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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 3

1.1. Objectivos ......................................................................................................................... 3

1.1.1. Objectivo geral .......................................................................................................... 3

1.1.2. Objectivos específicos ............................................................................................... 3

2. Visão geral da organização do ensino de Química .................................................................. 4

2.1. O Processo de Ensino-Aprendizagem e Tarefas do professor no ensino de Química...... 5

O processo de Ensino-aprendizagem de Química ....................................................................... 5

2.2. As tarefas do professor ..................................................................................................... 7

3. Ensino de Química e o contexto nacional ................................................................................ 8

4. O ensino de Química no contexto nacional ............................................................................. 9

5. Princípios didácticos e suas características .............................................................................. 9

Os Princípios didácticos ............................................................................................................ 10

5.1. Características dos princípios didácticos ........................................................................ 10

6. Conclusão............................................................................................................................... 13

7. Referências Bibliográficas ........................................................................................................ 14


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Introdução

Os programas de ensino constituem a base para o ensino de química nas escolas secundárias e
pré-universitárias. Definiram-se os objectivos da disciplina de química para cada ciclo, de cada
nível e classe e para unidade temática.

Os programas de cada nível contem ainda as indicações metodológicas de algumas actividades


principais em relação aos conteúdos e objectivos para os professores e para os alunos em cada
unidade temática. Tendo em conta o carácter experimental da disciplina de química com vista a
assegurar a articulação uma parte da teoria e a prática, o professor deve dedicar o seu tempo
lectivo do programa para o comprimento da realização de demonstração de experiências.

Desta forma o objectivo deste trabalho é de abordar acerca da visão geral da organização do
ensino de química, (PEA de química, ensino de química e o contexto nacional bem como os
princípios didácticos).

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Abordar a Visão Geral da Organização do Ensino de Química.
1.1.2. Objectivos específicos
 Descrever o processo de ensino e aprendizagem de química
 Estudar o ensino de química e contexto nacional
 Analisar os princípios didácticos e de ensino de química
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2. Visão geral da organização do ensino de Química


De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 63) os programas de ensino de Química
apresentam uma estrutura baseada em:
 Introdução:
Que contém linhas orientadoras do currículo do ESG, os desafios da escola, abordagem
transversal, as línguas no ESG e o papel do professor;
 O ensino e aprendizagem na disciplina de Química
Este item apresenta de forma sintética as estratégias de ensino de Química;
 Objectivos gerais da disciplina:
Este item apresenta as finalidades da disciplina de Química no ESG;
 Competências a desenvolverem no 1º e no 2º ciclo:
Neste item estão descritas as competências a serem desenvolvidas nestes ciclos;
 Objectivos gerais do 1º e do 2º ciclo:
Neste item estão mencionados os objectivos a serem alcançados nestes ciclos;
 Visão geral dos conteúdos do 1º e do 2º ciclo:
Neste item encontra todos os conteúdos a serem abordados no 1º e no 2º ciclo do ESG;
 A partir do ponto sete:
Encontram-se aspectos particulares para cada classe, tais como: objectivos da classe, visão geral
dos conteúdos de classe, unidades temáticas (sugestões metodologias e indicadores de
desempenho),
 Na parte final,
Apresentam-se as formas de avaliação: diagnóstica, formativa e sumativa.

Nos programas de ensino estão descritos os objectivos gerais para os vários ciclos ou classes e
respectivas unidades temáticas. O professor deverá fazer a correspondência dos objectivos gerais
com a matéria de ensino no sentido de obter os resultados no âmbito do saber, saber fazer e,
saber ser e estar (atitudes e convicções) através dos quais se buscam o desenvolvimento de
capacidades de cognitivas dos alunos, desdobrando-os em objectivos específicos de cada aula ou
conjunto de aulas.
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2.1. O Processo de Ensino-Aprendizagem e Tarefas do professor no ensino de Química


O processo de Ensino-aprendizagem de Química
O processo de ensino-aprendizagem caracteriza-se por uma interligação entre todos os
componentes da sua estrutura: os objectivos, a matéria de ensino (conteúdos), a acção de ensinar
(mediação pelo professor), a acção de aprender (assimilação activa da matéria de ensino), as
condições reais e concretas do ensino (as relações entre o professor- alunos e as condições
materiais da escola) e os resultados de ensino (os conhecimentos, as capacidades, habilidades e
as atitudes). (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 28).

Esquema 2: Relação entre os componentes do processo de ensino-aprendizagem.

Objectivos / competências básicas

-Conceitos, leis, teorias, etc.


Conteúdo

Alunos
- Apresentativo / Expositivo;
- Elaboração conjunta;
- Trabalho relativamente
Métodos independente;
- Trabalho em Projecto;
- Actividade experimental,
etc.

Tempo

- Livros;
Meio - Fichas;
- Modelos, etc.
Professor

- Planifica;
- Controla;
- Escolhe de Técnicas e Estratégias;
- Dirige o processo na base do
programa de ensino.
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Observando o esquema, constata-se que os conceitos ensinar e aprender implicam a unidade


entre ensino-aprendizagem. Não se pode analisar separadamente o processo de ensino-
aprendizagem, pois não é uma relação simples entre dar (por parte do professor) e receber de
maneira passiva (por parte do aluno). A aprendizagem é válida na medida em que os alunos
participam activamente na construção dos conhecimentos. No processo, o professor deve ter em
consideração as seguintes características principais, (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 29):

 Ensino como associação entre ensinar e aprender;


 Ensino como unidade entre instrução e educação;
 Ensino como processo social;
 Ensino como processo didáctico.

Assim, a finalidade do processo de ensino-aprendizagem é a de proporcionar aos alunos os meios


para assimilarem activamente os conhecimentos. Este tem uma estrutura complexa constituída
por objectivos, os conteúdos, os meios e os métodos.
Podemos definir o processo de ensino como uma sequência de actividades do professor e do
aluno, tendo em vista a assimilação de conhecimentos e desenvolvimento de habilidades, através
dos quais os alunos desenvolvem o pensamento independente.

Portanto, o ensino configura-se como um processo no qual se sequenciam e se desenvolvem uma


série de actividades do professor e dos alunos dentro e fora da sala de aula, no qual o professor
desempenha uma actividade mediadora entre os objectivos do ensino e os conteúdos escolares.
Isto é, a actividade do professor não se esgota apenas no cumprimento integral dos objectivos;
acima de tudo, o professor deve fazer com que, tal mediação signifique uma melhor qualidade do
ensino, aquela que corresponde, efectivamente, às necessidades de aprendizagem e ao
desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos.

Nesta perspectiva, ensinar e aprender não existem isoladamente, são duas faces do mesmo
processo. Ensinar e aprender constituem os dois processos didácticos básicos. Neste processo, a
tarefa principal do professor é garantir a unidade Didáctica entre ensino e aprendizagem, através
do processo de ensino. (CAMUENDO -& BATA, 2013, pág. 30).
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2.2. As tarefas do professor


De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 30) o trabalho docente, entendido como
actividade pedagógica do professor, busca os seguintes objectivos principais:
 Assegurar aos alunos o domínio duradouro dos conhecimentos científicos;
 Criar as condições e os meios para que os alunos desenvolvam capacidades e habilidades
intelectuais de modo que dominem métodos de estudo e trabalho intelectual, visando a
sua autonomia no processo de aprendizagem e independência de pensamento;
 Orientar as tarefas de ensino para objectivos educativos de formação da personalidade,
isto é, ajudar os alunos a escolherem um caminho da vida, a terem atitudes e convicções
que orientam as suas opções diante dos problemas e situações da vida quotidiana.

No processo de ensino-aprendizagem de Química o professor deve criar oportunidades para que


a assimilação da matéria tenha a sua base em ideias concretas. Na aula, é muito importante
transmitir aos alunos ideias vivas sobre a realidade e os objectos concretos (ex. substâncias e
reacções Químicas). Para que os alunos possam chegar a conhecimentos vivos acerca de objectos
podem seguir dois caminhos:
Primeiro através da observação (trabalho experimental)
E segundo através da capacidade imaginativa (modelos de átomos, figuras, esquemas,
etc.).

Na formação de ideias dos alunos mediante a actividade imaginativa, o professor deve estimular
a capacidade de análise, interpretação e descrição de factos e fenómenos. E na observação, o
professor deve orientar os alunos a dirigirem a sua atenção para as características mais
importantes dos objectos. (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 31).
Assim, a actividade do professor não se esgota apenas no cumprimento integral dos objectivos,
mas acima de tudo, ele deve fazer com que tal mediação signifique uma melhor qualidade de
ensino, aquela que corresponde efectivamente às necessidades de aprendizagem e ao
desenvolvimento das capacidades intelectuais dos alunos.
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3. Ensino de Química e o contexto nacional


3.1. O ensino de Química em Moçambique
A história da Educação em Moçambique é uma área ampla e complexa da realidade social, cujo
conhecimento e desenvolvimento requerem perspectivas de análise sobre o passado, presente e
futuro. (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 34).
Foram duas épocas marcantes na história do país. A primeira, conhecida como época socialista,
de 1975, período da Independência Nacional, a de 1987, período em que Moçambique aderiu ao
novo sistema económico e social onde se operaram várias mudanças nos sectores sociais como a
Educação. (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 34).
Assim, o sistema educativo em Moçambique só foi reestruturado no período de 1983 a 1994 com
a introdução do Sistema Nacional de Educação (SNE) através da lei 4/83, de 23 de Março e
revisto pela lei 6/92 de 6 de Maio.
Portanto, as reformas educacionais decorrem no sentido de mudar a visão da Ciência e a postura
do professor como dono da verdade absoluta no processo de ensino-aprendizagem. Nessa
realidade, o ensino da Química deve inserir-se numa perspectiva de desenvolvimento técnico,
científico e ético do país e do mundo. (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 35).

Nesta perspectiva, o que se deve ensinar aos alunos tem que ter em vista o conhecimento do
contexto onde eles vivem.
De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 35) Moçambique não possui uma tradição
de produção científica comparativamente com os países desenvolvidos, chamados do primeiro
mundo. Durante os anos da colonização, a Educação no nosso país caracterizou-se por um ensino
inadequado para a maioria da população, vincando-se mais os objectivos instrucionais do que
educacionais no sentido de educar-ensinar para a cidadania e para o trabalho. No processo de
desenvolvimento do país, ocorreram mudanças estruturais a todos os níveis e aquelas que dizem
respeito ao ensino de Química exigiram novas reconfigurações curriculares.
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4. O ensino de Química no contexto nacional


A Química no contexto é uma proposta que visa a mudança do ensino de Química meramente
informativa para uma Química formativa. A abordagem contextualizada permite que o aluno
associe o conteúdo estudado com a sua vida quotidiana.
Muitos alunos perguntam-se, por que tenho que estudar a Química? Para quê tenho que conhecer
fórmulas e símbolos químicos? Em quê tais conhecimentos serão úteis na minha vida?

Aprender a Química não é memorizar fórmulas e decorar conceitos. A Química contribui para a
melhoria da qualidade de vida das pessoas, por isso, aprender a Química é entender como esta
Ciência que envolve a actividade humana tem-se desenvolvido ao longo dos anos, como os seus
conceitos explicam os fenómenos que ocorrem na natureza e como podemos fazer o uso desse
conhecimento na busca de alternativas para melhorar a condição de nossa vida. (CAMUENDO
& BATA, 2013, pág. 36).
De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 37) o estudo de Química no nível
secundário vem sendo de forma predominantemente teórico. Assim, a abordagem no contexto
possibilita o aluno aprender a Química útil para a sua vida diária, ou seja os alunos deverão
privilegiar a resolução de problemas do quotidiano e, ao mesmo tempo, desenvolver habilidades
para viver em sociedade competitiva.
A abordagem contextualizada vai para além da mera motivação, pois leva os alunos a
entenderem os benefícios e as implicações sociais da Química e da tecnologia na sua vida e
permite o desenvolvimento de valores e atitudes para uma acção social responsável.
Os fenómenos químicos não se limitam naqueles que podem ser reproduzidos em laboratórios,
mas podem estar materializados nas actividades sociais, por exemplo, nas reacções químicas que
ocorrem no nosso dia-a-dia: fermentação, produção de corantes, combustões, produção de sabão,
produção de álcool (aguardente), entre outros.

5. Princípios didácticos e suas características


De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 42) o processo de ensino-aprendizagem
caracteriza-se por uma interligação entre todos os componentes da sua estrutura: os objectivos,
os conteúdos de ensino, a acção de ensinar (mediação pelo professor), a acção de aprender
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(assimilação activa da matéria pelo aluno),as condições reais e concretas do ensino. A condução
deste processo implica a aplicação de princípios didácticos básicos.
Os princípios didácticos são aspectos gerais do processo de ensino que expressam os
fundamentos teóricos de orientação do trabalho docente. Estes são entendidos como relações
dinâmicas e participativas onde, sob orientação do professor, os alunos adquirem conhecimentos,
capacidades e habilidades, formam as convicções e atitudes sobre as concepções científicas da
técnica e da cultura.

Os Princípios didácticos
De acordo com (CAMUENDO & BATA, 2013, pág. 43) os principais princípios didácticos são:
 O princípio de unidade entre Ensino científico e Educação;
 O princípio do carácter científico e da compreensibilidade do ensino;
 O princípio do carácter científico e sistemático;
 O princípio da ligação do ensino com o quotidiano social;
 O princípio da unidade entre o concreto e o abstracto;
 O princípio da consolidação dos resultados essenciais do ensino;
 O princípio da activação dos alunos, tomando estes como protagonistas da sua própria
aprendizagem.
No tratamento dos conteúdos, deve-se ter em conta a aplicação dos princípios didácticos, que são
válidos em todas as disciplinas e em todas as classes, são obrigatórios no cumprimento do
projecto pedagógico escolar e são as directrizes básicas para a utilização complexa das leis
objectivas do ensino. Assim, os princípios didácticos são as indicações que apoiam uma atitude
didáctica de orientação para alcançar cabalmente os objectivos do ensino. (CAMUENDO &
BATA, 2013, pág. 43)

5.1. Características dos princípios didácticos


a) O princípio do carácter científico e sistemático - os conteúdos de ensino deve estar em
correspondência com os conhecimentos científico actuais e com os métodos de
investigação próprios da cada matéria; deve-se garantir também a estruturação lógica do
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sistema de conhecimentos de cada matéria ao longo das classes. Nesta perspectiva,


recomenda-se ao professor:
 Buscar a explicação científica de cada conteúdo da matéria;
 Certificar-se da consolidação da matéria anterior por parte dos alunos, antes de introduzir
matéria nova;
 Assegurar no plano da aula a articulação sequencial entre os conceitos e habilidades a
desenvolver;
 Assegurar a unidade entre objectivos-conteúdos-métodos.

b) O princípio do carácter científico e da compreensibilidade do ensino - se deve


diminuir o rigor no cumprimento do programa, mas criar condições de tal forma que, com
base nas possibilidades reais se exija dos alunos o máximo de aproveitamento escolar.
Assim, recomendasse ao professor:
 Dosear o grau de dificuldades no processo de ensino, tendo em conta as condições
prévias e os objectivos a serem alcançados;
 Diagnosticar periodicamente o nível de conhecimentos e desenvolvimento dos alunos;
 Analisar sistematicamente a correspondência entre o volume de conhecimentos e as
condições concretas de aprendizagem dos alunos;
 Aprimorar e actualizar os conteúdos da matéria que lecciona, como forma de torná-los
compreensíveis e assimiláveis pelos alunos.

c) O princípio da ligação do ensino com o quotidiano social – a preparação dos


indivíduos para o mundo do trabalho, para a cidadania, para a participação nos vários
sectores da vida social decorre no processo de ensino. Por isso, dominar conhecimentos e
habilidades é saber aplicá-los, tanto nas tarefas escolares como nas tarefas da vida
prática. Os conhecimentos servem não só para explicar os factos, acontecimentos e
processos que ocorrem na natureza e na sociedade, mas também para transformá-los.
Neste sentido, recomenda-se ao professor:
 Estabelecer, sistematicamente, vínculos entre conteúdos escolares, as experiências e os
problemas da vida prática;
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 Exigir dos alunos que fundamentem com o conhecimento sistematizado, aquilo que
realizam na prática;
 Mostrar como os conhecimentos de hoje são resultados da experiência das gerações
anteriores em atender necessidades práticas da humanidade e como servem para criar
novos conhecimentos para novos problemas.
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6. Conclusão

Após ter sido feito o trabalho, conclui-se que, os conteúdos de ensino de química são
estruturados de acordo com algumas linhas do ensino de química. Os quais, constituem as linhas
principais as seguintes: linha matéria/substância e linha reacções químicas. Também diz-se que
princípios do ensino são aspectos gerais do processo de ensino que expressam os fundamentos
teóricos de orientação do trabalho docente. Os princípios do ensino levam em conta a natureza da
prática educativa escolar numa determinada sociedade, as características do processo de
conhecimento, as peculiaridades metodológicas das matérias e suas manifestações concretas na
prática docente, as relações entre ensino e desenvolvimento dos alunos, as peculiaridades
psicológicas de aprendizagem e desenvolvimento conforme idades.
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7. Referências Bibliográficas

CAMUENDO, Ana Paula, & BATA, Aldovanda Estrela, MODULO DE DIDATICA DE


QUIMICA I, Ensino à distância. Universidade Pedagógica, 2013.

MOÇAMBIQUE. Instituto nacional do desenvolvimento da educação e ministério da educação.


Química, programa da 12ª classe. INDE/MEC.52p, 2010.

LIBÂNEO, José Carlos, DIDÁCTICA, São Paulo, Impresso no Brasil, em Outubro de 2006.

NIVAGARA, Daniel Daniel, MÓDULO DE DIDÁCTICA GERAL: Aprender a ensinar, Ensino à


distância. Universidade Pedagógica.

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