, a d ministra ç ã o fina nc eira e estra té gias d e investime nto.
Mas nã o me nos fund a me ntal é o jo g o interno. Vo u fazer um a a nalo gia c o m um
c arpinteiro e as suas ferra me ntas. Ter as mais mo d ernas ferra me ntas é
indisp e nsá vel p ara ele, p oré m ser um c arpinteiro d e primeira c a te g oria, c a p az d e
utilizá-las c o m a ha bilid a d e d e um mestre, é aind a mais im p orta nte.
Eu se m pre dig o: nã o b asta estar no lug ar c erto na hora c erta. Vo c ê te m
q ue ser a p esso a c erta, no lug ar c erto, na hora c erta.
Q ue m é vo c ê, e ntã o? C o mo vo c ê p e nsa? Quais sã o as suas cre nç as?
Quais sã o os se us há bitos e as suas c ara c terístic as? Qual é a sua o piniã o so bre si
pró prio? Qua nta c o nfia nç a vo c ê te m e m si mesmo? C o mo é o se u
rela cio na me nto c o m as p esso as? Até q ue p o nto vo c ê c o nfia nelas? Vo c ê
re alme nte a cre dita q ue mere c e ser ric o? Qual é a sua c a p a cid a d e d e a gir
a p esar d o me d o, d a preo c up a ç ã o, d o inc ô mo d o, d o d esc o nforto? Vo c ê
c o nse g ue ir e m fre nte mesmo q ua nd o nã o está disp osto a fazer isso?
O fa to é q ue o se u c ará ter, o se u p e nsa me nto e as suas cre nç as sã o os
fa tores q ue d e termina m o se u gra u d e suc esso.
Stuart Wild e, um d os me us escritores fa voritos, a prese nta a q uestã o d a
se g uinte ma neira: "A c ha ve d o suc esso é d esp ertar a pró pria e nergia, p ois isso
a trairá as p esso as a té vo c ê. E, q ua nd o elas a p are c ere m, fa ture!"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os se us re ndime ntos cresc e m na mesm a me did a e m q ue vo c ê cresc e! Por
q ue o se u mo d elo d e dinheiro é im p orta nte?
Vo c ê já o uviu falar d e p esso as q ue "d esa bro c ha m" fina nc eira me nte? Já
noto u q ue alg uns indivíd uos g a nha m rios d e dinheiro e d e p ois p erd e m tud o, o u
c o me ç a m a pro veita nd o um a exc ele nte o p ortunid a d e e, e m se g uid a, d eixa m o
b olo d esa nd ar? A g ora vo c ê sa b e q ual é a verd a d eira c a usa d esse pro ble ma. Por
fora, p are c e m á sorte, um a oscila ç ã o na e c o no mia, um só cio d eso nesto, seja lá o
q ue for. Por d e ntro, p oré m, a q uestã o é o utra. É p or esse motivo q ue, se um a
p esso a g a nha muito dinheiro se m estar interiorme nte pre p ara d a p ara isso, o mais
pro vá vel é q ue a sua riq ueza te nha vid a c urta e ela a c a b e se m na d a.
À m aioria d as p esso as simplesme nte nã o te m c a p a cid a d e interna p ara
c o nq uistar e c o nservar gra nd es q ua ntid a d es d e dinheiro e p ara e nfre ntar os
cresc e ntes d esa fios q ue a fortuna e o suc esso traze m. É so bretud o p or c a usa disso
q ue elas nã o e nriq ue c e m.
13
Um b o m exe m plo sã o os q ue g a nha m e m loterias. As p esq uisas mostra m
c o ntinua me nte q ue, seja q ual for o ta ma nho d o prê mio, a m aior p arte d esses
felizard os a c a b a volta nd o a o se u esta d o fina nc eiro original, isto é, a ter a
q ua ntid a d e d e dinheiro c o m a q ual c o nse g ue m lid ar c o m mais fa cilid a d e.
No c aso d e q ue m e nriq ue c e p elo pró prio esforç o o c orre exa ta me nte o
c o ntrário. Re p are q ue, q ua nd o um milio nário d esse tip o p erd e a fortuna,
g eralme nte ele a refaz e m p o uc o te m p o. Nesse asp e c to, Do nald Trum p é um
ótimo exe m plo. Ele tinha bilhões d e d ólares e p erd e u c a d a c e nta vo. Dois a nos
d e p ois, re c up ero u tud o e a té c o nse g uiu mais.
C o mo se explic a esse fe nô me no? É simples. Pesso as assim p o d e m p erd er
to d o o dinheiro q ue p ossue m, m as ja mais p erd e m o ingre die nte m ais imp orta nte
d o se u suc esso: a me nte milio nária. No c aso d e Trum p, a sua me nte bilio nária, é
claro. Vo c ê já p erc e b e u q ue ele nunc a p o d eria ser a p e nas um milio nário? C o mo
vo c ê a c ha q ue ele se se ntiria a resp eito d o se u suc esso fina nc eiro se o se u
p a trimô nio líq uid o fosse d e US$ 1 milhã o? Pro va velme nte, arruina d o, um c o mpleto
fra c asso fina nc eiro.
Isso a c o nte c e p orq ue o "termosta to" fina nc eiro d esse e mpresário está
re g ula d o p ara pro d uzir bilhões, e nã o milhões. Alg umas p esso as tê m um
termosta to fina nc eiro pro gra ma d o p ara g erar milhares, e nã o milhões; o utras tê m
um termosta to ajusta d o p ara criar alg um as c e nte nas. Finalme nte, existe m
a q uelas c ujo termosta to fina nc eiro está c o ndicio na d o a funcio nar a b aixo d e zero
- elas estã o c o ng ela nd o e ne m sa b e m p or q ue.
A re alid a d e é q ue a m aior p arte d as p esso as nã o a ting e o se u ple no
p ote ncial, nã o é b e m-suc e did a. As p esq uisas mostra m q ue 80% d os indivíd uos
ja m ais serã o fina nc eira me nte livres c o mo g ostaria m e 80% d eles nunc a se
c o nsid erarã o d e fa to felizes.
O motivo é simples. As p esso as, na sua m aioria, a g e m d e forma
inc o nscie nte. Quase d orme m no p o nto - tra b alha m e p e nsa m num pla no
sup erficial d a vid a, b ase a d as so me nte no q ue vêe m. Elas vive m estrita me nte no
mund o visível. As raízes g era m os frutos.
Im a gine um a árvore. Sup o nha q ue seja a árvore d a vid a. Nela há frutos. Na
vid a, os nossos frutos sã o os nossos resulta d os. Nós olha mos p ara eles e nã o
g osta mos d o q ue ve mos - a c ha mos q ue os frutos q ue pro d uzimos sã o p o uc os,
muito p e q ue nos o u q ue o se u sa b or d eixa a d esejar.
O q ue te nd e mos a fazer, e ntã o? A m aioria d e nós d e dic a aind a m ais
a te nç ã o a os resulta d os. Mas d e o nd e eles vê m? Sã o as se me ntes e as raízes q ue
os g era m.
É o q ue está e m b aixo d a terra q ue cria o q ue está e m cim a d ela. É o
invisível q ue pro d uz o visível. E o q ue sig nific a isso? Isso q uer dizer q ue, se vo c ê
q uer mud ar os frutos, primeiro te m q ue tro c ar as raízes - q ua nd o d eseja alterar o
q ue está visível, a ntes d e ve mo dific ar o q ue está invisível.

14
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se vo c ê q uer mud ar os frutos, primeiro te m q ue tro c ar as raízes - q ua nd o
d eseja alterar o q ue está visível, a ntes d e ve mo dific ar o q ue está invisível.
Alg umas p esso as dize m q ue é ne c essário ver p ara crer. A p erg unta q ue
te nho p ara elas é: "Por q ue vo c ê p a g a a c o nta d e luz?" Mesmo nã o ve nd o a
eletricid a d e, vo c ê c o m c erteza p erc e b e e utiliza o p o d er q ue ela te m. Se nã o
estiver m uito c erto a c erc a d a sua existê ncia, exp erime nte c olo c ar o d e d o na
to m a d a. Gara nto q ue a sua d úvid a d esa p are c erá ime dia ta me nte.
A pre ndi c o m a exp eriê ncia q ue as c oisas q ue nã o ve mos sã o muito m ais
p o d erosas d o q ue as q ue ve mos. Talvez vo c ê nã o c o nc ord e c o m essa a firm a ç ã o,
mas te nho c erteza d e q ue vo c ê sofrerá se nã o a plic ar esse princípio na sua vid a.
Por q uê? Porq ue estará ind o c o ntra as leis d a na tureza q ue dize m q ue o q ue está
e mb aixo d o solo g era o q ue está e m cim a d ele, o q ue é invisível cria o q ue é
visível.
C o mo seres huma nos, nã o esta mos a cim a d a na tureza, so mos p arte d ela.
Porta nto, q ua nd o resp eita mos as suas leis e c uid a mos d as nossas raízes - d o nosso
mund o interior -, a vid a flui sua ve me nte. Se nã o faze mos isso, viver se torna difícil.
Em to d a floresta, faze nd a, p o m ar, é o q ue está e mb aixo d a terra q ue g era
o q ue está na sup erfície. Porta nto, é inútil c o nc e ntrarmos a a te nç ã o nos frutos
q ue já estã o ma d uros. Nã o te mos c o mo mud ar a q ueles q ue já estã o p e nd e nd o
d os g alhos, m as p o d e mos mo dific ar os q ue aind a vã o nasc er. Para isso,
pre cisa mos c a var a terra e reforç ar as nossas raízes.

Os quatro quadrantes

Um a d as c oisas m ais imp orta ntes q ue vo c ê d e ve e nte nd er é q ue nã o


vive mos num únic o pla no d a existê ncia. A nossa vid a a c o nte c e e m p elo me nos
q ua tro re mos distintos. Esses q ua tro q ua dra ntes sã o o mund o físic o, o mund o
me ntal, o mund o e mo cio nal e o mund o espiritual.
O q ue a maioria d as p esso as nunc a p erc e b e é q ue o reino físic o é a p e nas
um a "im pressã o" d os o utros três.
Sup o nha q ue vo c ê te nha a c a b a d o d e escre ver um a c arta no
c o mp uta d or. Vo c ê a p erta a te cla "im primir" e a c arta a p are c e na im pressora. Em
se g uid a, vo c ê exa mina a p á gina e e nc o ntra um erro d e digita ç ã o. Vo c ê a p a g a
o erro, re digita a p ala vra c orre ta me nte. d e p ois m a nd a im primir o utra vez e... lá
está o mesmo erro.
M as c o mo p o d e ser? Afinal, vo c ê a c a b o u d e c orrigi-lo. Entã o, vo c ê a p a g a
um a áre a m aior. Até c o nsulta as 300 p á ginas d o m a nual c ha m a d o C orrigind o
erros d e digita ç ã o c o m efic á cia. Pro nto, a g ora vo c ê te m to d as as "ferra me ntas" e
o c o nhe cime nto d e q ue pre cisa va. A cio na o c o m a nd o "im primir" e lá está o erro
d e no vo! "A h!, essa nã o!", vo c ê grita, p erplexo. "Nã o é p ossível! O q ue está
a c o nte c e nd o? Será q ue e ntrei na q uinta dime nsã o?"
O q ue está a c o nte c e nd o é q ue o pro ble m a nã o p o d e ser c orrigid o na
"im pressã o", no mund o físic o, m as a p e nas no "pro gra m a", nos mund os me ntal,
e mo cio nal e espiritual.
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Dinheiro é resulta d o, riq ueza é resulta d o, sa úd e é resulta d o, d oe nç a é
resulta d o, o se u p eso é resulta d o. Vive mos num mund o d e c a usa e efeito.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Dinheiro é resulta d o, riq ueza é resulta d o, sa úd e é resulta d o, d oe nç a é
resulta d o, o se u p eso é resulta d o. Vive mos num mund o d e c a usa e efeito.
Vo c ê já o uviu alg ué m dizer q ue a falta d e dinheiro é um e norme
pro ble m a? Na verd a d e, ela nunc a é um pro ble m a, e sim um sinto m a d o q ue está
a c o nte c e nd o e mb aixo d a terra.
A falta d e dinheiro é o efeito. Mas o nd e está a c a usa? Ela se resume a o
se g uinte: a únic a m a neira d e mud ar o se u mund o "exterior" é mo dific ar o se u
mund o "interior".
Q uaisq uer q ue seja m os se us resulta d os - a b und a ntes o u esc assos, b o ns o u
ma us, p ositivos o u ne g a tivos -, le m bre-se se m pre d e q ue o se u mund o exterior é
a p e nas um reflexo d o se u mund o interior. Se as c oisas nã o vã o b e m na sua vid a
exterior, é p orq ue nã o estã o ind o b e m na sua vid a interior. É sim ples assim.
Declarações:
Um p o d eroso se gre d o p ara a mud a nç a
Nos se minários, uso té c nic as d e "a pre ndiza d o a c elera d o". C o m elas, as
p esso as a pre nd e m m ais d e pressa e me moriza m um a q ua ntid a d e m aior d e
e nsina me ntos. A c ha ve é o e nvolvime nto. A a b ord a g e m q ue e mpre g o se g ue o
velho dita d o: "Vo c ê se esq ue c e d a q uilo q ue esc uta; vo c ê se le mbra d a q uilo q ue
vê; vo c ê e nte nd e a q uilo q ue faz".
Por isso, vo u lhe p e dir q ue, to d a vez q ue vo c ê terminar a leitura d e um
princípio d e riq ueza, fa ç a uma d e clara ç ã o verb al. Em se g uid a, e mita o utra
"d e clara ç ã o". O q ue é uma d e clara ç ã o? Um a simples afirm a ç ã o p ositiva
pro nuncia d a e nfa tic a me nte e m voz alta.
Por q ue as d e clara ç õ es sã o uma ferra me nta tã o valiosa? Porq ue tud o o
q ue existe é feito d e um a únic a c oisa: e nergia. A e nergia se mpre viaja e m
fre q üê ncias e vibra ç ões. Assim, to d a d e clara ç ã o te m um a fre q üê ncia vibra tória.
Qua nd o vo c ê faz um a d e clara ç ã o e m voz alta, a e nergia q ue ela lib era vibra p or
to d as as c élulas d o se u c orp o. Ela e nvia me nsa g e ns esp e cífic as nã o a p e nas p ara
o universo c o mo ta mb é m p ara o se u sub c o nscie nte.
A difere nç a e ntre uma d e clara ç ã o e um a afirm a ç ã o é p e q ue na, m as, a té
o nd e sei, p o d erosa. A a firm a ç ã o é d efinid a c o mo "um e nuncia d o p ositivo
se g und o o q ual um o bjetivo q ue vo c ê prete nd e alc a nç ar já está se
c o ncretiza nd o". Um a d e clara ç ã o é d efinid a c o mo "o a núncio form al d a inte nç ã o
d e e m pree nd er um d a d o c urso d e a ç ã o o u d e a d otar uma p osiç ã o esp e cífic a".
A afirma ç ã o diz q ue d etermina d o o bje tivo já está se nd o alc a nç a d o. Nã o a
vejo c o m b o ns olhos p orq ue, q uase se mpre, q ua nd o a firm a mos alg uma c oisa
q ue aind a nã o é re al, uma voz d e ntro d a nossa c a b e ç a c ostuma resp o nd er: "Isso
nã o é verd a d e, é lorota".

16
Por o utro la d o, d e clarar nã o é dizer q ue alg o já é re al, e sim q ue te mos a
inte nç ã o d e fazer o u d e ser alg uma c oisa. É um a p osiç ã o q ue a voz c o nse g ue
a c eitar, p orq ue nã o esta mos a firm a nd o q ue é verd a d e a g ora, m as um pro p ósito
p ara o futuro.
Um a d e clara ç ã o é ta mb é m, p or d efiniç ã o, form al. É a e missã o formal d e
um a e nergia q ue p e netra no universo e p erc orre o nosso c orp o.
Outra p ala vra im p orta nte d a d efiniç ã o d e d e clara ç ã o é a ç ã o. De ve mos
exe c utar to d as as a ç ões ne c essárias p ara q ue as nossas inte nç õ es se torne m
re alid a d e. Re c o me nd o q ue vo c ê fa ç a as d e clara ç ões e m voz alta to d o dia d e
ma nhã e à noite.
De vo a d mitir q ue, q ua nd o o uvi tud o isso p ela primeira vez, e u disse: "Se m
essa. Esse ne g ó cio d e d e clara ç ã o é muito artificial". Mas, c o mo na é p o c a e u
esta va q ue bra d o, p e nsei: "Mas q ue dia b os, isso nã o vai d oer!", e fui e m fre nte.
C o mo a g ora esto u ric o, nã o surpree nd e q ue e u a cre dite q ue as d e clara ç ões
funcio na m d e verd a d e.
De q ualq uer form a, prefiro ser a bsoluta me nte cré d ulo e ric o d o q ue
a bsoluta me nte incré d ulo e d uro. E vo c ê? Eu o c o nvid o a dizer:
DECLARAÇÃO
O me u mund o interior cria o me u mund o exterior.
A g ora dig a: Eu te nho uma me nte milio nária! Qual é e c o mo se formo u o se u
mo d elo d e dinheiro?
Nos pro gra m as d e rá dio e d e tele visã o d e q ue p articip o nos Esta d os Unid os
so u c o nhe cid o p or fazer a se g uinte a firm a ç ã o: "Em cinc o minutos p osso pre ver o
futuro fina nc eiro q ue vo c ê terá p elo resto d a sua vid a".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Em cinc o minutos p osso pre ver o futuro fina nc eiro q ue vo c ê terá p elo resto
d a sua vid a.
C o mo? Num a rá pid a c o nversa c o m um a p esso a, c o nsig o id e ntific ar a q uilo
q ue c ha mo d e se u "mo d elo" d e dinheiro e d e suc esso. To d os nós te mos um pla no
d e dinheiro e d e suc esso inscrito no sub c o nscie nte. Ë esse mo d elo, m ais d o q ue
to d as as o utras c oisas c o mbina d as, o q ue d e termina o nosso futuro fina nc eiro.
E o q ue é o mo d elo d e dinheiro? Vo u fazer um a a nalo gia c o m o projeto d e
um a c asa, q ue é o pla no, o u o d ese nho preesta b ele cid o, p ara a q uela
c o nstruç ã o. A nalo g a me nte, o mo d elo d e dinheiro d e uma p esso a é a sua
pro gra m a ç ã o, o u o se u mo d o d e ser preesta b ele cid o, c o m rela ç ã o às fina nç as.
Q uero a prese ntar vo c ê a um a fórm ula extre ma me nte im p orta nte, q ue
d etermina c o mo cria mos a nossa re alid a d e e a nossa riq ueza. Muitos d os mais
resp eita d os professores d a áre a d e p ote ncial huma no usa m-na c o mo b ase d os
se us e nsina me ntos. Ela se c ha m a Pro c esso d e Ma nifesta ç ã o e te m a se g uinte
se q üê ncia:

17
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Pe nsa me ntos c o nd uze m a se ntime ntos.
Se ntime ntos c o nd uze m a a ç ões.
A ç õ es c o nd uze m a resulta d os.
O mo d elo fina nc eiro d e um a p esso a c o nsiste numa c o m bina ç ã o d os se us
p e nsa me ntos, d os se us se ntime ntos e d as suas a ç õ es e m q uestõ es d e dinheiro.
C o mo se form a, e ntã o, o mo d elo d e dinheiro? A resp osta é simples. Ele se
c o nstitui fund a me ntalme nte d a inform a ç ã o o u pro gra ma ç ã o q ue a p esso a
re c e b e u no p assa d o, so bretud o q ua nd o era cria nç a.
Q uais fora m as fo ntes primárias d essa pro gra ma ç ã o o u c o ndicio na me nto?
Para a maioria d e nós, a lista inclui p ais, irm ã os, a mig os, fig uras d e a utorid a d e,
professores, líd eres religiosos mídia e c ultura p ara me ncio nar alg uns ele me ntos.
Veja mos a c ultura. Sa b e mos q ue alg um as so cie d a d es tê m form as pró prias
d e p e nsar so bre o dinheiro e d e lid ar c o m ele, e nq ua nto o utras faze m isso d e um
mo d o difere nte. Vo c ê a cre dita q ue a cria nç a já sai d o ve ntre d a m ã e c o m as
a titud es form a d as e m rela ç ã o a o dinheiro o u q ue ela é e nsina d a a lid ar c o m ele?
A c erto u: to d a cria nç a é e nsina d a a p e nsar e a gir no q ue diz resp eito às fina nç as.
O mesmo vale p ara vo c ê, p ara mim e p ara to d as as p esso as. Fo mos
e nsina d os a p e nsar e a gir d e d etermina d a m a neira no q ue se refere a o dinheiro.
Esses e nsina me ntos se tra nsform ara m no c o ndicio na me nto, q ue sã o to d as as
resp ostas a uto má tic as q ue nos c o nd uze m a o lo ng o d a vid a. A me nos, é claro,
q ue seja mos c a p azes d e intervir e re ver os arq uivos d e dinheiro q ue te mos na
c a b e ç a. É exa ta me nte isso o q ue vo c ê fará a o lo ng o d a leitura d este livro e o
q ue ve nho e nsina nd o a milhares d e p esso as nos me us se minários.
Eu disse q ue p e nsa me ntos c o nd uze m a se ntime ntos, se ntime ntos c o nd uze m
a a ç ões e a ç õ es c o nd uze m a resulta d os. Nesse p o nto surg e uma p erg unta
interessa nte: d e o nd e vê m os se us p e nsa me ntos? Por q ue vo c ê p e nsa d e mo d o
difere nte d as o utras p esso as?
Os se us p e nsa me ntos tê m orig e m nos arq uivos d e inform a ç ã o q ue vo c ê
g uard a nos c o m p artime ntos d e armaze na g e m d a sua me nte. Mas d e o nd e p arte
essa inform a ç ã o? Da sua pro gra ma ç ã o p assa d a. É verd a d e, o se u
c o ndicio na me nto d etermina to d os os p e nsa me ntos q ue surg e m na sua me nte. É
p or isso q ue ele c ostum a ser c ha m a d o d e me nte c o ndicio na d a.
Para incluir esse e nte ndime nto, o Pro c esso d e Ma nifesta ç ã o p o d e a g ora ser
ajusta d o d a se g uinte m a neira:
P>P>S> A =R
A sua pro gra ma ç ã o c o nd uz a os se us p e nsa me ntos; os se us p e nsa me ntos
c o nd uze m a os se us se ntime ntos; os se us se ntime ntos c o nd uze m às suas a ç ões; as
suas a ç õ es c o nd uze m a os se us resulta d os.
Mud a nd o a pro gra ma ç ã o, vo c ê d á o primeiro e indisp e nsá vel p asso p ara
mo dific ar os se us resulta d os.

18
E c o mo o c orre o c o ndicio na me nto? Ele se esta b ele c e d e três m a neiras
princip ais e m to d os os c a mp os d a vid a, inclusive no d o dinheiro:
Pro gra ma ç ã o verb al: o q ue vo c ê o uvia q ua nd o era cria nç a? Exe m plo: o
q ue vo c ê via q ua nd o era cria nç a?
Episó dios esp e cífic os: q ue exp eriê ncias vo c ê te ve q ua nd o era cria nç a?
C o mo é muito imp orta nte q ue vo c ê e nte nd a os três asp e c tos d o
c o ndicio na me nto, vo u a nalisar c a d a um d eles m ais a fund o. Na p arte 2, vo c ê
a pre nd erá a se re c o ndicio nar p ara o b ter riq ueza e suc esso. A primeira influê ncia:
pro gra m a ç ã o verb al.
Na sua infâ ncia, q ue frases vo c ê o uvia a resp eito d e dinheiro, riq ueza e
p esso as ric as?
Pro va velme nte alg o c o mo: o dinheiro é a fo nte d e to d o mal, p o up e p ara
os dias ruins, os ric os sã o g a na nciosos, os ric os sã o criminosos, os ric os sã o
d eso nestos, vo c ê te m q ue d ar d uro p ara g a nhar dinheiro, nã o se p o d e ser ric o e
espiritualiza d o a o mesmo te m p o, dinheiro nã o nasc e e m árvore, o dinheiro fala
mais alto, os ric os fic a m c a d a vez mais ric os e os p o bres c a d a vez m ais p o bres,
isso nã o é p ara o nosso bic o, ne m to d o mund o p o d e ser ric o, nunc a se te m o
b asta nte e a infa me frase nã o te mos dinheiro p ara isso.
Na minha c asa, to d a vez q ue e u p e dia dinheiro a o me u p ai, ele resp o ndia
a os bra d os:
- Vo c ê a c ha q ue e u so u feito d e q uê? De dinheiros?
Rind o, e u dizia:
- A té q ue seria b o m. Eu p e g aria um bra ç o, um a p erna e a té mesmo um
d e d o se u.
Ele nunc a riu.
Esse é o pro ble m a. To d as as frases q ue vo c ê o uviu so bre dinheiro q ua nd o
era cria nç a p erm a ne c e m no se u sub c o nscie nte c o mo p arte d o mo d elo q ue
g o verna a sua vid a fina nc eira.
O c o ndicio na me nto verb al é extre ma me nte p o d eroso. Por exe m plo, um
dia me u filho lesse, q ue na é p o c a tinha três a nos d e id a d e, veio c orre nd o a té
mim to d o a nim a d o e disse: "Pa p ai, va mos ver o filme d a tartarug a-ninja. Está
p assa nd o a q ui p erto". Juro q ue nã o fazia a me nor id éia d e c o mo a q uele ping o
d e g e nte já p o dia ser um cra q ue e m g eo grafia. Duas horas d e p ois, o b tive a
resp osta a o assistir a o a núncio d o filme na tele visã o. A c ha ma d a final dizia: "Em
c artaz num cine m a p erto d e vo c ê".
Tive o utro exe mplo d a forç a d o c o ndicio na me nto verb al p or meio d e um
d os p articip a ntes d o Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária. Ste p he n nã o tinha
ne nhum pro ble ma e m g a nhar dinheiro - a sua dific uld a d e era c o nservá-lo.
Na é p o c a e m q ue se inscre ve u no pro gra m a, ele e mb olsa va mais d e US$
800 mil p or a no, o mesmo resulta d o d os no ve a nos a nteriores. A p esar disso, aind a
p assa va sufo c o. Ste p he n d a va se m pre um jeito d e g astar o dinheiro, e mprestá-lo

19
o u p erd ê-lo e m ma us investime ntos. Fosse q ual fosse a razã o, o se u p a trimô nio
líq uid o aind a era ig ual a zero.
Ele me c o nto u q ue, q ua nd o era g aro to, a sua m ã e c ostuma va dizer: "Os
ric os sã o g a na nciosos. Eles lucra m c o m o suor d os p o bres. A g e nte d e ve ter o
suficie nte p ara viver. Mais d o q ue isso é c o biç a".
Ning ué m pre cisa ser um Einstein p ara p erc e b er o q ue se p assa va no
sub c o nscie nte d e Ste p he n. Nã o era d e a d mirar q ue ele estivesse q ue bra d o, p ois
fora verb alme nte c o ndicio na d o p ela mã e a a cre ditar q ue os ric os sã o
g a na nciosos. Co nse q üe nte me nte, a sua me nte lig a va as p esso as ric as à
a mbiç ã o d esme did a, q ue é, e vid e nte me nte, má. C o mo ele nã o q ueria ser m a u,
o se u sub c o nscie nte lhe dizia q ue nã o p o dia ser ric o.
Ste p he n a ma va a mã e e nã o q ueria q ue ela o d esa pro vasse. É ó b vio q ue,
p elo siste m a d e cre nç as d ela, ele nã o teria a sua a pro va ç ã o se fic asse ric o.
Assim, a únic a c oisa q ue p o dia fazer era livrar-se d e to d o o dinheiro q ue
exc e d esse o estrita me nte ne c essário p ara o se u suste nto - d e o utra forma estaria
se nd o g a na ncioso.
Vo c ê d e ve estar p e nsa nd o q ue, e ntre p ossuir riq ueza e ter a a pro va ç ã o d a
mã e o u d e q ue m q uer q ue seja, a maioria d as p esso as esc olheria ser ric a. Ne m
p e nsar. A me nte huma na nã o funcio na assim. É claro q ue o dinheiro p are c e ser a
esc olha ló gic a. Mas, q ua nd o o sub c o nscie nte te m q ue o p tar e ntre a ló gic a e as
e mo ç ões profund a me nte e nraiza d as, as e mo ç õ es q uase se m pre ve nc e m.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Q ua nd o o sub c o nscie nte te m q ue o p tar e ntre a ló gic a e as e mo ç ões
profund a me nte e nraiza d as, as e mo ç ões q uase se m pre ve nc e m.
Re torna nd o à história d e Ste p he n. Em me nos d e 10 minutos d e c urso,
usa nd o té c nic as exp erie nciais extre ma me nte efic azes, ele c o nse g uiu mud ar o se u
mo d elo d e dinheiro d e mo d o esp e ta c ular. Em a p e nas d ois a nos, p asso u d e falid o
a milio nário.
No se mináriO, Ste p he n c o me ç o u a c o mpree nd er q ue essas cre nç as
ne g a tivas era m d a sua m ã e e nã o suas, e se b ase a va m na pro gra ma ç ã o q ue ela
re c e b era no p assa d o. Dei e ntã o um p asso à fre nte ajud a nd o-o a criar uma
estra té gia p ara nã o p erd er a a pro va ç ã o d ela, c aso fic asse ric o. Foi muito sim ples.
A m ã e d e Ste p he n se mpre a d oro u praia. Ele investiu, e ntã o, num a c asa no
Ha vaí, d e fre nte p ara o m ar. Ela vai p ara lá to d o a no p assar o verã o e se se nte no
c é u, e ele ta m b é m. A g ora essa se nhora c o nsid era fa ntástic o o fa to d e o filho ser
alg ué m b e m-suc e did o fina nc eira me nte e nã o e c o no miza elo gios à sua
g e nerosid a d e.
Eu mesmo, d e p ois d e um início le nto, ia b e m nos ne g ó cios, mas nunc a
c he g a va a g a nhar dinheiro c o m a ç õ es. Ao to m ar c o nsciê ncia d o mo d elo d e
dinheiro q ue p ossuía, le mbrei-me d e q ue, q ua nd o e u era g aro to, to d os os dias
d e p ois d o tra b alho o me u p ai se se nta va à mesa d e ja ntar c o m o jornal,
exa mina va as p á ginas d o merc a d o d e c a pitais e b a tia c o m o p unho na mesa,
re cla ma nd o: "Malditas a ç õ es!" De p ois, ele p assa va a meia hora se g uinte
a ta c a nd o a estupid ez d o
20
siste m a e mostra nd o c o mo as p esso as p o d e m ter mais c ha nc es d e g a nhar
dinheiro c o m jo g os d e loteria.
A g ora q ue vo c ê já e nte nd e o p o d er d o c o ndicio na me nto verb al,
c o nse g ue p erc e b er p or q ue e u nã o era c a p az d e g a nhar dinheiro c o m a ç ões. Eu
esta va literalme nte pro gra m a d o p ara fra c assar, p ara esc olher a a ç ã o erra d a,
p elo pre ç o erra d o, na hora erra d a. Por q uê? Para valid ar sub c o nscie nte me nte o
mo d elo d e dinheiro q ue bra d a va: "Malditas a ç õ es!"
Tud o o q ue sei dizer é q ue, d e p ois q ue arra nq uei essa erva d a ninha
tre me nd a me nte tóxic a d o me u "jardim fina nc eiro" interno, c o me c ei a c olher os
frutos. A p artir d o me u re c o ndicio na me nto, p assei a esc olher a ç ões q ue se
valoriza va m e, d esd e e ntã o, c o ntinuei a ter um a d mirá vel suc esso no merc a d o
d e c a pitais. Pare c e incrível, m as, d e p ois q ue a p esso a d e fa to c o m pree nd e
c o mo o mo d elo d e dinheiro funcio na, isso faz to d o o se ntid o.
Re p etind o: o c o ndicio na me nto d o se u sub c o nscie nte d etermina o se u
p e nsa me nto. O se u p e nsa me nto d etermina as suas d e cisõ es e estas d etermina m
as suas a ç ões, q ue, finalme nte, d etermina m os se us resulta d os.
Sã o q ua tro os ele me ntos-c ha ve d a mud a nç a, to d os esse nciais p ara a
re pro gra m a ç ã o d o se u mo d elo d e dinheiro. Eles sã o sim ples, p oré m muito
p o d erosos.
O primeiro ele me nto d a mud a nç a é a c o nscie ntiza ç ã o. Vo c ê nã o p o d e
mo dific ar um a C oisa c uja existê ncia ig nora.
O se g und o ele me nto d a mud a nç a é o e nte ndime nto. Co mpree nd e nd o a
orig e m d o se u mo d o d e p e nsar, vo c ê será c a p az d e re c o nhe c er q ue ele te m q ue
vir d e fora.
O terc eiro ele me nto d a mud a nç a é a disso cia ç ã o. Ao c o nsta tar q ue esse
mo d o d e p e nsar nã o é se u, vo c ê te m a o p ç ã o d e m a ntê-lo o u larg á-lo, b ase a d o
e m q ue m vo c ê é hoje e o nd e q uer estar a m a nhã. Po d e o bservar essa ma neira
d e p e nsar e vê-la c o mo ela é - a p e nas um arq uivo d e inform a ç ã o arm aze na d o
na sua me nte há muito te m p o q ue talvez nã o te nha m ais um ping o d e verd a d e
ne m d e valor p ara vo c ê.
O q uarto ele me nto é o re c o ndicio na me nto. Iniciarei esse pro c esso na p arte
2, e m q ue a prese nto os arq uivos me ntais q ue cria m a riq ueza.
A g ora, vo u retornar à q uestã o d o c o ndicio na me nto verb al e exp or os
p assos q ue vo c ê p o d e d ar d esd e já p ara c o me ç ar a re ver o se u mo d elo d e
dinheiro.
Passos p ara a mud a nç a: pro gra ma ç ã o verb al
C ONSCIENTIZAÇÃ O - Escre va as frases q ue vo c ê o uvia so bre dinheiro,
riq ueza e p esso as ric as q ua nd o era cria nç a.
ENTENDIMENTO - Escre va so bre c o mo essas frases vê m afeta nd o a sua vid a
fina nc eira a té hoje.
DISSOCIAÇÃ O - Vo c ê p erc e b e q ue esses p e nsa me ntos re prese nta m
a p e nas o se u a pre ndiza d o p assa d o, q ue eles nã o sã o p arte d a sua a na to mia,

21
nã o sã o q ue m vo c ê é? C o nse g ue ver q ue o prese nte lhe d á a o p ç ã o d e ser
difere nte?
DECLARAÇÃO
As c oisas q ue e u o uvia so bre dinheiro nã o sã o ne c essaria me nte
verd a d eiras. Op to p or a d o tar no vas form as d e p e nsar q ue c o ntrib ua m p ara a
minha felicid a d e e o me u suc esso.
A g ora dig a:
Eu te nho um a me nte milio nária!
A se g und a influê ncia: exe mplos
A se g und a m a neira c o mo so mos c o ndicio na d os é c ha ma d a d e exe m plo.
C o mo se c o m p orta va m os se us p ais o u resp o nsá veis e m q uestões d e dinheiro
q ua nd o vo c ê era cria nç a? Eles c uid a va m b e m o u mal d as fina nç as? Era m
g asta d ores o u e c o nô mic os? Era m investid ores p erspic azes o u nunc a investia m?
Era m pro p e nsos a arrisc ar o u c o nserva d ores? Vo c ês tinha m dinheiro se mpre o u só
esp ora dic a me nte? O dinheiro a fluía c o m fa cilid a d e à sua fa mília o u era sua d o?
Era fo nte d e felicid a d e o u motivo d e ásp eras disc ussões?
Por q ue essa informa ç ã o é im p orta nte? Vo c ê já d e ve ter o uvid o a frase:
"Ma c a c o vê, m a c a c o faz". Ora, nós, seres huma nos, nã o fic a mos muito a trás.
Qua nd o cria nç as, a pre nd e mos q uase tud o a p artir d os exe m plos q ue nos d ã o.
Em b ora a m aioria d e nós o d eie a d mitir o q ue vo u dizer, ha um a b o a d ose
d e verd a d e no velho dita d o: "A fruta nã o c ai lo ng e d a árvore".
Isso me le m bra a história d a mulher q ue esta va pre p ara nd o o p ernil p ara o
ja ntar c orta nd o as d uas p o ntas d essa p e ç a d e c arne. Se m e nte nd er, o marid o
lhe p erg unto u p or q ue ela fazia isso. Ela resp o nd e u: "Era assim q ue a minha m ã e
fazia". Justa me nte na q uela noite a sua m ã e foi ja ntar c o m eles. Os d ois
a pro veitara m p ara lhe p erg untar p or q ue ela se mpre c orta va as d uas
extre mid a d es d o p ernil. A m ã e resp o nd e u: "Porq ue era assim q ue a minha mã e
fazia". Entã o eles d e cidira m telefo nar p ara a a vó d ela e sa b er p or q ue ela
c orta va as p o ntas d o p ernil. A resp osta? "Porq ue a minha p a nela era p e q ue na".
A q uestã o é: e m m a téria d e dinheiro, te nd e mos a ser id ê ntic os a os nossos
p ais - a um d eles e m p artic ular o u a um a c o m bina ç ã o d os d ois.
O me u p ai, p or exe mplo, era e m presário d o ra mo d a c o nstruç ã o civil.
C o nstruía d e 12 a 100 c asas p or projeto. C a d a um d esses e m pree ndime ntos
d e m a nd a va um p esa d o investime nto d e c a pital. O me u p ai pre cisa va e m p e nhar
tud o o q ue tínha mos p ara fazer e m préstimos nos b a nc os a té as c asas sere m
ve ndid as e o dinheiro c o me ç ar a e ntrar. Por isso, to d a vez q ue ele d a va início a
um proje to, nós fic á va mos merg ulha d os e m dívid as e se m um tostã o p ara g astar.
C o mo vo c ê p o d e im a ginar, p or essa é p o c a o humor d o me u p ai nã o era
d os melhores ne m a g e nerosid a d e era o se u forte. Para tud o o q ue e u lhe p e dia,
mesmo q ue c ustasse só um c e nta vo, a sua resp osta-p a drã o d e p ois d e "Vo c ê
a c ha q ue e u so u feito d e dinheiro?" era "Está maluc o?". É claro q ue e u nã o

22
c o nse g uia m ais d o q ue a q uele olhar d e "Ne m p e nse e m p e dir o utra vez". Gara nto
q ue vo c ê sa b e exa ta me nte o q ue é isso.
Essa situa ç ã o d ura va um a no o u d ois, a té as c asas sere m ve ndid as. De p ois,
fic á va mos c heios d a gra na. Da noite p ara o dia, o me u p ai se tra nsforma va e m
o utra p esso a. Fic a va feliz, a fá vel e extre m a me nte g e neroso. Até me p erg unta va
se e u pre cisa va d e dinheiro. Eu tinha g a nas d e lhe d e volver a q uele olhar d a
é p o c a d as va c as m a gras, mas, Co mo nã o era b o b o, dizia a p e nas: "Claro, p ai,
o brig a d o". E re vira va os olhos.
A vid a era b o a a té o m aldito dia e m q ue ele c he g a va e m c asa
a nuncia nd o: "Enc o ntrei um ótimo terre no. Va mos c o nstruir no va me nte".
Le mbro-me muito b e m d e q ue e u c ostuma va dizer "Fa ntástic o, p ai, b o a
sorte!", c o m o c ora ç ã o a p erta d o p or sa b er d o p erío d o d e d ureza q ue tería mos
p ela fre nte.
Até o nd e c o nsig o me le mbrar, esse p a drã o já existia q ua nd o e u tinha seis
a nos d e id a d e e d uro u a té os me us 21 a nos, q ua nd o saí d efinitiva me nte d e c asa.
Foi q ua nd o tud o mud o u - p elo me nos era assim q ue e u p e nsa va.
Nessa é p o c a, terminei os estud os e me tornei, c o mo vo c ê há d e im a ginar,
c o nstrutor. De p ois me meti e m vários ne g ó cios rela cio na d os c o m projetos d e
c o nstruç ã o. Por alg um estra nho motivo, a p ós g a nhar p e q ue nas fortunas, e m
p o uc o te m p o e u esta va d e no vo na pind aíb a. Entã o, c o me ç a va o utro ne g ó cio,
se ntia-me no va me nte no to p o d o mund o e, um a no d e p ois, me via mais um a vez
no fund o d o p o ç o.
Fiq uei c erc a d e 10 a nos nesse esq ue m a d e altos e b aixos, a té p erc e b er q ue
o pro ble m a talvez nã o fosse o ra mo d e ne g ó cio e m q ue e u esta va, os só cios q ue
esc olhia, os e m pre g a d os q ue tinha, a situa ç ã o e c o nô mic a d o p aís o u minha
d e cisã o d e d ar um te m p o no tra b alho e relaxar q ua nd o as c oisas ia m b e m.
Finalme nte, re c o nhe ci q ue, talvez, estivesse inc o nscie nte me nte re vive nd o os altos
e b aixos d o me u p ai.
Gra ç as a De us, tive a o p ortunid a d e d e a pre nd er o q ue vo c ê está le nd o
neste livro e c o nse g ui me re c o ndicio nar a a b a nd o nar o mo d elo ioiô e c o nstruir
um a vid a d e prosp erid a d e cresc e nte. Até hoje sinto â nsia d e mud ar q ua nd o as
c oisas vã o b e m (e sa b o tar a mim mesmo no pro c esso), m as a g ora te nho na
me nte o utro arq uivo q ue o bserva esse se ntime nto e diz: "Obrig a d o p ela
inform a ç ã o. Po d e reto mar a c o nc e ntra ç ã o e voltar a o tra b alho".
O exe mplo se g uinte ve m d e um d os p articip a ntes d os se minários. Nunc a
vo u me esq ue c er d e um se nhor q ue, e m lá grim as, se a proximo u d e mim no final
d a a prese nta ç ã o c o m a respira ç ã o ofe g a nte e e nxug a nd o os olhos na ma ng a
d a c a misa. Olhei p ara ele e p erg untei:
- Qual é o pro ble ma, se nhor?
Ele resp o nd e u:
- Te nho 63 a nos d e id a d e. Leio livros e fre q üe nto se minários d esd e q ue eles
fora m inve nta d os. Já esc utei to d o tip o d e p alestra nte e te ntei tud o o q ue eles
sug erira m - a ç ões, imó veis, um a d úzia d e ne g ó cios difere ntes. Voltei à

23
universid a d e e o b tive um MBA. Te nho 10 vezes m ais c o nhe cime nto d o q ue a
mé dia d as p esso as e ja mais alc a nc ei o suc esso fina nc eiro. Em to d os esses a nos,
se m pre c o me c ei muito b e m e a c a b ei d e m ã os vazias e nunc a so ub e p or q uê. Eu
me a c ha va um c o m pleto idiota a té hoje. De p ois d e o uvir o q ue vo c ê falo u e
pro c essar as inform a ç ões, finalme nte as c oisas c o me ç ara m a fazer se ntid o. Nã o
há na d a erra d o c o mig o. Sim plesme nte tra g o o mo d elo d e dinheiro d o me u p ai
gra va d o na me nte, e esse te m sid o o me u c astig o. O me u p ai p erd e u tud o o q ue
p ossuía num ne g ó cio m alsuc e did o. To d o dia ele saia d e c asa p ara pro c urar
tra b alho o u te ntar ve nd er alg um a c oisa e volta va se m na d a. A h, se e u tivesse
a pre ndid o so bre mo d elos e p a drões d e dinheiro há 40 a nos...
Q ua nta p erd a d e te m p o to d o esse a pre ndiza d o e c o nhe cime nto.
E c o me ç o u a c horar c o nvulsiva me nte. Eu lhe disse:
- O se u c o nhe cime nto nã o é d e forma ne nhum a uma p erd a d e te m p o. Ele
a p e nas fic o u la te nte, num c a nto d o se u c ére bro, à esp era d o mo me nto o p ortuno
p ara se m a nifestar. A g ora q ue o se nhor form ulo u um "mo d elo d e suc esso", tud o o
q ue a pre nd e u a o lo ng o d a vid a se tornará útil e fará c o m q ue seja b e m-
suc e did o.
A maioria d e nós só sa b e a verd a d e q ua nd o a esc uta. Ele c o me ç o u a fic ar
ofe g a nte d e no vo, d e p ois foi se mostra nd o m ais alivia d o e p asso u a respirar
profund a me nte. Em se g uid a, um gra nd e sorriso ilumino u o se u rosto. De u-me um
forte a bra ç o e disse:
- O brig a d o, o brig a d o, o brig a d o.
Na última vez q ue tive no tícias d esse se nhor, ele esta va nas alturas:
a c umulara mais riq ueza nos últimos 18 meses d o q ue nos últimos 18 a nos. Para
mim, isso é o m áximo.
Re pito: mesmo q ue vo c ê te nha to d o o c o nhe cime nto e to d a a
q ualific a ç ã o d o mund o, se o se u mo d elo nã o estiver pro gra ma d o p ara o suc esso,
vo c ê estará c o nd e na d o fina nc eira me nte.
Nos se minários, re c e b o muitas p esso as c ujos p ais lutara m na Se g und a
Guerra Mundial o u sofrera m uma gra nd e p erd a fina nc eira. Elas se mpre se
esp a nta m a o p erc e b er c o mo as exp eriê ncias d os p ais influe nciara m as suas
cre nç as e os se us há bitos a resp eito d o dinheiro. Alg um as d elas g asta m feito
lo uc as p orq ue, c o mo dize m: "É muito fá cil p erd er tud o, p or isso o melhor é
d esfrutar o dinheiro e nq ua nto é p ossível". Outras faze m o c a minho inverso:
g uard a m o q ue tê m no c ofre p ara os dias difíc eis.
Um a p ala vra d e sa b e d oria: p o up ar p ara os dias difíc eis p are c e um a b o a
id éia, m as p o d e ta mb é m criar gra nd es pro ble m as. Um d os princípios q ue e nsino
nos c ursos é o p o d er d a inte nç ã o. Se vo c ê está junta nd o dinheiro p ara os dias
difíc eis, o q ue a c a b ará c o nse g uind o? Dias difíc eis! Pare d e fazer isso. Em vez d e
e c o no mizar p ara te mp os ruins, c o nc e ntre-se e m g uard ar p ara os dias felizes o u
p ara os dias e m q ue vo c ê alc a nç ar a sua lib erd a d e fina nc eira. Nesse c aso, p ela
lei d a inte nç ã o, é exa ta me nte isso o q ue o b terá.
Eu disse a nteriorme nte q ue, e m q uestõ es d e dinheiro, a m aioria d as p esso as
te nd e a se id e ntific ar c o m os p ais o u c o m um d eles p elo me nos, m as há ta mb é m
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o o utro la d o d a moe d a. Há q ue m a c a b e se torna nd o exa ta me nte o o p osto
d eles. Por q ue isso a c o nte c e? Será q ue as p ala vras raiva e re b eldia tê m alg o a
ver c o m essa história? Em sum a, tud o d e p e nd e d o q ua nto a p esso a se irrita va
c o m os p ais.
Infelizme nte, q ua nd o so mos cria nç as nã o p o d e mos dizer a eles: "Ma mã e,
p a p ai, se nte m-se a q ui. Quero disc utir uma c oisa c o m vo c ês: nã o g osto d a
ma neira c o mo vo c ês lid a m c o m o se u dinheiro. Por isso, q ua nd o for a d ulto, vo u
a gir d e um mo d o totalme nte difere nte. Esp ero q ue c o mpree nd a m. A g ora vã o
d ormir. Te nha m b o ns so nhos".
Nã o, as c oisas d efinitiva me nte nã o a c o nte c e m assim. Pelo c o ntrário:
q ua nd o os nossos b otões sã o a p erta d os, g eralme nte te nd e mos a fic ar furiosos e a
re a gir c o m um a a titud e d o tip o: "Eu o d eio vo c ês. Ja m ais serei c o mo vo c ês.
Qua nd o e u cresc er, serei ric o, terei tud o o q ue q uero, g oste m vo c ês o u nã o".
De p ois, va mos p ara o q uarto, b a te mos a p orta e c o me ç a mos a so c ar o
tra vesseiro o u o q ue estiver a o alc a nc e d a m ã o p ara extra vasar a frustra ç ã o.
Muitas p esso as nascid as e m fa mílias p o bres se nte m raiva e se re b ela m. Em
g eral, elas vã o à luta e e nriq ue c e m o u tê m, p elo me nos, o im p ulso d e e nriq ue c er.
Mas há um p e q ue no pro ble m a, q ue é na verd a d e um pro ble mã o. Mesmo q ue
fa ç a m fortuna o u se m a te m d e tra b alhar na te nta tiva d e alc a nç ar o suc esso, elas
nã o c ostum a m ser felizes. Por q uê? Porq ue as raízes d a sua riq ueza o u motiva ç ã o
p ara g a nhar dinheiro sã o a raiva e o resse ntime nto. Co nse q üe nte me nte, dinheiro
e raiva torna m-se e ntid a d es asso cia d as na sua me nte: q ua nto mais dinheiro elas
tê m o u luta m p ara ter, m ais e nraive cid as fic a m.
Até o dia e m q ue a sua c o nsciê ncia lhes diz: "Esto u c a nsa d o d e ta nta raiva
e d e ta nto estresse. Tud o o q ue e u q uero é p az e felicid a d e". Nesse p o nto, as
p esso as p erg unta m à mesm a me nte q ue crio u a q uela asso cia ç ã o o q ue fazer a
resp eito d essa situa ç ã o. E a me nte resp o nd e: "Para se livrar d a raiva, será
ne c essário d ar um fim a o se u dinheiro". E é o q ue elas faze m: inc o nscie nte me nte,
livra m-se d ele.
C o me ç a m a g astar lo uc a me nte, a re alizar m a us investime ntos, a p e dir
divórcios d esastrosos d o p o nto d e vista fina nc eiro o u a sa b otar o pró prio suc esso
d e o utra form a. Mas nã o im p orta, p orq ue a g ora elas sã o felizes, c erto? Erra d o. As
c oisas fic a m aind a piores p orq ue a g ora, alé m d e c o ntinuare m a se ntir raiva, elas
estã o ta m b é m na lo na. Dera m fim à c oisa erra d a!
Livrara m-se d o dinheiro, e nã o d a raiva - d o fruto, e nã o d a raiz -, q ua nd o a
verd a d eira q uestã o é, e se mpre foi, a raiva q ue se nte m d os p ais. Enq ua nto esse
se ntime nto p erm a ne c er, elas nunc a estarã o verd a d eira me nte felizes o u e m p az,
nã o imp orta q ua nto dinheiro te nha m o u d eixe m d e ter.
A sua razã o, o u mo tiva ç ã o, p ara e nriq ue c er o u fazer suc esso é crucial. Se
ela p ossui um a raiz ne g a tiva, c o mo o me d o, a raiva o u a ne c essid a d e d e pro var
alg o a si mesmo, o dinheiro nunc a lhe trará felicid a d e.

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PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A sua razã o o u mo tiva ç ã o p ara e nriq ue c er o u fazer suc esso é crucial. Se
ela p ossui um a raiz ne g a tiva, c o mo o me d o, a raiva o u a ne c essid a d e d e pro var
alg o a si mesmo, o dinheiro nunc a lhe trará felicid a d e.
Por q uê? Porq ue ne nhum d esses pro ble mas p o d e ser resolvid o c o m
dinheiro. Veja o c aso d o me d o, p or exe mplo. Nos se minários, c ostumo p erg untar
à pla téia: "Qua ntos d e vo c ês diria m q ue o me d o é a sua princip al motiva ç ã o
p ara o suc esso?" Po uc as p esso as erg ue m o bra ç o. No e nta nto, q ua nd o e u
p erg unto "Qua ntos d e vo c ês diria m q ue a se g ura nç a é um a d as suas princip ais
motiva ç ões p ara o suc esso?", q uase to d os os prese ntes le va nta m a m ã o. Mas
preste a te nç ã o - a se g ura nç a e o me d o sã o a mb os motiva d os p elo mesmo fa tor.
A b usc a p or se g ura nç a te m orig e m na inse g ura nç a, c ujo fund a me nto é o me d o.
Será q ue mais dinheiro dissip a o me d o? Que m d era! A resp osta é:
a bsoluta me nte, nã o. Por q uê? Porq ue o dinheiro nã o é a raiz d o pro ble ma; o
me d o, sim. E o pior é q ue esse se ntime nto, m ais d o q ue um pro ble ma, é um
há bito. Porta nto, g a nhar m ais dinheiro a p e nas mud ará o tip o d e te mor q ue
traze mos d e ntro d e nós. Qua nd o nã o p ossuímos na d a, se ntimos me d o d e nã o
c o nse g uir c he g ar lá o u d e nã o termos o suficie nte. Se a tingimos um p a ta m ar
q ualq uer, o me d o p assa a ser "E se e u p erd er tud o o q ue c o nse g ui?", o u "To d o
mund o vai q uerer o me u dinheiro", o u aind a "Vo u ter q ue p a g ar um a fortuna d e
im p ostos". Em resumo, se nã o formos à raiz d a q uestã o e nos livrarmos d o me d o,
ne nhum a q ua ntid a d e d e dinheiro será c a p az d e nos ajud ar.
É claro q ue a m aioria d as p esso as, se p ud esse m esc olher, preferiria se
preo c up ar c o m a p ossibilid a d e d e p erd er o dinheiro q ue p ossui a nã o ter um
c e nta vo, m as ne nhum a d essas d uas hip ó teses pro picia um mo d o a gra d á vel d e
viver.
Assim c o mo existe m p esso as mo vid as p elo me d o, há q ue m seja motiva d o a
alc a nç ar o suc esso fina nc eiro p ara pro var q ue "é suficie nte me nte c a p az". Vo u
tra tar d e talha d a me nte d esse d esafio na p arte 2. Por e nq ua nto, a p e nas e nte nd a
q ue ne nhum a q ua ntid a d e d e dinheiro ja m ais fará d e vo c ê alg ué m c o mp ete nte.
O dinheiro nã o p o d e tra nsform á-lo e m alg o q ue vo c ê já é. Volto a dizer: assim
c o mo a c o nte c e c o m o me d o, a ne c essid a d e d e pro var a sua c o mp etê ncia o
te mp o to d o a c a b a se torna nd o o se u mo d o d e viver. Ne m p assa p ela sua
c a b e ç a q ue essa ne c essid a d e está g o verna nd o os se us a tos. Vo c ê se c o nsid era
um gra nd e re aliza d or, um b aita líd er, um a p esso a d etermina d a, c ara c terístic as
q ue sã o to d as exc ele ntes. A q uestã o q ue p erma ne c e é: p or q uê? Que mo tor
está na raiz d e tud o isso?
No c aso d os indivíd uos mo vid os p ela ne c essid a d e c o nsta nte d e pro var q ue
sã o c a p azes, ne nhuma q ua ntid a d e d e dinheiro c o nse g ue aliviar a d or d a q uela
ferid a interna q ue faz c o m q ue, p ara eles, to d as as c oisas e to d as as p esso as d a
sua vid a nã o sã o "o suficie nte". Ne m to d o o dinheiro d o mund o, ne m q ualq uer
o utra c oisa d o g ê nero, será o b asta nte p ara q ue m nã o se se nte c a p az.
M ais uma vez: está tud o d e ntro d e vo c ê. Le m bre-se: o se u mund o interior
reflete o se u mund o exterior. Se vo c ê nã o se c o nsid era ple no, a c a b ará
c o nfirm a nd o essa cre nç a e cria nd o a re alid a d e d e q ue nã o te m o suficie nte. Por

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o utro la d o, se vo c ê se se nte um a p esso a ple na, valid ará essa cre nç a g era nd o
a b und â ncia. Por q uê? Porq ue a ple nitud e é a sua raiz e ela se tornará o se u
mo d o na tural d e viver.
Desvinc ula nd o a sua motiva ç ã o p ara g a nhar dinheiro d a raiva, d o me d o e
d a ne c essid a d e d e a uto-afirma ç ã o, vo c ê p o d erá esta b ele c er no vas asso cia ç ões
p ara prosp erar fina nc eira me nte p or meio d o pro p ósito, d a c o ntrib uiç ã o e d a
ale gria. Assim, nunc a terá q ue se livrar d o dinheiro p ara ser feliz.
Ser re b eld e o u ser o o p osto d os se us p ais na áre a fina nc eira ne m se mpre é
um pro ble m a. Ao c o ntrário, se vo c ê é um re b eld e (g eralme nte o c aso d o
se g und o filho) e a sua fa mília te m há bitos ne g a tivos no q ue diz resp eito a o
dinheiro, é muito b o m p e nsar e a gir d e form a o p osta a ela nessa q uestã o. Por
o utro la d o, se os se us p ais sã o b e m-suc e did os e vo c ê está se volta nd o c o ntra
eles, p o d e estar a c a minho d e e nfre ntar sérias dific uld a d es fina nc eiras.
Em q ualq uer d os c asos, o im p orta nte é re c o nhe c er c o mo o se u mo d o d e
ser se rela cio na c o m um d os se us p ais o u c o m a mb os e m m a téria d e dinheiro.
Passos p ara a mud a nç a: exe m plo
C ONSCIENTIZAÇÃ O -Pe nse no mo d o d e ser e nos há bitos d os se us p ais e m
rela ç ã o à riq ueza e a o dinheiro. Liste p or escrito e m q ue asp e c tos vo c ê se
c o nsid era ig ual a c a d a um d eles o u o se u o p osto.
ENTENDIMENTO - Escre va so bre o efeito q ue esse exe mplo ve m c a usa nd o
na sua vid a fina nc eira.
DISSOCIAÇÃ O - Vo c ê c o mpree nd e q ue esse mo d o d e ser é a p e nas o se u
a pre ndiza d o p assa d o, e nã o q ue m vo c ê é? C o nse g ue p erc e b er q ue te m a
o p ç ã o d e ser difere nte a g ora?
DECLARAÇÃO
O exe mplo q ue tive a resp eito d o dinheiro era o mo d o d e a gir d os me us
p ais. A minha m a neira d e fazer as c oisas nessa áre a so u e u q ue esc olho.
A g ora dig a: Eu te nho uma me nte milio nária!
A terc eira influê ncia: e pisó dios esp e cífic os.
A terc eira forma b ásic a d e c o ndicio na me nto sã o os e pisó dios esp e cífic os.
Que exp eriê ncias c o m dinheiro, riq ueza e p esso as vo c ê te ve q ua nd o cria nç a?
Elas sã o extre m a me nte im p orta ntes p orq ue mold ara m as cre nç as - o u melhor, as
ilusões - q ue hoje g o verna m a sua vid a.
Vo u d ar um exe mplo. Josey, uma e nfermeira d e sala d e cirurgia, foi a o
Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária. Os se us re ndime ntos era m exc ele ntes,
mas ela se m pre g asta va tud o. Qua nd o c a va mos um p o uc o m ais fund o, ela falo u
d e um e pisó dio q ue vivera a os 11 a nos d e id a d e. Esta va c o m os p ais e a irm ã
num resta ura nte c hinês. A mã e e o p ai c o me ç ara m m ais um a d as suas brig as p or
c a usa d e dinheiro. De p é, o p ai grita va e esmurra va a mesa c o m o p unho
q ua nd o fic o u vermelho, d e p ois azul, e c aiu no c hã o, vítima d e um a ta q ue
c ardía c o. Jose y era d a e q uip e d e na ta ç ã o d a esc ola e tinha feito o treina me nto

27
d e ressuscita ç ã o c ardio p ulmo nar. Te nto u d e tud o, m as nã o a dia nto u. O p ai
morre u nos se us bra ç os.
Desse dia e m dia nte, a sua me nte p asso u a asso ciar o dinheiro à d or. Nã o
a d mira q ue, q ua nd o a d ulta, Jose y te nha p assa d o a se livrar sub c o nscie nte me nte
d e to d o o dinheiro q ue g a nha va, na te nta tiva d e d ar um fim à d or. Outro d a d o
interessa nte é o fa to d e ela ter se torna d o e nfermeira. Por q uê? Talvez aind a
estivesse te nta nd o salvar o p ai.
No c urso, nós a ajud a mos a id e ntific ar e re visar o se u a ntig o mo d elo d e
dinheiro. Hoje ela está a c a minho d e se tornar fina nc eira me nte ind e p e nd e nte. E
nã o é m ais e nfermeira. Nã o q ue nã o g ostasse d o tra b alho, o pro ble ma é q ue
esta va nessa profissã o p elo mo tivo erra d o. Hoje Jose y tra b alha c o m
pla neja me nto fina nc eiro p erso naliza d o, ajud a nd o as p esso as a e nte nd er c o mo a
pro gra m a ç ã o p assa d a g o verna to d os os asp e c tos d a sua vid a fina nc eira.
O próximo exe mplo d e e pisó dio esp e cífic o é m ais p esso al. Qua nd o a minha
mulher tinha oito a nos d e id a d e, to d a vez q ue ela o uvia a b uzina d o c a minhã o
d e sorve te na sua rua, c orria a té à m ã e p ara p e dir um a moe dinha. E o uvia a
se g uinte resp osta: "Sinto muito, q uerid a, e u nã o te nho. Pe ç a a o se u p ai". Ele
e ntã o lhe d a va um a moe d a e ela ia c o m prar o sorvete, feliz d a vid a.
To d a se ma na essa mesm a história se re p etia. O q ue foi, e ntã o, q ue a minha
mulher a pre nd e u a resp eito d o dinheiro?
Primeiro, q ue sã o os ho me ns q ue tê m dinheiro. E o q ue vo c ê a c ha q ue ela
esp era va d e mim q ua nd o nos c asa mos? Exa ta me nte: q ue e u lhe d esse dinheiro.
Só q ue a g ora ela nã o p e dia m ais moe dinhas! Já era um a mulher forma d a.
Se g und o, ela a pre nd e u q ue mulher nã o te m dinheiro. Se a sua m ã e (a
d e usa) nã o o tinha, o b via me nte era assim q ue as c oisas d e via m ser. Para
c o nfirm ar esse p a drã o, ela se livra va sub c o nscie nte me nte d e to d o o dinheiro q ue
g a nha va. E era se mpre pre cisa nesse asp e c to. Se e u lhe d esse US$ 100, ela
g asta va US$ 100. Se lhe d esse US$ 200, ela g asta va US$ 200, se lhe d esse US$ 500,
ela g asta va US$ 500. Foi q ua nd o ela fez um d os me us c ursos e a pre nd e u tud o
so bre a arte d a ala va nc a g e m fina nc eira. Eu lhe d a va US$ 2 mil e ela g asta va US$
10 mil! Te ntei explic ar: "Nã o, me u a mor, c o m ala va nc a g e m q uero dizer q ue nós
d e vería mos re c e b er US$ 10 mil, e nã o g astá-los". Por alg uma razã o, esse c o nc eito
nã o se fixa va na sua me nte.
O únic o motivo p elo q ual nós brig á va mos era o dinheiro. Isso q uase c usto u
o nosso c asa me nto. O q ue nã o sa bía mos era q ue d á va mos sig nific a d os
inteira me nte difere ntes a ele. Para a minha m ulher, dinheiro c orresp o ndia a prazer
ime dia to (c o mo sa b ore ar um sorvete). Eu, p or o utro la d o, cresci c o m a cre nç a d e
q ue ele d e via ser a c umula d o p ara pro p orcio nar lib erd a d e.
No q ue me dizia resp eito, q ua nd o a minha mulher g asta va dinheiro, ela
esta va a c a b a nd o c o m a nossa lib erd a d e futura. E, d o p o nto d e vista d ela,
se m pre q ue e u a im p e dia d e g astar, esta va tira nd o o se u prazer d e viver.
Felizme nte, a pre nd e mos a re a valiar os nossos resp e c tivos mo d elos
fina nc eiros e, mais im p orta nte, a esta b ele c er um terc eiro mo d elo esp e cífic o p ara
o nosso rela cio na me nto.

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Será q ue d á c erto? Deixe-me resp o nd er d a se g uinte ma neira: e u
teste munhei três mila gres na minha vid a:
1. O nascime nto d a minha filha.
2. O nascime nto d o me u filho.
3. O fim d as minhas brig as c o m a minha mulher p or c a usa d e dinheiro.
As esta tístic as mostra m q ue a c a usa m ais fre q üe nte d as se p ara ç ões e
divórcios é o dinheiro. E o princip al motivo p or trás d as brig as nã o é o dinheiro e m
si mesmo, mas o c o nflito e ntre "mo d elos d e dinheiro"! Nã o im p orta q ua nta gra na
vo c ê te nha o u d eixe d e ter. Se o se u mo d elo nã o é c o m p a tível c o m o d a p esso a
c o m q ue m se rela cio na, há um gra nd e d esafio à sua fre nte. Isso vale p ara
p esso as c asa d as, na mora d os, fa miliares e a té só cios. O fund a me ntal é
c o mpre e nd er q ue vo c ê está lid a nd o c o m mo d elos, e nã o c o m dinheiro. Uma vez
q ue te nha id e ntific a d o o mo d elo fina nc eiro d o se u p arc eiro o u d a sua p arc eira,
c o nse g uirá lid ar c o m ele d e um mo d o q ue sa tisfa ç a a m b os.
O primeiro p asso é se c o nscie ntizar d e q ue os arq uivos d e dinheiro d essa
p esso a sã o pro va velme nte difere ntes d os se us. Em vez d e se a b orre c er, pro c ure
c o mpre e nd er. Fa ç a o p ossível p ara sa b er o q ue é im p orta nte p ara ela nessa áre a
e id e ntifiq ue as suas motiva ç ões e os se us re c eios. Assim, estará lid a nd o c o m as
raízes e nã o c o m os frutos, e terá uma b o a c ha nc e d e solucio nar o pro ble m a. Do
c o ntrário, p erc a a esp era nç a.
Passos p ara a mud a nç a: e pisó dios esp e cífic os
Há um exercício q ue vo c ê p o d e fazer c o m o se u p arc eiro o u c o m a sua
p arc eira. Se nte m-se e fale m so bre as histórias e nvolve nd o dinheiro q ue c a d a um
d e vo c ês te m na me mória - o q ue o uvia m q ua nd o cria nç as, os resp e c tivos
mo d elos fa miliares e q uaisq uer e pisó dios e mo cio nais esp e cífic os q ue te nha m
vivid o. Desc ubra m ta mb é m o q ue o dinheiro re alme nte sig nific a p ara a m b os:
prazer, lib erd a d e, se g ura nç a, sta tus. Isso os ajud ará a id e ntific ar os se us mo d elos
d e dinheiro a tuais e d esc o brir os motivos d as suas diverg ê ncias nessa q uestã o.
Em se g uid a, fale m a resp eito d o q ue vo c ês q uere m hoje, nã o c o mo
indivíd uos, m as c o mo p arc eiros. C he g ue m a um a c ord o e d e cid a m so bre os se us
o bje tivos g erais e as suas a titud es e m rela ç ã o a dinheiro e suc esso. De p ois,
escre va m num p a p el um a lista d as a ç ões q ue os d ois c o nsid era m p ositivas p ara
g uiar a sua vid a. Pre nd a m o p a p el na p are d e e, se mpre q ue ho uver um
pro ble m a, le mbre m-se mutua me nte e c o m to d a a g e ntileza d a q uilo q ue vo c ês
d e cidira m juntos q ua nd o c o nversara m d e m a neira o bjetiva, d esa p aixo na d a e
livre d as g arras d os se us a ntig os mo d elos d e dinheiro.
C ONSCIENTIZAÇÃ O - Pe nse num e pisó dio e mo cio nal esp e cífic o a resp eito
d e dinheiro q ue vo c ê te nha vivid o q ua nd o cria nç a.
ENTENDIMENTO - Escre va so bre c o mo esse e pisó dio p o d e ter afeta d o a sua
vid a fina nc eira a tual.
DISSOCIAÇÃ O - Vo c ê c o mpree nd e q ue esse mo d o d e ser é a p e nas o se u
a pre ndiza d o p assa d o e nã o q ue m vo c ê é? C o nse g ue p erc e b er q ue te m a
o p ç ã o d e ser difere nte a g ora?

29
DECLARAÇÃO
Eu me lib erto d as minhas exp eriê ncias p assa d as ne g a tivas c o m dinheiro e
crio p ara mim um futuro no vo e ric o.
A g ora dig a:
Eu te nho um a me nte milio nária! Afinal, o q ue está pro gra ma d o no se u
mo d elo d e dinheiro?
É hora d e resp o nd er à p erg unta q ue vale um milhã o. Qual é o se u a tual
mo d elo d e dinheiro e suc esso e p ara q uais resulta d os ele está dirigind o vo c ê
sub c o nscie nte me nte? Vo c ê está pro gra ma d o p ara o suc esso, p ara a
me dio crid a d e o u p ara o fra c asso fina nc eiro? Está pro gra m a d o p ara viver na
d ureza o u p ara fazer fortuna? Está pro gra m a d o p ara b a talhar p or dinheiro o u
p ara tra b alhar d e forma e q uilibra d a?
Vo c ê está c o ndicio na d o a ter um re ndime nto está vel o u flutua nte? Já sa b e
d o q ue se tra ta: primeiro vo c ê te m, d e p ois nã o te m, d e p ois te m, d e p ois nã o te m.
Se m pre p are c e q ue as c a usas d essa drástic a varia ç ã o vê m d o mund o exterior.
Por exe m plo: "Eu tinha um ótimo e mpre g o, m as a e mpresa faliu. Entã o c o me c ei o
me u pró prio ne g ó cio. As c oisas ia m d e ve nto e m p o p a, p oré m o merc a d o
e nc olhe u. O me u ne g ó cio se g uinte ia muito b e m a té o me u só cio sair", etc. Nã o
se ilud a, esse é o se u mo d elo e m o p era ç ã o.
Vo c ê está pro gra m a d o p ara ter um a re nd a b aixa, um a re nd a mé dia o u
um a re nd a alta? Sa bia q ue existe m q ua ntid a d es d e dinheiro q ue a maioria d as
p esso as está pro gra m a d a p ara re c e b er? Vo c ê está pro gra ma d o p ara g a nhar d e
R$ 30 mil a R$ 40 mil p or a no? De R$ 50 mil a R$ 60 mil? De R$ 80 mil a R$ 100 mil?
De R$ 200 mil a R$ 300 mil? Mais d e R$ 350 mil?
Alg uns a nos a trás, numa d as minhas p alestras, ha via na pla téia um
c a valheiro inusita d a me nte b e m vestid o. Qua nd o terminei a a prese nta ç ã o, ele
veio a té mim e p erg unto u se e u a c ha va q ue o Se minário Inte nsivo d a Me nte
Milio nária p o d eria fazer alg o p or ele, c o nsid era nd o q ue os se us re ndime ntos já
era m d e US$ 500 mil p or a no. Perg untei-lhe há q ua nto te mp o ele g a nha va esse
valor. Ele resp o nd e u: "Há sete a nos se g uid os".
Era tud o o q ue e u pre cisa va o uvir. Perg untei-lhe, e ntã o, p or q ue ele nã o
g a nha va US$ 2 milhões p or a no. Disse-lhe q ue os princípios q ue e nsino sã o
d estina d os a p esso as q ue d eseja m a tingir o se u ple no p ote ncial fina nc eiro e lhe
p e di q ue p e nsasse no motivo p elo q ual ele esta va p ara d o no meio milhã o. Ele
d e cidiu p articip ar d o se minário.
Um a no d e p ois, re c e bi d ele um e-mail q ue dizia: "O me u a pre ndiza d o foi
incrível, mas c o meti um erro. Re pro gra mei o me u mo d elo d e dinheiro p ara
g a nhar a p e nas US$ 2 milhões p or a no, c o mo disc utimos. Co mo já c he g uei lá,
esto u me re pro gra m a nd o p ara o b ter US$ 10 milhões a nuais".
A q uestã o é: o se u re ndime nto a nual nã o imp orta. O q ue interessa sa b er é
se vo c ê está a tingind o o se u ple no p o te ncial fina nc eiro o u nã o. Talvez vo c ê
esteja se p erg unta nd o p or q ue dia b os um a p esso a pre cisa d e ta nto dinheiro.
Primeiro, a pró pria p erg unta nã o é fra nc a me nte p ositiva p ara a sua riq ueza, mas
um sinal d e q ue vo c ê d e ve re ver o se u mo d elo d e dinheiro. Se g und o, o princip al
30
motivo p elo q ual a q uele se nhor q ueria g a nhar tud o a q uilo era a ume ntar as suas
d o a ç ões a um a instituiç ã o d e c arid a d e q ue ajud a vítimas d a AIDS na Áfric a. Um
g olp e na cre nç a d e q ue as p esso as ric as sã o g a na nciosas.
Va mos e m fre nte. Vo c ê está pro gra m a d o p ara e c o no mizar dinheiro o u
p ara g astá-lo? Está pro gra ma d o p ara a d ministrá-lo b e m o u p ara a d ministrá-lo
mal?
O se u c o ndicio na me nto o le va a esc olher investime ntos d e suc esso o u a
e ntrar e m "ro ub a d as"? Talvez vo c ê esteja se p erg unta nd o: "C o mo é p ossível q ue
o fa to d e e u g a nhar o u p erd er dinheiro na b olsa d e valores o u e m imó veis esteja
inscrito no me u mo d elo?" É simples.
Q ue m esc olhe as a ç ões? As pro prie d a d es? Vo c ê. Que m d e cid e q ua nd o
c o mprá-las? Vo c ê. Que m d e cid e q ua nd o ve nd ê-las? Vo c ê. A cre dito q ue vo c ê
te m alg o a ver c o m tud o isso.
Te nho um c o nhe cid o c ha ma d o Larry q ue é um verd a d eiro imã q ua nd o se
tra ta d e g a nhar dinheiro. Definitiva me nte, o se u mo d elo é d e re ndime ntos
ele va d os. Mas, q ua nd o a q uestã o é investir o pró prio dinheiro, Larry te m o b eijo
d a morte. Tud o o q ue ele c o m pra d esp e nc a c o mo um a a vala nc he. (Vo c ê
a cre dita q ue o p ai d ele tinha o mesmo pro ble ma?) Eu me m a nte nho e m estreito
c o nta to c o m ele p ara lhe p e dir c o nselhos fina nc eiros. Sã o se mpre p erfeitos, o u
melhor, p erfeita me nte erra d os! Tud o o q ue Larry sug ere e u fa ç o a o c o ntrário.
O bserve, p oré m, c o mo alg umas p esso as p are c e m ter o q ue c ha mei d e
to q ue d e Mid as. Tud o o q ue elas to c a m se c o nverte e m o uro. As d uas síndro mes,
o to q ue d e Mid as e o b eijo d a morte, nã o sã o se nã o m a nifesta ç ões o p ostas d o
mo d elo fina nc eiro.
Volto a dizer: o se u mo d elo d e dinheiro d eterminará a sua vid a fina nc eira -
e a té a sua vid a p esso al. Se vo c ê é um a m ulher c ujo mo d elo d e dinheiro está
pro gra m a d o p ara re ndime ntos b aixos, o mais pro vá vel é q ue a traia um ho me m
q ue ta m b é m a prese nte esse tip o d e pro gra ma ç ã o, p ara q ue vo c ê p ossa
p erma ne c er na situa ç ã o fina nc eira e m q ue se se nte c o nfortá vel e valid ar o se u
mo d elo. C aso vo c ê seja um ho me m c ujo mo d elo d e dinheiro está pro gra ma d o
p ara re ndime ntos b aixos, o m ais pro vá vel é q ue a traia um a mulher g asta d ora
q ue arrase a sua c o nta b a nc ária, p ara q ue vo c ê p ossa p erm a ne c er na situa ç ã o
fina nc eira e m q ue se se nte c o nfortá vel e le gitim ar o se u mo d elo.
A m aioria d as p esso as a cre dita q ue o suc esso nos ne g ó cios d e p e nd e
fund a me ntalme nte d as suas q ualific a ç ões e d os se us c o nhe cime ntos, o u, p elo
me nos, d a sua p erspic á cia e m id e ntific ar as melhores o p ortunid a d es e m termos
c o merciais. Od eio ter q ue lhe dizer q ue isso nã o é b e m assim.
O suc esso d o se u ne g ó cio d e p e nd e d o se u mo d elo d e dinheiro. Vo c ê
se m pre o valid ará. Se ele está pro gra ma d o p ara lhe d ar R$ 30 mil a nuais, essa é a
me did a pre cisa d o êxito q ue vo c ê o b terá c o m ele - o suficie nte p ara lhe g ara ntir
R$ 30 mil p or a no.
Se vo c ê é ve nd e d or e te m um mo d elo pro gra m a d o p ara g a nhar R$ 100 mil
p or a no e c o nse g ue fe c har um gra nd e ne g ó cio q ue lhe re nd erá R$ 150 mil,
a c o nte c erá o se g uinte: o u a ve nd a será c a nc ela d a o u, c aso vo c ê re c e b a os R$

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150 mil, o a no se g uinte será p éssimo p ara c o mp e nsar e le vá-lo d e volta a o nível
d o se u mo d elo fina nc eiro.
Por o utro la d o, c aso vo c ê esteja pro gra m a d o p ara g a nhar R$ 150 mil e
te nha p assa d o d ois a nos na pior, nã o se preo c up e: vo c ê vai re c up erar tud o o
q ue nã o c o nse g uiu re c e b er. Será ne c essaria me nte assim, é a lei sub c o nscie nte
d a rela ç ã o e ntre a me nte e o dinheiro.
Talvez vo c ê sig a um a intuiç ã o e fa ç a um b o m ne g ó cio no merc a d o d e
c a pitais o u a c erte e m o utra investid a q ualq uer. Nã o im p orta o q ue seja: d e um
jeito o u d e o utro, se vo c ê está pro gra ma d o p ara g a nhar R$ 150 mil p or a no, no
fim é isso q ue vai ter.
E c o mo vo c ê p o d e d esc o brir a pro gra m a ç ã o d o se u mo d elo d e dinheiro?
Um a d as m a neiras mais ó b vias é exa minar os se us resulta d os. A nalise a sua c o nta
b a nc ária. Analise a sua re nd a. A nalise o se u p a trimô nio líq uid o. A nalise o êxito d os
se us investime ntos. A nalise o se u suc esso nos ne g ó cios. A nalise se vo c ê é um
g asta d or o u um p o up a d or. A nalise se vo c ê a d ministra b e m as suas fina nç as.
A nalise a té q ue p o nto os se us re ndime ntos sã o está veis o u flutua ntes. A nalise o
q ua nto vo c ê d á d uro p ara g a nhar dinheiro. A nalise os se us rela cio na me ntos q ue
e nvolve m dinheiro.
O se u dinheiro é sua d o o u c he g a a vo c ê c o m fa cilid a d e? Vo c ê te m um
ne g ó cio o u um e m pre g o? Vo c ê fic a muito te m p o no mesmo ne g ó cio o u
e mpre g o o u mud a c o m fre q üê ncia?
O mo d elo d e dinheiro funcio na c o mo um termosta to. Se a te mp era tura d a
sala é 220, é pro vá vel q ue o termosta to esteja re g ula d o p ara 220. E é nesse p o nto
q ue a q uestã o fic a interessa nte. É p ossível, c o nsid era nd o o fa to d e q ue a ja nela
está a b erta e faz frio lá fora, q ue a te m p era tura d a sala c aia e a tinja 180? É claro,
mas o q ue a c o nte c erá no fim? O termosta to será a cio na d o e ela voltará a os 220.
É p ossível ta m b é m, c o nsid era nd o o fa to d e q ue a ja nela está a b erta e faz
c alor lá fora, q ue a te mp era tura d a sala sub a e c he g ue a 250? É claro q ue sim,
mas o q ue a c o nte c erá no fim? O termosta to será a cio na d o e ela retornará a os
220.
A únic a m a neira d e mud ar p erma ne nte me nte a te m p era tura d a sala é
"zerar" o termosta to. De mo d o a nálo g o, a únic a m a neira d e mo dific ar
p erma ne nte me nte o se u nível d e suc esso fina nc eiro é zerar o se u termosta to
fina nc eiro, ta m b é m c o nhe cid o c o mo mo d elo d e dinheiro.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A únic a m a neira d e mud ar p erma ne nte me nte a te m p era tura d a sala é
"zerar" o termosta to. De mo d o a nálo g o, a únic a m a neira d e mo dific ar
p erma ne nte me nte o se u nível d e suc esso fina nc eiro é zerar o se u termosta to
fina nc eiro, ta m b é m c o nhe cid o c o mo mo d elo d e dinheiro.
Vo c ê p o d e te ntar o q ue for - d ese nvolver os se us c o nhe cime ntos e m
ne g ó cios, m arketing, ve nd as, ne g o cia ç õ es e a d ministra ç ã o e tornar-se
esp e cialista e m imó veis o u a ç õ es. Essas sã o ó timas ferra me ntas. Mas, no fim, se a
sua c aixa d e ferra me ntas interna nã o for gra nd e e forte o suficie nte p ara ajud á-lo

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a g a nhar e c o nservar q ua ntid a d es substa nciais d e dinheiro, to d as as ferra me ntas
d o mund o lhe serã o inúteis.
Re pito, é uma simples q uestã o d e aritmétic a: "Os se us re ndime ntos cresc e m
na mesm a me did a e m q ue vo c ê cresc e".
Felizme nte, o u q ue m sa b e infelizme nte, o se u mo d elo d e dinheiro e suc esso
te nd erá a p erm a ne c er c o m vo c ê p ara o resto d a vid a – a nã o ser q ue seja
mo dific a d o e tra nsform a d o. E é exa ta me nte disso q ue vo u c o ntinuar tra ta nd o na
p arte 2.
Le mbre-se d e q ue o primeiro ele me nto d e to d a mud a nç a é a
c o nscie ntiza ç ã o. Fa ç a uma a uto-a nálise, c o nscie ntize-se, o bserve os se us
p e nsa me ntos, os se us me d os, as suas cre nç as, os se us há bitos, as suas a titud es e a
sua ina ç ã o. C olo q ue-se so b a le nte d e um microsc ó pio. Estud e-se.
A maioria d e nós a cre dita q ue vive um a vid a b ase a d a e m esc olhas, mas
e m g eral isso nã o é verd a d e. Mesmo se nd o p esso as esclare cid as, a o lo ng o d e
um dia to m a mos p o uc as d e cisõ es q ue reflete m a c o nsciê ncia q ue te mos d e nós
mesmos na q uele mo me nto. Na maior p arte d o te m p o, so mos c o mo ro b ôs:
a gimos no a uto má tic o, dirigid os p or c o ndicio na me ntos p assa d os e p or velhos
há bitos. É nesse p o nto q ue e ntra a c o nscie ntiza ç ã o. A c o nsciê ncia o bserva os
nossos p e nsa me ntos e as nossas a ç ões p ara q ue viva mos d as esc olhas
verd a d eiras feitas no mo me nto prese nte e m lug ar d e sermos g o verna d os p or um a
pro gra m a ç ã o pro ve nie nte d o p assa d o.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A c o nsciê ncia o bserva os nossos p e nsa me ntos e as nossas a ç õ es p ara q ue
viva mos d as esc olhas verd a d eiras feitas no mo me nto prese nte e m lug ar d e
sermos g o verna d os p or um a pro gra m a ç ã o pro ve nie nte d o p assa d o.
Porta nto, a d q uirind o c o nsciê ncia, vo c ê p o d erá viver d o q ue é hoje e m vez
d o q ue foi o nte m; c o nse g uirá re a gir a pro pria d a me nte às situa ç ões q ue se
a prese nta m, faze nd o uso d e to d a a g a m a e d e to d o o p ote ncial d as suas
q ualific a ç õ es e d os se us tale ntos e m vez d e re a gir d e forma ina d e q ua d a a os
a c o nte cime ntos, imp elid o p or me d os e inse g ura nç as d o p assa d o.
Um a vez c o nscie nte, c o nse g uirá ver a sua pro gra m a ç ã o tal c o mo ela é:
meras gra va ç ões d e inform a ç õ es re c e bid as e a c eitas no p assa d o, q ua nd o vo c ê
era m uito jo ve m p ara c o nhe c er alg o melhor. Ente nd erá q ue esse
c o ndicio na me nto nã o é q ue m vo c ê é, m as q ue m esc olhe u ser; c o mpree nd erá
q ue vo c ê nã o é a "gra va ç ã o", é sim o "gra va d or"; q ue nã o é o "c o nte úd o" d o
c o p o, m as o pró prio c o p o.
De fa to, a g e nétic a p o d e ter influê ncia nisso tud o e, é claro, os asp e c tos
espirituais ta mb é m d ese m p e nha m o se u p a p el, p oré m b o a p arte d o mo d elo d e
p esso a q ue vo c ê é pro vé m d as cre nç as e inform a ç õ es d e o utras p esso as. C o mo
já disse, as cre nç as nã o sã o ne c essaria me nte verd a d eiras ne m falsas, ne m c ertas
ne m erra d as - m as, seja m o u nã o válid as, elas sã o o piniões q ue fora m tra nsmitid as
re p etid a me nte e, d e p ois, p assa d as d e g era ç ã o e m g era ç ã o, a té c he g are m a
vo c ê. Sa b e nd o disso, b asta re nunciar d e form a c o nscie nte a q ualq uer c o nc eito
q ue nã o o ajud e a c o nq uistar a riq ueza e substituí-lo p or o utros q ue fa ç a m isso.

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C o mo disse o me u a mig o e escritor Ro b ert G. Alle n num d os me us
se minários: "Ne nhum p e nsa me nto mora d e gra ç a na c a b e ç a d e ning ué m - to d os
eles sã o investime ntos o u C ustos. Ou le va m a p esso a na dire ç ã o d a felicid a d e e
d o suc esso o u a a fasta m d essas d uas c oisas - o u a fortale c e m o u a
e nfra q ue c e m".
Por isso é indisp e nsá vel q ue vo c ê esc olha sa bia me nte os se us p e nsa me ntos
e as suas cre nç as. Co nscie ntize-se d e q ue eles nã o sã o q ue m vo c ê é, ta mp o uc o
estã o ne c essaria me nte lig a d os a vo c ê. Por m ais pre ciosos q ue p are ç a m, nã o te m
mais im p ortâ ncia e sig nific a d o d o q ue a q ueles q ue vo c ê lhes c o nfere. Na d a te m
sig nific a d o, exc eto a q uele q ue nós mesmos a trib uímos às c oisas.
Se o se u verd a d eiro o bjetivo na vid a e d e c olar rumo a o suc esso, nã o
a cre dite numa só p ala vra q ue vo c ê mesmo disser. E, se d eseja clareza
insta ntâ ne a, nã o creia num só p e nsa me nto se u.
C aso vo c ê seja c o mo a m aioria d as p esso as, vai a cre ditar e m alg o nesse
ínterim, p orta nto p o d e p erfeita me nte a d o tar p ara si mesmo cre nç as p ositivas,
e nriq ue c e d oras. Le mbre - se: p e nsa me ntos c o nd uze m a se ntime ntos, q ue
c o nd uze m a a ç õ es, q ue c o nd uze m a resulta d os. Vo c ê p o d e o p tar p or p e nsar e
a gir c o m o as p esso as ric as e, d esse mo d o, c o nq uistar resulta d os se melha ntes a os
q ue elas alc a nç a m.
A q uestã o é: c o mo p e nsa m e a g e m as p esso as ric as? É exa ta me nte isso o
q ue mostrarei na p arte 2.
Se vo c ê q uer mud ar p ara se mpre a sua vid a fina nc eira, prossig a.
DECLARAÇÃO
O bservo os me us p e nsa me ntos e só alime nto a q ueles q ue me fortale c e m.
A g ora dig a:
Eu te nho um a me nte milio nária!

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PARTE 2
Os arquivos de riqueza
Dezessete modos de pensar e agir
que distinguem os ricos das outras pessoas
Na p arte 1, a b ord ei o Pro c esso d e Ma nifesta ç ã o. Le mbre-se: p e nsa me ntos
c o nd uze m a se ntime ntos, se ntime ntos c o nd uze m a a ç ões e a ç õ es c o nd uze m a
resulta d os. Tud o te m início c o m os p e nsa me ntos. Nã o é esp a ntoso q ue, e mb ora
esse p o d eroso me c a nismo seja a b ase d a nossa vid a, a m aioria d e nós nã o faz a
me nor id éia d e c o mo ele funcio na? C o me c e d a nd o um a rá pid a olha d a e m
c o mo a sua me nte tra b alha. Metaforic a me nte fala nd o, ela nã o é na d a mais d o
q ue um gra nd e arm ário c heio d e arq uivos, similar a o q ue vo c ê talvez te nha e m
c asa o u no escritório. To d a inform a ç ã o q ue e ntra ali é etiq ueta d a e g uard a d a
nesses arq uivos d e fá cil a c esso p ara ajud ar na sua so bre vivê ncia. Vo c ê
p erc e b e u? Eu nã o disse prosp erid a d e, disse so bre vivê ncia.
Em c a d a situa ç ã o, vo c ê re c orre a esses arq uivos me ntais p ara d eterminar a
sua re a ç ã o. Dig a mos, p or exe mplo, q ue se tra te d e um a o p ortunid a d e fina nc eira.
Vo c ê vai a uto ma tic a me nte a té os arq uivos q ue tê m a etiq ueta dinheiro e, c o m
b ase neles, d e cid e o q ue fazer. Os se us únic os p e nsa me ntos p ossíveis a resp eito
d esse assunto sã o a q ueles arm aze na d os nessas p astas, o u seja, elas c o ntê m tud o
o q ue está g uard a d o na sua me nte so b essa c a te g oria.
As suas d e cisõ es se fund a me nta m na q uilo q ue lhe p are c e ló gic o, se nsa to e
a pro pria d o na q uele mo me nto. Entã o vo c ê faz o q ue a cre dita ser a esc olha
c erta. O pro ble ma, no e nta nto, é q ue a esc olha c erta p o d e nã o ser um a esc olha
b e m-suc e did a. Na verd a d e, a q uilo q ue faz to tal se ntid o p ara vo c ê p o d e pro d uzir
p éssimos resulta d os.
Dig a mos q ue a minha mulher está no sho p ping c e nter e vê um a b olsa
verd e e m pro mo ç ã o c o m 2500 d e d esc o nto. Ela se dirig e ime dia ta me nte a os
arq uivos d a sua me nte c o m a p erg unta: "De vo c o mprar esta b olsa?" Num a
fra ç ã o d e se g und o, eles lhe d ã o a resp osta: "Vo c ê a nd a pro c ura nd o um a b olsa
verd e p ara c o mbinar c o m o sa p a to q ue c o mpro u na se m a na p assa d a. Alé m
disso, esta te m o ta m a nho id e al. C o m pre-a". Ela se e nc a minha p ara o b alc ã o
se ntind o-se e mo cio na d a, a final vai c o mprar a lind a b olsa, e ta mb é m org ulhosa,
p ois a está a d q uirind o c o m 25% d e d esc o nto.
Na me nte d a minha mulher, essa c o mpra faz total se ntid o. Ela q uer a b olsa,
a cre dita q ue pre cisa d ela e, aind a p or cima, q ue a q uele é um "gra nd e ne g ó cio".
No e nta nto, e m ne nhum mo me nto a sua me nte e nc o ntro u o se g uinte
p e nsa me nto: "É verd a d e, esta b olsa é muito lind a e, c ara m b a, é uma verd a d eira
p e c hinc ha! Mas, c o mo neste mo me nto esto u c o m um d é bito ime nso no c artã o
d e cré dito, é melhor e u me se g urar".
A minha mulher nã o se d e p aro u c o m essa inform a ç ã o p orq ue esse d a d o
nã o está e m ne nhum arq uivo d e ntro d a sua c a b e ç a.
A p asta "Qua nd o vo c ê estiver d e ve nd o, e vite c o mprar" nunc a foi
arm aze na d a na sua me nte, p orta nto essa o p ç ã o simplesme nte nã o existe.

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Perc e b e u? Se no se u armário só existe m arq uivos d esfa vorá veis a o suc esso
fina nc eiro, essas serã o as únic as o p ç ões à sua disp osiç ã o: esc olhas na turais,
a uto m á tic as e q ue farã o total se ntid o p ara vo c ê, mas c ujo resulta d o final será um
pro ble m a muito maior o u, na melhor d as hip óteses, alg um a c oisa me dío cre.
Inversa me nte, se na sua me nte há arq uivos fa vorá veis a o suc esso fina nc eiro,
vo c ê to m ará, d e form a na tural e a uto má tic a, d e cisões q ue c o nd uze m a ele.
Ne m pre cisará refletir so bre o assunto. O se u mo d o normal d e p e nsar resultará
num a a ç ã o b e m-suc e did a d a mesm a form a q ue o mo d o norm al d e p e nsar d e
Do nald Trump pro d uz riq ueza.
Nã o seria fa ntástic o se vo c ê fosse na turalme nte c a p az d e p e nsar c o mo os
ric os e m m a téria d e dinheiro? Desejo muito q ue a sua resp osta a essa p erg unta
te nha sid o "c o m c erteza" o u alg o se melha nte.
Sim, vo c ê é c a p az.
C o mo disse a nteriorme nte, o primeiro p asso p ara q ualq uer mud a nç a é a
c o nscie ntiza ç ã o. Isto é, o p o nto d e p artid a p ara p e nsar d a mesm a form a q ue os
ric os é sa b er c o mo eles p e nsa m.
As p esso as ric as p e nsa m d e um mo d o muito difere nte d e q ue m te m uma
me ntalid a d e p o bre o u uma visã o d e classe mé dia. Os se us p e nsa me ntos se
disting ue m e m ma téria d e dinheiro, d e riq ueza, d e si pró prias, d e o utras p esso as e
d e pra tic a me nte to d os os asp e c tos d a vid a. Nesta p arte d o livro, vo u mostrar
alg um as d essas difere nç as e, p ara a uxiliá-lo no se u re c o ndicio na me nto, instalarei
na sua me nte 17 "arq uivos d e riq ueza" alterna tivos. No vos arq uivos p ossibilita m
no vas esc olhas. Eles o ajud arã o a p erc e b er q ua nd o vo c ê estiver ra cio cina nd o
c o mo um indivíd uo d e me ntalid a d e p o bre o u c o mo alg ué m q ue te m um a visã o
d e classe mé dia e a mud ar c o nscie nte me nte o se u fo c o p ara o mo d o d e p e nsar
d as p esso as ric as. Le mbre-se: vo c ê p o d e o p tar p or m a neiras d e p e nsar fa vorá veis
à sua felicid a d e e a o se u suc esso e d eixar d e la d o as form as ne g a tivas.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Vo c ê p o d e o p tar p or ma neiras d e p e nsar fa vorá veis à sua felicid a d e e a o
se u suc esso e d eixar d e la d o as form as ne g a tivas.
A ntes d e c o me ç ar, q uero fazer alg uns esclare cime ntos. Primeiro, nã o te nho
a me nor inte nç ã o d e me nosprezar q ue m disp õ e d e p o uc os re c ursos fina nc eiros
ne m d esejo d ar a im pressã o d e q ue nã o me se nsibilizo c o m a sua situa ç ã o. Nã o
c o nsid ero os ric os melhores d o q ue ning ué m: eles a p e nas tê m m ais dinheiro. Por
o utro la d o, e m alg uns c asos, p ara me asse g urar d e q ue vo c ê c a p tará a
me nsa g e m, utilizo exe mplos m ais incisivos p ara difere nciar o mo d o c o mo as
p esso as p e nsa m.
Se g und o, se m pre q ue me ncio no indivíd uos ric os, p esso as q ue vive m c o m
gra nd es dific uld a d es fina nc eiras e indivíd uos q ue tê m uma vid a a p e nas
sa tisfa tória no q ue se refere às fina nç as, esto u me referind o unic a me nte à sua
me ntalid a d e, à sua ma neira c ara c terístic a d e p e nsar e a gir, e nã o à q ua ntid a d e
d e dinheiro q ue elas tê m o u a o se u valor p ara a so cie d a d e.
Terc eiro, exp o nho a q uestã o d e ma neira g e neraliza d a. Sei muito b e m q ue
ne m to d o ric o, assim c o mo ne m to d a p esso a q ue disp õ e d e re c ursos fina nc eiros

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limita d os o u simplesme nte sa tisfa tórios, é c o mo a prese nto e m alg uns exe m plos.
Re pito, o me u o bjetivo é d esta c ar as difere nç as e ntre as me ntalid a d es p ara ter
c erteza d e q ue vo c ê e nte nd erá OS princípios e c o nse g uirá utilizá-los.
Q uarto, d e mo d o g eral, me ncio no c o m me nos fre q üê ncia a visã o d e classe
mé dia, p orq ue esta c ostum a ser um híbrid o d a form a c o mo os ric os p e nsa m e d a
me ntalid a d e p o bre. O me u pro p ósito, insisto, é q ue vo c ê se c o nscie ntize d o lug ar
q ue o c up a na esc ala e ra cio cine c o mo os ric os, c aso q ueira ser um d eles.
Q uinto, vo c ê p o d e ter a impressã o d e q ue muitos princípios d esta se ç ã o d o
livro tê m m ais a ver c o m há bitos e a ç õ es d o q ue c o m formas d e p e nsar. Le mbre-
se: as suas a ç ões pro vê m d os se us se ntime ntos, q ue pro vê m d os se us
p e nsa me ntos. C o nse q üe nte me nte, to d a a ç ã o q ue c o nd uz à riq ueza é pre c e did a
d e um mo d o d e p e nsar q ue se g ue essa mesm a dire ç ã o.
Finalme nte, q uero q ue se disp o nha a a brir mã o d a id éia d e q ue está c erto.
Ou seja, q ue a c eite d eixar d e fazer as c oisas d o se u mo d o. Por q uê? Porq ue a sua
forma d e a gir fez c o m q ue vo c ê c he g asse exa ta me nte à situa ç ã o e m q ue está
a g ora. C aso d eseje um p o uc o m ais d essa mesm a exp eriê ncia, c o ntinue a se
c o nd uzir à sua ma neira. Mas, se aind a nã o e nriq ue c e u, talvez seja hora d e
c o nsid erar uma alterna tiva indic a d a p or alg ué m q ue te m muito dinheiro e já
c olo c o u milhares d e p esso as na estra d a d a fortuna. A d e cisã o é sua.
Os c o nc eitos q ue e nsino sã o sim ples, p oré m muito profund os. Eles
pro p orcio na m mud a nç as re ais, p ara p esso as re ais, no mund o re al. Co mo é q ue
e u sei? Na minha e m presa, a Pe ak Pote ntials Training, to d o a no re c e b e mos
milhares d e c artas e e-m ails q ue rela ta m c o mo c a d a um d os arq uivos d e riq ueza
mo dific o u a vid a d as p esso as. Se vo c ê a pre nd er o q ue sã o esses arq uivos e usá-
los, te nho a bsoluta c o nfia nç a d e q ue eles lhe d arã o a c ha nc e d e tra nsformar a
sua vid a ta m b é m.
No fim d e c a d a se ç ã o, a prese nto um a d e clara ç ã o e d escre vo as me did as
q ue vo c ê d e ve to m ar p ara gra var esse arq uivo esp e cífic o d e riq ueza. E esse ncial
q ue c a d a um d os arq uivos seja c olo c a d o e m prá tic a o m ais rá pid o p ossível na
sua vid a, p ara q ue o c o nhe cime nto p asse a um nível físic o, c elular, cria nd o uma
mud a nç a p erm a ne nte e d ura d o ura.
Q uase to d as as p esso as e nte nd e m q ue so mos cria turas d e há bitos. O q ue
elas nã o sa b e m é q ue existe m d ois tip os d e há bitos: os d e fazer e os d e nã o fazer.
Tud o o q ue vo c ê nã o está faze nd o neste mo me nto vo c ê te m o há bito d e nã o
fazer. A únic a m a neira d e mud ar isso é fazer. A leitura o ajud ará, mas a q uestã o é
c o mple ta me nte difere nte q ua nd o se p assa d a teoria à prá tic a. C aso esteja d e
fa to c o m pro metid o c o m o suc esso, pro ve isso exe c uta nd o as a ç ões sug erid as.

Arquivo de riqueza nº 1

As p esso as ric as a cre dita m na se g uinte id éia:


"Eu crio a minha pró pria vid a".
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre a cre dita m na se g uinte id éia: "Na minha
vid a, as c oisas a c o nte c e m".

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Se vo c ê q uer e nriq ue c er, é imp era tivo a cre ditar q ue está no c o ma nd o d a
sua vid a, e m esp e cial d a sua vid a fina nc eira. C aso c o ntrário, vo c ê te m uma
cre nç a e nraiza d a d e q ue exerc e p o uc o o u ne nhum c o ntrole so bre a sua pró pria
vid a e, c o nse q üe nte me nte, d e q ue exerc e p o uc o o u ne nhum c o ntrole so bre o
se u suc esso fina nc eiro.
Já re p aro u q ue e m g eral sã o as p esso as q ue tê m uma situa ç ã o fina nc eira
difícil as q ue g asta m m ais dinheiro c o m jo g os lotéric os? Elas re alme nte a cre dita m
q ue a riq ueza c airá no se u c olo q ua nd o as b olinhas c o m os se us números fore m
sorte a d as. Às vezes p assa m a noite c ola d as na tela d a tele visã o esp era nd o
a nsiosa me nte p elo sorteio p ara ver se d esta vez a fortuna finalme nte lhes sorrira.
É claro q ue to d o mund o q uer g a nhar na lo teria e a té os ric os jo g a m d e vez
e m q ua nd o p ara se divertir. Poré m, e m primeiro lug ar, eles nã o g asta m um a p arte
substa ncial d os se us re ndime ntos c o m bilhetes; e m se g und o lug ar, essa nã o é a
sua princip al "estra té gia" p ara fazer fortuna.
Vo c ê pre cisa a cre ditar q ue é vo c ê mesmo q ue m c o nq uista o se u pró prio
êxito, q ue é vo c ê mesmo q ue m pro mo ve a sua pró pria me dio crid a d e e q ue é
vo c ê mesmo q ue m esta b ele c e a sua pró pria b a talha p elo dinheiro e p elo
suc esso. C o nscie nte o u inc o nscie nte me nte, se mpre se tra ta d e vo c ê.
Em vez d e assumire m a resp o nsa bilid a d e p elo q ue a c o nte c e na sua pró pria
vid a, as p esso as d e me ntalid a d e p o bre prefere m se c olo c ar no p a p el d e vítimas.
Um p e nsa me nto típic o d e q ue m a prese nta esse p a drã o é: "Po bre d e mim". Assim,
p or forç a d a lei d a inte nç ã o, é literalme nte isto o q ue as vítim as c o nse g ue m ser:
p o bres.
Re p are q ue e u disse q ue elas se c olo c a m no p a p el d e vítim as. Nã o afirmei
q ue sã o vítimas. Na minha o piniã o, ning ué m é vítima. Creio q ue as p esso as
a d ota m essa im a g e m p or a cre ditare m q ue d esse mo d o c o nse g ue m alg uma
c oisa. Mais a dia nte exa minarei essa q uestã o c o m m ais d etalhes.
Se nd o assim, c o mo é q ue vo c ê sa b e q ua nd o alg ué m está se faze nd o d e
vítima? A resp osta é: uma vítima d eixa três pistas ó b vias.
Pista nº 1 d a vítim a: a c ulp a é d os o utros
Q ua nd o o assunto é o motivo d e nã o sere m ric as, as vitimas, na sua
maioria, sã o esp e cialistas no "jo g o d a c ulp a". O o bjetivo d esse jo g o é ver p ara
q ua ntas p esso as e circ unstâ ncias uma vítim a c o nse g ue a p o ntar o d e d o se m
ja m ais olhar p ara si mesma. É alg o divertid o, p elo me nos p ara ela. Infelizme nte,
nã o é assim tã o le g al p ara q ualq uer um q ue te nha a m á sorte d e estar a o se u
la d o. A razã o é sim ples: q ue m está muito próximo a ela se torna um alvo fá cil.
A vítima p õ e a c ulp a na e c o no mia, no g o verno, na b olsa d e valores, nos
se us c orretores, no ra mo d e ne g ó cio e m q ue a tua, no p a trã o, nos e m pre g a d os,
no g ere nte, nos diretores d a e m presa. no serviç o d e a te ndime nto a o clie nte, no
d e p arta me nto d e e ntre g as. no marid o o u na sua mulher, no só cio, e m De us e, é
claro, nos p ais. A c ulp a é se m pre d e o utra p esso a o u d e o utra c oisa. O pro ble ma
é invaria velme nte alg ué m o u alg um a c oisa, nunc a ela pró pria.

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Pista nº 2 d a vítim a: se mpre há um a justific a tiva
Q ua nd o nã o está c ulp a nd o alg ué m, a vítima tra ta d e ra cio nalizar o u
justific ar a sua situa ç ã o dize nd o alg o d o g ê nero: "dinheiro nã o é assim tã o
imp orta nte". Eu lhe p erg unto: vo c ê a c ha q ue, se disser a o se u marid o o u à sua
mulher, a o se u na mora d o o u à sua na mora d a, à sua só cia o u a o se u só cio q ue
eles nã o sã o assim tã o imp orta ntes, alg um d eles fic aria muito te m p o c o m vo c ê?
A cre dito q ue nã o. Ta mp o uc o o dinheiro fic aria.
Nos me us se minários se m pre há p articip a ntes q ue vê m me dizer: "Sa b e,
Harv, dinheiro nã o é tã o imp orta nte assim". Eu os olho direta me nte nos olhos e
resp o nd o: "Vo c ê está se m dinheiro?" Em g eral eles d esvia m o olhar p ara os
pró prios p és e resp o nd e m, c a bisb aixos, q ualq uer c oisa c o mo: "Be m, neste
mo me nto esto u c o m alg uns pro ble m as fina nc eiros, mas.".. Eu dig o e ntã o: "O
pro ble m a nã o é neste mo me nto, vo c ê se mpre este ve na pind aíb a o u muito p erto
disso, nã o é mesmo?" A essa altura eles g eralme nte b ala nç a m a c a b e ç a
c o nc ord a nd o e retorna m p esarosa me nte a os se us lug ares, disp ostos a esc utar e
a pre nd er, p erc e b e nd o p or fim o resulta d o d esastroso q ue esse p e nsa me nto te m
o u te ve so bre a sua vid a.
É e vid e nte q ue essas p esso as estã o e nfre nta nd o gra nd es dific uld a d es
fina nc eiras. Vo c ê p ossuiria uma mo to cicleta se ela nã o fosse imp orta nte p ara
vo c ê? É claro q ue nã o. Teria um p a p a g aio d e estim a ç ã o se ele nã o fosse
imp orta nte p ara vo c ê? Ob via me nte, nã o. Da mesma form a, se, na sua o piniã o, o
dinheiro nã o é tã o im p orta nte assim, vo c ê sim plesme nte nã o terá ne nhum.
Vo u explic ar alg o se m meias p ala vras: to d a p esso a q ue diz q ue dinheiro
nã o é im p orta nte nã o te m dinheiro ne nhum. Os ric os e nte nd e m a im p ortâ ncia d o
dinheiro e o lug ar q ue ele o c up a na so cie d a d e. Que m te m a me ntalid a d e p o bre,
p or sua vez, valid a a sua pró pria iné p cia fina nc eira c o m c o m p ara ç ões
irrele va ntes. Afirm a: "O dinheiro nã o é mais im p orta nte d o q ue o a mor". Ora, essa
é uma c o mp ara ç ã o e q uivo c a d a. O q ue é m ais imp orta nte: o se u bra ç o o u a sua
p erna? É ó b vio q ue a mb os tê m imp ortâ ncia.
O dinheiro é esse ncial nas áre as e m q ue pro d uz resulta d os e insig nific a nte
nos c a m p os e m q ue nã o te m utilid a d e. E, e m b ora o a mor p ossa fazer o mund o
girar, esse se ntime nto c erta me nte nã o p a g a a c o nstruç ã o d e hospitais, igrejas e
c asas. E ta m b é m nã o e nc he a b arrig a d e ning ué m.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O dinheiro é extre ma me nte im p orta nte nas áre as e m q ue pro d uz resulta d os
e insig nific a nte nos c a m p os e m q ue nã o te m utilid a d e.
Ne nhum ric o a cre dita q ue o dinheiro nã o é imp orta nte. E, c aso e u nã o
te nha sid o c o nvinc e nte o b asta nte e vo c ê aind a p e nse q ue, d e alg um a forma, o
dinheiro é insig nific a nte, vo c ê nã o d e ve ir b e m fina nc eira me nte e c o ntinuará
assim e nq ua nto nã o erra dic ar esse arq uivo ne g a tivo d o se u mo d elo d e dinheiro.
Pista nº 3 d a vitim a: viver se q ueixa nd o
Q ueixar-se é a pior c oisa q ue alg ué m p o d e fazer p or sua sa úd e e riq ueza. A
pior mesmo. Por q uê?

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A cre dito pia me nte na lei universal q ue diz: "A q uilo q ue fo c aliza mos se
exp a nd e". Qua nd o vo c ê se q ueixa, no q ue está se c o nc e ntra nd o: na q uilo q ue
está c erto o u no q ue está erra d o na sua vid a? Ob via me nte, está d a nd o
d esta q ue a o q ue está erra d o. E, um a vez q ue a q uilo q ue é fo c aliza d o se
exp a nd e, vo c ê só re c e b erá mais d o q ue está ind o m al.
Muitos professores d a áre a d o d ese nvolvime nto p esso al fala m so bre a lei d a
a tra ç ã o. Ela diz q ue "os ig uais se a tra e m" - isso q uer dizer q ue, q ua nd o alg ué m
re cla ma, está na re alid a d e a traind o c oisas ruins p ara a sua vid a.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A p esso a q ue se q ueixa torna-se um "im ã d e c oisas ruins" vivo e p ulsa nte.
Vo c ê já re p aro u c o mo c ostuma ser difícil a vid a d as p esso as q ue vive m se
la me nta nd o? Pare c e q ue tud o o q ue p o d e d ar erra d o lhes a c o nte c e. Elas dize m:
"É claro q ue e u re cla mo - olha só c o mo minha vid a é um a dro g a". A g ora q ue
vo c ê já sa b e mais so bre esse assunto, p o d erá explic ar: "Nã o: é exa ta me nte
p orq ue vo c ê se q ueixa q ue a sua vid a é uma dro g a".
Isso re me te a o utro p o nto. Vo c ê te m q ue fazer q uestã o a bsoluta d e nã o
fic ar na c o mp a nhia d e p esso as q ue vive m re cla ma nd o. Se tiver uma gra nd e
ne c essid a d e d e estar p erto d e um a d elas, nã o se esq ue ç a d e se pro te g er c o m
um g uard a-c huva d e a ç o, d o c o ntrário a c oisa ruim q ue era d estina d a a ela vai
c air e m cim a d e vo c ê ta mb é m.
Eu pro c uro fic ar tã o dista nte q ua nto p ossível d e q ue m re cla ma p orq ue a
e nergia ne g a tiva é c o nta giosa. Muitas p esso as, p oré m, a d ora m se a proximar d os
resmung ões e o uvi-los. Por q uê? Por um mo tivo sim ples: elas estã o esp era nd o a
sua vez d e se q ueixar. "E vo c ê a c ha q ue isso é horrível? Esp ere só a té o uvir o q ue
a c o nte c e u c o mig o".
Vo u lhe p assar um d e ver d e c asa e pro meto q ue ele lhe d ará uma gra nd e
o p ortunid a d e d e mud ar a sua vid a. Eu o d esa fio a nã o re cla mar d e na d a
d ura nte os próximos sete dias. E nã o a p e nas e m voz alta, na sua c a b e ç a
ta mb é m. Poré m vo c ê terá q ue fazer isso nos próximos sete dias inteirinhos. Por
q uê? Porq ue d ura nte os primeiros dias talvez vo c ê aind a re c e b a alg um a c oisa
ruim "resid ual" d o p assa d o. Por isso p o d e d e morar um p o uc o p ara ela se dissip ar.
Desa fiei milhares d e p esso as a fazer esse p e q ue no exercício e fiq uei
a d mira d o c o m a q ua ntid a d e d e g e nte q ue me disse d e p ois q ue ele tra nsformo u
as suas vid as. Gara nto q ue a sua vid a ta m b é m se tornará surpree nd e nte q ua nd o
vo c ê p arar d e se c o nc e ntrar nas c oisas ne g a tivas - e d e a traí-las, p orta nto. Se
vo c ê c ostum a se la me ntar, esq ue ç a p or e nq ua nto a id éia d e a trair o suc esso -
p ara a m aioria d as p esso as, a tingir o "p o nto morto" já é um gra nd e c o me ç o.
A a titud e d e c ulp ar os o utros, justific ar-se e q ueixar-se te m o mesmo efeito
d as pílulas. Só serve p ara re d uzir o estresse. Alivia a te nsã o d o fra c asso. Pe nse
nisso. Se a p esso a nã o estivesse se nd o m alsuc e did a d e alg um mo d o, ela
pre cisaria resp o nsa bilizar alg ué m, arra njar um a justific a tiva p ara isso o u re cla mar?
A resp osta ó b via é: nã o.
De hoje e m dia nte, q ua nd o vo c ê se vir c ulp a nd o os o utros, se justific a nd o
o u se q ueixa nd o, p are ime dia ta me nte. Le m bre-se d e q ue vo c ê está cria nd o a
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sua vid a e a traind o p ara ela, a to d o mo me nto, o suc esso o u alg o ne g a tivo. É
fund a me ntal q ue esc olha c uid a d osa me nte os se us p e nsa me ntos e as suas
p ala vras.
A g ora vo c ê está pro nto p ara esc utar um d os maiores se gre d os d o mund o:
nã o existe m vítimas verd a d eira me nte ric as. Ente nd e u b e m? Afinal, q ue m o uviria
as suas q ueixas? "Ai, ai, o me u ia te está arra nha d o". Dia nte disso, q ualq uer um
resp o nd eria: "E d aí?"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Nã o existe m vitim as verd a d eira me nte ric as.
Por o utro la d o, ser vítima te m as suas re c o m p e nsas. O q ue as p esso as
g a nha m se c olo c a nd o nesse p a p el? A resp osta é: a te nç ã o. Isso é im p orta nte?
C o m to d a a c erteza. De um a forma o u d e o utra, a te nç ã o é tud o o q ue a maioria
d as p esso as almeja. E o q ue faz c o m q ue elas viva m e m b usc a d e a te nç ã o é o
fa to d e c o metere m um gra nd e erro - o mesmo q ue q uase to d os nós já
c o mete mos: c o nfundir a te nç ã o c o m a mor.
A cre dite: é pra tic a me nte imp ossível ser feliz e b e m-suc e did o q ua nd o se
está o te m p o to d o pre cisa nd o d e a te nç ã o. Por c a usa d essa ne c essid a d e, q ue m
está se mpre q uere nd o a gra d ar p ara c o nse g uir a pro va ç ã o c ostuma fic ar à
merc ê d os o utros. A b usc a p or a te nç ã o c a usa m ais um pro ble m a: a p esso a
te nd e a fazer c oisas idiotas p ara c o nse g ui-la. É esse ncial disso ciar a a te nç ã o d o
a mor p or vários motivos.
Primeiro, a p esso a fará m ais suc esso; se g und o, será m ais feliz; terc eiro,
p o d erá e nc o ntrar a mor verd a d eiro na sua vid a. Na m aior p arte d os c asos,
a q ueles q ue c o nfund e m a mor c o m a te nç ã o nã o se a ma m no se ntid o
g e nuina me nte espiritual d a p ala vra, e sim, e m larg a me did a, a p artir d o se u
pró prio e g o, c o mo na frase "e u a mo tud o o q ue vo c ê faz p or mim".
C o nse q üe nte me nte, o rela cio na me nto diz resp eito a p e nas a o pró prio indivíd uo,
nã o à o utra p esso a o u, p elo me nos, às d uas.
Disso cia nd o a a te nç ã o d o a mor, a p esso a se lib erta p ara a mar o o utro p elo
q ue ele é, e nã o p elo q ue ele faz p ara ela.
C o mo já disse, um a vítima verd a d eira me nte ric a nã o existe. Assim, p ara
p o d er c o ntinuar nesse p a p el, q ue m está e m b usc a d e a te nç ã o faz q uestã o
a bsoluta d e nunc a e nriq ue c er d e verd a d e.
É hora d e d e cidir. Vo c ê p o d e ser um a vítim a o u alg ué m ric o, ja m ais as d uas
c oisas a o mesmo te mp o. Preste a te nç ã o: to d a vez q ue vo c ê c ulp ar alg ué m, se
justific ar o u se q ueixar, estará se d e g ola nd o e m termos fina nc eiros.
É hora d e resg a tar o se u p o d er e re c o nhe c er q ue vo c ê cria tud o o q ue
existe e o q ue nã o existe na sua vid a. Observe q ue vo c ê pro d uz a sua riq ueza, a
sua falta d e riq ueza e to d as as p ossibilid a d es q ue estã o no meio d o c a minho.
DECLARAÇÃO
Eu mesmo crio o me u pró prio gra u d e suc esso fina nc eiro.
Eu te nho um a me nte milio nária!

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AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. To d a vez q ue vo c ê se vir c ulp a nd o alg ué m, se justific a nd o o u se
q ueixa nd o, p asse o d e d o indic a d or na fre nte d a sua g arg a nta no se ntid o
horizo ntal p ara se le m brar d e q ue esse c o m p orta me nto p o d e vir a c a usar a sua
d e g ola fina nc eira. Emb ora esse g esto p are ç a rud e, ele nã o é pior d o q ue o mal
q ue vo c ê faz a si pró prio a o resp o nsa bilizar as p esso as, se justific ar e re cla mar, e o
ajud ará a se livrar d esses há bitos d estrutivos.
2. Fa ç a um "c o ntrole". Ao final d e c a d a dia, liste p or escrito um fa to q ue
te nha sid o p ositivo e o utro q ue te nha sid o ne g a tivo. De p ois, escre va a resp osta
p ara a se g uinte p erg unta: "C o mo e u criei c a d a um a d essas situa ç ões?" Se ho uver
o utras p esso as e nvolvid as, resp o nd a: "Qual foi o me u p a p el na cria ç ã o d e c a d a
um a d essas situa ç ões?" Esse exercício o m a nterá resp o nsá vel p or sua vid a e
c o nscie nte d as estra té gias q ue estã o funcio na nd o a se u fa vor e d as q ue estã o
c o ntra vo c ê.

Arquivo de riqueza nº 2

As p esso as ric as e ntra m no jo g o d o dinheiro p ara g a nhar.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre e ntra m no jo g o d o dinheiro p ara nã o
p erd er.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre jo g a m o jo g o d o dinheiro na d efe nsiva.
Resp o nd a: se vo c ê fosse disp utar um a p artid a d e um esp orte q ualq uer
usa nd o uma tá tic a estrita me nte d efe nsiva, q uais seria m as suas c ha nc es d e
ve nc er? Muita g e nte c o nc ord aria q ue p o uc a o u ne nhuma.
No e nta nto, é assim q ue a maioria d as p esso as jo g a o jo g o d o dinheiro. A
sua princip al pre o c up a ç ã o é a so bre vivê ncia e a se g ura nç a, e nã o a c o nq uista
d e riq ueza e a b und â ncia. Entã o, q ual é a sua meta, se u o bjetivo, sua re al
inte nç ã o?
A me ta d as p esso as verd a d eira me nte ric as é ter gra nd e fortuna e
a b und â ncia. Nã o a p e nas alg um dinheiro, m as muito dinheiro. E q ual é o o bjetivo
d as p esso as d e me ntalid a d e p o bre? Ter "dinheiro suficie nte p ara p a g ar as
c o ntas... e m dia, já seria um mila gre!"
Deixe-me falar uma vez mais so bre o p o d er d a inte nç ã o. Se o q ue vo c ê
prete nd e é p ossuir a p e nas o b asta nte p ara c o brir as d esp esas, é exa ta me nte isso
o q ue c o nse g uirá - ne m um únic o c e nta vo a mais.
As p esso as q ue tê m um a visã o d e classe mé dia d ã o p elo me nos um p asso
alé m, p e na q ue seja um p asso muito p e q ue no. O se u gra nd e o bjetivo na vid a é
ig ual à p ala vra d e q ue m ais g osta m neste mund o: "c o nforto", e tud o o q ue
d eseja m é um p o uc o m ais disso. Od eio ter q ue lhe d ar esta no ticia, p oré m existe
um a ime nsa difere nç a e ntre ter alg um c o nforto e ser ric o.
De vo a d mitir q ue ne m se m pre e u so ub e disso. Mas um d os mo tivos p elos
q uais me c o nsid ero no direito d e escre ver este livro é o fa to d e ter exp erime nta d o
os três níveis d e situa ç ã o fina nc eira. Ho uve um a fase e m q ue estive
c o mple ta me nte q ue bra d o – c he g uei a p e dir US$ 1 e mpresta d o p ara a b aste c er o

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c arro. M as isso nã o foi tud o. Primeiro, o c arro nã o era me u. Se g und o, esse d ólar
veio na forma d e q ua tro moe d as. Vo c ê faz id éia d e c o mo é c o nstra ng e d or p ara
um a d ulto ter q ue p a g ar g asolina c o m mo e d as? O fre ntista me olho u c o mo se e u
fosse um la drã o d e c ofrinho d e cria nç a e a p e nas sorriu, b ala nç a nd o a c a b e ç a.
Nã o sei se d á p ara im a ginar, m as esse foi um d os me us mo me ntos fina nc eiros
mais b aixos e, infelizme nte, a p e nas um d eles.
De p ois q ue me estruturei, p assei a o nível d e ter c o nforto. Isso é b o m. Pelo
me nos d á p ara variar ind o a resta ura ntes melhores. Mas o máximo q ue e u p o dia
p e dir ali era fra ng o. Nã o há na d a d e erra d o c o m o fra ng o, se esse é o pra to q ue
a p esso a re alme nte q uer. Poré m, muitas vezes nã o é.
Na verd a d e, q ue m está num a situa ç ã o a p e nas c o nfortá vel d o p o nto d e
vista fina nc eiro g eralme nte esc olhe o pra to c o nsulta nd o a c oluna à direita no
c ard á pio - o la d o d o pre ç o.
A q uestã o se resume a o se g uinte: se o se u o bjetivo é ter alg um c o nforto, é
pro vá vel q ue vo c ê nunc a fiq ue ric o. Mas, c aso a sua meta seja e nriq ue c er, é
pro vá vel q ue vo c ê alc a nc e uma situa ç ã o ric a me nte c o nfortá vel.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se o se u o bjetivo é ter alg um c o nforto, é pro vá vel q ue vo c ê nunc a fiq ue
ric o. Mas, c aso a sua meta seja e nriq ue c er, é pro vá vel q ue vo c ê alc a nc e um a
situa ç ã o ric a me nte c o nfortá vel.
Um d os princípios q ue e nsino nos se minários é: "Se vo c ê a tirar nas estrelas,
a tingirá p elo me nos a Lua". As p esso as d e me ntalid a d e p o bre nã o a tira m ne m no
teto d a sua pró pria c asa e, d e p ois, fic a m se p erg unta nd o p or q ue nã o a c ertara m
e m na d a. Be m, vo c ê a c a b a d e d esc o brir p or q uê. Só c o nse g uimos a q uilo q ue
verd a d eira me nte almeja mos. Se vo c ê q uer fic ar ric o, a sua meta te m q ue ser
essa, e nã o a d e ter a p e nas o suficie nte p ara p a g ar as c o ntas o u p ara d esfrutar
d e alg um c o nforto.
DECLARAÇÃO
A minha me ta é fic ar milio nário e mais aind a.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, p or escrito, d ois o bjetivos fina nc eiros q ue d e mo nstre m a sua
inte nç ã o d e criar a b und â ncia, e nã o me dio crid a d e o u p o breza. Rela cio ne metas
d o tip o "jo g ar p ara g a nhar" e m termos d e:
a. re ndime nto a nual;
b. p a trimô nio líq uid o.
Torne essas metas p ossíveis d e ntro d e um prazo re alista, m as le m bre-se
ta mb é m d e "a tirar nas estrelas".
2. Vá a um resta ura nte sofistic a d o e p e ç a um pra to c aro se m p erg untar
q ua nto c usta. (Se a gra na estiver c urta, é a c eitá vel dividir).

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O bs.: Fra ng o nã o vale.

Arquivo de riqueza nº 3

As p esso as ric as assume m o c o m pro misso d e sere m ric as.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre g ostaria m d e ser ric as.
Perg unte as p esso as se elas q uere m ser ric as. A m aioria d elas vai p e nsar
q ue vo c ê é d oid o. "É claro q ue sim", dirã o. A verd a d e, p oré m, é q ue q uase to d as
elas nã o d eseja m e nriq ue c er. Por q uê? Porq ue tê m no se u sub c o nscie nte muitos
arq uivos d e riq ueza ne g a tivos q ue lhes dize m q ue há alg o erra d o e m ser ric o.
No Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária, um a d as p erg untas q ue fa ç o é:
q uais sã o alg umas d as p ossíveis d esva nta g e ns d e ser ric o o u d e te ntar ser ric o?
Veja o q ue os p articip a ntes c ostum a m dizer e verifiq ue se alg um a d as
resp ostas te m a ver c o m o q ue vo c ê p e nsa a resp eito d essa q uestã o.
"E se e u me d er b e m e p erd er tud o? Aí serei re alme nte um fra c assa d o".
"Nunc a vo u sa b er se as p esso as g osta m d e mim p or mim mesmo o u p elo
me u dinheiro".
"Vo u c air na faixa m ais alta d o im p osto d e re nd a e ter q ue d ar meta d e d o
me u dinheiro a o g o verno".
"Dá muito tra b alho".
"O esforç o p o d e a c a b ar c o m a minha sa úd e".
"Os me us a mig os e a minha fa mília vã o me critic ar, dize nd o: 'Que m vo c ê
p e nsa q ue é?'".
"To d o mund o vai me p e dir uma ajudinha".
"Eu p o d eria ser ro ub a d o".
"Os me us filhos p o d eria m ser se q üestra d os".
"Uma resp o nsa bilid a d e muito gra nd e. Terei q ue a d ministrar rios d e dinheiro.
Pre cisarei e nte nd er tud o d e investime ntos. Vo u ter q ue me pre o c up ar c o m
estra té gias fisc ais e pro te ç ã o d e a tivos e c o ntra tar c o nta d ores e a d vo g a d os
c aros. Ai, q ue c oisa c ha ta!"
E p or aí vai.
C o mo me ncio nei a nteriorme nte, c a d a um d e nós te m arq uivos d e riq ueza
d e ntro d o arm ário c ha m a d o me nte. Esses arq uivos c o ntê m as nossas cre nç as
p esso ais, um a d as q uais é a d e q ue ser ric o é m ara vilhoso. No e nta nto, no c aso
d e muita g e nte, nessas p astas estã o ta m b é m informa ç ões q ue dize m q ue ser ric o
talvez nã o seja tã o esp eta c ular assim. Ou seja, essas p esso as tê m id éias muito
c o ntra ditórias a resp eito d a riq ueza. Um a p arte d esses re gistros a firm a, ra dia nte:
"Ter mais dinheiro tornaria a minha vid a muito mais divertid a". Mas o utra p arte
grita: "É, mas vo u ter q ue me ma tar d e tra b alhar! Qual é a gra ç a, e ntã o?" Um a
p arte diz: "Vo u p o d er viajar p elo mund o inteiro". E o utra d esta c a: "É, mas to d os
vã o q uerer uma ajudinha". Essas c o ntra diç ões p o d e m p are c er ino c e ntes, mas, na

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re alid a d e, sã o alg uns d os princip ais mo tivos p elos q uais a maioria d as p esso as
nunc a e nriq ue c e.
Po d e mos c o nsid erar a q uestã o d a se g uinte m a neira. O universo (o utra
forma d e dizer "forç a sup erior"), q ue está lig a d o a um gra nd e d e p arta me nto d e
p e did os via c orreio, está o te mp o to d o lhe e nvia nd o a c o nte cime ntos, p esso as e
c oisas. Vo c ê "p e d e" (e re c e b e) a q uilo q ue d eseja e nc a minha nd o-lhe me nsa g e ns
c heias d e e nergia b ase a d as nas suas cre nç as d o mina ntes. Por forç a d a lei d a
a tra ç ã o, o universo faz o q ue está a o se u alc a nc e p ara dizer sim e a te nd e a os
se us d esejos. Mas, se vo c ê te m me nsa g e ns c o ntra ditórias nos se us arq uivos d e
riq ueza, ele nã o c o mpree nd e o q ue vo c ê q uer.
Em d etermina d o mo me nto, o universo o uve q ue vo c ê d eseja e nriq ue c er e
c o me ç a a lhe e nviar o p ortunid a d es p ara q ue alc a nc e o se u o bjetivo. De p ois,
p oré m, ele o esc uta dizer "Os ric os sã o g a na nciosos" e c o me ç a a ajud á-lo a nã o
g a nhar muito dinheiro. Em se g uid a, vo c ê p e nsa: "Ser ric o tornaria a minha vid a
muito m ais interessa nte"; e o universo, p erplexo e c o nfuso, re c o me ç a a lhe
ma nd ar c ha nc es d e g a nhar mais dinheiro. No dia se g uinte, vo c ê nã o está d e
b o m humor e p e nsa: "O dinheiro nã o é tã o im p orta nte assim". Frustra d o, o
universo grita: "Dá um jeito nessa sua c a b e ç a. Eu lhe d arei o q ue vo c ê q uiser, mas
me dig a o q ue é!".
O princip al motivo q ue imp e d e a m aioria d as p esso as d e c o nse g uir o q ue
q uer é nã o sa b er o q ue q uer. Os ric os nã o tê m ne nhum a d úvid a d e q ue almeja m
fazer fortuna. Sã o ina b alá veis no se u d esejo e to talme nte c o m pro metid os c o m a
cria ç ã o d a riq ueza. Farã o tud o o q ue for le g al, moral e étic o p ara c o ncretizar a
sua meta. Eles nã o e nvia m me nsa g e ns c o ntra ditórias a o universo. As p esso as d e
me ntalid a d e p o bre, sim.
(Por falar nisso: se, e nq ua nto vo c ê esta va le nd o o p ará grafo a nterior, uma
voz interna lhe disse alg o d o g ê nero "Os ric os nã o estã o ne m aí p ara a le g alid a d e,
a moralid a d e e a étic a" vo c ê está d efinitiva me nte faze nd o a c oisa c erta le nd o
este livro. Mais a dia nte, vo u mostrar c o mo esse mo d o d e p e nsar é no civo.)
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O princip al motivo q ue imp e d e a m aioria d as p esso as d e c o nse g uir o q ue
q uer é nã o sa b er o q ue q uer.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre a p o nta m um a série d e motivos p ara
explic ar p or q ue e nriq ue c er e ser ric o p o d e ser um pro ble m a.
C o nse q üe nte me nte, elas nunc a estã o 100% c ertas d e q ue q uere m fazer
fortuna. As me nsa g e ns q ue e nvia m a o universo sã o c o ntra ditórias, assim c o mo
a q uelas q ue tra nsmite m a os o utros. E p or q ue to d a essa c o nfusã o? Porq ue as
me nsa g e ns q ue elas ma nd a m p ara si mesm as ta mb é m sã o inc o ere ntes.
Já falei so bre o p o d er d a inte nç ã o. Sei q ue é difícil a cre ditar, m as vo c ê
se m pre c o nse g ue o q ue q uer - a q uilo q ue vo c ê d eseja no se u sub c o nscie nte, e
nã o o q ue vo c ê diz q uerer. Talvez vo c ê ne g ue isso e nfa tic a me nte: "Está lo uc o?
Por q ue mo tivo e u ia q uerer c o ntinuar me m a ta nd o d e tra b alhar?" Resp o nd o-lhe
exa ta me nte c o m a mesm a p erg unta: "Nã o sei. Por q ue razã o vo c ê ha veria d e
q uerer c o ntinuar se m a ta nd o d e tra b alhar?"

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Se vo c ê nã o está o b te nd o a riq ueza q ue diz d esejar, há uma gra nd e
pro b a bilid a d e d e q ue seja p orq ue, primeiro, no se u sub c o nscie nte, vo c ê nã o a
almeja d e verd a d e; se g und o, vo c ê nã o está disp osto a fazer o q ue é ne c essário
p ara c o nse g ui-la. Vo u explorar um p o uc o m ais essa q uestã o. O q uerer te m três
níveis. O primeiro é: "Eu q uero ser ric o". Essa é o utra forma d e dizer: "Pe g arei tud o o
q ue c air no me u c olo". Mas q uerer so me nte nã o b asta. Vo c ê nunc a no to u q ue
"q uerer" ne m se m pre c o nd uz a "ter"? Observe ta m b é m q ue q uerer e nã o ter cria
mais q uerer. Querer torna-se um há bito q ue só le va a ele mesmo, um círc ulo
vicioso q ue nã o c he g a a lug ar ne nhum. A riq ueza nã o resulta simplesme nte d o
fa to d e a p esso a d esejar p ossuí-la. C o mo e u sei disso? Basta o bservar a re alid a d e:
bilhões d e indivíd uos q uere m ser ric os, m as rela tiva me nte p o uc os sã o.
O se g und o nível d o q uerer é: "Eu esc olho ser ric o". Isso im plic a a d e cisã o d e
fic ar ric o. A esc olha te m um a e nergia muito forte e a nd a d e m ã os d a d as c o m a
resp o nsa bilid a d e q ue a p esso a te m d e criar a sua pró pria re alid a d e. A p ala vra
d e cisã o ve m d o la tim "d e cid ere", q ue e q uivale a "eliminar to d as as o utras
alterna tivas". Esc olher é muito b o m, m as aind a nã o é o melhor.
O terc eiro nível d o q uerer é: "Eu me c o m pro meto a ser ric o". O sig nific a d o
d e c o m pro meter-se é "d e dic ar-se se m restriç õ es". o q ue exig e nã o se refre ar e d ar
10000 d e tud o o q ue se te m p ara o b ter riq ueza. Isso re q uer disp osiç ã o p ara fazer
o q ue for ne c essário d ura nte o te mp o q ue for pre ciso. é o c a minho d o g uerreiro.
Ne nhum a d esc ulp a, ne nhum se, ne nhum mas, ne nhum talvez - e o fra c asso nã o é
um a o p ç ã o. O c a minho d o g uerreiro é sim ples: "Serei ric o o u morrerei te nta nd o".
"Eu me c o mpro meto a ser ric o". Exp erime nte dizer isso a si mesmo. O q ue
vo c ê se nte? Há q ue m exp erime nte um a se nsa ç ã o d e forç a e há q ue m te nha
um a se nsa ç ã o d e me d o.
As p esso as, na sua m aioria, ja m ais se c o mpro me teria m a ser ric as. Se
alg ué m lhes p erg untasse: "Vo c ês a p ostaria m a sua vid a q ue farã o fortuna nos
próximos 10 a nos?" Quase to d as elas diria m: "Ne m p e nsar!" Essa é a difere nç a
e ntre q ue m te m muito dinheiro e os indivíd uos d e me ntalid a d e p o bre. É p or nã o
se c o m pro metere m d e verd a d e a se tornare m ric os q ue estes últimos nã o o sã o e
pro va velme nte ja m ais o serã o.
Alg ué m e ntre eles p o d eria dizer: "Harv, nã o sei d o q ue vo c ê está fala nd o.
Eu tra b alho d uro o a no inteiro, fa ç o o p ossível, d e to d as as form as. É claro q ue
esto u c o mpro metid o c o m o o bjetivo d e e nriq ue c er". E e u resp o nd eria q ue te ntar
nã o é suficie nte. A d efiniç ã o de c o mpro meter-se é d e dic ar-se
inc o ndicio nalme nte.
A p ala vra-c ha ve é: inc o ndicio nalme nte. Ela mostra q ue vo c ê está d a nd o
tud o, e q uero dizer tud o mesmo, o q ue te m p ara c o nse g uir ser ric o. Muitas d as
p esso as fina nc eira me nte e mp a c a d as q ue c o nhe ç o tê m um limite q ua nto a o q ue
estã o disp ostas a fazer, a o q ue a c eita m arrisc ar e a o q ue a d mite m sa crific ar.
Em b ora se dig a m pro ntas p ara fazer tud o o q ue for ne c essário, e u se m pre
d esc ubro, q ua nd o as q uestio no profund a me nte, q ue elas imp õ e m uma série d e
c o ndiç õ es e m rela ç ã o a o q ue estã o o u nã o disp ostas a re alizar p ara tere m
suc esso.

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De testo ter q ue lhe dizer isso, mas fic ar ric o nã o é um p asseio no b osq ue. E,
se alg ué m disser q ue é, o u essa p esso a sa b e muito mais d o q ue e u o u nã o é
sinc era. A minha exp eriê ncia diz q ue e nriq ue c er exig e fo c o, c ora g e m,
c o nhe cime nto, esp e cializa ç ã o, 100% d e d e dic a ç ã o, a titud e d e nã o d esistir
ja m ais e, é claro, pro gra m a ç ã o me ntal d e p esso a ric a. Vo c ê pre cisa ta mb é m
a cre ditar pia me nte q ue p o d e c o nq uistar a riq ueza e q ue d e fa to a mere c e.
Re pito: o sig nific a d o d e tud o isso é q ue, se vo c ê nã o estiver verd a d eira e
ple na me nte d etermina d o a fazer fortuna, o mais pro vá vel é q ue nã o a o b te nha
mesmo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se vo c ê nã o está verd a d eira e ple na me nte d e termina d o a fazer fortuna, o
mais pro vá vel é q ue nã o a o b te nha mesmo.
Vo c ê está disp osto a tra b alhar 16 horas p or dia? As p esso as ric as estã o.
C o nc ord a e m tra b alhar sete dias p or se ma na e a brir mã o d a m aior p arte d os
se us fins d e se m a na? As p esso as ric as, sim. A d mite sa crific ar o se u te m p o c o m a
fa mília e os a mig os e se privar d as Suas diversões e d os se us ho b bies? As p esso as
ric as faze m isso. A c eita arrisc ar to d o o se u te m p o, to d a a sua e nergia e to d o o
se u c a pital inicial se m ne nhum a g ara ntia d e retorno? As p esso as ric as c orre m
esse risc o.
Elas estã o pre p ara d as p ara a gir assim e disp ostas a fazer tud o isso d ura nte
um te m p o q ue p o d e ser c urto o u b asta nte lo ng o. E vo c ê, está pro nto p ara essa
re alid a d e?
C o m sorte, nã o terá q ue tra b alhar muito te m p o, ne m muito, ne m sa crific ar
na d a. Desejar é d e gra ç a, p oré m e u nã o c o ntaria c o m isso.
No e nta nto, é interessa nte notar q ue, um a vez q ue vo c ê se c o m pro meta, o
universo se a pressará e m ajud á-lo. Um d os me us textos fa voritos, escrito p elo
explora d or W. H. Murra y num a d as suas primeiras exp e diç ões a o Him alaia, diz o
se g uinte:
"A té q ue se esteja c o m pro metid o, so bre vé m a hesita ç ã o, a p ossibilid a d e
d e re c uar, um a ineficiê ncia p erma ne nte. To d o a to d e inicia tiva (e cria ç ã o)
resp o nd e a um a únic a verd a d e ele me ntar, e d esc o nhe c ê-la ma ta inc o ntá veis
id éias e esplê ndid os pla nos: a p artir d o mo me nto e m q ue o indivíd uo se
c o mpro mete d efinitiva me nte, a Pro vid ê ncia se mo ve junto c o m ele. To d a uma
c a d eia d e e ve ntos e m a na d a d e cisã o d o individ uo, le va nd o a se u fa vor to d os os
tip os d e im pre vistos, e nc o ntros e assistê ncia m a terial q ue ning ué m ja mais so nharia
q ue p ud esse m o c orrer d essa m a neira".
Em o utras p ala vras, o universo ajud ará, g uiará, a p oiará e fará a té mila gres
a se u fa vor. Mas, primeiro, vo c ê te m q ue se c o mpro meter.
DECLARAÇÃO
Eu me c o mpro meto a ser ric o.
Eu te nho um a me nte milio nária!

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AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Escre va um p e q ue no p ará grafo so bre o mo tivo exa to p elo q ual
e nriq ue c er é im p orta nte p ara vo c ê. Seja esp e cífic o.
2. Pro c ure um a mig o o u p are nte q ue esteja disp osto a ajud á-lo. Dig a a
ele q ue vo c ê q uer c o nq uistar o m áximo d e suc esso invo c a nd o o p o d er d o
c o mpro misso. Olhe nos olhos d essa p esso a e re pita as se g uintes p ala vras:
"Eu, _______ [o se u no me ], p or meio d esta d e clara ç ã o, me c o m pro meto a
ser milio nário o u m ais aind a e m ____ [d a ta ]".
Pe ç a a o se u p arc eiro q ue dig a: "Eu a cre dito e m vo c ê". De p ois dig a: "Muito
o brig a d o".
O bs.: Observe c o mo vo c ê se se ntia a ntes e c o mo se se nte d e p ois d e firm ar
o se u c o m pro misso. Se a se nsa ç ã o é d e lib erd a d e, vo c ê está no c a minho c erto.
C aso te nha se ntid o uma p o nta d a d e me d o, c o ntinua no c a minho c erto. Mas, se
nã o sig nific o u na d a, é p orq ue vo c ê aind a está no p a drã o "Nã o esto u disp osto a
fazer tud o o q ue for ne c essário" o u no p a drã o "Nã o pre ciso d e ne nhuma d essas
b o b a g e ns". Seja c o mo for, nã o se esq ue ç a d e q ue o se u p a drã o o le vo u
exa ta me nte a o p o nto o nd e vo c ê está neste mo me nto.

Arquivo de riqueza nº 4

As p esso as ric as p e nsa m gra nd e.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre p e nsa m p e q ue no.
Num d os se minários ha via um professor-instrutor q ue a ume ntara o se u
p a trimô nio liq uid o d e US$ 250 mil p ara US$ 6 milhões e m a p e nas três a nos.
Qua nd o lhe p erg untei q ual o se u se gre d o, ele disse: "Tud o mud o u a p artir d o
mo me nto e m q ue c o me c ei a p e nsar gra nd e". C o nsid ere a lei d os re ndime ntos: "A
sua re munera ç ã o se d ará na pro p orç ã o direta d o valor q ue vo c ê a gre g ar, d e
a c ord o c o m o merc a d o".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Lei d os re ndime ntos: "A sua re munera ç ã o se d ará na pro p orç ã o dire ta d o
valor q ue vo c ê a gre g ar, d e a c ord o c o m o merc a d o".
A p ala vra-c ha ve é valor. E é im p orta nte c o nhe c er os q ua tro fa tores q ue
d etermina m o se u valor no merc a d o: oferta, d e m a nd a, q ualid a d e e q ua ntid a d e.
A minha exp eriê ncia diz q ue o fa tor q ue re prese nta o maior d esafio p ara a
maioria d as p esso as é a q ua ntid a d e. Ele c orresp o nd e sim plesme nte a: q ua nto d o
se u valor vo c ê re alme nte a gre g a a o merc a d o?
Outra ma neira d e dizer isso é: q ua ntas p esso as vo c ê a te nd e o u a ting e?
No me u ne g ó cio, p or exe m plo, há instrutores q ue prefere m e nsinar a
p e q ue nos grup os d e 20 p esso as d e uma vez, o utros q ue se se nte m c o nfortá veis
c o m 100 o uvintes na sala, o utros q ue g osta m d e um p úblic o d e 500 p articip a ntes
e o utros aind a q ue a d ora m pla téias d e mil a 5 mil p esso as o u m ais. Há difere nç a
d e re ndime nto e ntre esses instrutores? Po d e a cre ditar q ue sim.

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No c o me ç o d este livro me ncio nei q ue fui pro prietário d e um a c a d eia d e
lojas d e e q uip a me ntos d e ginástic a. A p artir d o mo me nto e m q ue p e nsei e ntrar
nesse ra mo, a minha inte nç ã o era ter 100 lojas b e m-suc e did as e a te nd er milhares
d e clie ntes. A minha c o nc orre nte, q ue c o me ç o u seis meses d e p ois d e mim, tinha
a meta d e p ossuir uma únic a loja d e suc esso.
C o mo vo c ê q uer viver? C o mo d eseja jo g ar o jo g o? Prefere p e nsar gra nd e
o u p e q ue no? A esc olha é sua.
A maioria d as p esso as esc olhe p e nsar p e q ue no. Por q uê? Primeiro, p or
c a usa d o me d o. Elas morre m d e me d o d o fra c asso e ta m b é m d o suc esso.
Se g und o, p orq ue se se nte m inferiores e nã o mere c e d oras. Nã o se c o nsid era m
suficie nte me nte im p orta ntes o u c a p azes d e fazer um a re al difere nç a na vid a d e
alg ué m.
M as preste a te nç ã o: a nossa vid a nã o diz resp eito so me nte a nós.
Diz resp eito ta m b é m a c o ntrib uir p ara a vid a d os o utros. Diz resp eito a ser
fiel a nossa missã o e à nossa razã o d e estarmos neste mund o neste mo me nto. Diz
resp eito a a cresc e ntarmos a nossa p e ç a a o q ue bra-c a b e ç a d o pla neta. A
maioria d as p esso as está tã o presa a o se u pró prio e g o q ue p e nsa: "Tud o gira e m
volta d e mim, d e mim e d e mim". No e nta nto, se vo c ê q uer ser ric o no verd a d eiro
se ntid o d a p ala vra, isso nã o p o d e se limitar a vo c ê. Te m q ue incluir o valor q ue
vo c ê a cresc e nta à vid a d os o utros.
Buckrninster Fuller, um d os m aiores inve ntores e filósofos d a nossa é p o c a,
disse: "O pro p ósito d a nossa vid a é a cresc e ntar valor à vid a d as p esso as d esta
g era ç ã o e d as g era ç õ es se g uintes".
C a d a um d e nós veio a o mund o c o m c ertos tale ntos na turais, ha bilid a d es
esp e cífic as. Esses d o ns nos fora m d a d os p or um a razã o: usá-los e c o m p artilhá-los.
Pesq uisas mostra m q ue os indivíd uos m ais felizes sã o a q ueles q ue explora m a o
máximo esses tale ntos. Parte d a nossa missã o na vid a d e ve ser, p orta nto, p artilhar
os tale ntos e o valor q ue te mos c o m o m aior número p ossível d e p esso as. Isso
re q uer estar disp osto a p e nsar gra nd e.
Vo c ê c o nhe c e a d efiniç ã o d e e m presário? A minha é: "Uma p esso a q ue
lucra solucio na nd o pro ble m as alheios". Exa ta me nte. Um e mpresário nã o é na d a
mais d o q ue alg ué m q ue solucio na pro ble m as.
Eu lhe p erg unto: vo c ê prefere resolver pro ble mas d e m ais p esso as o u d e
me nos p esso as? Se resp o nd e u m ais, vo c ê pre cisa c o me ç ar a p e nsar gra nd e e
d e cidir ajud ar um gra nd e número d e p esso as - milhares, milhões a té. O efeito
disso é q ue, q ua nto mais g e nte vo c ê a uxiliar, mais "ric o" fic ará nos pla nos me ntal,
e mo cio nal, espiritual e, p or fim, fina nc eiro.
Nã o se ilud a: neste mund o to d os nós te mos uma missã o. Há um a razã o
p ara vo c ê estar vive nd o neste exa to mo me nto. No livro Fernã o C a p elo Gaivota,
d e Ric hard Ba c h, a c erta altura o p erso na g e m p erg unta: "Co mo vo u sa b er se
c o mple tei a minha missã o?" A resp osta: "Se vo c ê aind a respira, é p orq ue ela
aind a nã o termino u".
O q ue te nho teste munha d o é muita g e nte d eixa nd o d e fazer o se u
tra b alho, d e c umprir a sua o brig a ç ã o, o u d harm a, c o mo é c ha ma d a e m
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sâ nscrito. O q ue vejo é muita g e nte p e nsa nd o p e q ue no d e m ais e muita g e nte se
d eixa nd o g uiar p or e g os mold a d os p elo me d o. O resulta d o é muita g e nte
a brind o m ã o d e viver à altura d o se u p o te ncial, ta nto e m termos d a pró pria vid a
q ua nto d a sua c o ntrib uiç ã o p ara os o utros.
Tud o se resume a o se g uinte: se nã o for vo c ê, q ue m será?
Volto a dizer: c a d a um d e nós te m um pro p ósito exclusivo na vid a. Sup o nha
q ue vo c ê seja um investid or q ue c o mpra imó veis p ara alug á-los e g a nhar dinheiro
c o m o fluxo d e c aixa e a valoriza ç ã o. Que ajud a vo c ê está presta nd o? Vo c ê
a gre g a valor à sua c o munid a d e a uxilia nd o fa mílias a e nc o ntrar c asas
c o nfortá veis q ue, d e o utra forma, elas talvez nã o c he g asse m a c o nhe c er. Mas a
q uestã o é: a q ua ntas fa mílias e p esso as vo c ê p o d e d ar a sua c o ntrib uiç ã o? A sua
inte nç ã o é ajud ar 10 e m vez d e uma, 20 e m vez d e 10, 100 e m vez d e 20? É isso o
q ue e u q uero dizer c o m p e nsar gra nd e.
Em Um re torno a o a mor, a escritora M aria nne Willia mso n exp ôs a q uestã o
d a se g uinte ma neira:
"Vo c ê é filho d e De us. Viver d e mo d o p e q ue no nã o serve a o mund o. Nã o
há na d a d e ilumina d o e m se esc o nd er p ara q ue as p esso as nã o se sinta m
Inse g uras a o se u re d or. To d os nós fo mos feitos p ara brilhar, c o mo as cria nç as.
Nasc e mos p ara tornar m a nifesta a glória d e De us q ue está d e ntro d e nós. Nã o
a p e nas d e alg um as p esso as, mas d e to d as. Q ua nd o d eixa mos a nossa luz brilhar,
inc o nscie nte me nte d a mos p ermissã o a os o utros p ara fazere m o mesmo. No
mo me nto e m q ue nos lib erta mos d o nosso pró prio me d o, a nossa prese nç a lib erta
a uto m a tic a me nte o utras p esso as.
O mund o nã o pre cisa d e m ais g e nte q ue viva d e mo d o p e q ue no. É hora
d e p arar d e se esc o nd er e ir à luta. É hora d e p arar d e ne c essitar e p assar a
c o nd uzir. É hora d e c o me ç ar a c o mp artilhar os se us tale ntos e m vez d e esc o nd ê-
los o u fingir q ue eles nã o existe m. É hora d e d ar início a o jo g o d a vid a e m gra nd e
estilo.
No fim, p e nsar e a gir p e q ue no só le va a uma vid a d e sa crifícios e
insa tisfa ç ã o. Pe nsar gra nd e e a gir gra nd e p ermite p ossuir dinheiro e um a vid a
c o m se ntid o. A esc olha é sua.
DECLARAÇÃO
Eu p e nso gra nd e. Esc olho ajud ar milhares d e p esso as.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste, p or escrito, o q ue vo c ê a cre dita sere m os se us tale ntos na turais -
as c oisas e m q ue vo c ê se mpre se d esta c o u. Descre va ta mb é m c o mo e e m q ue
vo c ê p o d e usar m ais esses tale ntos, esp e cial me nte na sua vid a profissio nal.
2. Escre va o u fa ç a uma sessã o d e "brainstorm" c o m um grup o d e
p esso as so bre c o mo vo c ê p o d e resolver pro ble m as d e um número d e p esso as 10
vezes m aior d o q ue o q ue vo c ê a ting e c o m o se u tra b alho o u ne g ó cio a tual.
Pro p o nha p elo me nos três estra té gias. Pe nse e m "ala va nc a g e m".

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Arquivo de riqueza nº5

As p esso as ric as fo c aliza m o p ortunid a d es.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre fo c aliza m o bstá c ulos.
As p esso as ric as vêe m o p ortunid a d es. As p esso as d e me ntalid a d e p o bre
id e ntific a m o bstá c ulos. As p esso as ric as re c o nhe c e m o p o te ncial d e crescime nto.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre c o nsid era m o p o te ncial d e p erd a. As p esso as
ric as fo c aliza m a re munera ç ã o. As p esso as d e me ntalid a d e p o bre c o nc e ntra m-
se no risc o. Tud o se resume à velha q uestã o: "O c o p o esta meio vazio o u meio
c heio?" Nã o esto u fala nd o d e p e nsa me nto p ositivo, esto u me referind o à sua
p ersp e c tiva ha bitual d o mund o. Gra nd e p arte d as p esso as d e me ntalid a d e
p o bre to m a d e cisõ es inspira d a p elo me d o. A sua me nte está o te mp o to d o à
pro c ura d o q ue está o u p o d e d ar erra d o e m q ualq uer situa ç ã o. A sua
pro gra m a ç ã o me ntal primordial é: "E se nã o d er c erto?" Ou, m ais
fre q üe nte me nte: "Isso nã o vai d ar c erto".
Que m p ossui uma visã o d e classe mé dia é lig eira me nte m ais otimista. A sua
pro gra m a ç ã o me ntal é: "Esp ero q ue d e c erto".
Os ric os, c o mo já disse, assume m a resp o nsa bilid a d e p elos resulta d os d a
sua vid a e a g e m se g und o a pro gra m a ç ã o me ntal "Vai d ar c erto p orq ue e u farei
c o m q ue d ê c erto".
Eles esp era m ser b e m-suc e did os. Tê m c o nfia nç a na sua c a p a cid a d e e
cria tivid a d e e a cre dita m q ue, se alg uma c oisa falhar, vã o d esc o brir o utro jeito d e
o b ter suc esso.
De mo d o g eral, q ua nto maior a re c o mp e nsa, maior o risc o. Por vere m
o p ortunid a d es o te m p o to d o, as p esso as ric as estã o disp ostas a arrisc ar. Elas
a cre dita m q ue c o nse g uirã o re c up erar o se u dinheiro c aso a va c a vá p ara o
brejo.
A exp e c ta tiva d as p esso as d e me ntalid a d e p o bre, a o c o ntrario, é
fra c assar. Elas nã o tê m c o nfia nç a e m si mesm as ne m na sua c a p a cid a d e. Estã o
c ertas d e q ue, se nã o fore m b e m-suc e did as nas suas a ç ões, será uma c a tástrofe.
E, c o mo só vêe m o bstá c ulos, g eralme nte nã o estã o disp ostas a c orrer risc os. Se m
risc o, nã o há re c o mp e nsa.
É b o m le m brar q ue estar a b erto a a c eitar risc os nã o c orresp o nd e
ne c essaria me nte a estar disp osto a p erd er. As p esso as ric as c orre m risc os
c alc ula d os. Isso q uer dizer q ue elas p esq uisa m, re aliza m as a nálises ne c essárias e
to m a m d e cisõ es b ase a d as e m fa tos e inform a ç õ es sólid as. Mas será q ue p assa m
a vid a inteira se inform a nd o?
Nã o. Elas faze m o q ue está a o se u alc a nc e, no me nor te mp o p ossível, e
to m a m a d e cisã o c alc ula d a d e ir à luta o u nã o.
Em b ora dig a m estar se pre p ara nd o p ara um a o p ortunid a d e, o q ue as
p esso as d e me ntalid a d e p o bre g eralme nte faze m é marc ar p asso. Morre nd o d e
me d o, le va m se m a nas, meses e a té mesmo a nos a fio p e nsa nd o no q ue fazer e,
q ua nd o d e cid e m, a o p ortunid a d e já d esa p are c e u. Entã o elas se justific a m
dize nd o: "Eu esta va me pre p ara nd o". C o m c erteza, m as, e nq ua nto se
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pre p ara va m, o sujeito ric o e ntro u e m c e na, saiu d e c e na e g a nho u m ais um a
fortuna.
Sei q ue p o d e p are c er estra nho o q ue vo u dizer, c o nsid era nd o q ua nto
valorizo a resp o nsa bilid a d e d o indivíd uo p ara c o nsig o mesmo. Re alme nte
a cre dito q ue o q ue as p esso as c ha m a m d e sorte está asso cia d o a o
e nriq ue cime nto e a o suc esso e m q ualq uer c a mp o.
No fute b ol, um time p o d e g a nhar o jo g o p orq ue o g oleiro d a o utra e q uip e
e ng ole um fra ng o falta nd o me nos d e um minuto p ara o fim d a p artid a. No g olfe,
p o d e ser uma ta c a d a m al d a d a q ue b a te numa árvore e volta p ara o gree n a
10c m d o b ura c o.
No mund o d os ne g ó cios, vo c ê já d e ve ter o uvid o falar d e alg ué m q ue
a plic o u dinheiro num terre no d a p eriferia e 10 a nos d e p ois surgiu um
c o nglo mera d o q ue d e cidiu c o nstruir ali um sho p ping c e nter o u um e difício d e
escritórios. Esse investid or fic o u ric o. Terá sid o um a brilha nte jo g a d a c o mercial o u
p ura sorte? O me u p alpite é: um p o uc o d as d uas c oisas.
A q uestã o, p oré m, é q ue a sorte - o u q ualq uer c oisa d o g ê nero - nã o
cruzará o se u c a minho se vo c ê nã o exe c utar uma a ç ã o. Para ter suc esso
fina nc eiro, primeiro é ne c essário q ue vo c ê fa ç a alg o, c o m pre alg o o u c o me c e
alg o. E d e p ois disso? Terá sid o a sorte, o universo o u um p o d er sup erior q ue o terá
ajud a d o c o m um mila gre p or sua c ora g e m e p or se u c o m pro misso d e ir à luta?
Na minha o piniã o, ta nto faz. A p e nas a c o nte c e.
Outro princípio-c ha ve p ertine nte nesse c aso é: as p esso as ric as fo c aliza m o
q ue elas q uere m, e nq ua nto as q ue tê m um a me ntalid a d e p o bre c o nc e ntra m-se
no q ue nã o q uere m. Re p etind o, a lei universal diz: "A q uilo q ue vo c ê fo c aliza se
exp a nd e". C o mo os ric os estã o se mpre volta d os p ara as o p ortunid a d es, elas
c ho ve m na sua vid a. O se u m aior pro ble ma é a d ministrar to d as as c ha nc es d e
g a nhar dinheiro q ue a p are c e m à sua fre nte. No c aso d as p esso as d e
me ntalid a d e p o bre, q ue, p or o utro la d o, estã o se m pre e nfa tiza nd o os o bstá c ulos,
eles se m ultiplic a m a o se u re d or. O se u m aior pro ble m a é c o mo se livrar d e ta ntos
pro ble m as.
A q uestã o é sim ples. O se u c a m p o fo c al d etermina o q ue vo c ê e nc o ntrará
na vid a. C o nc e ntre-se nas o p ortunid a d es e verá o p ortunid a d es. Ate nha-se a os
o bstá c ulos e terá o bstá c ulos. Nã o esto u lhe dize nd o p ara nã o to m ar c uid a d o
c o m os pro ble m as. Tra te d eles à me did a q ue fore m a p are c e nd o, no mo me nto
prese nte. Mas ma nte nha os olhos p ostos nas suas metas, p erma ne ç a e m
mo vime nto rumo a os se us o bjetivos. De diq ue o se u te mp o e a sua e nergia a
c o nq uistar a q uilo q ue vo c ê q uer. Qua nd o surgire m dific uld a d es, sup ere-as e, e m
se g uid a, re c up ere ra pid a me nte o se u fo c o. Nã o p erm a ne ç a a vid a inteira
resolve nd o c o mplic a ç ões. Pare d e fic ar o te m p o to d o a p a g a nd o inc ê ndios.
Que m faz isso a nd a p ara trás. Empre g ue o se u te m p o e a sua e nergia e m
p e nsa me ntos e a tos, se g uind o firme me nte a dia nte, na dire ç ã o d o se u pro p ósito.
Q uer um c o nselho simples mas raro? Se vo c ê d eseja fic ar ric o, c o nc e ntre-se
e m g a nhar, c o nservar e multiplic ar o se u dinheiro. Se prefere ser p o bre, d e diq ue-
se a g astá-lo. Ind e p e nd e nte me nte d e q ua ntas d eze nas d e livros vo c ê leia e d e

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q ua ntos c ursos so bre suc esso vo c ê fa ç a, tud o se resume a isso. Le mbre-se: a q uilo
q ue vo c ê fo c aliza se exp a nd e.
As p esso as ric as e nte nd e m ta m b é m q ue nã o é p ossível ter to d as as
informa ç ões d e a nte m ã o. Em um d os me us pro gra m as, orie nto os p articip a ntes a
a c essar a sua forç a interior e ve nc er a d esp eito d e tud o.
Ensino um princípio c o nhe cid o c o mo "Pre p arar, fo g o, a p o ntar!". O q ue
sig nific a isso? Pre p are-se o melhor q ue p ud er no me nor te mp o p ossível, aja e
c orrija-se no c a minho.
É lo uc ura p e nsar q ue se p o d e sa b er tud o o q ue vai o c orrer no futuro. É
ilusã o sup or q ue é p ossível estar pre p ara d o p ara q ualq uer circ unstâ ncia q ue surja
no pro c esso e ta mb é m prote gid o c o ntra ela. No universo nã o há linha reta, vo c ê
sa bia? A vid a nã o viaja e m linhas p erfeita me nte retas. Ela se asse melha m ais a
um a estra d a sinuosa.
Em g eral, só c o nse g uimos ver a c urva se g uinte e, só d e p ois d e alc a nç á-la,
é q ue so mos c a p azes d e a vistar mais.
A id éia é vo c ê c o me ç ar o jo g o c o m tud o o q ue te m, no lug ar o nd e está. Ê
o q ue c ha mo d e e ntrar no c orre d or. Vo u lhe d ar um exe mplo. A nos a trás e u
pla neja va a brir um c afé e c o nfeitaria 24 horas e m Fort La ud erd ale, Flórid a. Estud ei
as o p ç õ es d e lo c aliza ç ã o, o merc a d o e o e q uip a me nto ne c essário. Pesq uisei
ta mb é m os tip os d e b olos, tortas, sorvetes e c afés disp o níveis, O primeiro
pro ble m a foi q ue e ng ord ei à b e ç a. C o mer o o bjeto d a minha p esq uisa nã o foi d e
gra nd e ajud a.
Entã o me p erg untei: "Harv, q ual é a melhor m a neira d e estud ar um ra mo d e
ne g ó cio?" E esse sujeito c ha ma d o Harv, q ue era e vid e nte me nte muito m ais
esp erto d o q ue e u, resp o nd e u: "Se vo c ê q uer c o nhe c er um ne g ó cio a fund o,
e ntre nele. Ning ué m te m a o brig a ç ã o d e sa b er tud o. Entre no c orre d or
c o nse g uind o um e m pre g o na áre a. Vo c ê a pre nd erá mais varre nd o o c hã o e
la va nd o pra tos num resta ura nte d o q ue se p assar 10 a nos p esq uisa nd o d o la d o
d e fora". (Eu nã o disse q ue ele era muito m ais esp erto d o q ue e u?)
Foi o q ue fiz. Arra njei um e mpre g o numa e m presa d o ra mo. Gostaria d e
p o d er dizer q ue os me us so b erb os tale ntos fora m ime dia ta me nte re c o nhe cid os e
q ue re c e bi d e c ara o c arg o d e diretor exe c utivo. Mas, o q ue fazer... C o mo
ning ué m ali p erc e b e u as minhas q ualid a d es d e lid era nç a, tive q ue c o me ç ar
c o mo ajud a nte d e g arç o m. É isso mesmo, varre nd o o c hã o e la va nd o pra tos.
Nã o é e ngra ç a d o c o mo o p o d er d a inte nç ã o d á c erto?
Vo c ê d e ve estar p e nsa nd o q ue e u tive q ue e ng olir o me u org ulho p ara
a c eitar esse tra b alho, m as a verd a d e é q ue nunc a c o nsid erei a q uestã o d essa
forma. A minha missã o era c o nhe c er o ne g ó cio d os d o c es, p or isso me se nti gra to
p ela o p ortunid a d e d e a pre nd er o assunto "d e c aro na" na e m presa d e alg ué m e
aind a p or cima g a nhar um dinheirinho.
Nessa te mp ora d a c o mo ajud a nte d e g arç o m, p assei o m áximo d e te mp o
c o nversa nd o c o m o g ere nte so bre re c eitas e d esp esas, exa mina nd o c aixas p ara
d esc o brir os no mes d os forne c e d ores e ajud a nd o o p a d eiro, às q ua tro d a ma nhã,
p ara a pre nd er so bre os e q uip a me ntos, ingre die ntes e pro ble mas d o ra mo.

53
Eu d e via estar ind o b asta nte b e m na minha funç ã o p orq ue, d e p ois d e um a
se m a na, o g ere nte me c ha mo u, me d e u um p e d a ç o d e torta e me ofere c e u
uma pro mo ç ã o a o p osto d e... c aixa. Pe nsei na q uilo d ura nte um exa to
na nosse g und o e resp o ndi: "Obrig a d o, mas nã o, muito o brig a d o".
Primeiro, nã o ha veria muito o q ue a pre nd er se e u fic asse preso a trás d e
um a c aixa re gistra d ora. Se g und o, já sa bia o q ue e u q ueria sa b er. Missã o
c umprid a.
É isso o q ue q uero dizer c o m "c orre d or": e ntrar no c a mp o e m q ue vo c ê q uer
estar no futuro, a c eita nd o q ualq uer funç ã o, p ara ter c o ndiç ões d e c o nhe c er a
a tivid a d e. Esse é, d e lo ng e, o melhor méto d o p ara se a pre nd er um ne g ó cio.
Primeiro, vo c ê p o d e vê-lo p or d e ntro; se g und o, te m c o ndiç ões d e fazer os
c o nta tos ne c essários, o q ue seria c o m plic a d o esta nd o d o la d o d e fora; terc eiro,
um a vez no c orre d or, o utras "p ortas d e o p ortunid a d e" se a bre m à sua fre nte - isto
é, o bserva nd o o q ue re alme nte a c o nte c e, vo c ê te m a c ha nc e d e id e ntific ar um
nic ho q ue nã o ha via p erc e bid o a ntes; q uarto, talvez vo c ê d esc ubra q ue nã o
g osta d o ra mo - e d ê gra ç as a De us p or ter fic a d o sa b e nd o disso a ntes q ue fosse
muito tard e.
Entã o, q ual d essas q ua tro situa ç ões o c orre u c o mig o? Qua nd o d eixei
a q uela e mpresa, m al p o dia ver um a torta e, muito me nos, se ntir o c heiro d e
q ualq uer um a d elas. Se g und o, o p a d eiro saiu d e lá um dia d e p ois d e mim e me
telefo no u p ara dizer q ue a c a b ara d e d esc o brir um no vo e fa ntástic o
e q uip a me nto d e ginástic a c o nhe cid o c o mo b otas p ara gra vid a d e, q ue sã o
usa d as nos exercícios d e inversã o c orp oral feitos e m b arras (talvez vo c ê te nha
visto Ric hard Gere c o m elas numa c e na d o filme Gig olô a meric a no e m q ue ele
fic a p e nd ura d o d e c a b e ç a p ara b aixo). Ele q ueria sa b er se e u esta va interessa d o
e m d ar um a olha d a na q uele pro d uto. Fui c o nferir e c he g uei à c o nclusã o d e q ue
as b otas era m sim plesme nte o máximo, m as o ex-p a d eiro, nã o. Assim, e ntrei
sozinho no ne g ó cio.
C o me c ei ve nd e nd o as b o tas p ara lojas d e d e p arta me ntos e d e m a terial
esp ortivo. Perc e bi q ue to d os os re ve nd e d ores tinha m alg o e m c o mum -
e q uip a me ntos d e ginástic a d e m á q ualid a d e. Os sinos d o me u c ére bro
b a d alara m fre netic a me nte: "Op ortunid a d e, o p ortunid a d e, o p ortunid a d e". É
e ngra ç a d o c o mo as c oisas a c o nte c e m. Era a minha primeira exp eriê ncia c o m
esse tip o d e pro d uto e ela me le vo u a a brir um a d as primeiras lojas d e varejo d e
artig os d e fitness d a A méric a d o Norte e a g a nhar o me u primeiro milhã o. E
p e nsar q ue tud o c o me ç o u q ua nd o me pro p us a ser ajud a nte d e g arç o m. A
me nsa g e m é simples: e ntre no c orre d or. Vo c ê nunc a sa b e q ue p ortas se a brirã o
no se u c a minho.
Eu te nho um le ma: "A a ç ã o se mpre ve nc e a ina ç ã o". As p esso as ric as sa e m
e m c a m p o, a cre dita nd o q ue, uma vez d e ntro d o jo g o, p o d e m to m ar d e cisões
intelig e ntes, no mo me nto prese nte, fazer c orre ç ões d e rumo e ajustar as velas
d ura nte o p erc urso.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre, p or nã o c o nfiare m e m si mesm as e nas
suas a p tid ões, a cre dita m q ue pre cisa m sa b er tud o d e a nte m ã o, o q ue é
pra tic a me nte im p ossível. Enq ua nto isso, nã o faze m na d a.

54
Os ric os, c o m a sua a titud e p ositiva d e "pre p arar, fo g o, a p o ntar", e ntra m
e m a ç ã o e q uase se mpre ve nc e m. Que m p e nsa p e q ue no c ostuma dizer a si
mesmo: "Nã o vo u fazer na d a a té id e ntific ar to d os os p ossíveis pro ble m as e sa b er
exa ta me nte c o mo lid ar c o m eles". Assim, nunc a a g e e c o nse q üe nte me nte
se m pre p erd e.
Os ric os vêe m um a o p ortunid a d e, merg ulha m nela e fic a m aind a mais
ric os. E a q uelas o utras p esso as? Aind a estã o "se pre p ara nd o".
DECLARAÇÃO
Eu fo c alizo as o p ortunid a d es e nã o os o bstá c ulos.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Entre no jo g o. Pe nse num a situa ç ã o o u num projeto q ue vo c ê te nha
tid o vo nta d e d e c o me ç ar. O q ue q uer q ue vo c ê esteja esp era nd o, esq ue ç a.
C o me c e a g ora, d e o nd e está, a p artir d o q ue vo c ê te m. Se p ossível, d ê o
primeiro p asso tra b alha nd o c o mo e mpre g a d o o u c o m o utra p esso a p ara
a pre nd er os m a c etes. Se já a pre nd e u, nã o te m m ais d esc ulp a. Vá à luta!
2. Pra tiq ue o o timismo. Tud o o q ue alg ué m c o nsid erar pro ble ma o u
o bstá c ulo, re classifiq ue c o mo o p ortunid a d e. Vo c ê d eixará lo uc as as p esso as
ne g a tivas, m as, afinal, q ual é a difere nç a? Nã o é isso o q ue elas faze m c o nsig o
mesm as o te mp o to d o?
3. Fo c alize o q ue vo c ê te m e nã o o q ue vo c ê nã o te m. Fa ç a uma lista
d e 10 c oisas p elas q uais vo c ê se se nte gra to e leia-a e m voz alta. Re pita essa
leitura to d as as m a nhãs d ura nte os 30 dias se g uintes. Se nã o g ostar d o q ue p ossui,
nã o terá mais na d a disso ne m pre cisará ter.

Arquivo de riqueza nº 6

As p esso as ric as a d mira m o utros indivíd uos ric os e b e m-suc e did os.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre g uard a m resse ntime nto d e q ue m é ric o
e b e m-suc e did o.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre c ostuma m olhar p ara o suc esso alheio
c o m resse ntime nto, ciúme e inveja. Ora alfineta m c o m frases d o tip o "Que sorte
eles tê m!" ora sussurra m "Esses ric os idio tas".
Se vo c ê q uer ser um a p esso a b o a, m as c o nsid era os ric os na turalme nte
ma us, nunc a será um d eles. É im p ossível. C o mo vo c ê p o d e ser alg o q ue
d espreza?
É esp a ntoso o bservar o resse ntime nto e a té a raiva p ura e simples q ue
muitas p esso as d e me ntalid a d e p o bre tê m d os ric os. É c o mo se a cre ditasse m q ue
eles sã o os resp o nsá veis p ela situa ç ã o difícil e m q ue elas se e nc o ntra m. "É isso
mesmo, os ric os fic a m c o m to d o o dinheiro, p or isso nã o so bra ne nhum p ara mim".
Esse é, o b via me nte, o p erfeito disc urso d a vítima.
Vo u c o ntar uma história, nã o p ara me q ueixar, m as p ara re gistrar uma
exp eriê ncia re al q ue tive c o m esse princípio. A ntig a me nte, nos me us te mp os d e
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d ureza, e u tinha um c arro velho. Mud ar d e faixa d e trá fe g o nunc a era pro ble m a.
Quase to d os os motoristas me d eixa va m e ntrar. De p ois q ue fiq uei ric o e c o mprei
um b elo Ja g uar preto, no vinho e m folha, no tei q ue as c oisas mud ara m. De um
dia p ara o o utro, c o me c ei a ser c orta d o, às vezes g a nha nd o g estos o bsc e nos d e
brind e. C he g a va m a me a tirar o bje tos, e p or uma únic a razã o: e u p ossuía um
Ja g uar.
Um dia, e u esta va dirigind o p or um b airro muito sim ples o nd e tinha id o
distrib uir p erus d e Na tal c o mo c arid a d e. Ao a brir o teto solar d o Ja g uar, p erc e bi
a trás d e mim q ua tro sujeitos m al-e nc ara d os e nc arra pita d os na traseira d e um a
pic a p e. Se m mais ne m me nos, eles c o me ç ara m a usar o me u c arro p ara jo g ar
b asq uete, te nta nd o a c ertar la tas d e c erveja no teto solar. Vários a m assa d os e
arra nhõ es d e p ois, p assara m p or mim grita nd o: "Ric o filho d a m ã e!"
Im a ginei, é claro, q ue se tra ta va d e um incid e nte isola d o, a té d uas
se m a nas d e p ois, q ua nd o d eixei o c arro esta cio na d o na rua d e o utro b airro
ta mb é m muito sim ples e, a o retornar, e m me nos d e 10 minutos, e nc o ntrei um
ime nso arra nhã o na la teral feito à c ha ve.
Na o c asiã o se g uinte, e u fui a essa mesma p arte d a cid a d e c o m um Ford
Esc ort alug a d o. Para minha surpresa, nã o ho uve ne nhum pro ble m a. Nã o esto u
a bsoluta me nte inferind o q ue a q ueles b airros seja m ha bita d os p or g e nte má,
p oré m a exp eriê ncia me diz q ue alg umas p esso as ali g uard a m resse ntime nto d os
ric os.
É fá cil falar e m nã o ter resse ntime nto d e q ue m te m muito dinheiro, p oré m
essa é um a arm a dilha e m q ue q ualq uer um p o d e c air, a té mesmo e u,
d e p e nd e nd o d o esta d o d e espírito. C erta vez, q ua nd o lig uei a tele visã o p ara
sa b er os resulta d os esp ortivos, o pro gra m a Opra h esta va no ar. Mesmo nã o se nd o
um gra nd e fã d e tele visã o, e u a d oro a Opra h. Essa mulher afeto u p ositiva me nte
mais p esso as d o q ue q ualq uer o utra no pla neta e mere c e, p or isso, c a d a
c e nta vo q ue p ossui... e muito m ais.
Ela esta va e ntre vista nd o a a triz Halle Berry, g a nha d ora d o Osc ar 2002 p or
sua a tua ç ã o e m A últim a c eia. O te m a era o c o ntra to q ue Halle a c a b ara d e
fe c har, um d os maiores c o ntra tos d e a triz d a história d o cine ma - US$ 20 milhões.
Halle disse q ue nã o lig a va p ara dinheiro e q ue luto u p or esse c o ntra to fa b uloso
p ara a brir c a minho p ara as suas c ole g as d e profissã o. Entã o, e u me vi dize nd o,
c etic a me nte: "A h, se m essa! Vo c ê a c ha q ue to d as as p esso as q ue estã o
assistind o a o pro gra m a sã o idio tas? Pe g ue lo g o um a p arte d essa gra na e d ê um
a ume nto a o se u assessor d e rela ç ões p úblic as. Essa é a melhor jo g a d a
p ublicitária q ue já vi na vid a".
Se nti a e nergia ne g a tiva cresc e nd o d e ntro d e mim. Mas, a ntes q ue ela me
d o minasse, re a gi. "C a nc ela, c a nc ela, o brig a d o p ela inform a ç ã o", gritei à minha
me nte, p ara a b afar a voz d o resse ntime nto.
Nã o d a va p ara a cre ditar. Ali esta va e u, o Sr. Me nte Milio nária e m p esso a,
resse ntid o c o m Halle Berry p or c a usa d o dinheiro q ue ela g a nhara. Ra pid a me nte,
d ei a volta p or cim a e c o me c ei a gritar c o m to d a a forç a d os me us p ulmõ es: "É
isso aí, g arota! Vo c ê é o m áximo! Fic o u b ara to p ara eles, vo c ê d e via ter p e did o

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US$ 30 milhõ es. Para b é ns! Vo c ê é incrível, vo c ê mere c e". De p ois disso me se nti
muito melhor.
Q ualq uer q ue fosse o motivo d e Halle Berry q uerer ta nto dinheiro, o
pro ble m a nã o era ela, era e u. Le mbre-se d e q ue as minhas o piniões nã o faze m
ne nhum a difere nç a p ara a felicid a d e ne m p ara a riq ueza d essa p esso a, no
e nta nto faze m to d a a difere nç a p ara a minha felicid a d e e riq ueza. Nã o se
esq ue ç a ta mb é m d e q ue o piniões e p e nsa me ntos nã o sã o b o ns ne m m a us,
c ertos ne m erra d os q ua nd o e ntra m na nossa me nte, mas p o d e m, se g ura me nte,
ajud ar o u a tra p alhar a nossa felicid a d e e o nosso suc esso q ua nd o inva d e m a
nossa vid a.
No mo me nto e m q ue se nti a e nergia ne g a tiva fluind o d e ntro d e mim, o
me u alarme "d e o bserva ç ã o" soo u e, tal c o mo ha via treina d o, e u ime dia ta me nte
ne utralizei a ne g a tivid a d e na minha me nte. Nã o é ne c essário ser p erfeito p ara
fic ar ric o, p oré m é imp orta nte sa b er re c o nhe c er p e nsa me ntos q ue nã o
fortale c e m ne m vo c ê mesmo ne m os o utros e mud ar o fo c o p ara p e nsa me ntos
mais p ositivos. Qua nto mais vo c ê estud ar este livro, mais rá pid o e fá cil será o
pro c esso.
Em "O milio nário e m um minuto", os me us a mig os Mark Vic tor Ha nse n e
Ro b ert G. Alle n cita m um a história c o mo ve nte narra d a p or Russell H. Co nwell e m
Um a fortuna a o se u alc a nc e, escrito há mais d e um sé c ulo:
"Eu dig o q ue vo c ês d e ve m e nriq ue c er, q ue é se u d e ver e nriq ue c er.
Qua ntos irmã os pie d osos me dize m: "Mas o se nhor, um ministro cristã o, usa o se u
te m p o p ara p erc orrer o p aís d e alto a b aixo a c o nselha nd o as p esso as a
e nriq ue c er, a g a nhar dinheiro?". Sim, é claro q ue sim.
Entã o eles c o ntinua m: "Que c oisa horrível! Por q ue o se nhor nã o pre g a o
Eva ng elho e m vez d e d o utrinar as p esso as a g a nhar dinheiro?" Porq ue g a nhar
dinheiro ho nesta me nte é pre g ar o Eva ng elho. Essa é a razã o. Os ho me ns q ue
e nriq ue c e m talvez seja m os m ais ho nestos q ue p o d e mos e nc o ntrar na
c o munid a d e.
"M as", a firm a um jo ve m a q ui esta noite, "d ura nte to d a a minha vid a me
dissera m q ue as p esso as ric as sã o d eso nestas, indig nas, vis e d esprezíveis". Me u
a mig o, é exa ta me nte p or a c eitar essa id éia q ue vo c ê nã o te m ne nhum dinheiro.
A b ase d a sua fé e totalme nte falsa. Eu lhe dig o c o m to d a a clareza... 98 d e c a d a
100 ho me ns (e mulheres) ric os d os Esta d os Unid os sã o ho nestos. E é p or isso q ue
sã o ric os. É p or esse motivo q ue os o utros lhes c o nfia m dinheiro. É p or c a usa disso
q ue re aliza m gra nd es e mpree ndime ntos e se mpre e nc o ntra m p esso as p ara
tra b alhar c o m eles.
Diz o utro jo ve m: "Às vezes o uç o falar d e ho me ns q ue g a nha m milhõ es d e
d ólares d eso nesta me nte". Sim, é claro q ue o uve, e e u ta m b é m. Mas eles sã o tã o
raros q ue os jornais fala m a se u resp eito o te m p o to d o c o mo notícia a té fic armos
c o m a impressã o d e q ue to d os os ric os c o nse g ue m as suas fortunas d e mo d o
d eso nesto.
Me u a mig o, le ve-me a os sub úrbios d a Fila d élfia e me a prese nte a os
mora d ores q ue p ossue m c asas a o re d or d essa gra nd e cid a d e, c asas b elas c o m
jardins e flores, c asas esplê ndid as d e refina d a arte, e e u o a prese ntarei às p esso as
57
mais ple nas d e c ará ter e inicia tiva d a nossa cid a d e. A q ueles q ue tê m as suas
pró prias C asas se torna m m ais dig nos, ho nestos e p uros, mais fiéis, e c o nô mic os e
c uid a d osos p or p ossuí-las.
Nós pre g a mos c o ntra a c o biç a no p úlpito e usa mos a expressã o "lucro
imund o" d e um mo d o tã o ra dic al q ue os cristã os fic a m c o m a id éia d e q ue é
p e c a d o um ho me m ser ric o. Dinheiro é p o d er, e é pre ciso ser razo a velme nte
a mbicioso p ara g a nhá-lo. De ve ser assim p orq ue vo c ês p o d e m pra tic ar mais
b o as a ç ões c o m ele d o q ue se m ele. O dinheiro imprime as suas Bíblias, o dinheiro
c o nstrói as suas igrejas, o dinheiro e nvia os se us missio nários e o dinheiro suste nta
os se us p astores. Porta nto, e u dig o q ue é ne c essário ter dinheiro. Se vo c ês sã o
c a p azes d e e nriq ue c er ho nesta me nte, é se u d e ver sa gra d o fazer isso. É um erro
terrível d as p esso as pie d osas p e nsar q ue se d e ve ser p o bre p ara ser pie d oso.
Essa p assa g e m d e Co nwell exp õe exc ele ntes q uestões. A primeira é a
c o nfia bilid a d e. De to d os os a trib utos ne c essários p ara e nriq ue c er, ser c o nfiá vel
d e ve estar p erto d o to p o d a lista. Dig a-me, vo c ê faria ne g ó cio c o m um a p esso a
e m q ue m nã o c o nfia p elo me nos um p o uc o? Ne m p e nsar! Porta nto, p ara
e nriq ue c er, é ne c essário ser c o nfiá vel a os olhos d e muita g e nte. E, se ta ntas
p esso as c o nfia m assim e m alg ué m, é p orq ue esse indivíd uo d e ve ser mesmo
c o nfiá vel.
Q ue o utras c ara c terístic as as p esso as d e ve m ter p ara fazer fortuna e, mais
imp orta nte aind a, p erma ne c er ric as? É claro, to d a re gra te m exc e ç ã o, mas, e m
termos g erais, q ue m vo c ê pre cisa ser p ara se sair b e m e m q ualq uer c oisa?
C o nsid ere as se g uintes c ara c terístic as: alg ué m p ositivo, c o nfiá vel, fo c a d o,
d etermina d o, p ersiste nte, tra b alha d or, a tivo, b o nd oso, c o munic a d or
c o mp ete nte, razo a velme nte intelig e nte e esp e cializa d o e m p elo me nos um a
áre a.
Outro asp e c to interessa nte d a p assa g e m d e Co nwell é o fa to d e ta ntas
p esso as tere m sid o c o ndicio na d as a a cre ditar q ue nã o se p o d e ser a o mesmo
te m p o ric o e b o nd oso o u ric o e espiritualiza d o. Até e u p e nsa va d essa ma neira.
C o mo m uitos d e nós, o uvia d os me us a mig os e professores, d a mídia e d o resto
d a so cie d a d e q ue to d o ric o é, e m princípio, ma u e g a na ncioso. Mais um a vez,
esse mo d o d e p e nsar é p ura b o b a g e m. C o m b ase na minha pró pria exp eriê ncia
d e vid a, e nã o e m velhos mitos fund a me nta d os no me d o, d esc o bri q ue as
p esso as mais ric as q ue c o nhe ç o sã o ta mb é m as mais a m á veis.
Q ua nd o nos mud a mos p ara Sa n Die g o, fo mos morar num d os b airros m ais
sofistic a d os d a cid a d e. A d orá va mos a b eleza d a c asa e d a re giã o, mas e u
esta va um p o uc o inse g uro, p ois nã o c o nhe cia ning ué m ali e aind a nã o me se ntia
a d a p ta d o. O me u pla no era fic ar na minha e nã o me misturar c o m a q ueles
e ndinheira d os esno b es. Mas q uis o universo q ue os me us filhos, c o m cinc o e sete
a nos d e id a d e na q uela é p o c a, se tornasse m a mig os d as cria nç as d a vizinha nç a.
Assim, nã o d e moro u muito p ara q ue e u os le vasse d e c arro a uma d a q uelas
ma nsões p ara brinc ar. Le mbro-me p erfeita me nte d o mo me nto e m q ue b a ti na
p esa d a p orta d e m a d eira, d e p elo me nos 6m d e altura, mara vilhosa me nte
e ntalha d a. A d o na d a c asa a a briu e, c o m a voz m ais sim p á tic a d o mund o, disse:
"Harv, é tã o b o m c o nhe c ê-lo, e ntre". Eu me se nti um p o uc o c o nfuso a o ver q ue
ela esta va me servind o um c há g ela d o c o m um a tig ela d e frutas. "Que

58
brinc a d eira é esta?" a minha me nte c étic a nã o p ara va d e p erg untar. Lo g o
c he g o u o marid o, q ue a ntes se divertia c o m as cria nç as na piscina. Ele foi aind a
mais sim p á tic o: "Harv, esta mos felizes p or vo c ê estar mora nd o no b airro. Ve nha
c o m a sua fa mília a o nosso ja ntar a m a nhã. Va mos a prese ntá-los a os nossos
a mig os. Ne m p e nse e m re c usar. Fala nd o nisso, vo c ê jo g a g olfe? Vo u jo g ar d e p ois
d e a m a nhã no club e. Ve nha c o mo me u c o nvid a d o". Fiq uei e m esta d o d e
c ho q ue. Ond e esta va m os esno b es q ue e u tinha c erteza q ue e nc o ntraria? Fui
p ara c asa dizer à minha mulher q ue iría mos a o ja ntar.
- Ai, me u De us - disse ela -‘ e u nã o te nho ro up a.
M as e u a a c almei:
- Me u b e m, vo c ê nã o e nte nd e u. As p esso as sã o incrivelme nte simp á tic as e
a bsoluta me nte informais. Seja vo c ê mesma e vai fic ar tud o b e m.
Fo mos e, na q uela noite, c o nhe c e mos alg um as d as p esso as mais afetuosas,
a má veis, g e nerosas e a d orá veis d a nossa vid a. A c erta altura, o assunto
e nvere d o u p ara uma c a m p a nha d e c arid a d e dirigid a p or um a d as c o nvid a d as.
Os talõ es d e c he q ues fora m lo g o a p are c e nd o. Eu m al p o dia crer na fila q ue se
formara p ara d ar dinheiro à q uela mulher. M as os c he q ues era m d o a d os so b a
c o ndiç ã o d e q ue ha veria re cipro cid a d e: a mulher a p oiaria a o bra d e c arid a d e
e m q ue o d o a d or estivesse e nvolvid o. É isso mesmo, c a d a p esso a ali era
resp o nsá vel p or um projeto d essa na tureza o u tinha um p a p el d e d esta q ue nesse
tra b alho.
O c asal q ue nos c o nvid o u p articip a va d e várias d essas inicia tivas. Na
verd a d e, to d o a no o se u o bjetivo era c o ntrib uir c o m as maiores d o a ç ões
individ uais d a cid a d e p ara o Hospital d a Cria nç a. Eles nã o a p e nas d o a va m
milhares d e d ólares c o mo org a niza va m um ja ntar a nual d e g ala q ue arre c a d a va
mais alg uns milhares.
De p ois, nos torna mos íntimos d a fa mília d e um d os mais imp orta ntes
a ngiolo gistas d o mund o. Ele g a nha va uma fortuna faze nd o q ua tro o u cinc o
cirurgias p or dia - c a d a um a d elas c usta va d e US$ 5 a US$ 10 mil.
Eu o me ncio no c o mo exe m plo p orq ue to d a terç a-feira era o se u dia "livre",
e m q ue o p era va p esso as d a cid a d e q ue nã o p o dia m p a g ar p or esse serviç o.
Tra b alha va d as 6h às 22h e re aliza va c erc a d e 10 cirurgias, to d as d e gra ç a.
C o mo se nã o b astasse, dirigia uma org a niza ç ã o pró pria, c uja missã o era
c o nve nc er o utros mé dic os a a d otar o "dia grá tis" p ara os me m bros d as suas
resp e c tivas c o munid a d es.
Desne c essário dizer q ue, dia nte d a re alid a d e, a minha velha cre nç a
c o ndicio na d a d e q ue os ric os sã o esno b es g a na nciosos dissip o u-se to talme nte.
Hoje e u sei q ue a verd a d e é o utra. A minha exp eriê ncia diz q ue as p esso as m ais
ric as q ue c o nhe ç o sã o ta m b é m as m ais a m á veis. E as m ais g e nerosas. O q ue nã o
q uer dizer q ue q ue m nã o é ric o nã o p ossa ter essas q ualid a d es. Mas a firmo c o m
se g ura nç a q ue a id éia d e q ue os ric os sã o e m princípio ma us é p ura ig norâ ncia.
A verd a d e é q ue o resse ntime nto c o ntra as p esso as b e m-suc e did as
fina nc eira me nte é uma d as ma neiras m ais se g uras d e alg ué m c o ntinuar na pior.
Nós so mos cria turas d e há bitos - p ara sup erar esse o u q ualq uer o utro há bito,

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pre cisa mos pra tic ar. Quero q ue vo c ê, e m lug ar d e se resse ntir d os ric os, pra tiq ue
a d mirá-los, pra tiq ue a b e nç o á-los, pra tiq ue a m á-los. Assim, sa b erá
inc o nscie nte me nte q ue, q ua nd o e nriq ue c er, o utras p esso as o a d mirarã o, o
a b e nç o arã o e o a marã o e m vez d e se ro ere m d e resse ntime nto d a m a neira
c o mo talvez vo c ê fa ç a a g ora.
Um a d as minhas filosofias d e vid a pro vé m d a a nc estral sa b e d oria Huna,
e nsina me ntos d os sá bios d o Ha vaí. Ela diz o se g uinte: "A b e nç oe a q uilo q ue vo c ê
q uer. Q ua nd o vir um a p esso a c o m uma c asa b o nita, a b e nç o e a p esso a e a
c asa. Qua nd o vir um a p esso a c o m um b elo c arro, a b e nç oe a p esso a e o c arro.
Qua nd o vir um a p esso a c o m um a b ela fa mília, a b e nç o e a p esso a e a fa mília.
Qua nd o vir uma p esso a c o m um b elo c orp o, a b e nç oe a p esso a e o c orp o".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"A b e nç o e a q uilo q ue vo c ê q uer". - Filosofia Huna
A q uestã o é: se d e alg um mo d o vo c ê se resse nte d o q ue as p esso as
p ossue m, nunc a p o d erá tê-lo.
Em q ualq uer c aso: q ua nd o vo c ê vir alg ué m num b elo Ja g uar c o m o teto
solar a b erto, nã o a tire la tas d e c erveja nele!
DECLARAÇÃO
Eu a d miro as p esso as ric as. Eu a b e nç ôo as p esso as ric as. Eu a mo as p esso as
ric as. E vo u ser uma p esso a ric a ta m b é m.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pra tiq ue a filosofia Huna: "A b e nç oe a q uilo q ue vo c ê q uer". Passeie,
c o mpre re vistas, o bserve as c asas b o nitas e os c arros b a c a nas e leia so bre
ne g ó cios b e m-suc e did os. A b e nç oe tud o o q ue vo c ê vir e g ostar. A b e nç oe
ta mb é m os pro prietários d esses b e ns o u as p esso as q ue estã o e nvolvid as c o m
eles.
2. Escre va e e nvie uma bre ve c arta o u um e-m ail a alg ué m q ue vo c ê
c o nhe ç a (nã o ne c essaria me nte e m p esso a) q ue seja extre m a me nte b e m-
suc e did o e m q ualq uer c a mp o, dize nd o-lhe o q ua nto vo c ê o a d mira e resp eita
p or suas re aliza ç õ es.

Arquivo de riqueza nº 7

As p esso as ric as b usc a m a c o mp a nhia d e indivíd uos p ositivos e b e m-


suc e did os.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre b usc a m a c o mp a nhia d e indivíd uos
ne g a tivos e fra c assa d os.
As p esso as b e m-suc e did as o bserva m o utras p esso as b e m-suc e did as p ara
se motivar - as vêe m c o mo exe mplos c o m os q uais p o d e m a pre nd er e dize m a si
mesm as: "Se elas c o nse g ue m, e u ta mb é m c o nsig o". C o mo a firmei a ntes, o
exe mplo pro picia um a d as ma neiras fund a me ntais d e a pre ndiza d o.

60
Que m é ric o se se nte gra to p or o utras p esso as tere m tid o êxito a ntes d ele,
p ois, c o m um mo d elo p ara se g uir, fic a m ais fá cil e nc o ntrar o pró prio suC esso. Por
q ue reinve ntar a ro d a? Existe m méto d os c o m pro va d os p ara e nriq ue c er q ue d ã o
c erto p ara q uase to d os q ue os a plic a m.
O mo d o m ais rá pid o e fá cil d e e nriq ue c er é a pre nd er c o mo as p esso as
ric as, mestras e m fazer fortuna, jo g a m o jo g o d a riq ueza. Basta c o piar as suas
estra té gias internas e externas. Faz se ntid o: se vo c ê tiver uma pro gra m a ç ã o
me ntal id ê ntic a à d elas e imitar a sua forma d e a gir, as suas c ha nc es d e o b ter os
mesmos resulta d os serã o muito gra nd es. Foi o q ue e u fiz e é disso q ue este livro
tra ta.
Ao c o ntrário d os ric os, muitas p esso as d e me ntalid a d e p o bre, q ua nd o
o uve m falar d o suc esso d e alg ué m, c ostum a m julg ar, critic ar e esc arne c er, alé m
d e te ntar p uxar esse individ uo p ara o se u pró prio nível. Qua nta g e nte assim vo c ê
c o nhe c e? Qua ntos p are ntes se us a g e m d esse jeito? A q uestã o é: c o mo é p ossível
a pre nd er c o m os indivíd uos q ue vo c ê critic a o u se inspirar neles?
Se m pre q ue so u a prese nta d o a alg ué m muito ric o, d o u um jeito d e
c o nhe c er essa p esso a e a pre nd er c o mo ela p e nsa. Se vo c ê a c ha q ue esto u
erra d o e m fazer isso, é p orq ue talvez p e nse q ue e u d e veria fic ar a mig o d e q ue m
está na pior. Eu nã o c o nc ord o. C o mo me ncio nei a nteriorme nte, a e nergia é
c o nta giosa, e nã o q uero me exp or a influê ncias ne g a tivas.
Um dia, e nq ua nto e u d a va uma e ntre vista p ara um a ra dio, uma mulher
telefo no u c o m uma ótim a p erg unta: "O q ue fa ç o se so u p ositiva e q uero cresc er
e o me u m arid o é alg ué m q ue p uxa tud o p ara b aixo? De vo d eixá-lo? De vo
te ntar m ud á-lo?" Ouç o p erg untas se melha ntes a essa p elo me nos 100 vezes p or
se m a na nos c ursos. Quase to d os os p articip a ntes q uere m sa b er a mesm a c oisa:
"O q ue fazer se as p esso as d o me u c o nvívio íntimo nã o estã o interessa d as no
crescime nto p esso al e a té me critic a m p orq ue e u esto u?".
A resp osta é a se g uinte: primeiro, nã o p erc a te mp o te nta nd o mud ar
p esso as ne g a tivas. Nã o é sua o brig a ç ã o. O se u d e ver é usar o q ue a pre nd e u
p ara melhorar a si mesmo e a sua vid a. Seja o exe m plo. seja b e m-suc e did o, seja
feliz e, q ue m sa b e, as p esso as veja m a luz (e m vo c ê) e q ueira m um p o uc o d ela
p ara si pró prias. Re pito, a e nergia é c o nta giosa. A esc urid ã o se dissip a na luz. As
p esso as tê m q ue se esforç ar p ara se m a nter "esc uras" q ua nd o ha luz a sua volta.
A sua tarefa é a p e nas ser o melhor q ue p ud er. Se lhe p erg untare m o se u se gre d o,
c o nte.
Se g und o, te nha e m me nte um princípio q ue e nsino nos c ursos p ara q ue a
p esso a a pre nd a a ma nifestar a sua vo nta d e, m a nte nd o-se c alm a, c e ntra d a e
e m p az. Ele diz: "Tud o a c o nte c e p or um mo tivo, e esse mo tivo existe p ara me
ajud ar". De fa to, é muito mais difícil ser p ositivo e c o nscie nte a o la d o d e p esso as e
circ unstâ ncias ne g a tivas, mas esse é o se u teste. Da mesm a form a c o mo o a ç o é
e nd ure cid o p elo fo g o, vo c ê cresc erá m ais rá pid o e fic ará mais forte se
p erm a ne c er fiel a os se us valores q ua nd o to d os a sua volta estivere m c heios d e
d úvid as e pro p e nsos a re crimina ç õ es.
Nã o se esq ue ç a d e q ue na d a te m sig nific a d o, exc eto a q uele q ue nós
mesmos a trib uímos às c oisas. Le m bre-se ta m b é m d e q ue, na p arte 1, vo c ê le u

61
so bre c o mo nos id e ntific a mos c o m os nossos p ais o u nos re b ela mos c o ntra eles,
d e p e nd e nd o d o mo d o c o mo "e nq ua dra mos" as suas a ç õ es. De hoje e m dia nte,
q uero q ue pra tiq ue ree nq ua drar a ne g a tivid a d e alheia p ara se re c ord ar d e
c o mo nã o d e ve p e nsar e a gir. Qua nto m ais ne g a tivas fore m as p esso as, m ais
le m bra nç as vo c ê terá d o q ua nto é d esa gra d á vel ser assim. Nã o esto u sug erind o
q ue lhes dig a isso. A p e nas aja c o mo pro p o nho, se m c o nd e ná-las p or sere m
c o mo sã o. Se c o me ç ar a julg á-las, critic á-las e me nosprezá-las, vo c ê a c a b ará
nã o se nd o melhor d o q ue elas.
No pior d os c asos, se nã o for mais c a p az d e lid ar c o m a e nergia ne g a tiva
d e p esso as q ue o c erc a m e se isso o estiver prejudic a nd o d e tal m a neira q ue nã o
c o nsig a mais cresc er, talvez vo c ê pre cise to m ar alg um as d e cisões c orajosas a
resp eito d e si pró prio e d e c o mo q uer viver a sua vid a. Nã o esto u lhe sug erind o
q ue aja d e mo d o irrefletid o, m as e u, p or exe m plo, ja m ais p o d eria c o nviver c o m
alg ué m ne g a tivo e q ue d esd e nhasse d o me u d esejo d e a pre nd er e cresc er -
p esso al, espiritual e fina nc eira me nte. Nunc a faria isso c o mig o mesmo p orq ue
te nho resp eito p or mim e p ela minha vid a. Mere ç o to d a a felicid a d e e to d o o
suc esso q ue p ud er ter.
Re pito, a e nergia é c o nta giosa: p orta nto, vo c ê p o d e a fetar o u infe c tar as
p esso as. O inverso ta mb é m é verd a d e: o u elas o a feta m o u o infe c ta m. Eu lhe
p erg unto: vo c ê a bra ç aria uma p esso a sa b e nd o q ue ela está c o m c o njuntivite? A
maioria d e nós diria: "Ne m p e nsar, d a c o njuntivite e u q uero é distâ ncia". Muito
b e m, a cre dito q ue o p e nsa me nto ne g a tivo é um a esp é cie d e c o njuntivite
me ntal. Em vez d e c o c eira nos olhos, ele pro vo c a um se ntime nto d e d esd é m; e m
vez d e d or, c a usa vo nta d e d e critic ar; e m vez d e ard ê ncia, d ese nc a d eia um
se ntime nto d e frustra ç ã o. Ag ora me dig a: está se g uro d e q ue d eseja fic ar p erto
d e alg ué m q ue a prese nta esses sinto m as?
Te nho c erteza d e q ue vo c ê já o uviu a expressã o "c a d a q ual c o m o se u
ig ual". Vo c ê sa bia q ue a maior p arte d as p esso as g a nha 20% a m ais o u a me nos
d o q ue os se us a mig os íntimos? Por isso é im p orta nte o bservar q ue m sã o as
p esso as c o m q ue m vo c ê se junta e esc olher c uid a d osa me nte c o m q ue m p assar
o se u te mp o.
Pela minha exp eriê ncia, vejo q ue os ric os nã o e ntra m p ara club es d e alta
classe só p ara jo g ar g olfe, mas ta m b é m p ara estar e m c o nta to c o m o utros
indivíd uos b e m-suc e did os. Ha um dita d o q ue diz: "Nã o se tra ta d o q ue vo c ê sa b e,
mas d e q ue m vo c ê c o nhe c e". Fa ç o q uestã o d e b usc ar a c o m p a nhia d e p esso as
p ositivas e d e suc esso e, tã o imp orta nte q ua nto, d e ma nter distâ ncia d e q ue m é
ne g a tivo.
Alé m disso, nã o a bro m ã o d e e vitar situa ç ões d estrutivas. Nã o vejo motivo
p ara me d eixar e nve ne nar p or um a e nergia prejudicial. Nisso incluo: disc utir,
fofo c ar e falar p elas c ostas. E a cresc e nto o há bito d e assistir a pro gra m as
b o b o c as na tele visã o, a nã o ser c o mo estra té gia d e relaxa me nto, nunc a c o mo
forma b ásic a d e diversã o.
Q ua nd o vejo tele visã o, g eralme nte assisto a pro gra m as esp ortivos, jo g os e
e ntre vistas c o m a tletas d e d esta q ue. Primeiro, p orq ue g osto d e ver os c a m p eões
d e q ualq uer áre a e m a ç ã o; se g und o, p orq ue a pre cio o uvi-los, presto muita
a te nç ã o na sua pro gra m a ç ã o me ntal. Para mim q ue m está na primeira divisã o

62
d e q ualq uer esp orte já é um ve nc e d or. O a tleta d esse nível ne c essaria me nte
sup ero u diversas e ta p as p ara c he g ar a o nd e c he g o u, o q ue c o nsid ero fa ntástic o.
A d miro a a titud e q ue eles assume m nas vitórias: "Foi um gra nd e esforç o d e to d a a
e q uip e. Ob tive mos um b o m resulta d o. a p esar d e aind a pre cisarmos melhorar
muita c oisa. Em to d o c aso, fo mos re c o m p e nsa d os p elo nosso tra b alho". Gosto
ta mb é m d o q ue eles c ostum a m dizer d e p ois d as d erro tas: "Foi só um a p artid a.
Estare mos e m c a mp o d e no vo. Va mos sim plesme nte esq ue c er esse jo g o e nos
c o nc e ntrar no próximo. Ag ora é só c o nversarmos so bre os erros c o metid os, treinar
e fazer o q ue for ne c essário p ara ve nc er".
Nos Jo g os Olím pic os d e 2004, a c a na d e nse Perdita Felicie n, c a mp e ã
mundial d os 100m c o m b arreiras, era a fa vorita a bsoluta p ara a me d alha d e o uro.
Mas na pro va final ela to c o u no primeiro o bstá c ulo e c aiu feio. Ne m c o mpleto u a
pro va. Extre m a me nte a b ala d a, fic o u lá c hora nd o se m a cre ditar no q ue ha via
a c o nte cid o. Passara os q ua tro a nos a nteriores se pre p ara nd o, seis horas p or dia,
sete dias p or se ma na. Na m a nhã se g uinte, e u o uvi a sua e ntre vista c oletiva.
De via tê-la gra va d o. Fiq uei im pressio na d o c o m a visã o d essa a tle ta so bre o q ue
lhe o c orrera e so bre o futuro. Ela disse m ais o u me nos o se g uinte: "Nã o sei p or q ue
a c o nte c e u, m as a c o nte c e u, e e u vo u a pre nd er c o m isso. Esto u d e cidid a a me
c o nc e ntrar m ais e tra b alhar mais nos próximos q ua tro a nos. Que m sa b e q ual seria
o me u c a minho se e u tivesse ve ncid o? Talvez e u p erd esse o ímp eto d e c o m p etir.
Nã o sei, mas a minha g a na d e ve nc er é a g ora m aior d o q ue nunc a. Voltarei
aind a m ais forte". Ouvind o-a falar assim, só p ud e dizer "C ara mb a!". A g e nte
a pre nd e um b o c a d o c o m os c a m p eõ es.
As p esso as ric as pro c ura m a c o m p a nhia d e ve nc e d ores, e nq ua nto as d e
me ntalid a d e p o bre prefere m estar p erto d e p erd e d ores. Por q uê? É uma q uestã o
d e c o nforto. Os ric os se nte m-se b e m c o m o suc esso d os o utros, c o nsid era m-se
dig nos d e estar c o m eles. Que m p e nsa p e q ue no está se mpre d esc o nfortá vel a o
la d o d e indivíd uos b e m-suc e did os, seja p orq ue te m me d o d e ser rejeita d o, seja
p orq ue se se nte d eslo c a d o. Para se pro te g er, o se u e g o p arte p ara o julg a me nto
e a crític a.
Se vo c ê q uer e nriq ue c er, te m q ue mud ar o se u mo d elo interno p ara p assar
a a cre ditar q ue é a bsoluta me nte tã o c a p az q ua nto q ualq uer milio nário o u
multimilio nário. Nos se minários, fic o p asmo q ua nd o alg ué m me p erg unta se p o d e
to c ar e m mim, dize nd o: "Eu nunc a to q uei um multimilio nário a ntes". Em g eral, so u
e d uc a d o e sorrio, m as na minha c a b e ç a esto u dize nd o: "Vá viver a sua vid a! Eu
nã o so u melhor d o q ue vo c ê ne m difere nte. Se nã o e nte nd er isso ra pidinho,
estará se mpre na pior".
Nã o se tra ta d e to c ar os milio nários, m as d e d e cidir q ue vo c ê é tã o c a p az e
mere c e d or q ua nto q ualq uer um d eles e a gir d a mesm a form a. O me u melhor
c o nselho é o se g uinte: c aso vo c ê q ueira to c ar um milio nário, torne-se um d eles.
Esp ero q ue te nha c o mpree ndid o. Em vez d e d esd e nhar d as p esso as ric as,
imite-as. Em vez d e e vitá-las, c o nhe ç a-as. Em vez d e dizer "C ara mb a, elas sã o o
máximo", dig a "Se elas p o d e m, e u ta mb é m p osso". No fim, q ua nd o vo c ê q uiser
to c ar um milio nário, b astará to c ar a si mesmo.

63
DECLARAÇÃO
Eu imito as p esso as ric as e b e m-suc e did as. Eu b usc o a c o m p a nhia d e
p esso as ric as e b e m-suc e did as. Se elas p o d e m, e u ta m b é m p osso!
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Vá a um a bibliote c a, a um a livraria o u a c esse a interne t p ara ler a
bio gra fia d e um a p esso a q ue é o u foi extre m a me nte ric a e b e m-suc e did a.
Ro b erto Marinho, A ntô nio Ermírio d e Morais, A bílio Diniz, Bill Ga tes, Do nald Trum p,
Ja ck Welc h e Te d Turner sã o b o ns exe m plos. Use as suas histórias p esso ais p ara se
inspirar, p ara a pre nd er estra té gias d e suc esso esp e cífic as e, o mais im p orta nte,
p ara c o piar a sua pro gra m a ç ã o me ntal.
2. Asso cie-se a um club e d e alta classe - d e tê nis, d e ne g ó cios, d e g olfe,
etc. A proxime-se d e p esso as ric as num a m bie nte re q uinta d o. Se nã o p ud er e ntrar
p ara um club e d e alto nível, to me um c afé o u drinq ue no hotel m ais c hiq ue d a
sua cid a d e. Sinta-se à vo nta d e nessa a tmosfera e o bserve os clie ntes. Perc e b a
q ue eles nã o sã o difere ntes d e vo c ê.
3. Id e ntifiq ue uma situa ç ã o o u p esso a q ue p uxa vo c ê p ara b aixo.
Afaste-se d essa situa ç ã o o u lig a ç ã o o u diminua os c o nta tos.
4. Pare d e assistir a b o b a g e ns na tele visã o e fiq ue lo ng e d e c o nversas
d estrutivas.

Arquivo de riqueza nº8

As p esso as ric as g osta m d e se pro mo ver.


As p esso as de me ntalid a d e p o bre nã o a pre cia m ve nd as ne m
a uto pro mo ç ã o.
Nã o g ostar d e a uto pro mo ç ã o é um d os gra nd es o bstá c ulos a o suc esso. Em
g eral, q ue m re a g e ne g a tiva me nte a ve nd as e pro mo ç õ es está na pior. É ó b vio.
C o mo alg ué m p o d e o b ter uma re c eita sig nific a tiva c o m o se u pró prio ne g ó cio
o u c o mo re prese nta nte d e um se nã o está disp osto a d eixar os o utros sa b ere m
q ue ele, o se u pro d uto e o se u serviç o existe m? No c aso d e q ue m é e m pre g a d o,
se a p esso a nã o divulg ar as pró prias virtud es, o utro funcio nário q ue se disp o nha a
fazer isso p assará ra pid a me nte à sua fre nte na hierarq uia d a e mpresa.
As p esso as c ostuma m ter pro ble mas c o m ve nd as e a uto pro mo ç ã o p or
vários mo tivos. Que m sa b e vo c ê re c o nhe c e um d eles c o mo o se u?
Primeiro, talvez no p assa d o vo c ê te nha tid o um a exp eriê ncia ruim c o m
alg ué m q ue te nto u lhe ve nd er alg o d e m a neira ina d e q ua d a. Essa p esso a p o d e
ter forç a d o a b arra, a b orre cid o vo c ê num mo me nto im pró prio o u se re c usa d o a
a c eitar um nã o, O q ue im p orta, e m q ualq uer c aso, é re c o nhe c er q ue esse
e pisó dio fic o u p ara trás. Pre nd er-se a ele nã o é útil hoje.
Se g und o, p o d e ser q ue vo c ê te nha vivid o um a exp eriê ncia d e c e p cio na nte
te nta nd o ve nd er alg o a alg ué m q ue nã o esta va ne m um p o uc o interessa d o no
se u pro d uto. Nesse c aso, a sua a versã o a se pro mo ver é a p e nas um a proje ç ã o

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d o se u pró prio me d o d o fra c asso e d a rejeiç ã o. Re pito: o p assa d o nã o é
ne c essaria me nte ig ual a o futuro.
Terc eiro, talvez a sua resistê ncia se origine d e um a pro gra m a ç ã o
tra nsmitid a p or se us p ais. Muita g e nte a pre nd e q ue é falta d e e d uc a ç ã o "ve nd er
o pró prio p eixe". Mas, no mund o re al d os ne g ó cios e d o dinheiro, se vo c ê nã o
ve nd er o se u pró prio p eixe, ning ué m fará isso no se u lug ar. As p esso as ric as
disp õ e m-se a exaltar as pró prias virtud es e os pró prios valores a q ualq uer um q ue
q ueira o uvi-las e, q ue m sa b e, fazer ne g ó cios c o m elas ta m b é m.
Finalme nte, há q ue m se c o nsid ere a cima d a a uto pro mo ç ã o. C ha mo isso
d e síndro me d e sup eriorid a d e, a titud e ta mb é m c o nhe cid a c o mo "veja m c o mo
so u esp e cial". Nesse c aso, o se ntime nto é este: "Se os o utros q uere m o q ue e u
te nho, eles q ue me d esc ubra m e ve nha m a mim". Os q ue a cre dita m nisso o u
estã o na pior o u estarã o e m p o uc o te m p o, c o m c erteza. Eles p e nsa m q ue o
mund o inteiro vai se virar p elo a vesso p ara e nc o ntrá-los só p orq ue tê m um b o m
pro d uto. No e nta nto, nunc a ning ué m vai sa b er q ue esse pro d uto existe, p ois a
e mp á fia d essas p esso as nã o lhes p ermite a nunciar isso a q ue m q uer q ue seja, e o
merc a d o está c heio d e c o nc orre ntes.
Talvez vo c ê c o nhe ç a este dita d o: "Fa ç a um a ra toeira melhor e to d as as
p esso as virã o b a ter à sua p orta". Isso só é verd a d e q ua nd o se a cresc e nta o utra
frase d e p ois: "Se elas fic are m sa b e nd o q ue a ra toeira existe".
Em g eral, os ric os sã o exc ele ntes na a tivid a d e d a pro mo ç ã o. Estã o se m pre
disp ostos a divulg ar os se us pro d utos, os se us serviç os e as suas id éias c o m p aixã o
e e ntusiasmo. E sa b e m ta m b é m c o mo c olo c á-los num a e mb ala g e m a tra e nte. Se
vo c ê a c ha q ue isso é erra d o, e ntã o d e ve mos proibir as mulheres d e se ma q uiar e,
a pro veita nd o o e mb alo, a c a b ar ta m b é m c o m os ternos m asc ulinos. To d as essas
c oisas nã o p assa m d e "e mb ala g e ns".
Ro b ert Kiyosaki, a utor d e Pai ric o, p ai p o bre, diz q ue to d o ne g ó cio, inclusive
o d e escre ver livros, d e p e nd e d e ve nd as, e o bserva q ue é re c o nhe cid o c o mo um
a utor c a mp e ã o d e ve nd as e nã o c o mo o melhor escritor. A primeira q ualific a ç ã o
p a g a m uito m ais d o q ue a se g und a.
As p esso as ric as g eralme nte sã o líd eres e to d o gra nd e líd er é exc ele nte e m
a uto pro mo ç ã o. Para ser um líd er, vo c ê te m q ue ter se g uid ores e p esso as q ue o
a p óie m. Porta nto, d e ve ser c a p az d e c o nve nc er, inspirar e motivar os o utros a
a d otar as suas id éias. Até os presid e ntes d os p aíses pre cisa m "ve nd er" as suas
id éias o te m p o to d o - a o p úblic o, a o C o ngresso e a té a o se u p artid o - p ara vê-las
imple me nta d as. E, muito a ntes disso, se nã o as ve nd ere m a si pró prios e m primeiro
lug ar, nã o c o nse g uirã o ne m se ele g er.
Em suma, to d o líd er q ue nã o p o d e o u nã o q uer se pro mo ver nã o o c up ará
essa p osiç ã o p or muito te mp o, seja na p olític a, nos ne g ó cios, nos esp ortes - ne m
mesmo e m c asa, c o mo p ai o u mã e. Insisto nisso p orq ue os líd eres g a nha m muito
mais dinheiro d o q ue os se g uid ores.

65
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os líd eres g a nha m muito m ais dinheiro d o q ue os se g uid ores.
O p o nto crític o nessa q uestã o nã o é se vo c ê g osta o u nã o d e se pro mo ver,
mas p or q ue pre cisa fazer isso. Tud o se resume às suas cre nç as. Vo c ê crê d e
verd a d e no se u pró prio valor? A cre dita d e fa to no se u pro d uto o u serviç o? Está
inteira me nte se g uro d e q ue ele b e neficia as p esso as p ara as q uais está te nta nd o
ve nd ê-lo?
Se vo c ê te m c erteza d o valor d o se u pro d uto, p or q ue esc o nd ê-lo d e q ue m
ne c essita d ele? Sup o nha q ue vo c ê ve nd esse um re mé dio p ara artrite e
e nc o ntrasse um a p esso a q ue sofre d essa d oe nç a. Vo c ê o o c ultaria d ela?
Esp eraria q ue ela lesse a sua me nte e a divinhasse q ue vo c ê te m um
me dic a me nto q ue p o d e ajud á-la? O q ue vo c ê p e nsaria d e um indivíd uo q ue,
p or ser tímid o, me droso o u b a c a na d e m ais p ara se pro mo ver, nã o ofere c esse
um a o p ortunid a d e d e melhora a alg ué m q ue sofre?
As p esso as q ue d esc o nfia m d a a uto pro mo ç ã o c ostum a m nã o a cre ditar d e
forma ple na nas suas c a p a cid a d es e nos se us pro d utos o u serviç os. Por isso é
extre ma me nte difícil p ara elas im a ginar q ue existe alg ué m q ue esteja tã o c erto
d o valor d a q uilo q ue p ossui q ue d eseja c o m p artilhá-lo d e to d as as formas
p ossíveis c o m q ue m cruza o se u c a minho.
Se vo c ê a cre ditar q ue o q ue te m a ofere c er p o d e ser verd a d eira me nte útil
p ara as p esso as, terá gra nd es c ha nc es d e fic ar ric o.
DECLARAÇÃO
Pro mo vo o me u valor c o m p aixã o e e ntusiasmo.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Dê um a no ta d e um a d ez a o pro d uto o u serviç o q ue vo c ê está
ofere c e nd o a tualme nte (Ou p e nsa nd o e m ofere c er), d e a c ord o c o m o gra u d e
c o nfia nç a q ue te m nele. Se a nota for d e sete a no ve, fa ç a um a no va a valia ç ã o
c o m o o bjetivo d e ele var o se u valor. C aso o resulta d o seja ig ual o u inferior a seis,
p are d e ofere c ê-lo e c o me c e a tra b alhar c o m alg o e m q ue vo c ê re alme nte
a cre dite.
2. Leia livros e fa ç a c ursos d e m arketing e ve nd as. Torne-se um
esp e cialista nessas áre as, c a p az d e ve nd er o se u pro d uto o u serviç o c o m suc esso
e to tal inte grid a d e.

Arquivo de riqueza nº 9

As p esso as ric as sã o m aiores d o q ue os se us pro ble m as.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre sã o me nores d o q ue os se us pro ble m as.
C o mo já disse, e nriq ue c er nã o é um p asseio no b osq ue. É um a via g e m
c heia d e c urvas, g uina d as, d esvios e o bstá c ulos. A estra d a p ara a riq ueza é
re pleta d e p erig os e arm a dilhas, e é pre cisa me nte p or isso q ue a m aioria d as

66
p esso as nã o a to m a. Elas nã o q uere m os a tritos, as d ores d e c a b e ç a e as
resp o nsa bilid a d es d e c orre ntes. Em suma, nã o d eseja m pro ble m as.
Nesse asp e c to se e nc o ntra uma d as maiores difere nç as e ntre as p esso as
ric as e b e m-suc e did as e as d e me ntalid a d e p o bre: as primeiras sã o m aiores d o
q ue os se us pro ble m as, e nq ua nto as últimas sã o me nores d o q ue eles.
A q ueles q ue p e nsa m p e q ue no faze m q ualq uer c oisa p ara e vitar
o bstá c ulos. Qua nd o se vêe m dia nte d e um d esa fio, sa e m c orre nd o. A iro nia é
q ue, nessa b usc a p or um a vid a se m c o m plic a ç ões, eles a c a b a m te nd o o utros
pro ble m as, se ntind o-se muitas vezes fra c assa d os. O se gre d o d o suc esso nã o é
te ntar e vitar os pro ble m as ne m se esq uivar o u se livrar d eles, m as cresc er
p esso alme nte p ara se tornar m aior d o q ue q ualq uer a d versid a d e.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O se gre d o d o suc esso nã o é te ntar e vitar os pro ble m as ne m se esq uivar o u
se livrar d eles, m as cresc er p esso alme nte p ara se tornar maior d o q ue q ualq uer
a d versid a d e.
Num a esc ala d e um a d ez, im a gine-se uma p esso a d ota d a d e forç a d e
c ará ter e d etermina ç ã o d e nível d ois e nfre nta nd o um pro ble ma d e nível cinc o.
Essa dific uld a d e lhe p are c e gra nd e o u p e q ue na? Olha nd o d o nível d ois, um
o bstá c ulo d o nível cinc o há d e p are c er um gra nd e pro ble m a.
A g ora im a gine q ue vo c ê se a primoro u e a sua forç a d e c ará ter a tingiu o
nível oito. Esse mesmo pro ble ma d e nível cinc o se mostra gra nd e o u p e q ue no a os
se us olhos? C o mo num p asse d e má gic a, ele se tra nsformo u num pro ble minha.
Para terminar, sup o nha q ue vo c ê d e u um d uro d a na d o c o nsig o mesmo e
torno u-se um a p esso a c o m forç a d e c ará ter d e nível d ez. O mesmo o bstá c ulo d e
nível cinc o é a g ora um gra nd e o u um p e q ue no pro ble m a? A resp osta é: ele
sim plesme nte nã o é m ais um pro ble ma! O se u c ére bro ne m se q uer o re gistra
c o mo tal e ta mp o uc o esse e ntra ve pro d uz q ualq uer e nergia ne g a tiva - ele é
a p e nas uma o c orrê ncia norm al d o se u dia-a-dia, c o mo esc o var os d e ntes e se
vestir.
O bserve q ue, ind e p e nd e nte me nte d e vo c ê ser ric o o u p o bre, d e p e nsar
gra nd e o u p e q ue no, as a d versid a d es nã o d eixa m d e existir. Enq ua nto vo c ê
respirar, se mpre estará dia nte d os c ha m a d os pro ble m as e o bstá c ulos d a vid a.
Para e nc urtar a c o nversa: o ta ma nho d o pro ble m a nunc a é a q uestã o princip al -
o q ue im p orta é o se u pró prio ta m a nho.
Isso p o d e d oer, m as, se vo c ê está pro nto p ara p assar a o nível se g uinte d e
suc esso, vai ter q ue se c o nscie ntizar d o q ue d e fa to a c o nte c e na sua vid a.
Pre p ara d o? Entã o la vai.
Se vo c ê te m um gra nd e pro ble m a, isso q uer dizer a p e nas q ue está se nd o
um a p esso a p e q ue na. Nã o se d eixe e ng a nar p elas a p arê ncias. O se u mund o
exterior é um simples reflexo d o se u mund o interior, C aso q ueira fazer um a
mud a nç a p erm a ne nte, re dire cio ne o fo c o: d o ta ma nho d os se us pro ble m as p ara
o ta ma nho d a sua p esso a.

67
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
'Se vo c ê te m um gra nd e pro ble m a, isso q uer dizer a p e nas q ue está se nd o
um a p esso a p e q ue na.
Um d os le m bretes na d a sutis q ue sugiro a os p articip a ntes d os se minários é:
se m pre q ue vo c ê p e nsar q ue te m um pro ble m ã o, a p o nte p ara si mesmo e grite:
"Pe q ue no, p e q ue no, p e q ue no!" Isso o d esp ertará a brup ta me nte e o fará
re dire cio nar o fo c o p ara o o bjeto q ue nunc a d e veria ter a b a nd o na d o: vo c ê
mesmo. De p ois, a p artir d o se u "e u sup erior" (e nã o d o e u d e vítim a, b ase a d o no
e g o), respire fund o e d e cid a, na q uele exa to mo me nto, q ue vo c ê será uma
p esso a m aior, q ue nã o p ermitirá q ue ne nhum a dific uld a d e o u o bstá c ulo estra g ue
a sua felicid a d e e o se u suc esso.
Q ua nto m aiores fore m os pro ble m as c o m os q uais vo c ê lid ar, maior o
ne g ó cio q ue será c a p az d e c o nd uzir; q ua nto m aior o número d e funcio nários q ue
vo c ê a d ministrar, maior a q ua ntid a d e d e clie ntes q ue p o d erá a te nd er; q ua nto
maior o universo d e clie ntes q ue vo c ê a te nd er, maior o mo nta nte d e dinheiro q ue
c o nse g uirá c o ntrolar e, finalme nte, maior a fortuna q ue terá c a p a cid a d e d e
a c umular.
Re pito: a sua riq ueza cresc e na mesm a me did a q ue vo c ê, o o bjetivo é
e voluir p esso alme nte a té ser c a p az d e sup erar q uaisq uer pro ble m as e o bstá c ulos
q ue se interp o nha m no c a minho d a c o nq uista e c o nserva ç ã o d o se u dinheiro.
Por falar nisso, c o nservar a riq ueza é um a história inteira me nte difere nte,
sa bia? Eu nã o. Para mim, d e p ois q ue e nriq ue c esse, p erm a ne c eria ric o. A cre dite:
p erd er o me u primeiro milhã o q uase tã o d e pressa q ua nto o g a nhei foi um
d oloroso d esp ertar. Hoje e nte nd o q ual foi o pro ble m a. Na é p o c a, a minha "c aixa
d e ferra me ntas" nã o era gra nd e e forte o suficie nte p ara m a nter a riq ueza q ue e u
ha via c o nq uista d o. Dig o e re pito: aind a b e m q ue pra tiq uei os princípios d a me nte
milio nária e c o nse g ui me re c o ndicio nar. Nã o a p e nas re c up erei o milhã o c o mo,
p or c a usa d o me u no vo mo d elo d e dinheiro, g a nhei muitos o utros. E o melhor d e
tud o é q ue, alé m d e c o nservá-los, e u os fa ç o c o ntinuar cresc e nd o num ritmo
fe no me nal.
Pe nse e m vo c ê c o mo o se u pró prio re cipie nte d e riq ueza. Se ele é p e q ue no
e a sua fortuna é muito gra nd e, o q ue a c o nte c erá? Vo c ê a p erd erá. O re cipie nte
vai tra nsb ord ar e o exc esso d e dinheiro c airá p elo la d o d e fora. Nã o se p o d e ter
mais dinheiro d o q ue c a b e no pró prio re cipie nte. Porta nto, vo c ê terá q ue cresc er
a té se tornar um re cipie nte a mplo, c a p az nã o a p e nas d e g uard ar, m as d e a trair
mais fortuna. O universo a b o mina o vazio - se o se u re cipie nte d e riq ueza for muito
gra nd e, ele se pro ntific ará a pree nc her o esp a ç o.
Um d os motivos p elos q uais as p esso as ric as sã o maiores d o q ue os
pro ble m as está rela cio na d o c o m alg o q ue expliq uei a ntes. Elas nã o estã o
c o nc e ntra d as nos o bstá c ulos, mas nas metas. Re pito: e m g eral a me nte fo c aliza
um a c oisa princip al d e c a d a vez; p orta nto, o u a p esso a está se la muria nd o p or
c a usa d a dific uld a d e o u está tra b alha nd o p ara sa ná-la. Os ric os e b e m-
suc e did os sã o orie nta d os p ara as soluç ões, e mpre g a m o se u te mp o e a sua
e nergia p e nsa nd o e m estra té gias e resp ostas p ara os d esafios q ue surg e m e
cria nd o siste mas p ara g ara ntir q ue o pro ble m a nã o volte a o c orrer.

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As p esso as fra c assa d as e d e me ntalid a d e p o bre sã o orie nta d as p ara os
pro ble m as. Perd e m te m p o e e nergia pra g ueja nd o e se q ueixa nd o e rara me nte
e nc o ntra m soluç ões cria tivas p ara a me nizar a dific uld a d e, muito me nos p ara q ue
ela nã o volte a surgir.
Os ric os nã o fo g e m d as a d versid a d es, nã o se esq uiva m ne m se q ueixa m
d elas. Sã o g uerreiros fina nc eiros. Nos c ursos, a d efiniç ã o q ue d o u a g uerreiro é:
"A q uele q ue c o nq uista a si mesmo".
Feitas as c o ntas, se vo c ê se torna um mestre e m lid ar c o m pro ble mas e na
sup era ç ã o d e q ualq uer o bstá c ulo, o q ue p o d e im p e di-lo d e alc a nç ar o suc esso?
A resp osta é: na d a. E, se na d a p o d e d etê-lo, vo c ê nã o p ára nunc a. E, se ja mais
p ára, q ue o p ç ões p ossui na vid a? A resp osta é: to d as. C o mo na d a p o d e fre á-lo,
to d as as c oisas estarã o à sua disp osiç ã o. Vo c ê a p e nas esc olhe e a q uilo é se u -
isso é q ue é lib erd a d e.
DECLARAÇÃO
So u maior d o q ue os me us pro ble mas. Posso lid ar c o m q ualq uer pro ble ma.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Se mpre q ue vo c ê se se ntir p erturb a d o p or um "gra nd e" pro ble ma,
a p o nte p ara si mesmo e dig a: "Pe q ue no, p e q ue no, p e q ue no! Em se g uid a, respire
fund o e d e clare p ara si mesmo: "Posso lid ar c o m isso. So u m aior d o q ue q ualq uer
pro ble m a".
2. Re gistre p or escrito um pro ble m a q ue vo c ê te m. De p ois liste 10
me did as p ossíveis p ara resolvê-lo o u, p elo me nos, p ara melhorar a situa ç ã o.
Assim, vo c ê d eixará d e p e nsar nesse o bstá c ulo e c o me ç ará a solucio ná-lo. Alé m
disso, se se ntirá muito melhor.

Arquivo de riqueza nº 10

As p esso as ric as sã o exc ele ntes re c e b e d oras.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre sã o p éssim as re c e b e d oras.
Se e u tivesse q ue esta b ele c er a c a usa número um q ue im p e d e muita g e nte
d e a tingir o se u ple no p o te ncial fina nc eiro, ela seria a se g uinte: nã o sa b er
re c e b er. A maioria d as p esso as p o d e o u nã o sa b er d ar, m as d efinitiva me nte nã o
é b o a e m re c e b er. E, p or c a usa disso, a c a b a nã o re c e b e nd o mesmo.
Re c e b er c ostum a ser um d esafio p or diversas razõ es. Primeiro, a p esso a nã o
se se nte dig na o u mere c e d ora. Essa síndro me p ermeia to d a a nossa so cie d a d e.
Eu diria q ue mais d e 90% d os indivíd uos c arre g a m o se ntime nto d e nã o sere m
mere c e d ores.
De o nd e ve m ta nta b aixa a uto-estim a? Da fo nte d e se m pre: o nosso
c o ndicio na me nto. Na m aior p arte d os c asos, isso é o resulta d o d e o uvirmos 20
resp ostas "Nã o" p ara c a d a "Sim", 10 "Vo c ê está faze nd o erra d o!" p ara a p e nas um
"Vo c ê está faze nd o c erto!" e cinc o "Vo c ê é um tro uxa!" p ara c a d a "Vo c ê é o
máximo!".

69
Por m ais p ositivos q ue te nha m sid o os nossos p ais o u resp o nsá veis, e m g eral
a c a b a m os c arre g a nd o o se ntime nto d e nã o estarmos o te mp o to d o à altura d os
se us elo gios e d as suas exp e c ta tivas. Por isso nã o nos c o nsid era mos mere c e d ores.
Alé m disso, a m aioria d e nós traz o fa tor p uniç ã o gra va d o na me nte. Essa
re gra nã o escrita diz q ue, q ua nd o faze mos alg o erra d o, sere mos p unid os.
Alg um as p esso as sã o c astig a d as p elos p ais, o utras p elos professores... e, e m
c ertos círc ulos religiosos, há q ue m seja a me a ç a d o c o m a m aior d e to d as as
c o nd e na ç õ es: nã o ir p ara o c é u.
É claro q ue, a g ora q ue so mos a d ultos, tud o isso é p assa d o. Certo? Erra d o.
O c o ndicio na me nto d a p uniç ã o está tã o im pre g na d o na nossa me nte q ue, nã o
ha ve nd o ning ué m p or p erto p ara nos c astig ar q ua nd o c o me te mos um erro o u
q ua nd o sim plesme nte nã o so mos p erfeitos, nós p unimos a nós mesmos se m
p erc e b er. Na nossa infâ ncia, esse c astig o talvez te nha vind o na clássic a ma neira
"Vo c ê se c o mp orto u mal, p or isso nã o vai g a nhar c ho c ola te". Hoje, p oré m,
p o d eria assumir a forma "Vo c ê se c o m p orto u mal, p or isso nã o vai g a nhar
dinheiro" Isso explic a p or q ue alg umas p esso as limita m os se us re ndime ntos e
o utras sa b ota m o pró prio suc esso d e mo d o sub c o nscie nte.
Nã o a d mira q ue as p esso as te nha m dific uld a d e e m re c e b er. Basta um
p e q ue no erro p ara q ue se sinta m c o nd e na d as a c arre g ar o ô nus d a miséria e d a
p o breza p elo resto d a vid a. "Isso está meio exa g era d o", vo c ê d e ve estar
p e nsa nd o. E d esd e q ua nd o a me nte te m ló gic a e c o m p aixã o? Re pito: a me nte
c o ndicio na d a é um a p asta d e arq uivos c heia d e pro gra m a ç õ es p assa d as,
sig nific a d os inve nta d os e histórias d e dra m as e d esastres. "Fazer se ntid o" nã o é o
se u forte.
Nos se minários, c ostumo e nsinar alg o q ue talvez o fa ç a se se ntir melhor. No
fim d as c o ntas, nã o im p orta se vo c ê se se nte mere c e d or o u nã o, p ois p o d erá
e nriq ue c er d e q ualq uer forma. Muitas p esso as ric as nã o se c o nsid era m alta me nte
mere c e d oras. Na verd a d e, essa c ostuma ser um a d as maiores motiva ç ões p ara
alg ué m fazer fortuna: pro var o pró prio valor a si mesmo e a os o utros. Mas a id éia
d e q ue o mérito pró prio é indisp e nsá vel p ara a c o nstruç ã o d o p a trimô nio liq uid o
nã o te m ne c essaria me nte fund a me nto na vid a re al. C o mo já disse, e nriq ue c er
p ara a testar a c a p a cid a d e p esso al talvez nã o torne a p esso a feliz, p orta nto é
melhor c o nq uistar a riq ueza p or o utros motivos. O esse ncial é p erc e b er q ue o
se ntime nto d e nã o ser mere c e d or nã o im p e d e ning ué m d e ser b e m-suc e did o -
d o p o nto d e vista estrita me nte fina nc eiro, p o d e a té ser um a tivo mo tiva cio nal.
Dito isso, q uero q ue vo c ê e nte nd a d e forma b e m clara o q ue vo u afirmar
a g ora. Este p o d e ser um d os mo me ntos mais imp orta ntes d a sua vid a.
Pre p ara d o? Entã o lá vai.
Re c o nhe ç a q ue ser o u nã o mere c e d or é a p e nas uma "história" inve nta d a.
Mais um a vez: na d a te m sig nific a d o, exc eto a q uele q ue nós mesmos a trib uímos
às c oisas. Qua nto a vo c ê, nã o sei, mas e u nunc a o uvi falar d e alg ué m q ue a o
nasc er te nha p assa d o p ela "fila d o c arimb o"! Vo c ê c o nse g ue im a ginar De us
c arimb a nd o a testa d e c a d a p esso a q ue a c a b a d e c he g ar a o mund o?
"Mere c e d or... nã o mere c e d or... mere c e d or... nã o mere c e d or. Arg h...
d efinitiva me nte nã o mere c e d or". Sinto m uito, nã o a cre dito q ue as c oisas
a c o nte ç a m assim. Ning ué m lhe im p õe esse rótulo. É vo c ê mesmo q ue m faz isso,

70
q ue m inve nta isso e q ue m d e cid e isso. Vo c ê e só vo c ê d etermina se é o u nã o
mere c e d or. É um p o nto d e vista exclusiva me nte se u. Se vo c ê diz q ue é
mere c e d or, e ntã o é. Se diz q ue nã o é, e ntã o nã o é. Em q ualq uer hip ótese, vo c ê
viverá a sua pró pria história. É sim ples assim.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se vo c ê diz q ue é mere c e d or, e ntã o é. Se diz q ue nã o é, e ntã o nã o é. Em
q ualq uer hip ótese, vo c ê viverá a sua pró pria história. É sim ples assim.
M as p or q ue as p esso as faze m isso c o nsig o mesm as? Por q ue inve nta m a
história d e q ue nã o sã o mere c e d oras? Porq ue isso é d a na tureza d a me nte
hum a na. Vo c ê já p erc e b e u q ue um c ã o nã o se preo c up a c o m essas c oisas?
C o nse g ue im a ginar um c a c horro dize nd o "Nã o vo u e nterrar esse osso p ara o dia
e m q ue tiver fo me p orq ue nã o mere ç o"? Cria turas p o uc o intelig e ntes c o mo essa
nunc a faria m isso c o nsig o mesm as. So me nte nós, os seres m ais e voluíd os d o
pla neta, c o nse g uimos nos limitar d essa m a neira.
Um d os me us pró prios dita d os é: "Se um c arvalho d e 30m d e altura tivesse a
me nte d e um ser huma no, cresc eria a p e nas 3m". Eis, p orta nto, a minha sug estã o:
c o mo é muito mais fá cil mud ar a sua história d o q ue o se u se nso d e mere cime nto,
altere a sua história e m vez d e se pre o c up ar e m mo dific ar o se u se nso d e
mere cime nto. É b e m m ais simples e b ara to. A p e nas inve nte uma história no va e
mais p ositiva e viva-a.
"Eu nã o p osso fazer isso", afirma vo c ê. "Sinto muito, mas nã o so u indic a d o
p ara dizer se so u o u nã o mere c e d or. Isso te m q ue p artir d e o utra p esso a". Sinto
muito, dig o e u: a q uestã o d efinitiva me nte nã o é assim. Nã o faz a me nor
difere nç a o q ue alg ué m diz a g ora o u disse no p assa d o p orq ue, p ara q ue essa
id éia d ê resulta d o, vo c ê te m q ue a cre ditar nela e a c eitá-la p or inteiro, e isso nã o
p o d e ser feito p or o utra p esso a q ue nã o seja vo c ê mesmo. No e nta nto, a p e nas
p ara fazê-lo se ntir-se melhor, va mos jo g ar o jo g o: a p artir d este mo me nto, e u o
d e claro mere c e d or p elo resto d a sua vid a.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"Se um c arvalho d e 30m d e altura tivesse a me nte d e um ser hum a no,
cresc eria a p e nas 3m".
Porta nto, sig a este c o nselho: p are d e e ng olir essa tolic e d e "nã o
mere cime nto" e c o me c e a to mar as me did as c a bíveis p ara e nriq ue c er.
O se g und o motivo princip al d a dific uld a d e d e re c e b er é a p esso a ter
a cre dita d o no dita d o: "Dar é melhor d o q ue re c e b er". Tra ta-se d e um c o m pleto
disp ara te. O q ue é melhor: q ue nte o u frio, gra nd e o u p e q ue no, esq uerd a o u
direita, claro o u esc uro? Dar e re c e b er sã o as d uas fa c es d e um a mesm a mo e d a.
Que m inve nto u q ue é melhor d ar d o q ue re c e b er, sinto muito, era ruim e m
ma te má tic a. Para to d o d o a d or te m q ue ha ver um re c e b e d or; p ara to d o
re c e b e d or te m q ue ha ver um d o a d or.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para to d o d o a d or te m q ue ha ver um re c e b e d or; p ara to d o re c e b e d or te m
q ue ha ver um d o a d or.

71
Pe nse no assunto: c o mo vo c ê p o d eria d ar alg o se, d o o utro la d o, nã o
existisse alg ué m p ara re c e b er? As d uas p esso as tê m q ue estar e m p erfeito
e q uilíbrio p ara q ue p ossa m a tuar meio a meio. E, c o mo d ar e re c e b er
ne c essaria me nte se e q uivale m, d e ve m ta m b é m ser ig uais e m im p ortâ ncia.
Alé m disso, c o mo é a se nsa ç ã o d e d ar? A maioria d e nós pro va velme nte
c o nc ord a q ue o a to d e d ar nos pro p orcio na um se ntime nto m ara vilhoso e
gra tific a nte. Por o utro la d o, c o mo fic a o nosso esta d o d e espírito q ua nd o
q uere mos d ar e a o utra p esso a nã o q uer re c e b er? Quase to d os nós nos se ntimos
muito m al c o m isso. Saib a, p orta nto, o se g uinte: a q uele q ue nã o se disp õe a
re c e b er "ro ub a" q ue m q uer lhe d ar alg o.
Re c usar-se a re c e b er é ne g ar a o o utro a ale gria e o prazer d a d o a ç ã o, é
fazê-lo infeliz. Por q uê? Porq ue, c orno nã o me c a nso d e dizer, tud o é e nergia.
Qua nd o um a p esso a q uer d ar alg um a c oisa e nã o c o nse g ue, essa e nergia nã o
te m c o mo se expressar e fic a presa d e ntro d ela, tra nsforma nd o-se e m e mo ç ões
ne g a tivas.
Para piorar as c oisas, nã o esta nd o ple na me nte pro p e nsa a re c e b er, a
p esso a está "treina nd o" o universo a nã o lhe d ar. É simples: se alg ué m nã o está
a b erto a re c e b er a sua p arte, ela irá p ara q ue m esteja. Esse é um d os motivos
q ue le va m os ric os a fic ar m ais ric os e as p esso as d e me ntalid a d e p o bre a se ver
num a situa ç ã o c a d a vez m ais difícil. Nã o é p orq ue os primeiros seja m mais
mere c e d ores, m as p orq ue eles a d mite m re c e b er, e nq ua nto a maior p arte
d a q ueles q ue p e nsa m p e q ue no nã o a c eita isso.
A pre ndi essa liç ã o e m gra nd e estilo num a c a mp a me nto na floresta. C o mo
prete ndia p assar d ois dias ali, mo ntei uma esp é cie d e te nd a c o m um a lo na -
pre ndi um d os la d os d o te cid o no c hã o e o o utro a um a árvore, m a nte nd o uma
inclina ç ã o d e 45º. Foi b o m ter feito esse a brig o, p ois c ho ve u d ura nte to d a a noite.
Qua nd o saí d ali na m a nhã se g uinte, vi q ue e u, c o mo tud o o m ais so b a q uele teto
impro visa d o, esta va se c o, m as q ue um a p o ç a muito fund a se form ara d o la d o d e
fora, na b ase d a lo na. Foi q ua nd o esc utei a minha voz interna dizer: "A na tureza é
ple na e m a b und â ncia, mas nã o discrimina na d a ne m ning ué m. Qua nd o a c huva
c ai, a á g ua te m q ue ir p ara alg um lug ar. Se um a p arte está se c a, o utra te m q ue
estar d upla me nte molha d a. Olha nd o a p o ç a, p erc e bi q ue esse mesmo pro c esso
o c orre c o m o dinheiro. Verd a d eiras fortunas circ ula m p or aí e m ple na
a b und â ncia, e elas tê m q ue ir p ara alg um lug ar. A q uestã o é simples: se um a
p esso a nã o está pro p e nsa a re c e b er a sua p arte, esta a c a b ará ind o p ara q ue m
está. O dinheiro, c o mo a á g ua d a c huva, nã o lig a a mínim a p ara q ue m vai fic ar
c o m ele".
Por c o nta d a exp eriê ncia na q uele a brig o, criei um a ora ç ã o q ue diz o
se g uinte: "Universo, se vo c ê m a nd o u um a c oisa extra ordinária p ara um a p esso a
q ue nã o está q uere nd o re c e b ê-la, fa ç a-a c he g ar a té mim. Esto u a b erto e
disp osto a a c eitar to d as as suas b ê nç ã os. O brig a d o". Pe ç o a os p articip a ntes d e
me us se minários q ue re pita m isso c o mig o. As p esso as fic a m e ufóric as. Elas se
e ntusiasma m p orq ue estar inteira me nte a b erto a re c e b er é alg o incrível, e essa
se nsa ç ã o é m ara vilhosa, p ois o na tural é se se ntir d esse jeito. Qualq uer alterna tiva
q ue vo c ê te nha inve nta d o p ara isso é, e u insisto, a p e nas um a história inútil, q ue

72
nã o serve a vo c ê ne m a ning ué m. Deixe a sua história p artir e o se u dinheiro
c he g ar.
Q ue m é ric o tra b alha muito e a cre dita q ue é p erfeita me nte a pro pria d o ser
b e m re c o mp e nsa d o p or se us esforç os e p elo valor q ue a gre g a a os o utros. As
p esso as d e me ntalid a d e p o bre ta mb é m d ã o d uro, m as o se ntime nto d e q ue nã o
sã o mere c e d oras as faz crer q ue nã o é justo sere m b e m re munera d as p or se us
esforç os e p elo valor q ue a gre g a m. Essa cre nç a as pre disp õ e a o p a p el d e
vítimas. Perg unto: c o mo alg ué m p o d erá ser um a "b o a" vítima se g a nhar b e m?
Muitos indivíd uos d e me ntalid a d e p o bre a cre dita m d e verd a d e q ue sã o
melhores p orq ue nã o tê m dinheiro. Alg o lhes diz q ue sã o m a us b o nd osos,
pie d osos o u espiritualiza d os. Bo b a g e m. A únic a C oisa q ue os disting ue é estare m
fre q üe nte me nte num a situa ç ã o fina nc eira ruim. Num d os se minários, um ho me m
veio falar c o mig o a os pra ntos. Ele disse:
- Nã o c o nsig o im a ginar c o mo p o d erei me se ntir b e m te nd o um mo nte d e
dinheiro e nq ua nto o utras p esso as p ossue m tã o p o uc o.
Eu lhe fiz alg um as sim ples p erg untas:
- Q ue b e m o se nhor p o d e fazer a os ne c essita d os se ta m b é m é um d eles? A
q ue m o se nhor está ajud a nd o se está se m dinheiro? Por a c aso o se nhor nã o é
um a b o c a a mais p ara alime ntar? Nã o seria mais efic az se e nriq ue c esse e fosse
c a p az d e ajud ar as p esso as a p artir d e um a p osiç ã o d e forç a e m vez d e uma
p osiç ã o d e fra q ueza?
Ele p aro u d e c horar e resp o nd e u:
- A g ora e nte nd o. C o mo p osso ter a cre dita d o numa b o b a g e m tã o gra nd e?
Harv, a c ho q ue c he g o u a hora d e fic ar ric o e, no c a minho, ajud ar os o utros.
Obrig a d o.
Ele volto u a o se u lug ar c o mo um no vo ho me m. Te mp os d e p ois, re c e bi d ele
um e-m ail dize nd o q ue esta va g a nha nd o três vezes mais d o q ue a ntes e q ue
esta va im pressio na d o c o m isso. E o melhor d e tud o: q ue era mara vilhoso p o d er
ajud ar os se us a mig os e fa miliares q ue aind a esta va m e m dific uld a d es.
Isso me le va a um p o nto im p orta nte: se vo c ê p ossui meios d e g a nhar rios d e
dinheiro, g a nhe. Por q uê? Porq ue muitas p esso as - p e nse so bretud o nas q ue
vive m e m re giões assola d as p ela fo me, p elas g uerras e p elas d oe nç as -
pro va velme nte ja mais terã o essa o p ortunid a d e. Se vo c ê é um d os afortuna d os
q ue tê m c a p a cid a d e p ara fazer isso (e vo c ê te m, d o c o ntrário nã o estaria le nd o
este livro), use to d os os re c ursos d e q ue disp õ e p ara a c o nq uista d esse o bjetivo.
Enriq ue ç a e ajud e q ue m nã o te m a mesma p ossibilid a d e q ue vo c ê. Essa a titud e
faz muito m ais se ntid o d o q ue c o ntinuar se m dinheiro e nã o prestar a uxílio a
ning ué m.
É claro, ha verá q ue m dig a: "O dinheiro vai fazer c o m q ue e u mud e. Se e u
e nriq ue c er, p osso me tornar um indivíd uo g a na ncioso. Primeiro, as únic as p esso as
q ue dize m isso sã o as q ue tê m uma me ntalid a d e p o bre. Essa id éia nã o p assa d e
um a justific a tiva p ara o fra c asso, fruto d as m uitas ervas d a ninhas d os se us jardins
fina nc eiros "internos". Nã o c aia nessa arm a dilha.

73
Se g und o, q uero d eixar b e m claro: o dinheiro a p e nas inte nsific ará a q uilo
q ue vo c ê já é. Se vo c ê é mesq uinho, o dinheiro lhe d ará a o p ortunid a d e d e ser
mais mesq uinho. Se vo c ê é b o m, ele lhe pro piciara os meios d e ser melhor. Se
vo c ê te m m a índ ole, ele lhe p ermitira ser pior aind a. Se vo c ê é g e neroso, a
riq ueza só fará c o m q ue a sua g e nerosid a d e a ume nte. E q ue m disser q ue nã o é
assim está, c o m c erteza, num a situa ç ã o fina nc eira ruim.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O dinheiro a p e nas inte nsific ará a q uilo q ue vo c ê já é.
O q ue fazer, e ntã o? C o mo se tornar um b o m re c e b e d or?
Primeiro, c o me c e a nutrir a si mesmo. Le mbre-se: so mos cria turas d e há bitos,
p orta nto vo c ê terá q ue pra tic ar c o nscie nte me nte o a to d e re c e b er o melhor q ue
a vid a te m p ara lhe ofere c er.
Um d os ele me ntos-c ha ve d o siste ma d e a d ministra ç ã o d o dinheiro q ue
e nsino é ter a C o nta d a Diversã o, d a q ual vo c ê p o d erá sa c ar um valor d esig na d o
p ara g astar c o m c oisas q ue lhe d ã o sa tisfa ç ã o e o fa ç a m se ntir-se "milio nário". A
id éia c o m essa c o nta b a nc ária é ajud á-lo a valid ar o se u mere cime nto e
fortale c er o se u "músc ulo re c e b e d or".
Se g und o, q uero q ue vo c ê pra tiq ue se se ntir e mo cio na d o e gra to to d a vez
q ue a c har o u re c e b er alg um dinheiro. É e ngra ç a d o, q ua nd o e u esta va nas
minhas fases d e d ureza e via uma mo e d a no c hã o, ja m ais me a b aixa va p ara
a p a nhá-la. Hoje, q ue so u ric o, p e g o q ualq uer c oisa q ue p are ç a dinheiro. Do u-lhe
um b eijo d e b o a sorte e d e claro e m voz alta: "Eu so u um ím ã q ue a trai dinheiro.
Obrig a d o, o brig a d o, o brig a d o".
Nã o fic o ali p ara d o julg a nd o o no me q ue a q uilo te m - dinheiro é dinheiro, e
a c há-lo é um a b ê nç ã o d o universo. A g ora, q ue esto u ple na me nte a b erto a
re c e b er q ualq uer c oisa q ue p assa na minha fre nte, essas d á divas c he g a m a mim.
Essa disp osiç ã o é a bsoluta me nte esse ncial p ara q ue m q uer e nriq ue c er. É
ta mb é m indisp e nsá vel p ara os q ue d eseja m c o nservar a fortuna. Se vo c ê é m a u
re c e b e d or e p or a c aso lhe c ai no c olo um a q ua ntid a d e substa ncial d e dinheiro,
o m ais pro vá vel é q ue ele d esa p are ç a num insta nte. Re pito: "Primeiro o interior,
d e p ois o exterior". Em primeiro lug ar, exp a nd a a sua "c aixa" d e re c e bime nto,
d e p ois o bserve c o mo o dinheiro surgirá p ara e nc hê-la.
Volto a dizer: o universo a b o mina o vazio. Em o utras p ala vras, um esp a ç o
vazio se mpre será pree nc hid o. Vo c ê já noto u o q ue a c o nte c e c o m um a
g ara g e m e um armário d eso c up a d os? Eles g eralme nte nã o fic a m assim p or muito
te m p o. Já re p aro u ta m b é m c o mo é estra nho q ue o te m p o ne c essário p ara a
exe c uç ã o d e um a tarefa q ualq uer é se m pre ig ual a o te mp o d a d o p ara q ue ela
seja c o ncluíd a? Nã o? Qua nd o vo c ê exp a ndir a sua c a p a cid a d e d e re c e b er,
p erc e b erá isso.
E m ais: assim q ue vo c ê se tornar a b erto a re c e b er, to d as as áre as d a sua
vid a p assarã o a ser ig ualme nte re c e p tivas. Vo c ê g a nhará nã o a p e nas m ais
dinheiro c o mo m ais a mor, m ais p az, mais felicid a d e e mais sa tisfa ç ã o. Por q uê?
Por c a usa d e o utro principio q ue uso c o m fre q üê ncia. Ele diz: "Vo c ê faz uma c oisa
d o mesmo mo d o c o mo faz to d as as o utras c oisas".
74
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Vo c ê faz um a c oisa d o mesmo mo d o c o mo faz to d as as o utras c oisas.
A sua ma neira d e ser num a áre a é g eralme nte a mesma e m to d os os
se tores d a sua vid a. Se vo c ê se blo q ueia p ara nã o re c e b er dinheiro, é pro vá vel
q ue ta m b é m nã o se a bra p ara a c eitar to d as as o utras c oisas b o as q ue p o d eria
g a nhar. Em g eral, a me nte nã o d elimita um c a m p o esp e cific o e m q ue a p esso a
é m á re c e b e d ora. Na verd a d e, o c orre exa ta me nte o c o ntrário: ela te m o há bito
d e g e neralizar a o extre mo, dize nd o: "Vo c ê é d o jeito q ue é, se mpre e e m to d os os
asp e c tos".
Se vo c ê é um ma u re c e b e d or, é assim q ue a g e e m to d as as áre as. A b o a
notícia é q ue, q ua nd o se tornar um exc ele nte re c e b e d or, será assim ta m b é m e m
to d os os asp e c tos: a b erto p ara a c eitar tud o o q ue o universo te m a lhe ofere c er
e m to d os os c a mp os d a sua vid a.
A únic a c oisa d e q ue vo c ê pre cisa se le m brar é c o ntinuar dize nd o
"o brig a d o" se mpre q ue o b tiver um a b ê nç ã o.
DECLARAÇÃO
So u um exc ele nte re c e b e d or. Esto u a b erto e pro p e nso a re c e b er gra nd es
q ua ntid a d es d e dinheiro na vid a.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pra tiq ue ser um exc ele nte re c e b e d or. To d a vez q ue alg ué m o elo giar
p or q ualq uer mo tivo, dig a a p e nas: "Obrig a d o". Nã o re trib ua a g e ntileza na
mesm a hora. Isso p ermitirá q ue vo c ê re c e b a ple na me nte o elo gio e se a pro prie
d ele e m vez d e "m a nd á-lo d e volta" c o mo m uita g e nte faz. Alé m disso, g ara nte à
p esso a q ue o elo gio u a ale gria d e lhe d ar esse prese nte se m ter o d esprazer d a
d e voluç ã o.
2. A bsoluta me nte to d o dinheiro q ue vo c ê a c har o u re c e b er d e ve ser
festeja d o c o m muito e ntusiasmo. Vá e m fre nte e d e clare e m alto e b o m so m: "Eu
so u um ímã q ue a trai dinheiro. Obrig a d o, o brig a d o, o brig a d o". Isso vale p ara o
dinheiro q ue vo c ê e nc o ntrar no c hã o, p ara a q uele q ue re c e b er d e prese nte,
p ara a q uele q ue vier d o g o verno, p ara a q uele q ue c he g ar às suas mã os c o mo
p a g a me nto e p ara a q uele q ue o se u ne g ó cio lhe pro p orcio nar. Le m bre-se: o
universo está pro gra ma d o p ara a p oiá-lo. C aso vo c ê c o ntinue d e clara nd o q ue é
um ímã q ue a trai dinheiro - e esp e cialme nte se vo c ê te m um a pro va disso -, o
universo dirá a p e nas "Certo" e lhe e nviará mais.
3. Tra te-se c o m c arinho. Pelo me nos um a vez p or mês, to me um a
a titud e esp e cial p ara a gra d ar a vo c ê mesmo e a o se u espírito. Re c e b a
massa g e ns, c orte o c a b elo num salã o c hiq ue, se d ê um almo ç o o u ja ntar
refina d o, alug ue um b arc o o u um a c asa d e praia o u p e ç a a alg ué m q ue lhe sirva
o c afé d a ma nhã na c a m a. Fa ç a c oisas q ue lhe p ermita m se se ntir ric o e
mere c e d or. Mais um a vez: a e nergia vibra cio nal q ue vo c ê e mite nesse tip o d e
exp eriê ncia e nviará a o universo a me nsa g e m d e q ue a a b und â ncia está

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prese nte na sua vid a e, insisto, o universo sim plesme nte fará o se u tra b alho,
dize nd o "Certo", e lhe d ará o p ortunid a d es d e re c e b er mais.

Arquivo de riqueza nº 11

As p esso as ric as prefere m ser re munera d as p or se us resulta d os. As p esso as


d e me ntalid a d e p o bre prefere m ser re munera d as p elo te mp o q ue d esp e nd e m.
Vo c ê já d e ve ter o uvid o este c o nselho: "Vá à esc ola, tire b o as notas, arra nje
um b o m e m pre g o, c o nsig a um c o ntra c he q ue 'está vel', seja p o ntual, tra b alhe
d uro... e será feliz p ara se mpre". Nã o sei q ual é a sua o piniã o a resp eito disso, m as
e u g ostaria d e ter a g ara ntia d essa pro messa p or escrito. Infelizme nte, esse sá bio
c o nselho ve m d o Livro d os Co ntos d e Fa d as, volume 1.
Nã o vo u me d ar a o tra b alho d e d esmasc arar essa a firm a ç ã o. Vo c ê é
c a p az d e fazer isso sozinho, o bserva nd o a sua pró pria exp eriê ncia e a vid a d as
p esso as a o se u re d or. O q ue q uero a nalisar é a id éia q ue está p or trás d o
c o ntra c he q ue "está vel". Nã o há na d a erra d o e m ter um c o ntra c he q ue assim, a
nã o ser q ue ele interfira na c a p a cid a d e q ue vo c ê p ossui d e g a nhar o q ue
mere c e. É nesse p o nto q ue está o pro ble ma: ele g eralme nte interfere.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Nã o há na d a erra d o e m ter um c o ntra c he q ue está vel, a nã o ser q ue ele
interfira na c a p a cid a d e q ue vo c ê p ossui d e g a nhar o q ue mere c e. É nesse p o nto
q ue está o pro ble m a: ele g eralme nte interfere.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre prefere m re c e b er um salário g ara ntid o
o u ser re munera d as p or horas tra b alha d as. Pre cisa m d a "se g ura nç a" d e sa b er
q ue terã o a q uela exa ta q ua ntid a d e d e dinheiro se m pre na mesm a d a ta, to d o
mês. O q ue elas nã o p erc e b e m é q ue essa se g ura nç a te m um pre ç o, e o pre ç o é
a riq ueza.
A vid a b ase a d a na se g ura nç a é um a vid a fund a me nta d a no me d o. Na
verd a d e, o q ue a p esso a está dize nd o é: "Te mo nã o ser c a p az d e g a nhar o
suficie nte p elo me u d ese mp e nho, p or isso me c o nte nto e m re c e b er o suficie nte
p ara so bre viver o u ter alg um c o nforto".
As p esso as ric as esc olhe m ser re munera d as p elos resulta d os q ue pro d uze m,
se nã o totalme nte, p elo me nos e m p arte. Elas c ostum a m ter o se u pró prio
ne g ó cio. Tira m os se us re ndime ntos d os lucros q ue o b tê m. Ga nha m p or c o misSã o
o u p or p erc e ntual d e re c eita. Prefere m a ç õ es d a e m presa o u p articip a ç ã o nos
lucros a salários altos. Observe q ue ne nhum a d essas fo ntes d e re nd a d á
g ara ntias. C o mo disse a ntes, no mund o fina nc eiro as re c o mp e nsas sã o
g eralme nte pro p orcio nais d os risc os.
Os ric os a cre dita m e m si mesmos. Crêe m no se u valor e na sua c a p a cid a d e
d e a gre g á-lo a o merc a d o. Pesso as q ue p e nsa m p e q ue no, nã o. É p or isso q ue
pre cisa m d e g ara ntias.
C erta vez, ne g o ciei c o m uma assessora d e rela ç ões p úblic as q ue q ueria
q ue e u lhe p a g asse ho norários me nsais d e US$ 4 mil. Perg untei-lhe o q ue e u
re c e b eria e m tro c a. Ela resp o nd e u q ue e u teria p elo me nos o e q uivale nte a US$
20 mil e m divulg a ç ã o na im pre nsa p or mês, e m mé dia. Eu q uis sa b er: "E se vo c ê
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nã o pro d uzir esse resulta d o o u alg o próximo a isso?" Ela a firmo u q ue d e q ualq uer
mo d o estaria disp o nd o d o se u te mp o, p or isso mere cia esse valor.
Eu lhe disse: "Nã o esto u interessa d o e m re munerá-la p elo se u te m p o, m as
p or d etermina d o resulta d o. Se vo c ê nã o o alc a nç ar, p or q ue d e vo lhe p a g ar? Por
o utro la d o, c aso vo c ê o b te nha um resulta d o melhor, re c e b erá mais. Preste
a te nç ã o: e u lhe d arei 50% d e q ualq uer valor mé dio q ue vo c ê pro d uzir. De a c ord o
c o m os se us números, isso c orresp o nd eria a ho norários me nsais d e US$ 10 mil, o u
seja, mais d o q ue o d o bro d o q ue vo c ê prete nd e g a nhar".
Ela to p o u? De jeito ne nhum. Ela vai b e m? Nã o, e c o ntinuará assim a té
d esc o brir q ue, p ara fic ar ric a, pre cisa re c e b er p or se us resulta d os.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre tro c a m te mp o p or dinheiro. O pro ble ma
d essa estra té gia é q ue o se u te m p o é limita d o. Porta nto, elas invaria velme nte
a c a b a m q ue bra nd o a re gra d e riq ueza nº 1, q ue diz: "Nunc a esta b ele ç a um teto
p ara os se us re ndime ntos". Ao o p tar p or ser re munera d o p elo te m p o q ue
d esp e nd e, vo c ê estará ma ta nd o as c ha nc es d e fic ar ric o.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Nunc a esta b ele ç a um teto p ara os seus re ndime ntos. Essa re gra ta m b é m se
a plic a a os ne g ó cios d e presta ç ã o d e serviç o e m q ue, g eralme nte, as p esso as sã o
re munera d as p or horas tra b alha d as. É p or isso q ue a d vo g a d os, c o nta d ores,
c o nsultores e o utros profissio nais q ue aind a nã o sã o só cios d as e m presas p ara as
q uais c ola b ora m - e, p orta nto, d e c ujos lucros nã o p articip a m - só c o nse g ue m, na
melhor d as hip óteses, re ndime ntos mo d era d os.
Sup o nha q ue vo c ê está no ra mo d e c a netas e re c e b e um p e did o d e 50 mil
unid a d es. O q ue faria nesse c aso? Telefo naria p ara o se u forne c e d or,
e nc o me nd aria as 50 mil c a netas, as e ntre g aria a o clie nte e e mb olsaria o lucro,
feliz d a vid a. A g ora ima gine q ue vo c ê é um exímio m assa gista e te m 50 mil
clie ntes faze nd o fila a sua p orta, to d os eles q uere nd o os se us serviç os. O q ue
vo c ê faz? Sim plesme nte se rói d e arre p e ndime nto p or nã o estar no ra mo d e
c a netas. O q ue mais p o d e fazer? Exp erime nte explic ar a ultim a p esso a d a fila
q ue o a te ndime nto vai d e morar "um p o uc o p orq ue a c o nsulta terá q ue ser
marc a d a p ara as 15h15 d e um a terç a-feira d a q ui a q ua tro d é c a d as".
Nã o esto u sug erind o q ue é erra d o prestar serviç os p esso ais. A p e nas nã o
esp ere fic ar ric o tã o c e d o, a nã o ser q ue vo c ê inve nte um a form a d e se d uplic ar
o u d e ala va nc ar a si mesmo.
Nos se minários, fre q üe nte me nte e nc o ntro assalaria d os e profissio nais q ue
sã o re m unera d os p or hora q ue se q ueixa m d e nã o estar g a nha nd o ta nto q ua nto
mere c e m. A minha resp osta é: "Na o piniã o d e q ue m? Te nho c erteza d e q ue o se u
p a trã o a cre dita q ue está lhe p a g a nd o d e form a justa. Por q ue vo c ê nã o sai d o
esq ue m a d o salário e p e d e q ue o se u p a g a me nto seja feito, p arcial o u
inte gralme nte, c o m b ase no se u d ese mp e nho? Ou, se nã o for p ossível, p or q ue
nã o tra b alha p or c o nta pró pria? Só assim sa b erá q ue está re c e b e nd o o q ue
mere c e". Mas esse c o nselho, p or alg uma razã o, nã o p are c e sa tisfazer essas
p esso as q ue, o b via me nte, morre m d e me d o d e testar o se u re al valor no
merc a d o.

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A resistê ncia q ue as p esso as c ostuma m ter à id éia d e re c e b er p or se us
resulta d os d e c orre, muitas vezes, a p e nas d o me d o d e ro m p er c o m o velho
c o ndicio na me nto. Pela minha exp eriê ncia, vejo q ue a maioria d a q ueles q ue
estã o e m p a c a d os num e m pre g o está vel te m uma pro gra m a ç ã o p assa d a q ue
lhe diz q ue essa é a ma neira "norm al" d e ser re munera d o p or se u tra b alho.
Os p ais nã o p o d e m ser resp o nsa biliza d os p or isso. (Se vo c ê for um a b o a
vítima, a c ho a té q ue c olo c ará a c ulp a neles.) Em g eral, eles te nd e m a ser
a b erta me nte pro te tores. Porta nto, no seu mo d o d e e nte nd er, é na tural q uerer
q ue os se us filhos te nha m uma existê ncia se g ura e m termos fina nc eiros. C o mo
vo c ê já d e ve ter p erc e bid o, q ualq uer tra b alho q ue nã o pro p orcio ne um
c o ntra c he q ue está vel g eralme nte pro d uz a q uela terrível re a ç ã o p or p arte d eles:
"Qua nd o é q ue vo c ê vai arra njar um e mpre g o d e verd a d e?"
Qua nd o os me us p ais me fazia m essa p erg unta, felizme nte a minha
resp osta era: "Se De us q uiser, nunc a!" A minha mã e fic a va arrasa d a. Mas o me u
p ai dizia: "É isso mesmo. Vo c ê ja m ais fic ará ric o tra b alha nd o p ara o utra p esso a
e m tro c a d e salário. Se é p ara ter um e m pre g o, fa ç a q uestã o d e q ue lhe
p a g ue m e m p orc e nta g e m. Ou, e ntã o, o melhor é tra b alhar p or c o nta pró pria".
Eu ta m b é m o a c o nselho a a d otar esse esq ue ma. Esc olha e ntre a brir o se u
pró prio ne g ó cio, tra b alhar p or c o missã o o u re c e b er um a p orc e nta g e m d a
re c eita, d os lucros o u d as a ç ões d a e mpresa. Qualq uer q ue seja a sua d e cisã o,
asse g ure-se d e criar uma situa ç ã o q ue lhe p ermita g a nhar c o m b ase nos se us
resulta d os.
A cre dito q ue a m aioria d as p esso as d e veria tra b alhar p or c o nta pró pria,
e m te m p o inte gral o u p arcial. O princip al motivo disso é q ue a maior p arte d os
milio nários e nriq ue c e u mo nta nd o um ne g ó cio pró prio.
Se vo c ê nã o te m um a id éia brilha nte p ara iniciar um ne g ó cio, nã o se
preo c up e: use a d e alg ué m. Por exe mplo, tra b alhe c o mo um ve nd e d or
c o missio na d o. A a tivid a d e d e ve nd as c ostum a pro d uzir resulta d os fina nc eiros
exc ele ntes. C aso seja b o m nisso, terá a c ha nc e d e g a nhar uma fortuna.
Em alg uns p aíses, c o mo os Esta d os Unid os, um a ótim a o p ç ã o é e ntrar p ara
um a e m presa d e m arketing d e re d e - um siste ma d e distrib uiç ã o q ue mo vime nta
b e ns e / o u serviç os d o fa bric a nte p ara o c o nsumid or p or meio d e uma "re d e" d e
e mpresários ind e p e nd e ntes, se m a ne c essid a d e d e p o ntos-d e-ve nd a. Os
pro d utos sã o a d q uirid os p or eles dire ta me nte d a e m presa a pre ç o d e distrib uid or
e re ve ndid os a pre ç o d e ta b ela a o c o nsumid or final.
Mesmo c o m p o uc o dinheiro, a p esso a p o d e se tornar um
e mpresário / distrib uid or e d esfrutar d as va nta g e ns d e p ossuir um ne g ó cio pró prio
c o m um p e q ue no número d e inc o nve nie ntes a d ministra tivos. Poré m, e isso é
imp orta nte, nã o p e nse ne m p or um minuto q ue alg ué m c o nse g ue ser b e m-
suc e did o nessa a tivid a d e se m se d e dic ar - o ne g ó cio só d á c erto q ua nd o o
tra b alho é b e m-feito. O êxito nesse ra mo d e p e nd e d e treina me nto, te m p o e
e nergia.
Outra o p ç ã o é tro c ar o e m pre g o p or uma rela ç ã o c o ntra tual. Se o se u
e mpre g a d or estiver disp osto, ele p o d e c o ntra tar a sua e m presa e m vez d a sua
p esso a p ara re alizar b asic a me nte as mesmas a tivid a d es q ue vo c ê exe c uta
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a g ora. Alg umas exig ê ncias le g ais te m q ue ser a te ndid as, m as o im p orta nte é q ue,
C aso vo c ê c o nsig a um o u d ois clie ntes a m ais, mesmo e m te m p o p arcial, p o d erá
re c e b er c o mo e m presário e m vez d e c o mo e mpre g a d o e d esfrutar d as
va nta g e ns fisc ais c orresp o nd e ntes. Que m sa b e o te mp o p arcial se torna te m p o
inte gral, d a nd o-lhe a o p ortunid a d e d e ala va nc ar a si mesmo, c o ntra tar o utras
p esso as p ara fazer o tra b alho e, finalme nte, dirigir o se u pró prio ne g ó cio?
Vo c ê d e ve estar p e nsa nd o: "O me u p a trã o ja m ais c o nc ord aria c o m isso".
Eu nã o teria ta nta c erteza. Ente nd a q ue o c usto d e um funcio nário p ara a
e mpresa é b asta nte alto - ela te m q ue p a g ar nã o a p e nas o salário, mas um a
série d e e nc arg os tra b alhistas q ue p o d e m c he g ar a 80% d o valor d essa
re munera ç ã o. É claro q ue, e m alg uns c asos, vo c ê talvez te nha q ue a brir m ã o d os
b e nefícios q ue re c e b e c o mo funcio nário, m as, só c o m o q ue estará
e c o no miza nd o e m im p ostos, p o d erá a d q uirir o q ue há d e melhor p ara sa tisfazer
as suas ne c essid a d es.
No fim d as c o ntas, a únic a m a neira d e vo c ê g a nhar o q ue re alme nte
mere c e é re c e b er c o m b ase nos se us resulta d os. Nã o c usta le m brar o q ue me u
p ai me dizia: "Vo c ê ja m ais fic ará ric o tra b alha nd o p ara o utra p esso a e m tro c a d e
um salário. Se é p ara ter um e m pre g o, fa ç a q uestã o d e q ue lhe p a g ue m e m
p orc e nta g e m. Ou, e ntã o, tra b alhe p or c o nta pró pria".
Isso é q ue é c o nselho sá bio.
DECLARAÇÃO
Prefiro ser re munera d o c o m b ase nos me us resulta d os.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Se a tualme nte vo c ê tra b alha p or um salário me nsal, crie e d e p ois
pro p o nha a o se u e m pre g a d or um pla no d e re munera ç ã o q ue lhe p ermita
re c e b er, a o me nos p arcialme nte, c o m b ase nos se us resulta d os p esso ais, b e m
c o mo nos resulta d os d a e m presa. C aso vo c ê te nha um ne g ó cio pró prio,
esta b ele ç a um pla no d e re munera ç ã o q ue p ermita a os se us c ola b ora d ores e
forne c e d ores re c e b ere m b asic a me nte p elos resulta d os q ue pro d uze m e p elos
resulta d os d a sua e m presa.
2. Se vo c ê está e m pre g a d o e nã o g a nha o q ue mere c e c o m b ase nos
resulta d os q ue alc a nç a, p e nse e m a brir um ne g ó cio pró prio, aind a q ue e m
te m p o p arcial. Uma o p ç ã o é ofere c er serviç os ind e p e nd e ntes d e c o nsultoria à
e mpresa p ara a q ual tra b alha, m as a g ora re c e b e nd o p or d ese m p e nho e
resulta d os, e nã o a p e nas p elo se u te mp o.

Arquivo de riqueza nº 12

As p esso as ric as p e nsa m: "Posso ter as d uas c oisas".


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre p e nsa m: "Posso ter um a c oisa o u o utra".
As p esso as ric as vive m num a re alid a d e d e a b und â ncia. As p esso as d e
me ntalid a d e p o bre vive m num universo d e limita ç ões. Em b ora elas ha bite m o
mesmo mund o físic o, a difere nç a está nas suas p ersp e c tivas. Os indivíd uos q ue
79
p e nsa m p e q ue no c ultiva m c o nc eitos b ase a d os na esc assez. Deixa m-se g uiar p or
le mas c o mo "Nunc a se te m o b asta nte" e "Nã o se p o d e ter tud o"! Mesmo assim,
e mb ora ning ué m p ossa ter "tud o" - a final, isso faz p arte d a vid a -, e u a cre dito q ue
vo c ê, c o m to d a a c erteza, é c a p az d e p ossuir "tud o o q ue re alme nte q uer".
Vo c ê almeja uma c arreira d e suc esso o u ter mais te m p o p ara fic ar c o m a
sua fa mília? A m b os. Vo c ê q uer se d e dic ar a os ne g ó cios o u se divertir? A m b os.
Vo c ê d eseja dinheiro o u uma vid a c o m se ntid o? A mb os. Vo c ê prete nd e
e nriq ue c er o u fazer o tra b alho q ue a m a? A m b os. As p esso as d e me ntalid a d e
p o bre se m pre esc olhe m um a c oisa o u o utra, e nq ua nto os ric os o p ta m p or
a mb as. Eles e nte nd e m q ue, c o m um p o uc o d e cria tivid a d e, p o d e m q uase
se m pre im a ginar um a form a d e p ossuir o melhor d os d ois mund os.
De a g ora e m dia nte, q ua nd o vo c ê se c o nfro ntar c o m uma situa ç ã o d o tip o
"o u uma c oisa o u o utra", a q uestã o fund a me ntal a p erg untar a si mesmo é:
"C o mo p osso ter as d uas c oisas?" Esse q uestio na me nto mud ará a sua vid a. Ele o
livrará d e um mo d elo d e esc assez e limita ç ã o e, e m tro c a, lhe d ará um universo
d e p ossibilid a d es e a b und â ncia.
Isso nã o se a plic a a p e nas às c oisas q ue vo c ê q uer, m as a to d as as áre as d a
sua vid a. Por exe mplo: c erta vez, tive q ue lid ar c o m um forne c e d or insa tisfeito
q ue a c ha va q ue a minha e m presa, a Pe ak Pote ntials, d e via p a g ar d esp esas
extras q ue ele nã o ha via originalme nte pre visto. O me u e nte ndime nto foi d e q ue
a estim a tiva d os se us pró prios c ustos era assunto d ele, e nã o me u. E, se ele ha via
tid o mais g astos d o q ue o pre visto, a q uilo era alg o q ue c a bia a ele mesmo
resolver. Eu esta va m ais d o q ue disp osto a ne g o ciar um no vo a c ord o p ara uma
próxim a vez, p oré m, no c aso d a q uele serviç o esp e cific a me nte, fiz q uestã o
a bsoluta d e m a nter tud o o q ue tinha sid o a c erta d o e ntre nós. Nos me us te m p os
d e va c as ma gras, e u teria e ntra d o nessa disc ussã o c o m o o bjetivo d e d efe nd er o
me u p o nto d e vista e d eixar claro q ue nã o p a g aria a o sujeito um únic o c e nta vo
a mais d o q ue o c o m bina d o. E, mesmo q ue prete nd esse m a ntê-lo c o mo
forne c e d or, a q uela situa ç ã o pro va velme nte a c a b aria num a gra nd e brig a.
Partiria d o princípio d e q ue só ha veria um ve nc e d or.
No e nta nto, c o mo à q uela altura e u já esta va treina d o a p e nsar e m termos
d e c o nse g uir "as d uas c oisas" e ntrei na disc ussã o c o mpleta me nte a b erto a criar
um a situa ç ã o e m q ue nã o p a g aria um únic o c e nta vo a m ais e o me u forne c e d or
fic aria felicíssimo c o m o a c erto q ue fizésse mos. Em o utras p ala vras, a minha meta
era alc a nç ar os d ois o bjetivos. E foi o q ue c o nse g ui.
Veja o utro exe mplo. Ho uve um a é p o c a e m q ue d e cidi c o mprar uma c asa
d e férias no Arizo na. Vasc ulhei a áre a e m q ue esta va interessa d o e to d os os
a g e ntes imo biliários me dissera m q ue, se e u q uisesse uma c asa d e três q uartos
c o m um escritório nessa re giã o, teria q ue d ese mb olsar mais d e US$ 1 milhã o. A
minha inte nç ã o, p oré m, era g astar me nos d e US$ 1 milhã o. A maioria d as p esso as
re d uziria a sua exp e c ta tiva o u a c eitaria p a g ar o valor a p o nta d o p elos c orretores.
Eu me pro p us a c o nse g uir a c asa e ma nter a q ua ntia q ue esta va disp osto a
d ese mb olsar p or ela. De p ois, re c e bi um telefo ne m a c o m a notícia d e q ue os
pro prietários d e uma c asa no lug ar q ue e u d eseja va e c o m o número d e
c ô mo d os q ue e u q ueria ha via m re d uzid o o se u pre ç o e m US$ 200 mil, o u seja,
me nos d e US$ 1 milhã o. Mais um trib uto à inte nç ã o d e o b ter as d uas c oisas.

80
Finalme nte, se m pre disse a os me us p ais q ue nã o prete ndia me tornar
escra vo d e um tra b alho q ue e u nã o a pre ciasse e q ue "fic aria ric o faze nd o a q uilo
q ue a m a va". A resp osta era se mpre a mesm a: "Vo c ê vive num mund o d e so nhos.
A vid a nã o é um m ar d e rosas. Ne g ó cios sã o ne g ó cios, prazer é prazer. C uid e
primeiro d e g a nhar o se u suste nto. De p ois, se so brar te m p o, c urta a vid a".
Le mbro-me p erfeita me nte d e dizer a mim mesmo: "Se e u se g uir esse
c o nselho, a c a b arei c o mo eles. Nã o, e u vo u c o nse g uir as d uas c oisas". Foi muito
difícil. Às vezes e u era o brig a d o a fic ar uma o u d uas se ma nas faze nd o um
tra b alho q ue d etesta va p ara p o d er c o mer e p a g ar o alug uel. Mas nunc a a bri
mã o d a inte nç ã o d e alc a nç ar os me us d ois o bjetivos. Ja mais p erma ne ci muito
te m p o num e mpre g o o u ne g ó cio q ue e u nã o a pre cia va. No fim, fui c a p az d e
e nriq ue c er faze nd o a q uilo d e q ue g osta va. A g ora q ue sei q ue isso é p ossível,
c o ntinuo e m b usc a so me nte d e tra b alhos e projetos q ue me d ã o prazer. E o
melhor d e tud o: hoje te nho o privilé gio d e e nsinar o utras p esso as a a gir d esse
mo d o.
Em ne nhuma o utra áre a o p e nsa me nto d e q ue p o d e mos ter "as d uas
c oisas" é mais im p orta nte d o q ue no c a m p o fina nc eiro. As p esso as d e
me ntalid a d e p o bre a cre dita m q ue d e ve m o p tar e ntre a riq ueza e os d e mais
asp e c tos d a vid a, p or isso ra cio naliza m a p osiç ã o d e q ue o dinheiro nã o é tã o
imp orta nte.
C o mo já disse, essa id éia está erra d a. Afirmar q ue o dinheiro nã o é tã o
rele va nte q ua nto as o utras c oisas d a vid a é a bsurd o. Volto a p erg untar: o q ue é
mais im p orta nte - o se u bra ç o o u a sua p erna? A m b os, é claro.
O dinheiro é um lubrific a nte. Ele lhe p ermite "d eslizar" p ela vid a, e m vez d e
"se arrastar" p or ela. Pro p orcio na lib erd a d e - p ara vo c ê c o m prar o q ue d esejar e
fazer o q ue q uiser d o se u pró prio te mp o. C o m ele vo c ê te m c o ndiç ões d e
d esfrutar o q ue há d e melhor e ta mb é m a o p ortunid a d e d e ajud ar o utras p esso as
a sa tisfazer as suas ne c essid a d es b ásic as. A cima d e tud o, ser ric o faz c o m q ue
vo c ê nã o pre cise g astar a sua e nergia se pre o c up a nd o c o m a falta d e dinheiro.
A felicid a d e ta mb é m é im p orta nte. Re pito: é nesse p o nto q ue as p esso as
q ue p e nsa m p e q ue no se c o nfund e m. Muitas d elas a cre dita m q ue dinheiro e
felicid a d e sã o mutua me nte exclud e ntes: o u se é ric o o u se é feliz. Isso nã o p assa
d a pro gra m a ç ã o d e q ue m p e nsa p e q ue no.
Um a p esso a q ue é ric a, e m to d os os se ntid os d essa p ala vra, e nte nd e q ue
as d uas c oisas sã o indisp e nsá veis. Da mesm a forma c o mo pre cisa mos d e d ois
bra ç os e d e d uas p ernas, ne c essita mos d e dinheiro e felicid a d e. Vo c ê p o d e
c o mer o b olo e ter o b olo!
C he g a mos, p orta nto, a o utra imp orta nte difere nç a e ntre os indivíd uos ric os
e os d e me ntalid a d e p o bre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
As p esso as ric as a cre dita m q ue "se p o d e c o mer o b olo e ter o b olo".
As p esso as q ue tê m um p e nsa me nto d e classe mé dia crêe m q ue "b olo é
d o c e d e mais, p or isso só se d e ve c o mer um p e d a cinho".

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As p esso as d e me ntalid a d e p o bre, p or a cre ditare m q ue nã o mere c e m
b olo, p e d e m uma rosq uinha, se c o nc e ntra m no furo e se p erg unta m p or q ue elas
nã o tê m "na d a".
Eu lhe p erg unto: d e q ue serve ter o "b olo" se vo c ê nã o p o d e c o mê-lo? O
q ue exa ta me nte vo c ê d e ve fazer c o m ele? C olo c á-lo num a mesa e fic ar
olha nd o? Bolo serve p ara ser c o mid o e sa b ore a d o.
O mo d o d e p e nsar "o u um a c oisa o u o utra" ta m b é m ilud e as p esso as q ue
a cre dita m na se g uinte id éia: "Para e u ter mais, alg ué m te m q ue ter me nos". Volto
a dizer: isso nã o p assa d e um a pro gra m a ç ã o restritiva b ase a d a no me d o. A
no ç ã o d e q ue os ric os a pro pria m-se d e to d o o dinheiro d este mund o e p or isso
nã o so bra p ara ning ué m m ais é a bsurd a. Primeiro, essa cre nç a pressup õe q ue a
q ua ntid a d e d e dinheiro existe nte é limita d a. Nã o so u e c o no mista, mas, a té o nd e
c o nsig o p erc e b er, no tas e mais notas c o ntinua m a ser im pressas. Há d é c a d as a
oferta d e dinheiro nã o está vinc ula d a a ne nhum a tivo. Porta nto, mesmo q ue hoje
Os ric os p ossuísse m to d a a riq ueza d o pla ne ta, a m a nhã ha veria milhõ es, talvez
bilhões m ais, disp o níveis.
Outro asp e c to q ue os simp a tiza ntes d essa visã o limita d a p are c e m nã o
o bservar é q ue o mesmo dinheiro p o d e ser usa d o ind efinid a me nte p ara criar
valor p ara to d as as p esso as. Vo u d ar um exe mplo. Nos se minários, p e ç o a cinc o
p articip a ntes q ue se dirija m a o p alc o le va nd o c o nsig o um o bje to. Do u uma no ta
d e US$ 5 à p esso a nº 1 e lhe dig o p ara c o m prar alg o d a p esso a nº 2 c o m a q uele
dinheiro. Sup o nha q ue ela a d q uira um a c a ne ta. A g ora a p esso a nº 1 te m um a
c a neta e a p esso a nº 2, US$ 5. A p esso a nº 2 usa e ntã o os mesmos US$ 5 p ara
c o mprar, dig a mos, um a pra nc heta d a p esso a nº 3. De p ois, c o m a q uela mesma
nota, a p esso a nº 3 a d q uire um la p to p d a p esso a nº 4. Esp ero q ue vo c ê te nha
c a p ta d o a im a g e m e a me nsa g e m. Os mesmos US$ 5 fora m usa d os p ara le var
valor a c a d a p esso a q ue o p ossuiu. A q uela nota p asso u p or cinc o indivíd uos e
crio u US$ 5 e m valor p ara c a d a um d eles e um total d e USS 25 e m valor p ara o
grup o. Porta nto, os US$ 5, alé m d e nã o tere m se esg ota d o, circ ulara m e criara m
valor p ara to d os.
As liç ões sã o claras. Primeiro, o dinheiro nã o se esg o ta - a mesm a nota
p o d e ser usa d a a nos e a nos e p or milhares d e p esso as. Se g und o, q ua nto m ais
ric o é um individ uo, m ais dinheiro ele p o d e c olo c ar e m circ ula ç ã o, p ermitind o
q ue o utras p esso as te nha m mais dinheiro p ara tro c ar p or m ais valor.
Isso é exa ta me nte o c o ntrário d o q ue pre g a o p e nsa me nto b ase a d o e m
"o u um a c oisa o u o utra"! Qua nd o uma p esso a p ossui dinheiro e o usa, ta nto ela
q ua nto o indivíd uo c o m q ue m a q uela q ua ntia foi g asta tê m, a mb os, o valor. Para
ser dire to: se vo c ê está tã o pre o c up a d o c o m as o utras p esso as e q uer se
asse g urar d e q ue elas te nha m a sua p arte (c o mo se existisse um a p arte), fa ç a o
q ue p ud er p ara e nriq ue c er e esp alhar m ais dinheiro p or aí.
Eu o estimulo a se livrar d o mito d e q ue o dinheiro é ma u e d e q ue vo c ê
d eixará d e ser tã o "b o m" o u tã o "p uro" se e nriq ue c er. Essa cre nç a é um a gra nd e
b esteira, e, se vo c ê c o ntinuar a a c eitá-la, fic ará e m p a c a d o num im p orta nte
asp e c to d e sua vid a.

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Ser b o nd oso, g e neroso e afetuoso nã o te m na d a a ver c o m a q ua ntid a d e
d e no tas q ue há na sua c arteira - essas q ualid a d es vê m d o q ue existe no se u
c ora ç ã o. Ser p uro e espiritualiza d o nã o te m rela ç ã o c o m a sua c o nta b a nc ária -
esses a trib utos se origina m d o q ue está na sua alma. A cre ditar q ue o dinheiro te m
o p o d er d e torná-lo b o m o u ma u nã o p assa d o mo d o d e p e nsar "o u uma c oisa
o u o utra", p uro lixo pro gra ma d o q ue nã o ajud a e m na d a a sua felicid a d e e o se u
suc esso.
Essa id éia ta m b é m nã o te m a me nor utilid a d e p ara as p esso as a o se u
re d or, esp e cialme nte p ara as cria nç as. Se vo c ê faz a bsoluta q uestã o d e ser um a
b o a p esso a, seja b o m o suficie nte p ara nã o infe c tar a g era ç ã o se g uinte c o m
cre nç as e q uivo c a d as q ue p ossa ter a d ota d o se m q uerer.
C aso d eseje viver d e fa to um a vid a se m limites, d eixe d e la d o o mo d o d e
p e nsar exclud e nte e m a nte nha a inte nç ã o d e ter as d uas c oisas.
DECLARAÇÃO
Eu se mpre p e nso: "Posso ter as d uas c oisas".
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Pra tiq ue p e nsar e m ter "as d uas c oisas" e crie m a neiras d e c o nse g uir
isso. Se m pre q ue se e nc o ntrar dia nte d e d uas alterna tivas, p erg unte-se: "Por q ue
nã o p osso ter a m b as?"
2. C o nscie ntize-se d e q ue dinheiro e m circ ula ç ã o a cresc e nta valor à
vid a d e to d as as p esso as. Se mpre q ue vo c ê g astar dinheiro, dig a a si mesmo:
"Esse dinheiro p assará p or c e nte nas d e indivíd uos e criará valor p ara to d os eles".
3. Pe nse e m si pró prio c o mo um exe m plo p ara os o utros - mostra nd o
q ue é p ossível ser b o nd oso, g e neroso, afetuoso e ric o.

Arquivo de riqueza nº 13

As p esso as ric as fo c aliza m o se u p a trimô nio líq uid o.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre fo c aliza m o se u re ndime nto me nsal.
Em g eral, q ua nd o o assunto é dinheiro, as p esso as fre q üe nte me nte
p erg unta m: "Qua nto vo c ê g a nha?" É raro o uvirmos: "Qua nto vale o se u
p a trimô nio?" Po uc a g e nte fala assim, a nã o ser nos a mbie ntes d e alta classe.
Nesses lug ares, as c o nversas so bre dinheiro c ostum a m dizer resp eito a o
p a trimô nio: "O Pe dro a c a b o u d e ve nd er as a ç ões. Ele te m a g ora um p a trimô nio
d e m ais d e R$ 3 milhõ es. A e m presa d e Jo ã o a briu o c a pital. Ele a g ora p ossui R$ 5
milhões. A Maria ve nd e u a firma e a g ora te m R$ 8 milhõ es". Ning ué m diz: "Sa bia
q ue o Ric ard o g a nho u um a ume nto, alé m d e um a ajud a d e c usto d e 2%?"
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A verd a d eira me did a d a riq ueza é o p a trimô nio líq uid o e nã o os
re ndime ntos.

83
A verd a d eira me did a d a riq ueza é o p a trimô nio líq uid o e nã o os
re ndime ntos. Se m pre foi e se m pre será. O p a trimô nio líq uid o é o valor d e tud o o
q ue um a p esso a te m. Para d e terminar o se u p a trimô nio, so me o valor d e to d as as
c oisas q ue vo c ê p ossui - dinheiro, a ç ões, títulos, imó veis, o se u ne g ó cio a tual, a
sua c asa - e d e p ois sub traia tud o o q ue d e ve, O p a trimô nio líq uid o é a me did a
d efinitiva d a riq ueza p orq ue, se ne c essário, os b e ns p o d e m ser liq uid a d os, o u seja,
c o nvertid os e m dinheiro.
Q ue m é ric o sa b e q ue há um a ime nsa difere nç a e ntre re ndime ntos e
p a trimô nio líq uid o. Os primeiros sã o imp orta ntes, mas c o nstitue m a p e nas um d os
q ua tro fa tores d etermina ntes d o p a trimô nio líq uid o, q ue sã o:
1. Re ndime ntos
2. Po up a nç a
3. Investime ntos
4. Sim plific a ç ã o
To d a p esso a ric a c o mpree nd e q ue a c o nstruç ã o d e um p a trimô nio líq uid o
substa ncial resulta d e um a e q ua ç ã o q ue c o nté m esses q ua tro ele me ntos. C o mo
to d os eles sã o esse nciais, exa minarei um a um.
Existe m d ois tip os d e re ndime ntos: a tivos e p assivos. Re ndime nto a tivo é o
dinheiro q ue vo c ê g a nha p or se u tra b alho: o se u salário o u, c aso seja um
e mpresário, a re nd a o u os lucros q ue o b té m c o m o se u pró prio ne g ó cio. O
re ndime nto a tivo é im p orta nte p orq ue, na sua a usê ncia, é q uase im p ossível
c he g ar a os o utros três fa tores d o p a trimô nio líq uid o.
É c o m os re ndime ntos a tivos q ue e nc he mos o nosso "funil fina nc eiro", p or
assim dizer. Em c o ndiç ões normais, q ua nto m aior o re ndime nto a tivo, mais
p o d e mos p o up ar e investir. Emb ora esse tip o d e re ndime nto seja fund a me ntal, e u
re pito: o se u valor d e p e nd e d a p arte q ue ele o c up a no c o njunto d o p a trimô nio
líq uid o.
Re ndime nto p assivo é o dinheiro q ue vo c ê re c e b e se m tra b alhar
a tiva me nte. De p ois a b ord arei o re ndime nto p assivo c o m m ais d etalhes. Por ora,
c o nsid ere-o um a d as fo ntes d e a b aste cime nto d o se u funil fina nc eiro, q ue p o d e
ser usa d a p ara g astos, p o up a nç a e investime nto.
Po up ar ta mb é m é indisp e nsá vel. Se vo c ê g a nhar rios d e dinheiro e nã o
c o nservar ne nhum, nã o fará fortuna. Muita g e nte te m um mo d elo d e dinheiro
pro gra m a d o p ara g astar - q ua nto m ais g a nha, m ais g asta. Sã o indivíd uos q ue
o p ta m p ela gra tific a ç ã o ime dia ta e m d etrime nto d o e q uilíbrio a lo ng o prazo. Os
g asta d ores tê m três le m as. O primeiro é: "A h, é só dinheiro". Co nse q üe nte me nte,
dinheiro é alg o q ue eles nã o p ossue m e m gra nd e q ua ntid a d e. O se g und o é:
"Tud o q ue vai ve m". Pelo me nos é d o q ue g ostaria m, p orq ue o se u terc eiro le m a
é: "Sinto muito, a g ora nã o d á. Esto u q ue bra d o". Se m re ndime ntos p ara e nc her o
funil fina nc eiro e se m p o up a nç a p ara c o nservá-lo, é im p ossível p assar a o próximo
fa tor d o p a trimô nio líq uid o.
De p ois q ue tiver c o me ç a d o a p o up ar uma p arte a pro pria d a d os se us
re ndime ntos, vo c ê p o d e c he g ar à eta p a se g uinte: fazer o se u mo nta nte d e

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dinheiro a ume ntar p or meio d e investime ntos. Em g eral, q ua nto melhores os
investime ntos, mais rá pid o o dinheiro cresc e e m ais p a trimô nio líq uid o ele
pro p orcio na. As p esso as ric as d esp e nd e m te m p o e e nergia a pre nd e nd o a investir
e tê m org ulho d e ser exc ele ntes investid oras o u, p elo me nos, d e c o ntra tar ó timos
profissio nais p ara exe c utar essa tarefa p or elas. Que m te m a me ntalid a d e p o bre
p e nsa q ue investime nto é c oisa d e ric o. E, c o mo nunc a a pre nd e a fazer isso,
c o ntinua na pior. Volto a dizer: to d as as p artes d a e q ua ç ã o sã o im p orta ntes.
O q uarto fa tor d o p a trimô nio líq uid o p o d e ser c o nsid era d o o azarã o d o
p áreo: p o uc a g e nte re c o nhe c e a sua im p ortâ ncia p ara a cria ç ã o d a riq ueza.
Tra ta-se d a "sim plific a ç ã o". Ela c a minha la d o a la d o c o m a p o up a nç a e re q uer o
esta b ele cime nto c o nscie nte d e um estilo d e vid a e m q ue vo c ê d e p e nd a me nos
d e dinheiro. C o m a re d uç ã o d o se u c usto d e vid a, a ume nta m a p o up a nç a e
ta mb é m a q ua ntid a d e d e dinheiro disp o nível p ara investir.
Para ilustrar o p o d er d a sim plific a ç ã o, vo u c o ntar a história d e uma
p articip a nte d o Se minário d a Me nte Milio nária. Aos 23 a nos d e id a d e, Sue to mo u
um a sá bia d e cisã o: c o m pro u um a c asa. Nesse ne g ó cio, ela g asto u p o uc o me nos
d e US$ 300 mil. Sete a nos d e p ois ho uve um b o o m no merc a d o imo biliário e Sue
ve nd e u a c asa p or mais d e US$ 600 mil, o b te nd o um lucro sup erior a US$ 300 mil.
Ela p e nso u e m a d q uirir um a no va c asa, m as, a p ós p articip ar d o se minário,
p erc e b e u q ue, se investisse o dinheiro c o m juros d e 10% e simplific asse o se u estilo
d e vid a, p o d eria viver c o nforta velme nte d os re ndime ntos se m nunc a m ais ter q ue
tra b alhar. Em vez d e c o mprar um a no va c asa, Sue foi morar c o m a irmã. Hoje,
a os 30 a nos, ela é fina nc eira me nte livre. Nã o c o nq uisto u a ind e p e nd ê ncia
g a nha nd o um a to nela d a d e dinheiro, mas re d uzind o c o nscie nte me nte as suas
d esp esas p esso ais. Sim, ela aind a tra b alha - p orq ue g osta -, p oré m ela nã o
pre cisaria mais fazer isso. Na verd a d e, Sue só tra b alha seis meses p or a no. Os
o utros seis meses ela p assa nas ilhas Fiji - primeiro, p orq ue a d ora o lug ar; se g und o,
p orq ue, c o mo diz, lá o se u dinheiro re nd e muito mais. C o mo vive e ntre os
mora d ores lo c ais e nã o e ntre os turistas, os se us g astos nã o sã o gra nd es. Vo c ê
c o nhe c e alg ué m q ue p o d e fic ar seis meses p or a no num a ilha tro pic al se m
pre cisar tra b alhar, na flor d os se us 30 a nos? E q ue tal a os 40, 50, 60 o u e m
q ualq uer o utra id a d e? Tud o isso a c o nte c e u p orq ue Sue crio u um estilo d e vid a
sim ples. Assim, nã o pre cisa d e ne nhum a fortuna p ara se suste ntar.
Q ua nto lhe c usta, p orta nto, ser fina nc eira me nte feliz? Se vo c ê se nte
ne c essid a d e d e morar numa verd a d eira m a nsã o, ter 10 c arros e três c asas d e
vera neio, d ar a volta a o mund o to d o a no, c o mer c a viar e b e b er o melhor
c ha mp a nhe p ara pree nc her a sua vid a, ó timo. Saib a, no e nta nto, q ue está
c olo c a nd o o se u so nho d e felicid a d e num p a ta m ar extre ma me nte alto e p o d e
pre cisar d e um te mp o e norme p ara alc a nç á-lo.
M as, C aso vo c ê nã o fa ç a q uestã o d e to d os esses "brinq ue d os" p ara ser
feliz, é pro vá vel q ue c o ncre tize o se u o bjetivo fina nc eiro m ais c e d o.
Volto a dizer: a c o nstruç ã o d o p a trimô nio líq uid o é um a e q ua ç ã o d e
q ua tro p artes. C o nsid ere a se g uinte a nalo gia. Ima gine-se dirigind o um ô nib us.
C o mo seria a via g e m se esse veíc ulo só tivesse um a ro d a? Pro va velme nte le nta,
a cid e nta d a, c heia d e p erc alç os - vo c ê fic aria gira nd o e m círc ulos. So a fa miliar?

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As p esso as ric as jo g a m o jo g o d o dinheiro c o m as q ua tro ro d as. Por isso a via g e m
q ue faze m é tã o rá pid a, sua ve, direta e rela tiva me nte tra nq üila.
A pro p ósito, USo a a nalo gia d o ô nib us p orq ue, d e p ois d e alc a nç ar o
suc esso, a sua meta p o d e ser le var o utras p esso as nesse p asseio.
A q ueles q ue tê m uma me ntalid a d e p o bre o u um a visã o d e classe mé dia
jo g a m o jo g o d o dinheiro c o m uma ro d a só. A cre dita m q ue o únic o jeito d e
e nriq ue c er é g a nha nd o rios d e dinheiro. Eles p e nsa m assim p orq ue nunc a fizera m
fortuna. Nã o c o nhe c e m a lei d e Parkinso n: "A d esp esa cresc e na pro p orç ã o
direta d a re c eita".
Veja o q ue normalme nte a c o nte c e na nossa so cie d a d e. A p esso a te m um
c arro, d e p ois g a nha m ais dinheiro e c o mpra um c arro melhor; p ossui uma c asa,
d e p ois g a nha m ais dinheiro e a d q uire um a c asa m aior; te m ro up as. d e p ois g a nha
mais dinheiro e c o mpra ro up as mais c aras; te m férias, d e p ois g a nha m ais dinheiro
e g asta mais nas férias. É claro q ue existe m exc e ç ões a essa re gra, p o uq uíssim as,
aliás. Em g eral, à me did a q ue os re ndime ntos a ume nta m, os g astos so b e m
ta mb é m. É p or isso q ue a p e nas os re ndime ntos p or si mesmos nã o cria m riq ueza.
Este livro se c ha m a Os se gre d os d a me nte milio nária. Eu p erg unto:
milio nária se refere a os re ndime ntos o u a o p a trimô nio líq uid o? Ao p a trimô nio
líq uid o. Porta nto, se vo c ê prete nd e ser um milio nário o u alg o m ais d o q ue isso,
te m q ue fo c alizar a c o nstruç ã o d esse p a trimô nio, q ue, c o mo já d e mo nstrei,
d e p e nd e d e muitas c oisas alé m d os se us re ndime ntos.
A d o te a p olític a d e c o nhe c er o se u p a trimô nio líq uid o a té o ultimo
c e nta vo. Vo u lhe sug erir um exercício q ue p o d e mud ar a sua vid a fina nc eira.
Pe g ue um a folha d e p a p el e escre va o c a b e ç alho PATRIMÔNIO LÍQUIDO.
Em se g uid a, crie um a pla nilha sim ples, c o me ç a nd o c o m zero e termina nd o c o m
o o bjetivo q ue vo c ê c o nsid erar a d e q ua d o. A no te o se u p a trimô nio líq uid o a tual.
A c a d a 90 dias, inclua o se u no vo p a trimô nio líq uid o. Desse mo d o, vo c ê se verá
fic a nd o c a d a vez m ais ric o. Por q uê? Porq ue estará mo nitora nd o esse p a trimô nio.
Le mbre-se: a q uilo q ue fo c aliza mos se exp a nd e. C o mo se mpre dig o nos
treina me ntos q ue org a nizo: "É o nd e a a te nç ã o está q ue a e nergia flui e o
resulta d o a p are c e".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
É o nd e a a te nç ã o está q ue a e nergia flui e o resulta d o a p are c e.
Mo nitora nd o o se u p a trimô nio líq uid o, vo c ê se c o nc e ntra nele. C o mo
a q uilo q ue a me nte fo c aliza se exp a nd e, esse p a trimô nio cresc erá. Por falar nisso,
essa lei vale p ara to d os os asp e c tos d a vid a: tud o a q uilo d e q ue vo c ê c uid a
cresc e.
Para isso, e u lhe re c o me nd o pro c urar um b o m c o nsultor fina nc eiro. Esse
profissio nal p o d e ajud á-lo a mo nitorar e c o nstruir o se u p a trimô nio líq uid o. Ele o
orie ntará so bre c o mo org a nizar as suas fina nç as e lhe e nsinará ma neiras d e
p o up ar e fazer o se u dinheiro cresc er.

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A melhor form a d e e nc o ntrar um b o m c o nsultor é b usc ar referê ncias c o m
um a mig o o u p arc eiro q ue esteja sa tisfeito c o m um esp e cialista nessa áre a. Nã o
esto u lhe dize nd o p ara a c eitar tud o o q ue esse profissio nal disser c o mo um
d o g m a. A minha sug estã o é q ue vo c ê esc olha alg ué m c o m as q ualific a ç ões
ne c essárias p ara orie ntá-lo a pla nejar e c o ntrolar as suas fina nç as. Um b o m
c o nsultor lhe forne c erá instrume ntos, pro gra m as d e c o m p uta d or, c o nhe cime ntos
e re c o me nd a ç ões q ue o ajud arã o a a d q uirir há bitos d e investime nto g era d ores
d e riq ueza. Em g eral, e u re c o me nd o q ue seja um a p esso a q ue tra b alhe c o m
to d o tip o d e pro d utos fina nc eiros, e nã o a p e nas c o m se g uros e fund os, p ara q ue
vo c ê p ossa esc olher as o p ç ões q ue mais lhe c o nvê m.
DECLARAÇÃO
Esto u c o nc e ntra d o na c o nstruç ã o d o me u p a trimô nio líq uid o.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Ma nte nha-se c o nc e ntra d o nos q ua tro fa tores d o p a trimô nio líq uid o:
a ume ntar os se us re ndime ntos, e ng ord ar a sua p o up a nç a, ele var o retorno d os
se us investime ntos e diminuir os g astos p esso ais, sim plific a nd o o se u estilo d e vid a.
2. Crie um extra to d o se u p a trimô nio liq uid o. Atualize e m re ais tud o o
q ue vo c ê te m (os se us a tivos) e sub traia o valor d e tud o o q ue d e ve (o se u
p assivo). C o m pro meta-se a mo nitorar e re visar trimestralme nte esse extra to.
Re pito: p or forç a d a lei d o fo c o, tud o a q uilo d e q ue vo c ê c uid a cresc e.
3. C o ntra te um c o nsultor fina nc eiro b e m-suc e did o q ue tra b alhe p ara
um a firm a c o nhe cid a e c o nc eitua d a. A melhor forma d e e nc o ntrar um exc ele nte
esp e cialista nessa áre a é p e dir referê ncias a a mig os e p arc eiros.

Arquivo de riqueza nº 14

As p esso as ric as a d ministra m b e m o se u dinheiro.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre a d ministra m m al o se u dinheiro.
Para escre ver O milio nário mora a o la d o, Tho mas Sta nle y p esq uiso u
milio nários d e to d a a A méric a d o Norte. O livro mostra q ue m sã o eles e c o mo
fizera m fortuna. As suas liç ões p o d e m ser resumid as numa únic a frase: "Os ric os
sa b e m g erir as suas fina nç as". As p esso as ric as a d ministra m b e m o se u dinheiro. Às
p eSso as d e me ntalid a d e p o bre, nã o.
Os ric os nã o sã o m ais intelig e ntes d o q ue os indivíd uos d e me ntalid a d e
p o bre, a p e nas tê m há bitos difere ntes e mais p ositivos e m rela ç ã o às fina nç as.
C o mo expliq uei na p arte 1, esses há bitos se b aseia m primordialme nte no
c o ndicio na me nto p assa d o. Se alg ué m nã o c o ntrola o pró prio dinheiro d e mo d o
a d e q ua d o, é p orq ue pro va velme nte nã o foi pro gra m a d o p ara lid ar c o m esse
assunto. E é p ossível ta mb é m q ue essa p esso a nã o saib a g erir o se u dinheiro d e
forma sim ples e efic az. Nã o sei se é o se u c aso, m as a fa c uld a d e q ue fre q üe ntei
nã o ofere cia o c urso A d ministra ç ã o d o Dinheiro.
Talvez esse te ma nã o te nha muito gla mo ur. m as ele se resume a isto: o q ue
disting ue o suc esso d o fra c asso fina nc eiro é a c a p a cid a d e q ue a p esso a te m d e
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a d ministrar o pró prio dinheiro. É simples: p ara c o ntrolar dinheiro, é ne c essário
a d ministrá-lo.
Q ue m p e nsa p e q ue no a d ministra m al suas fina nç as o u e vita esse te m a
c o mple ta me nte. Muitos indivíd uos nã o g osta m d e g erir a sua vid a fina nc eira
p orq ue, se g und o dize m, isso lhes tira a lib erd a d e o u p orq ue nã o tê m dinheiro
suficie nte p ara c o ntrolar.
Q ua nto à primeira d esc ulp a: a d ministrar dinheiro nã o restring e a lib erd a d e
d e ning ué m - a o c o ntrário, a a ume nta. To m ar a fre nte d essa a tivid a d e é o q ue
d á a um a p esso a a situa ç ã o fina nc eira d e q ue ela pre cisa p ara nunc a mais ter
q ue tra b alhar na vid a. Essa, p ara mim, é a verd a d eira lib erd a d e.
Os q ue se vale m d o arg ume nto "nã o te nho dinheiro suficie nte p ara
a d ministrar", p or sua vez, estã o olha nd o p elo la d o erra d o d o telesc ó pio. Em lug ar
d e dizere m "Qua nd o e u p ossuir muito dinheiro, c o me ç arei a a d ministrá-lo" d e ve m
dizer "Qua nd o e u c o me ç ar a a d ministrar as minhas fina nç as, terei muito dinheiro".
Q ue m prete nd e p assar a c o ntrolar o dinheiro assim q ue "sair d o b ura c o" se
c o mp orta d a mesm a forma q ue o o b eso q ue diz "Vo u c o me ç ar a fazer exercícios
e dieta d e p ois q ue p erd er 10kg". Isso é c olo c ar o c arro na fre nte d os b ois e nã o
le va a lug ar ne nhum. Primeiro, é ne c essário q ue a p esso a a d ministre
c orreta me nte o dinheiro q ue p ossui p ara, d e p ois, ter m ais re c ursos fina nc eiros
p ara g erir.
Nos Se minários, c ostumo c o ntar um a história q ue a ting e e m c heio a maioria
d as p esso as. Ima gine q ue vo c ê está p asse a nd o c o m um a cria nç a d e cinc o a nos
e p assa p or um a sorveteria. Vo c ê e ntra e c o mpra p ara ela um a b ola d e sorvete
na c asq uinha. De p ois q ue vo c ês sa e m d ali, a cria nç a b ala nç a o c o ne na mã o e,
d e re p e nte, o sorvete c ai no c hã o. Ela c o me ç a a c horar. Vo c ê volta à sorveteria
e, q ua nd o vai re p etir o p e did o, a cria nç a vê num c artaz c olorid o a fo to d e um a
c asq uinha c o m três b olas. Ela a p o nta p ara o c artaz e grita: "Eu q uero este!"
Instala-se o pro ble ma. Por ser a p esso a b o nd osa, a fetuosa e g e nerosa q ue
é, vo c ê faria a vo nta d e d a cria nç a e p e diria um a c asq uinha c o m três b olas? De
ime dia to, a sua resp osta talvez seja: "É claro". Mas, p e nsa nd o um p o uc o melhor, a
maioria d os p articip a ntes d os se minários resp o nd e: "De jeito ne nhum". Afinal, p or
q ue pre miar o erro d a cria nç a e pro gra m á-la p ara falhar? Se ela nã o é c a p az d e
se g urar direito uma c asq uinha q ue te m Só um a b ola d e sorvete, c o mo vai
c o nse g uir fazer isso c o m um a q ue te nha três?
Esse mesmo ra cio cínio se a plic a q ua nd o se tra ta d a sua rela ç ã o c o m o
universo. Vive mos num universo b o nd oso e a fetuoso c uja re gra é: "Vo c ê nã o terá
mais a té pro var q ue é c a p az d e lid ar c o m o q ue já p ossui".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Vo c ê nã o terá m ais a té pro var q ue é c a p az d e lid ar c o m o q ue já p ossui.
A ntes d e g erir um a gra nd e fortuna, vo c ê pre cisa a d q uirir o há bito e a
c a p a cid a d e d e a d ministrar p o uc o dinheiro. Le mbre-se: so mos cria turas d e
há bitos. Porta nto, o há bito d e a d ministrar o dinheiro é m ais imp orta nte d o q ue a
q ua ntid a d e d e dinheiro q ue vo c ê te m.

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PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O há bito d e a d ministrar o dinheiro é m ais imp orta nte d o q ue a q ua ntid a d e
d e dinheiro q ue vo c ê te m.
Entã o, c o mo vo c ê d e ve a d ministrar se u dinheiro?
Primeiro, a bra um a c o nta b a nc ária e b a tize-a C o nta d a Lib erd a d e
Fina nc eira. De p osite nela 10% d e c a d a re al q ue vo c ê re c e b er (já d esc o nta d os os
imp ostos). Esse dinheiro só d e ve ser usa d o p ara investir e p ara c o mprar o u criar
fluxos d e re ndime ntos p assivos. A finalid a d e d essa c o nta é g erar uma g alinha q ue
p o nha o vos d e o uro c ha m a d os re ndime ntos p assivos. E q ua nd o é q ue vo c ê vai
c o me ç ar a g astar esse dinheiro? Nunc a! Ele ja m ais será g asto - tra ta-se d e
investime nto a p e nas. Qua nd o vo c ê se a p ose ntar, p assará a usar os re ndime ntos
d essa c o nta (os o vos), mas nã o o princip al. Assim, ele estará se m pre cresc e nd o e
vo c ê nunc a fic ará na m ã o.
Em m a, um a d as minhas alunas, c o nto u-me a sua história. Alg uns a nos a trás,
ela esta va à b eira d a falê ncia. Nã o q ueria, m as nã o via alterna tiva: as suas
dívid as ia m muito alé m d a sua c a p a cid a d e d e a d ministrá-las. De p ois d e
c o nhe c er o siste m a d e a d ministra ç ã o d o dinheiro q ue e nsino, ela disse: "É isso aí. É
assim q ue e u vo u sair d essa e nrasc a d a".
C o mo os d e mais p articip a ntes, Em m a foi orie nta d a a dividir o se u dinheiro
e ntre várias c o ntas. "Fa ntástic o", disse a si mesm a, "m as nã o te nho ne nhum
dinheiro p ara dividir". De cidid a a te ntar, ela c o me ç o u a d e p ositar US$ 1 p or mês
nas suas c o ntas.
A plic a nd o o siste m a d e alo c a ç ã o q ue a pre nd e u, d a q uele d ólar ela
d e p osito u 10 c e nta vos na C o nta d a Lib erd a d e Fina nc eira. O se u primeiro
p e nsa me nto foi: "C o mo vo u me tornar fina nc eira me nte livre c o m 10 c e nta vos d e
d ólar p or mês?" Entã o, c o m pro mete u-se a d o brar a q uele valor me nsalme nte. No
mês se g uinte, ela se p aro u US$ 2, no terc eiro US$ 4, d e p ois US$ 8, d e p ois US$ 16,
US$ 32, US$ 64 e assim p or dia nte, a té q ue, a p artir d o 12º mês, esta va
d e p osita nd o US$ 2.048.
Dois a nos d e p ois, os se us esforç os c o me ç ara m a d ar resulta d os
esp eta c ulares: Em ma c o nse g uiu d e p ositar US$ 10 mil d e um a só vez na sua C o nta
d a Lib erd a d e Fina nc eira. Ela ha via d ese nvolvid o tã o b e m o há bito d e a d ministrar
dinheiro q ue, q ua nd o um prê mio d e US$ 10 mil c aiu no se u c olo, Em m a nã o
pre ciso u d essa q ua ntia p ara na d a e p ô d e investi-la na q uela c o nta.
Hoje, essa mulher nã o d e ve mais e está a c a minho d e se tornar
fina nc eira me nte livre. Tud o isso foi p ossível p orq ue ela a giu d e a c ord o c o m o q ue
a pre nd e u, c o me ç a nd o c o m um únic o d ólar p or mês.
Nã o im p orta se vo c ê te m uma fortuna o u pra tic a me nte na d a. O esse ncial
é c o me ç ar já a a d ministrar o q ue está nas suas m ã os. Em p o uc o te mp o, vo c ê
fic ará im pressio na d o c o m os resulta d os.
Outro d os me us alunos disse: "C o mo p osso g erir o me u dinheiro se esto u
vive nd o d e e mpréstimos?" A resp osta foi: p e g ue e mpresta d o m ais US$ 1 e
a d ministre-o. Nã o interessa se vo c ê está arra nja nd o dinheiro e m presta d o o u
g a nha nd o um a ninharia p or mês. A d ministre o valor q ue tiver, p orq ue o principio
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q ue está e m a ç ã o tra nsc e nd e o mund o físic o: ele é ta m b é m um princípio
espiritual. Mila gres fina nc eiros a c o nte c erã o se vo c ê d e mo nstrar a o universo q ue é
c a p az d e c o ntrolar a d e q ua d a me nte as suas fina nç as.
De p ois d e a brir a C o nta d a Lib erd a d e Fina nc eira, crie na sua c asa o Pote
d a Lib erd a d e Fina nc eira e g uard e nele alg um a q ua ntia to d os os dias. Po d e m ser
R$ 5 o u R$ 10, um únic o re al, um c e nta vo q ue seja o u to d o o se u dinheiro
tro c a d o, O valor nã o im p orta - o há bito, sim, O se gre d o, re pito, é d ar a te nç ã o
diária a o se u o bjetivo d e se tornar fina nc eira me nte livre. Os se melha ntes se
a tra e m - dinheiro c ha m a dinheiro. Deixe esse p ote se tornar o se u "ímã q ue a trai
dinheiro", fa ç a c o m q ue ele tra g a p ara a sua vid a m ais e mais riq ueza e
o p ortunid a d es d e lib erd a d e fina nc eira.
Te nho c erteza d e q ue nã o é a primeira vez q ue vo c ê o uve o c o nselho d e
p o up ar 10% d os se us re ndime ntos p ara investime ntos d e lo ng o prazo, mas talvez
seja a primeira vez q ue alg ué m lhe diz p ara ter um a o utra c o nta - a Co nta d a
Diversã o -, esp e cific a me nte p ara vo c ê p o d er g astar e c urtir.
Um d os maiores se gre d os d a a d ministra ç ã o d o dinheiro é o e q uilíbrio. Por
um la d o, vo c ê d e ve p o up ar o m áximo p ara ter c o ndiç õ es d e investir e g a nhar
mais dinheiro. Por o utro la d o, c o nvé m d e p ositar 10% d os se us re ndime ntos na
C o nta d a Diversã o. Por q uê? Porq ue te mos um a na tureza holístic a. Nã o p o d e mos
a fe tar uma p arte d a vid a se m afetarmos o utra. Alg umas p esso as e c o no miza m a o
extre mo. C o m isso, o se u ser ló gic o e resp o nsá vel fic a sa tisfeito, m as o se u espírito,
nã o. No fim, esse la d o espiritual, á vid o p or sa tisfa ç ã o, diz: "C he g a. Quero um
p o uc o d e a te nç ã o ta m b é m". E sa b ota os se us resulta d os.
Se vo c ê a p e nas g asta, nã o só ja mais e nriq ue c erá c o mo a p arte
resp o nsá vel d o se u ser a c a b ará faze nd o c o m q ue vo c ê nã o c urta as c oisas c o m
as q uais d esp e nd e o se u dinheiro, p orq ue se se nte c ulp a d o. Entã o, a c ulp a o le va
a g astar aind a m ais c o mo form a d e expressar as suas e mo ç ões. Vo c ê se se nte
melhor d ura nte um te mp o, p oré m a c ulp a e a verg o nha lo g o retorna m. A únic a
ma neira d e ro mp er esse círc ulo vicioso é a pre nd er a a d ministrar as suas fina nç as
d e um m o d o q ue d ê c erto.
O o bjetivo primordial d a C o nta d a Diversã o é a sua sa tisfa ç ã o. Ela lhe d ará
a o p ortunid a d e d e fazer c oisas q ue vo c ê normalme nte nã o faria -
extra va g â ncias, c o mo ir a um b o m resta ura nte e p e dir uma g arrafa d o melhor
vinho o u c ha mp a nhe o u alug ar um c arro c aro p ara p asse ar d ura nte o fim d e
se ma na.
A re gra q ue c o m a nd a a C o nta d a Diversã o é: ela te m q ue ser "zera d a"
to d o mês. Exa ta me nte. Vo c ê d e ve "torrar" me nsalme nte to d o o dinheiro q ue tiver
d e p osita d o d e um mo d o q ue o fa ç a se ntir-se ric o. Im a gine-se, p or exe mplo,
d esp eja nd o c a d a c e nta vo d essa c o nta no b alc ã o d e um ho tel d e alta classe
p ara p assar um fim d e se ma na ali.
É c o mo e u disse: um a extra va g â ncia. Para a maioria d e nós, a únic a forma
d e resp eitar o pla no d e p o up a nç a é c o m p e nsá-lo c o m um pla no q ue pre mie o
nosso esforç o. Outras finalid a d es d a C o nta d a Diversã o sã o: fortale c er o se u
"músc ulo re c e b e d or" e tornar m ais divertid a a a d ministra ç ã o d o dinheiro. Alé m d a

90
C o nta d a lib erd a d e Fina nc eira e d a Co nta d a Diversã o, e u o a c o nselho a criar
o utras q ua tro c o ntas p ara dividir o se u dinheiro:
10% p ara a C o nta d e Po up a nç a p ara Desp esas d e lo ng o Prazo;
10 % p ara a C o nta d a Instruç ã o Fina nc eira;
50% p ara a Co nta d as Ne c essid a d es Básic as;
10 % p ara a C o nta d as Do a ç ões.
Vo u dizer o utra vez: as p esso as d e me ntalid a d e p o bre p e nsa m q ue tud o
d e p e nd e d os re ndime ntos - a cre dita m q ue, p ara e nriq ue c er, é ne c essário ter um
salário na b a b esc o. Isso é um a gra nd e b o b a g e m. A verd a d e é q ue, se vo c ê
a d ministrar o se u dinheiro se g uind o o pro gra m a q ue sugiro, terá gra nd es c ha nc es
d e se tornar fina nc eira me nte livre c o m re ndime ntos rela tiva me nte b aixos. No
e nta nto, c aso c o ntrole mal as suas fina nç as, nã o c o nse g uirá essa lib erd a d e
mesmo q ue te nha re ndime ntos ele va d os. Ë p or isso q ue alg uns profissio nais b e m
re munera d os, c o mo mé dic os, a d vo g a d os, d e ntistas e a té a tle tas, muitas vezes
sã o d uros. Afinal, nã o se tra ta d e q ua nto dinheiro e ntra, e sim d o q ue a p esso a faz
c o m ele.
Jo hn, um d os p articip a ntes d o se minário, disse-me q ue na primeira vez e m
q ue o uviu falar e m siste ma d e a d ministra ç ã o d e dinheiro p e nso u: "Que sa c o! Por
q ue dia b os alg ué m g astaria o se u pre cioso te m p o c o m essa b o b a g e m?" Mais
tard e, ele p erc e b e u q ue, se q uisesse ser fina nc eira me nte livre um dia, ta m b é m
teria q ue sa b er a d ministrar o pró prio dinheiro c o mo faze m os ric os.
C o mo esse no vo há bito nã o era alg o na tural p ara ele, Jo hn pre ciso u
a pre nd er essa liç ã o. Disse ter se le m bra d o d e q ua nd o treina va p ara pro vas d e
tria tlo. Era muito b o m e m na ta ç ã o e ciclismo, m as nã o g osta va d e c orrer. Se mpre
forç a va os p és, os joelhos e as c ostas e fic a va to d o d olorid o d e p ois d oS treinos.
Dura nte a c orrid a, respira va c o m dific uld a d e e os se us p ulmões q ueim a va m,
mesmo q ue ele nã o se e mp e nhasse a o máximo. Detesta va a q uilo, p oré m sa bia
q ue, se q uisesse ser um tria tleta d e primeiro nível, teria q ue a pre nd er a c orrer e
a c eitar as c o nse q üê ncias c o mo p arte d os c ustos d a vitória. Jo hn d e cidiu, e ntã o,
c orrer to d os os dias. A p ós alg uns meses, p asso u nã o a p e nas a g ostar d essa
a tivid a d e c o mo a a nsiar p ela hora d o se u treino diário.
A c o nte c e u-lhe exa ta me nte a mesm a c oisa na áre a d a a d ministra ç ã o d o
dinheiro. Jo hn c o me ç o u d etesta nd o esse siste m a, p oré m d e p ois a c a b o u
g osta nd o d ele. A g ora, a g uard a p ela c he g a d a d o p a g a me nto p ara d e p ositá-lo
nas c o ntas. E c urte ta m b é m mo nitorar o se u p a trimô nio líq uid o, q ue p asso u d e
zero p ara mais d e US$ 300 mil e c o ntinua cresc e nd o dia a dia.
Tud o se resume a o se g uinte: o u vo c ê c o ntrola o se u dinheiro o u ele o
c o ntrolará. Para c o ntrolar o dinheiro, vo c ê te m q ue a d ministrá-lo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Ou vo c ê c o ntrola o se u dinheiro o u ele o c o ntrolara.
A d oro o uvir o q ue as p esso as form a d as nos me us se minários fala m d a sua
c o nfia nç a a resp eito d e dinheiro, d e suc esso e d e si mesmas d e p ois q ue

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c o me ç a m a a d ministrar c orreta me nte as suas fina nç as. E o melhor d e tud o é q ue
essa c o nfia nç a se tra nsfere às o utras áre as d a sua vid a, a ume nta nd o a sua
felicid a d e e melhora nd o os se us rela cio na me ntos e a té a sua sa úd e.
O dinheiro é um a p arte fund a me ntal d a existê ncia hum a na. Qua nd o vo c ê
a pre nd er a c olo c ar as suas fina nç as so b c o ntrole, to d os
os setores d a sua vid a a nd arã o b e m.
DECLARAÇÃO
So u um exc ele nte a d ministra d or d e dinheiro.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. A bra a C o nta d a Lib erd a d e Fina nc eira. De p osite nela 10% d e to d os
os se us re ndime ntos (d esc o nta d os os im p ostos). Esse dinheiro ja mais d e ve ser
g asto, a p e nas investid o p ara pro d uzir re ndime ntos p assivos p ara a sua
a p ose nta d oria.
2. Crie na sua c asa o Po te d a Lib erd a d e Fina nc eira e g uard e um a
q ua ntia q ualq uer ali to d os os dias. Po d e m ser R$ 5 o u R$ 10, um únic o re al, um
c e nta vo q ue seja o u to d o o se u dinheiro
tro c a d o. Isso d eixará a sua a te nç ã o diaria me nte c o nc e ntra d a na sua lib erd a d e
fina nc eira. E, c o mo vo c ê sa b e, o nd e a a te nç ã o se fixa os resulta d os a p are c e m.
3. A bra a C o nta d a Diversã o o u te nha e m c asa o Pote d a Diversã o, no
q ual vo c ê d e p ositará 10% d e to d os os se us re ndime ntos. Alé m d a C o nta d a
Diversã o e d a C o nta d a Lib erd a d e Fina nc eira, a bra q ua tro o utras c o ntas e
d e p osite nelas as se g uintes p orc e nta g e ns d os se us re ndime ntos:
10% na Co nta d e Po up a nç a p ara d esp esas d e Lo ng o Prazo;
10% na C o nta d a Instruç ã o Fina nc eira;
50% na C o nta d as Ne c essid a d es Básic as;
10% na C o nta d as Do a ç õ es.
4. Ind e p e nd e nte me nte d e q ua nto dinheiro vo c ê p ossui, c o me c e a
a d ministrá-lo a g ora. Nã o d eixe p ara a m a nhã. Mesmo q ue só te nha R$ 1,
a d ministre-o. Pe g ue 10 c e nta vos e d e p osite no Po te o u na C o nta d a Lib erd a d e
Fina nc eira. Se p are o utros 10 c e nta vos e d e p osite no Pote o u na C o nta d a
Diversã o. Essa simples a ç ã o e nviará a o universo um a me nsa g e m dize nd o q ue
vo c ê está pro nto p ara re c e b er mais dinheiro. É claro q ue, se p ud er a d ministrar
mais, vá e m fre nte.

Arquivo de riqueza nº 15

As p esso as ric as p õ e m o se u dinheiro p ara d ar d uro p ara elas.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre d ã o d uro p elo se u dinheiro.

92
Se vo c ê é c o mo a maioria d as p esso as, cresc e u pro gra m a d o p ara
a cre ditar q ue "te m q ue d ar d uro p ara g a nhar dinheiro". Sã o b o as as c ha nc es,
p oré m, d e q ue te nha sid o cria d o se m o c o ndicio na me nto d e q ue tã o im p orta nte
q ua nto isso é fazer o se u dinheiro "d ar d uro" p ara vo c ê.
Nã o resta d úvid a d e q ue tra b alhar m uito é imp orta nte, m as so me nte isso
nunc a o tornará ric o. C o mo e u sei disso? Observe o mund o re al. Existe m milhões -
nã o, bilhões - d e p esso as q ue se m a ta m d e tra b alhar, sua m a c a misa d ura nte
to d o o dia e a té à noite. Sã o to d as ric as? Nã o. A maioria d elas vive na pind aíb a
o u q uase lá. Por o utro la d o, q ue m vo c ê vê fla na nd o p elos club es d e alta classe
d e to d o o mund o? Que m p assa as tard es jo g a nd o g olfe o u tê nis e veleja nd o?
Que m c urte os dias faze nd o c o mpras e as se ma nas g oza nd o férias? Os ric os, é
claro. Porta nto, vo u ser dire to: a id éia d e q ue é ne c essário tra b alhar d uro d ura nte
to d a a vid a p ara fic ar ric o é b esteira.
Um a ntig o dita d o pro p õe "um re al d e tra b alho p or um re al d e salário". Nã o
há na d a erra d o c o m esse pro vérbio, exc eto q ue ele nã o diz o q ue fazer c o m esse
"re al d e salário". Sa b er q ue d estino d ar a essa q ua ntia é o q ue p ermite p assar d o
tra b alho d uro p ara o tra b alho intelig e nte.
Os ric os p o d e m viver os se us dias se divertind o e relaxa nd o p orq ue
tra b alha m d e ma neira intelig e nte. Eles c o mpree nd e m o principio d a
ala va nc a g e m e o utiliza m - p õe m nã o só o utras p esso as c o mo o pró prio dinheiro
p ara tra b alhar p ara eles.
A minha exp eriê ncia diz q ue d e fa to é ne c essário tra b alhar muito p ara
g a nhar dinheiro. Para as p esso as ric as, no e nta nto, essa é um a situa ç ã o
te mp orária. No c aso d e q ue m te m um a me ntalid a d e p o bre, é p erm a ne nte. Os
ric os e nte nd e m q ue é ne c essário suar a c a misa so me nte a té q ue o se u dinheiro
c o me c e a tra b alhar d uro o b asta nte p ara o c up ar o se u lug ar. Eles a cre dita m no
se g uinte: q ua nto m ais o se u dinheiro tra b alha, me nos eles terã o q ue tra b alhar.
Le mbre-se: dinheiro é e nergia. A maioria d as p esso as e ntra c o m a e nergia
o p erária e tira a e nergia mo netária. Os q ue alc a nç ara m a lib erd a d e fina nc eira
a pre nd era m a substituir a e nergia d o tra b alho q ue investe m p or o utras form as d e
e nergia, q ue inclue m tra b alho d e terc eiros, siste m as d e ne g ó cios e c a pital d e
investime nto. Re pito: primeiro a p esso a sua p ara g a nhar dinheiro, d e p ois d eixa
q ue ele d ê d uro p ara ela.
No jo g o d o dinheiro, muita g e nte nã o faz a me nor id éia d e q ua nto c usta
ve nc er. Qual é a sua meta? Qua nd o Vo c ê ve nc e o jo g o? Vo c ê está jo g a nd o
p ara o g asto, p ara ter re ndime ntos d e R$ 30 mil p or a no, p ara fic ar milio nário o u
p ara se tornar um multimilio nário? O o bjetivo d o jo g o d o dinheiro q ue e nsino é:
nunc a ter q ue tra b alhar no va me nte... a nã o ser q ue vo c ê d eseje fazer isso, e,
nesse c aso, q ue seja p or o p ç ã o, nã o p or ne c essid a d e.
Em o utras p ala vras, a meta é tornar-se fina nc eira me nte livre tã o rá pid o
q ua nto p ossível. A minha d efiniç ã o d e lib erd a d e fina nc eira é sim ples: é a
c a p a cid a d e d e viver o estilo d e vid a q ue vo c ê d eseja se m pre cisar tra b alhar
ne m d e p e nd er d o dinheiro d e alg ué m.
O bserve q ue há um a b o a c ha nc e d e q ue o estilo d e vid a q ue vo c ê almeja
c uste c aro. C o nse q üe nte me nte, p ara ser "livre", vo c ê terá q ue g a nhar dinheiro
93
se m tra b alhar. O re ndime nto se m tra b alho é c ha ma d o d e re ndime nto p assivo.
Para ve nc er no jo g o d o dinheiro, o o bjetivo é ter um re ndime nto p assivo q ue d ê
p ara p a g ar p elo estilo d e vid a d eseja d o. Em sum a, vo c ê se torna
fina nc eira me nte livre q ua nd o o se u re ndime nto p assivo exc e d e as suas d esp esas.
Id e ntifiq uei d uas fo ntes prim árias d e re ndime ntos p assivos. A primeira é o
"dinheiro q ue tra b alha p ara vo c ê". Isso inclui g a nhos d e investime ntos q ue
e nglo b a m a ç ões, letras d e c â m bio, merc a d o fina nc eiro, fund os d e investime nto,
assim c o mo hip o te c as e o utros a tivos q ue se valoriza m e tê m liq uid ez.
A se g und a gra nd e fo nte d e re ndime nto p assivo é o "ne g ó cio q ue tra b alha
p ara vo c ê". Sã o os re ndime ntos c o ntínuos d e ne g ó cios c uja o p era ç ã o nã o
d e p e nd e d o se u e nvolvime nto p esso al, c o mo alug uel d e imó veis, ro yalties d e
livros, m úsic as e pro gra m as d e c o m p uta d or; lic e ncia me nto d e id éias;
fra nq ue a me nto d e m arc as; pro prie d a d e d e d e p ósitos; e m arketing d e re d e, o u
multinível, p ara citar alg uns. isso ta m b é m inclui mo ntar q ualq uer ne g ó cio q ue
esteja siste m a tiza d o p ara o p erar se m a sua prese nç a. Volto a dizer: é um a
q uestã o d e e nergia. A id éia é q ue o ne g ó cio, e nã o vo c ê, funcio ne e pro d uza
valor p ara as p esso as.
O marketing d e re d e, p or exe m plo, é um c o nc eito muito b o m.
Primeiro, p orq ue g eralme nte nã o re q uer um gra nd e c a pital inicial.
Se g und o, p orq ue, um a vez esta b ele cid o, pro p orcio na re ndime ntos resid uais
c o nsta ntes (o utra forma d e re nd a se m q ue vo c ê pre cise tra b alhar), a no a p ós
a no. Exp erime nte o b ter isso c o m um e mpre g o d as 9h às 6h.
Volto a e nfa tizar a im p ortâ ncia d e esta b ele c er estruturas d e re ndime nto
p assivo. É simples. Se m re ndime nto p assivo, ning ué m c o nse g ue ser
fina nc eira me nte livre. Poré m, vo c ê sa bia q ue a m aioria d as p esso as te m muita
dific uld a d e p ara criar fo ntes d esse tip o d e re ndime nto? Isso o c orre p or três
motivos. Primeiro, o c o ndicio na me nto. A m aioria d e nós foi pro gra m a d a p ara nã o
ter re ndime nto p assivo. Qua nd o vo c ê tinha p or volta d os 18 a nos d e id a d e e
pre cisa va d e dinheiro, o q ue os se us p ais lhe dizia m? "Ora, vá arra njar um
re ndime nto p assivo?" Ja mais. O mais c o mum era esc utarmos o se g uinte: "Vá
tra b alhar!", "Arra nje um e m pre g o!", o u o utra c oisa d o g ê nero. C o mo fo mos
e nsina d os a tra b alhar p ara c o nse g uir dinheiro, o re ndime nto p assivo é, p ara
muitos d e nós, alg o fora d o normal.
Se g und o, p o uq uíssima g e nte a pre nd e u a criar fo ntes d e re ndime nto
p assivo na esc ola, na fa c uld a d e o u e m q ualq uer o utro lug ar. O resulta d o é q ue a
maioria d as p esso as nã o sa b e q uase na d a e, c o nse q üe nte me nte, nã o faz
gra nd e c oisa a resp eito disso.
Finalme nte, c o mo nã o tive mos c o nta to c o m re ndime nto p assivo e
investime ntos ne m a pre nd e mos c oisa ne nhum a so bre esses assuntos, nunc a
d e mos muita a te nç ã o a eles. As nossas o p ç ões profissio nais e d e ne g ó cios sã o
a mpla me nte b ase a d as na g era ç ã o d e re ndime ntos c o m o tra b alho. Se vo c ê
tivesse a pre ndid o d esd e p e q ue no q ue uma meta fina nc eira b ásic a na vid a é
criar fo ntes d e re ndime nto p assivo, nã o teria re c o nsid era d o alg um as o p ç ões
profissio nais?

94
Se m pre re c o me nd o às p esso as q ue esc olha m um ne g ó cio e m q ue a
g era ç ã o d e fluxos d e re ndime nto p assivo seja na tural e rela tiva me nte fá cil.
Qua nd o elas estã o a tua nd o num c a m p o q ue nã o pro picia isso, a minha sug estã o
é q ue m ud e m d e áre a o u d e a tivid a d e. Isso é imp orta nte so bretud o numa é p o c a
e m q ue muitos profissio nais sã o presta d ores d e serviç os p esso ais e tê m, p orta nto,
q ue estar prese ntes p ara g a nhar dinheiro. Nã o há na d a erra d o e m estar no ra mo
d e serviç os p esso ais, a nã o ser o fa to d e q ue, se a p esso a nã o mo ntar o se u
pró prio c a valo d e investime nto b e m c e d o e c a valg ar exc e p cio nalme nte b e m,
fic ará presa na arma dilha d e pre cisar tra b alhar p ara se m pre.
O p ta nd o p or ne g ó cios q ue a c urto o u lo ng o prazo pro d uza m re ndime ntos
p assivos, vo c ê terá o melhor d os d ois mund os - re ndime ntos a tivos a g ora e
re ndime ntos p assivos no futuro. C o nsulte as o p ç õ es d e ne g ó cios g era d ores d e
re ndime nto p assivo q ue a prese ntei alg uns p ará gra fos a trás.
Infelizme nte, um gra nd e número d e p esso as te m um mo d elo d e dinheiro
pro gra m a d o a fa vor d o re ndime nto a tivo e c o ntra o re ndime nto p assivo. Se é o
se u c aso, pro c ure mud ar essa a titud e ra dic alme nte p ara q ue a o b te nç ã o d e
re ndime ntos p assivos substa nciais seja alg o norm al e na tural na sua vid a.
As p esso as ric as p e nsa m a lo ng o prazo. Elas e q uilibra m os se us g astos e
prazeres d e hoje c o m os investime ntos ne c essários p ara a lib erd a d e d e a ma nhã.
Os indivíd uos d e me ntalid a d e p o bre p e nsa m a c urto prazo. As suas vid as sã o
g o verna d as p ela sa tisfa ç ã o ime dia ta. Eles usa m a d esc ulp a: "Co mo p osso p e nsar
no a m a nhã, se mal c o nsig o so bre viver neste mo me nto?" O pro ble m a é q ue, no
fim d as c o ntas, o a m a nhã se tornará hoje. Que m nã o c uid ar d o pro ble m a a g ora
dirá a mesma c oisa d e no vo a ma nhã.
Para a ume ntar a sua riq ueza futura, vo c ê terá q ue o u g a nhar mais o u
g astar me nos. Nã o vejo ning ué m c o m um re vólver a p o nta d o p ara a sua c a b e ç a
e d etermina nd o e m q ue c asa vo c ê d e ve morar, q ue c arro d e ve ter, q ue ro up as
d e ve usar o u q ue c o mid a d e ve c o mer. Vo c ê te m o p o d er d e fazer esc olhas. É
um a q uestã o d e priorid a d es. Que m p e nsa p e q ue no o p ta p elo a g ora, as p esso as
ric as prefere m o e q uilíbrio. Veja o c aso d os me us so gros.
Dura nte 25 a nos os p ais d a minha m ulher fora m d o nos d e um a loja d e
c o nve niê ncia. A m aior p arte d a sua re c eita pro vinha d a ve nd a d e cig arros,
b arras d e c ho c ola te, sorvetes, c hicletes e refrig era ntes. A ve nd a mé dia era d e
me nos d e US$ 1. Em resumo, esta va m no ra mo d os "c e nta vos" d e d ólar. Aind a
assim, eles p o up a va m a m aior p arte d o se u dinheiro: nã o c o mia m e m
resta ura ntes, nã o c o m pra va m ro up as c aras e nã o tinha m o c arro d o a no. Vivia m
d e mo d o c o nfortá vel, m as mo d esto, e p a g a va m a sua hip ote c a. C he g ara m a
a d q uirir meta d e d o merc a d o o nd e a loja esta va situa d a. Po up a nd o e investind o
"c e nta vos", o me u so gro c o nse g uiu se a p ose ntar a os 59 a nos d e id a d e.
De testo ser o brig a d o a lhe dizer isto, m as, q uase se m pre, c o mprar c oisas
p ara o prazer ime dia to nã o p assa d e um a te nta tiva fútil d e c o mp e nsar a
insa tisfa ç ã o c o m a vid a. Em g eral, g astar um dinheiro q ue vo c ê nã o te m é a
ma nifesta ç ã o d a vo nta d e d e viver e mo ç õ es q ue já estã o a se u alc a nc e. Essa
síndro me é c o mume nte c o nhe cid a c o mo "tera pia d o varejo". O g asto exc essivo e
a ne c essid a d e d e gra tific a ç ã o ime dia ta tê m p o uc o a ver c o m o q ue vo c ê está
efetiva me nte c o m pra nd o e tud o a ver c o m a falta d e sa tisfa ç ã o na sua vid a.

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Mas é claro q ue, se o se u g asto exc essivo nã o for motiva d o p or suas e mo ç ões
ime dia tas, ele pro vé m d o se u mo d elo d e dinheiro.
Na talie, o utra d as minhas alunas, me disse q ue os se us p ais era m o máximo
e m termos d e a vareza. O p ai tinha um c arro velho d e 15 a nos, e nferruja d o, e ela
se ntia verg o nha d e ser vista nele, princip alme nte q ua nd o a m ã e ia b usc á-la na
esc ola. Se mpre q ue e ntra va no a uto mó vel, reza va p ara q ue ning ué m estivesse
olha nd o. Nas férias, a sua fa mília nunc a se hosp e d a va e m ho téis e p o usa d as ne m
viaja va d e a viã o: era m 11 dias cruza nd o o p aís d e c arro e a c a m p a nd o a o lo ng o
d o c a minho, to d o a no.
Em sum a, tud o era "c aro d e m ais". Pelo mo d o c o mo a gia m, Na talie p e nsa va
q ue eles era m p o bres. Mas o p ai g a nha va US$ 75 mil p or a no, o q ue na é p o c a lhe
p are cia b asta nte dinheiro. Ela fic a va c o nfusa.
Por o diar a so vinic e d os p ais, Na talie torno u-se o o p osto d eles. Só q ueria o
q ue fosse c aro e d e primeira q ualid a d e. Q ua nd o c o me ç o u a g a nhar o se u
pró prio suste nto e foi morar sozinha, torro u, se m p erc e b er, to d o o se u dinheiro e
muito m ais.
Na talie tinha c artõ es d e cré dito, c artõ es d e a finid a d e e muitos o utros - e
a b uso u d e to d os eles a té nã o c o nse g uir p a g ar ne m se q uer as presta ç õ es
mínim as. Nessa é p o c a, ela se inscre ve u no Se minário Inte nsivo d a Me nte
Milio nária. Se g und o as suas pró prias p ala vras, foi o q ue a salvo u.
Na sessã o e m q ue id e ntific a mos a sua "p erso nalid a d e d e dinheiro", to d a a
vid a d e Na talie mud o u. Ela e nte nd e u p or q ue g asta va ta nto: era uma form a d e
resse ntime nto c o ntra os p ais p or sere m tã o so vinas. E ta mb é m p ara pro var a si
mesm a e a o mund o q ue nã o era tã o unha-d e-fo me q ua nto eles. Na talie diz q ue,
d esd e q ue fez o c urso e altero u o se u mo d elo, nã o te ve m ais â nsia d e g astar c o m
c oisas se m se ntid o.
Ela nos c o nto u q ue c erta vez c a minha va p or um sho p ping c e nter q ua nd o
viu, na vitrine d e uma d e suas lojas fa voritas, um lind o c asa c o d e c o uro marro m-
claro. Na mesm a hora, a sua me nte disse: "Este c asa c o fic aria ótimo e m vo c ê,
c o mbinaria muito b e m c o m o se u c a b elo lo uro. Vo c ê pre cisa d ele p orq ue nã o
te m ne nhum c asa c o b o nito e ele g a nte". Ela e ntro u na loja e disse q ue g ostaria d e
exp erime ntá-lo. Nesse mo me nto, viu a etiq ueta c o m o pre ç o: US$ 400. Nunc a
ha via d ese mb olsa d o ta nto dinheiro p or um c asa c o. A sua me nte insistiu: "E d aí,
ele fic a Lind o e m vo c ê! De p ois o dinheiro e ntra e vo c ê p a g a".
Se g und o Na talie, foi na q uele insta nte q ue ela d esc o briu a profundid a d e
d os princípios d a me nte milio nária. No mesmo mo me nto e m q ue a sua me nte a
estimula va a c o m prar, o se u "arq uivo" me ntal no vo e mais p ositivo a p are c e u e
disse: "Seria muito m ais útil d e p ositar este dinheiro na Co nta d a Lib erd a d e
Fina nc eira. Para q ue vo c ê pre cisa d este c asa c o? Vo c ê já te m um e m c asa e ele
aind a está muito b o m".
Ela d e cidiu e ntã o susp e nd er a c o m pra a té o dia se g uinte e m vez d e fazê-la
na hora, c o mo d e c ostume. E nã o volto u mais à loja.
Na talie o bservo u q ue os se us arq uivos me ntais d e "gra tific a ç ã o ma terial"
tinha m sid o substituíd os p or arq uivos d e "lib erd a d e fina nc eira". Ela nã o esta va

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mais pro gra m a d a p ara g astar. Hoje sa b e q ue é útil usar o exe m plo d os se us p ais
p ara e c o no mizar e, a o mesmo te mp o, se p ermitir d esfrutar d e prazeres c o m o
q ue d e p osita na Co nta d a Diversã o.
Alg um te mp o d e p ois, Na talie fez c o m q ue os se us p ais p articip asse m d o
se minário p ara q ue p assasse m a a gir d e mo d o m ais e q uilibra d o. Emo cio na d a, ela
disse q ue eles c o me ç ara m a se hosp e d ar e m hotéis, c o mprara m um c arro no vo
e, d e p ois q ue a pre nd era m a p ôr o dinheiro p ara tra b alhar p ara eles,
a p ose ntara m-se c o mo milio nários.
Hoje ela c o m pree nd e q ue, p ara ser milio nária, nã o pre cisa ser tã o so vina
q ua nto os se us p ais fora m. Mas sa b e ta m b é m q ue, se g astar o se u dinheiro d e
forma d esme did a c o mo a ntes, nunc a será fina nc eira me nte livre. Nas suas
pró prias p ala vras: "É fa ntástic o ter o me u dinheiro e a minha me nte so b c o ntrole".
Volto a dizer: a id éia é fazer o se u dinheiro tra b alhar p ara vo c ê ta nto
q ua nto vo c ê tra b alha p ara ele. Para isso, é ne c essário p o up ar e investir e m vez
d e g astá-lo c o mo se essa prá tic a fosse a missã o d a sua vid a. C he g a a ser
e ngra ç a d o: os ric os p ossue m muito dinheiro e g asta m p o uc o, a o p asso q ue as
p esso as d e me ntalid a d e p o bre tê m p o uc o e g asta m muito.
Lo ng o prazo versus c urto prazo: q ue m p e nsa p e q ue no tra b alha p ara
g a nhar p ara o dia d e hoje, e nq ua nto as p esso as ric as tra b alha m p ara investir no
a m a nhã.
Os ric os c o mpra m a tivos, c oisas c ujo valor pro va velme nte a ume ntará. As
p esso as d e me ntalid a d e p o bre a d q uire m p assivos, c oisas c ujo valor, c o m to d a a
c erteza, diminuíra. Que m é ric o c ole cio na terras e pro prie d a d es. Os q ue tê m um a
me ntalid a d e p o bre junta m c o ntas a p a g ar.
Ofere ç o a vo c ê o mesmo c o nselho q ue d o u a os me us filhos: "Co mpre
imó veis". Em b ora seja melhor a d q uirir a q ueles q ue pro d uza m fluxo d e c aixa, na
minha o piniã o q ualq uer imó vel é melhor d o q ue ne nhum. Claro, esses b e ns tê m
altos e b aixos, mas, no fim, seja d a q ui a 10, 20 o u 30 a nos, p o d e a p ostar q ue eles
estarã o vale nd o muito m ais d o q ue hoje, e isso é tud o d o q ue vo c ê pre cisa p ara
fic ar ric o.
A d q uira a g ora o imó vel q ue está a o alc a nc e d o se u b olso. Se pre cisar d e
c a pital, asso cie-se a p esso as e m q ue m c o nfia e q ue c o nhe ç a b e m. A únic a
hip ótese d e vo c ê ter pro ble m as c o m esses b e ns é exa g erar na d ose e ter q ue
ve nd ê-los na b aixa. Mas, se se g uir o me u c o nselho a nterior e a d ministrar
c orreta me nte o se u dinheiro, a pro b a bilid a d e d e isso a c o nte c er é muito
p e q ue na. C o mo diz o dita d o: "Nã o esp ere p ara c o m prar imó veis: c o m pre imó veis
e esp ere".
C o mo já d ei um exe mplo e nvolve nd o os me us so gros, é justo q ue cite
a g ora um exe m plo d a vid a d os me us p ais. C o mo já disse, eles nã o era m p o bres,
mas m al se g ara ntia m na classe mé dia. O me u p ai d a va um d uro d a na d o e a
minha m ã e, c o mo nã o tinha uma sa úd e m uito b o a, fic a va e m c asa c o mig o e
c o m os me us irm ã os. Muito c e d o o me u p ai p erc e b e u q ue to d os os c o nstrutores
p ara q ue m tra b alha va c o nstruía m e m terre nos q ue ha via m c o m pra d o muitos
a nos a ntes. Observo u aind a q ue to d os eles fic ara m extre ma me nte ric os. Entã o, os
me us p ais, q ue ta mb é m p o up a va m c e nta vos, juntara m o suficie nte p ara a d q uirir
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um terre no d e 12 mil metros q ua dra d os a c erc a d e 32km d a cid a d e o nd e
morá va mos. C usto u-lhes US$ 60 mil. Dez a nos d e p ois, um e mpree nd e d or d e cidiu
c o nstruir um sho p ping horizo ntal na pro prie d a d e. Os me us p ais a ve nd era m p or
US$ 600 mil. Desc o nta d o o c usto inicial, essa o p era ç ã o lhes d e u um re ndime nto
mé dio a nual d e US$ 54 mil. Hoje eles estã o a p ose nta d os e vive m
c o nforta velme nte, m as e u a p osto q ue, se m a c o m pra e ve nd a d essa
pro prie d a d e, estaria m a té hoje na c ord a b a mb a. Felizme nte, o me u p ai
p erc e b e u o p o d er d o investime nto e, princip alme nte, o valor d o investime nto e m
imó veis. A g ora vo c ê sa b e p or q ue e u c ole cio no terras.
Enq ua nto as p esso as d e me ntalid a d e p o bre vêe m c a d a re al c o mo um
dinheiro a ser tro c a d o p or alg o q ue q uere m ime dia ta me nte, os ric os c o nsid era m
c a d a re al q ue p ossue m um a "se me nte" a ser pla nta d a p ara re nd er o utros 100,
q ue p o d e m ser re pla nta d os p ara re nd er o utros 1.000 e assim p or dia nte. Pe nse
nisso. To d o re al q ue vo c ê g asta hoje p o d e lhe c ustar R$ 100 no futuro. Eu,
p esso alme nte, c o nsid ero c a d a uma d as minhas no tas d e dinheiro um sold a d o
c uja missã o é c o nq uistar a lib erd a d e. Desne c essário dizer q ue to mo o maior
c uid a d o c o m os me us "sold a d os d a lib erd a d e": nã o me d esfa ç o d eles d e mo d o
fá cil ne m rá pid o.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Os ric os c o nsid era m c a d a re al q ue p ossue m um a "se me nte" a ser pla nta d a
p ara re nd er o utros 100, q ue p o d e m ser re pla nta d os p ara re nd er o utros 1.000 e
assim p or dia nte.
O se gre d o é instruir-se. A pre nd a so bre o mund o d os investime ntos.
Fa miliarize-se c o m os vários tip os d e investime nto e instrume ntos fina nc eiros, c o mo
imó veis, hip ote c as, a ç õ es, fund os, letras d e c â m bio, mo e d a estra ng eira, tud o o
q ue esteja a o se u alc a nc e. Esc olha uma áre a p ara se esp e cializar. C o me c e a
investir nesse c a mp o e d e p ois diversifiq ue.
Em suma: as p esso as q ue p e nsa m p e q ue no d ã o d uro, g asta m to d o o se u
dinheiro e pre cisa m tra b alhar muito p ara se m pre; q ue m é ric o tra b alha d uro,
p o up a e investe o dinheiro p ara nunc a m ais ter q ue tra b alhar.
DECLARAÇÃO
O me u dinheiro tra b alha p ara mim e se multiplic a.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Instrua-se. Assista a se minários so bre investime ntos. Leia p elo me nos
um livro so bre esse assunto p or mês, alé m d e re vistas e jornais d o setor fina nc eiro,
c o mo Exa me, Isto E Dinheiro, Gazeta Merc a ntil e Valor Ec o nô mic o. Nã o esto u lhe
dize nd o p ara se g uir to d os os c o nselhos d a d os p or essas p ublic a ç ões, mas q ue se
fa miliarize c o m as o p ç õ es fina nc eiras q ue e nc o ntrará. Esc olha um a áre a p ara se
esp e cializar e c o me c e a investir nela.
2. Mud e o fo c o: d o re ndime nto "a tivo" p ara o "p assivo". Rela cio ne p elo
me nos três estra té gias c o m as q uais vo c ê p o d e o b ter re ndime ntos se m tra b alhar,

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seja no c a m p o d os ne g ó cios o u na áre a d e investime ntos. C o me c e p esq uisa nd o
e d e p ois e ntre e m a ç ã o c o m essas estra té gias.
3. Nã o esp ere p ara a d q uirir imó veis. C o m pre-os e esp ere.

Arquivo de riqueza nº 16

As p esso as ric as a g e m a p esar d o me d o.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre d eixa m-se p aralisar p elo me d o.
No c o me ç o d este livro a prese ntei o Pro c esso d e Ma nifesta ç ã o. Re veja a
fórmula: p e nsa me ntos c o nd uze m a se ntime ntos, se ntime ntos c o nd uze m a a ç õ es,
a ç ões c o nd uze m a resulta d os.
Milhões d e p esso as "p e nsa m" e m fic ar ric as, e milhares d elas faze m
me dita ç ã o e d e clara ç ões c o m esse o bjetivo, alé m d e visualizare m a riq ueza q ue
q uere m c o nq uistar. Eu me dito q uase to d os os dias. Mas nunc a a c o nte c e u d e e u
estar se nta d o me dita nd o o u faze nd o um a visualiza ç ã o e c air um sa c o d e
dinheiro na minha c a b e ç a. A cre dito q ue so u a p e nas um d os infelizes q ue tê m
q ue fazer alg uma c oisa p ara ter suc esso.
A me dita ç ã o, a visualiza ç ã o e as d e clara ç ões sã o ferra me ntas
mara vilhosas, mas, a té o nd e sei, ne nhuma d elas p or si só lhe pro p orcio nará
dinheiro no mund o re al. Vo c ê te m q ue to m ar me did as c o ncretas p ara ve nc er. E
p or q ue a a ç ã o é tã o d e cisiva?
Re torna nd o a o Pro c esso d e Ma nifesta ç ã o, veja o c aso d os p e nsa me ntos e
se ntime ntos: eles faze m p arte d o mund o interior o u exterior? Do mund o interior.
A g ora os resulta d os: eles faze m p arte d o mund o interior o u exterior? Do mund o
exterior, Isso q uer dizer q ue a a ç ã o é a "p o nte" e ntre esses d ois mund os.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
A a ç ã o é a "p o nte" e ntre o mund o interior e o mund o exterior.
M as, se a a ç ã o é tã o im p orta nte, o q ue nos im p e d e d e to m ar as me did as
q ue sa b e mos q ue pre cisa mos to mar? O me d o.
O me d o, a d úvid a e a preo c up a ç ã o sã o alg uns d os maiores o bstá c ulos
nã o a p e nas a o suc esso c o mo ta m b é m à felicid a d e. Por esse mo tivo, uma d as
maiores difere nç as e ntre as p esso as ric as e as d e me ntalid a d e p o bre é q ue as
primeiras estã o se mpre disp ostas a a gir a p esar d o me d o, e nq ua nto as últimas
d eixa m-se p aralisar p or ele.
No livro C o mo sup erar o me d o, Susa n Jeffers diz q ue o gra nd e erro q ue a
maioria d as p esso as c o mete é esp erar q ue a se nsa ç ã o d e me d o diminua o u
d esa p are ç a p ara q ue c o me c e m a a gir. Em g eral, elas a g uard a m p ara se m pre.
Num d os c ursos d a Pe ak Pote ntials, e nsino q ue o verd a d eiro g uerreiro é
c a p az d e "d o m ar a serp e nte d o me d o". Isso nã o pressup õ e m a tar a serp e nte ne m
se livrar o u fugir d ela. Quer dizer exa ta me nte "d o m ar" a serp e nte.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
O verd a d eiro g uerreiro é c a p az d e "d o mar a serp e nte d o me d o".

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O fund a me ntal é vo c ê p erc e b er q ue nã o é ne c essário te ntar se livrar d o
me d o p ara ve nc er. As p esso as ric as e b e m-suc e did as tê m me d o, d úvid as e
preo c up a ç õ es. Elas a p e nas nã o se d eixa m p aralisar p or esses se ntime ntos. Os
indivíd uos d e me ntalid a d e p o bre, no e nta nto, p ermite m q ue essas c oisas os
imp e ç a m d e se g uir e m fre nte.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Nã o é ne c essário te ntar se livrar d o me d o p ara ve nc er.
Por sermos cria turas d e há bitos, pre cisa mos a pre nd er a a gir a p esar d o
me d o, d a d úvid a, d a preo c up a ç ã o, d a inc erteza, d a inc o nve niê ncia e d o
d esc o nforto. E te mos q ue a pre nd er a a gir q ua nd o nã o te mos vo nta d e d e fazer
isso.
C erta vez, na noite d e e nc erra me nto d e um c urso e m Se a ttle, e u fala va
so bre o próximo Se minário Inte nsivo d a Me nte Milio nária q ue org a nizaria e m
Va nc o uver, no C a na d á, q ua nd o um ho me m se le va nto u e disse: "Harv, p elo
me nos um a d úzia d e a mig os e fa miliares me us já p articip ara m d esse se minário e
os se us resulta d os fora m a bsoluta me nte fe no me nais. Estã o to d os muito m ais felizes
d o q ue a ntes e na estra d a d o suc esso fina nc eiro. Eles me dissera m q ue é um
a pre ndiza d o c a p az d e mud ar a vid a d e um a p esso a. Por isso, se vo c ê re alizasse
esse se minário a q ui e m Se a ttle, e u c o m c erteza me inscre veria".
Eu lhe a gra d e ci p elo d e p oime nto e p erg untei se ele esta va a b erto a um a
orie nta ç ã o. De p ois q ue ele c o nc ord o u, p erg untei c o mo ele esta va se saind o c o m
as fina nç as. Timid a me nte, ele disse:
- Nã o muito b e m.
- Nã o me surpree nd e. Se vo c ê d eixa uma via g e m d e c arro d e três horas,
um vô o d e uma hora o u um a c a minha d a d e três dias im p e di-lo d e fazer um a
c oisa q ue d eseja fazer e d a q ual pre cisa, o q ue mais p o d erá im p e di-lo? A
resp osta é simples: q ualq uer c oisa. Nã o se tra ta d o ta ma nho d o d esafio, se tra ta
d o se u ta ma nho. Ou vo c ê é um a p esso a q ue se d eixa d eter o u é alg ué m q ue
nã o se d eixa d eter. A esc olha é sua. C aso q ueira e nriq ue c er o u ser b e m-suc e did o
d e alg um a forma, te m q ue ser um g uerreiro. Pre cisa estar d etermina d o a re alizar
o q ue for ne c essário p ara isso. De ve e nsinar a si mesmo a nã o se d eixar p arar p or
na d a neste mund o. Fic ar ric o ne m se mpre é c ô mo d o ne m fá cil. Na verd a d e,
p o d e ser alg o muito difícil. Mas e d aí? Um d os princípios-c ha ve d o g uerreiro é: "Se
vo c ê só estiver disp osto a re alizar o q ue é fá cil, a vid a será difícil. Mas, se
c o nc ord ar e m fazer o q ue é difícil, a vid a será fá cil". As p esso as ric as nã o
esc olhe m as suas a ç õ es p ela m aior fa cilid a d e o u c o mo did a d e - esse mo d o d e
ser é pró prio d e q ue m te m uma me ntalid a d e p o bre.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Se vo c ê só estiver disp osto a re alizar o q ue é fá cil, a vid a será difícil. Mas, se
c o nc ord ar e m fazer o q ue é difícil, a vid a será fá cil.
No fim d a minha resp osta, a pla téia esta va e m silê ncio.

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M ais tard e, o ho me m q ue ha via c o me ç a d o a q uela disc ussã o foi me
a gra d e c er p or "a brir os se us olhos" É claro q ue ele se inscre ve u no c urso, mesmo
fora d a sua cid a d e, e aind a a p are c e u c o m m ais três a mig os.
A g ora q ue já falei so bre a c o mo did a d e, vo u p assar p ara o te m a d o
d esc o nforto. Por q ue é tã o im p orta nte a gir a p esar d o d esc o nforto? Porq ue
"c o nfortá vel" é o lug ar o nd e vo c ê está a g ora. Se o se u o bjetivo é a tingir um no vo
p a ta m ar d e vid a, te m q ue sair d a sua zo na d e c o nforto e pra tic ar a ç ões
d esc o nfortá veis.
Sup o nha q ue vo c ê esteja le va nd o um a vid a d e nível cinc o e q ueira
c o nq uistar um a vid a d e nível d ez. Os níveis d e cinc o p ara b aixo estã o d e ntro d a
sua zo na d e c o nforto, e nq ua nto os d e seis p ara cim a estã o fora d ela, na sua zo na
d e "d esc o nforto".
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre nã o se disp õ e m a se ntir d esc o nforto.
Le mbre-se: se ntir-se c o nfortá vel é a maior priorid a d e d as suas vid as. Mas vo u lhe
dizer um se gre d o q ue só os ric os e b e m-suc e did os sa b e m: c o nforto é alg o
sup ervaloriza d o. Ele faz c o m q ue a p esso a sinta a c o nc he g o e se g ura nç a, no
e nta nto nã o lhe p ermite cresc er. Para isso, ela te m q ue a m pliar a sua zo na d e
c o nforto. Alg ué m só c o nse g ue se exp a ndir verd a d eira me nte se estiver fora d essa
áre a.
Eu lhe p erg unto: na primeira vez e m q ue vo c ê exp erime nto u alg o no vo,
se ntiu-se c o nfortá vel o u d esc o nfortá vel? A se g und a o p ç ã o, pro va velme nte. E o
q ue a c o nte c e u d aí e m dia nte? Qua nto m ais vo c ê re p etia a exp eriê ncia, mais
c o nfortá vel ela se torna va, nã o é? É assim q ue a c oisa funcio na. Tud o é
d esc o nfortá vel no c o me ç o; p oré m, se vo c ê se m a nté m firme e insiste, a c a b a
sup era nd o a zo na d e d esc o nforto. E ve nc e. Entã o, p assa a uma zo na d e c o nforto
no va e a m plia d a, mostra nd o q ue se torno u uma p esso a maior.
A p artir d e a g ora, se mpre q ue vo c ê se se ntir d esc o nfortá vel, e m vez d e se
refugiar na sua velha zo na d e c o nforto, b a ta nas pró prias c ostas e dig a: "Eu d e vo
estar cresc e nd o" e c o ntinue se g uind o e m fre nte.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Vo c ê só p o d erá cresc er d e verd a d e se estiver fora d a sua zo na d e
c o nforto.
C aso vo c ê d eseje ser ric o e b e m-suc e did o, tra te d e a pre nd er a se se ntir
b e m c o m o d esc o nforto. Pra tiq ue c o nscie nte me nte estar na zo na d e d esc o nforto
e fazer o q ue lhe d á me d o. Quero q ue vo c ê se le m bre p ara o resto d a vid a d a
se g uinte e q ua ç ã o: zc = zr, isto é, a sua "zo na d e c o nforto" é ig ual à sua "zo na d e
riq ueza".
A m plia nd o a sua zo na d e c o nforto, vo c ê a ume nta nã o só os se us
re ndime ntos c o mo a sua zo na d e riq ueza. Qua nto mais c o nfortá vel vo c ê q uiser se
se ntir, me nos risc os se disp orá a c orrer, me nos o p ortunid a d es d esejará explorar,
me nos p esso as c o nhe c erá, me nos estra té gias d ese nvolverá. C a p to u a
me nsa g e m? Qua nto mais o c o nforto se torna uma priorid a d e na sua vid a, m ais
c o ntraíd o d e me d o vo c ê fic a. Por o utro la d o, exp a ndind o a si pró prio, vo c ê
a mplia a sua zo na d e o p ortunid a d e, o q ue lhe p ermite a trair e c o nservar m ais

101
re ndime ntos e riq ueza. Nã o se esq ue ç a: se vo c ê tiver um gra nd e re cipie nte (zo na
d e c o nforto), o universo terá prazer e m e nc hê-lo. As p esso as ric as e b e m-
suc e did as p ossue m zo nas d e c o nforto muito a m plas e as a ume nta m
c o nsta nte me nte p ara p o d ere m g a nhar e c o nservar m ais riq ueza.
Em b ora nunc a ning ué m te nha morrid o d e d esc o nforto, a aspira ç ã o a o
c o nforto m a to u m ais id éias, o p ortunid a d es, a ç õ es e crescime nto d o q ue
q ualq uer o utra c oisa neste mund o. O c o nforto a niq uila. Se a sua me ta na vid a é
se se ntir c o nfortá vel, e u lhe g ara nto d uas c oisas: primeiro, vo c ê nunc a fic ará ric o;
se g und o, ja mais será feliz. A felicid a d e nã o é o b tid a c o m um a vid a m ais o u
me nos sa tisfa tória, e m q ue fic a mos o te mp o to d o nos p erg unta nd o o q ue mais
p o d eria ter a c o nte cid o. A felicid a d e surg e c o mo resulta d o d e estarmos no nosso
esta d o na tural d e crescime nto e vive nd o o m áximo d o nosso p ote ncial.
Te nte fazer o se g uinte. Na próxima o c asiã o e m q ue se se ntir d esc o nfortá vel,
ind e ciso o u intimid a d o, e m vez d e se e nc olher o u se refugiar na se g ura nç a, sig a
e m fre nte. Observe e vive ncie as se nsa ç ões d e d esc o nforto re c o nhe c e nd o q ue
sã o a p e nas se nsa ç ões - inc a p azes d e d etê-lo. Insistind o te nazme nte a p esar d o
d esc o nforto, vo c ê a c a b ará a tingind o a sua meta.
Nã o imp orta se o d esc o nforto nã o diminuir. Na verd a d e, se isso a c o nte c er,
c o nsid ere esse fa to um sinal p ara ele var o se u o bjetivo, p orq ue, no mo me nto e m
q ue se se ntir c o nfortá vel, vo c ê vai p arar d e cresc er. Re pito: p ara a va nç ar a té o
máximo d o se u p o te ncial, é ne c essário q ue vo c ê viva no limite d as suas
p ossibilid a d es.
E, c o mo so mos cria turas d e há bitos, é ne c essário pra tic ar. Pra tiq ue a gir
a p esar d o me d o, d a inc o nve niê ncia e d o d esc o nforto - e aja q ua nd o nã o estiver
c o m vo nta d e d e fazer isso. Desse mo d o, vo c ê p assará ra pid a me nte a um
p a ta m ar d e vid a m ais alto. No pro c esso, nã o d eixe d e verific ar c o m re g ularid a d e
a sua c o nta b a nc ária p orq ue, e u lhe g ara nto, ela estará cresc e nd o c o m muita
ra pid ez ta mb é m.
A me nte hum a na é um a exc e p cio nal ro ma ncista. Ela inve nta histórias
incríveis, e m g eral b ase a d as e m dra m as e d esastres, a p artir d e c oisas q ue nunc a
o c orrera m e q ue pro va velme nte nunc a a c o nte c erã o. O escritor Mark Twain
explic o u o assunto c o m to d a a clareza: "Já tive milhares d e pro ble m as na minha
vid a, a m aioria d os q uais nunc a a c o nte c e u d e fa to".
Um a d as c oisas m ais im p orta ntes a e nte nd er na vid a é q ue vo c ê nã o é a
sua me nte. Vo c ê é muito m aior e m ais p o d eroso d o q ue ela. A sua me nte é um a
p arte d e vo c ê ta nto q ua nto a sua mã o.
Um a p erg unta p ara pro vo c ar o se u ra cio cínio: e se a sua mã o fosse c o mo a
sua me nte? Ela estaria e m to d a p arte, d a nd o ta p as e m vo c ê o te mp o to d o e
fala nd o se m p arar. E o q ue vo c ê faria? A m aioria d as p esso as resp o nd e: "Eu a
c ortaria fora". Mas, se a sua m ã o é um a ferra me nta p o d erosa, p or q ue vo c ê se
livraria d ela? A resp osta c erta, e vid e nte me nte, é: vo c ê g ostaria d e c o ntrolá-la,
ma nejá-la e treiná-la p ara tra b alhar a se u fa vor, e nã o c o ntra vo c ê.
Sa b er treinar e ma nejar a pró pria me nte é o m aior tale nto q ue se p o d e ter
na vid a, ta nto e m termos d e felicid a d e q ua nto d e suc esso, e é exa ta me nte isso o
q ue d esejo e nsinar c o m este livro.
102
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Sa b er treinar e ma nejar a pró pria me nte é o m aior tale nto q ue se p o d e ter
na vid a, ta nto e m termos d e felicid a d e q ua nto d e suc esso.
C o mo é q ue vo c ê treina a sua me nte? C o me ç a nd o p ela o bserva ç ã o.
Note c o mo a sua me nte pro d uz re g ularme nte p e nsa me ntos d esfa vorá veis à sua
riq ueza e felicid a d e. Qua nd o id e ntific ar tais p e nsa me ntos, c o me c e a substituí-los
d e form a c o nscie nte p or o utros q ue o fortale ç a m. E o nd e vo c ê e nc o ntra esses
mo d os d e p e nsar? A q ui mesmo, neste livro. To d as as d e clara ç ões c o ntid as nestas
p á ginas Sã o mo d os d e p e nsar q ue tra nsmite m forç a e êxito.
A d o te to d as essas ma neiras d e p e nsar e ser e ta mb é m essas a titud es c o mo
suas. Nã o esp ere um c o nvite form al. De cid a a g ora mesmo q ue a sua vid a será
melhor se vo c ê o p tar p or p e nsar d a form a c o mo sugiro a q ui e m vez d e
p erma ne c er c o m os há bitos me ntais a uto d estrutivos d o p assa d o. Determine q ue,
d e hoje e m dia nte, os se us p e nsa me ntos nã o mais o g o verna m, vo c ê é q ue m os
g o verna. A p artir d e a g ora, a sua me nte nã o é mais o c a pitã o d o na vio: vo c ê é o
c a pitã o e a sua me nte está so b as suas ord e ns.
Vo c ê p o d e esc olher os se us p e nsa me ntos.
Vo c ê te m a c a p a cid a d e na tural d e d esc artar, a q ualq uer mo me nto, to d o
p e nsa me nto q ue nã o lhe seja fa vorá vel. E, a q ualq uer insta nte, p o d e ta mb é m
instalar p e nsa me ntos fortale c e d ores, simplesme nte o p ta nd o p or se m a nter
c o nc e ntra d o neles. Vo c ê te m o p o d er d e c o ntrolar a sua me nte.
M ais uma vez, cito a frase d o me u a mig o e escritor Ro b ert G. Alle n:
"Ne nhum p e nsa me nto mora d e gra ç a na c a b e ç a d e ning ué m".
Isso q uer dizer q ue vo c ê p a g ará p or se us p e nsa me ntos ne g a tivos.
Pa g ará e m dinheiro, e m e nergia, e m te m p o, e m sa úd e e e m termos d e
felicid a d e. Se o se u o bjetivo é a tingir ra pid a me nte um no vo nível d e vid a,
c o me c e a classific ar os se us p e nsa me ntos nestas d uas c a te g orias - os q ue lhe
d ã o p o d er e os q ue mina m o se u p o d er. Observe-os e d etermine se eles
c o ntrib ue m o u nã o p ara a sua felicid a d e e o se u suc esso. Esc olha e ntã o
alime ntar so me nte a q ueles q ue o fortale c e m e re c use-se a se ma nter
c o nc e ntra d o nos q ue o d e bilita m. Qua nd o surgir na sua c a b e ç a um p e nsa me nto
prejudicial, dig a "C a nc ela" e "Obrig a d o p ela inform a ç ã o". Em se g uid a, substitua-o
p or um mo d o d e p e nsar m ais fa vorá vel. Eu c ha mo esse pro c esso d e p e nsa me nto
p o d eroso. Guard e as minhas p ala vras: se vo c ê o pra tic ar, a sua vid a ja mais
voltará a ser a mesm a. É uma pro messa.
Entã o, q ual é a difere nç a e ntre "p e nsa me nto p o d eroso" e "p e nsa me nto
p ositivo"? Ela é sutil, p oré m profund a. Na minha o piniã o, as p esso as usa m o
p e nsa me nto p ositivo p ara fingir q ue está tud o b e m q ua nd o a cre dita m q ue nã o
está. C o m o p e nsa me nto p o d eroso, nós c o mpree nd e mos q ue tud o é ne utro,
na d a te m sig nific a d o, exc e to a q uele q ue nós mesmos a trib uímos - nós cria mos a
nossa história e d a mos a c a d a c oisa o se u se ntid o.
Essa é a difere nç a e ntre p e nsa me nto p ositivo e p e nsa me nto p o d eroso. O
primeiro faz c o m q ue as p esso as a cre dite m q ue os se us p e nsa me ntos sã o

103
verd a d eiros. Por sua vez, o p e nsa me nto p o d eroso re c o nhe c e q ue os nossos
p e nsa me ntos nã o sã o verd a d eiros, m as q ue, d e q ualq uer mo d o, nós cria mos a
nossa pró pria história e p o d e mos inve ntar um a q ue nos seja fa vorá vel. Nã o
faze mos isso p orq ue os no vos p e nsa me ntos seja m verd a d eiros no se ntid o
a bsoluto, m as p orq ue eles nos sã o mais úteis e nos p are c e m muito melhores d o
q ue os o utros.
DECLARAÇÃO
Eu ajo a p esar d o me d o. Eu ajo a p esar d a d úvid a. Eu ajo a p esar d a
preo c up a ç ã o. Eu ajo a p esar d a inc o nve niê ncia. Eu ajo a p esar d o d esc o nforto.
Eu ajo q ua nd o nã o esto u c o m vo nta d e d e a gir.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÕES DA MENTE MILIONÁRIA
1. Liste os três m aiores me d os o u preo c up a ç õ es q ue vo c ê te m a
resp eito d e dinheiro e riq ueza. Para c a d a um d eles, escre va o q ue faria se a
situa ç ã o te mid a efetiva me nte a c o nte c esse. Vo c ê so bre viveria? A sup eraria? O
mais pro vá vel é q ue a resp osta seja a firm a tiva. A g ora p are d e se preo c up ar e
c o me c e a e nriq ue c er.
2. Pra tiq ue sair d a sua zo na d e c o nforto. to me d elib era d a me nte
d e cisões q ue o fa ç a m se se ntir d esc o nfortá vel. Por exe mplo, c o nverse c o m
p esso as c o m q ue m nã o falaria, p e ç a um a ume nto d e salário, sub a os pre ç os d os
se us pro d utos, a c ord e um a hora m ais c e d o to d o dia.
3. A pliq ue o p e nsa me nto p o d eroso. Observe a si pró prio e os se us
p a drões d e p e nsa me nto. A c olha so me nte a q ueles q ue c o ntrib ua m p ara a sua
felicid a d e e o se u suc esso. Desafie a voz d e ntro d a sua c a b e ç a se m pre q ue ela
lhe disser "Nã o p osso", "Nã o q uero", "Nã o esto u a fim". Nã o d eixe q ue a voz d o
me d o, q ue a voz d o c o nforto, seja m ais forte d o q ue vo c ê. Fa ç a um p a c to
c o nsig o mesmo: se mpre q ue a voz te ntar imp e di-lo d e re alizar alg um a c oisa,
vo c ê a fará d e q ualq uer forma p ara mostrar à sua me nte q ue é vo c ê q ue m
ma nd a, e nã o ela. Assim, a ume ntará esp eta c ularme nte a sua c o nfia nç a,
e nq ua nto a sua voz, re c o nhe c e nd o q ue te m p o uc o p o d er so bre vo c ê, se
pro nunciará c a d a vez me nos.

Arquivo de riqueza nº 17

As p esso as ric as a pre nd e m e se a primora m o te mp o to d o.


As p esso as d e me ntalid a d e p o bre a cre dita m q ue já sa b e m tud o.
No c o me ç o d os me us se minários, a prese nto às p esso as o q ue c ha mo d e as
três p ala vras mais p erig osas q ue pro nuncia mos. Sã o elas: "Eu já sei". C o mo vo c ê
sa b e q ue sa b e alg um a c oisa? É simples.
Se vo c ê a vive ncia, vo c ê sa b e so bre ela. Do c o ntrário, o uviu falar, le u so bre o u
c o me nto u a resp eito, m as nã o sa b e. Para ser direto: é pro vá vel q ue vo c ê aind a
te nha m uito a a pre nd er e m rela ç ã o a dinheiro, suc esso e vid a.
C o mo expliq uei no c o me ç o d este livro, na minha é p o c a d e va c as m a gras,
tive a sorte d e re c e b er o c o nselho d e um a mig o d a minha fa mília q ue era
104
multimilio nário. Ele te ve c o mp aixã o a o me ver na q uela situa ç ã o difícil. Le m bre-se
d o q ue ele me disse: "Harv, se as c oisas nã o estã o ind o c o mo vo c ê g ostaria, isso
q uer dizer a p e nas q ue há alg o q ue vo c ê nã o sa b e". Felizme nte, e u le vei essa
sug estã o a sério e p assei d e sa b e-tud o a "a pre nd e-tud o". Da q uele mo me nto e m
dia nte, a minha vid a mud o u c o mpleta me nte.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre estã o se mpre te nta nd o pro var q ue estã o
c ertas. Usa nd o a m ásc ara d e q ue m já sa b e tud o, elas dize m q ue foi um g olp e d e
má sorte o u um pro ble minha p assa g eiro no universo o q ue as d eixo u falid as o u
num a situa ç ã o e m q ue tê m q ue se sa crific ar muito p ara c o nse g uir dinheiro.
Um a d as minhas frases mais c o nhe cid as é: "Ou vo c ê está c erto o u vo c ê é
ric o, nunc a as d uas c oisas a o mesmo te m p o". Estar "c erto" c orresp o nd e a se
a ferrar a velhos mo d os d e ser e p e nsar. Sinto dizer, mas foi isso q ue o c o nd uziu à
situa ç ã o e m q ue vo c ê está a g ora. Essa filosofia ta m b é m se a plic a à felicid a d e,
no se ntid o d e q ue o u vo c ê está c erto o u vo c ê é feliz.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Ou vo c ê está c erto o u vo c ê é ric o, nunc a as d uas c oisas a o mesmo te mp o.
O escritor e lo c utor Jim Ro hn disse alg o q ue se a plic a p erfeita me nte a esse
assunto: "Se vo c ê se ma ntiver faze nd o o q ue se mpre fez, c o ntinuará c o nse g uind o
o q ue se m pre c o nse g uiu". Ora, o se u jeito vo c ê já c o nhe c e - a g ora pre cisa
a pre nd er no vas m a neiras d e p e nsar e a gir. Foi p or esse motivo q ue escre vi este
livro. O me u o bjetivo é a cresc e ntar alg uns arq uivos me ntais a os q ue vo c ê já
p ossui. Eles c orresp o nd e m a no vos mo d os d e p e nsar, a no vas a ç õ es e, p orta nto,
a no vos resulta d os.
É p or isso q ue é esse ncial q ue vo c ê c o ntinue a a pre nd er e cresc er.
Os físic os c o nc ord a m q ue na d a neste mund o é está tic o. Tud o o q ue é vivo
mud a o te m p o to d o. Por exe m plo, um a pla nta q ue nã o cresc e está morre nd o.
Isso ta m b é m vale p ara as p esso as e p ara q uaisq uer o utros org a nismos vivos:
p orta nto, se vo c ê nã o cresc e, está morre nd o.
Um a d as minhas frases fa voritas é a d o escritor e filósofo Eric Hoffer: "Os q ue
a pre nd e m herd arã o a Terra, e nq ua nto os q ue já sa b e m estã o ma g nific a me nte
e q uip a d os p ara viver num mund o q ue nã o existe mais". Dito d e o utra form a: se
vo c ê nã o estiver a pre nd e nd o c o ntinua me nte, será d eixa d o p ara trás.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre dize m q ue nã o p o d e m se instruir p or falta
d e te m p o e d e dinheiro. Os ric os, p or o utro la d o, estã o mais lig a d os na cita ç ã o
d e Be nja min Fra nklin: "Se vo c ê a c ha q ue a instruç ã o é c ara, exp erime nte a
ig norâ ncia". Te nho c erteza d e q ue vo c ê já o uviu isso a ntes: c o nhe cime nto é
p o d er. E p o d er é c a p a cid a d e d e a gir.
A únic a ma neira q ue c o nhe ç o d e vo c ê p ossuir a riq ueza q ue d eseja é
sa b er jo g ar o jo g o d o dinheiro, d e ntro e fora d e vo c ê. É ne c essário q ue a pre nd a
as té c nic as e estra té gias q ue a prese nto neste livro p ara a ume ntar os se us
re ndime ntos, p ara a d ministrar o se u dinheiro e p ara investi-lo c o m eficiê ncia. A
d efiniç ã o d e insa nid a d e é: fazer se mpre a mesma c oisa e esp erar resulta d os
difere ntes. C erta me nte, vo c ê já seria ric o e feliz se o q ue está faze nd o d esse

105
c erto. Q ualq uer o utra c oisa q ue a sua me nte inve nte c o mo resp osta nã o p assa
d e d esc ulp a esfarra p a d a.
De testo ter q ue dizer isso c o m to d as as letras, m as este é o me u tra b alho.
A cre dito q ue um b o m orie nta d or se mpre exigirá d e vo c ê m ais d o q ue vo c ê exig e
d e si mesmo. Do c o ntrário, p or q ue vo c ê ne c essitaria d e um profissio nal d esse
tip o? Co mo orie nta d or, a minha meta é treiná-lo, inspirá-lo, c o nve nc ê-lo e fazê-lo
o bservar, a o vivo, o q ue o está im p e dind o d e pro gre dir. Resumind o, usar to d os os
meios p ara ajud á-lo a c o nq uistar um nível d e vid a m ais ele va d o. Se for pre ciso,
vo u d esp e d a ç á-lo e re c o nstruí-lo d e um a form a q ue d ê c erto. Farei tud o o q ue
estiver a o me u alc a nc e p ara torná-lo 10 vezes m ais feliz e 100 vezes mais ric o. Se
vo c ê está a trás d e uma Polia na, e u so u o c ara erra d o. C aso d eseje subir d e
mo d o rá pid o e c o ntínuo, p o d e mos prosse g uir.
Suc esso é alg o q ue se a pre nd e. Po d e mos a pre nd er a ve nc er e m q ualq uer
c oisa. Se vo c ê q uer ser um gra nd e jo g a d or d e g olfe, será c a p az d e a pre nd er a
fazer isso. Se prefere ser um gra nd e pia nista, c o nse g uirá a pre nd er a se tornar um.
Se d eseja ser verd a d eira me nte feliz, terá c o ndiç õ es d e a pre nd er a ser assim. Se
q uer e nriq ue c er, ta mb é m p o d e a pre nd er c o mo fazer isso. Nã o im p orta o nd e
vo c ê está a g ora - o esse ncial é q ue esteja disp osto a a pre nd er.
Um a d as minhas frases m ais c o nhe cid as é: "To d o mestre já foi um d esastre".
Veja um exe mplo. C erta vez, um esq uia d or olím pic o p articip o u d e um d os
se minários. Qua nd o fiz essa a firm a ç ã o, ele se le va nto u e p e diu a p ala vra. Pela
sua a titud e incisiva, p e nsei q ue fosse disc ord ar vee me nte me nte d e mim. Ao
c o ntrário, ele rela to u a to d os os prese ntes a sua história. Qua nd o cria nç a, era o
pior esq uia d or d e to d o o se u grup o d e a mig os - tã o lerd o q ue às vezes ne m o
c ha ma va m p ara esq uiar. Entã o ele d e cidiu fre q üe ntar a ulas d e esq ui. To d o fim
d e se m a na, a c ord a va b e m c e d o p ara ir à mo nta nha. Em p o uc o te m p o, nã o só
alc a nç o u os mesmos resulta d os q ue os se us a mig os o b tinha m c o mo os
ultra p asso u. Foi q ua nd o p asso u a se e nvolver e m c o mp etiç ões d e esq ui e
c o nse g uiu um té c nic o d e alto nível. As suas p ala vras fora m: "So u um mestre no
esq ui a g ora, mas q ua nd o c o me c ei era um p erfeito d esastre. Harv te m to d a a
razã o. Po d e mos a pre nd er a ser vitoriosos e m q ualq uer c oisa. Eu a pre ndi a ve nc er
nesse esp orte. A minha próxim a meta é a pre nd er a g a nhar no jo g o d o dinheiro".
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
"To d o mestre já foi um d esastre".
Ning ué m nasc e um g ê nio d as fina nç as. To d a p esso a ric a, inclusive e u,
a pre nd e u a ve nc er no jo g o d o dinheiro. Le m bre-se d o le ma: "Se eles p o d e m, e u
ta mb é m p osso".
Enriq ue c er nã o diz resp eito so me nte a fic ar ric o e m termos fina nc eiros. É
mais d o q ue isso: tra ta-se d a p esso a q ue vo c ê se torna, d o p o nto d e vista d o
c ará ter e me ntalme nte, p ara alc a nç ar esse o bjetivo. Vo u lhe c o ntar um se gre d o
q ue p o uc a g e nte c o nhe c e: a m a neira m ais rá pid a d e fic ar e p erm a ne c er ric o é
tra b alhar no se u pró prio d ese nvolvime nto. A id éia é vo c ê se a primorar p ara se
tra nsform ar e m alg ué m b e m-suc e did o. Re pito: o se u mund o exterior é a p e nas um
reflexo d o se u mund o interior. Vo c ê é a raiz, os se us resulta d os sã o os frutos.

106
Gosto d o dita d o q ue diz: "Vo c ê le va a si mesmo p ara to d o lug ar a q ue vai".
Se vo c ê cresc er e se tornar uma p esso a b e m-suc e did a e m termos d e c ará ter e
d e a titud e me ntal, será vitorioso d e form a na tural e m tud o o q ue fizer. G a nhará o
p o d er d a esc olha a bsoluta.
Passará a ter forç a interior e a c a p a cid a d e d e o p tar p or q ualq uer áre a d e
tra b alho, d e ne g ó cio o u d e investime nto, sa b e nd o q ue será um suc esso. Essa é a
essê ncia d este livro. Qua nd o vo c ê é alg ué m gra u cinc o, o b té m resulta d os gra u
cinc o. M as, c aso vo c ê cresç a e se torne uma p esso a gra u d ez, c o nse g uirá
resulta d os gra u d ez.
Preste a te nç ã o, p oré m, neste alerta: se vo c ê nã o fizer o tra b alho interior e,
d e alg uma forma, c o nse g uir g a nhar rios d e dinheiro, terá sid o pro va velme nte um
g olp e d e sorte, e é p ossível q ue ve nha a p erd er tud o. Por o utro la d o, c aso vo c ê
se torne uma p esso a b e m-suc e did a p or d e ntro e p or fora, nã o a p e nas fará
suc esso c o mo o m a nterá, o a ume ntará e, o m ais im p orta nte d e tud o, será
verd a d eira me nte feliz.
As p esso as ric as e nte nd e m q ue a se q üê ncia d o suc esso é SER, FAZER, TER.
As p esso as d e me ntalid a d e p o bre e as q ue tê m uma visã o d e classe mé dia
a cre dita m q ue a se q üê ncia d o suc esso é TER, FAZER, SER. Em sua maioria, elas
p e nsa m o se g uinte: "Se e u tiver muito dinheiro, p o d erei fazer o q ue q uiser e serei
um suc esso".
Os ric os se g ue m um p e nsa me nto difere nte: "Se e u me tornar uma p esso a
b e m-suc e did a, p o d erei fazer o q ue pre ciso fazer p ara ter o q ue q uero, incluind o
rios d e dinheiro".
Eis o utra c oisa q ue so me nte as p esso as ric as sa b e m: a princip al finalid a d e
d e e nriq ue c er nã o é ter to nela d as d e dinheiro, m as ajud á-lo a cresc er p ara ser a
melhor p esso a q ue vo c ê p ud er. Na verd a d e, esta é a meta d e to d as as me tas:
cresc er c o mo ser hum a no. Qua nd o lhe p erg untara m p or q ue to d o a no ela mud a
d e p erso nalid a d e, d e músic a e d e estilo, a c a ntora e a triz Ma d o nna resp o nd e u
q ue a m úsic a é a sua m a neira d e expressar o se u e u e q ue reinve ntar a si pró pria
a c a d a a no a o brig a a cresc er p ara se tornar a p esso a q ue ela d eseja ser. Em
sum a, suc esso nã o é um "o q ue", e sim um "q ue m". A b o a notícia é q ue o se u
"q ue m" p o d e ser treina d o e e nsina d o. Falo p or mim.
Nã o so u p erfeito ne m esto u se q uer p erto disso, m as, q ua nd o p e nso e m
q ue m so u hoje c o m p ara d o a o q ue era há 20 a nos, p erc e b o um a c orrela ç ã o
direta e ntre o "e u e a minha riq ueza" (o u a falta d ela) d a q uela é p o c a e o "e u e a
minha riq ueza" d e hoje. Se e u a pre ndi o c a minho d o suc esso, vo c ê ta m b é m
c o nse g uirá fazer isso. Por esse motivo, esto u no ra mo d o treina me nto p esso al. Sei
p or exp eriê ncia pró pria q ue pra tic a me nte to d as as p esso as p o d e m ser treina d as
p ara ve nc er. Isso a c o nte c e u c o mig o e a g ora so u c a p az d e orie ntar milhares d e
indivíd uos p ara q ue eles seja m ig ualme nte vitoriosos.
Desc o bri o utra difere nç a c a pital e ntre as p esso as ric as e a q uelas q ue tê m
um a me ntalid a d e p o bre: os ric os sã o esp e cialistas no q ue faze m.
Q ue m te m um p e nsa me nto d e classe mé dia c ostum a ser a p e nas razo á vel
no se u c a m p o d e a tua ç ã o, e nq ua nto as p esso as q ue p ossue m um a me ntalid a d e

107
p o bre sã o inexpressivas na sua áre a. Vo c ê é b o m no q ue faz? É c o mp ete nte no
se u tra b alho? Quer um mo d o to talme nte im p arcial d e sa b er? Exa mine o se u
c o ntra c he q ue. Ele lhe dirá tud o. É simples: p ara g a nhar o m áximo, vo c ê te m q ue
ser o m áximo.
PRINCÍPIO DE RIQUEZA
Para g a nhar o m áximo, vo c ê te m q ue ser o m áximo.
Ve mos esse princípio e m o p era ç ã o to d os os dias no esp orte profissio nal
p elo mund o afora. Em g eral, os melhores a tletas sã o os q ue g a nha m os maiores
salários. Sã o ta m b é m os q ue fa tura m mais dinheiro c o m p ublicid a d e. Esse mesmo
princípio está prese nte no mund o d os ne g ó cios e d as fina nç as. Nã o im p orta se
vo c ê é e mpresário, profissio nal lib eral o u distrib uid or d e marketing d e re d e, ne m
se vo c ê g a nha p or c o missã o, se é assalaria d o o u se vive d e re nd as d e imó veis, d e
a ç ões o u d e o utros investime ntos: q ua nto melhor o se u d ese mp e nho na sua áre a,
mais g a nhará. Essa é o utra razã o p ela q ual é o brig a tório vo c ê se instruir e se
q ualific ar c o ntinua me nte.
Q ua nto a o a pre ndiza d o, vale o bservar q ue os ric os nã o a p e nas c o ntinua m
a a pre nd er c o mo faze m q uestã o d e se instruir c o m a q ueles q ue já estã o o nd e
eles q uere m c he g ar. No me u c aso, um d os fa tores q ue fizera m a maior difere nç a
diz resp eito à p esso a q ue me e nsino u. Se mpre o p tei p or a pre nd er c o m os q ue sã o
mestres nos se us resp e c tivos c a mp os - nã o c o m q ue m se diz esp e cialista, m as
c o m indivíd uos c ujo disc urso se suste nta e m resulta d os.
As p esso as ric as a c o nselha m-se c o m indivíd uos q ue sã o mais ric os d o q ue
elas. Que m te m uma me ntalid a d e p o bre b usc a orie nta ç ã o c o m os a mig os, q ue,
e m g eral, estã o numa situa ç ã o fina nc eira tã o difícil q ua nto a sua.
C erta vez, tive um a re uniã o c o m um b a nq ueiro d a áre a d e investime ntos
q ue q ueria fazer ne g ó cio c o mig o. De p ois d e sug erir q ue e u re alizasse um
investime nto inicial d e milhares d e d ólares no se u b a nc o, ele me p e diu q ue lhe
e nc a minhasse os me us d e mo nstra tivos fina nc eiros p ara q ue ele fizesse as suas
re c o me nd a ç õ es.
Olhei nos olhos d ele e disse: "Desc ulp e, mas vo c ê já nã o te m esse históric o?
Se vo c ê q uer q ue e u o c o ntra te p ara c uid ar d o me u dinheiro, nã o seria mais
a pro pria d o vo c ê me mostrar os se us d e mo nstra tivos fina nc eiros? E, se vo c ê nã o
for re alme nte ric o, esq ue ç a o ne g ó cio". Ele fic o u e m esta d o d e c ho q ue. Eu diria
q ue ning ué m nunc a ha via lhe p erg unta d o p elo se u p a trimô nio c o mo c o ndiç ã o
p ara investir no se u b a nc o.
É a bsurd o. Se vo c ê q uisesse esc alar o Everest, c o ntra taria um g uia q ue
nunc a tivesse c he g a d o a o c ume d esse mo nte? Nã o seria mais intelig e nte
pro c urar alg ué m q ue já tivesse alc a nç a d o o to p o várias vezes e q ue so ub esse
exa ta me nte c o mo fazer isso?
Porta nto, e u esto u, sim, sug erind o q ue vo c ê d e diq ue muita a te nç ã o e
e nergia a a pre nd er c o ntinua me nte e, a o mesmo te mp o, a esc olher c o m c uid a d o
a p esso a q ue lhe forne c erá c o nhe cime ntos e c o nselhos. Se vo c ê se instruir c o m
q ue m nã o vai b e m, seja m c o nsultores, orie nta d ores o u pla neja d ores, a únic a
c oisa q ue irá a pre nd er é c o mo fra c assar.

108
Da mesm a form a c o mo há c a minhos p ara subir o Everest c o m êxito,
existe m rotas e estra té gias c o m pro va d as p ara criar re ndime ntos ele va d os,
lib erd a d e fina nc eira e riq ueza. Vo c ê te m q ue estar disp osto a a pre nd ê-las e a
utilizá-las.
C o mo p arte d o méto d o d e a d ministra ç ã o d e dinheiro d a me nte milio nária,
sugiro m ais um a vez q ue vo c ê d e p osite 10% d os se us re ndime ntos na C o nta d a
Instruç ã o Fina nc eira. Destine esse dinheiro esp e cific a me nte a c ursos, livros, fitas,
CDs o u a q ualq uer o utro meio q ue lhe p ermita se q ualific ar, seja no siste ma
e d uc a cio nal form al, seja e m e mpresas c o nc eitua d as e m treina me nto e
orie nta ç ã o p esso al.
Q ualq uer q ue seja a sua esc olha, essa c o nta lhe g ara ntirá os re c ursos
ne c essários p ara a pre nd er e cresc er e m vez d e fic ar re p etind o o refrã o d as
p esso as d e me ntalid a d e p o bre: "Eu já sei". Qua nto mais vo c ê a pre nd er, mais
g a nhará. Po d e a cre ditar.
DECLARAÇÃO
Eu me c o mpro meto a a pre nd er e cresc er o te mp o to d o.
Eu te nho um a me nte milio nária!
AÇÃO DA MENTE MILIONÁRIA
C o m pro meta-se c o m o se u crescime nto. To d o mês, leia p elo me nos um livro
o u p articip e d e um c urso o u se minário so bre dinheiro, ne g ó cios o u
d ese nvolvime nto p esso al. O se u c o nhe cime nto, a sua c o nfia nç a e o se u suc esso
a gra d e c erã o.

109
"E o que eu fa ço agora?"
E a g ora? O q ue vo c ê faz? Por o nd e c o me ç ar?
Esp ero q ue vo c ê te nha g osta d o d este livro, p oré m, m ais imp orta nte d o q ue
isso: d esejo q ue use os princípios q ue a pre nd e u p ara melhorar esp eta c ularme nte
a sua vid a. A minha exp eriê ncia diz, no e nta nto, q ue a p e nas ler nã o fará a
difere nç a q ue vo c ê está b usc a nd o. Ler é um b o m c o me ç o, m as, se vo c ê q uer
ve nc er no mund o re al, sã o as suas a ç õ es q ue c o nta m.
Na p arte 1, a prese ntei o c o nc eito d e mo d elo d e dinheiro. É simples: esse
mo d elo d etermina o se u d estino fina nc eiro. Para c o me ç ar a tro c ar o mo d elo q ue
vo c ê te m p or um q ue fa vore ç a o se u suc esso fina nc eiro, nã o d eixe d e re alizar
to d os os exercícios sug erid os nos c a m p os d a pro gra m a ç ã o verb al, d o exe mplo e
d os e pisó dios esp e cífic os. E fa ç a ta m b é m diaria me nte as d e clara ç ões sug erid as.
Na p arte 2, vo c ê a pre nd e u 17 mo d os d e p e nsar q ue disting ue m os ric os d as
p esso as d e me ntalid a d e p o bre. Re c o me nd o q ue g uard e na me mória c a d a um
d esses "arq uivos d e riq ueza" re p etind o to d os os dias as d e clara ç õ es pro p ostas. No
fim, vo c ê se p osicio nará dia nte d a vid a e, so bretud o, dia nte d o dinheiro d e um
mo d o totalme nte difere nte. A p artir d esse p o nto, fará no vas esc olhas, to m ará
no vas d e cisõ es e o b terá no vos resulta d os. Para a c elerar o pro c esso, nã o d eixe d e
exe c utar os exercícios prá tic os rela cio na d os no fim d e c a d a um d os arq uivos d e
riq ueza.
Esses exercícios d e a ç ã o sã o o brig a tórios. Para q ue a mud a nç a seja
p erma ne nte, ela d e ve ter uma b ase c elular - a pro gra m a ç ã o d o se u c ére bro te m
q ue ser refeita. Porta nto, vo c ê pre cisa c olo c ar a te oria e m prá tic a. Nã o b asta ler
so bre ela, falar so bre ela e p e nsar so bre ela: é ne c essário pra tic á-la efetiva me nte.
Ate nte p ara a voz d e ntro d a sua c a b e ç a dize nd o alg uma c oisa c o mo:
"Exercícios, exercícios - e u nã o pre ciso d eles ne m te nho te mp o p ara isso". Observe
q ue m está fala nd o: é a sua me nte c o ndicio na d a. Le mbre-se, o tra b alho d ela é
ma ntê-lo exa ta me nte o nd e vo c ê está, na sua zo na d e c o nforto. Ig nore-a.
Exe c ute os exercícios d e a ç ã o, fa ç a as suas d e clara ç õ es e veja a sua vid a
d e c olar.
Sugiro ta m b é m q ue vo c ê leia este livro d o c o me ç o a o fim p elo me nos uma
vez p or mês d ura nte um a no inteiro. "O q uê?", d e ve estar b erra nd o a voz. "Eu já li
tud o, p or q ue te nho q ue fazer essa leitura ta ntas vezes?" Bo a p erg unta, e a
resp osta é simples: a re p etiç ã o é a m ã e d o a pre ndiza d o. Volto a dizer: q ua nto
mais vo c ê estud ar este livro, m ais ra pid a me nte os se us c o nc eitos se tornarã o
na turais e a uto m á tic os.
C o mo disse a ntes, e u a pre ndi a trilhar o c a minho d o suc esso, p orta nto
a g ora é a minha vez d e ajud ar os o utros. A minha missã o é instruir as p esso as e
inspirá-las a viver o se u "e u sup erior", q ue é b ase a d o na c ora g e m, no pro p ósito e
na ale gria, e nã o no me d o, na ne c essid a d e e na o brig a ç ã o.
Sinto-me verd a d eira me nte a b e nç o a d o p or org a nizar se minários, c ursos e
o utros pro gra mas q ue tra nsform a m a vid a d e muita g e nte d e m a neira rá pid a e
p erma ne nte. Fic o e mo cio na d o p or já ter sid o c a p az d e ajud ar m ais d e 350 mil
p esso as a se tornare m mais ric as e felizes.

110
A marc a d a verd a d eira riq ueza é d e termina d a p or q ua nto a p esso a é
c a p az d e d ar.
- T. Harv Eker
Este livro e nsina vo c ê a o bservar o se u mo d o d e p e nsar e a d esafiar os se us
p e nsa me ntos, os se us há bitos e as suas a ç õ es limita d oras e prejudiciais c o m
rela ç ã o a o dinheiro. Co me ç o fala nd o a resp eito d o dinheiro p orq ue ele é uma
d as m aiores fo ntes d e sofrime nto na vid a d as p esso as. Mas ta m b é m c o nsid ero um
q ua dro maior. Qua nd o vo c ê p assar a re c o nhe c er o se u c o mp orta me nto
d esfa vorá vel e m rela ç ã o às fina nç as, essa c o nsciê ncia se tra nsferirá a to d as as
áre as d a sua vid a.
O o bjetivo d os princípios q ue e nsino é ajud á-lo a ele var o se u gra u d e
c o nsciê ncia. Re pito: c o nsciê ncia é o bservar os p e nsa me ntos e as a ç ões p ara
p o d er a gir c o m b ase e m esc olhas verd a d eiras feitas no prese nte, e nã o na
pro gra m a ç ã o p assa d a. Tra ta-se, c o mo já disse, d o p o d er d e re a gir a p artir d o se u
"e u sup erior". Dessa forma, vo c ê p o d e ser a melhor p esso a q ue é c a p az d e ser e
assim c um prir o se u d estino.
E sa b e o q ue m ais? A essê ncia d essa tra nsform a ç ã o nã o diz resp eito
so me nte a vo c ê. Te m a ver c o m to d o o nosso mund o, q ue nã o é mais d o q ue o
reflexo d as p esso as q ue o c o nstroe m. Qua nd o c a d a indivíd uo a primora o se u
gra u d e c o nsciê ncia, a c o nsciê ncia d e to d o o pla neta se ele va - p assa nd o d o
me d o à c ora g e m, d o ó dio a o a mor e d a esc assez à prosp erid a d e p ara to d os.
C a b e, p orta nto, a c a d a um d e nós, esclare c er a si pró prio p ara p o d er
a cresc e ntar m ais luz a o mund o.
Se vo c ê d eseja q ue a Terra seja d e d etermina d a m a neira, c o me c e a ser
d essa m a neira. Se vo c ê q uer q ue ela se tra nsforme num lug ar melhor, p asse vo c ê
mesmo a ser melhor. É p or isso q ue e u a cre dito q ue é sua o brig a ç ã o cresc er a té
a tingir o se u ple no p ote ncial p ara criar a b und â ncia e suc esso na sua vid a. Dessa
forma, será c a p az d e ajud ar os o utros e c o ntrib uir p ara o mund o d e um mo d o
p ositivo.
O brig a d o p or d e dic ar o se u pre cioso te mp o à leitura d este livro. Desejo a
vo c ê um tre me nd o suc esso e a verd a d eira felicid a d e.
T. Harv Eker

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Agradecimentos
Escre ver um livro p are c e ser um projeto individ ual, mas a verd a d e é q ue,
q ua nd o se prete nd e q ue ele seja lid o p or milhares, q ue m sa b e a té milhões d e
p esso as, isso re q uer o tra b alho d e to d a um a e q uip e. Em primeiro lug ar, a gra d e ç o
à minha mulher, Ro c helle, à minha filha, Ma diso n, e a o me u filho, Jesse. Obrig a d o
p or me pro p orcio nare m o esp a ç o ne c essário p ara re alizar o q ue me pro p us a
fazer. Ta mb é m q uero a gra d e c er a os me us p ais, Sa m e Sara, assim c o mo à minha
irmã, Mary, e a o me u c unha d o, Harve y, p or se u a mor e a p oio ilimita d os. To d a a
minha gra tid ã o aind a a Gail Balsillie, Mic helle Burr, Shelley We nus, Ro b ert e
Roxa nne Rio p el, Do nna Fox, A. C a g e, Jeff Fa gin, Corey Ko uwe nb erg, Kris Eb b eso n
e a to d a a e q uip e d a Pe ak Po te ntials Training p or se u tra b alho e d e dic a ç ã o à
tarefa d e d ar um a c o ntrib uiç ã o p ositiva à vid a d as p esso as, alé m, é claro, d e
fazer d a Pe ak Pote ntials um a d as e m presas d e d ese nvolvime nto p esso al q ue mais
cresc e m e m to d o o mund o.
O brig a d o a o me u brilha nte a g e nte e ditorial, Bo nnie Solo w, p or se u
p erma ne nte a uxílio e inc e ntivo e p or me g uiar p elos me a ndros d a áre a e ditorial.
Outro gra nd e a gra d e cime nto à e q uip e d a Harp erBusiness: a o diretor Ste ve
Ha nselm a n, q ue te ve a visã o d este projeto e lhe d e dic o u ta nto te m p o e e nergia;
a o me u m ara vilhoso e ditor, Herb Sc haffner; a o diretor d e m arketing, Keith Pfeffer;
e a o diretor d e p ublicid a d e, Larry Hug hes. Agra d e ç o esp e cialme nte a os me us
c ole g as Ja ck C a nfield, Ro b ert G. Alle n e Mark Vic tor Ha nse n p or sua a miza d e e
p erma ne nte a p oio d esd e o c o me ç o d o proje to.
Finalme nte, so u profund a me nte gra to a to d os os p articip a ntes d os me us
se minários, a o p esso al d e a p oio e a os p arc eiros d a Pe ak Po te ntials. Se m vo c ês,
nã o ha veria se minários d e mud a nç a d e vid a.

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