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Dermatoses infecciosas

Escabiose
Definição  Túnel: lesão dita quase patognomônica de
escabiose  pequenas linhas
 É uma dç infecciosa causada pelo ácaro
serpiginosas, eritematosas, que medem
Sarcoptes scabei var. hominis  produz
entre 2-15mm:
enzimas proteolíticas que degradam a
ceratina;
 Baixas condições socioeconômicas;
 Contato inter-humano;
 Surtos;
Ciclo de vida

 Escabiose no lactente
o Costuma ser mais generalizada:
face, couro cabeludo, região palmo
plantar:

Apresentação clínica

 Prurido noturno  Escabiose no idoso: região palmoplantar


o Período em que a fêmea mais se acometida e prurido mais intensos que na
movimenta na camada córnea e população geral;
também quando ela costuma pôr  Escabiose crostosa/ sarda norueguesa:
os ovos; pacientes com algum grau de
 Regiões mais acometidas imunossupressão. Lesões
Áreas flexurais, região hiperceratósicas, crostosas, com fissuras
umbilical, genital, podem e espessamento das unhas.
ser acometidos cotovelos
e joelhos;

Obs. Locais mais acometidos: couro cabeludo, mãos e pés.


HÁ MUITOS PARASITAS NAS ÁREAS CERATÓSICAS
(podem apresentar IgE e eosinofilia).

Diagnóstico

 Clínico e epidemiológico
 Exame direto (pequena escarificação na
lesão cutânea e depois a tentativa de ver
o fungo no microscópio);
Tratamento vaselina ou pasta d’água. É
aplicado em todo o corpo por três
 Permetrina: Piretroide sintético, atua noites consecutivas;
bloqueando os canais de sódio, levando à o Tem mau odor e pode manchar
disfunção neurológica do parasita;
roupas;
o Deve ser aplicado por toda a
extensão da pele, do pescoço aos
pés, à noite. Deve ser retirada na
manhã seguinte à aplicação. É
considerada ovicida. Pode-se fazer
um reforço após 7-10 dias que foi
passada;

Contraindicações: categoria B para gestantes,


contraindicado para crianças < 2 meses.

Colateral mais comum: dermatite de contato;

 Ivermectina: melhor droga para tratamento Obs. Pode-se associar anti-histamínicos, caso coceira
sistêmico. Escolha em casos de: exagerada.
o Surtos de escabiose, com Obs. Se houver manutenção da coceira após
múltiplas pessoas infectadas; erradicação do parasita, pode-se usar corticoide por 1-
o Indivíduos que apresentam 2 semanas  prednisona: dose inicial de 20-40mg/dia
dermatite atópica (que podem reduzindo gradualmente;
apresentar colateral como Obs. Para sarna norueguesa: associar tratamento
dermatite de contato) tópico e sistêmico;
o Sarna norueguesa;
o Modo de uso: 200mcg/kg VO, dose Tratamento dos contatos e do ambiente
única (repetida após 1-2
 TRATAR TODOS OS CONTATOS
semanas);
ÍNTIMOS, MESMO QUE NÃO SEJAM
Contraindicações: não deve ser utilizada em SINTOMÁTICOS;
mulheres grávidas ou amamentando. Crianças <  Lavagem de todos os fômites
5 anos de idade ou < 15kg. (principalmente roupa de cama e pessoal),
que devem ser trocados diariamente;
 Enxofre: droga de escolha para gestantes,  Limpeza de todos os cômodos pelos quais
mulheres amamentando e < 2 anos; o paciente transita;
o Modo de uso: deve ser utilizado na  Se escolar: afastar da escola até 24h após
concentração de 5% a 10% em término do tto;
Pediculose
Pediculose do corpo  Podem ser generalizadas ou localizar-se
preferencialmente nas axilas, região
 Doença infectocontagiosa comum;
cervical e punhos, locais em que as
 Relacionada a condições roupas estão em maior contato com a
socioeconômicas ruins pele;
 Países frios
 Agente etiológico: Pediculus humanus
corporis;
 Transmissão de doenças (Bartonella e
Rickettsia);
Manifestações clínicas

 Prurido marcante
 Escoriações devido ao ato da coçadura
 Algumas áreas liquenificadas Diagnóstico
 Pápulas eritematosas com crostas
 Visualização direta do Pediculus humanus Ciclo de vida
corporis ou dos ovos na roupa do
paciente;
Obs. Procurar principalmente nas áreas de costura,
pois ali que ele costuma se concentrar;

Tratamento

 Higienização corporal e das roupas;


Obs. Lavar roupas e roupas de cama em altas
temperaturas + passar roupa com ferro quente;
Apresentação clínica
Pode-se optar por piolhicidas em forma de
sabonete:  Prurido no couro cabeludo é o sintoma
mais importante  reação de
 Permetrina 5% hipersensibilidade à saliva do piolho;
o Modo de uso: Aplique nas áreas
afetadas e deixe agir por 10min, Tratamento
por fim, enxague com água morna.
 Pediculocida + remoção mecânica
Repetir a aplicação se houver
 Permetrina
piolhos no dia seguinte;
o Deve ser aplicada ao couro
 Deltametrina (famoso escabin)
cabeludo e permanecer por 10min.
o Modo de uso: ensaboar
Após esse tempo, é realizada
energicamente toda a região
remoção com água. O tratamento
afetada ou todo o corpo caso
deve ser repetido
necessário, deixando a espuma
aproximadamente 10 dias após a
permanecer por 5min. Enxaguar
primeira aplicação (esse é o tempo
bem. Usar durante 4 dias
que o ovo leva para eclodir e a
consecutivos e repetir 7 dias após
permetrina passa a ter ação sobre
o primeiro uso, de modo a evitar
o parasita);
uma possível reinfestação por
 Ivermectina
permanência de ovos;
o Droga de eleição para tratamento
 Ivermectina 0,2mg/kg
sistêmico
o Opta-se em casos de muita
o 200mcg/kg DU, repetida após 8-10
infestação ou refratariedade;
dias;
Pediculose do couro cabeludo
Pediculose da região pubiana
 Pediculus humanus capitis
 Phitirus púbis
 Afeta qualquer classe social
 Prurido genital é o sintoma mais comum
 Afeta mais meninas
 Contato direto inter-humano
 Contato direto inter-humano
 Remoção manual e permetrina 1%
Tungíase

 “Bicho de pé”;

 Tunga penetrans;
 Baixa condição socioeconômica;
 Os pés são os locais mais afetados;
 Tétano é uma complicação possível;
Ciclo de vida
Quadro clínico  Se uma ou poucas lesões: remoção
mecânica com agulha;
 Lesão: papula amarelada com um centro
 Se várias lesões: tiabendazol 25mg/kg por
enegrecido (onde está localizado a fêmea)
10 dias (casos extensos). Ivermectina
Tratamento pode ser utilizada;
 Orientar sobre o uso de calçados;
Miíase
Primária (furunciloide)

 Berne
 Larva da mosca invade o tecido sadio
 Parasita obrigatório
Secundária

 “bicheira”
 Larvas que se alimentam de tecido
necróico;
Ciclo de vida

 Dermatobi a hominis

Tratamento

 Remoção mecânica
 Oclusão do orifício com esparadrapo

Larva migrans (“bicho geográfico”)

 Ancylostoma brasiliensis e ancylostoma Tratamento


caninum
 Casos localizados
 Países de clima tropical
o Tiabendazol pomada 5% 3x/por 10
 Adquirida por contato com solos
dias
contaminados
 Casos extensos
 Acomete nádegas e pés;
o Tiabendazol 25mg/kg
Apresentação clínica o Albendazol
o Ivermectina

Verruga viral

 Papiloma vírus humano (HPV)  Em imunossuprimidos pode haver


 Mais comuns em crianças múltiplas lesões
Apresentação Clínica

 Verruga vulgar ou comum: representa a


maior parte  lesões papulosas ou
nodulares cuja superfície é ceratósica Tratamento
(muita queratina);
 Verruga plantar: placas ceratósicas bem  Ácidos
localizadas nas plantas (geralmente é o Tricloroacético e nítrico (fortes):
dolorosa). Possui um crescimento uso exclusivo em consultório e
endofítico (para dentro) bem pronunciado; devem ser aplicados pelo médico
 Verruga plana: placas e pápulas o Lático e salicílico: podem ser
achatadas, da cor da pele ou levemente prescritos para que o paciente
rosadas, geralmente numerosas, aplique diariamente após lixar a
localizadas principalmente na face e nos verruga;
antebraços. Em crianças o acometimento  Crioterapia
da face é o mais comum;  Eletrocoagulação
 Verruga subungueal  Imiquimode
o Imunomodulador
o Aplicar na região afetada 3 dias da
semana intercalados, pela noite,
lavando pela manhã, por até 3
meses;
Molusco contagioso

 Poxvírus
 Pico de incidência em < 5 anos e em
jovens com idade escolar;
 Prevalência aumentada em
imunodeprimidos;
 Mais paciente em pacientes com
dermatite atópica;
 Transmissão inter-humana (creches)
 Em adultos pode ser uma IST
Obs. Isso porque o local mais comum em adultos é a
região genital. Nesse caso, considera-se que ocorreu Diagnóstico
transmissão por via sexual e considera-se testagem
para outras ISTs;  Clínico
 Biópsia em caso de dúvida diagnóstica:
Quadro clínico
achado “corpos de Henderson-Paterson”;
Tratamento
Obs. As lesões podem regredir esponeamente após meses,
por isso, a conduta expectante é aceitável. Usualmente as
lesões se resolvem espontaneamente em 2 meses.

 Conduta expectante
Em casos de múltiplas lesões ou indivíduos
adultos:

 Curetagem
o Pode-se aplicar anestésico tópico  Podofilotoxina 0,5% - qsp 15ml: aplicar
(lidocaína base) 30min antes de 2x/dia por 3 dias seguidos em uma
realizar a curetagem; semana, podendo repetir por até 4
 Crioterapia semanas;
o Aplicar nitrogênio líquido em cada  Imiquimode
lesão de molusco. Após o o Aplicação domiciliar. Aplicar nas
descongelamento, a tendência é a lesões 3x/semana, por 4-12
lesão cair nos próximos dias; semanas. Até as lesões caírem;
Pitiríase versicolor

 Malassezia sp
o Fungo comensal e lipofílico;
 Países de clima tropical
 Adolescente e adultos jovens (época em
que a pele apresenta maiores níveis de
gordura)
 Acomete mais áreas seborreicas Diagnóstico

Quadro clínico  Clínica


 Exame micológico direto (KOH): achado
de “macarrão com almôndegas”;
Obs. Sinal de Zileri: estiramento cutâneo produz
descamação furfurácea;

Sinal de Besnier: sinal da “unhada” (passa-se a unha


discretamente sobre as lesões, o que faz com que a
descamação furfurácea se torne evidente”);

A lâmpada de Wood pode auxiliar pois revelará uma


fluorescência róseo-dourada;

Tratamento

 Tópico
o Azólicos (cetoconazol, isaconazol),
terbinafinatópica e ciclopirox;
o Xampu de cetoconazol a 2%
 Versicolor = “várias cores” o Xampu de piritionato de zinco e
 Múltiplas máculas bem delimitadas, de sulfeto de selênio
tamanhos variáveis e descamação fina
(furfurácea); Obs. Como as lesões de pitiríase versicolor são
 Podem ser hipercrômicas, hipocrômica ou superficiais, esfregar a pele com bucha vegetal auxilia
eritematosas; na melhora;

 Sistêmico (escolha para casos refratários


ao tratamento tópico)
o Itraconazol: 200mg/dia por 5 dias
o Fluconazol: 300mg, uma vez por
semana, por duas semanas;
Obs. Pacientes com manchas hipocrômica: orientar
se expor ao sol por alguns minutos e esclarecer que
a cura clínica é baseada na ausência de escamação
(a repigmentação costuma ser lenta)

Candidíase

 Candida albicans é a principal  Vários fatores de risco


 Fungo comensal do tipo levedura  Azólicos são drogas de escolha
Fatores de risco

 Antibióticos
 Gestação
 Uso de corticoides
 Diabetes mellitus
 Quimioterapia
 Imunossupressão
Obs. É diferente de dermatite de fralda! Atente
Candidíase oral
para a diferença: pápulas e pústulas satélites;
 Placas esbranquiçadas facilmente Diagnóstico
removíveis com uso de espátula  após
remoção é possível ver fundo eritematoso  Clínico, mas na presença de dúvida
e brilhante; diagnóstica:
 Acomete comumente lactentes, idosos o Exame micológico direto: visualiza-
que utilizam prótese dentária e infectados se leveduras (estruturas
pelo HIV arredondadas) pseudo-hifas;
Tratamento

 Antifúngico tópico:
o Nistatina + óxido de zinco
(Dermodex): 100.000 unidades/g +
200mg/g por 10-14 dias: aplicar na
região afetada 2x/dia após lavar e
 Queilite angular: eritema, fissura e secar a região;
maceração nos ângulos da boca.
Obs. Se candidíase oral, a nistatina utilizada é na
Obs. Muito associada a prótese dental mal adaptada e apresentação de suspensão oral utilizada 4x/dia. A
que leva ao acúmulo de saliva nessa região; suspensão deve ser bochechada e mantida por vários
minutos na boca e depois ser engolida;

oMiconazol 2mg/g (Vodol): aplique


na região afetada 2x/dia após lavar
e secar a região;
o Cetoconazo. Isaconazol...
 Antifúngico sistêmico
o Itraconazol 100mg (Miconazol):
Crianças 3-5 mg/kg/dia 1x/dia
(máx 200mg/dia); adultos
200mg/dia 1x/dia – duração de 2 a
 Glossite romboidal mediana: placa 6 semanas;
eritematosa e brilhante na região central o Fluconazol;
da língua;
 Intertrigo por cândida

Obs. As regiões mais acometidas são: inguinocrural,


sulco interglúteo, interdigital, inframamátia, axilas e na
dobra do abdome de pacientes obesos;
Tinea pedis (“pé de atleta”)

 Dermatofitose mais comum em adultos;


 T. rubrum é o dermatófito mais frequente;
 Transmissão: contato direto com outro
indivíduo infectado ou por meio de contato
com ambientes contaminados;
Tratamento
Quadro clínico
 Orientar: higiente com os calçados, trocar
 Variante interdigital: eritema, descamação
meias todos os dias e secar bem os pés
e erosões entre os dedos dos pés;
antes do banho;
 Desconforto e dor;
 Antifúngicos tópicos aplicados 2x/dia por 4
 Variante vesicobolhosa: eritema, sem.
descamação, vesículas, bolhas e pústulas
 Maiores taxas de cura: terbinafina;
na região plantar;
 Forma escamosa: hiperceratose, Obs. O tratamento da tinea pedis é muito importante,
principalmente em pacientes com diabetes e/ou insuficiência
descamação e pouco eritema;
venosa. A tinea pedis é uma das principais portas de
 Todas apresentam prurido; entrada de bactéricas que causam celulite e/ou erisipela;
Obs. É comum se apresentar onicomicose
concomitante.

Dermatofitose (“Tinea”)

 Dermatófitos o Via de regra duas semanas de


 Dependem de ceratina tratamento já é o suficiente;
 Pele, pelos e unhas
Onicomicose (“dermatofitose de unhas”)
 Microscoparum, tricophyton,
epidermophyton  T. rubrum
 Unhas amareladas e espessas
Tinea corporis
 Tratamento longo
 Trichophyton rubrum – pode ser adquirida
Quadro clínico
através do contato direto com outra
pessoa infectada ou através de fômites;  Onicomicose distal e lateral: forma mais
 Uma ou poucas lesões pruriginosas comum. Há onicólise (descolamento da
 Lesão eritematosa, circinada, com lâmina ungueal do leito ungueal) com
clareamento central e bordas com crostas; hiperceratose (aumento de ceratina) na
crescimento centrífugo; região subungueal distal. A onicólise é
vista na clínica como uma mancha
amarelada na lâmina ungueal.

Diagnósticos diferenciais: hanseníase


tuberculoide e eczema numular;
Tratamento
 Onicomicose superficial branca: nesse
 Medicamentos tópicos tipo de onicomicose, há várias manchas
o Azólicos (cetoconazol, isoconazol), brancas na lâmina ungueal. Essas
terbinafina e ciclopirox manchas apresentam descamação se
você as raspar com um bisturi. Por ser oFluconazol 150mg 1cp 1x/semana
superficial, são mais fáceis de tratar; 10-12 semanas;
o Terbinafina 500mg/dia (2cp de
250mg), por 7 dias (uma semana
no mês);
o Itraconazol 200mg/dia, por 7 dias
também;
 Tratamento varia de 3 mêses a 1 ano;
Tinea capitis

 Afeta o couro cabeludo;


 Onicomicose proximal subungueal: há  Trichophyton tonsuras (transmissão
uma mancha branca na região proximal ocorre por contato direto com indivíduo
da unha. Como ela é subungueal, não há contaminado) e Microsporum canis
descamação mesmo que você as raspe (contato com animais infectados);
com um bisturi. Ela pode progredir até que
 Crianças em fase pré-puberal
toda a unha se torne branca. Esse tipo de
 Baixo nível socioeconômico
onicomicose é praticamente exclusivo de
paciente com HIV, portanto deve-se Clínica
realizar sorologia para esses pacientes;
 Uma ou várias áreas de alopécia com
pelos tonsurados associados a graus
variados de eritema e/ou descamação.
Geralmente há prurido associado;

 Onicomicose distrófica total: esse


termo é aplicado quando há destruição
total da lâmina ungueal. É o estágio final
de qualquer onicomicose de muitos anos
quando não é tratada.

Tratamento

 Se apenas uma unha afetada: tratamento


tópico com esmalte antifúngico
o Ciclopirox olamina gotas (2 gotas
em cada unha afetadaa 2x/dia pela
manhã e noite durante 6-8 meses)
o Amorolfina 5%
 Paciente deve lixar as unhas para reduzir
hiperceratose e facilitar ação do
medicamento;  Intenso eritema associado a pústulas,
 Mais de uma unha afetada: tratamento crostas melicéricas e drenagem de
sistêmico secreção purulenta em uma lesão de tinea
o Terbinafina, itraconazol ou capitis  Kerion Celsi (resposta
fluconazol; imunológica ao fungo);
Complicações: linfonodomegalia cervical e Tratamento
occipital, além de alopecia cicatricial;
 SEMPRE SISTÊMICO;
 Griseofulvina na dose de 20 a 25
mg/kg/dia, por seis a 12 semanas;

Herpes simples e Herpes Zoster


Herpes simples tipo 1 e 2

 Herpes tipo 1: infecção oral (+F)


 Herpes tipo 2: infecção genital (+F)
 Transmissão: contato direto com a saliva
contaminada ou por via sexual (pode
ocorrer em períodos assintomáticos);
 O vírus fica alojado no gânglio da raiz
dorsal, onde estabelece a latência.  Panarício herpético
Quando há queda da imunidade, o vírus o Infecção do dedo causada pelo
sai da latência para fase de replicação herpes vírus simples;
novamente e causa sintoma clínicos; o Vesículas agrupadas sobre base
eritematosa e edema do dedo;
Clínica  Erupção variceliforme de Kaposi
 Gengivomastite herpética (primo-infecção o Febre, toxemia e lesões
oral) vesicopustulosas disseminadas
o 2-12 dias após infecção; (umbilicadas, tendem a coalescer
o Mais comum nas crianças; e frequentemente são
hemorrágicas e formam crostas);
o Múltiplas vesículas que rompem e
 Eritema multiforme
dão origem a úlceras rasas
extremamente dolorosas;  Herpes genital
o Localização: qualquer local da o Vesículas e ulcerações rasas
boca (gengiva, língua, mucosa dolorosas no corpo do pênis, na
jugal, lábios, palato e assoalho da glande, nas nádegas, colo do útero
boca); e períneo;
o Sintomas sistêmicos: febre, o Frequentemente tem
astenia, mialgia, irritabilidade e linfadenopatia regional associada;
linfadenopatia; Diagnóstico
 Herpes orolabial e corporal
o Pode ser desencadeado por: febre,  Clínico
traumas, exposição solar, tensão  Exame complementar: citodiagnóstico de
emocional, período menstrual e Tzanck: visualiza-se células gigantes
infecções; multinucleadas epiteliais;
o Vesículas agrupadas sobre base Tratamento
eritematosa. Antes do surgimento
dessas lesões, pode surgir:  O ideal é que seja iniciado nos pódromos
queimação, prurido e dor local; ou nas primeiras 72 horas. Os agentes
anti-virais são o aciclovir, valaciclovir e
fanciclovir;
Herpes Zoster
Fatores de risco
 Imunossupressão;
 Gênero feminino;
 Etnia (pacientes negros possuem menor
risco);
Quadro clínico

 Geralmente se inicia com dor do tipo


queimação na pele sobre o dermátomo
envolvido;
 A lesão costuma aparecer 2 a 3 dias
depois da dor;
 Lesões: vesículas agrupadas sobre base
eritematosa que obedecem a uma
distribuição dentro de 1-2 dermátomos;

Complicações

 Neuralgia pós-herpética
 Síndrome de Ramsay-Hunt
Tratamento
Ideal: iniciar dentro das 1ªs 72h após o
desenvolvimento das lesões cutâneas;

 Aciclovir: 800mg, administrado 5 vezes


por dia durante sete dias;
 Valaciclovir: 1000mg, administrados três
vezes por dia durante sete dias;
 Fanciclovir: 500mg, administrados três
vezes por dia durante sete dias;
Vacinação e prevenção de transmissão

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