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Leitura Escrita e Oralidade 2

Avaliações:
- Prova;
- Artigo;
- Seminário de apresentação do artigo.

Revisão:

 A língua tem caráter social, cultural e histórico. Não se pode desvincular a língua dos
sujeitos, sua interação e condição social influencia e é influenciada pela língua. Assim, a
língua é fluida e uma prática social.

 O professor de Português é mediador das práticas de leitura, escrita e oralidade do aluno,


possibilitando que o aluno transite entre as diferentes situações de comunicação,
ensinando a gramática, sem condenar o aluno, respeitando as particularidades e
peculiaridades do aluno e valorizando suas experiências de uso da língua.

 Interação entre os sujeitos na leitura: o leitor é construtor de sentidos, está para além da
decodificação e decifração do código linguístico, o leitor faz antecipação, inferências e
verificações.

 Variações linguísticas: diatópicas (regionais), diacrônicas (históricas), diastráticas (social,


gírias, jargões) e diafásicas (estilísticas).

17-08

Propriedades do texto:

1. Coerência de sentido – relação entre as partes + contexto.


2. Início e fim. (delimitação)
3. Sujeito histórico.
Leitura:

a) Foco no autor: o texto é um produto do pensamento. Cabe ao leitor captar a mensagem,


exercendo um papel passivo.
b) Foco no Texto: assujeitamento. Texto é produto da codificação de um emissor e a
decodificação de um receptor. O leitor reconhece as palavras e a estrutura do texto.
c) Foco Autor-leitor-texto: sujeitos são atores sociais, ativos dialogicamente, se constroem e
são construídos no texto.

Interpretação Tirinha – Marielle Presente.

1. O texto usa de coerência? Como podemos percebê-la? Quais são os


mecanismos de coerência utilizados para a construção do texto como um
todo?
Sim, percebe-se a coerência na construção das imagens e personagens dentro do contexto
escolar, utilização do termo “presente” com sentidos diferentes e que se relacionam, uma
progressão de ações que geram o sentido.

2. Se voltarmos para o Contexto – em que contexto histórico o texto se


insere, quem são os sujeitos envolvidos?
No contexto do assassinato da vereadora Marielle Franco, que ocorreu em 2019, no estado do
Rio de Janeiro, a qual tinha uma postura de oposição ao governo vigente, o que motivou seu
“silenciamento” e a busca do encobrimento do crime. O fato teve grande repercussão
nacional devido a sua representatividade como mulher negra e ativista.

3. Quais os conhecimentos exigidos para a compreensão do texto? Que


bagagens o leitor precisa para a compreensão total do texto?

É necessário o conhecimento do contexto histórico, social, político, escolar, linguístico etc.

31-08

 Aristóteles fez a distinção de três gêneros, voltados para a literatura: epopeia, comédia e
tragédia.
 O estudo dos gêneros reflete e mostra o funcionamento da sociedade. Ele é constituído a
partir da sua função e sua forma.
 Não podemos concebê-lo como um modelo estanque nem como estrutura rígida, mas
como formas culturais e cognitivas de ação social corporificadas na linguagem.
 São entidade dinâmicas, cujos limites e demarcações se tornam fluidos.
Diferença entre gênero textual, tipo textual e domínio discursivo.

Tipo textual – define-se a partir da natureza linguística de sua composição. Modo/sequência. Ex.:
narração, descrição, argumentação, exposição, injunção.

Domínio discursivo – esfera da atividade humana, não abrange um gênero em particular, mas dá
origem a vários deles. Formações históricas e sociais que originam gêneros. Ex.: jurídica,
religiosa, jornalística etc.

Gênero textual – refere-se a textos materializados em situações comunicativas recorrentes.


Apresentam padrões sociocomunicativos característicos definidos por composições funcionais,
objetivos enunciativos e estilos concretamente realizados na integração de forças históricas,
sociais, institucionais e técnicas. Ex.: romance, bilhete, carta, resenha, piada etc.
São entidades: dinâmicas, históricas, sociais, situadas, comunicativas, orientadas para fins
específicos, ligadas a determinadas comunidades discursivas, ligadas a domínios discursivos,
recorrentes, estabilizadas em formatos mais ou menos claro. (Relativamente estáveis). As
diferenças entre um gênero e outro não são predominantemente linguísticas, mas funcionais.

Em geral denomina-se o gênero utilizando alguns critérios: forma estrutural, propósito


comunicativo, conteúdo, meio de transmissão, papéis dos interlocutores, contexto situacional.
Intertextualidade tipológica – hibridização ou mescla de gêneros em que um gênero assume a
função de outro.
Heterogeneidade Tipológica – um gênero com a presença de vários tipos textuais. Dentro do
mesmo gênero a presença da narração, exposição, argumentação.

Interfuncionalidade + intergenericidade:

Questão intercultural (além dos aspectos linguísticos).

Suporte – locus/lugar físico ou virtual com formato específico que serve de base ou ambiente de
fixação do gênero materializado como texto.
O suporte não é neutro, o gênero não fica indiferente a ele. O suporte não determina o gênero,
mas o gênero precisa de um suporte específico.

A linguagem e a internet
Características de acordo com Crystal 2001:
Linguagem – pontuação minimalista, ortografia bizarra, abundância de abreviaturas, estrutura
frasal pouco ortodoxa, escrita semianalfabeta.
Natureza enunciativa – integram-se mais semioses do que usualmente.
Gêneros: transmuta os já existentes e cria outros.

Gêneros e Ensino

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