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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Centro de Recurso de Pemba

Tema do trabalho:

Planificação no contexto de Ensino e Aprendizagem

Nome: Saviana António Tobias

Código: 708211476

Curso de Licenciatura em: Ensino de Historia

Disciplina: Didáctica de Historia I

Ano de Frequência: 2º Ano

Pemba, Setembro de 2022


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Índice
Introdução......................................................................................................................... 3

1. PLANIFICAÇÃO NO CONTEXTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM ................. 4

1.1. Os tipos de planificação............................................................................................. 4

1.1.1. Planificação a longo prazo...................................................................................... 4

1.1.2. Planificação a médio prazo..................................................................................... 5

1.1.3. Planificação a curto prazo/ Planos de aula ............................................................. 6

1.2. Diferença existente entre o plano de aula.................................................................. 7

Conclusão ....................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas .............................................................................................. 11

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Introdução
A pesquisa em curso da Disciplina de Didáctica de Historia I, que está subordinada ao
tema: Planificação no contexto de Ensino e Aprendizagem. Segundo Bento (2003) “a
planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao sistema de ensino e aos
programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”.
De referir que existem três tipos de planificação das quais são destacadas:
 Planificação a longo prazo;
 Planificação a médio prazo;
 Planificação a curto prazo/ Planos de aula.

A Planificação a longo prazo é fundamentalmente de dois tipos: um diz respeito à acção


interdisciplinar dos vários professores da turma, como obreiros da mesma construção,
outro diz respeito a acção dos professores por disciplina.

Na Planificação a médio prazo é necessário elaborar planos médios de cada um dos


blocos de aprendizagem, e acrescenta que para planificar uma unidade é necessário
interligar conteúdos, objectivos, estratégias/actividades, materiais, métodos, avaliação,
durante dias, semanas, ou meses.

Na perspectiva de Cortesão (1994 apud Alvarenga (2011, p. 37) a elaboração de um


plano a médio prazo, corresponde à planificação de uma unidade de ensino.

O trabalho fez perceber que os professores experientes e os professores principiantes


têm abordagens e necessidades de planificação diferentes. Os professores experientes
estão mais preocupados com o estabelecimento antecipado de estruturas para condução
das actividades da sala de aula e planificam de antemão as adaptações necessárias, a
medida que as aulas decorem. Regra geral, os principiantes precisam de planificações
mais detalhadas. Dedicam mais a sua planificação às instruções verbais a serem dados e
respondem mais frequentemente aos interesses dos alunos.

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1. PLANIFICAÇÃO NO CONTEXTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes
ao sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização
prática ”. É uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na
realização do ensino que se consuma na sequência:

“Elaboração do plano → realização do plano → controlo do plano → confirmação ou


alteração do plano, etc.” (Bento 2003, pp. 15-16) Este autor refere ainda que a
planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação permanente do
professor ao processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino como
resultante do confronto diário com problemas teóricos e práticos” BENTO 2003, p.16).

Neste sentido o professor é então considerado um agente de ensino que, além de outros
papéis, tem a responsabilidade de desenvolver o currículo ao nível micro, adequando a
sua acção ao Currículo Nacional e aos programas das disciplinas (elaborados a nível
macro), às características do meio social da escola e dos alunos e ao Projecto Curricular
da escola. Desta forma mostra que no processo de planificação o professor estará
sempre confrontado com: o programa de ensino, a população a leccionar tendo em conta
as suas características sociais e culturais, a satisfação das expectativas dos alunos bem
como os recursos disponíveis na escola e as orientações definidas no projecto curricular
de Escola”. (BENTO, 2003, p. 16)

1.1. Os tipos de planificação

1.1.1. Planificação a longo prazo


De acordo com Cortesão (1994 apud Alvarenga (2011, p. 37) a planificação a longo
prazo é fundamentalmente de dois tipos: um diz respeito à acção interdisciplinar dos
vários professores da turma, como obreiros da mesma construção, outro diz respeito a
acção dos professores por disciplina.

Neste último caso, são delimitados os grandes blocos de aprendizagem – unidades de


ensino/aprendizagem que irão ser considerados.

Em conformidade com Arends (1999, p. 61), a eficácia dos planos anuais gira
geralmente à volta da capacidade de incluir três facetas.

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Temas e atitudes gerais: isso significa que muitos dos professores no início do ano
lectivo preferem passar aos seus alunos uma série de atitudes, metas e temas gerais
sobre disciplina, elementos esses que não se podem tratar numa só aula, mas só através
de determinadas vivências ao longo do ano, que devem ser previstas pelos professores.

Matéria a dar: como se sabe, são inúmeros os temas a tratar e várias actividades a
realizar, por outro lado, o tempo não chega para tudo, cabe ao professor ter a capacidade
de saber seleccionar o mais essencial do acessório.

Outro aspecto a ter em conta é os ciclos do ano lectivo, toda comunidade educativa
devem saber que a escola funciona em torno de uma abertura e de um enceramento
lectivo que se compreende nomeadamente, os períodos de aulas, dias da semana,
feriados, períodos de férias, entre outros acontecimentos escolares importantes. Assim, é
importante planificar, tanto quanto possível, os ciclos escolares.

Cortesão (1994 apud Alvarenga 2011, p. 37) a afirma que para a realização de uma
planificação a longo prazo deve-se reunir documentos, tais como: programa
planificações de anos anteriores, livros, e outras matérias didácticos.

Nesta linha de ideia, os professores precisam de partilhar experiências, cooperar, de


forma espontânea para melhor juntos escolhem métodos e estratégias conducentes a fim
de conseguirem um resultado eficiente e eficaz no decorrer de todo o processo
educativo.

1.1.2. Planificação a médio prazo


De acordo com Arends (1999, p. 59), designa-se por planificação a médio prazo “os
planos de uma unidade de ensino, ou de um período de aulas. Basicamente, uma
unidade corresponde a um grupo de conteúdos e de competências associadas que são
percebidas como um conjunto lógico.

Melhor dizendo, durante o seu desenrolar, é necessário elaborar planos médios de cada
um dos blocos de aprendizagem, e acrescenta que para planificar uma unidade é
necessário interligar conteúdos, objectivos, estratégias/actividades, materiais, métodos,
avaliação, durante dias, semanas, ou meses.

Na perspectiva de Cortesão (1994 apud Alvarenga (2011, p. 37) a elaboração de um


plano a médio prazo, corresponde à planificação de uma unidade de ensino.

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Segundo Alvarenga (2011, p. 37), Desta forma, vai-se traçar o percurso para uma série
de aulas e, vai reflectir a compreensão que o professor tem tanto ao conteúdo como ao
processo de ensino. Em vista disso diríamos que este plano pode ser partilhado com os
alunos, pois proporcionam um mapa de estradas alargado onde se explica a meta do
professor ou de determinada aul

1.1.3. Planificação a curto prazo/ Planos de aula


Segundo Cortesão (1994 apud Alvarenga 2011, p. 37) durante o ano lectivo é focalizado
a acção que se desenrola num contexto muito particular, é necessário elaborar planos
correspondentes às acções que no dia-a-dia vão concretizar as diferentes parcelas do
anterior. Ainda, podemos acrescentar que consiste na planificação de cada aula onde se
definem todos os ingredientes essências do plano.

Por sua vez, Arends, (1999, p. 59), salienta que:

Estes planos são aqueles a que o professor disponibiliza mais atenção. É também
aqui que melhor se percebe a forma como o professor encara a dinâmica do
ensino/aprendizagem. Geralmente, os planos diários contêm os conteúdos a
serem ensinados, as técnicas/estratégias motivacionais a serem exploradas, os
passos e actividades específicas preconizadas para os alunos, os materiais
necessários e os processos de avaliação.

Nestes termos, planificar é transformar uma ideia num percurso de acção. Isto mesmo
escreve Carvalho e Diogo (1999, p. 13), ao referirem que a planificação tem “um pé” na
situação vivida e o outro na situação desejada, definem na comportando como uma a
linha condutora da acção, dando-lhe um significado e sentido específicos.

Nessa perspectiva, de acordo com as fonte acima citadas, pode se fazer menção de que a
preparação de um plano de aula deve ter um carácter flexível, aberto e susceptível de
sofrer alterações ou reajustes de acordo com o feedback recebido no decorrer da aula.
Mas também, o professor tem de passar por uma minuciosa escolha de técnicas,
metodologias e actividades que garantam uma forte interacção entre os elementos da
turma, com o objectivo de tentar abarcar a diversidade dos estudantes de modo a
motiva-los a uma participação activa no conteúdo que se vai tratar na turma.

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1.2. Diferença existente entre o plano de aula
O plano de aula é um instrumento que sistematiza todos os conhecimentos, actividades
e procedimentos que se pretende realizar numadeterminada aula, tendo em vista o que
se espera alcançar como objectivos junto aos alunos segundo Libâneo (1993).

O plano de aula trata de um detalhamento do plano de curso/ensino, devido à


sistematização que faz das unidades deste plano, criando uma situação didáctica
concreta de aula. Gil (2012, p. 39) explica que “o que difere o plano de ensino do plano
de aula é a especificidade com conteúdos pormenorizados e objectivos mais
operacionais”. O plano de ensino por sua vez, é um documento com duração de longo
prazo, com o intuito de mapear a disciplina. Nele, ficam registados os conteúdos de todo
o período de aula, seja bimestral, trimestral, semestral ou anual. Poderá ser alterado ao
longo do período conforme transcorrer o processo de ensino e aprendizagem. O mesmo
difere do plano de aula que será um roteiro para o professor ministrar cada uma das
aulas elencadas no plano de ensino. Com base no plano de ensino, o professor ao
preparar suas aulas, vai organizar um cronograma separando o conteúdo programático
em módulos para cada aula contemplando actividades e leituras para serem feitas e
discutidas em aula ou em casa. Para cada aula, é necessário ter um plano de aula para
facilitar a sistematização das actividades e atingir os objectivos propostos.

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Escola Primária do 1º e 2º Grau de Bilibiza

Lição nº: 10,

Data: 29-08-2022
Duração: 45’

Unidade temática: Ocupação Europeia e a resistência colonial e Africana


Tema: Ocupação colonial em África: A Conferência de Berlim 1884/85
Disciplina: Ciências Sociais

Nº de Alunos: 21

Nome do professor: Saviana António Tobias

Objectivos: O aluno deve ser capaz de explicar as consequências da Conferência de Berlim.

 Mencionar os países que participaram na Conferencia de Berlim

Tempo Funções Didáctica Conteúdo Actividades Métodos Meios


Actividades do Professor Actividades do Aluno
 Saudação;  Responde a saudação;  Saúda professor;  Livro da
 Controlo da turma; e  Controla a turma;  Responde as presenças; e turma,
5’ Introdução /Motivação  Apresentação do  Marca presenças; e  Escuta na apresentação do Elaboração caneta,
tema.  Apresenta o tema em estudo no tema em estudo. conjunta quadro e
quadro. giz.

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 Pergunta a um aluno se faz ideia  Dá possíveis respostas
sobre a conferência de Berlim. sobre a conferência do
 Explica as consequências da Berlim. Elaboração  Quadro;
30’ Mediação/Assimilação  Explicar os países conferência de Berlim é: divisão  Escuta atentamente na conjunta  Giz; e
que participaram, de território africano entre os explicação e depois  Caderno.
consequências da países integrantes; participa activamente na
Conferência de  Passa o resumo no quadro; aula;
Berlim Forma 15 países que participaram na  Copia os apontamentos no
conferência de Berlim seu caderno diário.
nomeadamente: Itália, França, Grã-
Bretanha, Dinamarca, Espanha,
Estados Unidos, Alemanha, Império
Otomano (actual Turquia), Portugal,
Bélgica, Holanda, Suécia, Rússia e
Império Austro-Húngaro (actuais
Áustria e Hungria).

 Elabora os exercícios  Reponde oralmente os exercícios  Responde oralmente os


5’ Domínio/assimilação orais; dando possíveis respostas. exercícios dando possíveis Trabalho  Meio oral
 Pergunta se há respostas; independente
dúvidas.  Apresenta as dúvidas;
5’ Controlo/Avaliação  Marcação de T.P.C;  Marca o T.P.C no quadro;  Observa o T.P.C no  Caderno,
 Explica como fazer; quadro, presta atenção na Trabalho caneta, giz
 Pede apresentação de dúvidas; explicação; independente e
 Esclarece as dúvidas, orienta os  Apresenta as dúvidas; apagador.
alunos para copiar nos seus  Copia para o seu caderno.
cadernos.

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Conclusão
As actividades de pesquisa no meio académico actuam como mediadoras entre a teoria e
a prática, proporcionando aos discentes e docentes o entendimento do dia-a-dia, e a
construção de diferentes críticas para a importância da motivação do aluno no PEA na
disciplina de Didáctica de Historia I.

De que quaisquer tipos de actividade, quando se planifica, os resultados a obter são


bem melhores. A partir das ideias dos autores abordados podemos extrair que a
qualidade da preparação da aula, depende, em medida considerável, a sua efectiva
realização e obtenção dos objectivos pedagógicos a serem alcançados ao longo do
momento de interacção na sala de aula com os alunos.

Assim, se o professor preparar bem as suas aulas todos os dias, estará em melhores
condições para desenvolver um processo ensino/aprendizagem de qualidade, mais rico e
diversificado. Entretanto, cabe destacar que, o convite à reflexão sobre o trabalho do
professor não ficaria completo se, em todo o processo de planificação e realização das
tarefas não existisse uma avaliação sistemática e continuada tanto do desempenho dos
alunos como do desempenho do professor.

O trabalho fez perceber que os professores experientes e os professores principiantes


têm abordagens e necessidades de planificação diferentes. Os professores experientes
estão mais preocupados com o estabelecimento antecipado de estruturas para condução
das actividades da sala de aula e planificam de antemão as adaptações necessárias, a
medida que as aulas decorem. Regra geral, os principiantes precisam de planificações
mais detalhadas. Dedicam mais a sua planificação às instruções verbais a serem dados e
respondem mais frequentemente aos interesses dos alunos.

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Referências bibliográficas

Alvarenga, Ivaldina Jesus Almada. (2011). A planificação docente e o sucesso do


processo Ensino-aprendizagem Estudo na Escola Básica Amor de Deus. Cidade da
Praia: Universidade Jean Piaget de Cabo Verde.

Arends, R. (1999). Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw-Hill.

Bento, J. O.(2003). Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa.

Borràs, L. (Coord.) (2001). Os docentes do 1.º e do 2.º ciclo do Ensino Básico. Recursos
e técnicas para a formação no século XXI - O educador. A formação. (Vol. 1). Setúbal:
Marina Editores.

Carvalho, Angelina e Diogo, Fernando (2001). Projecto educativo. (4ªed.). Porto: Ed.
Afrontamento.

Libâneo, José Carlos. (1994). Didáctica. São Paulo: Cortez Editora.

Pilleti, Claudino. (2004). Didáctica Geral. Editora Ática, 23ª edição. São Paulo.

Proença, Maria Cândida, (1989). Ensinar/Aprender historia - questões de Didáctica


aplicada, livros horizontes, Lisboa,

Zabalza Miguel A. (2003). Competências docentes do Professor Universitário.


Qualidade e desenvolvimento profissional. Espanha. Narcea.

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