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Planificação
Planificação
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Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
2. Objectivos............................................................................................................................ 4
3. Metodologia ........................................................................................................................ 4
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1. Introdução
Sempre que se inicia um empreendimento, tendo em vista alcançar determinadas metas, torna-
se importante fazer uma previsão da acção a realizar. No que se refere ao domínio de
educação, esta necessidade torna-se cada vez mais importante porque planifica-se os
conteúdos a leccionar ao longo do ano lectivo, planificam-se as unidades temáticas, as aulas,
visitas de estudo e actividades de área escolar.
2. Objectivos
2.1. Geral
Definir a planificação;
Mencionar os tipos de planificação;
Descrever os modelos de planificação;
Identificar os componentes de um plano de aula;
Explicar a importância da planificação;
Elaborar um plano de aula.
3. Metodologia
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4. Definição de planificação
Segundo Arends (1999. p, 43) a planificação é um processo exigente que apela para a
compreensão e competência bastante sofisticadas.
Por seu lado, Menegolla e Sant´ana (2014, p. 14) definem o acto de planear como um ato de
pensar sobre um possível e viável fazer. Por isso, o acto de planear sempre parte das
necessidades e urgências que surgem a partir de uma sondagem sobre a realidade (idem,
ibidem).
De acordo com Libâneo (1992), citado por (Tavares, 2001:117), o Plano de Aula é uma
previsão do desenvolvimento do conteúdo para uma aula ou conjunto de aulas e tem um
caráter bastante específico. Ele detalha o Plano de Ensino e o que se pode fazer de concreto.
Os tópicos que foram previstos em linhas gerais são especificados e sistematizados, para uma
melhor acção didática em sala.
Como a aula é um período de tempo variável, para a autora, aventa sobre a necessidade de
planificação continua não de uma aula, mas um conjunto delas e para cada tópico o professor
deve redigir, através de avaliação, um objetivo específico e prever formas de verificação do
rendimento dos alunos.
Em conformidade com Libâneo, Piletti (2007) acrescenta que: o plano de aula é a forma
predominante do processo de ensino e aprendizagem. É na aula que organizamos e criamos as
situações docentes, isto é, as condições e meios necessários para os alunos assimilarem
activamente conhecimentos, habilidades e desenvolvam suas capacidades cognitivas.
Nestes termos, podemos acrescentar que planificar é determinar o que deve ser ensinado,
como deve ser ensinado e o tempo que se deve dedicar a cada conteúdo e prever estratégias
para a aquisição e a aprendizagem eficazes por partes dos alunos.
Parafraseando Zabalza (2000, p. 85), que a planificação docente constitui uma das funções
executivas do ensino em que o docente toma decisões em relação a aquilo que deve ser
ensinado (que metodologias, que material didáctico, que recurso). Neste processo ainda,
considera os resultados esperados, assim o currículo é transformado e adaptado pelo processo
de planificação docente através de acrescentos, supressões, interpretações e decisões do
docente.
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Assim, a planificação é um fio condutor que ajuda o professor no seu dia-a-dia na sala de aula
propondo um bom emprego das suas actividades e a eficácia dos mesmos junto dos alunos. A
planificação e a tomada de decisão no sentido mais abrangente possível, são vitais para o
ensino e interagem com todas as funções executivas do professor. Portanto pode-se afirmar
que, no ensino, a planificação docente não é somente uma necessidade, mas acima de tudo
um imperativo que se impõe a todo o autêntico educador.
5. Tipos de planificação
Segundo Libâneo (1997), “a planificação apresenta três tipos: Plano anual, Plano de Ensino e
o Plano de Aula”.
Nesta linha de ideias, entende-se que a planificação a longo prazo consiste em planificar uma
unidade de ensino, percorrendo os seguintes aspectos:
De acordo com Arends (1999, p.59-60), designa-se por planificação a médio prazo “os planos
de uma unidade de ensino, ou de um período de aulas. Basicamente, uma unidade corresponde
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a um grupo de conteúdos e de competências associadas que são percebidas como um conjunto
lógico.”
Cortesão (1994, p.71), enfatiza que durante o ano lectivo é focalizado a acção que se
desenrola num contexto muito particular, é necessário elaborar planos correspondentes às
acções que no dia-a-dia vão concretizar as diferentes parcelas do anterior.
Arends, (1999, p.59), elucida-nos que estes planos são aqueles a que o professor disponibiliza
mais atenção. É também aqui que melhor se percebe a forma como o professor encara a
dinâmica do ensino/aprendizagem. Geralmente, os planos diários contêm os conteúdos a
serem ensinados, as técnicas/estratégias motivacionais a serem exploradas, os passos e
actividades específicas preconizadas para os alunos, os materiais necessários e os processos
de avaliação.
6. O Plano de Aula
O plano de aula, numa escola, é o motor condutor de toda a acção do professor, a ser
desenvolvida de forma sistémica e processual, tendo em vista a realidade dos alunos. Isto quer
dizer que “os professores vão planificar as suas aulas ou disciplinas para atender a estes
aspectos fundamentais favorecendo, deste modo, um melhor e mais eficaz ensino” (Menegolla
& Sant´Ana, 2014, p.62).
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Para planificar a aula, é necessário ter em conta o que Arends (1999, p. 58) designa por
objectivos de instrução, que são o horizonte orientador daquilo que se pretende construir em
cada sessão de aula e o alcance real dos objectivos.
Ajuda o professor a definir os objectivos que atendam os reias interesses dos alunos;
Ajuda o professor a seleccionar os melhores procedimentos e os recursos, para
desencadear um ensino mais eficiente, orientando o professor no como e no com o que
deve agir;
Facilita uma melhor integração com as mais diversas experiências de aprendizagem;
Ajuda a ter uma visão global de toda a acção docente e discente;
Ajuda o professor e os alunos a tomar decisões de forma cooperativa e participava;
Assim sendo, a existência do plano de aula não devia ser vista como uma carga que aumenta o
trabalho do professor, mas como a única via para uma aprendizagem de qualidade eficiente e
eficaz, não só para o aluno, mas, também, para o professor e para a escola sendo, por isso, um
facilitador da organização sequencial daquilo que se pretende alcançar numa determinada aula
e de práticas de avaliação formativa, com função de regulação (Alves, 2004).
Normalmente, os planos diários, segundo Arends (1999) esquematizam-se por conteúdo a ser
ensinado, as técnicas motivacionais a serem explorados, os passos e as actividades específicas
preconizadas para os alunos os materiais necessários e os processos de avaliação.
Altet salienta que “os professores geralmente planificam as suas aulas em função do programa
e de uma progressão. Antecipadamente reúnem a documentação, definem objectivos,
escolhem um método, optam por determinadas estratégias e determinado material e,
antecipadamente, constroem um cenário que determina as interacções que irão desenrolar na
aula” (ibidem).
Assim, a preparação de um plano de aula deve ter um carácter flexível, aberto e susceptível de
sofrer alterações ou reajustes de acordo com o feedback recebido no decorrer da aula. Mas
também, o professor tem de passar por uma minuciosa escolha de técnicas, metodologias e
actividades que garantam uma forte interação entre os elementos da turma, com o objectivo de
tentar abarcar a diversidade dos estudantes de modo a motiva-los a uma participação activa no
conteúdo que se vai tratar na turma.
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Em coerência com a ideia do autor podemos pronunciar que é aqui que o professor escreve o
sumário, indica os conteúdos, objectivos da aula, aponta matérias necessários para a aula,
utilizar uma linguagem clara e concisa, observar e acompanhar o ritmo dos alunos na sala de
aula, faz distribuição de tempo para a realização das diferentes tarefas, delinear as estratégias,
actividades, dinâmica, passar trabalhos de casa e entre outras. Este serve como uma
ferramenta importantíssima para organizar e subsidiar o trabalho do professor.
Na elaboração de um plano de aula devem ser considerados vários pontos e critérios que
unidos especificam quais os objetivos finais o professor espera alcançar no decorrer da
explicação dos conteúdos. Os critérios que o professor deve estar atento durante a confecção
de seu plano de aula são:
O conhecimento do conteúdo;
A organização e gestão da turma;
O tempo;
Objetivos específicos da aula (de nível cognitivo, psicomotor e afectivo);
Os recursos disponíveis;
Os métodos e as estratégias;
O tipo de aluno e a forma de captação da matéria; bem como
Avaliação
O plano de aula deve ser elaborado seguindo as fases da aprendizagem, ou seja, deve seguir
uma linha de ensino-aprendizagem contínua. São as fases de aprendizagem:
Introdução e Motivação;
Mediação e Assimilação;
Domínio e Consolidação, e
Controlo e Avaliação.
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Fonte: Google
8. Importância da planificação
A planificação exerce várias funções. De acordo com Libâneo (1992, p. 223) são elas:
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perante novas situações que aparecem no decorrer do Processo de Ensino
Aprendizagem (PEA), em geral e, das aulas, em particular.
Contribui para a realização dos objetivos visados.
Promove a eficiência do ensino.
Garante maior segurança na direcção do ensino e também na economia do tempo e
energia.
9. Elaboração de plano de aula
Didáctica
Professor Aluno
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* Textos Introduzir o Responder à
narrativos – tema através de questão.
definição. um problema. Prestar atenção
25 min Mediação Esclarecer. ao Elaboraçã
e * Romance Orientar a esclarecimento. o Conjunta
Assimilaç – leitura e leitura do texto. Ler o texto.
ão interpretação do Fazer perguntas Responder as
texto sobre o texto. perguntas sobre
* Estrutura Explicar o o texto.
do romance conteúdo sobre Prestar atenção
* Elementos a estrutura do e participar.
da narrativa romance e os
elementos da
narrativa.
Ditar Escrever no
apontamentos. caderno.
Resumo da aula Fazer síntese da Prestar atenção Trabalho
10 min Domínio e Resolução de aula através de à síntese e independe
Consolida exercícios questionamento responder as nte
ção s. perguntas.
Explica e Escutar o
orienta a professor e
resolução de resolve os
exercícios do exercícios do
livro. livro.
Controlo e Correção de Corrigir os Apresentar as Elaboraçã
5 min Avaliação exercícios exercícios e respostas. o Conjunta
mandar o aluno
escrever e ler as
Marcação do respostas. Anotar o T.P.C
T.P.C no caderno.
Marcar o T.P.C.
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10. Conclusão
Após a realização do trabalho, conclui-se que qualquer actividade sistemática, para ter
sucesso, precisa de ser planificada. A planificação é uma espécie de garantia dos resultados. A
planificação lectiva é essencial para um ensino de qualidade, na medida em que representa a
síntese do trabalho de preparação do PEA em todos os níveis. Entretanto, nenhuma
planificação pode ser considerada como um fim, mas antes como um meio auxiliar da prática
pedagógica, devendo ser realista e sintética.
Este trabalho constitui-se importante à medida que nos reforça a nível profissional,
possibilitando-nos um olhar diferenciado e mais profundo sobre a construção da planificação
diária no ensino primário no que concerne aos conhecimentos teóricos, empírico e
metodológico. Também ampliou os horizontes, no sentido de compreender o verdadeiro
sacrifício que os profissionais no ensino fazem para darem e construírem saberes de qualidade
com os seus alunos, oriundos de realidades e contextos diferentes, que obviamente, será um
potencial para o nosso crescimento pessoal e profissional.
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11. Referência bibliográfica
MATTOS. (1971). Didáctica Geral Dinâmica; 10ª ed. Editora Atlas S.A; SP.
MENEGOLLA, Maximiliano; SANT'ANNA, Ilza Martins. (2014). Por que planejar? Como
planejar: currículo, área, aula. 22ª ed. Petrópolis: Vozes.
PILLETI, C. (2001). Didáctica geral. 23ª ed. São Paulo: Ed. Ática.
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