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MANUAL DE
C A M PA N H A
ELEITORAL
Uma idei a na cabeça e um ce l u l a r n a m ã o
_________________________________________________
Fleury, Gustavo
Manual de Campanha Eleitoral: Uma ideia na cabeça e um
celular na mão.
São Paulo: Edição do Autor, 2020
Bibliografia
ISBN 978-85-910608-0-1
1.Política Eleitoral. 2.Política I.Titulo
Dedico esta obra ao meu filho querido,
Afonso, um ser especial que todos os dias
me faz ser uma melhor pessoa, e aprender
com as diferenças e as qualidades de quem
veio ao mundo para transformar, o pai, e o
universo.
ÍNDICE
Prefácio
CAPÍTULO 1
Marketing 10
CAPÍTULO 2
Marketing Político 15
CAPÍTULO 3
O começo de tudo 22
CAPÍTULO 4
Construindo a campanha: Informação,
planejamento e ação 36
CAPÍTULO 5
A pesquisa interna: conhecendo
o candidato por dentro 42
CAPÍTULO 6
A pesquisa externa: conhecendo o ambiente
externo 48
CAPÍTULO 7
Dados estratégicos para os candidatos 57
CAPÍTULO 8
A Análise conjuntural 62
CAPÍTULO 9
A temática da campanha: imagem,
posicionamento, discurso e plataforma 65
CAPÍTULO 10
O Mapeamento territorial e político 75
CAPÍTULO 11
Organograma: a equipe selecionada, treinada
e motivada 81
CAPÍTULO 12
Cronograma: o passo a passo para a vitória 94
CAPÍTULO 13
Orçamento: é preciso saber arrecadar e gastar 104
CAPÍTULO 14
A Comunicação eleitoral 111
CAPÍTULO 15
A Propaganda eleitoral 126
CAPÍTULO 16
Estratégias digitais: comunicar, influenciar, persuadir, motivar,
mobilizar, atacar e defender 152
CAPÍTULO 17
Mobilização, a chave do segredo está aqui 188
CAPÍTULO 18
Eventos políticos 196
CAPÍTULO 19
Gerenciamento de Crises 203
CAPÍTULO 20
Debates e Entrevistas 207
CAPÍTULO 21
Planejamento prático: mãos à obra! 211
CAPÍTULO 22
Dicas e sugestões para uma campanha de sucesso 218
Referências bibliográficas
PREFÁCIO
Em 2014 lancei meu último livro, a versão anterior deste
‘’Manual de Campanhas Eleitoral – Vitórias em construção’’, e de
lá para cá muita coisa mudou nestes seis anos. Eu mesmo como
consultor e hoje líder de uma agência com foco em mandatos
e eleições, também mudei. Na verdade, o mundo mudou nestes
anos, e com isso nossa mente, nossos corações e nossa visão
sobre tudo, e todos.
MARKETING
U
ma das primeiras coisas que um cliente - candidato
em potencial ou detentor de mandato - precisa saber
é justamente o que é marketing e o que não é.
ENTENDER O MERCADO
Outro ponto importante é traduzir ao cliente a importân-
cia da compreensão do ‘’ mercado’’ no qual ele irá se inserir – ou
já está inserido no caso de possuir um mandato. Por exemplo,
um candidato a deputado estadual ou federal, com foco em uma
cidade ou região, ou mesmo foco num grupo (por exemplo, pes-
soas com necessidades especiais), deve se perguntar antes e
durante uma disputa eleitoral:
IMPORTANTE DIFERENCIAR
Aqui vamos separar o joio do trigo, e isso talvez seja o
mais dificultoso no universo político.
MARKETING POLÍTICO
A
final de contas, o que é Marketing Político? De acor-
do com o cientista político e também consultor Ru-
bens Figueiredo, Marketing político é um conjunto de técnicas
e procedimentos que tem como objetivos adequar um (a) can-
didato (a) ao seu eleitorado potencial, procurando fazê-lo, num
primeiro momento, conhecido do maior número de eleitores
possível e, em seguida, mostrando diferente dos seus adversá-
rios, obviamente melhor do que eles. (O que é marketing polí-
tico, 1990).
interessantes.
SER CONHECIDO
Fotos: Reprodução
Foto: Reprodução
O COMEÇO DE TUDO
S
ou candidato, e agora? Será que minha família me
apoia? E meus amigos e colegas de trabalho, o que
acham disso? O que tenho a oferecer de melhor ou diferente a
meus eleitores? E os meus adversários, será que eu os conheço
e sei quais são seus pontos fortes e fracos? Estou na dúvida
entre sair candidato a deputado estadual (ou distrital) e federal,
o que faço?
bem pequenininha...)
3. Você tem certeza que seu partido irá lhe apoiar? Sai-
ba por exemplo que sempre numa eleição proporcional há um
‘‘queridinho’’ do grupo partidário, o(s) ‘’ escolhido(s) ’’. Esse
pode até ser você, meus parabéns. E se for, você terá trabalho
redobrado para não criar ciúmes nos outros com menor calibre
e expressão social e/ou política.
PASSADO
A primeira coisa que o eleitor se perguntará diante de
um pretenso político – com ou seu mandato é sobre seu passa-
PRESENTE
Aqui o mais importante está diretamente ligado ao con-
vívio pessoal (off e online) do candidato com seu eleitor. Isto é,
como é o comportamento nas ruas, nas redes sociais? Há empa-
tia, carinho, atenção, diálogo? O candidato é um bom ouvinte?
E sua equipe? Assim como a definição da compra ou não de um
produto se dá muitas vezes em razão do atendimento de quem
faz a venda, na política não é diferente. Você pode ser um exce-
lente ‘‘produto’’, mas se não tiver uma abordagem correta, não
tiver quem o ‘’carregue’’ de forma correta, não terá êxito.
FUTURO
O que eu ganho em votando no candidato A, B ou C? O
que ele resolverá em minha vida, no meu bairro, para o meu
grupo? Qual o sentido de esperança que tenho escolhendo este
partido? Não há como negar que o eleitor é bairrista, em 99%
das vezes ele deseja saber o que o prefeito, o vereador e quem
sabe até o deputado fará no bairro dele, na rua dele. E neste
exato momento que pensamos na questão das propostas, com-
promissos, que devem nortear a construção dos porquês efeti-
vamente.
INDIFERENÇA
Aqui o eleitor não sabe quem são os candidatos efetiva-
mente, e sua cabeça está direcionada para outros assuntos. Isso
se dá muitas vezes meses antes da eleição efetivamente come-
çar. É por isso que uma boa pesquisa quantitativa questiona o
indivíduo se ele conhece ou não um candidato, e se um candida-
to X poderia ter um voto certo, variável ou uma rejeição total.
INDEFINIÇÃO
Começa a eleição ou estamos muito próximo disso. Os
eleitores têm algumas informações que dão um ponta pé men-
tal para iniciar um processo de escolha.
INDECISÃO
Esta é a fase mais longa e que deve permear a mente das
pessoas muito provavelmente até às vésperas das eleições para
cargos proporcionais principalmente. O voto para vereador e
deputado é sem dúvida escolhido ‘’em cima do laço’’.
SIMPATIA
O eleitor já está muito tendencioso a escolher A e B, res-
tando muito pouco para a decisão final. Nesta fase reside uma
ação importante utilizada por alguns partidos ou candidatos, o
chamado ‘’voto útil’’, que nada mais é do que dizer ao eleitor
que ele não deve desperdiçar seu voto com alguém que não tem
chances de vencer.
CRISTALIZAÇÃO
Por fim, ninguém mais subtrai uma escolha, seja pelo mo-
tivo que for. E é interessante pontuar que dos grupos etários,
os que são menos susceptíveis a uma mudança são os jovens
– eles se ligam fortemente a alguem seja por ideologia, apreço/
diálogo, empoderamento e ao contrário das pessoas de meia
idade ou mais velhas, não tem filhos, e por isso se preocupam
menos em vantagens econômicas.
OS 05 TIPOS DE ELEITORES
1. CRISTALIZADOS A FAVOR
Eleitores que certamente votarão no candidato. Este gru-
4. INCLINADOS CONTRA
Eleitores que poderão votar em um candidato concorren-
te. São aqueles que conhecem um candidato adversário, sim-
patizam com ele e admitem a possibilidade de votar nele. Os
eleitores desse grupo até podem mudar de opinião, mas será
necessário um esforço enorme de convencimento. Relação cus-
to/benefício apertada, recomendando cautela no investimento
em busca de votos duvidosos.
5. CRISTALIZADOS CONTRA
Eleitores que certamente votarão em candidato adver-
sário. Não vale a pena investir nesse grupo. São os eleitores
que simplesmente rejeitam o seu nome ou conhecem bem outro
candidato e até fazem a defesa dele de forma espontânea. En-
tão, a chance de mudarem o voto é praticamente nula, somente
circunstâncias externas de grande impacto poderiam fazê-los
mudar de opinião.
O VICE
Será candidato a prefeito, governador ou presidente? Já
escolheu seu vice? Ou você mesmo será candidato a vice? A
importância desse cargo é alta e deve estar sempre estruturada
O PRÉ-CANDIDATO
Quando um candidato deve se lançar pré-candidato antes
do tempo? (Falar publicamente, abertamente sobre isso).
c) Quando ele sabe que no fundo não sairá, ou até não po-
derá *(questões de força política ou dinheiro) e faz isso apenas
para ‘’vender caro’’ o recuo futuro. Ex: vários casos no país, o DF
está passando por isso bem nitidamente agora.
Covas em 2012.
- Mostrar o problema;
- Apresentar soluções;
CONSTRUINDO A
CAMPANHA: INFORMAÇÃO,
PLANEJAMENTO E AÇÃO
E
sse é o tripé essencial para qualquer montagem de
campanha eleitoral profissional. Sem isso, não há
como iniciar um trabalho sério.
I. INFORMAÇÃO
Esta é a linha de largada de qualquer campanha eleitoral,
seja de síndico de prédio a presidente da república.
- Pesquisas internas
- Pesquisas externas
- Dados estratégicos
- Monitoramento de redes
II. PLANEJAMENTO
Definição: Fazer o plano ou planta de; projetar. 2) Con-
jecturar; tencionar. 3) Traçar; elaborar projeto ou roteiro de;
planificar. (Novo Dicionário da Língua Portuguesa – Ed. Rideel).
- Mapeamento territorial
- Organograma funcional
- Orçamentos calculados
III. AÇÃO
Através de vários dados e informações em mãos, alinha-
do a um planejamento sério e transparente, somente aí é pos-
sível um candidato saber o que falar, para quem, onde, de que
forma etc. Vamos a algumas ações da campanha:
P
ara conseguirmos realmente conhecer o candidato,
tudo e todos que estão próximos a ele, somente atra-
vés da realização de um bom levantamento de dados e infor-
mações, em sua maioria subjetivos, a fim de que o diagnóstico
da campanha seja completo. Isto é, não podemos nos basear
somente em ‘’ aparências e vestígios’’, e também naquilo que
resultará da pesquisa externa (o que pessoas mais distantes do
político dirão sobre ele, quem o rodeia etc.). É preciso investi-
gar profundamente.
BRIEFING
Questionário com os assessores ou colegas de trabalho
(para que não tem mandato), amigos e familiares – exemplo
posto a seguir:
Informações gerais
Nome:
Endereço completo:
E-mail:
Telefones de contato:
Idade:
Formação:
essa situação).
2.É alguém que não quer ajudar, mas sim resolver os pro-
blemas das pessoas, é visto como um ‘’ salvador’’, corajo-
so demais – alguém que faz e acontece (HEROI).
A PESQUISA EXTERNA:
CONHECENDO O AMBIENTE
EXTERNO
C
omo diz meu amigo e consultor especializado em pes-
quisas eleitorais, Henrique Cézar Barros (HC7), pes-
quisa é uma fotografia do momento. Para compreender melhor
algo é sempre necessário acompanhar as imagens que estão
contidas no álbum de fotos ou na formação de um filme que
tenha começo, meio e fim.
- Transferência de votos/Recepção;
Cargos majoritários
Já se você é candidato a um cargo majoritário como
prefeito, certamente poderá fazer inicialmente uma pesquisa
quantitativa como ponto de partida e observar informações
como nível de conhecimento e rejeição, com devidos porquês
O FLUXO DE PESQUISA
Durante o processo eleitoral devemos cumprir um crono-
grama programado de avaliações para poder conseguir mensu-
rar de forma técnica as informações da campanha.
OS RESULTADOS
Ao apresentar a avaliação/análise de uma pesquisa é pre-
ciso o candidato ter alguns cuidados importantes:
MODELO 1
PESQUISA QUANTI PARA CAMPANHA DE PREFEITO
DADOS ESTRATÉGICOS
PARA OS CANDIDATOS
S
ão muitas as informações que necessitamos levantar
antes do início efetivo de uma disputa político-elei-
toral. A quase totalidade destes dados são facilmente encon-
trados, inclusive na internet – sites dos TRE, TSE, IBGE, dentre
outros.
Grupos
atingidos Breve resumo
Participantes
na cidade de das ações
ZZZZZ
A ANÁLISE CONJUNTURAL
P
ara conseguirmos compreender como será o verda-
deiro enredo da campanha (com todos seus emara-
nhados de possibilidades), precisamos entender não só tudo
que foi levantado nas pesquisas internas, externas e nos dados
estratégicos que temos em mãos, como também acrescentar da-
dos pertinentes ao local onde será o palco da disputa. Isto é,
fazer um estudo que comporá as seguintes informações:
- Conjuntura política;
- Ambiente social;
- Momento econômico;
- Contexto histórico-cultural.
Candidato – João
Pontos fortes Pontos fracos
Oportunidades Ameaças
% pesquisa externa
Imagem do Candidato
(votação, rejeição, conhecimento etc)
Oportunidades Ameaças
% pesquisa externa
Imagem do Candidato
(votação, rejeição, conhecimento etc)
Oportunidades Ameaças
% pesquisa externa
Imagem do Candidato
(votação, rejeição, conhecimento etc)
A TEMÁTICA DA CAMPANHA:
IMAGEM, POSICIONAMENTO,
DISCURSO E A PLATAFORMA
Vamos a elas:
PAI / MÃE
Aquele ou aquela que cuida das pessoas, tem forte pre-
sença social assistencialista, ajuda sua comunidade. Normal
HERÓI / HEROÍNA
Aquele ou aquela que se apresenta como solucionador
de todos os problemas, ele resolve, faz, é um desenvolvedor,
visionário, corajoso. Ex: Fernando Collor, Ciro Gomes e Jair Bol-
sonaro.
LÍDER CHARME
Aquele ou aquela que conquista as pessoas pelo charme,
inteligência, simpatia, discurso etc. Normalmente homens e mu-
lheres que tem um encantamento performático, que seduzem
pela sua presença. E aqui não reside apenas o conceito ‘’ bele-
za’’, mas sim o envolvimento pela figura pessoal, seja através
da imagem que chega ao eleitor. Ex: Barack Obama e Juscelino
Kubistchek.
HOMEM/MULHER SIMPLES
Aquele ou aquela que nasce das massas para comandá-
-las, conhece a pobreza porque já foi pobre, identifica-se com
o povo. Suas vestimentas, seu palavreado, a forma como se ex
Posicionamento: Posicionamento:
visão de futuro diferente e uma experiência e competência para
pessoa diferenciada na política; fazer mais e melhor;
Candidato X
Posicionamento: defensor da família e da igreja evangélica Y
O plano de governo/mandato
Documento em que os candidatos devem materializar
suas propostas e obrigatório desde 2009 a apresentar em dis-
putas de cargos executivos (prefeito, governador e presidente)
de acordo com a Lei 9.504/97, está na lista dos documentos que
o candidato precisa enviar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
assim como a prestação de contas da campanha.
-
-
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-
-
Imagem reprodução da internet - Campanha Fernando Haddad 2012,
plano de governo segmentado
O MAPEAMENTO
TERRITORIAL E POLÍTICO
O
nde estão meus eleitores, meus votos, aqueles que
ainda preciso conquistar e quem não devo me im-
portar, já que não interessa para a estratégia da campanha?
Quantos votos tenho hoje? E os meus adversários? Aliás, onde
estão concentradas as forças de ação e propaganda dos meus
concorrentes?
último, podemos ter pessoas que não são jornalista, mas que
tem influência grande sobre os formadores de opinião a depen-
der do que produzem no Facebook, Twitter, etc.)
Reprodução. Software Polis IP. No sistema é possível observar onde estão localizados nos-
sos apoiadores em todos os níveis (líderes de bairro, políticos com mandato, cabos eleito-
rais, partidários, dentre outros).
Escola
Aparecida 1˚ 450 21 12
Joana
Santo
Escola
Antônio 2˚ 340 13 25
André
Marques
Faculdade
3˚ 232 17 19
Modulo
ORGANOGRAMA:
A EQUIPE SELECIONADA,
TREINADA E MOTIVADA
N
unca se esqueça disso: um candidato poderá ser vito-
rioso com pouca propaganda, pouco tempo de ação e
até pouco dinheiro. Com poucas pessoas (trabalhando, apoian-
do), será uma tarefa quase praticamente impossível. E se pen-
sarmos em pessoas, em operadores da campanha, teremos que
imagina o seguinte cenário:
Exemplo de organograma
OBSERVAÇÕES
1. Nas campanhas menores ou com estrutura redu-
zida financeiramente falando, pode-se ter mais de uma
pessoa ocupando uma mesma função. O importante é ter
um responsável definido por cada área e subárea.
ÁREAS PRINCIPAIS
Candidato – O centro da campanha, sua função é pedir vo-
tos apenas. Obs.: Se o candidato estiver preocupado em operar
as outras áreas da campanha (administrativa, estratégica etc.),
muito provavelmente sua jornada não será exitosa. É preciso
encontrar as pessoas e centralizar o poder na mão da coorde-
nação.
SUBÁREAS
(Área 1) Assessor pessoal – Auxiliar para várias questões
pessoais e políticas, dentre elas a agenda. Um motorista e al-
guém da família também entraria neste grupo de apoiadores
diretos.
- Apresentação de pesquisas;
Fogos de artifício
Som
Distribuição de bandeiras e
material para os militantes
CRONOGRAMA:
O PASSO A PASSO PARA A
VITÓRIA
S
e pensarmos numa jornada difícil, como é uma cam-
panha eleitoral, não há como chegar ao êxito sem não
planificar o início, meio e fim. Mais do que isso, devemos tam-
bém ter muito cuidado com a parte jurídica, principalmente na
pré-campanha e em razão da eleição no Brasil ser fascicular,
isto é, de dois em dois anos há mudanças naquilo que pode e o
que não pode ser feito pelos candidatos e seus cabos eleitorais.
• A pré-campanha;
• Início;
• Desenvolvimento;
• Final.
PRÉ-CAMPANHA
(O que você deve fazer a partir de no mínimo 12 meses
antes do início da eleição).
INÍCIO
(Os 7 primeiros dias)
Legalização da candidatura
Lançamento/apresentação da candidatura
DESENVOLVIMENTO
(30 dias seguintes)
FINAL
(Os 8 últimos dias)
ORÇAMENTO:
É PRECISO SABER
ARRECADAR E GASTAR
D
e acordo com o ex-presidente norte-americano, John
Kennedy, 50% do que é gasto numa campanha elei-
toral é desperdiçado. Resta a quem fará o planejamento orça-
mentário, calcular bem tudo que está sendo gasto (em outras
palavras, não jogar dinheiro pela janela). Isto é, o que realmen-
te é necessário e compatível ao cargo desejado para um local
específico e o que não vale a pena investir.
IMPORTANTE SABER
- 70% deve ser gasto do meio da campanha para o final.
Nada adianta começar a mil por hora, e depois não se conse-
guir manter o fôlego. Seria como alguém que sai em disparado
na corrida da São Silvestre, ultrapassando os famosos fundis-
tas quenianos, e depois de 5 km não tem fôlego nem para ca-
minhar. Até porque um candidato inteligente espera os outros
crescerem para observar onde deve atacar....
A COMUNICAÇÃO
ELEITORAL
L
evar a mensagem correta ao eleitor, sem ruídos, utili-
zando-se de canais diferentes e harmônicos. Essa é a
maior missão de quem cuidará da comunicação numa disputa
político-eleitoral.
PARTE I
Materiais impressos
- As 04 imagens (linha de equilíbrio, qual imagem? Pai?
Herói? Líder Charme? Homem simples?)
Imagem: Reprodução
Gibi
- Fácil leitura e compreensão
oportunas
Cartas
- Contato mais direto e íntimo com o eleitor.
PARTE II
Inserções do candidato proporcional.
a) Gravação de vídeo
b) Gravação de áudio
PARTE III
Assessoria de Comunicação
Entrevistas (no início da campanha, divulgando os moti-
PARTE IV
Outros
Agenda de Eventos
A pessoa responsável pela marcação de compromissos e
eventos do candidato sem dúvida não é a mesma que fará a
assessoria de imprensa. Há alguns casos até em que é possível
conciliar os dois cargos, certamente nas equipes mais enxutas.
Entretanto, havendo uma separação nítida, deve o assessor de
imprensa auxiliar essa área não só na produção de matérias,
fotos e vídeos (geração e armazenamento de conteúdo), mas
também na observação dos objetivos.
Gráfico que ilustra o uso de storytelling nos debates entre os candidatos norte-americanos
Hillary Clinton e Donald Trump em 2016. Fonte: Quantified Communications.
Storytelling
Fonte: https://www.brunoscarto.com.br/blog/2018/1/8/
dicas-rpidas-para-candidatos-que-querem-utilizar-storytelling
A PROPAGANDA ELEITORAL
A
ntes de adentrarmos na construção dos elementos
importantes que carregam imageticamente a mensa-
gem do candidato, devemos nos ater às leis que regem a pro-
paganda política. Conceitos estes derivados da obra ‘’ A Propa-
ganda Política’’ de Jean Marie Domenach, que estudou autores
com diferentes vertentes sobre o mesmo assunto: Serge Tcha-
khotine, A. Sauvy, De Felice, Bartlett, Lenin, Goebbels, Gustave
Le Bon, Walter Lippman, H.D. Lasswell. Vamos analisar a seguir
estes conceitos.
2. Lei da orquestração
A repetição constante de temas nos mais variados meios
de difusão – rádio, tv, internet, materiais impressos, discurso
falado. Goebbels dizia: ‘‘A igreja católica mantém-se porque re-
pete a mesma coisa há dois mil anos. O estado nacional – socia-
lista deve agir analogamente”.
5. Lei da transfusão
É mais fácil eu inocular uma mensagem dentro da mente
da população, a partir de algo que já faça parte do seu cons-
ciente ou até inconsciente. Isto é, a maioria dos candidatos bus-
ca nas declarações ou reclamações de populares justificativas
e sustentação para apresentar suas propostas. Essa estratégia
gera na população uma sensação de que seus anseios estão
sendo escutados.
6. Lei do contraste
Para fortalecermos aquilo que desejamos na mente das
pessoas, é extremamente importante que trabalhemos muito
na negação de algo. Isto é, se precisamos enaltecer a luz, pre-
cisamos mostrar de forma bem forte a escuridão – criar con-
trapontos. Isto é, a fixação de uma ideia, ou de uma imagem,
7. Lei da Contrapropaganda
Assinalar os temas do adversário, atacar os pontos fracos,
jamais atacar frontalmente a propaganda adversária quando
for poderosa, atacar e desconsiderar o adversário e colocar a
propaganda do adversário em contradição com os fatos. Para
tanto utilizar-se de todos os artifícios do discurso falado e im-
presso, em que imperam a presença ou não do candidato: posi-
cionamentos de fala e texto, memes digitais, vídeos montados,
desenhos e quadrinhos etc.
A CONSTRUÇÃO DA PROPAGANDA
Slogan, Símbolo, Jingle e Fotos. A partir destes quatro
componentes conseguimos montar o arcabouço da propaganda
de qualquer candidato. Somado a isso, as cores que mais forta-
lecerão sua candidatura, sua imagem, seu partido.
SLOGAN
De acordo com o consultor político americano Rick Ridder
‘’ a repetição exaustiva de quatro ou cinco palavras ‘quentes’
(slogan), como por exemplo, um adjetivo forte, em tudo que
estiver relacionado ao candidato – discursos ou malas-diretas -
levam o eleitor a, inconscientemente, identificá-lo com elas... O
slogan deve conter o contraste que favoreça o candidato’’.
3.Definir o candidato
5.Transmite otimismo.
6 . É simbólico
JINGLE
E o jingle eleitoral? O que ele tem a ver com o slogan?
Tudo. Se o slogan é a ideia central da disputa, o jingle é a sua
expressão na forma musical, sonora. Como dizia o falecido pro-
fessor e marquetólogo Cid Pacheco, ” Jingle é um anunciado
cantado”. Para o pesquisador da área, professor Carlos Manha-
nelli, o jingle surgiu somente no ano de 1929 na eleição de
Júlio Prestes com a música “Seu Julinho vem”. De acordo com
ele “toda canção para se caracterizar um jingle eleitoral precisa
realçar as qualidades do candidato. Caso assim não seja, é con-
siderada apenas uma música de contrapropaganda”.
É Lula de novo,
Com a força do povo
É Lula de novo,
Com a força do povo
É Lula de novo,
Com a força do povo
É Lula de novo,
Com a força do povo”.
Reprodução. youtube.com
o tema.
IMPORTANTE SABER
SÍMBOLO
Se as músicas têm a função de materializar as mensagens
em objetos audíveis, sonoros, os símbolos traduzem em figu-
ras, imagens à população também o conceito da candidatura.
Na mesma campanha de 1960 de Jânio Quadros, a vassoura
ganhou as ruas. Pouco visto nas últimas eleições presidenciais,
o símbolo é um artifício que normalmente encarece os orça-
mentos e que só deve ser utilizado quando há uma oportuni-
dade clara.
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
FOTOGRAFIA
“Assim, pode-se dizer que todo o ato de linguagem está li-
gado à ação mediante as relações de força que os sujeitos man-
têm entre si, relações de força que constroem simultaneamente
o vínculo social” (CHARAUDEAU, 2006). Com relação à lingua-
gem adotada pelos políticos, é apresentado que o mais correto
é trabalhar com argumentos de razão e paixão, sendo que toda
a escolha é minuciosamente articulada. Também segundo Cha-
raudeau, o político é assim conduzido implacavelmente a fazer
o triplo papel de ator, de personagem e de pessoa: como ator,
mostra sua imagem, na verdade, seu carisma; como persona-
gem, desempenha plenamente seu papel de político no exer-
cício de suas funções; como pessoa discretamente destilada,
mostra que não é menos humano, que tem sentimentos como
os demais.
Foto institucional
Foto de frente que enfoque o rosto (lembrar da questão
número x face).
Foto: Reprodução
Foto conceitual
É a imagem que se deseja projetar (honestidade, compe-
tência, seriedade, energia, experiência etc.). Muitas vezes a foto
institucional pode ser usada também. Para esse tipo de constru-
ção, usa-se muito fotos em diagonal e perfil.
Foto: Reprodução
Foto familiar
A foto da família traz alguns componentes importantes ao
candidato: mostrar seu lado menos ‘’ formal’’ e menos ‘’ duro’’,
mostrando como ele é no dia a dia, colocando mais carinho e
ternura na imagem da campanha. É importante para mostrar
que ele tem o apoio de quem está mais próximo (algo funda-
mental no processo eleitoral) e também em razão do conser-
vadorismo de nossa sociedade, principalmente em cidades do
interior. ‘’ Olha lá, ele é primo do João, tio da Joana...etc.’’, iden-
tificação social.
Foto: Reprodução
Reprodução. facebook.com
Foto popular/apoio
Fotografia com o povo, com as massas, mostrando ser ele
uma pessoa popular, com grande apoio – liderança.
Foto: Reprodução
Foto política
É muito importante ao candidato construir na mente do
eleitor – através de imagens – a identidade política que deseja,
e justamente aquela que irá buscar em sua eleição ou reeleição.
Veja abaixo as diferenças:
Fotos: Reprodução
Foto: Reprodução.
ESTRATÉGIAS DIGITAIS:
COMUNICAR, INFLUENCIAR,
PERSUADIR, MOTIVAR,
MOBILIZAR, ATACAR E
DEFENDER
(Clay Shirky)
que vem pela frente, seja qual tamanho for – uma simples canoa
ou um transatlântico. E conduzindo este, aí sim, de preferência
um marinheiro preparado, instruído, treinado. Ou melhor, uma
embarcação inteira...
VÍDEOS
Se as imagens seduzem e encantam, os vídeos propor-
cionam o encontro de propostas, bastidores, engajamento e
histórias singulares. Ao menos deveria ser assim. O fato é que
uma boa campanha deve mesmo se servir de muitos e muitos
vídeos, sejam eles espontâneos ou mesmo produzidos. A seguir
algumas ações e estratégias importantes:
AO VIVO E A CORES
Uma pesquisa diz que nós temos por volta de 9 segundos
para impactar alguém na rede social (estamos concorrendo com
memes, vídeos engraçados – é necessário então sermos criati-
vos, trazer utilidade, relevância).
O MUNDO DO ENTRETENIMENTO
Você sabia que cerca de 90% dos internautas interagem
com memes, stickers? Pois é, sua campanha precisa também
ter muito de humor, alegoria, ‘’sair da caixa’’. A palavra meme é
grega, significa “imitação”, mas na era da internet ganhou outro
significado. Memes são um fenômeno que se refere a tudo que
viraliza, seja um vídeo, uma imagem, frase, ideia, sempre tendo
em comum o bom humor.
6. Tenha relevância
Obs: Saiba que nem tudo que você acha que divulga
realmente chega para as pessoas, isto é, nem tudo o que uma
fan page publica é lido pelos usuários. O Facebook organiza
as informações no feed de notícias dos perfis pessoais com
a ajuda do algoritmo Edge Rank. Esse sistema faz a curado-
ria das informações baseado em interesse e relevância. Con-
forme explica o Facebook neste material, quando as pessoas
se engajam com a sua publicação, os amigos delas poderão
ver a interação na forma de uma história em seus feeds de
notícias, o que acaba por aumentar o alcance.
Facebook
Quem está no facebook e porquê?
Reprodução. facebook.com
Reprodução. facebook.com
Instagram
Certamente o instagram é o local onde todos somos fe-
lizes, bem sucedidos, amáveis, adorados, não é mesmo? Pois
bem, o cenário mudou e agora a média de duração de um
vídeo no Instagram é de 25 segundos, o que significa um au-
mento de 67% no tempo dedicado a atrair, encantar e conver-
ter leads e clientes.
Whatsapp
Sem dúvida a principal arma de comunicação, persuasão
e mobilização de uma campanha eleitoral. Através dele conse-
guimos atingir não só pessoas que estão distantes num municí-
pio, mas também faixas etárias diferentes.
Youtube
De acordo com uma pesquisa realizada pela Cisco*, até o
ano de 2021 a expectativa é de que os vídeos representem 82%
do tráfego no mundo. O Youtube, mais do que um depositório
de arquivos e uma ferramenta importante para a busca de in-
formações sobre candidatos (só perdendo para o Google), quan-
do bem trabalhado através de um canal com frequência de pu-
blicações tematizadas e relevantes torna-se importante aliado
dos candidatos. E não só a eles diretamente, mas na construção
de mídias de apoio – canais que comentam e influenciam sobre
uma determinada pessoa (algo muito forte na pré-campanha
presidencial de Jair Bolsonaro).
*Fonte: https://www.cisco.com/c/en/us/solutions/col-
lateral/executive-perspectives/annual-internet-report/whi-
te-paper-c11-741490.html
Twitter
Canal de comunicação cujo objetivo central é informar,
não persuadir. Voltado principalmente para a imprensa e in-
fluenciadores de opinião (público-alvo), não permitindo impul-
sionamento. Sua abrangência está mais restrita a campanha de
porte maior, tendo em vista que seus usuários são mais quali-
ficados.
Linkedin
Se você, candidato, tem uma profissão ou carreira volta-
da para a área de negócios e relacionamentos institucionais,
sem dúvida é uma rede importante para se estabelecer. Ele é
na verdade o maior espaço virtual para conexão e networking,
fortalecimento de credibilidade profissional e produção de in-
formações com conteúdo mais centrado em opiniões (artigos).
Tiktok
O TikTok é um dos aplicativos mais populares do mundo,
uma rede social que vem batendo recordes de downloads em
todo o mundo. O aplicativo já superou o Instagram nos Estados
Unidos e vem chamando a atenção do público e também das
empresas. A essência é a seguinte: os usuários gravam vídeos
com duração de até 15 segundos e podem escolher entre um
banco de dados de músicas e efeitos visuais ou sonoros.
Reprodução. canaltech.com.br
Newsletter
Sim, o e-mail não está morto ainda! Um dos pontos im-
portantes no envio de um newsletter (mala direta ou também
conhecido como e-mail – marketing) é:
Clipping e Monitoramento
- Acompanhar os debates nos grupos existentes e vincu-
lados ao candidato.
Reprodução: google alerta, uma ferramenta poderosa e gratuita para candidatos e suas
equipes monitorarem nomes e assuntos na internet.
A CONTRAPROPAGANDA NA WEB
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Imagem: Reprodução
Modelos de conteúdo
- Datas comemorativas (Muleta de conteúdo, fuja disso...
só utilizar quando realmente tiver sintonia, ligação total
com o candidato).
- Divulgação de eventos/lives.
Formatos de conteúdo
VÍDEO (Utilizado para transmitir informações mais com-
pletas, storytelling, gestão de crise, depoimentos de terceiros,
apresentação de problemas e soluções in loco, factual de even-
tos, jingle, programas de tv etc).
GIF (Por ser um arquivo leve para ser enviado nas redes,
importante utilizar no whatsapp principalmente, conseguindo
então em grande parte substituir o vídeo na apresentação de
algo como propostas).
Calendário de conteúdo
Após estruturarmos tudo, com conhecimento de causa de
todo o cenário, vamos colocar a mão na massa...
Exemplo:
MOBILIZAÇÃO, A CHAVE DO
SEGREDO ESTÁ AQUI
E
stas duas frases de um grande mestre do marketing
político, prof. Tadeu Comerlatto traduzem bem o que
deve ser o pensamento sobre uma das partes mais importantes
de uma campanha eleitoral: a mobilização. Isto é, como fazer
com que pessoas carreguem espontaneamente a mensagem e a
imagem do candidato?
A CAMPANHA NA RUA
Após termos construído todo o conceito da campanha e
as peças que farão parte do dia a dia dos eleitores (plaquetas
e cartazes de um metro quadrado, adesivos, músicas etc.), es-
tabeleceremos nas ruas, casas e demais locais nosso posiciona-
mento e discurso. Para isso, as ações de comunicação e propa-
ganda nas ruas das cidades têm alguns objetivos estratégicos e
solidificados:
A) Aproximação
A primeira coisa que você deve fazer é chegar até o elei-
tor, seja por qualquer circunstância: apresentando um problema
de um bairro através de um vídeo, impulsionando uma foto com
um cachorro no instagram para público-específico ou escreven-
do um depoimento de algo pessoal marcante que sensibilize as
pessoas. O eleitor ao notar sua existência poderá saber o que
você efetivamente representa como imagem, mensagem, posi-
cionamento e então se interessar por algo que defende (causa,
luta, segmento que representa ou mesmo algo que você tenha
de qualidade como simpatia, inteligência etc).
B) Persuasão e Motivação
Se no início deste encontro com o eleitor você mostrou
o problema, agora poderá trabalhar a solução de forma mais
contundente ou mesmo se apresentar melhor, construir a narra-
tiva da sua trajetória pessoal. Para candidatos de nicho, que de-
fendam algo específico (bairro/cidade, segmentos, bandeiras),
é notável que seja observado em você liderança, conhecimento
de causa, envolvimento de outras pessoas – mostrando que não
está sozinho nesse barco. Há muitos que irão lhe conceder um
voto apenas por gostar da sua pessoa, como lida com situações,
o que fala e pensa. Os influenciadores digitais e youtubers que
o digam...
C) Ação e Valorização
Por fim deverá motivar e mobilizar as pessoas a se enga-
jarem com você candidato para lutar por algo, resolver alguma
situação etc, problemas que são pertinentes a um grupo ideoló-
gico, geográfico ou temático.
Dicas importantes
- Criar cartões digitais do apoiador com o candidato para
disseminar informação, inclusive gravar vídeos e fazer
artes também com os dois (as pessoas acreditam 70% na
boa avaliação de um amigo, muito mais do que a propa-
ganda do próprio candidato).
INDECISOS
INCLINADOS
CONTRA
CRISTALIZADOS
CONTRA
EVENTOS POLÍTICOS
Comícios e caminhadas
São as formas mais tradicionais de divulgação política.
Por serem momentos de intensa exposição do candidato, dei-
xando-o sujeito a todos os tipos de provocações, precisam ser
programados em todos os seus detalhes.
Carreatas
O ideal é que elas ocorram mais para o final da campa-
nha a fim de mostrar força do candidato (volume de gente) e
fortalecimento territorial (é necessário escolher o local onde
serão feitas, distribuídas num cronograma e alguns preceitos
como: itinerário definido, respeito à legislação, carros de som
intercalando os outros veículos, pessoas distribuindo carro de
som, equipe de fotografia e filmagem para gerar informações
principalmente nas redes sociais.
Panfletagem
As pessoas que estão na rua entregando materiais im-
pressos do candidato não podem ser contratadas sem ao menos
saberem:
- Biografia/histórico de vida.
GERENCIAMENTO DE
CRISES
O
que é uma crise de fato? Certamente não é um pro-
blema em que você consegue facilmente administrar,
e sim algo que quebra uma rotina, um processo, que rompe com
a normalidade de alguém ou algo.
DEBATES E ENTREVISTAS
O
sucesso eleitoral advém mais do que conhecer o ad-
versário – suas forças e fraquezas – é também en-
tender profundamente quais as fragilidades e potenciais cada
um guarda em si. E isso invariavelmente passa não só por um
mergulho no eu interior, e a própria existência da candidatura,
como também como o posicionamento e a mensagem do can-
didato conseguirão ser testados, avaliados e entendidos pelo
grande público.
FAÇA CORRETO!
Ao conceder uma entrevista para um repórter televisivo:
JÁ NA RÁDIO...
- Lembre-se que normalmente as pessoas que estão lhe
ouvindo provavelmente não estão acompanhando a en-
trevista desde o seu início. Portanto, além de falar com
calma, dar exemplos, explicar pontualmente, fale aquilo
que é o mais importante algumas vezes, e não apenas
uma vez.
PLANEJAMENTO PRÁTICO:
MÃOS À OBRA!
A
partir do cenário que enxergamos na campanha, me-
dindo todas as forças e fraquezas, oportunidades e
ameaças, o próximo passo é desenvolver um plano de ações
direcionado para minimizar/resolver/saber se defender dos
problemas e dinamizar as forças e oportunidades, que muitas
vezes estão enfraquecidas.
O PLANO DE MARKETING
O candidato e adversário(s)
Histórico/Biografia;
Dados estratégicos
Pesquisas internas e externas (quanti e quali), a depen-
der do cargo;
Dados TSE e Partidos;
Pesquisa na imprensa, reputação e posicionamento no
google, redes sociais;
Mailing imprensa / Mídia ataque e defesa.
O conceito da campanha
Posicionamento/bandeira/imagem/discurso (quais seus
diferenciais, por quem luta ou lutará);
Público-alvo
Quem é meu eleitor, onde ele está, como consome infor-
mação, quem o influencia, o que ele busca/necessita, de-
seja e anseia .
Metrificação de apoiadores/detradores/sentimentos/de-
mandas/temas oportunos;
Monitoramento de redes.
Cronograma
Fases definidas para cada etapa (ação, quando/prazos,
quem faz/envolve, de que forma, objetivos). Obs: Estra-
tégia – tática – operação.
Organograma
Mapeamento de apoiadores, contratados, equipe (seleção,
comunicação, mobilização e acompanhamento). Quem faz
o quê, quando, de que forma, quem fiscaliza, avaliação.
Orçamento
Estratégias de arrecadação / vaquinha a partir de Maio;
Contratação de Equipes;
N
uma eleição majoritária, principalmente de prefeito
e governador, há uma forte tendência de uma família
votar unida. Já na eleição proporcional não. Isso se dá muito
por dois fatores:
ELEIÇÃO PROPORCIONAL
• Você já é conhecido na sua cidade/bairro, no seu grupo
de convívio/interesse (igreja, sindicato, time de futebol etc?).
Os 5 tipos de candidatos
- Aquele que se elege devido A ALTO GRAU DE CONHE-
CIMENTO ALCANÇADO VIA MÍDIA. Ex: Apresentadores,
influenciadores digitais, artistas, jornalistas, locutores etc.
DICAS FINAIS
- Ao acordar, se levantar e se olhar no espelho, o candida-
to deve pensar três coisas:
Sites consultados
<http://www.brunoscarto.com.br/blog/2018/1/8/dicas-rpidas-
-para-candidatos-que-querem-utilizar-storytelling/>
https://canaltech.com.br/redes-sociais/jovem-americano-faz-
-campanha-eleitoral-por-meio-do-tiktok-159380/>
<http://www.chicosantarita.com.br/>
<http://cilaschulman.wordpress.com>
<http://www.estadao.com.br/>
<http://www.facebook.com/>
<http://www.folha.com.br/>
<http://www.g1.com/>
<http://www.globo.com/>
<http://www.google.com/>
<http://www.ig.com.br/>
<http://www.michaelis.uol.com.br/>
<http://www.oglobo.com/>
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Slogan
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiral_do_silêncio
<https://postcron.com/pt/blog/estatisticas-do-instagram/>
<http://www.revistaepoca.globo.com/>
<http://www.terra.com.br/>
<http://www.twitter.com/>
<http://www.twiteleitoral.com.br/>
<http://www.valoronline.com.br/>
<http://www.veja.com.br/>
<http://www.vakinha.com.br/
<http://www.youtube.com/>