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HIV

MORFOLOGIA E ORGANIZAÇÃO
GENÔMICA
- Retrovírus são vírus RNA que, pela enzima DNA
polimerase RNA-dependente (transcriptase reversa –
RT), são capazes de copiar seu genoma de RNA em
uma dupla fita de DNA, e de integrarem-se ao genoma
da célula hospedeira.

- HIV

 Envelopado (apresenta em sua superfície uma


membrana lipídica oriunda da membrana CICLO VIRAL
externa da célula do hospedeiro e duas - A infecção pelo HIV inicia-se com a entrada do
glicoproteínas (gp41 e gp120); vírus na célula, através da ligação da proteína de
 Internamente a esta membrana está a matriz superfície (gp120) com o receptor da célula
proteica, formada pela proteína p17 e pelo (molécula CD4).
capsídeo viral de forma cônica composto pela
proteína p24; - A entrada ocorre através da fusão do vírus com a
membrana da célula, reação mediada por gp41.

- As moléculas CCR5 E CXRC4 funcionam como


correceptores, de maneira que indivíduos com
deleção no gene CCR5 são resistentes à infecção
pelo HIV, e os indivíduos heterozigotos evoluem
de forma mais lenta para aids.

CCR5-Delta-32: codifica uma proteína truncada que contém


215 aminoácidos, em comparação com a proteína selvagem
que contém 352 aminoácidos. A região afetada corresponde à
segunda alça extracelular da proteína, que perde os três
últimos domínios transmembranares, bem como regiões
 O material genético, o RNA transportador importantes de interação com a proteína G, responsável pela
(tRNA) e as enzimas necessárias para os transdução de sinal extracelulares. Além da proteína CCR5
primeiros eventos da replicação viral mutada não ser funcional, a mutação também afeta o local
encontram-se no capsídeo viral. onde CCR5 é expressa nas células CD4, passando a ser
 Os genes podem ser divididos em dois grupos: localizada no citoplasma e não na superfície da célula como a
proteína CCR5 selvagem.
os de codificação de proteínas estruturais
(gag, pol e env) e os que codificam proteínas - Após entrar na célula, o vírus precisa desarmar a
não estruturais – divididas em regulatórias e proteína APOBEC3G, um antiviral natural da
acessórias (tat, ver, nef0, vif, vpu e vpr); célula, que promove hipermutação G-A durante a
transcrição reversa. A proteína viral Vif se liga a
Obs. GAG (antígeno de grupo)= codifica a matriz
APOBEC3G levando a sua degradação.
proteica (p17), o capsídeo viral (p24) e as proteínas
nucleares; - RNA viral é convertido a DNA pelas enzimas
transcriptase reversa e ribonuclease H (ocorre no
POL (polimerase)= transcriptase reversa, protease e
citoplasma)  A dupla fita de DNA, assim
integrase.
formada, é integrada de forma randômica ao
ENV (envelope) = codifica as proteínas do envelope. genoma do hospedeiro pela enzima integrase 
O funcionamento da integrase depende da sua
ligação com um cofator celular denominado
LEDGF/p75. Uma vez integrado, o DNA viral
permanece na célula enquanto ela estiver viva.
- As proteínas celulares e virais controlam a
expressão gênica do HIV - Inicialmente, apenas as
proteínas Tat, Rev e Nef são sintetizadas e o FORMAS DE TRANSMISSÃO
acúmulo da primeira no núcleo da célula aumenta
a transcrição da segunda, que regula a expressão
do RNA mensageiro, levando a produção das
proteínas estruturais.

- A liberação do vírus ocorre por brotamento -


durante esta fase, a enzima protease processa as
proteínas precursoras dos genes pol e gag,
tornando a partícula viral madura e capaz de
infectar uma nova célula;

OBS. Em caso de transmissão vertical, os


fatores que influenciam são:

 Carga viral;
 TARV;
 Genótipo HLA (O antígeno leucocitário
humano G (HLA-G) é uma molécula não
clássica de complexo principal de
histocompatibilidade (MHC) de classe I –
Importância: Formulação de drogas que ajam em pontos vai progredir como com a doença?);
específicos do ciclo – MEDICINA DE PRECISÃO;  Tempo de ruptura da membrana
Amniótica;
 Outros;

SE NÃO TIVER GENOTIPAGEM OU SE HOUVER


GENOTIPAGEM PRÉVIA MOSTRANDO RISCO AO
USO DE ENFAVIRENZ, usa-se o ATAZANAVIR
(ATV/r)
Dolutegravir = inibidor de integrase
DRV = Dorunavir
IMUNOPATOGÊNESE
ZIDOVUDINA (AZT)
PARTO (IV) – ligar assim que a gestante chegar à
maternidade
o Ataque  2mg/kg na primeira hora;
o Manutenção  1mg/kg/h até clampear
cordão;
NVP = Nevirapina
TODOS RN (VO) – 4mg/kg/dose de 12h/12h, início
2-4h de vida (por 4 semanas). HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA

AZT IV iniciado 3h antes da cesárea eletiva ou


antes do nascimento. Manter TARV VO do dia no
horário habitual.
 Teste rápido (sangue ou fluido
oral): 30d-3m
 Imunoensaios (ELISA) de 4ª
geração: detecta anticorpos +p24 =
20d
Obs. 3ª geração não detecta o antígeno p24 
24-28d
 Western-blot/imunoblot: 30d
o Fluxogramas do MS:
 Quaisquer 2 testes positivos, de
fabricantes diferentes, estabelecem
diagnóstico  exceção: dois TR de
fluidos orais;
 2 testes rápidos sanguíneos;
 Testes rápido fluido oral + teste
rápido sanguíneo
 Imunoenzimático 3ª/ 4ª geração +
PCR;
Obs. PCR > 5.000 cópias? SIM: confirmada
/ NÃO: repetir teste confirmatório de
2-4 semanas. Discordância entre testes  repetir
com teste confirmatório: western-
blot/imunoblot;
!!! Suspeita forte com testes negativos 
repetir em 4 semanas

DIAGNÓSTICO
o Período de incubação (eclipse viral):
nenhum: método detecta! DIAGNÓSTICO < 18 MESES QUE RECEBEU
o SRA: QUIMIOPROFILAXIA
 PCR
 Ainda não tivemos tempo de ter
resposta sorológica;
o Após 3-4 semanas do contágio (latência
clínica):
 Testes sorológicos
O que solicitar antes de iniciar o tratamento?
 CV e CD4
- Não se deve solicitar CD4 para pacientes
bem aderentes, com seguimento adequado
do esquema terapêutico;

Motivo: nesse caso, o paciente apresentará carga


viral negativa. Logo, não há necessidade de
avaliação do CD4 para análise do status
imunológico do paciente

o Para confirmar a infecção são necessários - Solicita-se quando:


2 exames de carga viral com 1. Ao diagnóstico;
>5000cópias/ml. 2. Até obtenção de 2 medidas com valor >
350 por, pelo menos, 6 meses;
o Fazer o 1º teste da carga viral 2 semanas
 Screening ILTB e outras ISTs – PPD/ IGRA
após o término da profilaxia e o 2º teste 6
RxTx;
semanas do término da profilaxia.
 Laboratoriais gerais: hemograma, FR,
o Se o 1º teste for >5000cópias/ml o
transaminases, DLP;
segundo teste deve ser repetido
 CD4 só se deve solicitar no momento do
IMEDIATAMENTE.
diagnóstico. Após, o seguimento mensal é
o Para confirmar definitivamente que a só com CV;
criança não foi infectada mesmo com os  Mas e em caso de paciente com AIDS, não
dois testes negativos é preciso realizar monitora o CD4? Sim, até obtermos duas
um teste sorológico anti-HIV após 18 medidas > 350 céls com intervalo de 6m.
meses de vida. Após isso, considera-se recuperação
imunológica efetiva e monitorização volta
Obs. Sorologia NÃO É ÚTIL, pois nessa faixa a ser somente CV.
etária, a criança pode apresentar anticorpos anti-
HIV da mãe, mesmo que não tenha sido Genotipagem pré-tratamento: Quando solicitar?
infectada.
 Crianças/adolescentes e gestantes;
SE CRIANÇA NÃO RECEBEU QUIMIOPROFILAXIA:
Em gestantes virgens de tto, faz-se genotipagem
o Fazer os testes de imediato; para saber qual o TARV preferencial.
o Se o resultado do primeiro teste der (-) ou
 Coinfecção com tb, no momento do
<5000cópias/ml deve-se repetir o teste 4
diagnóstico;
semanas depois.  Paciente que se infectou de parceiro em uso
de TARV (casais sorodiscordantes)
 Se vai usar efavirenz como esquema inicial
Infecção latente em TB em paciente portador de
HIV
Co-infecção HIV + tuberculose é a principal causa de
morte no mundo de pacientes soropositivos:

 Screening de TB latente
- Anual  PPD + Radiografia de tórax +
história clínica;
ORIENTAÇÕES AO TRATAMENTO
Obs. PPD pode ser falso negativo nos casos em o Função renal com fosfatúria +
que os valores de CD4 <350, POR ISSO NESSA creatinina em urina – avaliar as
SITUAÇÃO, MUITAS VEZES, FAZ-SE O IGRA OU SE alterações pelo TDF;
INICIA A ADMINISTRAÇÃO DE ISONIAZIDA o DMO
- Para contactante domiciliar de paciente Labs geral (perfil lipídico
bacilífero  administrar isoniazida
INÍCIO IMEDIATO DA TARV ESTÁ
independentemente do PPD;
RECOMENDADO PARA TODAS AS PVHIV,
- TTO de TB latente: isoniazida por 9m, INDEPENDENTE DO ESTÁGIO CLÍNICO E/OU
totalizando 270 doses IMUNOLÓGICO! *
TRATAMENTO *Única exceção estabelecida pela literatura:
Fonte: PCDT Manejo da infecção pelo HIV em adulto coinfecção por TB – inicia-se tratando TB: 2
semanas para a forma pulmonar e 8 semanas
Esquema preferencial: Tenofovir (TDF) + para a neuroTB.
Lamivudina (3TC) + Dolutegravir (DTG)
*Motivo: evitar ou reduzir a sobreposição de
Obs. O esquema preferencial pode ser eventos adversos relacionados às medicações.
utilizado inclusive em gestantes, visto que
estudos comprovaram que o dolutegravir não
interfere na formação do tubo neural. Em
consequência disso, para gestantes em 1°
trimestre pode-se fazer uso da medicação
sem a necessidade de switch para o
Raltegravir.
O antigo esquema com EFAVIRENZ: apenas
em CI de dolutegravir.
Os tratamentos não devem ser iniciados juntos,
pois há aumento da síndrome de reconstituição
imune, o que leva o paciente ao risco de morte pela
recuperação da resposta inflamatória e piora dos
sintomas da tuberculose.
Obs. Tb pulmonar quando em atividade está
diretamente associada à diminuição dos linfócitos
CD4.
Situações de PRIORIZAÇÃO para o início do tto
1. Presença de sintomas (doença definidora
Anteriormente, o início da TARV era de Aids, sinais de imunodepressão
condicionado aos níveis de CD4, todavia, moderada, nefropatia, cardiomiopatia,
observou-se que independentemente do nível alterações neurocognitivas associadas ao
de CD4 o paciente era beneficiado com o HIV)
início da TARV  em qualquer faixa de CD4 o 2. CD4<350
inicio da TARV reduz a transmissibilidade do 3. Gestante
HIV. 4. TB ativa (qualquer forma)
 Seguimento 5. Coinfecção HBV/HCV
o Carga viral em 6 meses; 6. RCV elevado (> 20% pelo escore de
o I=I (Indetectável=intransmissível) Framinghan)
Falha virológica
 Principal parâmetro para  É a mesma medicação de primeira
caracterização de falha de tratamento; escolha no tto do HIV, porém apenas
 Caracterizada por: por 28d;
 CV-HIV detectável após 6 meses do
início ou modificação da TARV OU
CV-HIV detectável em indivíduos
em TARV que mantinham CV-HIV
indetectável;
 Principais fatores associados à falha
virológica:

ACONSELHAMENTO
o PrEP
 Tenofovir + entricitabina

PRINCIPAIS DOENÇAS OPORTUNISTAS


 Pneumocistose
o Acometimento pulmonar
o Agente etiológico: fungo, Pneumocystis
jirovencii;
o História clínica:
 Dispnéia + emagrecimento + tosse
o PEP seca + perda ponderal + febre
o Ao exame físico: HIV+) recebam profilaxia com Sulfametoxazol+
 MV + sem RA  Costuma ser “limpa”, trimetropim a partir de 4 semanas de vida.
sem alterações;
 Associar prednisona 40mg de
 Atentar para taquidispneia e
12h/12h por 5d  se PaO2
dessaturação;
</=70mmHg
 Comumente candidíase oral;
 Na prática clínica, essa
o Na radiologia:
associação é feita quando
 Radiografia de tórax sem
há dessaturação;
alterações;
 Problemas de alergia com
Bactrim: pode cursar com
síndrome Stevens-Johnson,
IRA, hipercalemia, intolerância
gástrica e flebite
Obs. ATENÇÃO: O PACIENTE PIORA NO 3°-5° DIA
DE TRATAMENTO. A PROFILAXIA É INDICADA
PARA PACIENTES CD4 <200
 NeuroAIDS
 TC de tórax  infiltrado bilateral o Na avaliação será abordado como:
central, em vidro fosco;  Sinal neurológico focal
subagudo com história de febre
Obs. Atenção para os diagnósticos alternativos  e encefalite (confusão mental,
2ª imagem de congestão pulmonar RNC)
Opacidades que permitem que vc individualize os  Nesse sentido, será abordado
vasos = opacidade em vidro fosco. Se você não com neurotoxoplasmose
consegue observar isso, já é uma consolidação (CD4<200) até que se prove o
(vidro fosco pode evoluir para isso). contrário.
o História clínica
o Exames laboratoriais gerais:  Alteração motora e de fala 
 Aumento de DHL (indica lesão de neurotoxo é uma doença com
órgãos e tecidos) predileção pelos gânglios da base;
 CD4 < 200 (em geral valores se  Comumente com tempo > 1
encontram < 100) semana;
 Gasometria arterial com PaO2  Associado a confusão mental e
baixa febre;
o Exame confirmatório  PCR em lavado o Exame físico:
broncoalveolar positivo para pneumocistis  Sinal neurológico focal
jirovencii  Ausência de sinais meníngeos
 Na prática, o diagnóstico é o Exames laboratoriais gerais:
realizado através de critérios  IgG NTX +
clínico-radiológicos;  CD4 < 200 (geralmente < 100)
o Tratamento o Radiologia: TC de crânio
 Bactrim (alternativa:Clindamicina +  Lesão focal, única (mais comum)
primaquina0 /21d; ou múltipla, com centro hipodenso
Obs. Por ser uma das doenças mais frequentes e realce anelar  caráter de
em crianças com HIV, recomenda-se que TODAS necrose central
as crianças expostas pelo HIV (filhas de mães  Presença de edema perilesional 
em geral, há desvio da linha média
1. Em indivíduos que se o Linfoma primário de SNC
apresentem com quadro de  Sem febre
AIDS, deve-se realizar a TC  EBV (antiVCA +)  100% dos casos
anteriormente à coleta de de linfoma primário são ligados
líquor. aos EBV;
 Lesão única, subcortical, sem
edema perilesional;
 CD5 < 50

o Exame confirmatório o LEMP – Leucoencefalopatia multifocal


 PCR LCR (apenas 60% dos casos há progressiva
positivação);  Sem febre
 Costuma ser utilizado o IgG NTX  Déficits neurológicos focais,
o Tratamento progressivos e cumulativos
 Empírico  Diagnóstico por  Reativação do vírus JC  PCR em
melhora clínica em até 2-3 LCR > 90%
semanas  Atinge bainha de mielina,
causando desmielinização
Obs. Se não houver melhora, indica-se biópsia  Lesão em dedo de luva, substância
estereotáxica. branca
Obs. Se houver edema perilesional proeminente  CD4< 50
com efeito de massa  associar corticoide.  NEUROAIDS: QUANDO A LESÃO
NÃO É FOCAL
 Esquemas: o Neurocriptococose
1. Bactrim  De modo resumido, o agente
2. Sulfa + pirimetamina + ácido etiológico entope os canais de
folínico (por 6 semanas) drenagem da aracnoide;
3. Clindamicina + pirimetamina +  História clínica:
ác. Folínico - HIC: cefaleia, intensa e refratária,
Obs. A neurotoxo é a causa mais comum de progressiva  quadro somente é
lesões expansivas cerebrais em PVHIV. resolutivo com punção!
- Sem febre
 NeuroAIDS: QUANDO A LESÃO - Sem alteração focal
NÃO É NEUROTOXOPLASMOSE - Pode haver rebaixamento do
o Ocorre em casos em que a prova nível de consciência pela própria
terapêutica deu negativa ou o paciente hipertensão intracraniana
IgG NTX negativo  Biópsia estereotáxica  Exame físico:
 Biópsia é indicada principalmente - Sem sinal neurológico focal
para fazer diagnóstico diferencial - Há presença de meningismo
com Linfoma primário de SNC.  Na radiologia:
- Sem lesão focal  ocorre - Proteínas  Alta (300-500mg/dl)
apagamento de sulcos - Celularidade  Alta, predomínio
- Herniação linfócito (>35%)
- Sem desvio da linha média - Glicose: Normal ou baixa
 Exames laboratoriais gerais - ADA  Pouco valor, mas, no
- CD4 < 200 (em geral, os geral, fortemente sugestivo se > 10
valoreencontrados são de CD4 < UI/ml
100) - pbaar  até 50%
 Exame confirmatório - Cultura  até 50%
LCR - PCR  até 80%
1. Pressão de abertura muito - Particularidades da AIDS: sempre
elevada aguardar 8 semanas para iniciar
2. Tinta da china positiva TARV (risco de SIRI)
3. Cultura positiva (5-7d)  Tratamento prolongado na fase de
4. Antigenemia fortemente + manutenção 2RIPE/10RI
(titulação > 1/128) - 2 meses – RIPE + 10 meses – RI
 Tratamento - Particularidade
- Inicial (fase intensiva) 1. Se o diagnóstico for
1. Anfotericina B + 5-flucitosina = concomitante ao de HIV, aguardar
pelo menos 2 semanas 8 semanas para iniciar TARV (risco
2. Alternativo  anfotericina B + de SIRI)
fluconazol - Sempre iniciar internado
- Consolidação  Fluconazol em - Corticoterapia para impedir piora
alta dose por 8 semanas inicial – 4 semanas: Dexametasona
- Manutenção  fluconazol ou prednisona
profilático por 1 ano
OBS. Nesses casos, não ocorre a associação do
tratamento do corticoide, pelo fato de redução
do clearence fúngico e, por conseguinte, piora do
desfecho clínico;
o Neurotuberculose – meningo tb + hiv
 Não é uma infecção oportunista
 História clínica:
- Sinal neurológico focal em pares
cranianos
- Confusão mental e rebaixamento
do nível de consciência  SIRI – SINDROME DE
- Febre RECONSTITUIÇÃO IMUNE
- Perda de peso o Temos que ser cuidadosos ao iniciar TARV
 Exames laboratoriais gerais: em paciente com doença oportunista!
- PPD/IGRA+  O motivo se deve ao fato de que,
- CD4 < 100 ao melhorar a imunidade celular
 Radiologia: com recuperação de CD4, o
- Tuberculomas são raros paciente desenvolve uma resposta
- Angio TC/ angioRNM  vasculite inflamatória mais exacerbada aos
de vasos da base antígenos da doença oportunista.
 Análise do líquor
 Como consequência, pode piorar  Caracteriza-se pela latência clínica 
do quadro inicial. doença de reativação
o Clínica: angioproliferação cutânea e visceral
(TGI e trato pulmonar)
o CD4 < 100
o Tratamento:
 QT + RT
 TARV causa reconstituição imune,
devolvendo o vírus ao estágio de
latência clínica

 DISFAGIA NA AIDS
o Candidíase:
 Principal causa de disfagia em AIDS
 PROFILAXIA PARA DOENÇAS
 Candida albicans
OPORTUNISTA
 Exsudato de aspecto
“algodonoso”, branco de base
eritematosa
 CD4 < 200 cels
 Diagnóstico é por EDA
- No geral se faz tto empírico por
14 dias
- Se não houver melhora clínica,
procede-se com a realização da
EDA
 TTO  fluconazol
o CMV
 Principal causa de úlcera em TGI
 São poucas úlceras, pequenas, não
confluentes, mas profundas
- Podem cursar com perfuração
 CD4 < 50 cels
 Diagnóstico é dado por  disfagia
+ dor retroesternal + biópsia + PCR
- ATENÇÃO!!! PCR sérico pode vir
negativo!!!
 Avaliar retinite (fundo de olho)
- Quadro tem evolução súbita e
pode causar cegueira permanente
 Tratamento  ganciclovir
o Herpes
 Múltiplas lesões, rasas,
confluentes, base eritematosa
 Tratamento  aciclovir
 SARCOMA DE KAPOSI
o Agente etiológico  herpes vírus tipo 8

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