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Nematódeos adquiridos através da pele e mucosa – ICS016 – Prof.ª Natália Morais 2021.

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Esse ciclo só acontece em cachorros jovens não imunes
Larva Migrans

(até 6meses)!
 Ciclo Biológico no hospedeiro paratênico (homem): se inicia
quando o homem por exemplo ao ingerir ovos contendo as
larvas L3, ocorrerá eclosão a nível do intestino pelo pH,
temperatura e suco pancreático. Essas sofrem eclosão no
 Parasitismo em hospedeiros anormais ou paratênico; intestino e com movimentos serpentiformes ultrapassam a
 Larvas permanecem no hospedeiro por um tempo e depois mucosa intestinal, caindo na circulação sanguínea ou linfática
morrem, ou seja, são incapazes de completarem seu ciclo e se instalam em alguns órgãos: fígado, rins, pulmões,
evolutivo; coração, MO, músculos e olhos. Por terem um tempo de vida
 Larvas promovem o surgimento de síndromes: médio de 10 anos induzindo uma sintomatologia órgão-
1. Cutânea: Ancylostoma Braziliense e A. Caninum específica dependendo da reação imunológica do hospedeiro e
2. Visceral: Toxocara canis e Toxocara cati da carga parasitária.
Ocular: A. Caninum e Gnathostoma spingerum  Transmissão: ingestão de ovos contendo a larva L3 e também
de larvas presentes em carnes mal cozida;
1. Cutânea:  Patogenia: reação granulomatosa - granuloma alérgico fruto
 Dermatite serpiginosa e pruriginosa; do intenso infiltrado de eosinófilos, autolimitante com
 Ciclo Biológico: é iniciado quando as larvas L3 realizam resolução espontânea de 6 de 18 meses com reabsorção e
penetração ativa no tegumento do indivíduo, principalmente calcificação da área. Em decorrência da substituição do
nos pés, pernas, nádegas, mãos e antebraços. Ao invadir, elas parênquima tecidual, poderá ter consequência na
não conseguem atingir o vaso sanguíneo linfático, ficando funcionalidade do órgão;
limitada a área cutânea, formando um rastro saliente e  Manifestações Clínicas: A maioria é assintomática, toxocarose
pruriginoso que representa as tentativas de atingir tecidos mais oculta com contagem de eosinófilos normais com elevados
profundos, vaso linfático ou sanguíneo, e não obtêm sucesso e títulos de Antitoxocara;
depois de algumas semanas, morrem!  No quadro de Larva Migrans Visceral: leucocitose,
 Reação de hipersensibilidade com dermatite serpiginosa, hipereosinofilia sanguínea, hepatomegalia (fígado),
eritematosa e formação de bolhas; linfadenite, tosse, dispnéia, anorexia (pulmões), no
 Escoriações da pele pode permitir o surgimento de infecções SNC: epilepsia, meningite e encefalite; e é comum a
secundárias que podem agravar o quadro. transmissão de vírus e bactérias como o poliovírus e a
Staphylococus aureus.
2. Visceral e Ocular  No quadro de Larva Migrans Ocular: surgem como
 Toxicara canis; lesões unilaterais, endoftalmia, uveite podendo evoluir
 Taxonomia: para cegueira.
 Diagnóstico:
 Clínico:
Da cutânea: através da observação da lesaõ serpentiforme,
eritema, formação de bolhas
Da Visceral: difícil pela sintomatologia órgão-específica –
indicativo quando há eosiofilia persistente e
hipergamaglobulinemia;
 Laboratorial:
- Imunológico: pesquisa de anticorpos (antitoxocara);
 Biologia do Parasito: sensibilidade e especificidade elevada;
Adultos: - Exame de Imagem;
 Nematelminto –fêmeas maiores que macho - Exames Oftalmológicos para a ocular.
 Dimorfismo sexual: machos ventralmente encurvados para  Tratamento:
facilitar a cópula;  Cutânea: Albendazol ou ivermectina; frio (compressas
 Três lábios; de gelo na área);
 Asa Cefálica;  Visceral: Albendazol, ivermectina, dietilcarbamazina,
 Fêmea: 6- 10cm; levamisol, mebendazol associados com anti-
 Macho: 4-6cm histamínicos e corticosteróides (para reduzir a reação
Ovos inflamatória no local);
 Tripla membrana com a mais externa espessa;  Ocular: Corticoides (os antihelminticos não entram no
 Subesféricos; globo ocular), fotocoagulação e vitrectomia;
 80-85 uM;  Profilaxia:
 Geohelminto: 3- 6 semanas transforma-se de massa  Tratamento dos parasitados;
germinativa para larva infectante que depende de condições  Educação sanitária e ambiental;
do ambiente;  Exames de fezes periódicos dos cães;
 Ciclo Biológico no hospedeiro definitivo (cachorro) : se inicia  Incentivo na pesquisa e desenvolvimento de fármacos;
quando o canides entra em contato por via oral com os ovos  Coleta e destino adequado das fezes em locais públicos.
albergando as larvas L3. Essas sofrem eclosão no intestino e
com movimentos serpentiformes ultrapassam a mucosa
intestinal, caindo na circulação sanguínea ou linfática.
As larvas migrarão para o fígado, coração e atingem o pulmão
quando sofrem uma ecdise e se transformam em L4, passando
a migrar para o intestino novamente passando pelos
brônquios, traqueia. No intestino, dentro de 4 semanas se
transformam em adultos macho ou fêmea, copulam e passam a
liberar cerca de 200mil ovos por dia.
 As larvas podem entrar em estado de Quiescência,
viáveis, mas silenciosas por toda a vida. Mas em cadelas
prenhas, pode haver ativação e liberação de ovos pelos
filhotes

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