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INSTITUTO DE FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO FUTURO

Secção Pedagógica Sobre A Planificação

Formando Formador

Celestina Ossufo Aliasse

Nampula, Maio de 2023


Índice
Introdução......................................................................................................................3

Secção Pedagógica Sobre a Planificação.......................................................................4

Requisitos para a planificação.......................................................................................7

Conclusão.......................................................................................................................9

Referencias Bibliográficas...........................................................................................10

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Introdução
O ensino é uma actividade que tem como uma das suas principais características o facto
de ter carácter planificado. Isso faz com que a prática do professor se oriente por uma
adequada planificação, englobando os aspectos fulcrais do plano, tais como, os
conteúdos, os objectivos/competências a desenvolver, os meios de ensino-
aprendizagem, etc. Para o efeito, o presente capítulo, ao abordar sobre a planificação do
PEA, o seu estudo deverá permitir conceptualizar a planificação e permitir que o
formando tenha oportunidade de reconhecer a importância, os níveis, os requisitos e os
tipos de planificação; os objectivos de ensino. Deve basear-se neste saber para planificar
seu ensino, centrando-o sobre os aprendentes. Mais ainda, este capítulo lhe facultará as
oportunidades para se dar conta sobre os métodos de ensino-aprendizagem e as suas
técnicas, usadas com frequência quando, por exemplo, pretendemos desenvolver um
ensino baseado no uso de práticas participativas em sala de aula.

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Secção Pedagógica Sobre a Planificação
A planificação escolar é uma tarefa que inclui tanto a previsão das actividades
didácticas, no que diz respeito à sua organização e coordenação mediante os objectivos
propostos, como a sua revisão e adequação ao longo do processo de ensino.

Planificar significa fazer a previsão das actividades que o professor irá desenvolver na
sala de aula. Definir os objectivos instrucionais ou específicos, seleccionar os métodos e
meios de ensino a serem utilizados, definir as actividades do professor e dos alunos em
cada uma das funções didácticas.

A planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção


docente, articulando a actividade escolar e a problemática do contexto social.

Isto equivale dizer que, na escola, os professores e os alunos pertencem todos a uma
determinada sociedade e a um determinado contexto de relações sociais, onde
prevalecem certas regras e normas de conduta.

A planificação pode ser feita em três niveis, nomeadamemente:

 Central, este nivel consiste em prever acções relacionadas com o processo de


Ensino-Aprendizagem numa perpectiva Nacional e é da responsabilidade do
Ministerio da Educação e Desenvolvimento Humano.

 Provincial, conforme a disignação, este nível consiste em programar actividades


educacionais a nível da província, tendo em conta as suas características e
necessidades específicas. Esta subordina-se à planificação central.

 Local, para tornar cada vez mais especifica e adequada ao contexto da escola e
aos alunos, surge a necessisdade de uma planificação local que contempla a
previsão das actividade a nível Distrital e Escolar, à luz dos anteriores níveis.a.
Aluno recebe serviços de educação especial em instituições especializadas (ex:
hospitais, lares....com programa elaborado pelo especialista);

Alguns exemplos de tipos de plano, particularmente do nível central e local são as que
constam no esquema a seguir.

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A planificação na escola deve partir pelo conhecimento do plano currular, Programas de
ensino (planos temáticos) para além das políticas, planos estratégicos da educação e
lesgislação. A partir deste conhecimento, a planificação na escola pressupõe a
elaboração do PPP (PDE) e o plano anual de actividades. Depois, cabe aos professores
de forma individual, mas sobretudo, em equipa, prepararem os planos analíticos e os
planos de aulas das respectivas disciplinas como parte da operacionalização dos planos
precedentes, tendo em conta o calendário escolar, diversos tipos dos regulamentos e as
Orientações eTarefas Escolares Obrigatórias (OTEOs).

No processo de ensino-aprendizagem, a planificação do PEA é importante devido ao


facto de que:

 Assegura a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de


modo que a previsão das acções docentes possibilite ao professor a realização de
um ensino de qualidade e evite a improvisação e a rotina.

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 Permite a previsão dos objectivos, dos conteúdos e dos métodos, a partir da
consideração das exigências postas pela realidade social, do nível de preparação
e das condições sócio-culturais e individuais dos alunos.

 Assegura a unidade e coerência do trabalho docente, ou seja, inter-relacionar os


elementos que compõem o processo de ensino: os objectivos (o que ensinar); os
alunos e suas possibilidades (a quem ensinar); os métodos e técnicas (como
ensinar); e a avaliação, o que permite verificar em que medida as actividades
inicialmente propostas estão a ser bem sucedidas ou não.

 Facilita a preparação das aulas, através da selecção do material didáctico em


tempo útil; saber que tarefas o professor e os alunos devem executar; replanificar
o trabalho perante novas situações que aparecem no decorrer do Processo de
Ensino-Aprendizagem (PEA), em geral e, das aulas, em particular.

 Contribui para a realização dos objectivos visados.

 Promove a eficiência do ensino.

 Garante maior segurança na direcção do ensino e também na economia do tempo


e energia.

Estando claro sobre o conceito e a importância da planificação, importa clarificar que,


ao planificar, se recomenda o seguimento das seguintes características de plano de
ensino:

 O plano é um guia de orientação, pois nele estão estabelecidas as directrizes e os


meios de realização do trabalho docente.

 O plano deve ter uma ordem sequencial e progressiva. Para que se alcancem os
objectivos são necessários vários passos, de modo que a acção docente obedeça
a uma sequência lógica.

 Deve-se considerar a objectividade. Por objectividade entende-se a


correspondência do plano com a realidade a que se vai aplicar (currículo local),
o tipo de alunos, as possibilidades de se ter/produzir meios didácticos locais (ou
com materiais locais), experiências dos alunos e da comunidade, etc).

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 Deve haver coerência entre os objectivos gerais, os objectivos específicos,
conteúdos, métodos e avaliação. Deve existir coerência entre as ideias e a
prática.

 O plano deve ter flexibilidade. No decorrer do ano lectivo, o professor está


sempre organizando e reorganizando o seu trabalho. O plano não constitui um
guia inflexível, ou uma receita médica que não pode ser alterada. A relação
pedagógica está sempre sujeita às condições concretas. A realidade está sempre
em movimento, de forma que o plano é sujeito às alterações ou modificações.

Requisitos para a planificação


a. Objectivos e tarefas da escola democrática:

A primeira condição para a planificação são as convicções seguras sobre a direcção que


queremos dar ao processo educativo na nossa sociedade, ou seja, o papel destacado pela
escola para a formação dos alunos. Os objectivos e as tarefas da escola democrática
estão ligados às necessidades de desenvolvimento cultural do povo, de modo a preparar
as crianças e jovens para a vida e para o trabalho.

b. Exigência dos planos e programas oficiais:

Os planos e programas oficiais de ensino constituem outro requisito prévio para a


planificação. A escola e os professores, porém, devem ter em conta que estes planos e
programas oficiais de ensino são directrizes gerais, são documentos de referência, a
partir dos quais são elaborados planos didácticos específicos. Cabe à escola e aos
professores elaborar os seus próprios planos, seleccionar os conteúdos, os métodos e
meios de organização do ensino, em face das particularidades de cada região, de cada
escola, das particularidades e condições de aproveitamento escolar dos alunos, inclusive
dos alunos com Necessidades Educativas Especiais.

c. Condições prévias para aprendizagem:

A planificação escolar está intimamente condicionada ao nível de preparação em que os


alunos se encontram, em relação às tarefas de aprendizagem. Os conteúdos de ensino
são medeados para que os alunos assimilem activamente e os transformem em
instrumentos teóricos e práticos para a vida prática.

d. Princípios e condições de assimilação activa:

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Este requisito diz respeito ao domínio dos meios e condições de orientação do processo
de assimilação activa nas aulas. A planificação das unidades didácticas e das aulas deve
estar em correspondência com as formas de desenvolvimento do trabalho na sala de
aula. Uma parte importante do plano de ensino é a descrição de situações docentes
específicas, com a indicação do que os alunos farão para aprender, e do que o professor
fará para criar condições adeaquadas para a aprendizagem; e para dirigir
a actividade cognitiva dos alunos na sala de aula.

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Conclusão
Depois da elaboração do trabalho conclui – se que, A planificação da aula é um
detalhamento do plano de ensino. A preparação das aulas é uma tarefa indispensável e
deve resultar num documento escrito que servirá não só para orientar as acções do
professor como também para possibilitar aprimoramentos de ano para ano. A
planificação é um processo de racionalização, organização e coordenação da acção
docente, articulando a actividade. Também pode ser entendida como o conjunto de actos
para a realização de uma finalidade ou mesmo como a faculdade e/ou o poder de agir
escolar e a problemática do contexto social.

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Referencias Bibliográficas
Alarcão, I. (1996). Ser Professor reflexivo. In Isabel Alarcão (Org.), Formação reflexiva
de professores: Estratégias de supervisão (pp. 171-189). Porto: Porto Editora.

Altet, M. (2000). Análise das práticas dos professores e das situações pedagógicas.
Porto: Porto Editora.

Arends, R. I. (1995). Aprender a ensinar. Lisboa: McGRaw-Hill. Braga, F. M. (1998).


Formação inicial e práticas curriculares de professores principiantes – Um estudo de
caso. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho.

Braga, F. (coord.) (2004). Planificação: Novos papéis, novos modelos: Dos projectos de
planificação à planificação em projecto. Porto: Edições ASA.

Luck, H. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à Formação de seus


Gestores. In: Em Aberto, n° 72: Gestão Escolar e Formação de Gestores, Junho de
2000, p. 11-34. 3.

Moçambique, Decreto nº 12/1995, de 25 de Abril. Altera a designação da Universidade


de Lourenço Marques para Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e aprova os seus
Estatutos. BR nº 16, I Série.

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