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Introdução

O presente trabalho enquadra-se mo âmbito da cadeira de Habilidades de Vida, Saúde Sexual e


Reprodutiva, Gênero e HIV/SIDA e tem como abordagem: Medidas para conter e mitigar a
propagação do HIV/SIDA, Medidas que possam auxiliam o governo para implementação das
estratégias de mitigação e combate do HIV/SIDA, Epidemiologia, Epidemia e Pandemia,
assuntos de extrema importância para nossa habilidade de fazer escolhas conscientes.

Objectivos

Objectivo Geral

 Aumentar as habilidades de fazer escolhas conscientes, responsável nas áreas de saúde.

Objectivos específicos

 Identificar Medidas para conter e mitigar a propagação do HIV/SIDA;

 Mencionar didas que possam auxiliam o governo para implementação das estratégias
de mitigação e combate do HIV/SIDA;

 Descrever epidemiologia, epidemia e pandemia.

Metodologia

Fez-se um levantamento da bibliografia para a selecção de obras a serem lidas, assim


possibilitando um aprofundamento do tema em estudo. Sendo que as leituras foram efectivadas
tendo por base a análise textual seguida da compreensão e da interpretação mediante ao ensino
aprendizagem. Simultaneamente às leituras, realizou-se fichamentos e anotações das ideias
principais, para que as informações adquiridas possam ser analisadas, discutidas e sistematizadas
adequadamente. Se usou as fontes primárias, mas também como fontes secundárias de
comentadores seleccionados para a realização do trabalho. Com intuito de desenvolver o tema,
resultando em uma pesquisa com carácter bibliográfico, que seu conceito restrito “[...] é a busca
de informações bibliográficas, selecção de documentos que se relacionam
HIV

HIV ou VIH é o Vírus da Imunodeficiência Humana. Este vírus afeta e enfraquece o sistema que
defende o organismo das infeções e das doenças: o sistema imunitário.

Na fase inicial da infeção podemos, não ter sintomas da doença, com o sistema imunitário a
conseguir “controlar” o vírus, podendo variar de pessoa para pessoa. Com o passar do tempo, o
sistema imunitário fica enfraquecido e podem aparecer as chamadas infeções oportunistas, que
não causariam doença numa pessoa sem diminuição da imunidade. Esta fase final é conhecida
como Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA). HIV é, portanto, o vírus que causa a
SIDA.

Medidas para conter e mitigar a propagação do HIV/SIDA

O vírus HIV pode ser transmito de diversas maneiras e para cada uma delas é preciso cuidados
específicos para que não haja a transmissão. São várias formas de prevenção e mitigação do
HIV/SIDA mas destacam-se:
Aconselhamento e Testagem em Saúde

O Aconselhamento e Testagem é fundamental para a prevenção do HIV e SIDA visto que é a


porta de entrada para cuidados, tratamento e suporte psicossocial, constituindo a base de
rastreio de principais doenças crónicas incluindo o HIV e SIDA e, deste modo, permitindo um
melhor encaminhamento do indivíduo para uma vida saudável, para a mudança de
comportamento e para o acesso ao tratamento, cuidados e apoio.

Uso do Preservativo

A camisinha ou preservativo continua sendo o método mais eficaz para prevenir muitas
doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids, a sífilis, a gonorreia e alguns tipos de
hepatites em qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal), seja homem com mulher,
homem com homem ou mulher com mulher.

Embora o preservativo masculino seja o modelo mais conhecido e de uso mais disseminado, as
mulheres também têm a opção de utilizar a camisinha feminina. Seja qual for o modelo, a
camisinha deve ser usada do começo até o fim de qualquer relação sexual e nunca utilize o
mesmo preservativo mais de uma vez

Abstinência Sexual

Todas as vezes que iniciarmos um novo relacionamento e desejarmos ter relações sexuais sem
protecção, teremos, antes, que solicitar ao nosso parceiro para fazer um controle.

Circuncisão

Contribui para que a região em redor do pénis seja menos infectada devido ao engrossamento
da pele nesta região, bem como melhora a higiene. Mas o circuncisão não evita a infecção pelo
HIV

Prevenção na utilização de materiais perfuro-cortantes

Devido a possibilidade de se transmitir o vírus HIV durante o compartilhamento de objetos


perfuro-cortantes, que entrem em contato direto com o sangue, é indicado o uso de objetos
descartáveis. Se os instrumentos não forem descartáveis, como lâmina de depilação, navalhas e
alicates de unha, é recomendável que se faça uma esterilização simples (fervendo, passando
álcool ou água sanitária). É importante destacar que os objetos cortantes e perfurantes usados
em consultórios de dentista, em estúdios de tatuagem e clínicas de acupuntura também correm
o risco de estarem contaminados. Portanto, exija e certifique-se que os materiais estão
esterilizados e, se são descartáveis, sejam substituídos.

Prevenção no uso de drogas injetáveis

O uso de drogas injetáveis e o compartilhamento de seringas é uma das principais formas de


transmissão do vírus HIV. Durante o contato do sangue soropositivo, a seringa é contaminada e
a reutilização da seringa por terceiros é também uma forma de contagio do vírus, já que
pequenas quantidades de sangue ficam na agulha ou seringa após o uso. Se outra pessoa usar
essa agulha ou seringa, esse sangue será injetado na corrente sangüínea da pessoa. Por isso, os
usuários de drogas injetáveis também precisam tomar alguns cuidados: Ter matérias de uso
próprio (seringa, agulha, etc) e não compartilhá-los com outros usuários; Não reutilizar as
agulhas e seringas; Descartar os instrumentos em local seguro, dentro de uma caixa ou
embalagem. As campanhas para se evitar a contaminação do HIV entre os usuários de drogas
injetáveis contam com distribuição de seringas e agulhas esterilizadas.

Prevenção em transfusão de sangue

O contagio de diversas doenças, principalmente do vírus HIV, através da transfusão de sangue e


da doação de órgãos tem contribuído para que as instituições de coleta selecionem
criteriosamente seus doadores e adotem regras rígidas para testar, transportar, estocar e
transfundir o material. Estes procedimentos estão garantindo cada vez mais um número menor
de casos de transmissão de doenças através da transfusão de sangue e da doação de órgãos.
Atualmente, apenas pessoas saudáveis e que não façam parte dos grupos de risco para adquirir
doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como Hepatites B e C, HIV, Sífilis e Chagas,
podem fazer a doação de sangue. Ainda assim é imprescindível que você, ou seus familiares, se
certifiquem, antes de se submeter a transfusão de sangue, de que o sangue e o material
hemoderivado foi devidamente testado.

Prevenção da transmissão vertical (gravidez, parto ou amamentação)

É importante que toda mulher grávida faça o teste que identifica a presença do vírus HIV. Se o
exame for positivo, a gestante vai receber um tratamento adequado para evitar a transmissão
para o filho na hora do parto. A gestante soropositiva recebe ao longo da gravidez e no
momento do parto medicamentos indicados pelo médico. Até as seis primeiras semanas de
vida, o recém nascido também deverá fazer uso das drogas. Como a transmissão do HIV de mãe
para filho também pode acontecer durante a amamentação, através do leite materno, será
necessário substituir o leito materno por leite artificial ou humano processado em bancos de
leite que fazem aconselhamento e triagem das doadoras.

Tratamento e Cuidados

O tratamento e cuidados assentam sob cinco áreas de provisão de serviços, mutuamente


interligados, incluindo: A provisão de serviços de continuidade de cuidados tanto para os
doentes HIV positivo ainda não elegíveis para o TARV assim como para aqueles que iniciam o
TARV e garantir que sejam complacentes às medidas prescritas; A melhoria do rastreio de TB
em doentes HIV positivo e vice-versa e a instituição de medidas de tratamento profilático para
casos de exposição ao risco; bem como, a garantia do apoio nutricional, psicossocial e cuidados
domiciliários para os doentes elegíveis que precisam de tal apoio.

Mitigação do Impacto do HIV/SIDA

A mitigação dos efeitos da SIDA está voltada para a redução das consequências a nívies dos
Agregados Familiares (AFs), Crianças Órfãs e Vulneráveis (COVs), comunidades e instituições,
através de iniciativas que visam: garantir o apoio em cuidados básicos a crianças órfãs e
vulneráveis (educação e habilidades para a vida, saúde, alimentação, apoio financeiro e
psicossocial); garantir a segurança alimentar e nutricional e reforçar a capacidade de geração
de renda das famílias; assegurar a protecção dos direitos de PVHS e de outros grupos
vulneráveis como mulheres, idosos e pessoas com deficiência infectadas e afectadas pelo HIV e
SIDA; e construir bases de evidência na área de mitigação para informar o processo de
desenvolvimento de políticas e programas.

Medidas que possam auxiliam o governo para implementação das estratégias de mitigação e
combate do HIV/SIDA

Comunicação

Num contexto de grande diversidade etnolinguística e múltiplos padrões de comportamento da


epidemia, a comunicação deverá ser estruturada, estratégica e sistemática, para produzir
efeitos que conduzam a mudanças de comportamento. De forma a responder efectivamente
aos factores ou padrões de comportamento acima citados, diferentes abordagens de
comunicação (Advocacia, Mobilização Comunitária, Comunicação Interpessoal, Comunicação de
Massas e Promoção dos Serviços de Saúde) devem convergir dentro de uma visão
compartilhada de comunicação.

Mobilização de Recursos

O cometimento político deverá expressar-se pelo volume orçamental do Fundo do Estado


alocado ao programa de resposta ao SIDA de uma forma global. O HIV e SIDA é uma questão
estrutural e de desenvolvimento que exige uma atenção constante de longo prazo. Assim, a
garantia da sustentabilidade da resposta à epidemia exige que o Governo reforce o
financiamento da resposta usando fundos domésticos. Esta alternativa deverá ser reflectida no
fluxo normal de dotações de recursos aos sectores para o financiamento dos seus planos de
resposta ao HIV e SIDA, devidamente priorizados. Além disso, para o alcance de acesso
universal de serviços sustentáveis na área do HIV e SIDA é exigível no quadro da presente
estratégia, o desenvolvimento de cenários de previsibilidade de recursos a médio e longo
prazos (cenários fiscais). Este exercício assume-se de grande importância para dinamizar-se um
processo orientado e informado de mobilização de recursos junto da comunidade
internacional.

Financiamento da Resposta

Deve haver financiamento para os actores da sociedade civil em zonas menos favorecidas. Criar
modelos de financiamento que estimulem todos os actores, estatais e não-estatais, incluindo
de nível distrital e local, respondendo aos constrangimentos que estes enfrentam no contexto
fiduciário, permitirá a extensão da resposta para o nível mais periférico com o objectivo de
alcançar os resultados almejados na presente estratégia.

Fortalecimento de Sistemas

O fortalecimento dos sistemas de ser feito num contexto de saúde mais integrado, o presente
plano estratégico deverá ajudar a construir e consolidar a ideia do desenvolvimento
institucional dos actores, permitindo a sua robustez e consistência para que se logre uma
resposta qualitativa aos desafios que o SIDA coloca. O reforço e desenvolvimento das
capacidades dos diferentes actores, desde os públicos, passando pelos privados até aos da
sociedade civil assume particular atenção, atendendo à dimensão multisectorial da resposta e,
particularmente, ao complemento e expansão por outros actores das acções desencadeadas
pelo Governo. Tal reforço deverá incidir sobre os processos de gestão, de desenvolvimento de
sistemas mais simplificados de gestão programática e financeira, de aproveitamento
tecnológico e, acima de tudo, de potenciação dos recursos humanos.

Maior envolvimento das organizações comunitárias de base

A descentralização da resposta e o fortalecimento das estruturas da base para uma resposta


cada vez mais enquadrada nos círculos de vida familiar e comunitária, deverá assentar numa
maior mobilização e envolvimento das organizações comunitárias de base. A sustentação das
direcções estratégica aqui formuladas encontrará maior consistência quando o envolvimento
das organizações comunitárias, formalizadas ou não, assumirem o seu papel de dar
continuidade e estender até à família as orientações emanadas no presente documento.
Epidemiologia

Epidemiologia (do grego. epi "sobre" demos "povo" logos "estudo"), ou a ciência das epidemias,
[1] propõe-se estudar quantitativamente a distribuição dos fenômenos de saúde/doença, e
seus fatores condicionantes e determinantes, nas populações humanas. A epidemiologia,
portanto, é um campo da ciência que trata dos vários fatores genéticos, sociais ou ambientais e
condições derivados de exposição microbiológica, tóxica, traumática, etc. que determinam a
ocorrência e a distribuição de saúde, doença, defeito, incapacidade e morte entre os grupos de
indivíduos. Sumariamente a definição de epidemiologia é o estudo da distribuição das doenças
e seus determinantes. Cabe à epidemiologia descritiva a avaliação da frequência ou distribuição
das enfermidades e à epidemiologia analítica o estudo dos fatores (causais) que explicam tal
distribuição, relacionando uma determinada situação de saúde, ou seja, as desigualdades dos
níveis de saúde entre grupos populacionais, com a eficácia das intervenções realizadas no
âmbito da saúde pública, ou mesmo identificando suas causas no modo como tais iniquidades
são produzidas, na forma como a sociedade se organiza e desenvolve.

Epidemia

É a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por contágio direto ou
indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado território e que depois
se extingue após um período. Nas infecções meningocócicas, por exemplo, uma taxa de ataque
superior a quinze casos por cem mil pessoas por duas semanas consecutivas é considerada uma
epidemia. Um surto epidêmico pode restringir-se a uma comunidade ou região; no entanto, se
se espalhar para outros países ou continentes e afetar um número substancial de pessoas, pode
ser chamado de pandemia.

Exemplo de Epidemia

 Surtos da Cólera

 As epidemias de dengue

 A Febre Amarela
Pandemia

A pandemia é decretada quando o surto ou a epidemia passa a ser encontrado em mais de um


continente e com transmissão comunitária, não sendo mais possível o rastreamento das
pessoas infectadas.

Exemplo de Pandemia

Peste do Egito ou Peste de Atenas (430 a.C.): causada por uma intensa epidemia de febre
tifoide, infectou as famosas tropas atenienses.

Peste Antonina (165 – 180): provavelmente causada pela varíola, matou cerca de cinco milhões
de pessoas, principalmente na região leste do império romano, com taxa de mortalidade de um
quarto dos enfermos.

AIDS (1981 - presente): doença transmitida principalmente pelas relações sexuais sem
proteção, afeta o sistema imunológico, deixando o corpo suscetível à infecção por outras
doenças. Causa a morte de cerca de 1 milhão de pessoas no mundo anualmente.

Gripe Espanhola (1918 – 1920): o vírus influenza que a causou infectou um quarto da
população mundial e causou entre dezessete e cem milhões de óbitos.

Gripe Suína (2009 – 2010): teve início no México, chegando a 187 países e resultando em cerca
de trezentos mil óbitos.

Covid-19 (2019 – presente): teve início na China, se alastrou para Europa, chegando
posteriormente a todos os continentes.
Conclusão

Depois de ter realizado o trabalho temos como conclusão o seguinte: O vírus HIV pode ser
transmito de diversas maneiras e para cada uma delas é preciso cuidados específicos para que
não haja a transmissão.

E que Epidemia é a manifestação coletiva de uma doença que rapidamente se espalha, por
contágio direto ou indireto, até atingir um grande número de pessoas em um determinado
território e que depois se extingue após um período, enquanto que a pandemia é decretada
quando o surto ou a epidemia passa a ser encontrado em mais de um continente e com
transmissão comunitária, não sendo mais possível o rastreamento das pessoas infectadas.
Referências bibliográficas

Conselho de Ministros. Estratégia de Aceleração da Prevenção da Infecção pelo HIV. Maputo:


Conselho Nacional de Combate ao SIDA, República de Moçambique; 2008.

Governo de Moçambique. Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta, 2006-2009


(PARPA II). Maputo; 2006

MISAU PNC ITS/HIV-SIDA. Informação preliminar sobre a revisão dos dados de vigilância
epidemiológica do HIV - ronda 2009. Maputo: Grupo Técnico Multisectorial de Apoio à Luta
Contra o HIV/SIDA em Moçambique, Ministério da Saúde. Moçambique; 2009.

PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: teoria e prática, p. 258 (Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan)

Rouquayrol MZ, Almeida Filho N. Epidemiologia e Saúde. BR, Rio de Janeiro: MEDSI, 2003

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