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Índice

1 Introdução.....................................................................................................................3

1.1 Objectivos.............................................................................................................4

1.1.1 Geral..............................................................................................................4

1.1.2 Específicos.....................................................................................................4

1.2 Metodologias.........................................................................................................4

2 Fundamentação teórica.................................................................................................5

2.1 Planificação...........................................................................................................5

2.1.1 Importância da planificação...........................................................................5

2.2 Níveis de planificação...........................................................................................5

2.2.1 Planificação da escola....................................................................................5

2.2.1.1 Funções da planificação escolar................................................................6

2.2.2 Projecto ou plano de ensino...........................................................................6

2.2.2.1 Plano..........................................................................................................7

2.2.3 Planificação Curricular..................................................................................8

2.2.3.1 Fases do desenvolvimento curricular........................................................8

2.2.3.2 Níveis do desenvolvimento curricular.....................................................10

3 Conclusão...................................................................................................................11

4 Referencias bibliográficas..........................................................................................12
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1 Introdução

A educação é hoje em dia concebida como factor de mudança, renovação e progresso. Por
tais circunstâncias a planificação se impõe, neste sector, como recurso de organização e é o
fundamento de toda acção educacional.

O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Administração Curricular e tem como tema


de abordagem: Níveis de planificação escolar. A planificação funciona assim como uma
pedra basilar da prática pedagógica, que contribui para o sucesso do ensino, permitindo que
seja efetuada uma previsão da aula, com definição de conteúdos, competências, objectivos,
descritores de desempenho, conceitos, estratégias e avaliação.

O objectivo deste trabalho foi o de investigar os níveis de planificação, buscando


identificar, através de um trabalho reflexivo, como realizar e organizar o trabalho escolar,
encarando de frente os problemas dessa instituição e do sistema educacional, que tem como
principal tarefa propiciar aprendizagem e formar cidadãos.
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1.1 Objectivos
1.1.1 Geral

 Compreender os níveis de planificação.

1.1.2 Específicos

 Definir a planificação;
 Explicar a importância da planificação;
 Identificar os níveis de planificação.
 Caracterizar os níveis de planificação.

1.2 Metodologias

Segundo Marconi e Lakatos (1992, p. 44), “método é o caminho pelo qual se chega a
determinado resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
reflectido e deliberado”.

A pesquisa bibliográfica é um procedimento exclusivamente teórico, compreendida como


a junção, ou reunião, do que se tem falado sobre determinado tema.

Como ensina Fonseca (2002, p. 32), a pesquisa bibliográfica é feita a partir do


levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e
electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de Web sites.

Nesta pesquisa será aplicada a pesquisa bibliográfica de modo a garantir o suporte


científico mediante o comentário ou estudos que anteriormente forma desenvolvidos por
diversos autores em torno do tema em estudo. Igualmente, a pesquisa bibliográfica será
aplicada de modo a ajudar na triangulação dos dados que são colhidos durante a pesquisa e,
observados pelo autor do trabalho no decurso desta.
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2 Fundamentação teórica
2.1 Planificação

 Conceito

Segundo Libâneo (2008, p. 222), planificação é um processo de racionalização,


organização e coordenação da acção docente, articulando a actividade escolar e a
problemática do contexto social.

Piletti (2006, p. 61), define a planificação como um processo que consiste em preparar um
conjunto de decisões, visando atingir determinados objectivos assumindo uma atitude séria e
curiosa diante de um problema.

De acordo com a definições acimas citadas, podemos compreender que no sentido geral
uma planificação, é um processo através do qual uma instituição faz a preparação, previsão e
organização do desenvolvimento das suas actividades, em conformidade com as normas,
procedimentos e/ou legislação que orientam a área a planificar, estabelecendo para o efeito, as
respectivas metas e prazos.

2.1.1 Importância da planificação

Segundo Ferreira (2007, p. 54), a planificação em seu todo tem a seguinte importância:

 Prevê os objectivos, conteúdos, métodos e meios de ensino;


 Facilita a preparação das aulas e as tarefas que se vão executar;
 Evita a rotina e a improvisação;
 Contribui para a realização dos objectivos visados
 Garante maior segurança na direcção do ensino.

2.2 Níveis de planificação

A fase de planificação escolar divide – se em três níveis: planificação da escola,


planificação curricular e o projecto ou plano de ensino.

2.2.1 Planificação da escola

A planificação da escola é uma actividade que envolve o processo de reflexão, de


decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. "É um
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processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a


actividade escolar e a problemática do contexto social." (Libâneo, 1992, p. 221).

Planificação da escola – trata-se do que chamamos de projecto político – pedagógico ou


projecto educativo, sendo esse plano integral da instituição, o mesmo é composto de marco
referencial, diagnóstico e programação. Este nível envolve tanto a dimensão pedagógica
quanto a comunitária e administrativa da escola.

2.2.1.1 Funções da planificação escolar

Segundo Libâneo (1994). as funções da planificação escolar são:

a) Explicar os princípios, diretrizes e procedimentos do trabalho docente que as segurem


a articulação entre as tarefas da escola e as exigências do contexto social e do processo
de participação democrática.
b) Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, político-pedagógico e
profissional e as ações efetivas que o professor irá realizar na sala de aula, através de
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas de ensino.
c) Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente, de modo
que a previsão das ações docentes possibilite ao professor a realização de um ensino
de qualidade e evite a improvisação e a rotina.
d) Prever objectivos, conteúdos e métodos a partir de consideração das exigências postas
pela realidade social, do nível de preparo e das condições sócio-culturais e individuais
dos alunos.
e) Assegurar a unidade e a coerência do trabalho docente, uma vez que torna possível
inter-relacionar, num plano, os elementos que compõem o processo de ensino: os
objetivos (para que ensinar), os conteúdos (o que ensinar), os alunos e suas
possibilidades (a quem ensinar), os métodos e técnicas (como ensinar) e avaliação que
intimamente relacionada aos demais (Libâneo, 1994).

2.2.2 Projecto ou plano de ensino

O plano de ensino é o processo de decisão de decisão a actuação concreta dos


professores no quotidiano de seu trabalho pedagógico, envolvendo as acções e situações em
constante interacções entre professor e alunos e entre próprios alunos.
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É importante esclarecer que da planificação resultará o plano que é um documento


utilizado para o registo de decisões do tipo: o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer,
com que fazer, com quem fazer.

2.2.2.1 Plano

Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se pensa fazer,
como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir plano é necessária a
discussão (planificação) sobre fins e objectivos, culminando com a definição dos mesmos,
pois somente desse modo é que se pode responder as questões indicadas acima.

Segundo Padilha (2002), o plano é a "apresentação sistematizada e justificada das


decisões tomadas relativas à ação a realizar." Plano tem a conotação de produto da
planificação. Ele é na verdade um guia com a função de orientar a prática, é a formalização do
processo de planificar.

Deste modo, a planificação de ensino passa a ser compreendido de forma estreitamente


vinculada às relações que se produzem entre a escola e o contexto histórico-cultural em que a
educação se realiza. Nesta perspectiva, deve-se levar em conta, ainda, as articulações entre a
planificação do ensino e a planificação global da escola, explicitado em seu Projecto Político
Pedagógico.

A planificação de ensino se verifica, portanto, como um elemento integrador entre a


escola e o contexto social. Em virtude deste seu caráter integrador, é fundamental que se
oriente em alguns elementos:

1. No estudo real da escola em relação ao contexto: o que demanda a caracterização do


universo sócio-cultural da clientela escolar e evidencia os interesses e necessidades
dos educandos;
2. Na organização do trabalho didáctico propriamente dito, o que implica:
a. Definir objectivos - em função dos três níveis de aprendizagem: aquisição,
reelaboração e produção de conhecimentos (Lopes, 1992);
b. Rever conteúdos - tendo como critérios de seleção a finalidade de que eles atuem
como instrumento de compreensão crítica da realidade e como elo propiciador da
autonomia;
c. Seleccionar procedimentos metodológicos - considerando os diferentes níveis de
aprendizagem e a natureza da área do conhecimento
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d. Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação - considerando a finalidade


de intervenção e retomada no processo de ensino e aprendizagem, sempre que
necessário.

Nesta forma de planificação de ensino, a avaliação da aprendizagem adquire especial


relevância, uma vez que não pode constituir-se unicamente em forma de verificação do que o
aluno aprendeu. Antes de mais nada, deve servir como parâmetro de avaliação do trabalho do
próprio professor.

2.2.3 Planificação Curricular

A planificação curricular é um processo que exige muito conhecimento, dedicação de


todas as partes envolvidas. Sendo que o objetivo principal é contar com os melhores requisitos
de aprendizagem e que sejam fáceis de si trabalhar.

De acordo com Luckesi (2006, p.112), a planificação curricular é uma tarefa


multidisciplinar que tem por objectivo a organização de um sistema de relações lógicas e
psicológicas dentro de um ou vários campos de conhecimento, de tal modo que se favoreça ao
máximo o processo ensino-aprendizagem. É, dessa forma, a previsão de todas as actividades
que o educando realiza sob a orientação da escola para atingir os fins da educação.

A planificação tem como objectivo orientar o trabalho do professor na prática pedagógica


da sala de aula. Segundo Coll (2004), definir o currículo a ser desenvolvido em um ano
lectivo é uma das tarefas mais complexas da prática educativa e de todo o corpo pedagógico
das instituições.

2.2.3.1 Fases do desenvolvimento curricular

São três as fases do Desenvolvimento Curricular: a fase da concepção do currículo, a fase


da implementação/operacionalização do currículo e a fase da avaliação do currículo.

I. A fase da concepção do currículo

Segundo (Zabalza, 1994), esta fase consiste na análise da situação a que o currículo se
destina, à definição de objectivos articulados com os conteúdos, e à sua orientação para o
desenvolvimento das competências pretendidas. É referente fazer nesta altura uma análise do
projecto e do modelo pedagógico da escola, o modo como os conselhos de turma e os
departamentos fazem a gestão curricular e as metodologias de trabalho dos professores,
reforçando deste modo a intencionalidade educativa do currículo.
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II. A fase da implementação/operacionalização do currículo

É nesta fase que se definem as estratégias de acção que correspondem à construção de


situações de aprendizagem pensadas em função dos alunos e se prevê o modo de avaliar a
consecução dos objectivos de aprendizagem visados.

Segundo Gaspar e Roldão (2007), a implementação/operacionalização do currículo ao


traduzir-se nas estratégias de acção em contexto escolar, pressupõe diversas operações:

 Análise (relação entre objectivo/ conteúdo e situação dos alunos);


 Integração e sequenciação (cada unidade é articulada com o que a precedeu e com
a futura);
 formulação de hipóteses (inventário do modo de organizar a estratégia e suas
potencialidades);
 Selecção (escolha da opção mais eficaz, no sentido de potenciar sucesso e gerar
uma aprendizagem efectiva);
 Organização (operacionalização da estratégia nas suas sub-etapas para gerir todos
os passos);
 Decisão (gestão e análise do processo em confronto com o que é pretendido).

III. A fase da avaliação do currículo

Esta última fase consta da análise dos resultados da avaliação da aprendizagem obtidos na
fase anterior e de um processo de reapreciação/questionamento de todo o caminho percorrido,
interrogando a pertinência, coerência e adequação do desenvolvimento de cada fase (Zabalza,
cit. Gaspar e Roldão, 2007), identificando as questões que tenham contribuído para o
insucesso, mas também a análise das situações bem-sucedidas para identificar os factores de
sucesso e rentabiliza-los em situações futuras.

A avaliação do Desenvolvimento Curricular, fundamentada numa atitude avaliativo-


reflexiva e de análise crítica, pode contribui para a melhoria da qualidade das aprendizagens
dos alunos, e consequentemente para a melhoria da qualidade do ensino.
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2.2.3.2 Níveis do desenvolvimento curricular

De um modo geral, os níveis de decisão encontram-se situados nos três níveis estruturais:

 O nível macro corresponde ao contexto político-administrativo e situa-se no


âmbito da administração central.
 O nível meso corresponde ao contexto de gestão e situa-se no âmbito da escola e
da administração regional.
 O nível micro corresponde ao contexto de realização e situa-se no âmbito da sala
de aula e no âmbito do trabalho realizado pelos órgãos de gestão intermédia das
escolas.

A passagem de um nível/contexto para outro, concretizada numa perspectiva de continuidade,


define as diferentes fases do Desenvolvimento Curricular. No âmbito do contexto político-
administrativo, podemos afirmar que o currículo prescrito, oficial, formal é o resultado de
uma decisão político-administrativa.
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3 Conclusão

Diante das ideias expostas, podemos concluir que, a planificação de ensino é a


especificação da planificação de currículo. Onde traduz em termos mais concretos e
operacionais o que o professor fará na sala de aula, para conduzir os alunos a alcançar os
objectivos educacionais propostos.

Cada escola deve elaborar sua planificação de currículo, inserindo todos os componentes
escolares que, directa ou indirectamente, fazem parte do processo educativo, como director,
supervisor pedagógico, orientador educacional e professores. Assim, definirão juntos os
objectivos finais, o conteúdo básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação.

As três fases do Desenvolvimento Curricular têm de ser percorridas quer se assuma o


currículo como um plano (na perspectiva da racionalidade técnica) ou se opte pela visão do
currículo como um projecto (lógica construtivista). Ambos os tipos de currículo podem fazer
sentido em determinados contextos podendo até cruzarem.
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4 Referencias bibliográficas

Gaspar, Mª Ivone e Roldão, Mª do Céu. (2007). Elementos do desenvolvimento


curricular. Lisboa, Universidade Aberta.

Libâneo, J. C. (1994). Didática. São Paulo: Cortez. (Coleção magistério 2° grau. Série
formação do professor).

Libâneo, J. C. (2008). Didáctica. São Paulo: Cortez.

Lopes, A. O. (1992). Planejamento de ensino numa perspectiva crítica de educação. In:


Candau, V. Repensando a didáctica. São Paulo: Cortez.

Padilha, P. R. (2002). Planejamento dialógico: como construir o projeto político


pedagógico da escola. 2 ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire – (Guia da Escola
Cidadã, v. 7).

Piletti, C. Didáctica Geral. (2006). 23ª ed. Ática Editora. São Paulo.

Zabalza, M., (1994). Planificação e Desenvolvimento Curricular na Escola. Rio Tinto,


Edições ASA

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