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Preparação ao chegar no local de prova

1) Sente-se num lugar confortável

2) Organize sua mesa, seus lanches, suas 2 canetas e documento

3) Respire fundo, medite, concentre-se, tente esquecer do mundo lá fora, acalme-se.

4) Fale para si mesmo: “Eu sou capaz. Eu fiz tudo o que podia. Eu realmente estou preparado. Eu sou
capaz de passar e ser aprovado no curso XX na faculdade YY”.

Orientações para matemática e Naturezas

1) Difícil de se fingir de maluco e aproveitar para matar algumas questões, então vamos para a hora
que o sinal tocar. Algumas orientações principais:

- Faça cálculos claros, limpos e que você possa retornar para conferir
- Destacar partes importantes do texto: Indiquem a quantidade de algo (dobro, triplo, metade), o que é
pedido (maior, menor), possíveis restrições/limitações,
- Agilizar cálculos: cortar cálculos desnecessários (ótimo para tabelas), simplificar
- RELER O QUE O COMANDO PEDE ANTES DE MARCAR A RESPOSTA CORRETA:
- Utilizar aproximações quando o exercício der margem para isso
- Não perca tempo quebrando a cabeça com qualquer questão. Leu, pareceu complicada num primeiro
momento: pula para a próxima
2) Matemática inteira buscando somente fáceis (ou algumas médias/difíceis que são fáceis para você).
Procure fazer isso em cerca de 1h10 no máximo

3) Vá para natureza, focando em biologia/química (fáceis, claro) e fazendo as fáceis de física. Se


houver questões médias/difíceis que você consiga resolver rapidamente, faça!

4) Agora a prova foi praticamente totalmente vista. Volte em matemática e vá fazendo as questões que
deixou em branco. Pule aquelas difíceis demais/que não estejam saindo.

5) Faça o mesmo com naturezas.

6) Agora só restam as questões muito difíceis/aquelas que você nem imagina como resolver. Em vez
de surtar elas, revise as questões que fez para garantir que não perdeu nada por desatenção/erro
bobo. Garante o máximo de questões que puder.

7) Faltando 1h de prova, vá
8) Volte nas questões de matemática que deixou para depois. Perca 1-3 minutos pensando nelas,
mas, se nada sair, ou se não souber o assunto, pule para a próxima. Depois que fechar
matemática, volte para natureza e siga o mesmo esquema.
9) Revise rapidamente as respostas que deu (principalmente aquelas com cálculos, cálculos longos,
maior/menor alguma coisa): Dica: leia o comando e a resposta que deu para questões
conceituais/imaginação e revise rapidamente os cálculos nas de cálculo

10)Passe a limpo o que sabe, fez e tem certeza. Fique pensando nas questões que sobraram e chute,
se necessário.

A questão dos comandos UERJ


Indique / Aponte / Apresente / Determine / Identifique / Nomeie / Escreva / Exemplifique / Cite / Define /
Escreva -> Todos são para dar SOMENTE O NOME/conceito, SEM JUSTIFICATIVAS OU FIRULAS
Calcule -> Em genética, os cálculos só ficam dentro do quadro de resposta se houver o comando
“calcule”. Do contrário, os cálculos podem ficar fora do quadro de repostas e o raciocínio/fórmulas ficam
dentro do quadro de resposta, com a resposta preferencialmente destacada.
Explique / Justifique / Diferencie / Relacione / Descreva -> É necessário discorrer sobre o que está sendo
falado. Quando o justifique aparece, é para PROVAR O QUE FOI DITO ANTERIORMENTE.
Obs: gráficos -> se aparecem na uerj, é necessário utilizar eles para explicar ou justificar o que é
abordado.
O espaço de resposta
Biologia -> Sempre utilize SOMENTE AS LINHAS PARA COLOCAR A REPOSTA. O que não é essencial
pode ficar fora
Química -> Aproveite ao máximo o espaço, utilize tópicos/setas ou simplesmente destaque a resposta (o
que preferir) e certifique-se de deixar os cálculos bem ajustados.

REVISAR – BIOLOGIA
Intro à biologia
- O que torna um ser “vivo”? Não há resposta conclusiva, mas de um modo geral, os seres vivos
possuem: capacidade de reprodução + variabilidade genética + hereditariedade e, claro, as seguintes
características:
1) Composição Química: CHONPS + água + biomoléculas +(lipídio, carboidratos, ácido nucleico,
proteínas, vitaminas)
2) Metabolismo (conjunto de reações químicas essenciais à manutenção da vida) -> Pode ser catabolismo
(cata = quebra de moléculas maiores em outras menores) ou anabolismo (formação de moléculas
maiores a partir de outras menores)
3) Homeostase -> Capacidade de manter a estabilidade interna diante do ambiente
4) Nutrição -> Autótrofos (foto ou quimiossintetizantes) ou heterótrofos
5) Hereditariedade -> Capacidade de transmitir características entre gerações
6) Reprodução -> Assexuada (sem encontro de gametas; menor variabilidade genética, mas mais rápida
e com menor custo energético) x Sexuada (encontro de gametas e formação de zigoto; maior varabilidade
genética, mas lenta e com alto custo energético)
7) Evolução -> Conjunto de modificações adquiridas ao longo do tempo
Obs: Nível de organização dos seres vivos

Constituintes da vida (CHONPS em ordem de importância e quantidade) e bioquímica


 Água (maior atividade metabólica = mais água e mais novo = mais água): Propriedades: Adesão (mol
diferente) x Coesão (Mol igual) + Alto calor específico = reguladora térmica + capilaridade (capacidade de
subir ou descer tubos muito finos. Ex: papel molhado) + solvente universal + transporte de substâncias +
lubrificante + auxilia a ocorrência de reações químicas

 Vitaminas (não possuem natureza química em comum) -> Função regulatória e coenzimática
(essenciais = obtidas através da alimentação): A (cegueira noturna, antioxidante) B1 (beribéri = insônia,
inquietude, insuficiência cardíaca; tiamina) B9 (formação do tubo neural e anemia; ácido fólico) B12
(auxilina na formação de hemácias; cianocobalamina) C (escorbuto = sangramento na gengiva; síntese de
colágeno; ácido ascórbico; antioxidante) D (manutenção de cálcio e fósforo e raquitismo + problemas
ósseos e de crescimento) E (antioxidante, causa infertilidade quando em falta) K (hemorragias,
produzidas na microbiota intestinal) P (fragilidade nos vasos sanguíneos)
Obs: Antioxidantes: ECA // Lipossolúveis: ADEK (armazenáveis no fígado, mas podem causar
Hipervitaminose) // Hidrossolúveis: Resto (são mais facilmente eliminadas e não são armazenadas no
fígado) // Produzidas, também, pela microbiota intestinal: KB679

 Sais Minerais (inorgânicos e devem ser obtidos pela alimentação): Cálcio (constituição dos ossos +
contração muscular) + Ferro (componente da hemoglobina + respiração celular + transporte de O2) +
Sódio (transporte celular + bomba de sódio e potássio + condução do impulso nervoso + equilíbrio
osmótico) + Iodo (manutenção da tireoide e hormônios T3 e T4) + Potássio (Transmissão dos impulsos
nervosos + síntese de proteínas) + Fósforo (composição de ácidos nucleicos + composição dos ossos e
dentes + atua na formação de ATP) + Zinco (cicatrização) + Magnésio (clorofila; contração muscular, mas
em menor importância) + Selênio (cofator da vitamina E)
Obs: atenção para as doenças mais comuns causadas pelas deficiências desses sais: hipertensão +
bócio + anemia + osteoporose + cárie + câmbria + déficit cognitivo

 Carboidratos/hidratos de carbono: Fórmula geral: (CH2O)n (destaque para a desoxirribose, que possui
1 carbono a menos). Funções: energética / estrutural / reserva. Reação que uni moléculas: ligação
glicosídica = síntese por desidratação = há HIDRÓLISE das moléculas de carboidratos para formar
compostos maiores. Função química básica: álcool e aldeído/cetona. Principais grupos:
- Oses = Monossacarídeos (classificação conforme o número de carbonos e se é um aldeído ou uma
cetona): carboidratos pequenos, a maioria com sabor adocicado, formados por aldeídos ou cetonas com
dois ou mais grupos hidroxila. Destaque para os monossacarídeos estruturais: Ribose e Desoxirribose
(pentoses) e os energéticos: glicose/frutose/galactose (todos hexoses, mas com variação na estrutura das
moléculas)

- Osídeos (até 10 monossacarídeos) Dissacarídeos (união entre 2 monossacarídeos): Lactose (galactose


+ glicose) // maltose (glicose + glicose) // sacarose (glicose + frutose). Todos energéticos
Obs: galactosemia (dificuldade ou incapacidade de converter a galactose em glicose pela deficiência
enzimática. Diagnosticada pelo “teste do pezinho”.) e intolerância à lactose (incapacidade/dificuldade em
digerir lactose pela deficiência enzimática)
- Polissacarídeos (polímeros = união de inúmeros monossacarídeos): Celulose + amido (estrutural e
reserva, respectivamente, em plantas) e Quitina + glicogênio (estrutural e reserva, respectivamente, em
animais)]
Obs: Celulose = fibra alimentar (pode ser solúvel ou insolúvel, sendo que a última é quem auxilia a
eliminação de fezes) = facilita a retenção de água, diminui a absorção de colesterol + auxilia a motilidade
(favorece o peristaltismo) e facilita a eliminação de fezes. Isso ocorre porque somos incapazes de digeri-
la, já que nossa microbiota não produz celulase
Obs: amido x glicogênio -> Animais precisam de mais energia para sua locomoção e o glicogênio contém
maior quantidade de terminações para liberação de moléculas de glicose.
 Lipídeos: Funções: reserva energética + regulação térmica + proteção contra perda de água (ceras e
óleos) + isolante elétrico + estrutural (compõe parte da membrana plasmática + função hormonal =
regulação (ex: testosterona e progesterona, ambos derivados do colesterol). Função química básica:
éster (sofrem transesterificação ou hidrólise) Principais grupos:

- Ácidos graxos (monômeros de quase todos os lipídeos): Longas cadeias hidrocarbonadas (16-18
átomos de carbono) ligadas a uma carboxila (COOH). Essa cadeia pode reagir com um álcool e sofrer
ESTERIFICAÇÃO, FORMANDO TRIGLICERÍDEOS (ésteres). Podem ser: Saturados/gorduras (animal;
mais estável e menos oxidável; sem insaturações; sólidos em temperatura ambiente) x insaturados/óleos
(vegetal; menos estável e sujeito a oxidação; insaturado; líquidos em temperatura ambiente)
- Triglicerídeos (transesterificação de 3 ácidos graxos): ésteres formados pela união de uma molécula de
glicerol (álcool) com três moléculas de ácidos graxos.

Saponificação

Obs1: - Moléculas Anfifílicas (ex: sabão e detergentes) -> Parte apolar + polar // Capazes de promover
quebra da tensão superficial da água (efeito tensoativo/surfactante = ambos moléculas anfifílicas) //
Capazes de formar micelas (agregados de compostos anfipáticos + substâncias solubilizadas = anfifílicos)
por meio da emulsificação (permite que compostos polares e apolares se misturem)

Nota: tensoativos/surfactantes não fazem compostos polares e apolares interagirem, mas permite que
eles se misturem = anfifílicos)
Obs 2: Detergentes (anfifílicos, tensoativos = capazes de reduzir a tensão superficial da água =
enfraquece a ligação de hidrogênio e permite que se ligue com substâncias apolares. Menor tensão
superficial equivale à maior molhabilidade) //
- Fosfolipídios: componentes da membrana plasmática + anfifílicos (diferente das gorduras em geral,
esses possuem capacidade de reagir com a água, pois possuem 1 parte apolar = cauda e 1 polar =
cabeça)
- Cerídeos (altamente hidrofóbicos): ácido graxo saturado e outra de álcool saturado e de cadeia longa,
ambas unidas por uma ligação éster. São encontrados em plantas (evita desidratação) + ouvidos (lubrifica
e protege contra micro-organismos) + pena de aves (impermeabiliza para evitar sobrepeso) + pelos.

- Carotenoide (derivados de hidrocarbonetos): Vitamina A + clorofila

- Esteroide (NÃO POSSUEM ÁCIDOS GRAXOS): moléculas complexas compostas de átomos de


carbono interligados, formando quatro anéis carbônicos, ao quais estão ligados átomos de oxigênio,
grupos hidroxila e diferentes cadeias carbônicas. Para o homem, os mais relevantes são:
calciferol/Vitamina D + cortisol (hormônio do estresse) + colesterol (presente só em animais) (produzido
pelo fígado, mas também obtido na alimentação. Mantém a estabilidade da membrana celular, é
percursor de hormônios importantes como os sexuais e os sais biliares. Pode se ligar com proteínas e se
tornar uma lipoproteína de: de baixa densidade = LDL = atua como transportadora do colesterol para as
células, mas, em excesso, obstrui os vasos sanguíneos = aterosclerose = placas de
gordura/ateroscleróticas que dificultam a passagem de sangue nos vasos sanguíneos, o que pode levar à
coagulação. XXX VLDL = também pode ser ruim, pelo mesmo motivo que o LDL OU alta densidade =
HDL = captura o excesso de colesterol para que ele seja degradado e manda-o para o fígado para ser
eliminado)

“Dica”: Colesterol bom = HDL (alta densidade) e Ruim = LDL ou VLDL (baixa e baixíssima densidade,
respectivamente). A maior parte da gordura, principalmente a trans, favorece a produção de LDL

Obs: Dentre carboidratos, proteínas e lipídios, os LIPÍDIOS TEM MAIOR RENDIMENTO ENERGÉTICO
(SÃO HIDROFÓBICAS, LOGO RESTAM MAIS CARBONOS POR GRAMA DE LIPÍDIO), EMBORA NÃO
SEJAM OS PRIMEIROS A SEREM CONSUMIDOS. Outra vantagem é que por serem apolares e mais
leves, podem carregar mais kcal/g

Obs: ordem de consumo -> Carboidratos (hidrossolúveis) -> Lipídios -> Proteínas (sua degradação é
altamente tóxica e ocorre em último caso)

 Proteínas (anfóteras): São constituídas de aminoácidos (monômeros; carbono assimétrico ligado à


amina + ácido carboxólico = formando AMIDAS, hidrogênio e radical R) que se ligam por meio da ligação
peptídica (carboxila de um + amina de outro, liberando água = polímeros de condensação. Assim, podem
ser hidrolisados). Funções: praticamente tudo (energética, estrutural, reguladora, catalisadora...)

Obs: N° de lig peptídica = N° aminoácidos - 1. Cada lig peptídica = 1 molécula de água liberada = 1
aminoácido na molécula
Obs: Príons são proteínas que adquiriram outra função

- Estrutura das proteínas (lembre que a estrutura geralmente é tridomensional, o que explica a
especificidade de algumas proteínas):

o Primária -> Estrutura que determina a porra toda. Se for desnaturada, não é possível retornar ao
estado original. (não pode ser desnaturada por calor ou pH e é quem determina a estrutura
espacial/função da proteína) = sequência linear de aminoácidos -> determina a estrutura e a função da
proteína. Mantida por lig peptídica (ligação covalente) = pode ser hidrolisada. Para uma proteína ser igual
a outra, precisa-se do mesmo número de AA, mesma disposição linear e mesmo tipo de AA.

o Secundária = arranjo espacial (plano) dos AA na cadeia peptídica. Mantida por pontes de hidrogênio
(lig intermolecular = mais fraca que ligações intramoleculares = pode ser desnaturada). Pode se
conformar em a-hélice (enrolamento) e folha b-pregueada (dobramento), mas também pode ser Random
coil/ao acaso.
o Terciária -> Determina a função biológica = Forma tridimensional que ela assume a partir do arranjo da
estrutura secundária -> Resulta do dobramento na estrutura secundária, decorrente de atração e repulsão
entre os radicais existentes nos aminoácidos da cadeia polipeptídica. Várias são as ligações
intermoleculares que mantém a estrutura tridimensional da proteína e os dobramentos são auxiliados
pelas chaperoninas.

o Quaternária = união de mais de uma cadeia polipeptídica (VÁRIAS PROTEÍNAS COM


CONFORMAÇÃO TERCIÁRIA). Ex: hemoglobina, queratina

- Desnaturação proteica -> Como as ligações peptídicas não são as mais fortes, a proteína/enzima está
sujeita a desnaturação. Isso pode ocorrer pela ação da temperatura/pH/concentração salina/radiação UV.
Na desnaturação, há desestruturação das estruturas da proteína
Por calor -> Em casos mais graves e irreversíveis (como a desnaturação por calor), a estrutura
secundária é deformada, restando apenas a primária = as pontes de hidrogênio são desfeitas e a
estrutura 3D também = incapaz de retornar à estrutura original = perda da função biológica
Por pH -> A disponibilidade de H+ e OH- no meio reage com os radicais COOH- e NH3+ das funções
orgânicas dos aminoácidos e DESESTRUTURA A ESTRUTURA TERCIÁRIA = ISSO É REVERSÍVEL,
POIS A ESTRUTURA SECUNDÁRIA É CONSERVADA.

- Proteínas Fibrosas = insolúveis em água (ex: hemoglobina, fibrina, histonas, colágeno) x Globulares =
solúveis em água

Obs: aminoácidos podem ser essenciais (obtidos somente pela alimentação) x naturais (produzidos
naturalmente pelo corpo). As plantas não tem aminoácidos essenciais, pois conseguem produzir dos de
que precisam.

Obs: Kwashiorkor (déficit proteico e caracterizada pelo inchaço do abdome porque há pouca proteína =
baixa pressão osmótica = sangue extravasa para os tecidos) e Marasmo (déficit de alimentos de um modo
geral)

 Enzimas (catalisadores biológicos): Alta especificidade (Enzimas possuem sítio ativo que se ligam com
os substratos – moléculas sobre as quais a enzima atua –. Esse sítio é altamente específico para cada
substrato -> modelo Chave-Fechadura (sítio ativo possui conformação ideal para determinado substrato)
Reversíveis (atuam na reação direta e inversa, mas não definem o sentido que a reação ocorre) +++
Influenciadas pela temperatura e pH (possui valores ótimos = maior velocidade de atuação, mas também
pode sofrer com a desnaturação) +++ Podem se encontrar em formas inativas (proenzimas. Ex: pepsina)
+++ Ação proporcional à concentração (mais há ponto de saturação = aumenta a concentração não mais
acelera a atuação das enzimas) +++ Pode ser conjugadas (atuam ligadas à cofatores ou coenzimas.
Quando estão completas e prontas para funcionar, ou seja, com seus cofatores/coenzimas, são
chamadas de holoenzimas)

Obs: Catalisadores -> são recuperados no final da reação +++ catálise homogênea = quando o
catalisador e os reagentes tem a mesma fase x catálise heterogênea +++ diminuem a energia de ativação
- Inibição Enzimática: Inibição competitiva (reversível) = Inibidor compete com o sítio-ativo da enzima
pelo substrato (Aumenta o KM; não muda a velocidade a velocidade total, mas dificulta e atrasa a ação da
enzima) x não-competitiva/alostérica (irreversível) = inibidor se liga ao sítio-ativo da enzima, o que previne
sua ligação com o substrato (Não altera o KM;)
Obs: Km -> Que concentração do substrato que corresponde a Velocidade Máxima da reação, logo
quanto mais substrato eu preciso pra velocidade máxima ser maior = maior o KM -> KM = INVERSO A
AFINIDADE ENZIMÁTICA -> Maior KM = menor afinidade por determinada enzima

 Ácidos Nucleicos e síntese proteica: Os ácidos nucleicos são constituídos a partir da polimerização de
inúmeros NUCLEOTÍDEOS que irão formar DNA e RNA. Função: armazenar e transmitir características
hereditárias ++ síntese proteica.

- Nucleotídeos (monômeros): compostos de PENTOSE (carboidrato) + Fosfato (PO4) + Base Nitrogenada


(A,G,C,T/U). Se um nucleotídeo não estiver conectado ao seu grupo fosfato, isto é, uma base nitrogenada
+ pentose sem fostato, ele se chama NUCLEOSÍDEO. Embora os ácidos nucleicos tenham as 2 funções
mencionadas anteriormente, os nucleotídeos possuem, ainda, função regulatória (cofator enzimático) e
energética (composição do atp). Composição dos nucleotídeos:

o Pentose -> É uma RIBOSE no RNA e uma Desoxirribose (sem oxigênio no carbono 2) no DNA. A
contagem dos 5 carbonos é feita no sentido horário e começa no carbono mais próximo do oxigênio.

o Bases Nitrogenadas = são realmente compostos básicos/alcalinos (ligam-se por LIGAÇÕES DE


HIDROGÊNIO) -> Adenina, Guanina, Citosina, Timina (exclusiva do DNA) e Uracila (exclusiva do RNA).
Se dividem em purinas (“2 copos de água pura”) = Adenina e Guanina -> possuem DOIS ANÉIS DE
CARBONO E NITROGÊNIO e pirmidinas (citosina, timina e uracila) = possuem 1 ANEL DE CARBONO E
NITROGÊNIO. As ligações entre as bases nitrogenadas é feita da seguinte forma: ADENINA =
TIMINA/URACILA e CITOSINA ≡ GUANINA -> Note que a mudança de símbolo é proposital. Enquanto C
≡ G fazem 3 pontes de hidrogênio, A = T/U fazem somente duas pontes de hidrogênio. Isso quer dizer
que MAIS CG NA MOLÉCULA = MAIS RESISTENTE À DESNATURAÇÃO ELA É.
Obs: Teoria de Chargaff -> Já que o DNA é dupla fita, é necessário que as bases nitrogenadas
apresentem uma espécie de complementariedade. Chargaff descobriu que:
1) A + G = T + C -> Soma das purinas = Soma das pirimidinas
2) A = T e G = C -> Adenina + Timina + Guanina + Citosina = 100% da fita do total

o Fosfato -> Derivado do ácido fosfórico = o que confere o caráter ácido à molécula. AS ligações ENTRE
NUCLEOTÍDEOS OCORREM PELA ligação fosfodiéster (Forte; Grupo fosfato de um nucleotídeo se liga
com o grupo OH da pentose de outro nucleotídeo) entre o carbono 3’ (onde há pentose) e o carbono 5’
(onde há fosfato) de 2 nucleotídeos. A ligação entre vários nucleotídeos irá gera um polinucleotídeo =
DNA e RNA. Note que com a formação de um polinucleotídeo, sempre temos uma extermidade 5’ e outra
3’. Esse é o sentido da vida.
- Dna (timina; fita dupla antiparalela em hélice; desoxirribose = a ausência de 1 oxigênio confere maior
estabilidade ao DNA do que o RNA e menor taxa mutagênica;) -> Encontrado no núcleo dos eucariontes,
no citosol dos procariontes e também em algumas organelas como mitocôndrias/cloroplastos. Nos
eucariontes, se encontra associado à proteínas HISTONAS (responsáveis pela compactação ou
descompactação do DNA para síntese proteica/expressão gênica) para formar os
cromonemas/cromossomos (dna associado às histonas). A ligação entre MOLÉCULAS DE DNA ocorre
por meio das BASES NITROGENADAS = PONTES DE HIDROGÊNIO (não confunda com as fosfodiéster
entre nucleotídeos).
Obs: 1 cromossomo = 1 molécula de DNA -> TEORIA UNINÊMICA
o Replicação do DNA (semiconservativa e ocorre na interfase do ciclo celualr) -> DNA HELICASE
(quebra as ligações de hidrogênio das bases nitrogenadas) irá atuar de modo a formar uma forquilha de
replicação (dna com bases quebradas em forma de Y). Paralelamente, um complexo multienzimático que
irá ligar novos nucleotídeos às fitas que foram quebradas pela helicase. Esse processo ocorre mediante a
atuação da DNA PRIMASE, que sintetiza um RNA PRIMER = pequeno fragmento de RNA responsável
por permitir que a DNA POLIMERASE atue (adiciona novos nucleotídeos complementares às fitas que
foram quebradas e estão desemparelhadas = HIBRIDIZAÇÃO DA CADEIAD DE DNA). O primer é
necessário porque a dna-polimerase só atua no sentido 5’3’ (só podemos adicionar novos nucleotídeos na
pentose = carbono 3). Dessa forma, o Rna Primer adiciona uma extremidade 3’ para que a Dna
Polimerase começa a adicionar novos nucleotídeos. Na cadeia líder (primeira a ser feita e com o sentido
5’3’ correto), somente um primer é necessário, mas na cadeia retardada (segunda, descontínua e com o
sentido 5’3’ ao contrário), vários primers são necessários. Como essa segunda fita cresce
descontinuamente - fragmentos de Okazaki -, conforme cada fragmento é completado, o primer é retirado.
Então, ligar os fragmentos de okazaki = ligar pedaços de dna é papel da DNA LIGASE. Contudo, os
primers que sobraram (o no início da líder e o no final da retardada) são excluídos e não há como repô-
los, o que deixa um pedaço do DNA sem pareamento, que, por sua vez também será retirado. Assim,
conforme o DNA vai se replicando, sua extremidade sem genes codificantes (telômero) é perdida e o dna
vai ficando mais curto. Depois de determinado número de replicações, a célula atinge seu limite (limite de
Hayflick). A partir do momento que o limite é atingido, cade replicação passará a excluir genes, o que
eventualmente leva a morte da célula. Apesar disso, há uma enzima chamada telomerase, que é capaz
de repor os telômeros perdidos. Como cada molécula-filha resultante possui 1 fita de DNA da mãe, diz-se
que a replicação é semiconservativa, que também favorece a menos erros durante a replicação.
Resumo: Dna helicase separa a fita dupla e forma a forquila de replicação, enquanto que a Dna primase
produz Rna Primer que permite que a Dna Polimerase atue adicionando novos nucleotídeos às
moléculas-filha. A cadeia líder precisa de 1 primer, enquanto que a retardada usa vários, o que, por sua
vez, cria diversos fragmentos de okazaki que serão unidos por meio da Dna ligase. Depois de utilizados,
os primers são excluídos, o que irá retirar uma parte da extremidade da cadeia, isto é, os telômeros.

Obs: também é válido ressaltar que a geometria da molécula de DNA e as ligações de hidrogênio criam
sulcos (maiores e menores) que representam pontos de ligação de proteínas que estabilizam o
polinucleotídeo e regulam a expressão gênica.

Obs: MESELSON E STAHL -> Corrobora o processo de autoduplicação por meio de um experimento num
meio com diferentes isótopos de nitrogênio
- Código genético: Existem 4 base nitrogenadas e somente 20 aminoácidos possíveis. Pela relação
matemática, deduziu-se que 3 bases nitrogenadas se juntariam para codificarem 1 dos 20 aminoácidos
conhecidos. Assim, entendeu-se que o códon (trincas de bases nitrogenadas que codificam 1 aminoácido
-> 1 códon = 1 aminoácido). Dessa forma, o código genético é UNIVERSAL, pois ele relaciona quais
códons produzem quais aminoácidos e isso vale para todos os seres vivos conhecidos. Ou seja,
independente do ser, determinado códon irá gerar determinado aminoácido. Outra característica do
código genético é ser DEGENERADO, pois diferentes códons podem gerar o mesmo aminoácido, ainda
mais quando sabemos que existem 64 códons e somente 20 aminoácidos. Há códons de início (AUG e
produz metionina) = determinam o início da tradução de uma proteína e códons de parada (UAA, UAG e
UGA) = determinam o fim da tradução.
Obs: UAG = Códon de inicio = também sintetiza aminoácidos, mas códon de parada NÃO SINTETIZA
NADA!
Obs: cuidado com DEGENERADO X AMBÍGUO. 1 códon produz SOMENTE UM AMINOÁCIDO, mas
vários códons podem gerar o mesmo aminoácido.
Obs: OS CÓDONS DE PARADA NÃO CODIFICAM NENHUM AMINOÁCIDO, MAS O CÓDON DE
INÍCIO, SIM
- Rna (uracila; fita simples; ribose) -> Como a fita é simples, a ligação irá ocorrer por ligações fosfodiéster,
ou seja, carbono 3’ (pentose) com carbono 5’ (fosfato) e não haverá bases nitrogenadas se ligando por
pontes de hidrogênio. Os principais tipos de RNA são:
Rna Mensageiro = mRNA -> É responsável por carregar as informações necessárias à síntese proteica.
Produzido no núcleo a partir do processo de transcrição e posteriormente enviado ao citoplasma. Ele
possui a função de carregar as informações porque nele encontram-se os códons. A verdadeira síntese
ocorre quando o Rnam se liga aos polissomos/poliribossomos.
Rna Transportador/transferidor = tRNA -> É responsável por transportar aminoácidos por meio da atuação
dos anticódons = fitas complementares ao Rnam = complementares ao códon
Rna ribossômico = rRNA -> compõe os ribossomos quando associados à proteínas. Apesar da fita
simples, possui estrutura tridimensional em função do pareamento interno da própria base.
o Transcrição de Rna (produção de RNA a partir do DNA): Um pedaço replicável e com informação para
produção de proteínas/RNA, isto é, o GENE, contido em uma das fitas molde de DNA, irá ser o
responsável por promover a transcrição para, então, promover a tradução e gerar um polipeptídeo. Esse
processo irá começar com a RNA POLIMERASE (quebra as pontes de H das fitas de DNA, mas somente
na área do gene, pois é ele e quem coordena a transcrição, e adiciona novos nucleotídeos onde quebrou)
produzindo uma molécula de Rna Mensageiro. Primeiro, a RNA polimerase se liga à/ao Região
Promotora” (contém o sítio ativo onde a enzima RNA polimerase irá se ligar). Ao se ligar, a RNA
polimerase começa a quebrar a fita molde (onde tem o gene) e alongar a molécula de DNA. Depois,
novos nucleotídeos complementares são adicionados peal própria RNA polimerase e, eventualmente, a
cadeia de RNA adicionada pela RNA polimerase é separada quando encontra-se com o sítio de término,
gerando um RNA, e o DNA volta ao normal. Esse RNA pode ser de vários tipos, mas o principal é o pré-
RNAm que irá atuar diretamente na etapa de síntese proteica. Como o RNA é fita simples, somente uma
das fitas de DNA deve possuir genes necessários à transcrição.

Obs: Uma comparação interessante entre DNA e RNA é o fato da variação de RNA corresponder a
expressão gênica
:

- Ribossomos (organela sem membrana e responsável pela síntese proteica): Os ribossomos são as
organelas responsáveis pela síntese de proteínas que se associam às mais diversas organelas e
desempenham um papel fundamental para todos os seres que os possuem. De um modo geral, são
formados pela associação entre RNA RIBOSSÔMICO E PROTEÍNAS e possuem duas subunidades
(maior e menor) que irão possuir os sítios ativos para que o RNA Mensageiro e o RNA Transportador se
liguem à organela. São funcionais somente quando em conjunto (poliossomos/poliribossomos) ou
associados ao RER.
Subunidade Maior -> Tem 2 sítios (A = aminoacil = onde entram os aminoácidos e forma-se a ligação
peptídica +++ P = peptdil = onde produz-se os aminoácidos +++ E = ejeçãodos AA ) e um túnel de saída
para o polipeptídeo.

Subunidade Menor -> Tem o sítio de ligação do Rna mensageiro.

Obs: Lembre-se que a formação de ribossomos está diretamente atrelada a questão do nucléolo

- Síntese Proteica (tradução, que ocorre no citosol): Nas células procarióticas, não temos núcleo, portanto
toda as etapas (replicação, transcrição e tradução) ocorrem no citosol e simultaneamente. Contudo, nas
células eucarióticas, o DNA fica contido no núcleo, onde ocorre a duplicação do DNA e a transcrição do
RNA.
Processamento essencial-> Antes de atuar na tradução, porém, o pré-Rnam (Rna Mensageiro sem sofrer
splicing) precisa passar por um processamento antes: adição de uma molécula de GTP (guanosina
trifosfato) na extremidade 5’ do pré-RNAm = facilita a ligação do RNAm ao ribosso e protege-o +++ À
extremidade 3’ do pré-RNAm é adicionada uma cauda poli-A, com 100 a 300 adeninas = auxilia a
exportação do RNAm do núcleo ao citosol +++ SPLICING (processo de retirada de íntrons = dna lixo =
dna não codificante e união de exons = dna codificante) por meio do spliciossomo. Uma coisa
interessante do processo de splicing é que ele pode ser ALTERNATIVO -> Splicing alternativo permite
que diferentes cortes e junções gerem diversos tipos de proteínas a partir de um único gene.
 Iniciação (1° etapa) = saída para o ciitosol e contato com os ribossomos -> Após o splicing que ocorreu
no núcleo, o RNAm/RNAt SAEM DOS POROS DO NÚCLEO e se dirigem ao citosol para que a síntese
proteica ocorra. O RNAm irá se ligar à subunidade menor do ribossomo (ou de vários ribossomos =
poliossomos/poliribossomos), que lerá o códon 5’3’ AUG (códon de início) do RNAm por meio do
pareamento com o anticódon do RNAt, às custas de um GTP, a subunidade maior e o seu sítio A
(aminoacil) se ligarão ao RNAt

 Alongamento (2° etapa) -> Depois do RNAm e do RNAt se conectarem aos ribossomos
(polirribossomos) e suas respectivas subunidades, e a síntese de aminoácidos começa. Agora, uma
ligação peptídica ocorrerá no sítio P (peptdil) para ligar os aminoácidos produzidos no A e os que estão
no P. Depois de ligados, os AA são transferidos para o sítio E onde serão ejetados e o sítio A é liberado
para que um novo RNAt chegue com outro aminoácido e o anticódon correspondentes

 Terminação (3° etapa) -> ocorre quando o chega no sítio A um códon de terminação (UAA, UAG,
UGA). Ao ser lido, nenhum aminoácido é codificado e nenhuma molécula de RNAt se liga ao códon.
Assim, para terminar a tradução, uma outra molécula proteica (fator de liberação) se liga ao códon e libera
água, hidrolisando a cadeia peptídica e fazendo com que o RNAt no sítio P libere a proteína no sítio E

Resumo: Dna (autoreplica por meio de DNA helicase, primase, polimerase e ligase) -> Forma-se RNA e o
pré-Rnam (transcrição por meio da RNA polimerase atuando na região promotora) -> splicing (tira íntrons
através do spliciossomo) -> Rna Mensageiro (Contém os códons para síntese proteica) -> Rnam chega o
ribossomo (RNA ribossômico associado à proteínas) -> Ribossomo recebe RNAm e RNA Transportador
nas suas subunidades (menor e maior, respectivamente) -> o códon é lido e o anticódon do RNAt se liga
ao códon, trazendo o aminoácido consigo -> O aminoácido forma uma ligação peptídica e é ejetado do
ribossomo para que o processo se repita até chegar o códon de terminação
Ex: Um gene que contém íntrons e exons. Ao fim do processo de tradução, o RNAm terá menos bases
nitrogenadas, pois foram retiradas as não codificantes. Como são necessárias trincas de bases
nitrogenadas para codificar 1 aminoácido, então a terça parte das bases nitrogenadas do Rnam virará
aminoácidos.
Obs: Códon = RNA mensageiro = fita de RNA complementar ao Dna (Caso especifiquem, a fita de DNA
deve ser a 3’5, porque o CÓDON É 5’3’) e Anticódon = RNA transportador (fita complementar ao códon).
Dica: se tivermos uma fita 5’3 de DNA, basta trocar T por U que acharemos o RnaT = anticódon.
Podemos fazer a mesma coisa para achar o anticódon a partir de uma fita de DNA.

* Núcleo e ciclo celular


- Núcleo (controla o metabolismo celular e armazena a maior parte do DNA contido na célula) -> Além da
sua fundamental importância na manutenção do metabolismo celular, o núcleo também está atrelado ao
ciclo celular.
- Intérfase (etapa entre as divisões celulares e com os cromossomos/cromatina menos condensados =
mais desespiralizados) -> Como é a etapa entre divisões celulares, não há divisão, o DNA está
desespiralizado (para que haja duplicação) e em forma circular (por causa da carioteca). Divide-se nas
seguintes etapas:
 G1 (crescimento celular) -> Aumento de volume/tamanho celular em decorrência da Transcrição do
RNA + Tradução de PROTEÍNAS + Elevado metabolismo
 S (duplicação) -> DUPLICAÇÃO/REPLICAÇÃO do DNA + síntese de histonas (garante uma
quantidade adequada de DNA para manutenção da atividade celular)
 G2 (checagem) -> Checagem de erros + formação de centríolos + baixa tradução/replicação, mas a
célula ainda está em crescimento
 G0 -> Para células que se diferenciaram e estão num estado de não-divisão
Obs: no final de G1 e início de G2 há ponto de checagem (analisa a presença de erros, fatores de
crescimento, dna mutante...Decide se a célula irá prosseguir ou não com o ciclo celular ou se entrará em
G0)
Obs2: Contagem de alelos na intérfase: Numa segregação independente, se temos um gene Aa e outro
Bb, então temos: 4 alelos (A, a, B,b). Cada cromossomo num par contém um deles (ex: Cromossmo X
tem AB e o Y ab). Se entra em S, haverá duplicação do DNA, ou seja, passaremos a ter AA |aa |BB |bb
(cada um dos alelos foi duplicado = 8 alelos totais). Ao entrar em mitose, voltaremos a ter os 4 alelos no
total, em cada uma da células-filhas.

- Estrutura do Núcleo interfásico


Parte Externa: Carioteca/envoltório nuclear (dupla membrana lipoproteica que reveste o núcleo e separa-
o do citoplasma; Define eucariontes e procariontes; Possui ribossomos aderidos, está conectada ao REG
e possui POROS -> Permite a entrada e saída de substâncias do núcleo. Ex: RNAm)
Parte intermediária: Nucleoplasma/cariolinfa (solução que preenche o meio intranuclear e onde ocorre
parte das reações químicas. Possui água, sais, proteínas e outros componentes) +++ Nucléolo (Estrutura
densa e esférica, sem membrana, constituída de proteínas + Rna ribossômico -> Por causa de sua
composição, fica evidente que o nucléolo contribui para a formação dos ribossomos. Quanto maior o
nucléolo = mais ribossomos = maior síntese proteica)
Parte Interna: Cromatina (material genético – DNA – associado à nucleoproteínas, como as histonas, que
se associam ao DNA para formar cromossomos) -> É composta de uma unidade básica – nucleossomo
(DNA enrolado em histona) e é divida em duas regiões: Eucromatina (Menos compacta = DNA
desespiralizado = Pode ser lido = Há expressão gênica = há transcrição) x Heterocromatina (Compacta e
mais corada = DNA Altamente espiralizado = Não serve para ser lido, logo não há expressão gênica e
transcrição)
Obs: Apesar das células possuírem, de um modo geral, o mesmo material genético, as regiões de
hetero/eucromatina são diferentes. Isso explica porque cada célula exerce determinada função e não
outra.

- Cromossomos (também é DNA associado às histonas, mas com diferente grau de compactação em
relação à cromatina) -> É composto de centrômero (constrição primária que une cromátides-irmãs) ++
cromátides-irmãs (moléculas de DNA iguais unidas pelo centrômero. Podem se separar na anáfase da
mitose e na anáfase da meiose 2) ++ regiões satélite/organizadores do núcleo (sat ou RON -> Constrição
secundária que contém os genes que codificam os RNA ribossômicos) ++ Telômeros = quem limita a vida
das células conforme vai encurtando (extremidade do cromossomo eucariótico que previnem o
encurtamento dos cromossomos e que mantém a estabilidade deles. Podem ser reconstituídos e
preservados por meio da enzima telomerase, presente, principalmente, nas células germinativas, mas não
na maioria das somáticas)
 Ploidia -> Diz respeito ao número de cromossomos observados na célula. Ex: diploide = 2n
cromossomos em cada célula somático e n nas germinativas. Em ploidias como a diploide, 1 cromossomo
vem do pai e outro vem da mãe, o que forma um par de cromossomos-homólogos (mesmo tamanho, a
mesma posição do centrômero e a mesma sequência gênica)

 Loci gênico e alelos -> O locus (loci é plural) é a região onde os genes estão localizados. Em
cromossomos-homólogos, o TAMANHO, O CENTRÔMERO E os loci são iguais, contudo, há diferença
nos alelos (genes localizados no mesmo locus no cromossomo) presentes no gene

 Cariótipo -> Conjunto de características (tamanho, ploidia, quantidade) dos cromossomos de uma
espécie. Exemplo: Humanos -> 46 cromossomos, sendo 22 pares de cromossomos autossômicos (não
sexuais) e 1 parte de cromossomos sexuais -> X = feminino e Y = masculino. XX = mulher e XY =
homem)
 Tipos de cromossomos (quanto a posição do centrômero e o consequente tamanho dos braços):
Metacêntrico (centrômero no centro e braços com tamanho igual) x submetacêntrico (centrômero
levemente deslocando do centro e com braços levemente desiguais) x Acrocêntrico (centrômero bastante
deslocado do centro e braço bem longo por cromátide) x Telocêntrico (centrômero na extremidade e 1
único braço mais longo por cromátide)

Obs: contagem de cromossomos -> A contagem de cromossomos deve ser feita a partir dos
CENTRÔMEROS -> 1 centrômero = 1 cromossomo (mesmo se ele estiver duplicado ou não). Mesmo que
um cromossomo esteja com o DNA duplicado, a quantidade de cromossomos permanece equivalente ao
número de centrômeros. A única diferença é que os cromossomos agora estão DUPLICADOS. O que
realmente vai duplicar é quantidade de cromátides-irmãs = moléculas de DNA.
- Mutações (favorece a variabilidade genética e pode ser neutra, prejudicial ou favorável):
 Espontâneas (erros na replicação do dna) x Induzidas (Provocadas por agentes físicos (radiação X,
UV, gama), químicos ( gás mostarda, radicais livres) e biológicos ( bactérias e vírus)

 Gênicas (afetam as bases nitrogenadas do DNA = alteram genes. Ex: Substituição, deleção ou
inserção de alguma base nitrogenada) X Cromossômicas (afetam os cromossomos propriamente ditos,
em vez dos genes) -> Podem ser Numéricas = alteram o número de cromossomos e envolvem
cromossomos inteiros (Aneupliodias = afeta um par de cromossomos específico/acrescentam ou
subtraem cromossomos. Ex: trissomia (2n+1), monossomia (2n-1) e nulissommia (2n-2 = não há 1 par de
cromossomos homólogos) OU Euploidias = afetam todos os pares de cromossomos, isto é, afeta a ploidia
da célula. Ex: poliploidias) ou Estruturais = aletram a estrutura do cromossomo e envolvem somente
PARTE de cromossomos (Sem Sentido = transforma em códon de parada +++ Silenciosa (altera a base
nitrogenada, mas não muda o AA codificado) +++ Alteração na leitura (adição/deleção) +++ Perda de
sentido (altera o AA original) +++ Translocação (troca a posição ou pedaços de gene)
- Doenças mais famosas decorrentes de aneuploidias
Trissomias: Triplo X = superfêmea (44 Autossômicos + XXX = 3 cromossomos x e duas cromatinas
sexuais. Portadoras possuem ciclo menstrual irregular e desenvolvimento cognitivo comprometido) //
Duplo Y = supermacho (44 Autossômicos + XYY = Dois cromossomos y. Portadores possuem
características masculinas exacerbadas e menor desenvolvimento cognitivo) // Síndrome de Down =
Trissomia no 21 (Portadores(as) podem apresenta desenvolvimento cognitivo reduzido e doenças
cardiovasculares, além de sua incidência estar relacionada à idade em que a mulher engravida) //
Síndrome de Patau = Trissomia no 13 (Portadores(as) tem uma série de defeitos congênitos e baixa
expectativa de vida) // Síndrome de Edwards = Trissomia no 18 // Síndrome de Klinefelter = 2X e 1 Y (44
Autossômicos + XXY. Apesar do portador apresentar 2 cromossomos X, seu fenótipo ainda é masculino,
embora possua testículos mais atrofiadas, menor estatura, esterilidade e possibilidade de desenvolver
características sexuais femininas)
Monossomias: Síndrome de Turner = Só um cromossomo X (44A + X0. O portador tem fenótipo feminino,
não tem cromatina sexual (pois só tem 1 X), a gestação quase nunca é completa e a produção de
hormônios ovarianos é anormal)
Obs: No contexto das mutações gênicas, as mais significativas são a deleção/inserção, pois alteram toda
a leitura das bases nitrogenadas
Obs2: Se as mutações afetarem as células germinativas, elas poderão ser transmitidas para a prole

* Divisão celular
 Mitose = GERALMENTE só ocorre em células 2n, mas indivíduos gerados por partenogênese
(reprodução assexuada a partir de óvulo não fecundado -> menor variabilidade genética, mas maior taxa
reprodutória), por exemplo, geram até gametas por mitose (divisão equacional = mantém a ploidia e o
número cromossômico) -> Tem como objetivo a reposição/regeneração celular, crescimento e reprodução
assexuada (unicelulares eucariontes).
- Diferenças na divisão celular entre as células animal e a vegetal
1) Cêntrica e Astral + citocinese centrípeta -> Ocorre mediante a atuação de centríolos e das fibras do
áster (já que são originadas dos próprios centríolos) + Citocinese CENTRÍPETA = VAI DO POLO PARA O
CENTRO. É característica dos animais, principalmente os humanos.
2) Acêntrica e Anastral + citocinese centrífuga -> Ocorre sem a participação de centríolos e sem a
formação das fibras do áster. Citocinese CENTRÍFUGA = VAI DO CENTRO PARA O POLO. É
característica dos fungos e células vegetais (gimno e angiospermas). Note que os centríolos não são
essenciais para a divisão celular.
- Fases da divisão celular
Intérfase e caracterísitcas mais relevantes -> Cromossomo se duplicam (mas a quantidade total
permanece a mesma) e as moléculas de DNA/cromátides irmãs dobram de quantidade +++ Formação de
centríolos/centrossomos
Prófase (fase mais longa) -> Condensação dos cromossomos ++ Espiralização do DNA = Forma-se
heterocromatina para permitir a divisão celular +++ Desaparecimento de carioteca e nucléolo (não é
necessário RNA ribossômico para formar proteínas) ++ Presença de Cromossomos Homólogos
duplicados ++ Formação do Fuso Mitótico/Fuso Acromático/Fibras do Fuso (composta de microtúbulos da
proteína tubulina e responsável por separar os cromossomos para os polos da célula) ++ Formação das
Fibras do Áster (estabilizam o centríolo)
Estruturas e organelas diferenciais -> Centríolos que em pares formam centrossomos (Organizam as
fibras do fuso e originam as fibras do áster)

Metáfase -> Cromossomos totalmente alinhados na placa equatorial/placa metafásica (lembrando que
ocorre por causa das fibras do fuso/fuso mitótico/fuso acromático) ++ Máxima condensação = favorece a
visualização deles = permite identificar suas características. Como o estudo dos cromossomos deve ser
feito durante o grau máximo de condensação, são necessárias substâncias (ex: colchicina) que impedem
a formação das fibras do fuso. Para o vestibular, a metáfase é a fase em que essas drogas devem atuar.
Obs: essas drogas, por impedirem a formação das fibras do fuso, impossibilitam a separação dos
cromossomos na divisão
Estruturas e organelas diferenciais -> Cinetócoro (Localizados nos centrômeros, são estruturas proteicas
que ligam os microtúbulos aos cromossomos)
Anáfase (mais curta) -> Clivagem das proteínas que mantêm os centrômeros = Separação das cromátides
irmãs ++ Migração dos cromossomos separados para o polo da célula

Telófase -> Ocorre quando os cromossomos estão já no polo da célula e é basicamente o oposto da
prófase = Reaparecimento do nucléolo/carioteca ++ Descondensação dos cromossomos = eucromatina +
+ Desaparecimento das fibras do áster e dos microtúbulos de tubulina ++ Citocinese = Anel contrátil
formado por actina e miosina responsável pela separação do citoplasma
- Ploidia
- Tumor (intensa atividade metabólica e está na maior parte do tempo em mitose) -> Replicação (mitose)
descontrolada da célula gerando uma massa celular. Pode ocorrer por mutações, por inativações de
certos genes que regulam o ciclo celular (ex: p53). Quando o tumor não é agressivo e fica estável no local
de origem, ele é considerado como benigno. Quando ele é altamente ativo e capaz de migrar para outras
regiões por meio de vasos sanguíneos/linfáticos, ele é considerado como CÂNCER. Quando esse câncer
de fato se espalha, temos a metástase.
- Quantidade de DNA na mitose
 Meiose = só ocorre quando a ploidia é par e é ao menos 2n (divisão reducional = células-filha com
metade da ploidia da mãe) -> Responsável pela reprodução sexuada e por parte da variabilidade genética
dos seres vivos. É dividida em duas partes: Meiose 1 = etapa reducional (crossing-over no quiasma
(aproximação dos cromossomos), separação dos cromossomos homólogos -> Gera 2 células com
cromossomos duplicados) x Meiose 2 = etapa equacional (separação das cromátides irmãs, e idêntica a
mitose)
Obs: entre uma etapa meiótica e outra há a intercinese, em que há a duplicação dos centrossomos
- Meiose 1 (listando só as peculiaridades) -> Prófase 1 (CROSSING-OVER +++ Pareamento dos
cromossomos homólogos por meio das fibras do fuso -> Eventualmente os cromossomos ainda
duplicados serão separados e cada célula-filha terá 1 cromossomo duplicado.) +++ Metáfase 1
(ALINHAMENTO ALEATÓRIO ++ Cromossomos homólogos na placa equatorial) +++ Anáfase 1
(Separação dos cromossomos homólogos ++ SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE. Dica: há 4 cromátides
em cada cromossomo) +++ Telófase 1 (Citocinese e formação das células-filhas com 1 cromossomo
duplicado cada) +++
- Meiose 2 -> Idêntica a mitose, com o destaque para a Anáfase 2, onde há a separação das cromátides-
irmãs e só há 2 cromátides em cada cromossomo = pode confundir com mitose

- Variabilidade genética da meiose -> Ocorre mediante os processos de


1) Segregação independente = separação aleatória dos cromossomos homólogos -> Alinhamento
aleatório dos cromossomos homólogos na placa equatorial/metafásica durante a metáfase 1 e a
segregação/separação independente aleatória desses cromossomos na anáfase 1. Como o alinhamento
e a separação são aleatórios, é possível uma diversidade de combinações de gametas. Por exemplo, na
nossa espécie que tem número diploide = 46 e haploide = 23, 1 única meiose pode gerar 2^23 gametas
2) Crossing-over/Permutação/Permuta Gênica -> A permutação/crossing-over consiste na troca de
segmentos (LOCAL ONDE HÁ TROCA = QUIASMA) entre cromátides de cromossomos homólogos
duplicados durante a prófase 1, caracterizando a recombinação gênica. Isso favorece ainda mais o
número de gametas a serem formados.
- Ploidia e quantidade de DNA na meiose
- Gametogênese
Processo genérico -> Ocorre nas gônadas e segue a ordem: Células Germinativas Primordiais
embrionárias -> Diferenciação -> Gônias e fase de proliferação (aumento no número de células que
poderão gerar gametas -> Crescimento das gônias -> Citos Primários (2n) e fase de crescimento
(interfase pré-meiótica = intenso crescimento + duplicação) -> Citos Primários sofrem Meiose -> Formam-
se os Citos Secundários (n) e a ocorrência da fase de maturação (meiose 2 dos citos secundários e
formação de 4 células-filha)
Principais Diferenças entre Homens e Mulheres ->
1) Gametogênese na mulher já começa na fase fetal, enquanto a masculina é só após o nascimento
2) Ovogênese é parada em determinados momentos até que alguns eventos (puberdade -> Ovócitos
primários e fecundação -> ovócito secundário) ocorram e as meioses 1 e 2, respectivamente, sejam
completadas
3) Homens geram, por meiose, espermatócito secundário e espermátide, enquanto Mulheres geram, por
meiose, ovócito primário e secundário (+ corpúsculos polares)

 Espermatogênese (diferente da ovogênese, ocorre por toda a vida) -> Ocorre nos testículos, mais
especificadamente nos túbulos seminíferos e segue a ordem: Células Germinativas Primordiais sofrem
mitose (FASE DE PROLIFERAÇÃO/MULTIPLICAÇÃO) -> Espermatogônias -> Puberdade (entre 9 e 14
anos) e retomada do desenvolvimento das gônadas masculinas -> Mais mitose e Formação do
espermatócito primário (2n) = FASE DE CRESCIMENTO -> Meiose 1 -> Espermatócito secundário (n) ->
Meiose 2, Fim da maturação e formação das Espermátides (células-filha n) = FASE DE MATURAÇÃO,
que se diferenciaram em espermatozoides por meio da espermiogênese

Obs: espermiogênese -> Formam-se os espermatozoides e há algumas mudanças drásticas em relação


às espermátides:

1) Formação do flagelo -> Permite o deslocamento do espermatozoide e é formado por microtúbulos que
dispensam a contração para gerarem movimento
2) Redução do citoplasma e perda de organelas (Destaque para a permanência da mitocôndria na peça
intermediária, essencial para fornecer o ATP necessário para o deslocamento do espermatozoide)
3) Formação do Acrossomo (proveniente da fusão das vesículas do complexo golgiense) -> Contém
enzimas capazes de digerir o envoltório do ovócito secundário para permitir a penetração do
espermatozoide no ovócito secundário
 Ovogênese -> Ocorre nos ovários e segue a ordem: Células Germinativas Primordiais sofrem mitose->
Ovogônias -> Crescimento, proliferação e diferenciação (FASE DE PROLIFERAÇÃO/MULTIPLICAÇÃO)
em ovócitos primários (2n) AINDA DURANTE A GESTAÇÃO DO EMBRIÃO (FASE DE CRESCIMENTO) -
> Formação de todos os ovócitos primários da mulher ainda embrião até o quinto mês de gravidez ->
Ovócitos primários (2n) estacionados em prófase 1 até a puberdade (8 a 13 anos) -> Início do ciclo
menstrual e FSH estimulando a maturação do ovócito primário -> Retomada da meiose 1 em alguns
ovócitos primários -> Prosseguimento da meiose 1 e formação de ovócitos secundários (n. mas com
cromossomos duplicados) = FASE DE MATURAÇÃO + e o primeiro corpúsculo polar (Proveniente do fim
da meiose 1. Pode se degenerar ou dividir e formar outros corpúsculos polares) -> Ovócito secundário (n)
avança até a metáfase 2, onde fica estacionado -> Agora é possível 2 eventos: 1) Fecundação = Ovócito
secundário é fecundado pelo espermatozoide = forma-se o óvulo (contendo o núcleo do espermatozoide)
+ segundo corpúsculo polar (resultado do fim da meiose 2) Não há fecundação e o ovócito secundário é
eliminado na menstruação
Obs: A mulher inicia a sua gametogênese logo na fase fetal porque a mãe transporta hormônios femininos
dela mesmo pela placenta.
* Genética
 Leis de Mendel: 1°/segregação dos fatores (cada característica é determinada por genes que se
dividem entre os gametas) e 2°/segregação independente (gene são herdados independente de outros
genes) -> Lembre-se do quadro de punet

Equilíbrio de hardy-weinberg: População SEM mutações, SEM migrações e SEM seleção natural ++
População muito grande + Cruzamentos ao acaso. Obs: p + q = 1 // p^2 + q^2 + 2pq = total de indivíduos

 Epigenética: Ambiente modifica a manifestação de genes -> modifica a estrutura da CROMATINA (dna
+ proteínas histomas). Ocorre por metilações (Maior compactação = heterocromatina = inativado;
Geralmente ocorre em bases nitrogenadas) / acetilações (Menor compactação = eucromatina = ativa;
geralmente em aminoácidos)

 Herança sexual em humanos: Básico: Homens recebem Y do pai (100% de chance) e 1 dos X da mãe
(50%), enquanto mulheres recebem o X do pai (100%) e um dos X da mãe (50%). Como reconhecer se é
dominante ou recessiva? Procure por um casal-chave (geralmente um em que os pais são normais e o
filho é afetado OU um casal afetado com filhos normais) e identifique qual o padrão observado: Se o
primeiro caso, então provavelmente é recessiva. Se o segundo, provavelmente dominante. Como
perceber que é um caso de herança sexual? Quando há um padrão claro que o sexo influencia no
aparecimento de indivíduos afetados/normais. Ex: há mais homens/mulheres afetados em comparação ao
sexo oposto OU alternância de gerações OU pais afetados geram filhas afetadas ou mãe afetadas geram
filhos afetados ou

- Herança ligada ao cromossomo X: Casos recessivos (daltonismo, hemofilia, distrofia muscular de


Duchenne): Há mais homens afetados, já que eles seguem a tendência das mães ++ Mães afetadas =
filhos afetados ++ Filhas de pai não-afetado serão portadores do alelo recessivo. OU Casos dominantes
(hipofosfatemia): Há mais mulheres afetadas, já que ela seguem a tendência dos pais ++ Pai afetado =
filha afetada ++ Filhos de mãe não-afetada não serão afetados
- Herança ligada ao Y/restrita ao sexo/holândrica: É basicamente o tipo mais raro nas questões e é bem
óbvia: Todo filho de pai afetado torna-se afetado.
- Herança autossômica: Não está ligada aos cromossomos sexuais e pode ser recessiva ou dominante.
Se recessiva, casais afetados geram somente filhos afetados. Se dominantes, casais afetados
heterozigotos podem gerar filhos não afetados (homozigotos recessivos) -> É bem legal assumir que um
casal é heterozigoto para trabalhar com essa herança e ir traçando a genética das proles subsequentes.

- Herança mitocondrial: Mãe afetada gera filhos afetados independente do sexo, já que a mitocôndria é
somente de origem materna -> Como o dna mitocondrial é igual para os filhos de uma mãe, é mais difícil
de distinguir suspeitos dentro de uma mesma família
Obs: as mitocôndrias vêm só da mãe porque somente o núcleo do espermatozoide é capaz de penetrar
no óvulo, enquanto as mitocôndrias ficam de fora.

- Herança influenciada pelo sexo: A expressão de determinado gene varia de acordo com o sexo do
indivíduo. Por exemplo, a calvície varia de homens para mulheres. Ela é mais comuns nos homens
porque somente a homozigota recessiva gera calvície nas mulheres, enquanto o distúrbio é dominante
nos homens.

Obs: alguns animais não tem determinação por sistema (XY, ZW...), mas pela temperatura do ambiente.

 Interações gênicas: Pleiotropia (um gene codifica várias características) X Codominância (ambos os
alelos interferem no fenótipo e ambos se manifestam. ex: tipagem sanguínea) X Dominância Incompleta
(há fenótipo intermediário, quando o indivíduo é heterozigoto, havendo 3 fenótipos) X Polialelia/Interação
gênica (vários genes atrelados à uma mesma característica) X Poligenia/Herança quantitativa (genes se
somam, havendo várias intensidades fenotípicas: fenótipos intermediários -> são vários fenótipos, não
somente um como na dominância incompleta) X aneuploidia (trissomias, afetamo total ex: de 46 vira 47)
VS euploidia (alteram a quantidade total de cromossomos em cada par ex: 2n vira 3n)
Obs: penetrância = grau de manifestação (%) de um gene em um grupo de indivíduos
- Aneuploidias comuns: Down (trissomia 21) // Turner (X0, exclui o corpúsculo de Barr nas mulheres) //
Klinefelter (XXY) // Pateu (trissomia 13) // Edwards (trissomia 18)
 Doenças/distúrbios genéticos: Mosaicismo (Células geneticamente diferentes, mas com mesma
origem. Decorre de um erro na mitose que gera dois materiais genéticos distintos, geralmente afetando o
n° de cromossomos.) | Quimerismo (Células geneticamente diferentes e de origem diferente)

 Linkage (genes estão no mesmo par de cromossomos homólogos) -> Numa meiose e genes CcDd, por
exemplo, teremos: S (duplica) -> Meiose 1 (separa os cr homólogos = CDCD (uma cromátide) e cdcd
(outra cromátide) -> Meiose (separa as cromátides irmãs = CD CD + cd cd)
- Tipo de gameta parentais: Linkage Cis (dominante com dominante) x Linkage Trans (dominante com
recessivo)
- Distância entre genes ligados (1 Unidade de Recombinação = 1% de crossing over): A probabilidade de
crossing é proporcional a distância entre genes = a porcentagem de crossing. Como calcular: Identificar
os genes recombinantes (fazem crossing) -> Somar as % deles (taxa de crossing) -> Regra de três -> Ex:
AaBb = 4 gametas: AB (45%) / Ab(5%) / aB(5%) / ab (45%) -> Pega-se os menores, soma (10%) e regra
de três:
1unidade recombinante = 1% de chance de crossing-over
X - 10% = 10 unidades
- Como diferenciar de 2° lei de mendel: No Linkage, como observado na meiose, há chance de 50% para
cada gameta (linkage completo) e se limita a 2 tipos, enquanto que na 2° lei há 25% e 4 tipos de
gametas). Porém, há a possibilidade de crossing-over. Quando isso ocorre, os gametas parentais (maior
quantidade, sem crossing) e os recombinantes (menor quantidade, com crossing) terão 4 gametas
diferentes, mas com porcentagens diferentes de 25% (linkage incompleto)
- Obs: % de crossing (Y) X % de células que fazem crossing (Y). Nos exercícios, a % de células que
fazem crossing é sempre o DOBRO da taxa de crossing over.
-Obs2: O crossing-over é RARO, ou seja, a menor frequência de gametas inclui os afetados por crossing.
Portanto, os RECOMBINANTES serão aqueles que não ocorreriam numa meiose comum.
- Obs2.1: Quanto mais próximos os genes = menor probabilidade de sofrer crossing/permutação = mais
parentais irão existir. Também, quanto maior a taxa da crossing = maior a distância entre 2 genes
- Obs3: Cromátides EXTERNAS não sofrem crossing over
Ex: TRANS -> BbRr -> Parentais = Br e bR (trans), portanto os Recombinantes = BR e br /// CIS -> AaNn -
> Parentais = AN e na (cis), portanto, Recombinantes = An e Na
E se fosse necessário descobrir a % de células que fazem crossing e quantos % para cada gameta
recombinante? Numa Distância de 40% UR, teríamos uma taxa de crossing de 40%, portanto, cada
GAMETA Recombinante teria uma taxa de 20% (20 + 20 = 40) e a % de céluas seria de 80%. Além disso,
se não fornecerem a UR, podemos deduzir através de: Verifique os gametas enviados pelo grupo duplo
homozigoto -> Em seguida, corte, na tabela, eles -> Arredonde o % dos indivíduos -> Repare quem esta
em maior quantidade (parental) e menor (recombinante). Pronto, sabendo parental e com o corte,
podemos determinar se é Trans ou Cis e com o %, podemos descobrir o UR e a taxa de crossing

Ex:
Não podemos ter fenótipos parentais, então exclui-se FGH e fgh. O fenótipo recombinante mais frequente
é aquele com a maior distância = maior taxa de recombinação -> FGh ou fgH, já que o H/h tem a maior
chance de crossing over

Ex: Os genes a e b encontram-se num mesmo cromossoma, sendo a distância entre eles de 18 unidades.
A frequência de gametas AB formados por um indivíduo AB/ab é de:
Como 18 unidade = 18% de taxa de crossing, cada gameta recombinante tem 9% de taxa de crossing.
Dessa forma 100 – 18 = 82 -> 41% para cada gameta parental

Ex:
Para organizarmos os genes, devemos colocar nas extremidades os genes com a maior taxa de crossing,
já que ela equivale à maior distância. Depois é só organizar.
Ex: Em uma espécie animal, dois genes estão posicionados no mesmo cromossomo autossomo. Um
macho AB/ab foi cruzado com uma fêmea ab/ab. Sabendo-se que a frequência de recombinação
(permutação) entre esses dois genes é igual a 20%, a frequência de descendentes com genótipo Ab/ab
será de
O macho de genótipo AB/ab formará gametas parentais AB (40%) e ab (40%) e gametas recombinantes
Ab (10%) e aB (10%). Como o enunciado quer um descendente que apresente o genótipo Ab/ab,
sabemos que em apenas 10% dos casos ele será possível de ser formado. A alternativa A está certa.

Ex:
O homozigoto recessivo só fornece gametas ab, enquanto o heterozigoto vai fornecer 4 tipos de gametas
(por causa do linkage): AB // Ab // aB // ab. Resta saber em qual configuração ele está. Pelas
porcentagens apresentadas, percebe-se que Ab e aB predominam, uma vez que ab é sempre do
homozigoto recessivo. Isso faz o heterozigoto possua linkage trans naturalmente.

Ex:
Pela figura, os parentais são trans. Logo, os recombinantes serão ab e AB. A porcentagem de células que
sofreu permutação é o dobro da taxa de recombinação, ou seja, a taxa = 18%. Como a taxa é a soma da
% de gametas recombinantes, a % de gametas recombinantes é a metade da taxa de recombinação.

Ex:
Um dos indivíduos do cruzamento é duplo homozigoto, ou seja, transmite os gametas mg. O outro
precisamos descobrir se é trans ou cis. Para tal, analisa-se as maiores proporções fenotípicas: mmGg //
Mmgg -> Retirando o mg do parente duplo homozigoto ficamos com: Gm e Mg, o que significa um linkage
trans.

- Sistema Sanguíneo/Sistema ABO/Sistema RH (polialelia)

Aglutininas (anticorpo) -> Anti-Alguma coisa (a molécula que combate aglutiongênios). O tem as 2
aglutininas (anti-A) (anti-B), enquanto AB não tem nenhuma

Aglutionogênio/antígeno -> correspondente ao tipo sanguíneo. O não tem aglutinogênio, enquanto


AB tem os dois antígenos (iA e iB)
Fenótipo de bombain/falso -> Quando alguém tem genótipo AB/A/B e não expressa esse fenótipo
sanguíneo em decorrência da epistasia recessiva do gene H

Eritoblastose fetal -> Mãe Rh- teve filho Rh+ e o segundo filho tem risco. É possível utilizar um soro com
anticorpos anti-rh pra evitar a sensibilização da mãe

Biotecnologia

Células tronco -> Células capazes de gerar outras células


Células-tronco Embrionárias:
 Totipotentes (fase de mórula) -> Podem gerar qualquer célula
 Pluripotentes (blástula, mas especificamente no embrioblasto) -> Podem gerar células dos 3 folhetos
embrionários, mas não a placenta/anexos embrionários
Células-Tronco Adultas: São mais limitadas no quesito diferenciação e possuem a função de reparar
tecidos
 Multipotentes (Em todas as partes do corpo, principalmente sangue, músculos, ossos e medula óssea)
-> Geram o tecido em que foram originadas

Células-Tronco Induzidas: são criadas em laboratório a partir da reprogramação do código genético de


células adultas, que regressam ao seu estágio de célula-tronco embrionária.

Clonagem -> Produzir um indivíduo igual ao organismo parental. Hoje é feito Clonagem Terapêutica
(Produz-se embriões oriundos do paciente para que haja produção de células-tronco embrionárias sem
risco de rejeição) e Clonagem Reprodutiva (um organismo doa ovócito secundário sem núcleo, outro
organismo doa um núcleo de célula somática e outro atua como mãe de aluguel. O Clone tem dna
mitocondrial do organismo que doou o ovócito e cariótipo igual ao que doou a célula somática)
Engenharia Genética/Tecnologia do DNA recombinante/manipulação genética: A princípio, são utilizadas
enzimas de restrição/endonucleases (produzidas por procariontes, em especial as archeobactérias, pois
atua em altas temperaturas, ou bactérias capazes de combater os bacteriófagos, pois clivam o DNA viral
para evitar sua replicação) para clivar um pedaço específico do DNA, o sítio de restrição. Para ligar os
pedaços agora separados do DNA utiliza-se a DNA-ligase. Um plasmídeo bacteriano sofre inserção de
um determinado gene por meio dessa técnica e a bactéria transgênica é estimulada a se desenvolver, a
fim de produzir mais cópias daquele gene

- Terapia gênica: Introduz-se cópias saudáveis de genes em um indivíduo para corrigir uma imperfeição
genética. São utilizados vetores (geralmente vírus atenuados) para “infectar” as células defeituosas e
inserir os genes corretos nelas. A terapia pode ser ex-vivo (vetores entram em contato com células do
indivíduo fora dele e posteriormente as células são reintroduzidas no indivíduo) ou in-vivo (vetores
inoculados diretamente nas células)
- Impressão digital: Como a impressão digital é única para cada indivíduo, é possível utilizar o PCR + a
eletroforese para identificar o padrão presente. O PCR amplifica a cadeia, enquanto a eletroforese separa
as moléculas de DNA (que contém o grupo PO4-), fazendo-as migrarem para do catodo (-) para o anodo
(+) em diferentes velocidades, a depender do seu tamanho.

- Edição genética/ CRISPR-Cas9:

Quando um modelo do gene saudável não é fornecido, enzimas de reparo inserem ou deletam
nucleotídeos nas fitas de DNA, causando o desligamento do genedisfuncional (efeito knock out).
Quando um modelo do gene saudável é fornecido, enzimas de reparo realizam a correção da sequência
de nucleotídeos do gene disfuncional, tornando-o funcional e ativo.

- Organismos transgênicos//TRANSGENIA: Recebem/expressam genes (proteínas) de um organismo de


alguma outra espécie. Exemplo: bactéria recebendo genes humanos para produção de insulina

- PCR/Reação em cadeia de polimerase: Utiliza-se a transcriptase reversa de vírus para replicar uma
molécula de DNA e gerar muitas cópias para diversos fins. A produção de novas cópias de DNA é
catalisada pela enzima Taq polimerase, uma DNA-polimerase extraída da bactéria termófila Thermus
aquaticus.
* Evolução e origem da vida
Método científico:
Abiogênese/geração espontânea (hipótese da “Força Vital” -> Inicialmente apoiada por Jan Baptiste Van
Helmont (“receite para criar vida”) e combatida por Francisco Redi (biogênese só para pluricelulares) -> O
experimento consistiu em comparar um pedaço de carne num recipiente aberto e fechado. O fechado
permitiu constatar que os vermes só surgiam a partir da eclosão dos ovos de insetos que previamente
pousaram na carne quando o frasco estivesse aberto.) x Biogênese (vida se origina a partir de outra.
Confirmada a partir do experimento de Pasteur -> Apesar do Redi ter praticamente refutado a geração
espontânea, a descoberta de micro-organismos levantou novas dúvidas sobre o assunto -> John
Needham APOIOU ESSA IDEIA, embora tenha sido contraposta por Lazzaro Spallanzani (vedação
hermética – Importante para os enlatados), o qual não sucedeu na sua tentativa. Foi aí que Louis Pasteur
(abiogênese totalmente refutada) entrou com seu experimento com gargalos alongados/pescoços de
Cisne. O experimento consistiu em alongar inserir um caldo nutritivo num recipiente de vidro, alongar seu
gargalo, tampá-lo, colocar um filtro nele, ferver o caldo para matar os micro-organismos e deixar o sistema
em repouso. Pasteur também imaginava que em grandes altitudes, a quantidade de micro-organismos
seria pequena ou nula.)

 Origem dos primeiros seres vivos: Panspermia (seres extremófilos – capazes de sobreviver em
condições extremas como o vácuo do espaço – e blocos construtores de vida vieram do espaço) X
Evolução química -> Mais aceita atualmente (As condições ambientais da época permitiram a formação
de moléculas da vida. Por exemplo, Vapor de água, metano, amônia e hidrogênio reagiam por meio da
energia fornecida pelas descargas elétricas e as altas temperaturas. É nisso que consiste a hipótese de
Oparin e John Haldane = hipótese heterotrófica, com a vida sendo formada por moléculas inorgânicas
(metano, água, hidrogênio, amônia) -> coacervados (aglomerados de proteínas envolvidos por lipídios
que se formam espontaneamente) -> células propriamente ditas. A explicação fornecida pelos cientistas
foi favorecida pelo Experimento de Miller-Urey, que tentou replicar as condições da Terra na época e
constatou a formação de compostos como hidrocarbonetos e aminonoácidos.
Obs: nessa hipótese HETEROTRÒFICA (FERMENTAÇÃO VEM PRIMEIRO), a ordem da vida seria
como? Seres que fazem fermentação (ausência de O2) -> quimiossintetizantes (usa elementos químicos
que não O2 para ser o aceptor de elétrons) -> fotossíntese (responsável por liberar O2, primeiro formando
óxido de ferro e depois O2 na atmosfera) -> aeróbica
Origem do metabolismo: Heterotrófica (Como não havia oxigênio inicialmente disponível na atmosfera, o
primeiro processo energético imaginado seria a fermentação de moléculas orgânicas. Então, surgiriam os
processos fotossintéticos anoxigênicos (ex: bactérias sulfonogênicas) e depois a fotossíntese oxigênica.
Com esse último processo, houve liberação de O2 na atmosfera, o que promoveu a reação com o Ferro,
gerando óxido férrico e depois de todo o metal ser oxidado, a liberação de O2 propriamente dito na
atmosfera, o que levou a morte/extinção de muitos seres vivos, mas permitiu a ascensão da respiração
aeróbica) x Autotrófico (O primeiro processo energético seria a quimiossíntese, suportada pela descoberta
de micro-organismos que a fazem em fontes hidrotermais, possivelmente parecida com alguns locais em
que a vida pode ter possivelmente surgido. Depois veio a fermentação, a fotossíntese e a respiração
aeróbica)
Ex: Temos, com certeza, que a origem da VIDA veio antes da fotossíntese ou da quimiossíntese. O
exercício em questão não fala de fermentação ou quimiossíntese, logo nos resta a fotossíntese para vir
antes da respiração celular, que passa a ocorrer quando há oxigênio disponível na atmosfera (depois que
todo o ferro foi oxidado). Com a respiração celular, foi possível o surgimento de vida eucariótica e mais
complexa. Eventualmente, formou-se a camada de ozônio, que permitiu a filtragem dos raios solares e a
possibilidade de vida plena no ambiente terrestre.

Evidências evolutivas
 Órgãos vestigiais x Órgãos Homólogos (mesma origem embrionária; função igual ou diferente) x
Órgãos Análogos (origem embrionária diferente; função igual) x Fósseis x Embriologia e bioquímica
comparadas

Teorias evolutivas

 Lamarck (ORGANISMO SE MODIFICA PARA ADAPTAR-SE AO MEIO) -> Lei do Uso e Desuso (O uso
é quem determinada a evolução de certas partes do corpo do organismo. Para Lamarck, as espécies
tendem a um aumento de complexidade e o ambiente impõe/cria as necessidades para as modificações,
independe do genótipo) Contribuilção: adaptação é o produto final da NECESSIDADE DO ORGANISMO
+ ideia de transmissão de caracteres para a prole (Lei da transmissão dos caracteres adquiridos).

 Darwin (MEIO SELECIONA O ORGANISMO MAIS ADAPTADO ÀS PRESSÕES DO AMBIENTE) ->


Contribuição: Seleção natural (pode manter características se elas apresentarem benefício adaptativo) ->
Meio seleciona os organismos mais aptos à sobrevivência e a capacidade de reprodução. A seleção
natural pode ser de 3 tipos e há, ainda, a seleção sexual (Características não necessariamente favoráveis
são escolhidas porque facilitam a obtenção de parceiros sexuais). Darwin desconhecia a genética e as
mutações, o que impossibilitou que ele explicasse a transmissão das características.

Obs: Não esqueça da SELEÇÃO ARTIFICIAL -> O homem escolhe os organismos com as características
mais favoráveis à determinada prática. Esse tipo de seleção não leva em conta o valor adaptativo do gene
do indivíduo em questão.
 Neodarwinismo/teoria moderna ou sintética da evolução -> Complementa o darwinismo através da
descoberta/uso dos FATORES EVOLUTIVOS (explicam como as adaptações surgem e como elas são
transmitidas para os descendentes): RECOMBINAÇÃO GÊNICA e a genética () + Seleção natural (por si
só NÃO FAVORECE A DIVERSIDADE GENÉTICA) + MUTAÇÕES (sempre ocorrem ao acaso e
representam a fonte primária de variabilidade em todas as populações. Podem ser cromossômicas ou
gênicas e possuírem caráter beneficial, neutro ou prejudicial. As mutações só são passadas para a prole
se ocorrem em células germinativas, em vez de somáticas.

Obs: Há, ainda, outro mecanismo evolutivo, a Deriva Gênica (aleatória, não está relacionada à adaptação
ao meio, reduz a variabilidade genética, mas favorece a especiação.) -> Pode ocorrer de duas maneiras:
Efeito Gargalo (Catástrofe/evento elimina grande parte da população, mas parte dela sobrevive. Altera a
frequência alélica das gerações) X Efeito Fundador (parte da população migra e prospera, favorecendo a
fixação de determinados alelos)

 Vórtex de extinção -> população está vulnerável a extinção e com baixo número de indivíduos.
Exemplo: Poucos indivíduos = sujeitos à deriva gênica e endocruzamento (pouca variabilidade e risco de
doenças)

Estratégias adaptativas:
 Mimetismo (animal copia outro animal -> Batesiano (bom = inofensivo imita mal = ofensiva) e
Mulleriano (mal imita mal) x Aposematismo/coloração de advertência (animal possui coloração
CHAMATIVA para identificar aos seus predadores que é perigoso) x Camuflagem/coloração críptica
(animal/planta imita o ambiente que habita)

Formação de espécies

 Espécie: Conceito biológico -> conjunto de populações na qual os indivíduos são capazes de copular,
em condições naturais, e gerar descendentes viáveis e férteis. Raça/subespécie -> Quando
subpopulações acumulam diferenças em decorrência dos diversos fatores evolutivos, mas ainda há
possibilidade de cruzamento com descendentes férteis, o que não configura uma nova espécie, mas uma
raça/subespécie

 Isolamento reprodutivo -> Consequência da especiação, já que impede que diferentes populações
cruzem. Pode ser pré-zigótico = antes da fecundação, impede a formação de zigoto (Ecológico –
Nicho/ambiente distinto +++ Sazonal/Temporal – Período de reprodução diferente +++
Comportamental/Etológico – Comportamento reprodutivo diferente +++ Mecânico – Diferenças
anatômicas +++ Gamético – Diferença entre os gametas) x pós-zigótico = após a fecundação e formação
do zigoto híbrido (Inviabilidade do Híbrido – Não completa o desenvolvimento embrionário ou o híbrido
morre antes de atingir a maturidade +++ Esterilidade do híbrido – Híbrido é estéril e incapaz de reproduzir.
Ex: Mula/burro, com 2n = 63 cromossomos.)

 Convergência adaptativa/Evolução convergente (pressões semelhantes + semelhanças adaptativas +


órgãos análogos (geralmente sem isolamento; ancestral diferente = origem evolutiva diferente e
órgãos/características semelhantes) x Divergência/Irradiação (pressões diferentes + órgãos homólogos
(ancestral comum; espécies ocupam diferentes nichos/ambientes) + diferenças adaptativas)

 Tipo de especiação (há interrupção do fluxo gênico – transferência de genes entre populações - =
diferenças genéticas se acentuam): Alopátrica (Com isolamento; Eventos que levam culminam isso:
Isolamento geográfico, redução do fluxo gênico, acúmulo de mutações, isolamento reprodutivo (este é o
último, pois aí já são espécies diferentes) x Simpátrica (Sem isolamento; uma barreira biológica impede o
cruzamento -> seleção disruptiva ou mutações cromossômicas) x Parapátrica (sem isolamento, mas
algum motivo leva à redução do fluxo gênico e a não ocorrência de cruzamentos aleatórios)

* Relações ecológicas e ecologia


Níveis de organização dos seres vivos -> Organismo / População / Comunidade / Ecossistema / Biosfera
Ecótono -> região de transição entre comunidades
Hotspot -> Áreas fortemente degradadas e com alto número de espécies em extinção
Habitat E nicho ecológico
- Tipos de espécies: Exóticas/invsasoras (Não estão no habitat natural -> Por terem menos/nenhum
predadores naturais, menos parasitas, mais alimento disponível, causam desequilíbrio ambiental) //
Endêmicas (Somente achadas em determinada região) // Pioneiras (Ocupam o primeiro estágio da
sucessão ecológica, portanto, são capazes de sobreviver sem depender de um ecossistema complexo.
Ex: líquens, musgos, briófitas -> Modificam o ambiente de forma a permitir a chegada de outros seres) //
Bentônicas (vivem fixas no substrato marinho ou se locomovem por ele. Ex: corais, algas, crustáceos,
moluscos) // Nectônicas (espécies que se movem ativamente pela água) // Guarda-Chuva = Guarda-
Chuva porque sua preservação favorece outros seres (Espécies que, por ocuparem áreas extensas, se
preservadas, favorecem outras)
Fluxos de Energia (unidirecional (sempre) + nível anterior SEMPRE com mais energia disponível, porque
parte da energia transferida é gasta para manter o metabolismo do ser vivo) ->
Níveis tróficos: Produtores / Consumidores 1, 2, 3 e 4 / Decompositores. (nota: Classificação quanto à
dieta: herbívoros + carnívoros + detritívoros + onívoros + hematófagos)
 Cadeias alimentares (sequência linear em que um ser vivo serve de alimento para outro e teias
alimentares (conjunto de cadeias alimentares). Há, ainda, o fenômeno que relaciona o acúmulo de
substâncias que não são digeridas pelos seres vivos chamado de Bioacumulação -> entre um organismo
OU Biomagnificação/Magnificação trófica-> entre níveis tróficos
Obs: o garimpo é uma atividade que favorece a bioacumulação porque ele libera no ambiente metais,
como o mercúrio, que se acumulam nos organismos. As algas absorvem esse metal, os peixes, por
consumiram as algas, acumulam o metal e, por fim, o homem ao ingerir os peixes também acumula o
metal que não é biodegradável. Mesma coisa com o DDT.
Obs: Os grupos que, quando afetados, MAIS DESESTABILIZAM UMA TEIA ALIMENTAR SÃO: BASE
(PRODUTORES) E TOPO (PREDADORES DE MAIOR NÍVEL TRÓFICO)
Obs: EM 99,9% DOS CASOS, os produtores fornecerão energia para todos os níveis tróficos acima deles,
no entanto, é possível obter energia de outras formas. Por exemplo: Em cavernas que não possuem fonte
luminosa para os produtores, há animais como ácaros, traços, colêmbolos que obtém alimento através
das fezes - guano - de outros animais. Como eles obtêm energia através das fezes de animais, eles ainda
são considerados como consumidores primários e por serem presa para os níveis tróficos acima,
constituem a base da cadeia alimentar. Desse modo, há uma inversão do senso comum que toda a
energia advém dos produtores.
Produtividade nos ecossistemas (A quantidade de matéria orgânica ou de energia produzida por um
organismo em determinada área e intervalo de tempo) -> Produtividade Primária = energia produzida
pelos produtores. Pode ser BRUTA (TOTAL, INCLUINDO O QUE É GASTO PARA A SOBREVIVÊNCIA
DOS ORGANISMOS) OU LÍQUIDA (Parte, pois é a Bruta – respiração celular)

*Ciclos biogeoquímicos
 Ciclo do nitrogênio -> Estabelecido pela relação mutualística bacteriorriza -> Fixação (N2 em NH3 =
rhizobium = em leguminosas) X Nitrificação (NH3 –> NO2 (nitrito = nitrosomonas) –> NO3 (nitrato =
nitrobacter) X Desnitrificação (NO3 –> N2 = pseudômonas ou desnitrificantes)

OBs: as plantas podem assimilar AMÔNIA OU NITRATO. As bactérias do solo podem obter nitrogênio por
meio da decomposição -> Isso é benéfico para reduzir o uso de fertilizantes, já que a planta terá o
suprimento adequado de nitrogênio.
Obs: As rhizobium, embora sejam aeróbias, sua FIXAÇÃO (que também gasta ATP gerada na respiração)
é ANAERÓBIA mediante a presença de LEG-Hemoglobina, que captura o O2 para o metabolismo da
bactéria ou da raiz. A enzina/complexo enzimático que FIXA o N2 é a Nitrogenase
Obs: A alternância entre o plantio de LEGUMINOSAS E NÃO-LEGUMINOSAS É CHAMADA DE
ADUBAÇÃO VERDE
 Sucessão ecológica (processo de colonização de um ambiente por seres vivos OU conjunto de
mudanças num ambiente a partir da inserção de seres vivos nele) -> Autogênica (desencadeada por
processos biológicos do próprio ecossistema) x Alogênica (desencadeada por processo externos. Ex:
desastre ambiental)
Etapas da sucessão: Ecese/comunidade primária (pioneira; organismos com maior potencial biótico ->
Pequenas, ciclo de vida curto, tolerantes ao sol; PPL máxima) XX seral/comunidade intermediária
(intermediária; organismos de menor porte; ) XX clímax (organismos mais sensíveis a alterações
ambientais; com maior biodiversidade e biomassa; mais nichos e maior complexidade; mais homeostática;
ppl mínima e ppb máxima).
Tipos De sucessão: Primária (ÁREA QUE NUNCA FOI HABITADA passa a se desenvolver) XX
Secundária (ambiente previamente ocupado, mas que foi degradado/pertubado e passou a se
desenvolver novamente. Ex: região desmatada/queimada)
Relações Ecológicas

 Princípio da exclusão competitiva -> ocorre quando há sobreposição de nichos ecológicos. Resulta na
exclusão de uma das espécies, a menos capaz de se adaptar ou de prosperar no ambiente competitivo.

 Canibalismo sexual -> garante o sucesso reprodutivo (fornecendo nutrientes, diminuindo a competição,
etc) de ambos os pais.

 Branqueamento de corais -> Quando há perda ou fim da relação mutualística entre algas e corais em
função do AUMENTO DE TEMPERATURA = EFEITO ESTUFA. Não confundir com enfraquecimento pela
redução do pH aquático.
Obs: lembre-se de esclavagismo / tanatose / autotomia / forésia
Dinâmica Populacional (estudo da variação na quantidade de indivíduos de determinada população ao
longo do tempo.)
- Fatores que influenciam na densidade populacional: emigração e imigração + taxa de natalidade e
mortalidade

- Conceitos: carga biótica máxima // potencial biótico // resistência ambiental (obs: variações nos fatores
de resistência ambiental podem resultar em oscilações no tamanho da população)// curva de crescimento
real

- Gráfico da dinâmica populacional


Dica para não confundir: A LINHA TRACEJADA RETA = CAPACIDADE MÁXIMA QUE O AMBIENTE
SUPORTA QUE, AFINAL DE CONTAS, É SEMPRE CONSTANTE XXXXX ENQUANTO QUE A
RESITÊNCIA DO MEIO ESTÁ ENTRE AS LINHAS DE CRESCIMENTO

Obs: curvas de sobrevivência -> Relacionam taxa de mortalidade/sobrevivência com o cuidado parental
fornecido aos indivíduos. Quanto maior o cuidado parental = mais tempo os indivíduos sobrevivem =
menor taxa de mortalidade, especialmente nos anos iniciais.
Ex: no gráfico abaixo, 1 (mamíferos; alto cuidado parental)– alta sobrevivência de jovens e adultos, mas
alta mortalidade na velhice // 2 (aves e roedores; médio cuidado ambiental) – sobrevivência intermediária
e com taxa de sobrevivência/mortalidade constantes // 3 (tartarugas, peixes e plantas; baixo cuidado
parental)– alta mortalidade para jovens e alta sobrevivência para adultos
* Saúde, doenças, parasitologia, protozoários, vírus, bactérias
Conceitos básicos
- Infestação (patógenos maiores que as células. Ex: vírus, bactérias, fungos) x Infecção (patógenos
menores que as células. Ex: vermes, protozoárias)
- Desinfecção (elimina maioria dos patógenos. Não elimina esporos) x Esterilização (elimina todos os
patógenos) + Assepsia (desinfecção preventiva) x Antissepsia (elimina contaminação)
- Parasita -> Se hospeda em algum ser vivo para obter alimento e sobreviver x Hospedeiro -> Ser que é
habitada por algum parasita, numa relação amensalísitica
- Vetores biológico (Inoculam o parasita propriamente dito. Ex: Anopheles e a malária) x Vetores
mecânicos (Inoculam substância infectante. Ex: moscas e baratas transmitindo fezes contaminadas por
toxoplasmose) x Reservatório natural (ser vivo abriga o parasita, mas em sua forma estacionária, ou seja,
sem sintomas)
Obs: Reservatório: Ser vivo que possui o parasita, não o transmite a doença, mas TRANSMITE O
PARASITA.
- Agente Etiólogico: o patógeno propriamente dito, isto é, o ser que causa a doença.
- Transmissões -> Direta (Pessoa para pessoa. Ex: aerossóis de saliva, secreções) x Indireta (Objetos
contaminados ou hospedeiros intermediários. Ex: fômites) X Sanguínea x Sexual x Oral-fecal x Congênita.
- Profilaxias (prevenção): saneamento básico / telas para barrar artrópodes / fervura da água / cozimento
e lavagem dos alimentos / camisinha / esterilização / uso de máscaras / isolamento social / uso de EPI /
lavagem adequada das mãos
Classificações
- Quanto ao número de hospedeiros: Monoxênicos (só um hospedeiro) x Heteroxênicos (vários
hospedeiros)
- Quanto a variedade de hospedeiros: Eurixenos (Vários hospedeiros. Euri = larga) x Estenoxenos
(Quantidade restrita de hospedeiros. Esteno = estreito)
- Quanto ao tipo de hospedeiro: Definitivo (Parasita na forma adulta e capaz de se reproduzir
sexualmente) x Intermediário (Parasita na forma imatura e que se reproduz assexuadamente)
- Quanto o local em que o parasita está no hospedeiro: Ectoparasita (Superfície externa do local de
infecção. Ex: pele) x Endoparasita (Superfície interna do local de infecção. Ex: sangue)
- Classificação das doenças quanto sua disseminação: Surto (Quando há aumento repentino no número
de casos em certa região) x Epidemia (Aumento acentuado de casos e que passa a afetar diversas
regiões) x Pandemia (Quando afeta o mundo inteiro – vários países de diferentes continentes são
afetadas) x Endemia (Geralmente restrita à uma região e com número de casos constantes.) x Sindemia
(Quando uma doença interage com outra e juntas causam mais dano do que separadas)
- Classificação das doenças quanto a morte que causa e o desenvolvimento do país: Infecciosas
(pobres/em desenvolvimento) x Crônicas Degenerativas (desenvolvidos)
- Classificação das doenças quanto ao surgimento: Emergentes (novas) x Reemergentes (estavam
controladas, mas voltaram a se disseminar)
- Classificação das doenças quanto a progressão: Agudas (Progressão rápida) x Crônicas (Progressão
lenta)
- Por parasita causador:
 Protozoários – amebíase + giardíase + toxoplasmose + Tricomoníase + Tripassonomíase (Chagas +
Doença do Sono)
 Platelmintos – Esquistossomose + Teníase
 Nematelmintos – Ascaridíase (lombriga) + Ancilostomose (amarelão) + Filariose/elefantíase +
Enterobiose/oxiurose + Bicho-Geográfico/larva migrans
 Vírus – HIV + HPV + Herpes + Dengue/febre amarela/zika/chikungunya + Hepatite + Caxumba +
Catapora + Rubéola + Sarampo + Varíola + Raiva + Poliomielite + Mononucleose
 Bactéria – Sífilis + gonorréia + Botulismo + Cólera + Desinteria + Hanseníase + Leptospirose +
Tuberculose + Tétano + Febre Maculosa + Difteria + Clamídia + Coqueluche + Febre Tifóide/Tifo +
Salmonella

Organização das doenças


1) Agente etiológico + classificação quanto ao hospedeiro e onde ele habita no homem
2) Vetor, hospedeiros e/ou modo de contágio
3) Ciclo de vida do parasita (se relevante)
4) Sintomas
5) Profilaxia e cuidados
Reino Protista
- PROTOZOÁRIOS: Eucariontes (primeiros), Unicelulares, Heterótrofos, alguns capazes de formar CISTO
(FASE DE RESISTÊNCIA), Vacúolo Digestivo (organela responsável pela digestão intracelular), Vacúolo
Contrátil/Pulsátil (organela responsável pela excreção e a osmorregulação -> PROTOZOÁRIOS DE
ÁGUA DOCE SÃO HIPERTÔNICOS = GANHAM ÁGUA POR OSMOSE = VACÚOLO RETIRA O
EXCESSO DE ÁGUA. Por que o vacúolo é quem recebe a água? Porque BOMBAS DE PRÓTONS
bombeiam íons para dentro dele, por meio de transporte ativo, a fim de torná-lo mais concentrado do que
o citoplasma da célula). São divididos conforme a capacidade de locomoção:
 Cílios (estruturas proteicas – actina – que auxiliam na alimentação, bem como a locomoção) =
Ciliophora -> Paramécio e balantidíase. Os ciliados também são binucleados -> macronúcleo (regula o
metabolismo) x micronúcleo (regula a conjugação, um tipo de reprodução sexuada)

 Pseudópodes (projeções citoplasmáticas que também auxiliam na obtenção de alimentos) =


Rhizopoda/Sarcodina -> Ameba

 Flagelos (também proteicos) = Mastigophora/Flagelados -> Podem ser encontrados em duas formas:
mastigota = ativa e flagelada ou amastigota = sem flagelo. Ex: Giardia, Tripanossoma, leishmania
 Sem estrutura locomotora especial = Sporozoa/Apicomplexa -> Plasmodium, Toxoplasma
E possuem diferentes formas de reprodução:
Assexuada -> Bipartição (divisão binária = gera 2 seres. Ex: ameba) x Esquizogonia (divisão múltipla =
gera vários outros protozoários. Ex: plasmodium)
Sexuada -> Conjugação (Conjugação no paramécio ++ União gamética no plasmodium)

Doenças causadas por protozoários (protozooses)


Amebíase/Disenteria amébica
1) Agente etiológico: Entamoeba histolytica = ameba -> Parasita monoxênico que habita, principalmente,
o intestino grosso do homem, onde causa lesões à parede intestinal. O protozoário sarcodino pode,
também, habitar outras regiões, como fígado, pulmões e cérebro
2) Contágio/transmissão: Ingestão de alimentos/água contendo os cistos (forma de resistência e inativa,
tetranucleada e com envoltório protetor) do protozoário rizópoda. Ao ser ingerida e encontrar ambiente
favorável, o cisto se transforma em 4 trofozoítos (forma ativa, que se alimenta por meio dos pseudópodes)
3) Ciclo de vida: Ingestão do cisto -> Entamoeba se aloja no intestino grosso e em outras regiões do
corpo -> Protozoário em sua forma trofozoítica se alimenta por meio de seus pseudópodes e por
fagocitose -> Há reprodução assexuada (divisão binária) -> Cistos (sobrevivem) e trofozoítos (morrem)
quando liberados nas fezes -> Cistos ficam em contato com alimentos e água -> São ingeridos.
4) Sintomas: Diarreia com sangue, cistos nas fezes, cólicas abdominais
5) Profilaxia e tratamento: Tratamento dos doentes, saneamento básico, medicação adequada, higiene
pessoal (lavar as mãos antes de comer) e alimentar (das frutas/verduras)
Giardíase
1) Agente etiológico: Giardia Lamblia -> Parasita flagelado monoxênico que se hospeda no intestino
delgado do Homem. O ciclo de vida é semelhante ao da entamoeba, com cistos (forma inativa) e
trofozoítos (forma ativa)

2) Contágio: Infecção por meio da ingestão dos cistos do protozoário flagelado liberados nas fezes dos
contaminados.

3) Sintomas: Diarreia, dores abdominais, esteatorreia (fezes com alto teor de gordura)

4) Profilaxia: Tratamento dos doentes, saneamento básico, higiene pessoal, higiene alimentar (lavagem
adequada de frutas e verduras)

Tripanossomíase (pode ser mal chagas ou doença do sono)


- Africana = Doença do Sono
1) Agente etiológico: Trypanossoma brucei -> Parasita flagelado heteroxênico
2) Contágio: Picada da mosca contaminada Tsé-Tsé (vetor)
3) Ciclo de vida: Mosquito do gênero Glossina pica a pessoa -> tripanossoma vai para o sangue e se
reproduz lá -> Protozoário vai para o sistema linfático e depois para o nervoso -> Se uma outra mosca
não-infectada pica algum ser-humano infectado, a mosca se infecta e, então, passa a ser capaz de
transmitir para outro
4) Sintomas: Sonolência, sintomas neurológicos, confusão mental, dificuldade para caminhar
5) Profilaxia e tratamento: repelentes, combate ao artrópode vetor, uso de telas, tratamento dos doentes

- Americana = Mal/Doença de Chagas


1) Agente etiológico: Trypanossoma cruzi -> Parasita flagelado heteroxênico que se aloja em músculos do
corpo (coração, tubo digestivo) e se liga aos recepetores de membrana de células de defesa, em
específico os fagócitos.
2) Contágio: Barbeiro (artrópode do gênero Triatoma) pica e defeca sobre a pele, liberando a forma
infectante do parasita do barbeiro contaminado após a picada). A picada gera resulta em coceira e ao
coçar o local, as fezes são levadas até a ferida e o parasita na forma MASTIGOTA/TRIPOMASTIGOTA =
FLAGELADA = EXTRACELULAR entra na corrente sanguínea. O vetor pode se contaminar após ingerir
sangue de um hospedeiro contaminado (homem) ou de reservatórios naturais (gambá, macaco). Há
outras formas de contaminação, como transfusão sanguínea, transplante de órgãos, transmissão vertical
e por alimentos infectados -> Açaí e caldo de cana-de-açúcar são moídos junto dos barbeiros e suas
fezes infectadas com o protozoário.
3) Ciclo de vida: Barbeiro contaminado pica, defeca a forma TRIPOMASTIGOTA, pessoa coça e cai no
sangue a forma MASTIGOTA = EXTRACEULAR -> Trypanossoma cruzi infecta células
(preferencialmente do músculo cardíaco e tudo digestivo) e, então, se diferencia na forma AMASTIGOTA
= INTRACELULAR -> Protozoário flagelado se reproduz por divisão binária (assexuadamente) e a célula
rompe -> Formas tripomastigotas do parasita são liberadas e o parasita vai infectando mais células ->
Barbeiro não infectado se alimenta do sangue do homem infectado, se infecta com as formas mastigotas -
> As formas flageladas se diferenciam em epimasgotas no tubo digestivo, se reproduzem por divisão
binária e vão para o reto do barbeiro, onde se diferenciam novamente em tripomastigotas
4) Sintomas: Os sintomas se dividem em duas fases: Aguda, mas que pode ser assintomática (até 2
semanas após a infecção o contaminado pode apresentar: febre, dor no corpo, inflamação nos linfonodos,
inchaço no fígado, baço, coração, meninges...) e crônica (Demoram até 30 anos para aparecer, mas
consistem em cardiomegalia (aumento no tamanho do coração, mas redução de sua capacidade),
arritimia e insuficiência cardíaca + megaesôfago e megacólon.
5) Profilaxia e tratamento: Combate ao barbeiro, uso de telas, melhora das condições de moradia =
substituir por casas de alvenaria (porque as casas de pau a pique atuam como habitat do vetor), controle
do desmatamento, higienização do açaí (e pasteurização dele) e da cana-de-açúcar, tratamento dos
infectados na fase aguda, controle dos doadores,

Leishmaniose (Tegumentar = úlcera de Bauru e visceral = calazar)


1) Agente etiológico: Ambos são do gênero Leishmania e parasitas heteroxênicos, mas a espécie varia
conforme o tipo de leishmaniose. Leishmaniose Tegumentar/cutânea = Úlcera de Bauru -> Leishmania
braziliensis x Leishmaniose Visceral = Calazar -> Leishmania chagasi e Leishmania donovani
2) Contágio: Picada da fêmea mosquito-palha (gênero Luztomyla)
3) Ciclo de vida: Mosquito pica um hospedeiro (homem) ou reservatório (cachorro, roedor) e injeta o
parasita -> Hospedeiro fica infectado com a forma mastigota = extracelular do protozoário flagelado ->
Mosquito não infectado pica o hospedeiro infectado e adquire o protozoário que, eventualmente, se
transforma na forma amastigota = intracelular no intestino do mosquito
4) Sintomas: Leishmaniose Tegumentar/cutânea = Úlcera de Bauru -> Lesões na pele e mucosas,
principalmente no nariz, boca e garganta XX Leishamaniose Visceral = Calazar -> emagrecimento,
anemia e infecções em vísceras (baço, fígado, medula óssea, intestino).
5) Profilaxia e tratamento: Combate ao mosquito, uso de telas e repelentes, tratamento dos infectados,
combate ao desmatamento
Malária/febre palustre/febre terça ou quartã/febre intermitente/maleita
1) Agente etiológico: protozoários heteroxênicos e apicomplexos do gênero Plasmodium. Diferentes
regiões geográficas são acometidas por diferentes espécies desse gênero de parasita. A África sofre com
a forma mais letal (Plasmodium falciparum), enquanto que o Brasil sofre com a mais branda (Plasmodium
Vivax). Cabe ressaltar que aqui entra a questão dos hospedeiros definitivos e intermediários, já que no
homem (intermediário) só há reprodução dos esporozoítos + merozoítos de forma assexuada (por
esquizogonia), enquanto que no mosquito (definitivo) há a esporogonia das células do oocisto.
2) Contágio: Transfusão sanguínea, transmissão direta, mas a mais comum é a transmissão vetorial por
meio da picada da fêmea do mosquito-prego (gênero Anopholes). Quando o mosquito pica o homem, ele
libera um anticoagulante para permitir a obtenção de sangue e um anestésico, mas se estiver infectado,
inocula o Plasmodium na vítima. A forma inoculada é o ESPOROZOÍTO (FORMA INFECTANTE e
inoculada), que irá atacar células do fígado, onde se reproduz por esquizogonia (multiplica seus núcleos e
depois gera diversos parasitas). A reprodução forma o MEROZOÍTO (FORMA ORIGINADA DA
REPRODUÇÃO ASSEXUADA DENTRO DAS CÉLULAS HEPÁTICAS) eventualmente leva à lise celular.
Depois da lise das células hepáticas, os merozoítos infectam as hemácias, se reproduzem novamente por
esquizogonia, acarretando na hemólise. A reprodução dos merozoítos libera tanto eles próprios quanto
GAMETÓCITOS (forma capaz de ser transmitida para o mosquito e formadora de gametas). Essa última
forma infecta o mosquito e produz gametas (de ambos os sexos) no tubo digestivo do artrópode, que se
reproduzem no estômago, zigoto se diferencia em OOCINETO e fixa-se na parede estomacal. O oocineto
faz meiose, se transforma em oocisto e as células haploides resultantes da meiose reproduzem-se
assexuadamente por esporogonia, formando os esporozoítos. Então, o oocisto libera os esporozoítos
que, por sua vez, migram para a glândula salivar do mosquito.
3) Ciclo de vida: Mosquito pica e inocula o ESPOROZOÍTO do protozoário apicomplexo -> Esporozoíto
infecta células hepáticas e se reproduz por esquizogonia -> Os diversos parasitas formados tornam-se
MEROZOÍTOS e rompem a célula hepática -> Liberados no sangue, os merozoítos infectam as hemácias
e causam hemólise (resultando em febres regulares), se reproduzem e geram merozoítos e
GAMETÓCITOS -> Os gametócitos podem, então, infectar o mosquito quando esse pica um humano
infectado -> Produz gametas no tubo digestivo do mosquito -> Fecunda no estômago -> Zigoto vira
oocineto ainda no estômago do mosquito -> Oocineto faz meiose, vira oocisto e as células haploides
viram esporozoítos por esporogonia -> Oocisto libera a forma infectante do protozoário e ela se desloca
para as glândulas salivares esperando para ser inoculada
4) Sintomas: Lesões hepáticas e hepatomegalia (decorrente da infecção pelo esporozoíto e sua
esquizogonia), lise celular com consequente febre intermitente e cíclica (decorrente da lise celular
causada pela esquizogonia do merozoíto), Anemia (pela hemólise)
Obs:

5) Profilaxia e tratamento: Combate ao mosquito-prego, uso de telas e repelentes, tratamento de doentes,


combate ao desmatamento, controle de bancos de sangue
Obs: A característica marcante da malária é a febre regular após a hemólise (a cada 48horas ou 72 horas,
dependendo da espécie de plasmodium). Essa febre intermitente acontece após a liberação de toxinas
chamadas hemozoínas e pode ocorrer de 3 em 3 dias (terçã) ou de 4 em 4 (quartã) e também pode ser
benigna (causada pela forma branda – vivax e ovale) ou maligna (causada pela forma mais letal –
falciparum)
Toxoplasmose
1) Agente etiológico: Toxoplasma Gondii -> Parasita heteroxênico e apicomplexo (sem estrutura
locomotora), sendo o homem o hospedeiro intermediário e o gato, o hospedeiro definitivo
2) Contágio: O protozoário possui diversos hospedeiros, sendo que os intermediários (reprodução
assexuada) são: homem, porco, ave, carneiro e os definitivos: gato e outros felídeos. O contágio pode
ocorrer por transmissão vertical (mãe transmite trofozoítos para o filho = congênita), ingestão de carne
contaminada com os cistos, ingestão de oocistos presentes nas fezes de felinos contaminados
Obs: não há contaminação de pessoa para pessoa
3) Ciclo de vida: O T.godii pode ser encontrado em 3 formas: taquizoíto/trofozoítica (Forma ativa, com
densevolvimento rápido e encontrada na fase aguda), bradizoíto/cisto (Forma inativa, de resistência e
encontrada na fase crônica. Os cistos contêm os bradizoítos) e oocisto + esporozoíto -> ocorrem na fase
sexuada, ou seja, no hospedeiro definitivo (Forma encontrada nas fezes de felinos. O oocisto contém
esporocistos que, depois de eliminado no ambiente, sofrem esporulação/esporogonia e formam um
oocisto maduro = esporozoíto, capaz de sobreviver por até 1 ano em condições adequadas)
4) Sintomas: Febre, dor no corpo, íngua (linfonodo inchado), dano neurológico (mais comum em
pacientes imunodeprimidos) e dificuldade visual
5) Profilaxia e tratamento: Cozimento adequado de carnes para eliminar os cistos, evitar contato com
fezes de felinos, higiene pessoal e alimentar

Tricomoníase (IST)
1) Agente etiológico: Trichomonas vaginalis
2) Contágio: Via sexual
4) Sintomas: afeta a uretra e a vagina, causando irritação, prurido e corrimento, mas também pode afetar
o sistema reprodutor masculino, causando inflamações no epidídimo e próstata
5) Profilaxia e tratamento: Cuidado dos doentes, uso de camisinha

Verminoses
Doenças causadas por platelmintos (esquistossomose e teníase)
Dica: adaptações que esses vermes possuem para o endoparasitismo -> cutícula que protege dos sucos
digestivos ++ estruturas capazes de fixar o animal no intestino e perfura-lo para obter sangue ++ grande
produção de ovos ++ capacidade de sobreviver em ambientes com baixo teor de oxigênio
Esquistossomose (barriga-d’água)
1) Agente etiológico: Schistossoma mansoni, platelminto heteroxênico (homem é o hospedeiro definitivo),
dioico e com dimorfismo sexual. Possui duas formas: cercaria (forma que infecta o homem e é gerada a
partir de reprodução assexuada no hospedeiro intermediário: caramujo do gênero Biomphalaria) e
miracídio (forma que eclode do ovo e que infecta o caramujo. Tem aumento quando há maior
precipitação/chuvas)
2) Contágio/vetores: penetração ativa da CERCÁRIA (larva do platelminto CAPAZ DE NADAR)
3) Ciclo de vida: Cercária penetra ativamente a pele do homem -> Cercária perde a cauda e se aloja no
sistema porta-hepático (vasos sanguíneos entre o intestino e fígado) -> Há reprodução nessa região e
liberação de ovos nas fezes -> Se os ovos atingirem o meio aquático adequado, eles eclodem e liberam
OS MIRACÍDIOS (larvas ciliadas que predominam quando HÁ PRECIPITAÇÃO) -> A larva infecta o
hospedeiro intermediário – caramujo de ÁGUA DOCE do gênero Biomphalaria -> Há reprodução
assexuada no caramujo e liberação da cercaria, forma infectante do ser humano
4) Sintomas: coceira na hora da penetração da cercaria, acúmulo de líquido na região abdominal (ascite),
lesões hepáticas, diarreias, vômitos, náuseas,
5) Profilaxia: controle da população de caramujos, tratamento de doentes, não nadar em águas
desconhecidas/suspeitas, saneamento básico

Teníase e cisticercose
1) Agente etiológico: Taenia solium (infecta o porco e possui GANCHOS + VENTOSAS) e Taenia
saginata (infecta o boi e possui SOMENTE VENTOSAS. Dica: nata = leite = boi), platelmintos
heteroxênicos (homem é o hospedeiro definitivo), monoicos e conhecidos como “solitárias” (geralmente
liberam substâncias que impedem que outras tênias se desenvolvam). De um modo geral, a tênia possui
uma região chamada de escólex (região anterior do corpo e responsável por fixar o verme à parede
intestinal), outra de colo (responsável pela formação das unidades da tênia, as proglótides/proglotes)

2) Contágio/vetores: Ingestão carne de boi/vaca contaminada com CISTICERCOS (LARVAS) ativos =


teníase OU ingestão de OVOS de tênia solium em água/alimentos contaminados = cisticercose (somente
da solium)
3) Ciclo de vida:
1) Teníase -> Indivíduo ingere os cisticercos (LARVAS) ativos de alguma carne contaminada -> os
cisticercos chegam ao intestino delgado, alojam-se e utilizam o escólex para se fixar na parede intestinal
e se alimentar por difusão (esses platelmintos não tem sistema digestório) -> proglotes (unidades da
tênia) sofrem autofecundação e ficam grávidas, isto é, ficam cheias de ovos embrionados (hexacanto) ->
proglotes se desprendem e são eliminadas nas fezes -> no ambiente, um dos hospedeiros intermediários
(boi ou porco) ingere os ovos da tênia -> os ovos eclodem e geram larvas que se reproduzem
assexuadamente (por estrobilização) e se alojam em tecidos altamente oxigenados (como músculos) ->
larvas oncosferas se desenvolvem em CISTICERCOS (canjiquinha), que aguardam a ingestão por parte
do homem
2) Cisticercose (forma mais grave da doença, especialmente quando se torna neurocisticercose) -> Em
vez do homem ingerir os cisticercos já prontos, ele ingere os OVOS DA TÊNIA -> Os ovos eclodem e as
larvas se desenvolvem em cisticercos, mas já que não estão parasitando o intestino delgado, logo não
completam sua maturação em tênias adultas -> As larvas de cisticercos se alojam em diversos tecidos
(músculos, cérebro) e passam a parasitá-los
4) Sintomas: Teníase -> fraqueza, deficiência nutricional, insônia, dor abdominal, náusea, diarreia X
Cisticercose -> Dor nos órgãos afetados, lesões coronárias (se houver cisticercos no coração), cegueira
(se houver nos olhos), lesões neurológicas (se os cisticercos se instalarem no cérebro e causarem a
neurocisticercose)
5) Profilaxia: saneamento básico, higiene alimentar, cozimento adequado de carnes, não ingestão de
carne crua, tratamento dos doentes, inspeção sanitária
Doenças causadas por nematelmintos (maioria das verminoses)
Ascaridíase (lombriga)
1) Agente etiológico: Ascaris lumbricoides, nematelminto monoxênico, dioico e com dimorfismo sexual,
que se instala no intestino delgado
2) Contágio/vetores: Ingestão de ovos do nematódeo em água/alimentos contaminados, manuseio de
objetos contaminados
3) Ciclo de vida: Ingere-se os ovos da lombriga -> o ovo viaja até o tubo digestório, a casca é digerida e a
larva é liberada -> larvas da lombriga perfuram a parede intestinal e viajam para os pulmões e se alojam
nos alvéolos -> após alguns dias os alvéolos rompem e elas viajam até a faringe, onde são deglutidas ->
larvas alcançam o intestino delgado e completam sua maturação, tornando-se vermes adultos -> Há
reprodução e os ovos são liberados nas fezes
4) Sintomas: problemas e sintomas respiratórios decorrentes da passagem das larvas, sintomas
intestinais, fome excessiva e subnutrição/deficiências nutricionais, obstrução intestinal pelo excesso de
vermes
5) Profilaxia: saneamento básico, tratamento dos doentes, higiene pessoal e alimentar, consumo de água
tratada
Ancilostomose (amarelão/doença do jeca tatu)
1) Agente etiológico: Ancylostoma duodenales e Necator americanus, nematódeos monoxênicos que
parasitam o intestino delgado e provocam lesões na parede intestinal ao se alimentarem de sangues
(hematófagos)
2) Contágio/vetores: Penetração ativa da larva dos nematódeos
3) Ciclo de vida: Larva penetra na pele (geralmente o pé) da pessoa -> Cai no sistema sanguíneo,
chegam ao coração e depois ao pulmão, ondem rompem os alvéolos -> Percorrem outros órgãos do
sistema respiratório até serem deglutidas na faringe, onde serão transportadas, então, para o intestino
delgado e se tornarão vermes adultos -> Há reprodução e liberação de ovos nas fezes -> Ovos eclodem e
podem sobreviver até um mês esperando para infectar um indivíduo
4) Sintomas: problemas respiratórios decorrentes da presença de larvas no pulmão, sintomas intestinais
(dor abdominal, diarreia, vômito), hemorragia intestinal = anemia, fraqueza, palidez e PELE AMARELADA
5) Profilaxia: uso de calçados, tratamento dos doentes, saneamento básico
Filariose (elefantíase)
1) Agente etiológico: Wuchereria bancrofti (conhecida como filária), parasita nematódeo heteroxênico
(homem é o hospedeiro definitivo), dioico, com dimorfismo sexual
2) Contágio/vetores: Picada do mosquito Culex
3) Ciclo de vida: Mosquito pica um humano -> Filárias se alojam nos vasos linfáticos (principalmente
pernas, mama, saco escrotal, braços) -> Inchaço das regiões onde há filárias -> Reprodução sexuada do
nematelminto nos vasos linfáticos -> Formação de ovos e liberação de microfilárias -> Migração de
algumas microfilárias para os vasos sanguíneos e maturação sexual nos vasos linfáticos por parte de
outras -> Mosquito pica um humano e se infecta com as microfilárias, que se desenvolvem na larva
infectante
4) Sintomas: edemas nas regiões afetadas
5) Profilaxia: tratamento dos infectados (ALÉM DE FERMÍFUGOS, HÁ USO DE ANTIBIÓTICOS, POIS
HÁ BACTÉRIAS ASSOCIADAS ÀS FILÁRIAS POR MEIO DE MUTUALISMO) , uso de telas e repelentes,
controle do mosquito vetor
Obs: as microfilárias apresentam um comportamento interessante: migram para os vasos sanguíneos
mais externos/periféricos durante a noite, pois é o período que o mosquito vetor vai picar os humanos
Enterobiose (oxiurose)
1) Agente etiológico: Enterobius vermicularis OU Oxiurus vermicularis, vermes nematelmintos
monoxênicos (homem é o único hospedeiro), dioicos e com dimorfismo sexual
2) Contágio/vetores: Ingestão de alimentos/água contaminados com os ovos do oxiúrus
3) Ciclo de vida: Pessoa ingere os ovos -> Se contamina e o verme se desenvolve e se aloja no intestino
grosso (como o protozoário giardia) -> Há acasalamento e reprodução -> Fêmeas se deslocam para a
região anal e começam a liberar ovos (principalmente durante a noite) -> É possível que haja
autoinfecção.
4) Sintomas: prurido anal (principalmente de noite) e vagina, lesões anais devido a coceira,
5) Profilaxia: tratamento dos doentes e familiares (já que infecção é fácil de se espalhar), saneamento
básico, higiene de roupa íntima e roupa de cama, tratamento da água ingerida
Bicho-geográfico (larva-migrans)
1) Agente etiológico: Ancylostoma braziliensis e o Ancylostoma caninum (note que é do mesmo gênero
dos nematelmintos do amarelão)
2) Contágio/vetores: Penetração ativa da larva do nematelminto
3) Ciclo de vida: Ancylostomas parasitam o intestino de cães/gatos -> Há reprodução e liberação de ovos
nas fezes -> Ovos eclodem e surgem larvas capazes de penetrar os hospedeiros principais e reiniciar o
ciclo -> Contudo, é possível que a larva penetre no hospedeiro acidental – homem – e fique andando pelo
tecido subcutâneo dele, incapaz de cair na corrente sanguínea e, por conseguinte, no intestino
4) Sintomas: Coceira intensa, parasita andando pelo tecido subcutâneo, lesões, marcas com forma de
mapas (daí o nome bicho-geográfico)
5) Profilaxia: Tratamento de cães/gatos com uso de vermífugos, usar calçados, manusear
adequadamente os dejetos desses animais

Domínio Archea

 Archeobactérias: As arqueas diferem das bactérias comuns por alguns motivos, como a composição de
sua parede celular (polissacarídeos e proteínas, mas SEM peptideoglicanos -> não são detectadas no
método gram) + Rna ribossômico mais similar aos eucariontes + composição da membrana plasmática
(lipídios ramificados). Além disso, quimiossíntese e respiração anaeróbia são os processos energéticos
mais comuns, o que justifica o fato da maiora das archeas serem extremófilas (habitam ambientes com
condições extremas. Ex: halófilas -> ambientes altamente salínicos + termófilas -> ambientes
extremamente quentes + metanogênicas -> geram metano a partir da reação de CO2 + 2H2 -> Metano +
água)

Domínio Bacteria e Reino Monera (procariontes)

Tipos de bactérias: coco (forma esférica e capaz de formar colônias), bacilo (forma de bastonete reto e
também capaz de formar colônias), vibrião (bastonete curvo com forma de vírgula), espirilo (forma
espiralada curta e rígida) e espiroqueta (forma espiralada longa e flexível
Características
- Ausência de carioteca (ou seja, sem uma dupla membrana contendo o material genético, o DNA fica
disperso no citoplasma)

- Ausência de organelas, exceto ribossomos (única organela presente, haja vista que ela é fundamental à
síntese proteica) e citoplasma (embora não seja uma organela, claro)

- DNA circular e Ribossomos 70S -> Contribuem para a hipótese da endossimbiose, pois as mitocôndrias
e os cloroplastos também possuem

- Nucleoide -> região em que o dna circular está diperso + plasmídeos (pedaços de gene que permitem
troca de material genético entre bactérias por meio da conjugação)

- Algumas apresentam flagelos (permitem a locomoção) e outras fímbrias (Atua na fixação da bactérias e
é relevante para a conjugação)

- Parede celular (composta de PEPTÍDEOGLICANO, como a mureína -> glicídio + polipeptídeo -> Permite
diferenciar as bactérias em duas categorias: Gram-Negativas (dupla membrana (peptideoglicano +
segunda membrana polissacarídica) e mais fina/delgada; vermelhas/rosadas. Ex: Escherichia coli) x
Gram-Positivas (membrana espessa, exposta e singular; roxas/azul-violeta. Ex: estafilococos) -> Uma
coisa muito interessante é o fato das bactérias possuírem parede celular e nós, não. Em razão disso,
alguns antibióticos podem gerar um menor efeito colateral.

Obs: o BIOFILME BACTERIANO DIFICULTA A AÇÃO DE ANTIBIÓTICOS.

- Diversidade metabólica -> Heterótrofas (decompositoras, simbiontes, parasitas, comensais) x Autótrofas


(Fotossintetizantes -> Podem realizar mesmo que sem cloroplastos. Ex: cianobactérias e
sulfossintetizantes OU Quimiossintetizantes -> Oxidam diversos compostos inorgânicos como Nitrito, gás
hidrogênio, sulfeto de ferro

- Produção de energia -> Fermentação (saldo de 4 ATP) x Anaeróbias (outros elementos atuam como
aceptores finais de elétrons) x Aeróbias (Mesmo sem mitocôndria, podem utilizar o oxigênio como aceptor
final de elétrons)

- Utilização do oxigênio: aeróbias obrigatórias/estritas (só sobrevivem na presença de oxigênio = ficam o


mais próximo dele) x anaeróbias obrigatórias/estritas (só sobrevivem SEM oxigênio = ficam o mais longe
possível dele. Ex: catalase decompõe a água oxigenada, peróxido de hidrogênio, e libera O2 no meio) x
anaeróbias facultativas (podem sobreviver em ambientes aeróbios ou anaeróbios)
- Importâncias ecológicas: ciclo do nitrogênio + probióticos (competem com bactérias intestinas
patogênicas + ativam macrófagos locais)
- Formas de reprodução: Assexuada -> Bipartição/cissiparidade = mais rápida (cuidado para não
confundir com mitose) X Variabilidade genética das bactérias -> Embora bactérias se reproduzam
somente assexuadamente, elas são capazes de obter variabilidade genética e “simular uma reprodução
sexuada”. Tais mecanismos ocorrem por mutações e por 3 formas de recombinação gênica: Transdução
(quando há bacteriófagos e estes injetam dna de outras bactérias) x Transformação (bactéria incorpora
dna exógeno disperso no meio) x Conjugação (troca de pedaço de dna (plasmídeo) entre bactérias
através do pili sexual e da formação de um tubo de conjugação por onde uma bactéria transfere, em
sentido unidirecional, seu dna para outra bactéria)
Obs: Bactérias, assim como protozoários, podem gerar formas de resistência (esporos/endósporos)
quando o ambiente é adverso para sua sobrevivência. Essas formas são capazes de viver por muito
tempo no período de latência (sem atividade metabólica) e são altamente resistentes.

Doenças causadas por bactérias/bacterioses -> Podem ser tratadas por antibióticos (mas cuidado com o
uso exagerado e a questão das superbactérias), soros (para combater a toxina liberada por algumas
bactérias) e cuidados específicos

Cólera
1) Agente etiológico: Vibrium cholerae (vibrião) -> anaeróbia facultativa que se fixa no intestino delgado.
Libera a toxina colérica, que prejudica o organismo,
2) Contágio/transmissão: Ingestão de água e alimentos contaminados
3) Sintomas: Diarreia com perda excessiva de água, desidratação, vômito, paralisia renal
4) Tratamento e profilaxia: tratamento dos doentes, saneamento básico, higiene pessoal e alimentar

Leptospirose
1) Agente etiológico: bactérias do gênero Leptospira e com flagelos
2) Contágio/transmissão: Água ou objetos com urina de animais contaminados (principalmente de ratos e
especialmente frequente quando há inchentes)
3) Sintomas: febre alta, dor muscular, mal-estar, tosse, olhos vermelhos e manchas vermelhas pelo corpo
4) Tratamento e profilaxia: Hidratação, antibióticos, higiene pessoal e alimentar, vacinar animais
(principalmente ratos)

Botulismo

1) Agente etiológico: Clostridium botulinum -> Bacilo ANAERÓBIO capaz de formar esporos e causam
botulismo a partir da liberação da toxina botulínica
2) Contágio/transmissão: Ingestão de alimentos contaminados (principalmente latas estufadas =
anaerobiose = fermentação = produção e CO2 = estufamento e/ou amassadas) ou pela penetração da
bactéria em ferimentos
3) Sintomas: A toxina BLOQUEIA A TRANSMISSÃO DE IMPULSOS NERVOSOS, o que promove a
PARALISIA MUSCULAR. Além de paralisias, causa febre, diarreia, vômito, dor de cabeça, tontura
4) Tratamento e profilaxia: SORO para combater a toxina botulínica, não consumir alimentos enlatados
estufados, limpeza e esterilização de ferimentos, higiene das mãos

Obs: A toxina botulínica tem aplica médica/estética. É o componente do famoso “Botox” (marca). Por
promover a paralisia muscular e impedir sua contração/movimento = impede a transmissão do impulso
nervoso em uma certa região ao bloquear a liberação da acetilcolina na fenda sináptica), pode prevenir
rugas, combater AVCs e estrabismo

Tétano

1) Agente etiológico: Clostridium tetani (note que compartilha o gênero da bactéria do botulismo) ->
Anaeróbia restrita, com esporos e capaz de produzir toxina
2) Contágio/transmissão: Perfurações e cortes com objetos contaminados, metais enferrujados e
contaminados com a bactéria
3) Sintomas: Contração involuntária da musculatura (incluindo miocárdio), rigidez muscular, espasmos
musculares
4) Tratamento e profilaxia: Vacina Tdap (tétano-difteria-coqueluche) = Tríplice Bacteriana, relaxante
muscular e antibiótico, limpeza e higienização das feridas

Peste bubônica/Peste Negra

1) Agente etiológico: Yersinia pestis -> Anaeróbia facultativa que possui cápsula protetora para evitar a
fagocitose
2) Contágio/transmissão: Picada de pulgas contaminadas (geralmente pulgas que parasitam ratos) ou
secreções respiratórias de contaminados que desenvolveram pneumonia
3) Sintomas: Possui 3 formas: Mais comum: febre alta, calafrios, cefaleia, linfonodos inchados // Peste
septicêmica (se reproduz no sangue): hemorragias e necrose // Pneumônica: pneumonia, dor no tórax,
falta de ar,
4) Tratamento e profilaxia: Tratamento dos doentes, saneamento básico, controle da população de ratos e
pulgas contaminados

Tuberculose

1) Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis/Bacilo de Koch (bacilo) -> É uma bactéria oportunista
(assintomática em indivíduos saudáveis, mas sintomática em imunocomprometidos) e altamente
resistente em sua forma espórica.
2) Contágio/transmissão: Contato com secreções de pessoas contaminadas. As bactérias se instalam nos
alvéolos e se reproduzem dentro dos próprios macrófagos.
3) Sintomas: Tosse violenta e duradoura, escarro sanguinolento, febre, dor no peito, fadiga intensa
4) Tratamento e profilaxia: Isolamento social, tratamento dos doentes, uso de máscaras, VACINA BCG
(vacina específica para a tuberculose)

Lepra/Hanseníase

1) Agente etiológico: Mycobacterium leprae/Bacilo de Hansen


2) Contágio/transmissão: Aerossóis de saliva, espirro, secreções de pessoas contaminadas
3) Sintomas: manchas na pele sem sensibilidade, caroços nos cotovelos, mãos e orelhas
4) Tratamento e profilaxia: tratamento dos doentes, antibióticos, isolamento social. Obs: A VACINA BCG –
TUBERCULOSE – PODE AJUDAR NA HANSENÍASE. Talvez ocorra pela proximidade que o gênero
confere

Coqueluche

1) Agente etiológico: Bordetella pertussis


2) Contágio/transmissão: aerossóis de saliva, secreções de contaminados
3) Sintomas: febre, espirro, mal-estar, tosse seca prolongada e falta de ar
4) Tratamento e profilaxia: Isolamento do doente e tratamento dele, Vacina Tdap (tétano-difteria-
coqueluche) = Tríplice Bacteriana

Difteria

1) Agente etiológico: Corynebacterium diphtheriae


2) Contágio/transmissão: Saliva ou secreções de contaminados na pele
3) Sintomas: Inflamação na garganta e inchaço no pescoço, aparecimento de placas nas amígdalas,
coriza nasal
4) Tratamento e profilaxia: Vacina Tdap (tétano-difteria-coqueluche) = Tríplice Bacteriana, isolamento e
tratamento dos doentes

Sífilis

1) Agente etiológico: Treponema pallidum (espiroqueta e flagelada) ->


2) Contágio/transmissão: Relações sexuais (a bactéria penetra ferimentos na pele), transmissão direta e
transfusão sanguínea
3) Sintomas: Possui 3 estágios separados por período de latência. 1° -> Na sífilis primária o principal
sintoma é a formação de uma ferida indolor, denominada cancro duro, no local da infecção (boca, pênis
ou vulva), que regride sem deixar cicatrizes. Na fase secundária, os sintomas são dor de cabeça, dores
musculares, inchaço nos linfonodos, manchas vermelhas e feridas por todo o corpo. Na fase terciária, as
bactérias afetam o sistema nervoso, os olhos e o coração, causando problemas de visão (cegueira),
perda de coordenação motora, acidente vascular encefálico (AVC) e problemas cardiovasculares. A sífilis
congênita pode causar aborto ou morte do bebe
4) Tratamento e profilaxia: Preservativos, injeção com medicação adequada, fiscalização dos bancos de
sangue

Gonorreia

1) Agente etiológico: Neisseria gonorrhoeae


2) Contágio/transmissão: Relações sexuais, congênita
3) Sintomas: dor ao urinar, corrimento amarelado e com forte odor, sangramento
4) Tratamento e profilaxia: Preservativos durante a relação sexual, antibióticos

Clamídia

1) Agente etiológico: Chlamydia trachomatis


2) Contágio/transmissão: Relação sexual, congênita
3) Sintomas: ardor ao urinar; vontade frequente de urinar; testículos doloridos e inchados, em homens;
dor no baixo ventre, no caso das mulheres
4) Tratamento e profilaxia: Preservativo, antibióticos

Outras não tão cobradas: Cárie (ácido liberado por bactérias erode o esmalte dentário) Escarlatina (ação
do organismo à toxina bacteriana produzida principalmente durante uma amidalite ou dor de garganta) ->
Ambas são causadas por Streptococcus + Tifo (bactérias do gênero Rickettsia) + Febre maculosa
(Rickettsia Ricketsii transmitida pela picada de um carrapato e sintomas em geral inespecíficos, mas com
manchas avermelhadas características)

Vírus -> Vírions quando fora das células = quando não estão parasitando
- Características: Acelulares, com somente 1 dos tipos de ácido nucleico (RNA FITA DUPLA/simples ou
DNA FITA SIMPLES/dupla -> Note a possibilidade exclusiva do material genético viral)

- Características que favorecem a classificação como “não-vivos”: parasitas intracelulares obrigatórios (só
conseguem sobreviver parasitando uma célula), sem metabolismo próprio
- Características que favorecem a classificação como “vivos”: São capazes de evolução biológica, sofrem
mutações como qualquer outra forma de vida e compartilham do código genético universal.

- Estrutura -> Nucleocapsídeo = em todos (núcleo com material genético + capsídeo proteico) + Envelope
lipoproteico viral = alguns vírus (pode ser dissolvido/solubilizado pelo álcool, o que impossibilita do vírus
infectar seres vivos)

 Tipos de vírus: Ribovírus = com RNA como material genético // Retrovírus = RNA negativo com
transcriptase reversa // Adenovírus = com DNA como material genético // Bacteriófagos // Micovírus

- Reprodução dos Adenovírus (Pneumonia -> Não há nada de excepcional, mas por ter DNA, ele pode
fazer a transcrição sem nenhuma etapa prévia

- Reprodução dos ribovírus (Poliomielite, influenza, zika, dengue, febre amarela, sarampo, raiva,) -> Como
os ribovírus tem o RNA como seu material genético, é necessário transcrição para gerar Rnam.. Esses
vírus podem ser divididos em:

 RNA fita simples negativa -> Precisam gerar cadeia complementar para que, então, o RNA mensageiro
produzido seja lido pelos ribossomos da célula parasitada -> Isso é feito pela RNA REPLICASE.

 RNA fita simples positiva -> RNA genômico com as mesmas seqüências de bases nitrogenadas dos
RNA mensageiros (RNAm) formados = genoma pode ser usado diretamente como RNA mensageiro

 Reprodução viral (geral)

1) Adsorção/fixação: interação altamente específica entre proteínas virais, denominadas ligantes ou


espículas, e determinadas moléculas da superfície das células hospedeiras, denominadas receptores
virais

2) Penetração (ENDOCITOSE): ocorre por meio de injeção do DNA (o capsídeo não entra na célula), por
endocitose (a célula engloba o vírus em um endossomo) ou por fusão do envelope com a membrana
plasmática.

3) Desnudamento: decomposição do capsídeo por enzimas celulares e liberação do material genético no


interior da célula hospedeira

4) Biossíntese: produção de material genético (DNA ou RNA) e proteínas virais utilizando o maquinário de
replicação da célula hospedeira (RNA ribossômico, RNA transportador, nucleotídeos, aminoácidos e
energia

5) Maturação: formação do nucleocapsídeo pela agregação das proteínas que formam o capsídeo, do
material genético e das enzimas virais, no caso de alguns vírus
6) Liberação: liberação de novas cópias virais por lise celular (rompimento da célula), exocitose (vesícula
contendo o vírus se funde à membrana plasmática e libera a partícula viral para o exterior) ou brotamento
(nucleocapsídeo sai da célula envolto por uma parte da membrana plasmática, que se desprende da
célula).

Obs: Ressortimento viral -> Quando 2+ vírus parasitam uma mesma célula e há recombinação acidental
dos materiais genéticos virais -> Favorece a variabilidade genética.

- Reprodução do bacteriófago:
1) Ciclo lisogênico (INTEGRASE (Enzima que permite que o vírus injete seu material genético no núcleo
da célula parasitada) -> Há a possibilidade de iniciar o ciclo lítico ou prosseguir com o lisogênico) -> Se
lisogênico, então o vírus injeta seu DNA no da bactéria por meio da integrasse e entra em estado de
dormência/latência = provírus -> Conforme a célula se replica, o Provirus fica se reproduzindo junto, pois
seu material genético está dentro de cada célula-filha e fica assim sem matar a bactéria até que o ciclo
lítico inicie)
2) Ciclo Lítico (Bacteriófago invade a célula e rompe a parede celular -> Insere seu material genético na
célula hospedeira e domina o metabolismo celular -> Utiliza a RNA polimerase da célula (transcrição e
tradução) -> Produz nucleocapsídeos e lisozima para degradar novamente a parade celular) -> Entre
líquido extracelular, célula incha e sofre a lise: Célula morre e há a efetiva liberação de novos vírus)
Obs: fagos virulentos -> Só são capazes de matar a célula bacteriana = só fazem ciclo lítico x fagos
temperados -> são capazes de realizar os dois ciclos

- Reprodução dos retrovírus (ex: HIV -> Portador de envelope lipoproteico com glicoproteínas que se
ligam à receptores específicos e LINFOMAS)
Tomando como base o ciclo do HIV: Vírion se instala na célula ao se ligar nos receptores
específicos da célula (proteína CD4 dos linfócitos TCD4 no caso do HIV) -> Funde o envelope viral à
membrana plasmática -> Dissolução do nucleocapsídeo e liberação do material genético viral (RNA no
caso dos retrovírus) -> Material genético viral toma controle do metabolismo celular e inicia a reprodução -
> Enzima TRANSCRIPTASE REVERSA (sintetiza DNA fita simples a partir de RNA e, então, produz
cadeia dupla e complementar, formando DNA viral fita dupla) atua e há injeção do DNA produzido por
meio da enzima INTEGRASE no núcleo de célula = forma-se o provirus) -> Célula infectada (linfócitos T4
no caso do HIV) irá transcrever o DNA oriunda da transcriptase reversa do provirus e gerar RNA viral (que
irá servir de material genético para outros vírus ou virar sofrer tradução) -> Ocorre a montagem dos
nucleocapsídeos proteicos virais e a utilização da membrana plasmática celular para formação do
envelope viral -> Novos vírions são expelidos dos T4 e podem infectar novas células

Obs: A técnica PCR utilizada para diagnosticar COVID-19 utiliza da TRANSCRIPTASE REVERSA PARA
OBTER MOLÉCULAS DE DNA VIRAL.
- Doenças causadas por vírus

1) Aids: Causada pelo HIV (Human immunodeficiency vírus), um retrovírus (se reproduz por meio da
transcriptase reversa) altamente mutagênico que infecta os linfócitos T (TCD4). Os sintomas podem
demorar anos a aparecer, mas os anticorpos contra o vírus já podem ser identificados no sangue. Quando
não tratado, o indivíduo irá desenvolver AIDS = SIDA, que torna o organismo imunodeprimido e facilita a
infecção por doenças oportunistas. A infecção pode ocorrer por contato com sêmen, por transfusão
sanguínea, contaminação direta, transplante de órgãos. O tratamento consiste no uso de coquetéis
antirretrovirais (como inibidores de transcriptase reversa) e a prevenção por preservativos, fiscalização de
bancos de sangue, PREP (medida consiste em tomar medicamento anti-HIV de forma frequente e
programada para evitar que ocorra a contaminação pelo HIV) E PEP (recomendada LOGO após uma
possível exposição ao vírus, como nos casos de violência sexual (estupro), rompimento de preservativo
ou acidente de trabalho (médico ou laboratorial).)
2) Dengue // Febre Amarela // Zika // Chikungunya -> Todas são causadas por vírus e transmitidas pela
picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti -> Extremamente bem adaptado aos climas tropicais, o que
favorece seu desenvolvimento e proliferação (vetor) -> Portanto, todas compartilham de combate ao
mosquito (uso de telas, repelente, evitar deixar água parada) e prevenir a disseminação dele, pois quanto
mais abundante, maior a probabilidade de disseminar as 4 doenças.

- Dengue -> Vírus pertencente à Família Flaviviridae e aogrupo dos arbovírus, sendo ele do tipo RNA
cadeia simples. A fêmea é hematófoga porque precisa de nutrientes do sangue para o desenvolvimento
do ovo e o mosquito, de um modo geral, possui hábitos diurnos, vive em regiões tropicais e em lugares
urbanos. Pode ser a dengue clássica (febre alta, indisposição, dor no corpo e nos olhos, fotofobia) ou a
hemorrágica (quando há uma segunda infecção ou comorbidade)

- Febre Amarela -> Também causada por ribovírus de cadeia simples e com o mesmo modo de infecção.
Os sintomas incluem febre, fadiga, fraqueza, calafrio, dor de cabeça, dor nas costas, náusea e vômito,
lesões hepáticas = gera icterícia. A doença também possui 2 ciclos epidemiológicos: Silvestre: Macacos
TAMBÉM SÃO INFECTADOS PELO O VÍRUS e atuam como reservatórios, QUE É TRANSMITIDO PARA
A AEDES QUANDO ELA PICA o primata. Então, o ser humano é um hospedeiro acidental -> O
monitoramento das populações permite identificar se há surto ou contágio disseminado X Urbano: Ser
humano é o único hospedeiro do vírus e o contágio é pela picada da fêmea do vetor. O último registro foi
em 1942. Há vacina para a Febre Amarela.
3) Varíola -> Orthopoxvirus e família Poxviridae ++ Infecção por secreções e saliva de contaminados e
compartilhamento de objetos ++ Há vacina e a doença já foi considerada como erradicada, mas voltou a
ressurgir

3) Sars e Covid-19 -> Causadas por vírus da família coronavírus. Detalhes para Covid ->

- Características do Sars-Cov-2 -> Envelopado (envelope lipoproteico) + Rna fita simples + espículas
virais (glicoproteína sem forma de clava que envolvem o vírus como uma coroa)

- Transmissão: Contato com secreções de doentes + Superfícies e objetos contaminados


- Infecção: Espículas virais se ligam aos receptores ACE2 (presentes em várias células) -> Liberação do
RNA viral no citoplasma -> Início da reprodução viral, com produção de proteínas, nucleocapsídeos e
espículas -> Os vírions são armazenados para posterior liberação

- Sintomas: No geral, são inespecíficos e comuns às outras gripes e viroses respiratórias, mas pode
evoluir para um caso de síndrome respiratória aguda severa e afetar inúmeros sistemas do corpo (doença
oportunista)

- Profilaxia -> Vacinação, isolamento social, uso de máscaras PFF2, esterilização de objetos e mãos

5) Poliomielite/Paralisia Infantil -> Poliovírus do gênero Enterovírus e da família Picornaviridae ++ Infecção


por secreção e fezes de contaminados e água/alimentos contaminados com o vírus ++ Há Vacina (a
vacina da gotinha)

6) Catapora -> Varicela zoster (VZV) ++ Infecção por contato com as secreções de doentes ++ Há vacina
(Específica ou tetra viral -> tríplice viral + catapora)

7) Sarampo -> Gênero Morbillivirus e família Paramyxoviridae ++ Infecção por contato com secreções de
contaminados ++ Há vacina (tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola)

8) Caxumba -> Gênero Paramyxovirus ++ Infecção por secreções do doente e pelo compartilhamento de
objetos ++ Há vacina (tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola)

9) Rubéola -> Gênero Rubivírus e família Togaviridae ++ Infecção por secreções de doentes ++ Há vacina
(tríplice viral: sarampo, caxumba e rubéola)

10) Ebola -> Infecção por contato, secreções de animais e seres humanos infectados

11) Raiva/Hidrofobia -> Lyssavirus ++ Infecção por mordida de animal infectado

12) Hepatites -> Hepatitis vírus (ABCDE) ++ Infecção por contato com doentes ou alimentos
contaminados e B/C podem ser pelo sangue ++ Há vacina para B
13) Herpes -> Vários tipos (labial = herpes simplex 1, genital = herpes simplex 2) ++ Infecção por contato
ou fluídos corporais

14) HPV -> Papilomavírus Humano ++ IST ++ Há vacina

* Biologia do Sexo e da reprodução


Anatomia masculina
- Bolsa escrotal: Protege os testículos e regula a temperatura deles.
- Testículo: Gônada = produz testosterona e local onde ocorre a espermatogênese. Dentro dos testículos
existem os túbulos seminíferos, nos quais estão as Células de Leydig/Intercistiais (produzem
espermatozoides e testosterona) e as Células de Sertoli (proteção, nutrição, apoio às espermatogônias)

- Epidídimo: Região em forma de ducto adjacente ao testículo e é onde os espermatozoides ficam


armazenados para maturação e obtenção da mobilidade.
- Ductos/canais deferentes: Tubos adjacentes ao epidídimo que são responsáveis por conduzir os
espermatozoides para a uretra. A vasectomia masculina consiste na secção dessas estruturas, impedindo
que os espermatozoides sejam liberados (embora ainda sejam produzidos, bem como o sêmen é
produzido e liberado)
- Vesícula/glândula seminal: Localizada atrás das bexigas e é responsável por produzir a maior parte do
volume ejaculado. Essa substância contribui para a nutrição dos espermatozoides
- Próstata: Localizada abaixo da bexiga e produz uma substância capaz de neutralizar o pH da vagina

Anatomia feminina
- Clitóris: Região sensível ao toque e com tecido erétil
- Uretra: Ducto responsável por conduzir a urina para o ambiente externo
- Vagina: Canal muscular e elástico com células que produzem substância lubrificante
- Colo do útero: região entre a vagina e o útero
- Útero: Órgão muscular central do aparelho reprodutor feminino que é revestido pelo endométrio
(altamente vascularizado e onde ocorre a nidação). A parede uterina é composta pelo miométrio (músculo
de contração involuntária que atua na eliminação do endométrio descamado na menstruação e na
expulsão do feto durante o parto natural)
- Tuba uterina: Região que liga o útero ao ovário. É onde o ovócito secundário é liberando e onde ocorre a
fecundação. Na extremidade da tuba, existe as fímbrias, que envolve o ovário. Além disso, é revestida por
células ciliadas que conduzem o ovócito secundário para o útero
- Ovário: Gônadas femininas. Onde ocorre a ovogênese. Responsável pela produção de estrógeno e
progesterona (o corpo lúteo está localizado dentro do ovário).

 Ciclo Menstrual (dura cerca de 28 dias)


- Eventos que determinam o início e o fim do ciclo: menarca e menopausa (lembre-se que está associada
à redução de estrogênio = redução da libido + desmineralização óssea + uma série de outros problemas)
- Fases do ciclo: Menstrual // Proliferativa (estrogênica) // Secretora (lútea) // Pré-Menstrual
Fase menstrual = até o 5° dia após a menstruação (até o 5° dia): Inicia-se e finaliza-se com a
menstruação (descamação do endométrio para prepara-lo para uma gravidez e eliminação dele +
sangue). Tal fenômeno dura por volta de 5 dias e, enquanto isso, há aumento da produção de FSH e LH.
Fase proliferativa/folicular = desenvolvimento do folículo ovariano (até o 14°): Por volta do dia 14, há pico
de FSH (menor pico) e pico de LH (maior pico), estimulando ocorre a ovulação (liberação na tuba uterina
do ovócito II que ainda irá completar sua meiose, mas só após a fecundação) e a formação do corpo lúteo
(que produz os hormônios ovarianos). Também haverá o pico de estrogênio. Se a gravidez não ocorrer,
seus níveis vão reduzindo até o momento que a menstruação ocorre novamente.
Obs: Apesar da fecundação só ser possível após a ovulação, denomina-se período fértil o espaço de
tempo em que uma mulher pode engravidar. Esse período fértil é considerado a partir de 3 dias antes e 3
dias após a ovulação (dias 11 ao 17). Além disso, é válido ressaltar que o óvulo pode sobreviver até 2
dias e o espermatozoide, 3 dias.
Ex: Se uma menina teve sua menarca no dia 1° de janeiro, por volta do dia 5/6 a menstruação acaba,
iniciando o período fértil, que irá durar mais ou menos (considerando a margem de erro) do dia 6 – 18,
sendo o dia que ela ovular o mais provável.
Fase lútea = marcada pela ovulação (Da ovulação até a próxima menstruação): A partir do momento que
há ovulação, o progesterona cresce rapidamente até atingir o pico no 21° dia. Nesse momento o
endométrio está prontamente vascularizado para receber o embrião. Se a nidação (implantação do
blastocisto) não ocorrer, os hormônios hipofisários antes inibidos vão transformar o corpo lúteo (amarelo,
cheio de lipídeos) em corpo albicante (branco) os ovarianos reduzem = TPM (insucesso em engravidar)
até o ponto de completar o ciclo. Novamente, outra menstruação começa e assim até que entre na
menopausa.
- Gravidez: A gravidez pressupõe a fecundação. O processo de fixação do blastocisto no endométrio é
chamado de nidação (que ocorre na blástula da segmentação). Tal embrião é recoberto por uma camada
de células chamada trofoblasto que irá contribuir, junto da placenta, à liberação de HCG.

 Hormônios Sexuais ->


- FSH (hipofisário) = folículo estimulante. Em mulheres: estimula o desenvolvimento do folículo ovariano.
Em homens: produção de espermatozoides e estímulo das Células de Sartoli. Produzido pela hipófise.
- LH (hipofisário) = luteinizante: Em mulheres: Formação do corpo lúteo e ovulação. Em homens:
produção de testosterona pela estimulação das células de Leydig. Produzido pela hipófise.
- Estrógeno (hormônio ovariano): Estimulado pelo FSH e responsável pelos caracteres sexuais
secundários femininos + espessamento do endométrio para acomodar o embrião). Produzido pelo ovário
e atua por meio de feedback negativo em relação ao FSH
- Progesterona (hormônio esteróide): Estimulado pelo LH e prepara para a implantação do óvulo = afeta o
endométrio, vascularizando-o, mantendo-o e estimulando seu crescimento). Produzido pelo corpo lúteo
(está dentro do ovário) e atua por meio de feedback negativo em relação ao LH
- Testosterona: Estimulado pelo LH e responsável pelos caracteres sexuais secundários masculinos.
Também atua por feedback negativo. Produzido pelos testículos, mais especificamente nas células de
Leydig
- HCG = gonadotrofina coriônica: Mantém o corpo lúteo por 3 meses, portanto mantém a produção de
progesterona/estrógeno = garante a manutenção do endométrio e garante o progresso da gravidez e é o
detectado no teste de gravidez. Produzido pelo embrião até os primeiros 3 meses (então o corpo lúteo
degenera) e depois pela placenta.
 Fecundação = encontro e fusão dos núcleos do gametas, formando o zigoto. Nos humanos, a
fecundação normalmente ocorre na tuba uterina.

1° Etapa (24 horas depois da fecundação): Início do desenvolvimento embrionário com as clivagens
iniciais (segmentação) do zigoto e formação do embrião

2° Etapa (4 dias): Formação do blastocisto, em que há o embrioblasto (células-tronco multipotentes) e o


trofoblasto (células que formam a placenta e liberam HCG)

3° Etapa (7 dias): Nidação (implantação do embrião no endométrio).


Métodos contraceptivos
- Vasectomia -> secção nos canais deferentes para evitar a passagem de espermatozoides. Não
interferem na produção de sêmen ou de espermatozoides, mas impede a liberação dos últimos.
- Laqueadura = ligadura de trompas -> Cortar/cauterizar as tubas uterinas a fim de impedir que a
fecundação ocorra na tuba uterina (ou seja, impede a fecundação de ocorrer)

- Pílula anticoncepcional -> contém estrógeno e/ou progesterona, inibindo o FSH e o LH por meio do
feedback negativo, ao passo que mantém os hormônios ovarianos altos. Por “simularem uma gravidez”,
podem causar efeitos colaterais como o enjoo.
- Pílula do dia Seguinte -> geralmente impede a fecundação propriamente dita ao: antecipar a
menstruação OU atrasar/inibir a ovulação
- Diu: Peça em formato de T com várias versões; espermicida; também pode impedir a nidação (fixação
do embrião na parede do útero)

- Diafragma: Peça de látex que fica presa no colo do útero, impedindo que o espermatozoide passe para
além do útero e, portanto, impedindo seu encontro com o ovócito secundário.
 Corpúsculo de Barr (cromatina sexual) -> Como fêmeas possuem XX, um dos cromossomos deve ser
inativado aleatoriamente (essa inativação só ocorre nelas ou em homens com anomalias cromossomiais)
para compensar a existência de 2 cromossomos X, pois, do contrário, as mulheres teriam o dobro de
proteínas expressadas pelo cromossomo X. Por conseguinte, as células das mulheres podem ter o X
ativado sendo o materno ou o paterno = são mosaicos. Esse fenômeno ocorre nas células diploides do
embrião -> Se ocorresse no ovócito, não haveria cromossomo, logo sem fecundação, no espermatócito a
mesma coisa, e no zigoto, então não haveria fenótipos misturados (ex: gato siamês), pois todos as células
teriam o mesmo cromossomo desativado.
Obs: como algumas anomalias cromossomiais podem alterar o número de cromossomos X, é possível
generalizar o cálculo do número de corpúsculos de Barr: Número de cromossomos X – 1.
Obs: doenças recessivas do cromossomo X podem se manifestar em fêmeas heterozigóticas
* Metabolismo Celular e bioenergia
- Origem das mitocôndrias e cloroplastos: Teoria Endossimbiótica -> Tenta explicar a origem das
organelas com dna próprio. Baseia-se em evidências como: dna circular // ribossomos 70 s // metabolismo
próprio e capacidade de autoduplicação // dupla membrana
“ Para a bióloga Margulis, eucariotos heterótrofos ancestrais teriam englobado bactérias aeróbias
(provavelmente do grupo das proteobactérias), que não foram digeridas e passaram a estabelecer, depois
de determinado tempo, uma relação de mutualismo com as células eucarióticas hospedeiras.
As bactérias aeróbias englobadas foram beneficiadas com abrigo e alimento, enquanto as células
eucarióticas hospedeiras recebiam, em troca, parte da energia produzida por meio da respiração celular
realizada pelas bactérias simbiontes. Ao longo do tempo, as bactérias aeróbias se transformaram nas
mitocôndrias, organelas fundamentais ao metabolismo celular (respiração celular) e sem as quais as
células eucarióticas não conseguem mais sobreviver.
A teoria endossimbiôntica sugere, também, que os cloroplastos, existentes nas células vegetais e de
algas, se originaram de procariotos. De acordo com a teoria, cianobactérias (bactérias fotossintetizantes)
que foram englobadas por células eucarióticas primitivas, e não foram digeridas, passaram a viver dentro
delas em uma relação de mutualismo. Inicialmente as cianobactérias forneceram matéria orgânica. e
oxigênio, produzidos por meio da fotossíntese, para as células eucarióticas; e receberam, em troca abrigo
e nutrientes inorgânicos, utilizados no metabolismo. Ao longo do tempo, as cianobactérias se
transformaram nos atuais cloroplastos, estruturas especializadas na fotossíntese.”

- Conceitos básicos da bioenergética


Reações exergônicas (liberam energia. Ex: respiração celular) x endergônicas (consomem energia. Ex:
fotossíntese)
ATP (adenosina trifosfato) é um nucleotídeo (note: grupo fosfato, adenina e ribose) com 3 FOSFATOS .
Essa molécula advém da fosforilação (adição de fosfato) de um ADP (adenosina difosfato). Ambas as
moléculas são fundamentais na geração de energia da célula, sendo o ATP quem principalmente
carrega/armazena energia.

- Respiração aeróbia -> Oxidação de moléculas orgânicas com a partição de oxigênio a fim de gerar
energia. Há liberação de água e CO2, além, claro, do ATP.
Obs: Ordem de consumo na respiração: Reservas de ATP -> Fosfocreatina -> Metabolismo ANAeróbio
(minutos) -> Metabolismo AERObio (horas)
Etapas da respiração aeróbia -> Glicólise (citosol nos eucariotos e procariotos), Ciclo de Krebs
(mitocôndria nos eucariotos e citosol nos procariotos) e Cadeia Respiratória (mitocôndria nos eucariotos e
membrana plasmática nos procariotos)
 Mitocôndria (na maioria dos seres vivos sexuados, é de origem materna, pois as mitocôndrias dos
espermatozoides morrem) -> Organela com dupla membrana e responsável pela geração de energia, pois
é o local onde ocorre o Ciclo de Krebs (matriz mitocondrial)) e a Cadeia Respiratória (Crista mitocondrial)
nos eucariontes. A parte mais externa (membrana mais externa) tem proteínas de canal (porinas) +
enzimas que sintetizam lipídeos mitocondrias, a camada mais interna (crista mitocondrial) possui dobras,
enzimas para a oxidação da cadeia respiratória e o espaço interior é preenchido pela matriz mitocondrial,
local onde os ribossomos estão dispersos. É notório destacar que a mitocôndria, assim como os
cloroplastos, é capaz de fazer autoduplicação e produzir as próprias proteínas.

Ordem resumida da respiração aeróbia: Glicólise -> Oxidação inicial e anaeróbia de moléculas orgânicas -
> Gera piruvato, que será oxidado em Acetil-CoA, e NAD+ e FAD+
Cadeia Respiratória (membrana interna da mitocôndria ou nas Cristas Mitocondriais) = oxida NADH e
FADH para gerar H+, que são transportados pela ubiquinona para o citocromo e deste para a ATP
sintase, que irá produzir o ATP de fato.
1) Etapa: Glicólise (única anaeróbia da respiração celular)
Onde ocorre: Citosol
Custo: 2 ATPs -> Fosforilação da glicose ocorre por meio da hidrólise – retira-se o fosfato - de 2 ATPs.
Facilita a oxidação da molécula orgânica – glicose.
Objetivo: Reduzir aceptores de elétrons (moléculas com o objetivo de transportar íons H+ para a cadeia
respiratória e liberar elétrons nela) e iniciar a oxidação da glicose em moléculas menores. Exemplo de
aceptores de elétrons: NAD+ (adenina dinucleotídeo) e FAD+ (flavina-adenina dinucleótido)
Enzimas/proteínas mais relevantes: fosfofrutoquinase
Obs: PROTEÍNAS (aminoácidos), carboidratos (os diversos açúcares) e gorduras (ácidos graxos e
glicerol) podem se converter em glicose para que a glicólise ocorra. Isso se dá, principalmente, no jejum.
O que produz: 1Piruvato/ácido pirúvico (C3H4O3) por molécula de glicose -> O processo de formação de
2 piruvatos também gera: 4 ATPs + 2 NADH (o elétron e os íons H+ advém da desidrogenação da
molécula intermédia (aquela que pode ser oxidada)
Dica: O piruvato possui 3 carbonos, então um C6H12O6 só pode gerar 2 ácidos pirúvicos -> Glicose pela
metade – 2H+ = 2 NADH gerados
Saldo energético: 2 ATPs (2 consumidos na fosforilação e 4 produzidos por causa do piruvato)
2) Etapa: Ciclo de Krebs/ciclo do ácidos tricarboxílicos/ácidos cítricos
Onde Ocorre: Matriz mitocondrial e depende INDIRETAMENTE DO OXIGÊNIO
Objetivo: Oxidar os 2 ácidos pirúvicos da glicólise em acetil-CoA + Descarboxilar a Acetil-CoA por meio do
oxalacetato. A molécula de piruvato é convertida em acetil-CoA para entrar no ciclo de Krebs e, então,
passar pela descarboxilação e liberar uma série de moléculas
Enzimas/proteínas/moléculas mais relevantes: piruvato desidrogenase (proteína responsável por retirar o
hidrogênio – oxidar – do piruvato) + Coenzima A (CoA. Coenzima responsável pela formação da acetil-
CoA) + ácido oxalacético/oxalacetato (regenerável e é quem descarboxiliza a Acetil-CoA)
O que produz: 2 Acetil-CoA + 6NADH + 2FADH2 + 6CO2 (etapa onde há produção de CO2) + 2GTP ->
ATP (molécula que pode regenerar um ATP)
Dica: O ácido pirúvico (três carbonos) é convertido em acetil-CoA, que será descarboxilizada, eliminando
os carbonos da reação = 3CO2 e 3 NADH/molécula de acetil-CoA. Há a inovação do FADH2 e mais 1
ATP/acetil-CoA
Saldo energético: 2 ATPS (Um para cada molécula de piruvato convertida em acetil-CoA e
descarboxilizada)
3) Etapa: Cadeia Respiratória/fosforilação oxidativa
Onde Ocorre: Crista mitocondrial + há consumo direto de oxigênio (aceptor final de elétrons)
Objetivo principal: Oxidar NADH e FADH2 para transferir elétrons até o aceptor final e, a partir da difusão
do H+ do espaço intermembrana, permitir a produção de ATP. As etapas abaixo ocorrem
simultaneamente!
Transferência de elétrons ao longo dos complexos -> Os aceptores intermediários chegam aos citocromos
presentes nas cristas mitocondriais, onde serão oxidados e liberarão seus elétrons. Cada citocromo
recebe o elétron proveniente do aceptor e transfere esse elétron, com menor energia, ao longo dos
complexos, até o aceptor final – oxigênio. Se a citocromo c-oxidase for inibida, nota-se que os complexos
1 e 3 ficam reduzidos, enquanto o 4 fica oxidado.

Bombeamento de prótons e formação do ATP -> Quando os aceptores intermediários se oxidam, além
dos elétrons, eles liberam H+ e energia – força eletromotiva. Por meio dessa força liberada na
transferência de elétrons, os prótons são bombardeados para o espaço intermembrana, que fica
altamente concentrado com H+. A fim de equilibrar as concentrações dos meios, ocorre um tipo de
transporte – difusão facilitada – por meio da proteína ATP Sintase, que utiliza a energia de difusão dos H+
parar armazenar energia no ATP depois que o ADP é fosforilado.
Nota: o H+ na matriz mitocondrial (quando ele retornar pela ATP sintase) é capturado pelo O2 para evitar
a acidificação do meio, garantir a diferença de concentrações e gerar água. O O2 também evita que o
espaço intermembrana e a matriz mitocondrial fiquem com a mesma concentração, o que impediria a
difusão, já que os meios estão com concentrações equilibrados.

Enzimas/proteínas/moléculas mais relevantes: citocromos (complexos proteicos que liberam H+ para o


espaço intermembrana e que são compostos de grupos heme, os quais são formados por um átomo de
ferro que recebe e transfere elétrons para outros complexos) // ATP sintase (produz as moléculas de ATP
propriamente ditas) // citocromo c-oxidase (transfere elétrons para o oxigênio)
O que produz: Água (oxigênio absorve dois íons H+) + CO2 + 32 moléculas de ATP (maior produção de
ATP)
Saldo energético: 32 moléculas de ATP
- Inibidor da cadeia -> Molécula/substância que inibe a cadeia respiratória por completo. Dessa forma,
NÃO HÁ PRODUÇÃO/TRANSPORTE DE ATP, PODENDO MATAR A CÉLULA E O SER-VIVO. Exemplo:
Monóxido de carbono (CO)/Cianeto (CN), que se ligam estavelmente à hemácia e, por conseguinte,
inibem a ação do complexo proteico 4 – citocromo c oxidase. Como os inibdores de cadeia paralisam o
transporte de elétrons pela cadeia respiratória, há acúmulo de substâncias (consumo diminui) que
antecedem a terceira etapa da respiração aeróbia. Por exemplo, o acúmulo de aceptores (NAD+ e FAD+)
inibe a atividade das enzimas desidrogenases.
- Desacoplador da cadeia -> Substância/molécula que reduz a eficiência da cadeia respiratória, exigindo
que a mitocôndria trabalhe mais para compensar o menor rendimento. O desacoplador atua permitindo a
passagem de prótons por outros meios que não a ATP Sintase = desobriga que os H+ retornem pela
ATP sintase. Esses outros meios não geram ATP, pois é a difusão de H+ pela ATP sintase que garante a
energia para a produção de ATP = reduz a síntese de ATP = aceleração da cadeia respiratória =
compensa pra produzir atp que deixou de ser produzido = maior consumo de glicose e O2, maior
produção de água e maior liberação de calor. Ex: termoginina (presente no tecido adiposo marrom dos
recém-nascidos de mamíferos) + irisina + tiroxina)

 Fermentação (oxidação incompleta da glicose)


Objetivo: gerar energia na ausência de oxigênio e reoxidar os aceptores de elétrons (NADH e FADH2)
para garantir o suprimento de NAD+.
Onde ocorre? Citoplasma.
Comparação com a glicólise: A fermentação lembra muito a glicólise, pois: é anaeróbica, ocorre no citosol
e gera piruvato + ATP + NADH. A diferença reside no fato do NADH não ir para a cadeia respiratória, mas
sim retornar para o ácido pirúvico. Obs: o gliceraldeído é um intermediário da glicólise.
- Fermentação lática -> Glicose é quebrada -> Gera piruvato -> NADH desse processo é utilizado para
reduzir o piruvato em ácido lático/lactato + ATP. Muito utilizada na produção de laticínios e na produção
de energia de células musculares -> Ambas as fibras musculares (rápidas/brancas e lentas/vermelhas)
utilizam, mas as fibras brancas produzem energia predominantemente por fermentação lática. Essa
lactato depois pode virar piruvato e gerar glicose (gliconeogênese)
OBS: Há uma questão do Enem PPL 2022 que afirma que é a fermentação de bactérias a principal
responsável por “AZEDAR” ALIMENTOS, EM VEZ DA AMILASE SALIVAR. Isso é realmente o que
acontece. Uma dica: a amilase iria degradar amido, somente. Ela por si só não estragaria carnes, por
exemplo.
- Fermentação alcóolica (bactérias e fungos) -> glicose é quebrada -> Gera piruvato -> Gera acetalaldeído
-> NADH desse processo é utilizado para reduzir o acetalaldeído em etanol e libera CO2. Muito utilizado
na produção de pães (o etanol é consumido pelos procarioentes/fungos e libera CO2, o que faz a massa
crescer) e de bebidas alcóolicas.
 Fotossíntese (converte moléculas inorgânicas em orgânicas a partir da luminosidade)
- Experimento de Van Helmont -> Confirma que a massa das plantas advém da glicose produzida pela
fotossíntese, em vez do solo em que ela está plantada, como se pensava antigamente.
- Fisiologia da fotossíntese = fatores que interferem nela
* Luminosidade -> Sem luz não há fotossíntese. Portanto, até que se chegue ao ponto de saturação
luminosa, no qual mais luz não faz diferença, há aumento da intensidade da fotossíntese conforme a luz
aumenta.
* CO2 -> O CO2 é um dos reagentes da reação global da fotossíntese, então conforme ele aumenta, a
reação é favorecida. Contudo, há um ponto de saturação do gás carbônico, pois, a partir desse ponto, o
CO2 gerado deixa de favorecer a reação e ela fica constante. Além disso, a depender da quantidade de
CO2 disponível, ele reage com a água e gera ácido carbônico (H2CO3), prejudicando o equilíbrio do pH
vegetal
* Temperatura -> Como em várias situações, o aumento de temperatura favorece a atividade enzimática,
até que chegue a um determinado ponto em que passa a desnaturar as enzimas, prejudicando a
fotossíntese.

- Ponto de compensação fótico/ponto de compensação luminosa -> Ponto em que Respiração e


Fotossíntese se igualam (não há crescimento ou consumo da planto). Abaixo do ponto de compensação,
predomina-se a respiração = não há crescimento da planta, pois os carboidratos produzidos são
consumidos, enquanto acima do ponto, predomina-se a fotossíntese = há crescimento da planta. É
possível classificar as plantas de acordo com seu ponto de compensão fótico: Umbrófilas (PCL é baixo =
não precisam de tanta luz para atingir o PCL) X Heliófilas (PCL é alto = precisam de bastante luz para
superar o ponto de compensação fótioco)
Obs: No ponto de compensação (PC), todo o gás carbônico produzido pela respiração é consumido pela
fotossíntese e todo o oxigênio produzido pela fotossíntese é consumido pela respiração.
- Plastos: organelas responsáveis por diversas funções na planta. Podem se diferenciar em cromoplastos
(fotossíntese e pigmentos como clorofila, que dá início à fotossíntese e transforma energia luminosa em
química), leucoplastos (armazenamentos, mas sem pigmentação)
Cloroplastos (organela fotossintética) -> Como as mitocôndrias, são dotados de dupla membrana,
estroma = fluído semelhante à matriz mitocondrial e capacidade de autoduplicação. Como se estuda
fotossíntese detalhadamente, é necessário saber os nomes de algumas estruturas e pigmentos:
 Tilacóides (pequenos “discos”/moedas) -> Bolsas achatadas em forma de disco responsáveis por
armazenar os pigmentos fotossintéticos
 Granum (pilha de moedas) -> Tilacóides sobrepostas = conjunto de tilacóides
 Grana -> Conjunto de granum = conjunto do conjunto de tilacóides
 Lamela -> Membranas que comunicam as granas
 Estroma -> Citosol do cloroplasto
 Pigmentos fotossintéticos -> O principal é a clorofila (que pode ser a, b = verde, c, d) e pigmentos
acessórios (como os carotenoides)
Obs: Atenção para a cor da clorofila. Se ela é verde, por exemplo, é porque REFLETE O verde, portanto a
fotossíntese é MENOS EFICAZ EM LUZ VERDE e MAIS eficaz em VIOLETA E VERMELHO. Isso vale
para as outras cores de outros pigmentos fotossintéticos.

- Etapas (dividas conforme a atuação da energia luminosa:


1) Fase clara ou Fase fotoquímica (há participação direta de luz)
Onde Ocorre: Tilacoides (nas moedinhas), Grana (conjunto do conjunto das moedinhas) e Lamelas (nas
membranas que interligam os grana)
Objetivo: Produção de ATP através das fosforilações e Reação de Hill = Fotólise da Água (no
fotossistema 2) -> H2O -> H+ + O2 -
Produtos: Oxigênio + ATP + íons H+ (prótons), que se ligam aos aceptores de elétrons vegetais (NADP+),
formando NADPH2
Nota: Perceba a diferença entre os aceptores de elétrons. Na respiração celular, há NAD+ na
glicólise/ciclo de Krebs e FAD+ no ciclo de Krebs, enquanto na fotossíntese há NADP+ (o NAD com
fosfato)
Detalhamento: Nas tilacoides, tudo está organizado em um centro de reações (estrutura composta de um
par de clorofila A + aceptor de elétrons). Nesse centro, os pigmentos fotossintéticos estão organizados em
um complexo de antena (capta e canaliza a energia luminosa) e estão associados à certas proteínas,
formando fotossistemas (PS). Os fotossistemas diferem quanto às proteínas e quanto ao espectro da luz
que melhor absorvem energia luminosa.

Detalhamento do processo: Energia luminosa excita as clorofilas -> Elas liberam elétrons -> O aceptor de
elétrons do centro de reação captura o elétron, que depois passa por uma cadeia de transporte -> O
Aceptor final (lembre-se que na respiração é oxigênio) é o NADP+ (nicotinamida adenina dinucleótido
fosfato), que se reduz em NADPH.
Ao longo desse processo, ocorre a Reação de Hill = Fotólise da água -> Água é decomposto em H+ (para
reduzir os NADP+), O2 (libera oxigênio) e 2 elétrons (para as clorofilas A do fotossistema 2.
Como na cadeia respiratória, há a fundamental diferença de concentração de H+. A energia da oxidação
dos NADPH corrobora para o bombardeio de H+ para o interior da tilacoide. Agora, o estroma fica menos
concentrado e a difusão facilitada ocorre novamente pela ATP Sintase, que utiliza a energia potencial
para produzir ATP pela fosforilação do ADP
Obs: Fase Acíclica -> Onde ocorre a fotólise propriamente dita = O2 + H+ + NADPH

Obs: Fase Cíclica -> produz atp e elétrons que retornam ao próprio fotossistema 1 (PSI)

2) Fase escura ou Fase Química (não há participação de luz = pode ocorrer no escuro)
Onde ocorre: Estroma = citosol dos cloroplastos
Custo total: 12 NADH + 18 Moléculas de ATP + 6 CO2
Objetivo: Ciclo de Calvin-Benson/Ciclo das Pentoses = produção de glicose + Oxidar NADPH + Gerar
ADP
Produtos: Glicose (Claro, o objetivo final da fotossíntese) + NAD+ + ADP + 2 G3P (gliceraldeído-3-fosfato)
Etapas da fase química:
1) Carboxilação = fixação do carbono (catalisada pela rubisco) -> três moléculas de CO2 reagem com três
moléculas de ribulose-1,5-bifosfato, formando três moléculas de 3-fosfoglicerato. Essa reação é catalisada
pela enzima rubisco, a proteína mais abundantedo cloroplasto
2) Redução -> são utilizadas seis moléculas de ATP e seis moléculas de NADPH para a redução das seis
moléculas de 3-fosfoglicerato, que se transformam em seis moléculas de gliceraldeído-3-fosfato (G3P).
Dessas, cinco serão utilizadas na fase de regeneração e uma sai do ciclo
3) Regeneração -> ciclo é finalizado quando as cinco moléculas de G3P são utilizadas para a
regeneração de três moléculas de ribulose-1,5-bifosfato em uma série de reações químicas que
consomem três moléculas de ATP

 Quimiossíntese -> Alguns autótrofos realizam a oxidação de moléculas INORGÂNICAS. Ex: nitrobacter
(amônia em nitrito) e nitrosomonas (nitrito em nitrato)
Reação convencional: Molécula orgânica oxidada -> Libera energia, o que permite a reação do CO2 +
H2O (como na fotossíntese) -> Forma-se moléculas orgânicas

*Citologia
- Envoltórios celulares (separam o meio intracelular do meio externo = isolam e contém o citoplasma +
organelas dispersas nele)
 Parede celular (vegetais, algas, protozoários, fungos):
- Função: Evitar o rompimento celular por excesso de água + conferir resistência mecânica e osmótica +
faz a manutenção do formato celular

- Parede celular no vegetal: Composta de polissacarídeos – pectina, celulose – e proteínas.

Pode ser: Primária (interna, flexível, possibilita crescimento celular, presente em jovens) ou Secundária
(externa, mais rígida e associada à outras substâncias como lignina e suberina, presente em adultos).
Nos vegetais adultos, as 2 paredes celulares são separadas pela LAMELA MÉDIA (pectina + minerais)
que garante adesão entre elas.

Outro componente fundamental e exclusivo dos vegetais: PLASMODESMOS (pontes citoplasmáticas que
permite a comunicação entre células. Útil para transferir minerais e matéria orgânica). Também podem
possuir desmotúbulo, que conecta os retículos endoplasmáticos

 Membrana Plasmática (tudo)


- Função: Controle da passagem de substâncias para a célula + isolar a célula do meio extracelular +
transporte de substâncias (permeabilidade seletiva) + reconhecimento celular + transmissão e recepção
de estímulos + enzimática
- Estrutura e composição: A MP (glicolipoproteica) é considera como MOSAICO FLÚIDO -> Bicamada
fosfolipídica com proteínas imersas: Seus componentes não são estáticos e são consideravelmente
variados. Ela pode ser dividida em dois componentes gerais

Bicamada Lipídica -> Formada por fosfolipídios anfifílicos/anfipáticos (substância com fosfato e gordura ->
cabeça é polar e cauda é apolar). A fluidez da membrana depende da quantidade de
colesterol/quantidade de ligações duplas entre as caudas. O colesterol estabiliza a membrana, é
EXCLUSIVO DE ANIMAIS e permite a passagem de moléculas apolares.
Camada proteica -> Formada por proteínas (controlam a passagem de moléculas hidrossolúveis). As
proteínas se diferenciam em: proteínas integrais (firmemente conectadas à membrana e totalmente
imersas nela) e proteínas periféricas (menos conectadas à membrana e restritas à parte externa).
- Diferenciações e especializações da MP: A membrana plasmática pode apresentar especializações que
exercem determinadas funções nas células animais. São elas:
Junções tipo gap/comunicantes -> Possuem as conexinas (proteínas) que criam os conéxons
(túneis/passagens) que permitem a troca de material orgânico + passagem de estímulos (comunicação
entre células vizinhas)
Junções aderentes -> Permitem a adesão entre células vizinhas, formando um cinturão na porção apical
da célula
Plasmodesmos -> Pontes de citoplasma na parede celular de vegetais que também permitem a troca de
material orgânico e sais minerais
Desmossomos (proteicos) -> Possuem as caderinas que garantem a adesão celular + estabilidade
mecânica. Hemidesmossomos possuem função análoga
Microvilosidades -> Projeções/evaginações da membrana plasmática que aumentam superfície de contato
(melhor absorção de nutrientes) e são sustentadas por microfilamentos de actina
Interdigitações -> Saliências e reentrâncias que a membrana celular, juntamente com certa porção do
citoplasma, descreve para se encaixar perfeitamente à célula vizinha
Glicocálix (EXCLUSIVO DE ANIMAIS) -> Camada superficial (externa à membrana) de oligossacarídeos
associados a lipídios ou proteínas (formando glicoproteínas e glicolipídios) cuja função é proteção,
deslocamento (por viscosidade) adesão e reconhecimento celular (AS GLICOPROTEÍNAS)
Obs: CENTRÍOLOS, CITOESQUELETO E RIBOSSOMOS NÃO POSSUEM MEMBRANA PLASMÁTICA

Transporte através de membrana -> Pode ocorrer contra ou à favor do Gradiente de concentração (Mais
concentrado para menos concentrado)
Transporte ativo (há gasto de energia, é contra o gradiente de concentração e ocorre por meio da ação de
proteínas. Dessa forma, a disponibilidade é limitada pelas proteínas, mas PRINCIPALMENTE POR
EXIGIR ATP, LOGO a velocidade desse mecanismo chega a um limite). Principais exemplos:

 Bomba de sódio e potássio -> Mantém o meio INTRA mais concentrado com K+ (o intra é feliz kkkk) e
o EXTRA com Na+. Há prevalência de sódio em comparação ao potássio, o que é importante para a
manutenção da difusão celular. O funcionamento ocorre por: Canais de Sódio abrem e injetam Na+ dentro
da célula (por difusão facilitada, já que há proteína e o sódio está indo do mais para o menos
concentrado), dentro da célula, a proteína Bomba de Na+ e K+ bombeia o sódio para fora (transporte
ativo propriamente dito). O potássio passa pelos Canais de Potássio para o meio extracelular (difusão
facilitada novamente) e volta para o meio intracelular por meio da mesma Bomba de Na+ e K+ (transporte
ativo propriamente dito). Essa diferença entre Na+ e K+ é fundamental para manter a DDP

Transporte vesicular (transporte de materiais ainda ativo, mas ocorre em massa)

 Endocitose (interior da célula) -> O nome endocitose é genérico e indica processos em que um material
é ENGLOBADO POR UMA PROTEÍNA para ser transportado para dentro da célula. Ocorre por:

- Fagocitose = evaginação (macrófagos e digestão de alguns seres) -> as células projetam para fora parte
de sua membrana plasmática, processo conhecido como evaginação, formando pseudópodes. Os
pseudópodes envolvem o material e formam um fagossomo/vacúolo alimentar (vesícula). Depois, os
lisossomos se fundem ao fagossomo, formam o vacúolo digestivo

 - Pinocitose = invaginação (células endoteliais e intestinais) -> A membrana plasmática aprofunda-se


no citoplasma (invaginação), formando uma bolsa que se estrangula nas bordas até liberar no interior da
célula uma vesícula, denominada pinossomo, que irá conter o material

 Exocitose (o exterior da célula) -> Pode ser clasmocitose (libera material não digerido) ou secreção
celular (libera material para atuar no ambiente extracelular. Ex: neurotransmissores)
Transporte passivo (sem gasto de energia. Pode ou não ter participação de proteínas e a velocidade é
maior quanto maior a diferença de concentração entre soluto e solvente). Ex:

 Difusão -> Movimento de SOLUTO à favor do gradiente de concentração. Pode ser difusão simples (o
soluto, de pequeno tamanho, passa pela membrana) ou difusão facilitada (a passagem de soluto ocorre
por meio de proteínas de transporte)

 Osmose (as proteínas aquaporinas é que permitem a entrada de água em células animais) ->
Movimento de SOLVENTE (água) por meio de uma membrana semipermeável CONTRA o gradiente de
concentração. A água vai do meio menos concentrado para o meio mais concentrado a fim de diminuir a
concentração dele. A osmose tem uma peculiaridade em células com:

Parede celular -> evita o rompimento pelo excesso de água  CÉLULAS VEGETAIS NÃO SOFREM
rompimento/lise por água. Em vegetais, perda de água = plasmólise // ganho de água = turbidez

Vacúolo Contrátil (atua em meio hipotônio): Regula o equilíbrio osmótico, retirando água da célula. Ele é
HIPERTÔNICO em relação ao meio, portanto, recebe a água, porém, quando o meio é hipertônico, ele
não tem atuação, já que a célula perde água naturalmente. Em células animais, perda de água =
cremação // ganho de água = lise celular (ou hemólise)

Obs: Membrana semipermeável -> Deixa passar solvente, mas impede a passagem de soluto
Célula: origem e teoria
- Teoria celular: Todo ser vivo advém de uma célula // reações químicas ocorrem dentro da célula // todos
os seres vivos são formados por células

- Tipos celulares: eucariotos (com carioteca envolta do núcleo e organelas citoplasmáticas) x procariotos
(sem carioteca; material genético disperso no citoplasma)

- Célula Animal -> Sem parede celular ou cloroplastos // Com centrossomo (par de centríolos) e
lisossomos
- Célula vegetal -> Sem centrossomos e lisossomos // Com parede celular, vacúolo central e cloroplastos

Citoplasma (região entre a membrana e o núcleo; local onde estão dispersas as organelas celulares)
- Composição

1) Citosol/hialoplasma/matriz citoplasmática -> Fluído viscoso com água + matéria orgânica + gases

2) Citoesqueleto (essencialmente proteico) -> Série de filamentos proteicos que garantem a estabilidade
celular e de sua forma, suporte mecânico e alojam as organelas citoplasmáticas. Os diferentes tipos de
filamentos são:
 Microfilamentos de actina (mais finos) -> Compostos, claro, de actina e responsáveis pela
contração/motilidade celular + composição de microvilosidades e sarcômeros
 Microtúbulos (mais espesso) -> compostos por TUBULINA e promovem a flexibilidade, esqueleto
celular rígido, motilidade e composição de cílios e flagelos

 Filamentos intermediários (tamanho intermediário, como o nome já diz) -> Compostos por queratina e
conferem resistência mecânica (à tensão), estabilidade e sustentação e composição de desmossomos =
adesão celular

Ex:
Como o flagelo não foi afetado, os microtúbulos também não foram. Contudo, a velocidade foi alterada =
mexeu com os microfilamentos de actina
Organelas citoplasmáticas

Dicas para diferenciar cada uma:

Membrana plasmática -> Membrana que envolve toda a célula

Núcleo -> Esfera no centro da célula e com uma esfera – nucléolo – dentro da própria esfera
Retículo endoplasmático liso -> Tubos que lembram veias do coração e próximos do RER e do núcleo

Retículo endoplasmático rugoso -> Tem bolinhas – ribossomos – ao longo dele e se assemelha à
pedaços de circunferências concêntricas interligadas entre si. Está próxima ao núcleo. Obs: os
RIBOSSOMOS também são bolinhas pequenas ao longo da célula

Centríolos -> Churros cruzados em “x”

Peroxissomos -> bolinhas grandes (bem maiores que os ribossomos) solitárias dispersas pela célula

Citosol -> o líquido no qual as organelas estão dispersas

Cloroplasto/mitocôndria -> Lembram uma cápsula de remédio

Complexo golgiense -> lembra um zig-zag verde, gosmento

1) Membranosas (com membrana lipoproteica -> A maioria (retículo endoplasmático, complexo golgiense,
lisossomos, peroxissomos, mitocôndrias, plastos e vacúolos)
OBSERVAÇÃO FUNDAMENTAL -> ORGANELAS MEMBRANOSAS NÃO OCORREM EM
ORGANISMOS PROCARIONTES. ISSO SIGNIFICA QUE ELES SÓ TEM RIBOSSOMOS/CENTRÍOLOS
- Retículo Endoplasmático Rugoso/granuloso (com ribossomos) -> Produção de proteínas e produção de
carboidratos (que serão adicionados à proteínas para formar glicoproteínas)
- Retículo Endoplasmático Liso/agranular (sem ribossomos) -> Produção de lipídeos (ex: colesterol) +
armazenamento de íons cálcio (células musculares) + desintoxicação celular (ex: drogas). Quanto mais
de uma droga = maior fica o REL = mais droga é necessária para satisfazer o vício = maior tolerância
- Complexo Golgiense -> Secreção celular (executa a exocitose) + formação do acrossomo + Síntese de
polissacarídeos (GLICOSILAÇÃO). É divida em duas faces: cis (mais próxima ao RER e recebe suas
vesículas de transporte) e trans (oposta ao RER e onde surgem as vesículas de secreção).
A ordem do transporte de proteínas é (ROTA DE ENDEREÇAMENTO PROTEICO): RER -> face cis do
Complexo de golgi (concentra as proteínas) -> Empacotamento das proteínas em vesículas secretoras
(face trans) -> vesículas com secreção são excretadas por exocitose (RER -> Complexo de Golgi ->
Vesículas de secreção
- Lisossomos (oriundo de vesículas do Golgi e SÓ ATUAM EM PH ÁCIDO) -> Bolsas cheias de enzimas
digestivas responsáveis pela digestão intracelular. Pode ocorrer por Heterofagia (se liga aos
pinossomos/fagossomos e forma diferentes vacúolos: digestivo = lisossomos + vacúolo alimentar OU
residual = sofre exocitose por clasmocitose) ou por Autofagia -> digestão de componentes celulares
(célula/organela senil ou doente é envolvida por duplamembrana – autofagossomo - e forma-se um
vacúolo autofágico) -> Permite a renovação celular e a digestão de células mortas

Obs: a liberação simultânea de vários lisossomos = morte programada da célula = apoptose (autodigestão
programada. Ex: cauda do girino) -> Serve para eliminar células defeituosas + remodelar o corpo +
regular a quantidade de células
- Peroxissomos: Desintoxicação do organismo e oxidação de substâncias (ex: degradação dos lipídios),
por meio da formação de H2O2 (organela retira H2 para jogar no O2 e formar peróxido de hidrogênio =
água oxigenada). A catalasa/peroxidase é a enzima principal dos peroxissomos e é responsável por
degradar o peróxido de hidrogênio formado para a oxidação
- Vacúolos -> Oriundos do Retículo Endoplasmático e do Complexo de golgi. Podem servir,
principalmente, para lidar com a água: vacúolo contrátil (evita lise por excesso de água) e vacúolo central
(armazena água em células vegetais + armazena outras substâncias)

- Plastos (origem endossimbiótica) -> Podem servir para várias coisas. Ex: armazenamento
(leucoplastos), pigmentos atrativos (cromoplastos), fotossíntese (cloroplastos)
- Mitocôndria (origem endossimbiótica) -> Respiração celular.

2) Não-membranosas (sem membrana lipoproteica) -> ribossomos e centrossomos

- Ribossomos (organela sem membrana e responsável pela síntese proteica): Os ribossomos são as
organelas responsáveis pela síntese de proteínas que se associam às mais diversas organelas e
desempenham um papel fundamental para todos os seres que os possuem. De um modo geral, são
formados pela associação entre RNA RIBOSSÔMICO E PROTEÍNAS e possuem duas subunidades
(maior e menor) que irão possuir os sítios ativos para que o RNA Mensageiro e o RNA Transportador se
liguem à organela. São funcionais somente quando em conjunto (poliossomos/poliribossomos) ou
associados ao RER.

Subunidade Maior -> Tem 2 sítios (A = aminoacil = onde entram os aminoácidos e forma-se a ligação
peptídica +++ P = peptdil = onde produz-se os aminoácidos +++ E = ejeçãodos AA ) e um túnel de saída
para o polipeptídeo.

Subunidade Menor -> Tem o sítio de ligação do Rna mensageiro.

Obs: Lembre-se que a formação de ribossomos está diretamente atrelada a questão do nucléolo

- Centrossomos e Centríolos (essencialmente proteicos) -> Os centrossomos são o local de formação dos
microtúbulos, proteínas do citoesqueleto fundamentais para a divisão celular (formam as fibras do fuso),
para a estabilidade celular e para a reprodução. Dentro dos centrossomos estão os centríolos (tripletes de
microtúbulos) que são fundamentais para a produção de cílios e flagelos (incluindo os do espermatozoide)

Obs: Flagelos -> movimentação de espermatozoides e cílios -> presentes na traqueia para varrer para
fora o muco. Ambos possuem nove conjuntos duplos de microtúbulos periféricos e dois microtúbulos
centrais.
.

* Embriologia/Ontogênese
- Tipos de células-ovo (zigoto) -> A quantidade de vitelo irá determinar ONDE FICA O NÚCLEO (Vegetal
= sem ou Animal = com) e qual o tipo de segmentação (Holoblástica igual (alécitos/oligo/isolécitos =
mamíferos e invertebrados) = todos os blastômeros são iguais x Holoblástica desigual
(médio/heterolécitos = anfíbios e peixes) = blastômeros desiguais (macrômeros ou micrômeros) X
Meroblástica discoidal (megalécitos = aves e répteis) = com disco germinativo = região onde se concentra
o núcleo e ocorre as segmentações x meroblástica superficial (centrolécito = artrópodes) = núcleo fica
centralizado e rodeado de grãos de vitelo)

 Etapas do desenvolvimento
- Segmentação (Volume celular constante; primeiras mitoses = clivagens do zigoto que geram
blastômeros = primeiras células do zigoto (células tronco embrionárias que podem pluri ou totipotentes) ->
Conforme o processo ocorre, têm-se o aumento do número de blastômeros e algumas fases-chave:
MÓRULA (16 – 32 = MACIÇO CELULAR); BLÁSTULA = OVO OCO (100+ células, COM SURGIMENTO
DE CAVIDADE INTERNA ENVOLTA POR CÉLULAS = BLASTOCELE) e logo após ocorre a nidação) ->
Influênciada pela quantidade de vitelo (reserva nutritiva com albumina) disponível
- Gastrulação/gástrula (Volume celular aumenta; Especialização celular; Formação dos folhetos
germinativos: ecto / endo / mesoderme + Futuro tubo digestivo + primeiro orifício + eixos corporais
(cabeça = frente, cauda = atrás) -> (Células da blástula “invaginam” e há mudança de forma, até o
blastocele (camada da blástula) desaparecer e formar o ARQUÊNTERO (GERA O INTESTINO ++
delimitado pela linha primitiva) e o BLASTÓPORO (ORIFÍCIO INICIAL que origina o ânus ou a boca,
endoderme e ectoderme. OBS: ELA INICIA COM OS CNIDÁRIOS))
- Organogênese (mais células diferenciadas): Fases -> Neurulação/nêurula (forma tubo neural +
notocorda (ORIGINADA DA MESODERME, é um bastão semiflexível com papel de sustentação que será
SUBSTITUÍDO pela coluna vertebral + mesoderme e celoma) x Avançada (primeiros órgãos) -> Formação
do embrião
- Detalhe de embriologia humana e células-tronco
Não estudamos embriologia humana no E.M, mas há algumas coisas que são cobradas sobre ela. A
primeira delas é a questão da BLÁSTULA com o seu BLASTOCISTO. Diferente do anfioxo, a blástula dos
mamíferos possui duas estruturas inéditas: embrioblasto (massa celular interna COM CÉLULAS-
TRONCO EMBRIONÁRIAS e o responsável formar o embrião) e trofoblasto (camada celular externa
associada à FORMAÇÃO DA PLACENTA e produção do HCG) e um fenômeno único: nidação (fixação
do embrião no endométrio. Geralmente após 1 semana da fecundação). O blastocele divide espaço com
o embrioblasto. Na fase de gástrula, o trofoblasto irá se projetar e gerar o sinciciotrofoblasto (massa
multinucleada de céulas que gera as vilosidades coriônicas) e o que não for projetado vira citotrofoblasto
(com células uninucleadas com a função de gerar núcleos para o sinciciotrofoblasto)
Além disso, também cabe ressaltar a relevância das células-tronco

Dicas o que é quem na organogênese/nêurula


Ectoderme = externo / Mesoderme = meio / Endoderme = interno (DELIMITA O ARQUÊNTERON) /
Arquênteron (delimitado pela endoderme e possui formato meio que elíptico) / Notocorda (é o que vem
antes da coluna vertebral e está no meio do embrião) / tubo neural (é o que está no topo do embrião) /
celoma (revestida de mesoderme e delimitado por ela)

Folhetos Embrionários e o que eles originam: Endoderme (epitelial + revestimento bexiga, sistema
digestório e respiratório + fígado e pâncreas) / Ectoderme (epiderme + parte neural + glândulas +
revestimento boca, ânus e nariz + esmalte do dente) / Meso (músculos, notocorda, ossos, sangue,
excreção e reprodução)
Classificação embriológica dos animais
Enterozoários -> Animais com TECIDOS E CAVIDADE DIGESTIVA

Número de Folhetos embrionários

 Diblásticos (2 folhetos = cnidários, que são os primeiros a apresentar GASTRULA e, portanto, os


folhetos) x Triblásticos (3 folhetos = surge a mesoderme na nêurula = platelmintos em diante).
Parazoários sequer tem tecidos, então não são nem diblásticos.

Blastóporo e o que ele origina


 Deuterostômios (blastóporo gera ânus = cordados e equinodermos) x Protostômios (blastóporo gera
boca = vermes, artópodes e moluscos)
Presença e quantidade Celoma (cavidade revestida de mesoderme). Serve de local onde os órgãos são
alojados -> ESQUELETO HIDROSTÁTICO = SUSTENTAÇÃO)

 Acelomados = mais primitivos e menos arredondado (mesoderme compacta e achatada + sem


cavidade corporal: Platelmintos) X Pseudocelomados = há celoma, mas ele está misturado com
endoderme = só círculos concêntricos (Parte mesoderme parte endoderme: Nematelmintos) X Celomados
= com celoma bem delimitado e separado de todo (100% revestido por mesoderme. Anelídeos, molucos,
artrópodes, equinodermos e cordados.

Obs: Os animais celomados se dividem, ainda, em: Esquizocelomados (ESQUIZO = SEPARADO) =


mesoderme separada do arquêntero = moluscos, anelídeos e artrópodes e Enterocelomados (ENTERO =
JUNTO) = mesoderme ORIGINADA DE EVAGINAÇÕES DO TUBO DIGESTIVO E conectada ao
arquêntero = cordados e equindermos)
 Anexos Embrionários = presentes, em sua maioria, a partir dos répteis (derivados do embrião e
ausentes nos adultos: Origem -> Somatopleura, formada pela ectoderme e endoderme = âmnio e cório X
Esplânquinopleura, formada pela mesoderme e endoderme = alantoide e saco vitelínico
- Âmnio (répteis, aves e mamíferos): Envolve o embrião + líquido aminiótico = hidratação e amortecimento
- Cório: Envolve o embrião e todos os anexos: trocas gasosas/respiração -> envolvido na formação da
placenta (mista)
- Alantóide: Armazenamento de excretas, remoção de cálcio do ovo para o esqueleto -> origina o cordão
umbilical
- Saco vitelínico (presente em todos os vertebrados): Proteção (contra choques mecânicos) + armazena o
vitelo (proteínas, gorduras e vitaminas). Quanto mais vitelo necessário = maior o saco vitelínico = aves e
répteis, embora anfíbios não os possuam, por mais que coloquem ovos.
- Placenta (alantóide + cório) -> Respiração + armazenar excretas + nutrição. Presente SOMENTE nos
mamíferos placentários
Dica para distinguir: CÓRIO = MAIS EXTERNO QUE TUDO = PERMITE A RESPIRAÇÃO /// ÂMNIO =
EXTERNO AO EMBRIÃO PARA PROTEGÊ-LO E HIDRATÁ-LO /// SACO VITELÍNICO = MAIOR PARA
NUTRIR O EMBRIÃO E PERTO DA CABEÇA /// ALANTÓIDE = MAIS ESCURINHO PORQUE
ARMAZENA EXCRETAS E PERTO DOS PÉS ///
* Histologia -> Tecidos = conjunto de células que desempenham determinada função
 Tecido epitelial
- Características gerais: Células justapostas (basicamente muito juntas) = pouca matriz extracelular
(pouca substância fora da célula). Por causa dessas duas características, os epitélios são avasculares =
sem vascularização = sem passagem de sangue. Dessa forma, a nutrição dessas células advém do
tecido conjuntivo subjacente (abaixo), mais especificamente a membrana basal, que permite a fixação dos
epitélios e a passagem de oxigênio/nutrientes dos tecidos conjuntivos inferiores)
- Tipos:
1) Epitélios de revestimento (revestem estruturas, atuam na absorção, ligação e proteção) -> Os epitélios
de revestimento podem apresentar especializações de membrana (zônula de adesão e desmossomos =
adesão celular, microvilosidades = maior superfície de contato = maior absorção, zonas de oclusão =
vedação). Divisão quanto ao número de camadas celulares: simples (1), estratificado (2+),
pseudoestratificado (1, mas parece ter várias por causa dos núcleos) X quanto ao formato do epitélio:
cúbico x colunar (alongado) x pavimentoso (achatado e com escamas)
Obs: Estratificado e Queratinizado (mais grossos, resistentes, toleram alimentos abrasivos) x Delgado
(absorvem mais facilmente; toleram alimentos moles)

Dica: As características estão relacionadas ao tipo de função que o tecido exerce. Ex: traqueia é ciliada
para empurra alimento // endotélio é simples para permitir a passagem de substâncias /// epiderme é
estratificada para conferir maior proteção
2) Epitélios de secreção (as glândulas = células com função de liberar substâncias) -> A classificação de
uma glândula é feita de acordo com a quantidade de células (unicelular x pluricelular) ou com o local onde
a substância é liberada: Mista (pode atuar como endócrina ou exócrina. Ex: pâncreas -> Ilhotas de
Langerhans liberam hormônios = endócrina X Ácinos liberam e produzem o suco pancreático) X
Endócrinas (libera direto pro sangue. Ex: tireoide) x Exócrinas (fora do corpo ou em alguma cavidade. Ex:
sebáceas, lacrimais, sudoríparas. As exócrinas se dividem, ainda, conforme o tipo de liberação: Apócrina
(meio termo entre a mero e holó) x Merócrina (não libera outro conteúdo) x Holócrina (libera a célula e o
conteúdo)
Dica: Holo = tudo = libera tudo // Mero = não libera mais nada

- Pele (maior órgão do corpo -> formada por vários tecidos) -> Divida em: 1) Epiderme (queratinizada =
impermeável e ajuda a proteger com agentes externos + composta de tecido epitelial + local em que os
melanócitos se encontram. Composta por 3 camadas organizadas da mais externa para mais interna:
córnea (queratinizada e MORTA) X espinhosa (desmossomos) x germinativa/basal (mitose) // 2) Derme =
ONDE A TINTA É INJETADA (com glândulas e tecido conjuntivo = com nervos, vascularização, matriz
extracelular) / 3) Hipoderme (tecido adiposo). A pele também possui anexos epidérmicos fundamentais
para a manutenção do corpo (pelos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas)
Obs: Mecanismos regulatórios da pele: Suor / Vasoconstrição (ou vaso dilatação) / Pelos
 Tecido Conjuntivo

- Características gerais: células bem espaçadas/dispersas = permite haver grande quantidade de matriz
extracelular. Essa matriz é composta de fibras proteicas (fibras colágenas – formadas por colágeno - =
resistência, elásticas – formadas por elastina - = elasticidade e reticulares = estrutura + união de tecidos)

- Tipos celulares de tecido conjuntivo

Fibroblastos -> produção das fibras proteicas e colágeno


Plasmócitos -> produção de anticorpos. Diferenciados a partir dos linfócitos B
Macrófagos -> fagocitose de substâncias estranhos. Diferenciados dos monócitos
Mastócitos -> reposta inflamatória e alérgica

- Tipos de tecido conjuntivo propriamente dito

1) Frouxo (preenchimento e suporte) -> Altamente vascularizado + pouco resistente à tração + flexível +
Contém todos os tipos de célula de tecido conjuntivo, mas fibras proteicas em menor quantidade
2) Denso (proteção) -> contém os mesmos componentes do tecido conjuntivo frouxo, mas há menos
células e uma nítida predominância de fibras colágenas = mais resistente. Pode ser classificado de
acordo com a orientação das fibras: TCPDD modelado (fibras estão orientadas em determinada direção =
conferem resistência somente a uma direção) e não modelado (fibras não tem orientação = conferem
resistência em qualquer direção)

- Tecido Conjuntivos especiais

1 Adiposo: Adipócitos (células que armazenam gordura, fonte mais energética do que carboidratos) +
atividade secretora (leptina = hormônio supressor do apetite) + pouca matriz extracelular. É dividido em
tecido adiposo MARROM/MULTICOLAR (Várias gotas de gordura, alta vascularização, cor escura e com
muitas mitocôndrias; Encontrado em animais que hibernam e recém-nascidos/fetos, pois o tecido adiposo
marrom NÃO GERA ATP, MAS LIBERAM BEM MAIS ENERGIA PARA A MANUTENÇÃO DA
TEMPERATURA CORPORAL) E BRANCO/UNICOLAR (Uma cor – branca - e uma gota de gordura;
predominante no corpo; atua nas funções básicas – reserva energética, isolamento térmico, proteção
mecânica)
2 Ósseo: Parte orgânica = flexibilidade e vascularização (cartilagem) e parte mineral = resistência
(fosfato e cálcio). Serve de proteção, sustentação, reserva mineral. Células: Osteoclastos (destruição,
jogam cálcio pro sangue) x Osteblastos (formação, jogam cálcio para o osso). Os osteoblastos podem
envelhecer e virar osteócitos. Dica: blasto = célula jovem e citos = célula velha

- Tipos de ossificação: A formação dos ossos se dá de duas maneiras: a partir de um molde de cartilagem
ou a partir da atuação direta das células osteoprogenitoras. O processo que ocorre dependo do tipo de
osso (longo, curto, chato).

1) Endocondral -> Endo = dentro e condro = cartilagem -> começa dentro de uma cartilagem. (Longos e
curtos; Molde de cartilagem hialina, conforme o embrião cresce, vai ocorrer apoptose dos condrócitos,
que serão substituídos por células osteoprogenitoras, que se diferenciam em osteoblastos e amadurecem
até formarem osteócitos. No entanto, ainda haverá um resto de cartilagem hialina, que será conhecida
como disco epifisário – crescimento longitudinal dos ossos. Eventualmente o disco epifisário é totalmente
ossificado e deixa de crescer.)
2) Intramembranosa -> Intra = dentro e membranosa = membrana -> começa dentro de uma membrana,
no centro de ossificação. (Chatos, como crânio e mandíbula; SEM MOLDE DE CARTILAGEM. Células
osteoprogenitoras já começam a atuar.)

- Estrutura do osso: O osso é dividido em 3 regiões: epífise (extremidades cilíndricas) + disco epifisário
(composto de tecido cartilaginoso e em constante divisão até a total ossificação dele na fase adulta =
cessa o crescimento) + diáfise (parte intermediária). Além disso, o osso possui regiões mais compactas
(resistentes) e esponjosas (onde possui cavidades que alojam a medula óssea.

O osso é percorrido por canais de havers (longitudinais) e canais de Volkmann (transversais) que
delimitam a região por onde passam os vasos sanguíneos = osso possui alto metabolismo e
vascularização (oposto da cartilagem)

Obs: a medula óssea é mais ativa em jovens. Ao longo da vida, ela vai sendo preenchida por tecido
adiposo e perde a sua função.
3 ) Cartilaginoso (revestimento, sustentação, crescimento ósseo – longos e curtos) ->
- Características: avascular (basicamente como o epitelial -> dificulta que infecções se espalhem, mas
dificulta a ação do sistema imune) + rígido + sem nervos e vasos linfáticos (toda a
nutrição/oxigenação/nervura vem de tecido conjuntivo, mais especificamente o pericôndrio). Também
possui bastante fibras proteicas (colágeno e elastina)
- Células: condroblasto (gera cartilagem) + condroclasto (destrói cartilagem) + condrócitos (células
antigas)
- Tipos de cartilagem: hialina (Mais abundante; primeiro esqueleto, que é posteriormente substituído por
tecido ósseo; presente no disco epifisário e no revestimento de fossas nasais, por exemplo) + elástica
(dotada de colágeno, elastina; encontrada no sistema auditivo) + fibrosa (possui pouca substância
fundamental e numerosas fibras colágenas, que conferem grande resistência ao tecido; encontrada nas
vértebras para proteger)
Ex: Tendões -> Tecido cartilaginoso que liga músculos aos ossos. (cuidado para não confundir com
ligamentos, que ligam ossos a outros ossos)
4 ) Muscular (contração e distenção, sustentação, execução de movimentos, controle da temperatura
corporal, armazenamento de substâncias):
- A maioria desses músculos tem função antagônica: enquanto um contrai, o outro relaxa. Exemplo: flexão
(bíceps contrai e tríceps relaxa) e extensão (bíceps relaxa e tríceps contrai)
- Tipos de tecido muscular
1) Liso/Não estriado (involuntário, lento, fraco e não contínuo; fusiformes, uninucleadas e compõe os
vasos sanguíneos e os movimentos peristálticos; sem estrias citoplasmáticas)

2) Estriado cardíaco (contração involuntária e rápida; fibras alongas, com núcleos (1 ou 2) centrais, com
estrias citoplasmáticas/transversais e com discos intercalares – integram as diferentes células estriadas
cardíacas por meio de desmossomos e junções comunicantes)

3) Estriado esquelético (contração voluntária e rápida; células multinucleadas com núcleos periféricos:
próximos à membrana plasmática; com estrias transversais)
- Tipos de estriado esquelético:
 Fibras tipo 1 = fibras vermelhas (aeróbia) -> Muito vascularizada, com muitas mitocôndrias, com muita
mioglobina (favorece o aporte de oxigênio. A contração é mais lenta, mas bem mais duradoura = favorece
atividades de longa duração, pois é mais resistente à fadiga muscular.
 Fibras tipo 2 = fibras brancas (anaeróbia) -> Baixa quantidade de mioglobina (realiza menos
respiração) e de mitocôndrias. Como a bioquímica não favorece a respiração aeróbia, as fibras brancas
realizam mais fermentação lática = mais suscetível à fadiga. Além disso, a contração é bem mais rápida,
mas menos duradoura.
Obs: a determinação da proporção dos tipos de fibra é genética, mas é possível realizar algumas
modificações nessas fibras por meio de treinamento especializado.

- Componentes dos músculos: Miosina (grossa), Actina (delgada), Sarcolema (membrana plasmática dos
músculos), Retículo Sarcoplasmático (Retículo endoplasmático liso), Sarcoplasma (citoplasma do
sarcolema) Sarcômero (unidades contráteis formadas pelas 2 proteínas anteriores), Linhas Z (estruturas
proteicas que delimitam um sarcômero), Banda H (só filamentos de miosina = mais grossa), Bandas A
(toda a miosina + parte da actina), Banda 1 (só filamentos de actina = mais fina), (Miofibrilas (sequências
de sarcômeros = miômeros),
- Como funciona a contração muscular (deslizamento das fibras de actina sobre as fibras de miosina =
diminui o comprimento do sarcômero (ele contrai) + aproxima as linhas z (menor comprimento do
sarcômero) + estreita a banda H) -> Como lembrar da ordem? Lembre que a actina – fina – está acima da
miosina.
 Fontes de energia -> Reserva de ATP (2 segundos) -> Reserva de Fosfocreatina (6 segundos. São a
reserva de fosfato para a contração muscular) -> Reserva de glicogênio (sua degradação gera glicose
para ser utilizada na fermentação lática (1-2 minutos e gera ácido lático) ou na respiração celular (horas).
A circulação sanguínea também pode levar glicose para as células e a degradação de ácidos graxos
também pode servir como reserva.
Obs: Não esqueça da mioglobina e sua função de transportar e armazenar O2

 Contração propriamente dita -> Estímulo -> Impulso atua na placa motora (músculo + neurônio motor) -
> Despolarização do sarcolema (pela ação da acetilcolina) -> Retículo Sarcoplasmático abre os Canais de
Cálcio (por difusão) -> Ca2+ sai do Retículo Sarcoplasmático e vai para o sarcoplasma -> troponina ->
tropomiosina deixa de impedir o encaixe da actina com a miosina -> ATP é usado para o encaixe da
actina com a miosina -> Contração muscular efetivamente ocorre.

Com o fim da disponibilidade de íons cálcio, a acetilcolinesterase irá atuar (degrada a acetilcolina,
permitindo o relaxamento) impedindo a chegada do estímulo e cessando a contração muscular. O
estoque de cálcio é feito no relaxamento e quanto maior o retículo sarcoplasmático, mais efetivo é esse
armazenamento.
 Sangue (tecido hematopoetico) -> Composição: plasma = 55% (parte líquida + gases + íons +
elementos orgânicos) e elementos figurados = 45%:

1) Hemácias/eritrócitos/glóbulos vermelhos -> Oriundas dos eritroblastos (perdem organelas e núcleo =


forma célula ANUCLEDA (POUCO TEMPO DE VIDA e MAIS ESPAÇO PARA ARMAZENAR
HEMOGLOBINA) e bicôncava -> maior superfície de contato para maior taxa de difusão de oxigênio) e
com alto teor de hemoglobina (proteína associada ao ferro), que permite carregar O2 e outras
substâncias. A falta de núcleo e de mitocôndrias otimiza o transporte de O2. O resto da hemácia é
degradado e metabolizado em bilirrubina (que compõe a bile)

Obs: local de degradação: fígado/baço


Obs: Aclimatação -> Corpo se adapta produzindo mais hemácias quando se encontra em situações como
grandes altitudes (ar mais rarefeito = menor pressão parcial de O2).
Obs: Anemia -> Hemolítica, ferropriva, falciforme...Há várias possibilidades. Falciforme (hemácia em
forma de foice = menor capacidade de oxigenação + menor flexibilidade Além de prejudicar a oxigenação
do corpo, a anemia falciforme está relacionada com trombose (porque reduz a flexibilidade das hemácias
por conta da forma – foice -
2) Leucócitos -> Responsáveis pela defesa do corpo. São divididos em granulócitos (citoplasma cheio de
grânulos) e agranulócitos (sem quantidade relevante de grânulos)
Dica: Neutrófilos -> ELEMENTOS ESTRANHOS -> Ele é neutro porque ataca a maioria dos corpos
estranhos. Atua por meio de fagocitose //// Eosinófilos -> Esse nome estranho ataca vermes e parasitas +
atua nas inflamações /// Basófilos (obs: MASTÓCITOS TEM FUNÇÕES IDÊNTICAS, MAS NÃO
CIRCULAM NO SANGUE) -> Atua nos processos alérgicos liberando histamina (vasodilatação) e
heparina (anticoagulante) /// Linfócito -> Tipo de leucócito que está relacionado com os mecanismos de
defesa // Monócito -> Sofre diapedese e vira macrófago (ATACA BACTÉRIAS E LIBERA CITOCINA)
Obs: Há linfócitos especiais – células NK/linfócitos NK/linfócitos NKT: células natural killer/células
assassinas naturais – que são capazes de reconhecer células infectadas por vírus ou células
cancerígenas e liberar substâncias para matar tais células.
3) Plaquetas/trombócitos -> As plaquetas são FRAGMENTOS CELULARES ANUCLEADOS -> Os
megacariócitos se fragmentam e formam os trombócitos (plaquetas), que atuam na coagulação
sanguínea = contém hemorragias.
- Cascata de coagulação: Lesão -> Agregação de plaquetas -> Células mortas e trombócitos liberam
tromboplastina -> Protrombina (sintetizada no fígado na presença de vitamina K) é convertida em
trombina -> Trombina ativa o fibrinogênio (proteína SOLÚVEL = NÃO PODE SER A REDE FINA também
produzida no fígado) e o converte em fibrina (proteína INsolúvel) -> Rede de fibrina forma um coágulo e
previne a perda de sangue
Dica: a tromboplastina inicia a porra toda // protrombina = vem antes da trombrina // trombina gera a
fibrina bebê = fibrinogênio, que vai gerar a rede proteica insolúvel final = fibrina
Obs: AAA -> Anticoagulante -> difculta a agregação plaquetária

Obs: Proteínas sanguíneas (algumas): Albumina (mantém equilíbrio osmótico e transporta substâncias;
produzida no fígado) e Fibrina (forma o coágulo).
Obs: No tecido hematopoiético há células tronco embrionárias (totipotentes) que geram outras
multipotentes: Células-Tronco Linfoides (linfócitos B e T) x Células-Tronco Mieloides (hemácias,
plaquetas, leucócitos granulócitos + monócitos). As células tronco mieloides, que produzem os elementos
figurados do sangue, são localizadas na medula óssea vermelha (localizada em certos ossos). É nesse
órgão em que o hormônio eritropoetina (produzido nos rins) atua de modo a produzir maior quantidade de
hemácias.
 Sistema Linfático (proteção, drenagem, retenção de partículas estranhas)
Os capilares linfáticos recolhem o líquido/fluído tecidiual/intercistial (oriundo do plasma que não é
reabsorvido pelo sangue nas trocas feitas nos capilares). Esse líquido, então, passa a se chamar linfa
(basicamente o plasma sanguíneo, mas sem hemácias). Tal substância é transportada pelos capilares
linfáticos até que a linfa é jogada novamente no sangue. Contudo, no meio desse percurso ocorre a
passagem pelos linfonodos (órgãos com inúmeras células de defesa), que “filtram” a linfa e retém
partículas/corpos estranhos. O sistema linfático também conta com a presença de outros órgãos, como o
baço/timo/tonsilas

 Sistema Imune
- Órgãos: Primários (medula óssea e timo) -> Há produção e maturação das células de defesa x
Secundários (linfonodos, baço, tonsilas, vasos linfáticos, apêndice cecal)
- Imunidades:
1) Inata (inespecífica e rápida; já nasce com o indivíduo; corresponde aos mecanismos gerais que o
organismo possui)
- Primeira Etapa: Defesas de barreira: pele e mucosas (impedem a entrada de patógenos ou retém eles) +
secreções específicas (lisozima nas lágrimas e suco gástrico = ambos destroem patógenos)
- Segunda Etapa: A Reação inflamatória (Promove vasodilatação -> Mais sangue = mais
nutrientes/oxigênio chegando e maior temperatura no local = favorece as reações químicas e a acelera
elas ++ maior permeabilidade nos capilares sanguíneos para auxiliar a vasodilatação) inicia com a lesão
de determinados tecidos. Quando isso ocorre, os mastócitos e basófilos liberam histaminas (vasodilatação
e permeabilidade dos vasos) e heparinas (anticoagulantes) -> gera inchaço, dor, aumento de temperatura,
vasodilatação, vermelhidação, os leucócitos fagocitários (neutrófilos e mastócitos que sofrem diapedese –
migração entre tecidos – e viram macrófagos) se mobilizam para fagocitar possíveis invasores,
macrófagos, além de fagocitar, liberam CITOCINAS (também favorecem o fluxo de sangue, como as
histaminas) há formação de pus (células de defesa + restos celulares + patógenos), que são guardados
nos abscessos e febre (aumento da temperatura corporal para acelerar reações químicas, aumentar
fagocitose, desnaturar patógenos

Obs: Células que fazem parte da resposta inata -> Monócitos/Macrófagos = diapedese e fagocitose +
Basófilos/Mastócitos = resposta inflamatória e alérgica (a diferença é que mastócitos não circulam no
sangue) + células NK/NKT = fagocitose
2) Adquirida/adaptativa (específica e lenta; envolve células de memória e o reconhecimento de antígenos)
Quando uma infecção ocorre, o sistema imune é capaz de adaptar-se especificamente para
o patógeno que o acomete. Isso ocorre a partir do reconhecimento do antígeno (proteína ou outra
molécula orgânica específica do patógeno) e da produção de anticorpos para aquele determina antígeno.
Dividindo a resposta adquirida em etapas:
1° Etapa -> Célula apresentadora de antígeno (ex: macrófagos) fagocita um patógeno e apresenta partes
do antígeno para os linfócitos T auxiliares/T4/CD4.
2° Etapa -> Os linfócitos T auxiliares atuam de modo a produzir mais linfócitos T4, linfócitos T8/citotóxicos
e linfócitos B. Antígenos podem estimular a produção de linfócitos B, mas não T8
3° etapa -> Os linfócitos B se diferenciam em plasmócitos – células produtoras de anticorpos – e células B
de memória (servem para produzir plasmócitos mais rapidamente) ++ os linfócitos T8 se diferenciam em
linfócitos T8 citotóxicos ativados/células NKT/linfócitos NK ou linfócitos T8 citotóxicos de memória (servem
para produzir linfócitos T8 citotóxicos mais rapidamente.
É importante destacar que há dois tipos de resposta imune adaptativa
1 -> Resposta Imune Celular (linfócitos T -> atacam diretamente agentes estranhos e os destroem) -> Há
atuação de linfócitos T8 citotóxicos = há ataque direto ao câncer ou células infectadas por vírus . Isso
ocorre pelo intermédio de interferons = moléculas que impedem a replicação de certos patógenos em
células NÃO infectadas
2 -> Resposta Imune Humoral (linfócitos B -> há produção de células de memória e anticorpos)) -> Há
atuação de plasmócitos = há produção de anticorpos
Dica: os anticorpos/imunoglobulinas tem humor = plasmócitos estão envolvidos na resposta humoral,
então é porque há produção de anticorpos
Células que fazem parte da resposta adaptativa -> Macrófagos (fagocitam e apresentam) + Linfócitos T4
(reconhecimento celular + estímulo à produção de outros linfócitos + Linfócitos B = resposta humoral
(produção de células de memória e plasmócitos, por conseguinte, anticorpos) + Linfócitos T8 citotóxicos
(células NK e T8 de memória para eliminar células cancerígenas e infectadas por vírus por meio da
produção de substâncias específicas)

Estrutura de um anticorpo/imunoglobulinas (Ig)-> Um anticorpo (formato parecido com a letra Y) possui


regiões, duas cadeias leves e duas cadeias pesadas, cada uma com região fixa (constante) e região
variável (aquela onde há o sítio de ligação com o antígeno)
Quadro de imunoglobulinas
Dica: IGM -> Mais rápida = é o primeiro anticorpo a ser produzido
IGG -> Mais abundante
Obs: Infecção Viral (linfocitose = AUMENTO de leucócitos) x Bacteriana (leucopenia = redução de
leucócitos)
Memória Imunitária
Na reação humoral, aquela na qual há formação de células de memória = anticorpos, é possível a
formação de uma defesa específica e à longo prazo. Ela é dividida em:
- Resposta Imune Primária -> Lenta, com baixa produção de anticorpos específicos. Ocorre no primeiro
contato com determinado antígeno de um patógeno e os linfócitos T8 citotóxicos + plasmócitos + células
de memória atuam.
- Resposta Imune Secundária -> Rápida, com alta produção de anticorpos específicos previamente
“conhecidos”. Ocorre no segundo contato com determinado antígeno, células de memória originam
plasmócitos (para produzir anticorpos específicos) antígeno e as células T de memória originam linfócitos
T citotóxicos ativados.

Formas de imunização
- Imunização passiva (soros) -> Não há formação de células B de memória nem anticorpos + Ocorre de
maneira rápida, mas de curta duração. Se dá por meio da transferência de anticorpos de um organismo
para outro. A imunização passiva pode ocorrer de maneira natural (Ex: mulher transfere para o feto por
meio da placenta e do leite materno) ou artificial, com soros contendo anticorpos já prontos (Ex: soro
antiofídico)
Obs: Produção de soros -> Mamífero é inoculado com certo veneno em baixa dose -> Há produção de
anticorpos -> Sangue do mamífero é retirado e purificado para concentrar os anticorpos -> Soro é
formado.
- Imunização ativa (vacinas) -> Há formação de células de memória e anticorpos + Ocorre de maneira
lenta, mas de longa duração (por causa das células de memória). Se dá por meio do contato com um
antígeno que estimula a produção anticorpos/células de memória. Como a imunização passiva, pode
ocorrer de maneira natural (contato com o antígeno no ambiente) ou artificial (vacina), em que um
antígeno (proteína, patógeno atenuado ou morto, material genético do patógeno) é inoculado em um
organismo. Organismos com alta mutabilidade (ex: vírus) são mais resistentes às vacinas, dificultando o
propósito de prevenir manifestações da doença.
Obs: Lembre-se que é bem comum o uso de VETORES VIRAIS (Um vírus INCAPAZ de gerar danos
graves/permanentes que CARREGA ALGUM ANTÍGENO (geralmente proteínas) daquilo que se quer
prevenir). Esses vetores são capazes de promover respostas imunológicas intensas (febre, cansaço, dor
no corpo...)
Obs: Quanto melhor a relação entre o número de infecções dos grupos com placebo e com vacina, mais
eficaz a vacina. Isto é, quanto mais gente com vacina não contrair infecções = estar imune (sobretudo as
graves) em comparação com o grupo placebo, melhor a vacina.

 Nervoso (mais especializado e incapaz de divisão celular)


- Composição básica e direção (unidirecional): Dentritos (recepção do impulso nervoso) -> Corpo Celular
(síntese proteica = núcleo do neurônio; repara pequenos danos no neurônio) -> Axônio (transmissão do
impulso; formado pela bainha de mielina; ramificações – telodendros - no final; revestido por tecido
conjuntivo: forma os nervos)
- Composição especializada: Bainha de Mielina (lipídio que isola o impulso nervoso e acelera sua
transmissão). A bainha de mielina possui pequenos nós, os Nódulos de Ranvier (Espaços sem bainha de
mielina e onde ocorre a despolarização -> Permite que a condução seja saltatória, acelerando-a.).
Dependo do sistema nervoso, a bainha de mielina é produzida por diferentes Células da Glia/ Neuróglia/
Gliócitos (nutrição, manutenção celular, replicação, nutrição, sustentação, defesa):
1) Células de Schwann (produz a bainha de mielina no SNP) x OligodendróCitos = produz a bainha de
mielina no SNC
Obs: Há outros gliócitos como: astrócitos = oxigenação e nutrição // micróglias = defesa através de
fagocitose + ependimárias = líquido e revestimento)
Obs: Drogas excitantes (atuam nos dendritos dos neônios pós-sinápticos): Crack/cocaína: inibem a
recaptura de neurotransmissores (por parte do neurônio pós-sináptico, bloqueando a passagem do
potencial de ação e, portanto, do impulso. Exemplos de neurotransmissores: Adrenalina (reduz
peristaltismo, acelera batimentos cardíacos = SNAS = estresse) x Acetilcolina (induz concentração
muscular) x Glutamato (raciocínio e movimento) Noradrenalina x dopamina (coordenação motora
+euforia) x Serotonina (felicidade)
- Tipos de Neurônio (em função): Sensorial/aferente (ÓRGÃO – SNC; transmite informações do meio para
o sistema nervoso central) x Motor/eferente (SNC – ÓRGÃO; transmite comandos para os órgãos em
resposta aos estímulos)
- Tipos de Neurônio (em composição): Multipolar (vários dentritos e 1 axônio) x Bipolar (um dentrito e um
axônio) x pseudounipolar (tem uma “bifurcação” que atua como dentrito/axônio = transmissão mais
rápida)
- Plasticidade: Capacidade de gerar novos neurônios após a fase adulta (através da diferenciação das
células de glia = astrócitos)
- Sinapse (transmissão do impulso nervoso de um neurônio para outro): Ocorre sem contato direto entre o
terminal axônico do neurônio com o impulso e os dentritos do neurônio a receber). A sinapse ocorre
quando um neurônio recebe um impulso nervo e esse chega até o axônio. A membrana despolariza e no
terminal do axônio, abrem-se os canais de cálcio. Por conseguinte, as vesículas sinápticas localizadas no
axônio, mais especificamente em sua membrana (pré-sináptica), liberam neurotransmissores (exocitose)
na fenda sináptica. Tais substâncias se ligam aos receptores da membrana pós-sináptica do outro
neurônio, estimulando a abertura de canais de sódio e o influxo de Na+, despolarizando a membrana pós-
sináptica. As sinapses podem ser químicas (mediante mensageiros químicos que permitem o fluxo de
íons.) ou elétricas (os íons passam sem um mediador químico; mais rápidas, porém mais limitadas,
porque não transformam sinais em inibidores ou estimulantes e vice-versa)]
Para lembrar (e simplificar): Pré-sináptica (com vesículas contendo neurotransmissores) -> Fenda
sináptica -> Pós-sináptica (com receptores de membrana)
Ex: Sinapse neuromuscular (neurônio eferente e músculo esquelético) x sinapse entre neurônio pré e pós-
ganglionar
- Condução do impulso nervoso (ao longo de um neurônio): Período de Repouso (polarizado) – Mantido
pela bomba de sódio e potássio -> Inicialmente polarizada com carga negativa e diferença entre a
polaridade de seu meio intra/extra porque A BOMDA DE SÓDIO E POTAÁSSIO garante que haja MAIS
SÓDIO EXTRACELULAR do que potássio (meio EXTRA é POSITIVO e concentra MAIS NA+ enquanto
seu meio INTRA é NEGATIVO e concentra mais K+) //// Estímulo -> Despolarização -> Potencial de ação
surge, invertendo a polaridade inicial através da entrada de sódio através dos Canais de Sódio (meio
EXTRA se torna NEGATIVO por causa da SAÍDA DE K+ e o INTRA, POSITIVO, por causa da entrada de
NA+) /// Repolarização -> Retorno ao Repouso (a polaridade inicial retorna através da abertura dos
Canais de Potássio e o fechamento dos de Sódio)

 Explicação: A célula inicial está em repouso, até que surge um impulso nervoso. Inicia-se a
despolarização, com a inversão de polaridade. Canais de Sódio injetam Na+ na célula (que antes tinha
mais sódio fora), até a ddp zerar (despolariza) e aumentar ao máximo (inverte a polaridade = meio interno
positivo). A partir daí, os canais fecham, e proteínas NAKATPases promovem a ENTRADA de POTÁSIO
(mais concentrado no meio intracelular) e SAÍDA de SÓDIO (mais concentrado no meio externo). Apesar
das diferenças de concentração, o SÓDIO está sempre mais concentrado que o POTÁSSIO, o que leva
este a sair por difusão da celúla, porém a Bomba restaura a concentração ideal dos íons através de
transporte ativo (sódio pra fora e potássio pra dentro). Essa diferença de concentração leva a uma
diferença de polaridade, pois 3 NA+ saem da enquanto 2 K + entram, havendo, assim DDP negativa (em
repouso) e concentração de cargas positivas no meio exterior e o interior negativo = potencial de
membrana de repouso.

 Conceitos a se atentar: Período Refratário/hiperpolarização (decorrente da manutenção da abertura


dos canais de K+ e da entrada de íons CL- dentro da célula) = ddp menor (geralmente abaixo dos - 70V)
que o estado de repouso, portanto, enquanto o neurônio não voltar ao repouso, ele não transmite outro
impulso. Estímulo limiar = menor quantidade de sódio capaz de desencadear um impulso nervoso. Lei do
Tudo ou Nada = precisa-se atingir o limiar mínimo para ocorrer e a partir daí, não importa a quantidade de
sódio, a transmissão tem sempre mesma velocidade desde que o limiar seja atingido) e o potencial de
ação é sempre o mesmo.
* Fisiologia Animal

 Circulatório: Tipos de circulação:

- Peixes (simples, incompleta, bicavitário, sai das brânquias com O2 -> A respiração do feto se assemelha
à respiração dos peixes) /

- Anfíbio (dupla, tricavitário, incompleta. Obs: larvas compartilham o número de câmaras e o fato de não
passar sangue arterial no coração com os peixes) /

- Réptil (dupla, tricavitário, incompleta,) / Crocodilos (dupla, incompleta, tetracavitário + Forame de


Panizza = apesar de tetracavitário, há mistura de sangue fora das câmaras)

- Mamíferos (dupla, tetracavitário, completa, aorta pra esquerda, com válvulas entre as câmaras)

- Aves (dupla, tetracavitário, completa, aorta pra direita, sem válvulas entre as câmaras)

Vantagem da dupla completa: Homeotermia, maior taxa metabólica (maior aporte de oxigênio) x
Vantagem da dupla incompleta: aumentar pressão sanguínea em mergulho (o próprio sangue venoso, por
se misturar, tem oxigênio)
Endotermia/homeotermia (aves e mamíferos) -> Regula a temperatura independente do ambiente (utiliza
algumas estratégias como: respiração ++ grande ingestão de alimentos – calorias - ++ transpiração ++
vasoconstrição/dilatação ++ eriçamento de pelos ++ tremor). Se a temperatura ambiental aumenta, a taxa
metabólica inicialmente diminui, reduzindo a produção interna de calor. Em temperaturas ambientais mais
altas é acionada a dissipação forçada de calor (ex: suor e ofegação), sendo que tais mecanismos
provocam certa elevação da taxa metabólica

Ectotermia/pecilotermia (répteis, peixes, anfíbios) -> Temperatura corporal tende a acompanhar o


ambiente. Se a temperatura ambiental aumenta, a taxa metabólica também aumenta, já que os processos
celulares se tornam mais rápidos; esses animais se tornam mais agitados, “ativados” pelo calor do
ambiente.

Obs: Relação superfície/volume -> Explica porque algumas regiões do corpo são mais frias do que as
outras e porque mamíferos menores = maior relação superfície/volume = maior perda de calor para o
ambiente = para compemaior metabolismo = maior taxa metabólica basal

Sistema cardíaco humano


- Principais componentes do sistema cardíaco:

1) Coração -> É composto de três camadas de tecido -> endocárdio (interna), miocárdio (tecido muscular
responsável pela contração) e pericárdio (membrana dupla externa). Todo coração possui câmaras (átrios
e ventrículos) que alternam entre sístole (contração) e diástole) e possui vasos sanguíneos (artérias,
veias, capilares, vênulas, arteríolas) que possuem composição diferente a fim de exercer seus
determinados papéis

- Comparação lados do coração: Esquerdo (muito O2, pouco CO2; sístole; mais forte e mais resistente) x
Direito (pouco O2 e mais CO2, diástole, mais fraco e menos resistente)
- Principais valvas do coração: Semilunares (regulam as artérias aorta e pulmonar) |||| Átrioventricular
Esquerda (bicúspide ou mitral) x Átrioventricular direita (tricúspide). Para que ocorra o correto fluxo do
sangue (evitando misturas ou refluxo sanguíneo), é necessário abertura/fechamento destas válvulas
durante a diástole e a sístole. NA SÍSTOLE (semilunar aberta = sangue com O2 pode fluir das artérias ao
corpo e átrioventricular fechada = evita o refluxo pros átrios) x DIÁSTOLE (semilunar fechada = evita
sangue venoso de circular nas artérias e átrioventricular aberta = permite que ele seja reposto). Nota: o
nódulo SINOATRIAL determina a a frequência dos batimentos/ciclo cardíaco e garante a contração do
coração (até mesmo fora do corpo) por meio de impulsos elétricos. O sinal é enviado para o nódulo
atrioventricular
Dica: Os bis (valva bicúspide) são de esquerda (estão no lado esquerdo atrioventricular)

Obs: Nas figuras do vestibular, há inversão dos lados, pois o coração é visto de frente -> Lado direito da
folha = lado esquerdo do coração. Cuidado para não confundir

Obs: O que faz o famoso “barulho” (TUM-TUM) do coração é o FECHAMENTO DAS VALVAS
CARDÍACAS. Como há sobreposição do som, o barulho parece ser bem alto.
2) Artérias (todo vaso que SAI do coração -> Artérias transportam sangue dos ventrículos para o corpo) ->
De um modo geral, transporta sangue arterial (oxigenado e com baixo teor de CO2), mas há diversas
exceções (artéria pulmonar, fetal). A artéria é revestida por endotélio (tecido epitelial) + tecido muscular
liso e colágeno na parte intermediária + fibras elásticas na parte externa, mas é CONSIDERAVELMENTE
MAIS ESPESSA, ELÁSTICA E RESISTENTE PARA SUPORTAR A ALTA PRESSÃO SANGUÍNEA
NESSES VASOS. Se ramificam em: Artérias -> Arteríolas (menores) -> Capilares (que são tão finos que
permitem a troca de gases e nutrientes entre os tecidos

4) Veias (todo vaso que ENTRA no coração -> Veias transportam sangue do corpo para os átrios) -> De
um modo geral, transporta sangue venoso (alto teor de CO2 e pouca oxigenação), mas há diversas
exceções (veia pulmonar, fetal). Como as artérias, é revestida por endotélio (tecido epitelial) + tecido
muscular liso e colágeno na parte intermediária + fibras elásticas na parte externa, contudo, é MENOS
ESPESSA, pois a pressão sanguínea nas veias é nula. Se constroem em: Capilares (só tem endotélio) ->
Vênulas -> Veias. Como as veias atuam CONTRA A GRAVIDADE (afinal, é necessário que o sangue
retorne dos membros inferiores para os superiores), são necessários alguns mecanismos que permitem o
retorno venoso: contração da musculatura lisa das veias + musculatura esquelética adjacente + contração
do diafragma + válvulas venosas (impedem o retorno do sangue = garantem a unidirecionalidade do
retorno venoso)

Obs: Meias podem ajudar no retorno venoso porque aumentam a pressão nas pernas e favorecem o
retorno do sangue para o coração.

- Comparação entre os vasos sanguíneos: Não é necessário decorar, mas sim entender qual o parâmetro
analisado e sua relação com os vasos e a circulação.

 Área -> Maior área = maior superfície para a troca de nutrientes = quanto mais fino o vaso = maior área
-> O vaso em que ocorre troca de nutrientes principalmente sãos capilares, então eles tem a maior área.

 Pressão -> A pressão é determinada pela concentração do sangue. Quando ocorre a sístole, teremos a
maior pressão sanguínea, o que é necessário para levar o sangue para todo o corpo -> Quem leva
sangue para o corpo são artérias, então a pressão vai decaindo com o máximo nas artérias e o mínimo
nas veias.
 Velocidade -> Maior velocidade = é máxima quando está nos vasos com maior pressão e máxima
quando está nos últimos vasos (veias cavas)

Obs: Pressão alta = Muitos solutos (principalmente sódio, daí a necessidade de cortar sal) no sangue =
ganha água por osmose = pressão exercida sobre a artéria aumenta -> diuréticos aumentam a diurese
(produção de urina) para eliminar os excessos. O padrão e 12 (sistólica) x 8 (diastólica)

- Principais vasos sanguíneos do coração/corpo: Aorta (sangue oxigenado do ventrículo esquerdo para o
corpo) / Veia pulmonar (sangue oxigenado dos pulmões para o átrio esquerdo) / Artéria Pulmonar (sangue
venoso do coração para os pulmões) / Veias cavas (sangue venoso dos tecidos para o átrio direito). Dica:
nas umbilicais (fetais) também há inversão do tipo de sangue levado pelas artérias (mas essa mantém
sua alta pressão) e veias.
- Exemplo de ordem que o sangue faz: Fulano recebe sangue VENOSO: átrio cardíaco direito (veias
levam para os átrios) – ventrículo cardíaco direito (câmara seguinte aos átrios) – pulmões (onde ocorre a
hematose) – átrio cardíaco esquerdo (recebe sangue arterial) – ventrículo cardíaco esquerdo (envia
sangue arterial para o corpo)

- Troca entre sangue e tecidos: Sabe-se que as artérias se ramificam em arteríolas e, por sua vez, estas
se ramificam em capilares. Esses vasos são responsáveis pelas trocas gasosas e de nutrientes entre os
tecidos do corpo. De modo resumido, o sangue sai do coração e os vasos se ramificam até chegarem nos
capilares, em que a pressão é suficiente para que parte do plasma (água, gases, nutrientes, moléculas
orgânicas) extravase para o fluído intercistial (fluído entre as células), o que permite a devida troca com os
tecidos. O sangue possui uma proteína – albumina – que mantém a concentração dos capilares alta
(regula a pressão osmótica), o que faz parte do fluído retornar para esse vaso. Contudo, parte do fluído
que extravasou não volta. Esse excesso é recolhido pelos vasos linfáticos, formando a linfa.
 Sistema Digestório (formado por tubo digestório e glândulas anexas)
Nutrientes -> Essenciais (obtidos pela alimentação) x Naturais (produzidos normalmente pelo corpo).
Podem ser ainda: energéticos x plásticos x reguladores
Mecanismos da digestão
Processos físicos: Mastigação e deglutição (voluntário, aumenta superfície de contato, pois reduz o
tamanho dos alimentos + deglutição) + Peristaltismo (involuntário, move o alimento, feito de músculo liso
e tecido epitelial simples) + defecação (“voluntário”)
Processos químicos: enzimas e sucos digestórios
Anatomia do digestório -> Estruturas que compõem o tubo digestivo

- Boca: Onde há mastigação e onde atuam as Glândulas Salivares = produz ptialina/amilase salivar +
muco + lubrificação
- Faringe (participa do digestório e do respiratório): Ajuda a conduzir o alimento para o tubo digestório,
evitando que ele vá para o sistema respiratório. A epiglote (estrutura acima da glote = abertura da
laringe) abaixa para impedir que o alimento vá para a laringe.
- Esôfago: Peristaltismo para conduzir o alimento para o estômago
- Estômago: Local em que o alimento fica armazenado primeiro (2 a 6 horas) e sofre a
peristalse/peristaltismo. As células da parede estomacal produzem suco gástrico (estimulado pela ação
da GASTRINA, que também estimula a motilidade estomacal). Ele tem como características: pH ácido
para eliminar micro-organismos e para converter pepsinogênio em pepsina. O pepsinogênio, forma inativa
da pepsina (degrada proteínas em peptídeos), é secretado pelas células parietais (bombeiam H+ por
transporte ativo e há difusão facilitada de CL, formando HCl
Obs: Ainda há uma enzima que atua no estômago. É a enterogastrona, responsável por reduzir a
motilidade estomacal = reduzir o peristaltismo
Obs: para evitar danos devido ao HCl presente no e estômago, as células mucosas produzem muco
A junção do bolo alimentar + suco gástrico gera o quimo. Esse aglomerado, por sua vez, estimula a
secreção da COLECISTOCINA = ESTIMULA A LIBERAÇÃO DE BILE + SUCO PANCREÁTICO
- Intestino delgado (maior compartimento do TD – 6 a 7m): Dividido em:
1) Duodeno – pH básico: (Local de atuação da BILE – emulsifica gorduras e do SUCO PANCREÁTICO –
lipases, nucleases, amilases pancreáticas, tripsina/tripsinogênio, peptidases + Produção e atuação do
SUCO ENTÉRICO – peptidases + nucleotidases + dissacaridases)
2) Jejuno e íleo (Atuam na absorção dos nutrientes orgânicos e de alguns inorgânicos, como água. As
células epiteliais da parte jejuno-íleo possuem microvilosidades, que aumentam a superfície de contato
com os alimentos)
Obs: a doença celíaca é quando alguém é incapaz de digerir a proteína glúten. Quando ingerido, a
pessoa tem as microvilosidades do intestino delgado danificadas, o que prejudica a absorção de
alimentos.
A atuação dos sucos do intestino delgado no quimo gera o quilo
- Intestino Grosso (1,5m): No ceco, há o apêndice cecal (órgão vestigial)
No colo, há absorção de água e sais no colo, restando as fezes com fibras alimentares (celulose não
digerível que favorece o peristaltismo e o controle do colesterol) + presença da FLORA INTESTINAL:
produz vitaminas como K e algumas B + competem com microorganismos patogênicos.

- Ânus
Glândulas anexas do tubo digestivo
 Glândulas Salivares (Produção de ptialina + saliva + muco)

 Fígado: Responsável pela produção de bile – que não possui enzimas digestivas e tem pH básico
devido ao bicarbonato de sódio -. A bile contém SAIS BILILIARES para EMULSIFICAR GORDURAS E
FACILITAR A DIGESTÃO (maior superfície de contato). É armazenada na vesícula biliar e tem sua
liberação estimulada pela COLECISTOCININA.

 Pâncreas: A parte exógena (ácino) secreta suco pancreático. O pâncreas também produz bicarbonato
de sódio e inibe a secreção ácida estomacal por meio do hormônio SECRETINA (estimulada pelo próprio
suco estomacal). Tem pH básico e degrada a maior parte dos nutrientes (lipases, nucleases, amilase
pancreática, peptidases e tripsina/quimiotripsina)

Obs: secretina e colecistoquinina atuam na secreção do suco pancreático.


- Ruminantes (estômago poligástrico e longo, para possibilitar maior tempo de atuação das enzimas
digestivas na celulose e em outros nutrientes): Animais capazes de DIGERIR celulose porque possuem
as estruturas e os microorganismos para isso. A primeira é o rúmem, em que as bactérias mutualísticas
produzem celulase para digerir celulose) e há breve mastigação. Depois vem o barrete/retículo, no qual
microrganismos seguem com a digestão da celulose. Do retículo, o alimento retorna à boca para ser
mastigado novamente. Após a segunda mastigação, o alimento é deglutido novamente e direcionado ao
omaso ou folhoso, compartimento em que ocorre absorção de parte da água presente no alimento
deglutido. Por fim, o último compartimento gástrico dos ruminantes é o abomaso ou coagulador,
considerado o estômago verdadeiro do ruminante por ser capaz de secretar enzimas digestivas. Nesse
compartimento, ocorre digestão dos microrganismos – fonte de proteínas ao animal – que se misturaram
ao bolo alimentar.

Durante o processo de ruminação, bactérias que vivem em simbiose no rúmen dos bovinos produzem gás
metano como resultado do seu metabolismo fermentativo. A liberação desse gás na atmosfera, por um
número cada vez maior de animais, contribui para o aumento do efeito estufa.
Sistema Endócrino
 Hormônios (secretados pelas glândulas endócrinas) -> Mensageiros químicos que atuam em médio e
longo prazo, pois sua transmissão e feita pelo sangue, logo é lenta. Se é feita pelo sangue, então a
glândula é endócrina. Podem ser específico ou não ex: GH).
 Mecanismos de regulação:
- Feedback/retroalimentação positivo -> Hormônio estimula célula-alvo e ela estimula a liberação de mais
hormônio. Exemplo: Ocitocina
- Feedback/retroalimentação negativo -> Hormônio estimula a célula-alvo e ela inibe a liberação de mais
hormônio até o momento em que a inibição cessa e a produção de hormônio volta a crescer. Ex: controle
glicêmico/cálcio/sódio, hormônios esteroidais, TSH e tiroxina,
 Principais glândulas e seus produtos:
- Pineal/Epífise: Melatonina (sono e ciclo circadiano), quando na ausência de luz
- Hipófise:
1) Adenohipófise (anterior): TSH = tireoestimulante (Induz a produção de hormônios na tireóide, como a
TIROXINA) +++ ACTH = adrenoestimulate (Esitmula as adrenais/suprarrenais a produzirem seus
hormônios) +++ Gonadotróficos (FSH E LH) +++ Prolactina (Produção de leite pelas glândulas mamárias.
Cuidado, pois a ocitocina é quem estimula a liberação do leite.) +++ GH = growth hormone (crescimento
muscular e ósseo, síntese de proteínas, aumento da necessidade de insulina, diminui deposição de
gordura)
Obs: A adenohipófise é quem secreta os hormônios tróficos (regulam outras glândulas endócrinas) =
trofinas. Exemplo: TSH // FSH // LH // ACTH
Obs: Nanismo/gigantismo/acromegalia estão relacionados com a desregulação do GH
2) Neurohipófise (posterior): Não produz hormônios, mas armazena e libera hormônios produzidos pelo
hipotálamo: Ocitocina (liberação de leite; contrações uterinas; estimula o parto) e ADH/Vasopressina
(inibe a liberação de urina e aumenta a reabsorção de água nos rins = combate a desidratação;
vasoconstrição (aumenta a pressão arterial)
- Tireóide: Tiroxina/tetra-iodotironina = T4 e Tri-iodotironina = T3 (ambos estimulam metabolismo basal ->
aumento do consumo de O e da produção de calor ++ controle da pressão arterial e dos batimentos
cardíacos entre outros) XX Calcitonina (joga cálcio pro osso = osteoblasto).
Funcionamento do TSH e dos hormônios tireoidianos (feedback negativo)

Obs: A tireóide é afetada pela deficiência de iodo. Isso caracteriza o bócio endêmico -> Deficiência de
T3/T4 = excesso de TSH produzido.
Obs: Hipo (Baixa produção de T3/T4 = baixo metabolismo = menor frequência cardíaca + acúmulo de
gordura + menor produção de calor + sonolência) e hipertereoidismo (Excesso de T3/T4 = alto
metabolismo = oposto do hipotereodismo)
- Paratireóide: Paratormônio (joga cálcio pro sangue = osteoclasto)

Controle da calcemia no sangue (feedback negativo)


- Pâncreas (glândula mista). Parte exócrina (ácino) = suco pancreático. Parte endócrina (ilhotas de
langerhans/ilhotas pancreáticas): Glucagon = hiperglicemiante = glicogenólise (células ALFA; aumenta
GLI no sangue -> Degrada glicogênio) e Insulina = hipoglicemiante = glicogênse (células BETA; reduz GLI
no sangue -> Envia glicose para as células e produz glicogênio)
Dica para saber qual célula produz cada hormônio: GABI -> Glicogênio ALFA e INSULINA BETA
Diabetes mellito (deficiência de insulina) -> Quando o organismo não produz/não responde à insulina e há
hiperglicemia. Nessa situação, a gordura vira o principal substrato da respiração celular. O tipo de
diabetes mellitus depende de como o corpo responde à insulina:
 Mellitus tipo 1 (autoimune) -> Corpo não produz insulina porque as células-beta das ilhotas de
langerhans são destruídas pelo próprio corpo. Por ser autoimune, geralmente se manisfeta cedo, por volta
da infância.
 Mellitus tipo 2 (autoresistência) -> redução da capacidade das células-alvo em responder à presença
da insulina, caracterizando um quadro de resistência insulínica. Geralmente tem início na fase adulta, por
volta dos 60 anos, e corresponde à maioria dos casos de diabetes
Sintomas da melito -> Dificuldade de cicatrização + problemas circulatórios e renais
Diabetes insipidus = deficiência de vasopressina/adh
Sintomas comuns às diabetes: hiperglicemia (excesso de glicose no sangue) + glicosúria (glicose na
urina) + aumento do volume urinário (excesso de glicose aumenta concentração da urina = mais água é
utilizada para diluir ela) + sede intensa (mais água é gasta = menor absorção para eliminar a glicose da
urina) +
- Adrenais/suprarrenais: Adrenalina/epinefrina = hormônio da luta (reduz peristaltismo e a percepção de
dor, aumenta a oxigenação, a pressão arterial e os batimentos cardíacos, glicogenólise,) Esteroides (no
córtex): Cortisol (estresse + resposta inflamatória + gliconeogênese) / Aldosterona (reabsorção de íons) /
Androgênios (características sexuais masculinas)
- Ovários -> Estrogênio (características sexuais femininas secundárias + manutenção da integridade
óssea) e Progesterona (manutenção do endométrio)
- Testículos -> Testosterona (produção de espermatozoides + características sexuais secundárias)
Obs: Leptina (produzida pelos adipócitos) = suprime a fome x Grelina (produzida pelo estômago) = induz
a fome
Sistema Respiratório

 Controle: Bulbo (PRINCIPALMENTE PELO pH e a concentração de CO2).


 Porções: Condutora (resto) e Respiratória (alvéolos, bronquíolos e ducto alveolares).
- Ordem da passagem do ar: fossas nasais (aquece e umedece o ar) -> faringe (participa do sistema
respiratório e digestório; músculo) -> laringe (cordas vocais; cartilagem hialina; pode ser fechada pela
epiglote (obs: glote é só entrada de ar e não impede os alimentos) -> traqueia -> brônquios (conduz) ->
bronquíolos (conduz) -> alvéolos (hematose por difusão simples -> CO2 dos capilares para os alvéolos e
O2 dos alvéolos para os capilares; afetados por tabagismo = causa enfisema = destruição das paredes).
Obs: Algumas estruturas da parte condutora (faringe, traqueia, nariz) possuem muco e cílios para auxiliar
na retenção de partículas e na filtração do ar.

- Mecanismo: Inspiração (contração; diafragma desce = aumenta altura e os músculos intercostais elevam
a costela = maior diâmetro/volume = menor pressão = ar entra) x Expiração (relaxamento; diafragma sobe
= diminui a altura e o os intercostais abaixam a costela = menor volume = maior pressão = ar não entra).
- Transporte de gases: É fácil deduzir que: Tecidos (entra CO2 (se liga com Hb) e liberam O2) X Pulmões
(entra O2 (se liga com Hb) e sai CO2). Contudo, é relevante aprofundar como

As hemácias são as células que possuem hemoglobina, proteína que, associada ao ferro, é capaz de se
ligar ao O2 e transportar essa molécula para os tecidos do corpo. 98% do oxigênio estará nas
hemoglobinas, enquanto os outros 2% estão dissolvidos no plasma. Outro ponto a destacar que enquanto
O2 se liga instavelmente ao ferro das hemoglobinas (forma oxiemoglobina), os inibidores da cadeia
respiratória se ligam IRREVERSIVELMENTE E MUITO ESTAVELMENTE ÀS HEMÁCIAS = IMPEDE O
TRANSPORTE DE O2. Ex: CO (monóxido de carbono) formando carboxihemoglobina e impedindo a ação
da citocromo c oxidase.
Além do oxigênio, o CO2 também é transportado pelo corpo. A maior parte (70%) está na forma de íon
bicarbonato no plasma, 7% na forma de CO2 dissolvido no plasma e 23% nas hemácias sob forma de
carboemoglobina (HbCO2). A forma iônica de transporte é de suma importância porque Os íons H+ se
combinam com a hemoglobina e muitos íons bicarbonato passam para o plasma. Quando o sangue
atinge os alvéolos pulmonares, o gás carbônico é liberado a partir dos íons bicarbonato, passando para o
interior dos alvéolos
O equilíbrio químico acima é fundamental na detecção dos níveis de CO2 no corpo. Quando há falta de
CO2, o bulbo percebe a alteração de pH (pH tende a ficar mais básico = alcalinização do sangue) e atua
de modo a aumentar a concentração desse gás (exemplo: redução da frequência respiratória para reduzir
a eliminação de CO2) e, por conseguinte, a concentração de íon bicarbonato. Já se há excesso de CO2,
temos a acidificação do sangue, o que estimula o bulbo aumentar a eliminação desse gás por meio do
aumento da frequência respiratória. Ademais, o pH (em torno de 7,4) do sangue é mantido pelo sistema
tampão composto pelo íon bicarbonato
Obs: A hiperventilação representa um perigo em situações em que não há disponibilidade de respirar
livremente (ex: mergulho). Isso ocorre porque há excesso de concentração de O2 e déficit na
concentração de CO2 -> A frequência respiratória expele muito CO2, deslocando o equilíbrio no sentido
de formação de CO2 = consumo de H+ = alcalose. O primeiro promove desmaio, enquanto o segundo
está tão baixo que o bulbo não consegue enviar o sinal para a necessidade de respirar.
Obs: o O2 também atua na regulação da respiração. Algumas artérias tem receptores capazes de
identificar alguma falta e estimular o bulbo a aumentar a frequência respiratória.
Obs: Altitude -> ao ar rarefeito, que diminui a pressão parcial de oxigênio e o pH sanguíneo, o que
estimula a hiperventilação.
- Doenças e respiração: Doenças como bronquite estão relacionadas com o excesso de muco nas vias
respiratórias. No frio, o ar é mais denso, o que contribui para que os particulados/poluentes decantem e
afetem mais nossa respiração. Já enfizemas pulmonares correspondem à destruição das paredes dos
alvéolos (prejudica a oxigenação PORQUE DIMINUI A ÁREA DE CONTATO ) e podem ser causados por
fumo.

2 = FUMANTE = MENOR SUPERFÍCIE DE ABSORÇÃO NOS ALVÉOLOS


PULMONARES
- Afinidade da hemoglobina pelo oxigênio
Os gráficos nos permitem inferir que:
A) MENOR pH = hemoglobina menos saturada = pode carregar mais O2 -> MENOR PH ESTIMULA A
LIBERAÇÃO DE O2 PARA OS TECIDOS
B) MAIOR temperatura = hemoglobina menos saturada = pode carregar mais O2 = há liberação de CO2
para OS TECIDOS
Note que o GRAU DE SATURAÇÃO INDICA O QUANTO UMA HEMOGLOBINA ESTÁ CHEIA DE O2. SE
ELA ESTIVER MENOS SATURADA = HÁ MAIS OXIGÊNIO NOS TECIDOS (MAIS CONSUMO) = ELA
PODE TRANSPORTAR MAIS O2
O CONTRÁRIO TAMBÉM É VERDADE = HEMOGLOBINA MAIS SATURADA = MAIS OXIGÊNIO NO
SANGUE = PH MAIS ALTO = MENOS O2 NOS TECIDOS = HÁ OXIGÊNIO DE RESERVA

 Excretório:
- Excretas: A metabolização dos compostos orgânicos é fundamental para o organismo produzir as
substâncias necessárias ao seu funcionamento. O fígado é o principal órgão metabólico e responsável
pela transaminação (formação de novos aminoácidos a partir de outros + cetoácidos) e gliconeogênese
(obtenção de energia a partir de lipídios/aminoácidos). O último processo libera amina (NH2), que reduz e
gera amônia (NH3), que é tóxica. Sua conversão ocorre no ciclo da ornitina (ureia) e ciclo do ácido úrico
(ambos no fígado)

- Tipos de Excretas: Amônia (muito tóxica e altamente solúvel, excretada por seres que não precisam se
preocupar com água = peixes ósseos e larvas aquáticas) x Ureia (menos tóxica, excretada por mamíferos,
peixes cartilaginosos e anfíbios adultos) x Ácido Úrico (muito concentrado, excretada por seres com baixa
disponibilidade de água ou que necessitam de leveza para voar: aves, répteis, insetos)

Obs: há ainda outros tipos, como guanina (aracnídeos) e OTM (amina com cheiro de peixe morto)
- Osmorregulação (evita plasmopitose = ganho excessivo de água e plasmólise = perda excessiva de
água): Osmorreguladores (possuem tonicidade muito diferente do ambiente) x Osmoconformes (são
isotônicos e não precisam de mecanismos para regular)
- Protozoários de água doce: possuem o vacúolo contrátil/pulsátil que elimina o excesso de água que o
protozoário ganha do meio. Dessa forma, essa organela só é ativa quando o meio é hipotônico em
relação ao protozoário. Como funciona? As bombas de prótons localizam-se na membrana dos vacúolos.
Elas bombeiam H+ do citoplasma para o exterior da célula, a fim de tornar temporariamente o meio
interno hipotônico (menos concentrado) e eliminar a água em excesso no seu interior. Ao fazer isso,
consome energia em forma de AT
 Animais terrestres: A osmorregulação se dá pela obtenção de água (bebendo ou comendo). Animais
com pele permeável (anfíbios, invertebrados) precisam estar em ambientes úmidos, pois facilmente
perdem água. Já os que tem pele queratinizada (répteis, mamíferos, aves) não possuem esse empecilho
e podem habitar mais ambientes.

 Animais aquáticos

- Água doce: A tendência dos animais é de ganhar água do meio e perder sais por difusão. Para isso, a
ingestão de água é reduzida (basicamente advém da alimentação) e há reabsorção ativa de sais +
obtenção de sais pela alimentação. Como o animal tende a ganhar água, pode eliminar amônia na sua
urina volumosa e diluída.
- Água salgada: A maioria é osmoconforme, mas alguns são osmorreguladores. Como perdem água para
o ambiente, tendem a excretar uma urina mais concentrada. Dividindo por classes:
- Répteis e aves marinhos (Diferente dos peixes, tem pele IMPERMEÁVEL, mas há o problema de
adquirir água doce. Logo, eles ingerem essa água e eliminam o excesso de sal através de glândulas de
sal)
- Mamíferos marinhos (São impermeáveis também, mas não possuem estruturas para eliminação dos
excessos. Logo, obtêm água através da ALIMENTAÇÃO)
- Peixes Cartilaginosos (Todos marinhos; Como são hipotônicos em relação ao meio, possuem um
mecanismo de uremia fisiológica, que os torna hipertônicos através do acúmulo de ureia, o que faz
ganharem água por osmose. A toxicidade da ureia é prevenida pelo acúmulo de OTMA)
- Peixes Ósseos Marinhos (São hipotônicos, portanto perdem água, porém para não desidratarem, eles
INGEREM ÁGUA SALGADA e eliminam o excesso de sais através do fígado e das brânquias)

Morfologia da excreção
- Órgãos Nefridiais -> Protonefrídias (1 abertura; excreção direta por difusão + células-flama (Platelmintos;
flagelos se movimentam e criam fluxo de água para permitr a excreção) + Túbulos de Malpigi (Insetos;
drenam as excretas) x Metanefrídias (2 aberturas; excretam utilizando o celoma + órgãos de Bojanus
(moluscos) + glândulas verdes (crustáceos) + glândulas coxais (aracnídeos)
- Rins (formados por unidades filtradoras = néfrons + tecido conjuntivo) -> Néfrons (formado por
corpúsculo renal e túbulo nefírico, que se abrem em nefróstoma ou cápsula de bowman)
 Tipos de rins Pronefros (larvais) x Mesonefros (peixes/anfíbios + répteis/aves/mamíferos amniotas) x
Metanefros (répteis/aves/mamíferos adultos)

- Sistema Excretor humano


Estruturas do sistema excretor
- Rins -> Córtex (maior parte; cerca de 1 milhão de néfrons) x Medula (menor parte; Alça de Henle e ducto
coletor)
- Ureter -> ducto com a função de conduzir para a bexiga a urina formada nos rins
- Bexiga urinária -> armazena a urina
- Uretra -> Elimina a urina
 Estrutura e componentes do néfron: Vasculares (arteríolas aferente e eferente + glomérulo de Malpighi
+ rede de capilares) e Tubulares (Cápsula Renal/Bowman + túbulos proximal e distal + Alça de Henle +
ductor coletor de Urina)
Obs: Corpúsculo renal = cápsula renal + Malpighi // túbulos renais = conjunto de túbulos

Ordem dos processos: Sangue chega pela arteríola aferente -> Filtração -> Sanguer sai pela arteríola
eferente -> Reabsorção Ativa de soluto -> Reabsorção passiva de água -> Filtração
 Funcionamento dos Néfrons: Filtra o plasma sanguíneo, eliminando e absorvendo o necessário. Abaixo
a ordem de passagem do sangue e a função dos componentes
1) Corpúsculo renal (filtração glomerular no néfron) -> Arteríola Aferente (alta pressão) – Glomérulo de
Malpighi – alta pressão sanguínea desloca os componentes do sangue para a Cápsula de Bowman – filtra
o sangue, deixando passar água e pequenos solutos, mas não proteínas ou elementos figurados (esses
saem pela arteríola Eferente (baixa pressão). -> Nota: a principal diferença entre o sangue e o filtrado
glomerular é a presença de proteínas e elementos figurados no sangue, os quais estão ausentes no
filtrado.
2) Túbulo contorcido proximal (reabsorção ativa de soluto) -> O filtrado glomerular possui substâncias que
serão reabsorvidas, o que ocorre no TCP, com o auxílio de microvilosidades. O que é reabsorvido? Toda
a glicose/aminoácidos/vitaminas/íons e parte dos sais. Como ocorre? Por transporte ativo, uma vez que
não há diferença de concentração para haver difusão. Assim, conforme há a reabsorção, a concentração
no sangue aumenta e a do TCP reduz. Consequentemente, há reabsorção de água por osmose (já que o
sangue está concentrado e ele vai ganhando água)
Obs: Ao levar em consideração a Bomba de NA+ E K+, que é transporte ativo PRIMÁRIO, é ela que
JUSTIFICA o TRANSPORTE DE GLICOSE POR TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO. -> A bomba
retira NA+ e joga K+, por conseguinte, a glicose vai entrando junto com NA+
3) Alça de Henle/Alça Néfrica (reabsorção de água e mecanismo contracorrente) -> O filtrado agora vai
para a alça descendente (há reabsorção de água, mas não de sais) e depois para a ascendente (há
transporte ativo de sódio, que atrai íons cloro e forma NaCl, mas sem passagem de água). Esse
mecanismo (contracorrente) se repete até que a quantidade ideal de cloreto de sódio seja eliminada
Obs: Quanto maior a alça = maior reabsorção = permite sobreviver em ambientes mais áridos
4) Túbulo contorcido distal (secreção ativa de íons e substâncias) -> O filtrado agora vai para o TCD
(impermeável à água), onde o NaCl é retirado e há secreção de ativa de K+ (absorção/eliminação varia
conforme a quantidade de outros cátions no organismo), H+ (controle do pH do corpo junto ao sistema
respiratório), amônia e drogas.
5) Ducto coletor de urina (formação da urina e reabsorção de água) -> Agora, o líquido tubular está
formando a urina (altamente concentrada), que atrai mais água para ser reabsorvida e o resto eliminado. -
>
Urina: Ordem de formação -> Cápsula glomerular, glomérulo, túbulo contorcido proximal, alça do néfron,
túbulo contorcido distal e tubo coletor. Ordem de eliminação -> Cálices Renais, pelvi renal/bacinete,
Ureter, bexiga, uretra Substâncias comumente eliminadas: sais minerais e água (note que
macromoléculas (glicose, proteínas, lipídios, hormônios, etc não são eliminados normalmente)
Controle da Função Renal
 Filtrado Glomerular (99% é reabsorvido) -> É necessário controle minucioso para absorção ideal. Esse
controle se dá por: Feedback vasoconstritor da arteríola aferente x eferente (íons cloro e proteínas
regulam a contração das 2 arteríolas para reduzir ou aumentar a velocidade que o sangue e o filtrado
passam))

 Sede -> Hipotálamo possui o centro de sede, para indicar a necessidade de ingerir água. É esse órgão
que também produz ADH, mas é a neurohipófise que o secreta.

 Hormônios -> ADH/vasopressina (Atuam no final do TCD/Ducto coletor estimulando maior absorção de
água através do aumento do n° de poros permeáveis (aquaporinas) -> Mais ADH = menor volume urinário
= urina mais concentrada = organismo reabsorve mais água = evita desidratação. O ADH irá atuar no
túbulo contorcido distal e no ducto coletor, promovendo a reabsorção de água neles. /// Aldosterona
(aumenta a reabsorção ativa de Na+ no TCD e consequente a de água por osmose. Também aumenta a
secreção ativa de K+ no TCP. É produzido nas suprarrenais.) -> Excesso de K+ no sangue OU Déficit de
Na+ no sangue = mais aldosterona = secreta K+ ou reabsorver Na+ = aumento a água absorvida caso
reabsorva Na = reduz o volume de urina = também evita desidratação

Obs: Diabetes Insipidus e bebidas alcóolicas prejudicam a produção/liberação de ADH. Por isso, pessoas
que bebem ou possuem essa enfermidade mijam muito.

 Fator natriurético atrial -> Aumento de pressão nos átrios - fator natriurético atrial (FNA) liberado –
aumento da pressão de filtração = maior volume filtrado e mais urina produzida = perda de água pela
urina = menor pressão arterial

 Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona -> Em pressão baixa - Renina – angiotensinogênio –


angiotensina 1 - enzima conversora de angiotensina (ECA) – angiotensina 2 – aumento da pressão
arterial e aldosterona – aumento da pressão arterial

 Sistema Nervoso
- Tipos de Neurônio (em função): Sensorial/aferente (ÓRGÃO – SNC; na raiz dorsal = mais em cima) x
Motor/eferente (SNC – ÓRGÃO, na raiz ventral = mais em baixo)
- Divisão e organização do sistema nervoso:

1. Central = processamento de informações (Encéfalo e Coluna Espinal; SNC)


- Componentes do SNC
 Encéfalo:
1) Cérebro (controle das funções voluntárias + DOR + interpretação e processamento + memórias
(hipocampo). Dividido em dois hemisférios – direito e esquerdo – os quais são conectados pelo corpo
caloso)
Obs: Analgésicos: diminuem a dor porque impedem a despolarização da membrana e, por conseguinte, a
propagação do impulso nervoso.
Obs: Comparação de córtex cerebral: mamíferos (girencéfalos = cortéx com giros = mais complexo = mais
neurônios) x resto (lisencéfalos = cortéx liso)
Obs: Lobos: Frontal – Fala // Temporal – Sons // Occipital – Visão // Parietal – Tato
2) Diencéfalo: Divide-se em: Tálamo (retransmissão de impulsos + classificação de informações
sensoriais. = merkel: pressão / ruffini: calor / Krause: frio / paccini: vibração) Hipotálamo (Temperatura
corporal, ADH e Ocitocina, instintos = fome, sede/saciedade, emoções, desejo)

3) Cerebelo (coordenação, equilíbrio, postura, habilidades motoras) //

4) Tronco Encefálico: Divide-se em: Mesencéfalo (movimento da retina, postura corporal, contração
muscular + transmissão de impulsos) + ponte (conecta cerebelo e córtex cerebral / transmite impulsos
nervosos) + bulbo (Controle da respiração + frequência cardíaca + peristaltismo e reflexos de vômito,
tosse e espirro)
 Substância cinzenta (corpos celulares de neurônios + fibras SEM mielina = interpretação) x Substância
branca (prolongamentos neuronais + fibras MIELINIZADAS = condução de impulsos).
- Localização das substâncias: No Encéfalo, há cinzenta na periferia e branca no centro, enquanto que na
medula/bulbo, há o inverso.

-> Encéfalo
 Medula Espinal/raquidiana: Reflexos involuntários, transmissão de impulsos nervosos. A medula é
protegida pelas vértebras, que formam, em conjunto, a coluna vertebral
- Arco-Reflexo: Resposta do organismo a um situação que prejudique sua homeostase. Por necessitar ser
rápida, o cérebro não participa, portanto, o neurônio aferente/sensorial (raiz dorsal) envia a informação à
MEDULA ESPINHAL, que interpreta e envia a reposta para a região que precisa ser “cuidada” através de
um neurônio associativo (estabelece conexão entre o sensorial e o motor) e um eferente/motor (raiz
ventral) (envia a resposta propriamente dita para a região necessária contrair). A consequência de um
arco-reflexo é um ato-reflexo.
Obs: Apesar de não envolver o cérebro, como a medula também faz parte do SNC, esse é o sistema
responsável pelo arco-reflexo.
Obs: existem os reflexos BULBARES (que lidam com o sistema respiratório), não só os medulares.

 Meninges: Estruturas que protegem o SNC, junto das vértebras -> Dura-máter (dura = distante; externa
e mais grossa; vascularizada e com colágeno) / Aracnoide (intermediária e avascular) / pia-máter (pia =
próxima; interna e tecido conjuntivo frouxo). Há, também, o espaço subaracnoide, onde há líquido
cefalorraquidiano (proteção, transporte de substâncias e nutrição do SNC). Realizamos punção lombar
para coletar esse líquido e analisar a possiblidade de meningite.
2. Periférico = transmissão de informações. Compostos de: Gânglios = corpos celulares de neurônios e
Nervos = conjunto de axônios revestidos por tecido conjuntivo e que possuem mesma divisão dos
neurônios; SNP)
Divisão quanto ao funcionamento
- Periférico Autônomo (Involuntário; coordena o metabolismo; SNPA) x Somático (Voluntário; coordena os
músculos esqueléticos; SNPS)
 Divisão do sistema autônomo: Simpático (+ próximo da medula) (SNAS -> atua no ESTRESSE ->
brôquiodilatação, maior frequência cardíaca, redução do peristaltismo, vaso constrição, pupila dilatada //
acetilcolina no pré e noradrenalina no pós-ganglionar) x Parassimpático (SNAP -> atua no
RELAXAMENTO -> oposto do simpático // acetilcolina) -> São antagônicos, ou seja, atuam sobre os
mesmos órgãos, mas com funções opostas.
Dica: O SNAS é estressado, então vai fazer com que o corpo esteja preparado para qualquer situação de
perigo, portanto, aumenta frequência cardíaca + inibe sistema digestório. Cabe ressaltar, também, que
cada nervo de ambos tem 2 neurônios, mas com tamanho das fibras diferentes (pré-ganglionar ou pós-
ganglionar).
- Neurotransmissores: Adrenalina (reduz peristaltismo, acelera batimentos cardíacos = SNAS = estresse)
x Noradrenalina (atua no SNAS) Acetilcolina (induz concentração muscular; Atua no SNAP) x Glutamato
(raciocínio e movimento) x dopamina (coordenação motora +euforia) x Serotonina (felicidade)
Obs: Há compostos como os organofosforados que inibem degradação de neurotransmissores. Isso
ocorre, por exemplo, com a não degradação da acetilcolina pela inibição da acetilcolinesterase. Por
conseguinte, o neurotransmissor se acumula nas sinapses e pode aparecer na corrente sanguínea.
- Drogas: Estimulantes (aceleram) x Depressoras (letárgicas) x Pertubadoras (alteram o funcionamento do
SNC. Ex: distorção de imagem
Sistema Sensorial (olfato, tato, audição, paladar, visão -> Visão está na física)
- Tipos de recepetores: Mecano (interpretam estímulos mecânicos; TATO e AUDIÇÃO) x Foto
(interpretam estímulos luminosos; VISÃO) x Quimio (interpretam estímulos químicos; Paladar e olfato) X
Termo (interpretam a temperatura; Pele)
- Audição: O aparelho auditivo é dividido em:
1) Orelha externa: pavilhão auditivo (capta o som) e meato auditivo externo (direciona para o tímpano).
Captam e conduzem o som até a orelha média
2) Orelha Média: tímpano e ossículos (bigorna e estribo) amplificam e transmitem o som até a orelha
interna. A tuba auditiva mantém a pressão interna igual à atmosfera.
3) Orelha interna (labirinto): cóclea (Com formato de caracol, a cóclea possui células ciliadas do órgão de
Corti, as quais vibram e enviam impulsos nervosos por meio do nervo auditivo) e aparelho vestibular (é
relacionado ao equilíbrio, sendo constituído pelos canais semicirculares, sáculo e utrículo. Também é
onde está presente o nervo vestibular, que encaminha impulsos nervosos para o cérebro). Na cóclea
existem as células ciliadas, relacionado à audição O aparelho vestibular

Obs: visão está em física.


* Animais e zoologia
Classificação dos seres vivos e intro à zoologia
- Taxonomia -> Tem por finalidade a classificação e organização dos seres vivos. Pode ser feita de
acordo com vários critérios, mas o mais utilizado atualmente é: FILOGENIA -> ANALISA AS MUDANÇAS
EVOLUTIVAS E A HISTÓRIA DOS FILOS DOS SERES VIVOS. O estudo da filogenia é feito pela
Sistemática.
 Divide os seres em categorias taxonômicas constituídas por táxons (unidades taxonômicas) ->
DoReFiCOFaGE (Domínio, reino, filo, classe, ordem, família, gênero, espécie)
 Nomeia os seres conforme o sistema binomial -> A primeira parte do binômio refere-se ao gênero
(deve ser escrita em letra maiúscula) e a segunda parte, o epípeto específico, à espécie (deve ser escrita
em letra minúscula). Ambos os termos devem ser DESTACADOS do resto do texto: basta sublinhá-los.
Os nomes científicos são escritos em latim para que não sofram modificações no decorrer do tempo
como, por exemplo, com reformas ortográficas.
- Reinos: Monera (procariontes, unicelulares e com as 3 formas de obtenção de energia) + Protista
(eucariontes, uni ou pluricelulares, heterótrofos ou autótrofos) + Fungi (heterótrofos, eucariontes, pluri ou
unicelulares, parede celular de quitina) + Platae (autótrofos, eucarioentes, pluricelulares, parede celular de
celulose) + Animalia/metazoa (heterótrofos, eucariontes, pluricelulares, parazoa = sem tecidos = poríferos
x eumetazoa = com tecidos = resto dos 8 filos)

Obs: NÃO CONFUNDA ESPÉCIE COM EPÍPETO ESPECÍFICO. Levemos o ser Panthera onca onca
como exemplo. “Panthera” = gênero // “Onca” = epípeto específico (e não espécie) // “Panthera onca” =
espécie // “Panthera onca onca” = subespécie

Obs: Há, ainda, a representação de subespécies/raças por meio de um terceiro termo no binômio +++ as
siglas sp. e spp. Referem-se à espécie (indefinida) e espécies (indefinidas), respectivamente

Obs: Domínio é uma classifica atual e utiliza as RELAÇÕES FILOGENÉTICAS para agrupar os seres. Por
exemplo, nessa classificação, separa-se o Reino Monera em Dois: Archea (archeobactérias = mais
similares aos eucariontes) e Bacteria (as bactérias). A análise é feita principalmente pela SEQUÊNCIA DE
RNA RIBOSSÔMICO
- Evolução e classificação

Filogenia -> Análise das hipóteses evolutivas baseada nas relações genéticas, bioquímicas e
morfológicas.

Cladística -> Reconstrução das relações filogenéticas a partir do ancestral comum e das mudanças que
apareceram ao longo do tempo. Essas mudanças, por sua vez, levam a processos evolutivos como
 Anatomia dos cladogramas: Táxon (inicial ou terminal), nó (ponto de divergência entre as linhagens
evolutivas. Ex: o ancestral mais recente de 2 grupos OU uma processo de cladogênese), ramo (linhagem
surgida após uma especiação por cladogênese), grupos-irmãos (descendentes de um mesmo ancestral
comum), ancestral direto (mais recente)

Obs: alterar a ordem em que grupos estão apresentados NÃO ALTERA AS RELAÇÕES EVOLUTIVAS.

 Agrupamento de táxons conforme o ancestral comum: Monofiléticos (Inclui o ancestral comum e


TODOS os seus descendentes) / Polifiléticos (NÃO INCLUI o ancestral comum dos táxons terminais
envolvidos. Aqui os táxons em questão possuem ANCESTRAIS DIFERENTES) / Parafiléticos (Inclui o
ancestral comum dos grupos envolvidos, mas inclui SOMENTE PARTE dos descendentes deles. Haverá
diferentes origens)

Ex: Analisando o exercício abaixo, podemos perceber que: 1 é MONOFILÉTICO, pois está incluindo todos
os descendentes de um ancestral comum e ele próprio. 2 é, também, monofilético, pois inclui o único
descendente de um mesmo ancestral comum. 3 é POLIFILÉTICO, pois inclui diferentes táxons com
diferentes ancestrais comuns. 4 é PARAFILÉTICO, pois inclui quase todos (somente parte) dos
descendentes de um ancestral comum, incluindo o próprio.
Ex: Abaixo, 1 é grupo irmão de 2,3 e 4 (juntos) // 2 é grupo-irmão de 3 e 4 (juntos) // 3 e 4 são um grupo
irmão e são as linhagens mais recentes, enquanto que 1 é a mais antiga. A poderia representar o
ancestral comum de todos esses vertebrados.

 Processos evolutivos: Cladogênese (quando há separação evolutiva e aumento do número de


linhagens) X Anagênese (modificações que as populações sofrem ao longo de um tempo, mas sem
formação de novas linhagens.

 Apomorfia (novidade evolutiva exclusiva a um grupo) x Sinapomorfia (apomorfia compartilhada por um


grupo monofilético) x Plesiomorfia (termo usado para designar uma característica primitiva que foi, ou
não, modificada a outra mais recente dentro de uma linhagem;) x Simplesmorfia (Conjunto de
plesiomorfias)

Obs: Há, ainda o conceito de HOMOPLASIA -> Quando uma APOMORFIA surgir em 2+ espécies
diferentes, mas sem parentesco evolutivo (ancestral comum). Pode representar Paralelismo (mesmo ramo
principal) / Convergência (ramos diferentes)) / Regressão = Atavismo (característica volta a aparecer
depois de várias gerações sem)

* Seres vivos
Características relevantes e apomorfias dos filos
- N° de Folhetos embrionários -> diblásticos = Cnidários x triblásticos = Platelmintos (resto em diante)
- Presença de Celoma (presente em quem é triblástico, por causa da mesoderme) -> Acelomados =
Platelmintos x Pseudocelomados = Nematelmintos x Celomados = Anelídeos em diante
- Tubo digestório -> Ausente (digestão intracelular feita pelos lisossomos) -> Poríferos x Incompleto ->
Cnidários e platelmintos x Completo (inicia a discussão qual orifício o blastóporo origina) ->
Nematelmintos. Protostômios (arquênteron vira ânus) -> Nematelmintos e até moluscos x Deuterostômios
(arquênteron vira boca) -> Equinodermos até cordados
- Sem tecidos (parazoa) = poríferos x Tecidos verdadeiros (eumetazoa) -> Cnidários em diante
- Simetria (está atrelada à cefalização) = Radial = Poríferos e Cnidários x Bilateral = Platelmintos em
diante. Obs: pode haver variação da simetria se há fase larval -> Primária (Larva) = radial nos poríferos e
os adultos são assimétricos x Secundária (adulto) -> Equinodermos são bilaterais quando larvas e radiais
quando adultos
- Metameria/segmentação -> Total (todo o corpo metamerizado = sem tagmas = sem blocos corporais) ->
Anelídeos x Tagmatização (corpo segmentado em tagmas = blocos corporais) -> artrópodes x Parcial
(parte do corpo metamerizada) -> Cordados e seus músculos
- Sexo: Monóicos (hermafroditas = tem os 2 sexos) x Dioicos (sexos separados)
- Fecundação: Externa (gametas se encontram fora do corpo, como na água) x Interna (fecundação
dentro do corpo do animal)
- Presença de ovos: Ovíparos (põe ovos que se desenvolvem fora do corpo) x Vivíparos (não colocam
ovos) x Ovovivíparos (põe ovos que se desenvolvem dentro do corpo)
- Desenvolvimento: Direto (sem larva e sem metamorfose) x Indireto (com larva = ocupa-se mais
nichos/nicho diferente do adulto = menor competição
Filos

Poríferos (Exclusivamente aquáticas. Ex: esponjas): Características básicas: Sem folhetos embrionários
(vão até a blástula; únicos do reino animal), sem tecidos verdadeiros (únicos do reino animal), simetria
radial.
 Classificação (conforme as dimensões do átrio e a espessura da esponja): Asconóides (Mais simples e
finas e maior átrio) x siconoide (intermediárias e mais espessas) x leuconoides (bem mais espessas e
mais complexas; meno átrio)

 Apomorfias e características avançadas: Filtradores (obtêm alimento por meio da filtração da água) +++
Coanócitos (Movimentação + captura água para filtração e, por conseguinte, o alimento da esponja) +++
Amebócito (Totipotentes + difusão de nutrientes provenientes do alimento digerido pelos coanócitos) +++
Porócitos (por onde entra a água) +++ Ósculo (orifício por onde sai água) +++ Átrio (por onde a água
circula) +++ Espícula (estruturação e sustentação do porífero. Geralmente calcárias ou de sílica) +++
Sésseis (incapazes de se locomover).

 Reprodução:

- Assexuada -> Regeneração (parte decepada se regenera e forma novo ser. Ocorre por meio dos
amebócitos e suas células totipotentes e porque os poríferos tem baixo grau de complexidade) x
Brotamento (A própria esponja produz um brotinho, que passa a se desenvolver. Se ele cai, vive
individualmente, se se mantém colado à esponja, forma uma colônia.) +++ Sexuada

- Sexuada -> Monoica (com alternância de sexo para evitar autofecundação) ou dioica + desenvolvimento
indireto. Amebócito produz gameta, ósculo libera na água, gameta flagelado cai em algum porócito e
fecunda.
Cnidários (Animais aquáticos): Características: diblásticos (primeiros), sistema digestório incompleto
(primeiros), simetria radial, eumetazoários (primeiros) +++.
 Classificação (quanto a predominância das formas sexuada e assexuada): Medusozoa (Livre-natatens
ou sésseis. Ex: medusas, águas-vivas, caravelas-portuguesas) x Anthozoa (somente sésseis. Ex:
anêmonas e corais) X Hydrozoa (pólipo predominante) x Schyphozoa (medusa predominante e versão
jovem = éfira)

 Problemas ambientais: Branqueamento de Corais (aquecimento dos mares = expulsão das zooxantelas
do corpo do animal. O escurecimento das águas também prejudica essa relação mutualística) +++
Acidificação dos mares (Excesso de CO2 = abaixa pH dos oceanos = prejudica o calcário dos recifes de
corais)

 Apomorfias e características avançadas: Surgimento da endo/ectoderme +++ Sistema Nervoso Difuso


(primeiros) +++ Cavidade Digestiva (primeiros, pois possuem arquênteron derivado da endoderme) +++
Respiração por difusão +++ Digestão parcialmente extracelular e parcialmente intracelular (nos
lisossomos) +++ Cnidócitos (defesa; urticantes/venonosas; devem ser produzidos novamente depois de
expelidos pelas células intercistias) +++ Camadas -> Epiderme (externa, com cnidócitos) + mesogleia
(intermediária, com as células do sistema nervoso difuso) + gastroderme (interna, onde ocorre a digestão
inicialmente extracelular, por meio de enzimas. Posteriormente o alimento é fagocitado por células ao
longo da cavidade gastrovascular, onde ocorrerá digestão intracelular e a eventual difusão dos
nutrientes.)

 Reprodução: Assexuada -> Fragmentação, regeneração ou bipartição por fissão longitudinal x Sexuada
(desenvolvimento indireto ou direto) -> Alternância de gerações = metagênese entre medusa (livre-
natantes, maioria dioicos, FASE SEXUADA) x pólipo (sésseis ou de locomoção simples, monoicos ou
dioicos, FASE ASSEXUADA). A medusa (adulta, sexuada) libera gametas na água para fecundar outras
medusas. A fecundação forma uma larvinha (larva plânula), depois um pólipo jovem (séssil) que se
reproduzirá assexuadamente (estrobilização) e gerar medusas jovens.
Platelmintos (corpo achatado. Ex: planária, tênia, esquistossomos): Características: triblásticos,
acelomados (primeiros; o que define o corpo achatado), simetria bilateral, sistema digestório incompleto.
 Apomorfias e características avançadas: Surgimento da mesoderme, mas acelomados +++ Surgimento
da simetria Bilateral (com cefalização) +++ Sistema nervoso ganglionar (conjuntos de corpos celulares de
neurônios) Digestão extra e intracelular ou até por absorção, como as tênias +++ Respiração por difusão
pela pele +++ Excreção ocorre por meio dos protonefrídios, que contém as unidades básicas de filtração
= Células-Flama (filtragem, osmorregulação e excreção. Recolhem as excreções no líquido intercistial.) +
++ Ocelos (fotorrecepção) e aurículas (quimiorrecepção)

 Reprodução: Monoicos, desenvolvimento direto ou indireto -> Assexuada (bipartição. Ex: planárias) x
Sexuada (Autofecundação: tênias OU Fecundação cruzada por meio do poro genital = estrutura que
permite a troca de gametas)

 Classificação: Tubellaria (planária), Cestoda (tênia), Trematoda (esquistossomo)


Nematelmintos (corpo cilíndrico. Ex: lombriga, oxiúrio) -> Características básicas: triblásticos,
pseudocelomados, tubo digestório completo (primeiros), protostômios (primeiros), simetria bilateral.
 Apomorfias e características avançadas: Surgimento de celoma = esqueleto hidrostático
(pseudocelomados) +++ Tubo digestório completo (com boca e ânus) + Digestão extracelular +++
Nutrição por difusão ou pelo pseudoceloma ++++ Respiração por difusão pela pele +++ Sistema nervoso
difuso +++ Cutícula (proteção) +++ Renetes (excreção; sistema excretor organizado em “Tubos em H”)

 Reprodução: Dioicos, fecundação interna, desenvolvimento indireto e dimorfismo sexual (a


diferenciação entre machos e fêmeas é bemmmm clara)
Moluscos -> Características básicas: triblásticos, esquizocelomados (primeiros), tubo digestório completo,
protostômios, simetria bilateral.
 Apomorfias e características avançadas: Sistema respiratório formado e com respiração branquial
(maioria), pulmonar primitiva ou cutânea +++ Finalmente celomados +++ Corpo mole e musculoso +++
Manto (região que SECRETA A CONCHA (proteção ou agilidade na falta dela) e que pode abrigar uma
câmara – cavidade do manto/cavidade palial – onde há o anus, as estruturas respiratórias e os poros
excretores +++ Exoesqueleto parcial ou ausência dele (concha calcária quando houver) +++ Corpo
segmentado em: cabeça, pé e massa visceral (onde a maioria dos órgãos é alojada e que abriga o
hepatopâncreas, que secreta enzimas digestivas) +++ Sistema nervoso constituído de gânglios cerebrais
(desenvolvido principalmente nos cefalópodes) +++ Sistema excretório por nefrídeos +++ Sistema
circulatório aberto (com hemolinfa e hemoceles. Ex: gastrópodes e bivalves) ou fechado (com sangue e
hemocianina)

 Reprodução: dioicos ou monoicos // fecundação externa ou interna // desenvolvimento direta ou


indireto. Tudo depende do grupo.

 Classificação (conforme onde os “pés” deles estão)


- Bivalva (Duas conchas = valvas que se fecham e abrem = atuam como os pés) -> Todos tem concha,
são aquáticos e filtradores (com sifões inalante e exalante) e não possuem rádula. Dioicos e com
desenvolvimento indireto. Ex: ostras, mexilhões e mariscos.
Obs: Destaque para a produção de pérolas, que nada mais é do que uma partícula estranha a alguns
bivalves com nácar (substância que compõe as conchas) secretado pelo manto para proteger o animal.
- Gastrópoda (pé na barriga/parte gástrica) -> Com ou sem concha, com muco (evita desidratação e
auxilia a locomoção por reduzir o atrito) com glândula pedal (produz muco para facilitar a locomoção e
reduzir atrito), com a RÁDULA (Localizada na boca, serve como dentes DE QUITINA QUE RASPAM O
ALIMENTO -> auxilia a alimentação). Monoicos, com fecundação cruzada e interna e sem produção de
larvas (independência de água para reprodução). Ex: lesma, caramujo
- Cefalópodes (pé na cabeça = tentáculos) -> Geralmente sem concha (menor peso = maior velocidade de
locomoção), sistema circulatório fechado (maior eficiência energética) marinhos, alta cefalização, com
sifão exalante para movimentação, capazes de liberar tinta e com rádula. Dioicos e com desenvolvimento
direto. Ex: lulas, náutilos, polvos
Anelídeos (vermes cilindros com corpo segmentado em anéis) -> Características básicas: triblásticos,
esquizocelomados, tubo digestório completo, protostômios, simetria bilateral, circulação fechada
 Apomorfias e características avançadas: Metameria (corpo segmentado em anéis = músculos também
segmentados = permite realizar vários movimentos) +++ Cerdas Quitinosas (fixação, locomoção e
acasalamento) +++ Sistema excretório (com digestão extracelular, regiões especializadas como papo,
moela, tiflossole (intestino que aumenta a superfície de contato com o alimento) +++ Sistema circulatório
fechado (com hemoglobina) +++ Sistema respiratório com respiração cutânea +++ Sistema nervoso
ganglionar ventral +++ Sistema excretor com metanefrídeos/nefrídeos (com estruturas como nefróstoma e
nefridióporo) ++ Moela (digestão mecânica) ++ Tiflossole (aumentar a superfície de absorção de
nutrientes no intestino) ++ Húmus (rico em nutrientes fundamentais ao crescimento vegetal)

 Classificação e grupos (conforme a presença e quantidade de cerdas quitinosas):


- Achaeta (sanguessugas) -> Sem cerdas; monoicas, fecundação cruzada e externa e desenvolvimento
direto. Destaque para o parasitismo das sanguessugas e sua substância anticoagulante – hirudina.
- Oligochaeta (minhoca, minhocuçu) -> Poucas cerdas; monoicas, fecundação cruzada e externa e
desenvolvimento direto. Destaque para a AERAÇÃO (facilita circulação de ar e água) + FERTILIZAÇÃO
DO SOLO (adubação)
- Polichaeta (parapódios) -> Várias cerdas; Marinhos; parapódios; dioicos, fecundação externa e
desenvolvimento indireto
Artrópodes (maior filo) -> Características básicas: triblásticos, esquizocelomados, tubo digestório
completo, protostômios, simetria bilateral.
 Apomorfias e características avançadas: Metâmeros se fundem para gerar TAGMAS (ex: cabeça) ++
Apêndices Articulados +++ Exoesqueleto de Quitina (Polissacarídeo insolúvel em água = previne
desidratação, e auxilia na imunidade e na sustentação) +++ Muda/Ecdise (perde o exoesqueleto para
permitir o crescimento. Após crescer, um novo exoesqueleto é formado. Esse crescimento é representado
por uma escada no gráfico. Os hormônios que atuam no processão são: ecdisona -> muda e
metamorfose e juvenil -> inibe a metamorfose e a muda) ++ Sistema circulatório aberto (com hemolinfa e
sem pigmento respiratório)
Obs: Embora não seja exclusivo dos insetos, a AUTOTOMIA (mecanismo de automutilação em que o
organismo perde parte da cauda/abdome para não ser devorado)
 Importância: polinização + detritívoros + zooplâncton + vetores etiológicos + peçonhentos

 Classificação e grupos:

Aracnídeos (aranha, escorpião, ácaros, carrapatos) = Segmentação corporal em cefalotórax e abdome ++


Sem antenas, mas com QUELÍCERAS (auxiliam na alimentação e podem atuar inoculando veneno) ++ 4
pares de pernas ++ Respiração Filotraqueal ++ Excreção por glândulas coxais ++ desenvolvimento direto
ou indireto

Insetos (abelha, joaninha, mariposa, formiga) = Segmentação corporal em abdome, cabeça e tórax ++ 1
par de antenas e possibilidade de ASAS ++ 3 pares de pernas ++ Respiração traqueal = altíssima taxa
metabólica (É a própria traqueia quem transporta diretamente o O2, por isso a hemolinfa não transporte
oxigênio e não possui pigmento respiratório. Os espiráculos/orifícios laterais são as aberturas respiratórias
do sistema respiratório) ++ Excreção por túbulos de malphigi (Filtram a hemolinfa – fluído que armazena
excretas – armazenada na hemocele) ++ desenvolvimento direto ou indireto ++ Olho composto (conjunto
de homatídeos – olhos formadores de imagens. Permite um amplo campo visual, mas uma visão com
dificuldade em focalizar)

Obs: Classificação conforme o tipo de desenvolvimento dos insetos:

- Ametábolos (nenhuma metamorfose) = Desenvolvimento direto -> Do ovo, eclode um jovem similar ao
adulto, que vai crescendo. Ex: traça-do-livro

- Hemimetábolos (metamorfose parcial) = Desenvolvimento indireto, mas com metamorfose incompleta ->
Do ovo, eclode a ninfa = jovem parecido com adulto, mas incompleto, como a imaturidade sexual e a falta
de asas. Ex: Gafanhotos, baratas, grilos e percevejos

- Holometábolos (metamorfose total) = Desenvolvimento indireto e com metamorfose total -> Do ovo,
eclode uma LARVA, que se desenvolve em PUPA/CRISÁLIDA. Então, o inseto passa por modificações
até se tornar o inseto adulto (imago). Essa presença de larva é uma boa estratégia evolutiva, pois permite
o inseto ocupar mais nichos ecológicos e reduzir a competição intraespecífica. Ex: as borboletas, os
besouros, as moscas, os mosquitos, as
pulgas e as abelhas,
Crustáceos (ciri, lagosta, caranguejo, camarão) = Segmentação corporal em cefalotórax e abdome ++ 2
pares de antena ++ patas variáveis ++ Respiração Branquial ++ Excreção por glândulas verdes/antenais
++ dioico, fecunda externa, desenvolvimento indireto ++ Olho composto (conjunto de homatídeos – olhos
formadores de imagens. Permite um amplo campo visual, mas uma visão com dificuldade em focalizar).
Único em que o habitat aquático predomina. Nos outros predomina o terrestre.

Miriápodes (nome genérico: centopeia) -> Dividi-se em dois grupos:


Quilópodes (lacraia): Segmentação corporal em cabeça e tronco ++ 1 par CURTO de antenas ++ 1 par de
patas por segmento ++ Respiração traqueal ++ Excreção por túbulos de malpighi ++ desenvolvimento
direto

Diplópodes (centopeia, piolho de cobra) = Segmentação corporal em cabeça e tronco ++ 1 par LONGO
de antenas ++ 2 pares de patas por segmento ++ Respiração traqueal ++ Excreção por túbulos de
malpighi ++ desenvolvimento direto cabeça, tórax pequeno, abdômen longo.
Equinodermos (todos aquáticos. Ex: estrela-do-mar, ouriço-do-mar) -> Características básicas:
triblásticos, enterocelomados, tubo digestório completo, deuterostômios, simetria bilateral (larva) e radial
(adulto).
 Apomorfias e características avançadas: Corpo recoberto por espinhos +++ Endoesqueleto calcário
(sustentação + proteção) +++ Duofacetado (uma onde há a boca = oral e outra o ânus = aboral) +
Sistema digestório com Lanterna de Aristóteles (dentes que raspam e trituram o alimento) e digestão
extracelular +++ Sistema ambulacral = LOCOMOÇÃO (associado ao transporte de substâncias por meio
do líquido celomático + entrada de água pela placa madrepórica + locomoção por meio dos pés
ambulacrários) +++ Respiração branquial +++ Sistema nervoso pouco desenvolvido

 Reprodução: Assexuada (regeneração) x Sexuada (dioicos, fecundação externa e desenvolvimento


indireto)

 Classificação: Asteroidea () x Echinodeia () x Holothuroidea () x Crinoidea () x () Ophiuroidea ()


Dica: Na maioria dos equindermos, a boca (face oral) está voltada para o substrato, enquanto que o ânus
(face aboral) está na região oposta.
Cordados (porque possuem notocorda em alguma parte da vida) -> Características básicas: triblásticos,
enterocelomados, tubo digestório completo, deuterostômios, SEGEMENTAÇÃO CORPORAL
(METAMERIA).
 Apomorfias e características avançadas: Fendas Faringianas +++ Cauda pós-anal +++ Tubo nervoso
dorsal e Notocorda +++ Coluna vertebral +++ Endoesqueleto
 Classificação:
- Cefalocordados (anfioxo) -> Mantém as apomorfias dos cordados durante toda a vida. Acraniados,
notocorda permanece na idade adulta

- Urocordados/tunicados (ascídias -> sésseis, revestida por um “túnica”) -> Acraniados, notocorda na
cauda da larva,

- Vertebrados/craniados (peixes, anfíbios, répteis, aves, mamíferos) -> Com crânio e vértebras. Divide-se
em classes e superclasses: Peixes, Anfíbios, Répteis, Aves, Mamíferos
Obs: único filo a ter classes (aves e mamíferos) com capacidade de regulação térmica
(endotermia/homeotermia = taxa basal alta = precisa se alimentar bem para manter o metabolismo ->
Maior o animal = menor a taxa basal por kg, pois com um maior tamanho, a relação entre área e volume é
menor e há menor perda de calor em função da menor área da superfície corporal e do maior volume),
enquanto todo o resto é ectotérmico/pecilotérmico = taxa basal pequena = precisa do ambiente para se
aquecer/resfriar = em contrapartida, exige menos alimento para se manter)
- Classificação e grupos Tipos: Anastomados (Sem mandíbula. Ex: lampreia e peixe-bruxa) x
Gnastomados (com mandíbula):
 Peixes -> Apomorfias e características: Circulação fechada e simples (únicos) e bicavitários escamas,
nadadeira, LINHA LATERAL (detecta variações de pressão e temperatura na água) = COMUM AOS DOIS
GNASTOMADOS = mecanorreceptores (detecta movimentos MECÂNICOS na água. Ajuda os cardumes
a se locomoverem de maneira síncrona), e brânquias (desempenham papel importante na respiração e na
excreção)

o Osteíctes = esqueleto principalmente ósseos -> Amoniotélicos (podem excretar amônia porque bebem
água salgada para evitar a desidratação e obter sais minerais), OPÉRCULO (proteção - cobrindo
brânquias), com ÂNUS, BEXIGA NATATÓRIA = equilíbrio hidrostático (Auxilia a respiração branquial e
permite melhor flutuabilidade do peixe por causa da bolsa que acumula gases. Dica -> Ósseo = muito
denso = precisa de ajuda pra flutuar) fecundação externa, boca terminal/frontal (bem na extremidade. Ex:
sardinha), escamas de origem DÉRMICA e nadadeiras homocercas (simétricas, mesmo tamanho)
Obs: há alguns poucos peixes pulmonados (dipnoicos ex: pirarucu -> os peixes pulmonados são MAIS
ADAPTADOS a ambientes em que há POUCA OXIGENAÇÃO NA ÁGUA = LÊNTICO = ÁGUA PARADA =
LAGO = BAIXA OXIGENAÇÃO, pois a bexiga natatória supre o que as brânquias não fornecem de O2

o Condrictes = esqueleto principalmente cartilaginoso -> Ureotélicos (uremia fisiológica para evitarem
perda de água), ausência de opérculo (brânquias desprotegidas), com CLOACA, sem bexiga natatória
(precisam nadar ativamente para não afundar, mas possuem fígado capaz de armazenar óleos para
reduzir a densidade e permitir a flutuabilidade) VÁLVULA ESPIRAL (maior superfície de contato para
absorver nutrientes), AMPOLAS DE LORENZZINI = eletrorreceptores (detecta variações no campo
elétrico) fecundação interna e CLÁSPER (órgão copulatório), boca ventral (na parte do ventre. Ex:
tubarão), escamas placoides de origem epidérmica e nadadeiras heterocercas (diferentes tamanhos.
Dica: tubarões possuem várias nadadeiras de diferentes tamanhos)
Obs: cuidado ao comparar ambientes aquáticos: LÓTICO = RIO (ÁGUA CORRENTE) X LÊNTICO
(LENTO = ÁGUA PARADA = MENOR OXIGENAÇÃO) X ABISSAL (EXTREMAMENTE PROFUNDO,
ONDE POUCA LUZ ALCANÇA. GERALMENTE TEM PEIXES CEGOS)
Obs: Piracema = Subida do rio realizada por alguns peixes -> Fundamental para a reprodução, pois há
queima de gordura e ativação hormonal. Consideravelmente prejudicado pelas HIDRELÉTRICAS
(obstruem o percurso de migração dos peixes), o que exige algumas interferências antrópicas como:
transposição de peixes.

 Anfíbios (excelentes bioindicadores devido a sua sensibilidade cutânea ou pele permeável na fase
larvla)
- Apomorfias e características avançadas: Primeiros a ocupar (mas não conquistar) o ambiente terrestre
(Isso ocorre por causa da respiração pulmonar primitiva e das Nadadeiras modificadas, articuladas ao
esqueleto, capazes de permitir sua locomoção em terra) ++ tricavitários, circulação fechada e incompleta
++ Pele fina, úmida, permeável e dependente de água ++ Fecundação geralmente externa
(DEPENDENTE DE ÁGUA), com somente saco vitelínico e com várias espécies capazes de realizar
metamorfose (ovos sem casca = MUITO MAIS VULNERÁVEIS = ambientes limitados, larva = aquática e
adulto = terrestre) ++ respiração pulmonar e cutânea ++ Alguns são venenosos

- Classificação e grupos:

Anura (anuros) = adultos sem cauda e 4 patas (sapos, rãs), com todos dioicos e capazes de realizar
metaformose (larva terá respiração branquial e cauda, mas isso será perdido pela ação dos lisossomos e
das enzimas digestivas, que promovem a autólise das células da cauda)

Urodela (urodelos) = adultos com caudas (salamandras, tritões), com todos dioicos, alguns com
fecundação externa e outros com interna, maioria sem metamorfose, mas alguns com

Obs: algumas espécies, como algumas salamandras, os indivíduos são capazes de neotenia -> Não se
completa a metamorfose e são retidas características larvais, embora um adulto maduro sexualmente seja
formado.
Apoda (ápodes) = sem pés (cecília), com todos dioicos, fecundação interna e desenvolvimento direto

 Répteis (amoniotas) -> Pele queratinizada e impermeável (conquista definitiva do ambiente terrestre) +
+ Fecundação interna, dioicos, desenvolvimento direto e ovo amniótico com casca calcária (como envolve
o embrião e protege-o da desidratação/choques mecânicos, também favoreceu na conquista do ambiente
terrestre), tricavitários, circulação fechada, mas incompleta

- Classificação e grupos:

Testudines (quelônios) = com carapaça óssea queratinizada (casco) (Tartaruga e cágado = aquáticos e
jabuti =terrestre)

Squamata (escamados) = com escamas (lagartos e serpentes) e alguns possuem língua bífida (recolhe
compostos no ar para serem analisados em receptores olfativas)

o Serpentes = desprovidas de patas ++ Podem ser peçonhentas = capazes de inocular veneno) ++


fosseta loreal = presente na maioria das peçonhentas, menos na coral verdadeira (emite radiação
infravermelha, permitindo identificar animais homeotérmicos com maior facilidade = detecta calor). Podem
ser divididas conforme a posição da presa e o número de dentes, o que é útil para decidir qual soro
aplicar

Crocodilia (crocodilianos) = jacarés (tricavitário com septo de sabatier), crocodilos (tetracavitário com
forame de panzanni), gavial
 Aves (amoniotas) -> Apormofias e caracterísitcas: Endotermia (permite a manutenção de um alto
metabolismo necessário para o voo), Penas (termorregulação, camuflagem e auxiliam no voo), “pele”
queratinizada, glândula uropigiana (única glândula das aves e responsável por auxiliar na hidratação da
pele secretando óleo impermebealizante), ossos pneumáticos (ocos e, portanto, armazenam ar =
conferem leveza), sacos aéreos (auxiliam o sistema respiratório, armazenam ar = conferem leveza às
aves e atuam, também, na termorregulação), papo (armazena e umidifica alimento), proventrículo
(secreta suco gástrico) e moela = estômago mecânico, porque não possuem dentes (tritura alimento com
auxílio de pedras), cloaca (elimina fezes e também tem função reprodutória), vocalização (mediante a
Siringe), ausência de bexiga urinária, fecundação interna, ovíparos, dioicos e com desenvolvimento direto,
algumas com glândulas de sal (retiram o excesso de sal. Comum às aves marinhas).

- Classificação e grupos: Carinatas (dotadas de quilha e músculos peitorais desenvolvidos) e Ratitas (não
voam)
 Mamíferos (amoniotas) -> Apomorfias e características avançadas: Hemácias anucleadas (com vida
curta, mas mais eficientes), pelos (termorregulação e proteção), glândulas sebáceas (produzem secreção
impermeabilizante), sudoríparas (produzem suor para regulação térmica) e mamárias (produzem leite),
diafragma + Hibernação (além de reduzir as taxas metabólicas, reduz consideravelmente a temperatura
corporal. No entanto, sem essa adaptação, quanto mais frio, maior a RESPIRAÇÃO de um mamífero) +
Tamanho X Temperatura x Alimentação X METABOLISMO (mamíferos são homeotérmicos/endotérmicos,
o que permite que eles ocupem mais nichos ecológicos, porém, isso vem ao custo de MAIOR
ALIMENTAÇÃO e seu tamanho interferindo na relação Área/Volume -> Animais pequenos tem MENOR
VOLUME, logo tem maior “razão” quando comparado aos maiores, o que facilita a DISPERSÃO DE
CALOR, consequentemente exigindo MAIOR METABOLISMO -> Animais menores tem maior
metabolismo se comparado com animais maiores) + Ruminantes (capazes de digerir celulose porque
possuem bactérias responsáveis por produzir celulase)

- Classificação e grupos: Monotremados/prototérios (ovíparos que colocam ovos, não tem dentes, tem
cloaca em vez de ânus e tem glândula mamária (sem mamilo) e pelos, mas sem placenta. Ex:
ornitorrinco) / Marsupiais/metatérios (com bolsa – marsúpio – para que os bebês terminem seu
desenvolvimento e glândula mamária. A gestação é curta, mas a amamentação é longa) /
Eutérios/placentários (Possuem placenta (origem embrionária mista = alontocórion), que nutre, fornece
anticorpos e oxigênio para o embrião. O período de gestão é mais longo e relativamente parecido com o
de amamentação)

 Fungos:
- Características: unicelulares (ex: levedura) ou pluricelulares (ex: cogumelos = basidiomiceto) +++
Eucariontes +++ Incapazes de fazer fotossíntese (heterótrofos com, na maioria das vezes, digestão
extracorpórea) +++ presença de parede celular (de quitina = polissacarídeo) +++ armazenamento de
energia na forma de glicogênio ++ simbiontes (importe papel ecológico) +++ SEM NENHUMA FASE
MÓVEL (sésseis)
- Importância econômica: Alimento (ex: basidiomicetos) // Fermentação de queijos // Fermentação
alcóolica de pães e bolos (leveduras, unicelulares, mas com capacidade de fazer reprodução sexuada) //
Medicamentos (ex: penicilina, produzida por ascomicetos com corpo de frutificação)
- Importância ecológica: Doenças (micoses, doenças oportunistas como candidíase, Histoplasmose) //
Bioindicadores, biorremediadores e controle biológico // Decompositores (auxiliam na cliclagem de
matéria orgânica) // Líquens = base das cadeias alimentares e importantes pioneiros na sucessão
ecológica (associação mutualística entre fungos e algas -> As algas (fotobiontes) fornecem matéria
orgânica proveniente da fotossíntese e os fungos (micobiontes) favorecem a absorção de água e sais
minerais e auxiliam na conservação e defesa dos fotobiontes) // Micorrizas = presente na maior parte dos
tipos de vegetais (associação mutualística entre fungos e plantas -> As plantas (fotobiontes) fornecem
matéria orgânica (aminoácidos e carboidratos) para o micobionte que, em contrapartida, aumenta a
superfície de absorção de água e sais minerais e pode produzir substâncias que favorecem o crescimento
e a defesa da planta. Além disso, as micorrizas desempenham papel fundamental na comunicação da
planta com o resto do ambiente, permitindo, inclusive, o transporte de nutrientes)
- Estrutura do corpo: A maioria dos fungos é PLURICELULAR e não possuem tecidos diferenciados, mas,
sim, filamentos tubulares de rápido crescimento: as HIFAS
 Hifas (nutrição, fixação, digestão, reprodução) -> Filamentos tubulares que desempenham inúmero
papéis. Podem ser: Cenocítica (com os núcleos não segmentados ao longo da hifa) x Septadas (com os
núcleo segmentados = separados)

 Micélio (conjunto de hifas) -> Pode ser classificado em: Micélio Vegatativo (responsável pela nutrição e
crescimento. A digestão extracorpórea ocorre por meio da liberação de enzimas que degradam a matéria
orgânica e a posterior absorção dos produtos dessa reação.) x Micélio Reprodutivo = Corpo de
Frutificação (responsável pela reprodução por meio da produção de esporos. Sua retirada, como retirar o
cogumelo, não mata o fungo, a não ser que o micélio vegetativo morra)

- Reprodução: Assexuada (Esporulação = formação de esporos por mitose X Fragmentação do micélio x


Brotamento)
 Sexuada (do basidiomiceto = cogumelo convencional) -> Micélio Reprodutivo produz esporos ->
Esporos são dispersos enquanto os corpos de frutificação são decompostos, mas os micélios vegetativos
permanecem vivos -> Esporo encontra ambiente adequado e favorável para germinar -> Hifas
monocarióticas (n) se formam, se espalham e se fundem com outras hifas monocarióticas de fungos da
mesma espécie, mas tipos genéticos diferentes -> Ocorre a plasmogamia (fusão dos citoplasmas) e
formam-se hifas dicarióticas (n + n) -> Quando o ambiente se mostra favorável (úmido, com
disponibilidade adequada de nutrientes), o micélio dicariótico forma o micélio vegetativo (corpo de
frutificação) e, em suas lamelas, ocorre a cariogamia (fusão dos núcleos/cariotecas) e a formação do
zigoto (2n) -> Zigoto sofre meiose e gera 4 esporos

- Classificações: basidiomicetos (pluri, hifas septadas e com corpo de frutificação que forma cogumelos;
realizam plasmogamia (fusão dos citoplasmas) e cariogamia (fusão dos núcleos) x Ascomicetos
(uni/pluri, hifa septada e com corpo de frutificação em forma de taça; gera a penicilina, fermento) x
Zigomicetos (pluri de hifas cenóticas e sem corpo de frutificação; é o bolor do pão) x Quitridiomicetos
(únicos flagelados e majoritariamente aquáticos e também considerados protistas, por serem primitivos)
 Algas = protistas = Uni/Pluri, mas eucariontes + parede celular + cloroplastos e pigmentos variados ((a,
b, c e d), carotenoides e ficobilinas) + reservada energética variável (amido, óleos, laminarina e
paramilo.).

Por que algas não são plantas? Não possuem embrião protegido. Cuidado com o fato de não terem
órgãos verdadeiros, pois briófitas também não tem (só tecidos verdadeiros).

- Relevância ecológica: fitoplâncton, bioindicadores, biorremediação, produção de matéria prima útil como
ágar e fotossíntese (MAIORES PRODUTORAS DE O2 DO MUNDO)

 Maré vermelha (proliferação de algas (decorrente de alterações ambientais e, principalmente,


eutrofização) unicelulares chamadas de DINOFLAGELADAS = PIRRÓFITAS que liberam toxinas para a
fauna local)
 Diatomácea = Bacillariophyta (Sua parede celular de sílica+proteínas é importante para a economia, é
altamente fotossintética, compõe o fitoplâncton e é fundamental para sustentação do ambiente marinho
por causa do diatomito)
 Zooxantelas (são o que colore os corais e os ajuda a manter vivos por meio da relação mutualística)
 Líquens
- Reprodução pode ser sexuada ou assexuada
- Tipos e classificação das algas
- Ciclo reprodutivo dos animais e algumas algas: é o clássico do ser humano. Meiose gamética, com óvulo
e espermatozoide formando o zigoto e esse se desenvolve e perpetua o ciclo -> Ciclo Haplobionte
(apenas uma fase adulta) Diplonte (adulto 2n)

- Ciclo Reprodutivo de algas haploides: Indivíduo haploide (n) faz mitose e as células se unem, formando
um zigoto (2n). Esse zigoto faz meiose zigótica e gera esporos (n), que se desenvolvem em um indivíduo
(n), -> Ciclo Haplobionte (apenas uma fase adulta) Haplônico/Haplonte (adulto é n)
- Ciclo das Plantas (todas) e de algumas algas (metagênese = alternância de gerações = diplobionte ->
duas fases adultas, uma n (gametófito) e outra 2n (esporótifo))
Nas plantas temos: Gametófito (n), produzida em estruturas denominadas gametângios e que gera
gametas (por mitose ), que se unem para formar o esporófito (2n), que possui esporângios para produzir
outros esporos (por meiose espórica), que geram gametófitos por mitose. Obs: gameta Masculino =
anterozoide e feminino = oosfera
Obs: fungos -> Cogumelos pertencem à classe Basidiomicetos. O corpo de frutificação de um cogumelo é
a parte que fica para fora do substrato. Ele forma um chapéu com lamelas, em cujas laterais há
esporângios (basídios), que produzem esporos por meiose. Há esporos (+) e esporos (–) que, liberados
pelo cogumelo, podem cair em um substrato com matéria orgânica e umidade. Cada esporo germina e
produz um micélio, formado por hifas. Esporo (+) gera micélio (+) e esporo (–) produz micélio (–). Esses
dois tipos de micélio são compatíveis e se fundem, formando um micélio dotado de hifas binucleadas, isto
é, com um núcleo (+) e outro (–), sendo que cada núcleo é haploide. As hifas binucleadas geram o corpo
de frutificação. Nas lamelas, algumas hifas formam basídios. Ocorre a fusão de dois núcleos (+ e –),
gerando um núcleo diploide, que sofre meiose, produzindo quatro esporos haploides, fechando o ciclo.
Como se vê, o cogumelo tem alternância de gerações, com hifas uninucleadadas e hifas binucleadas,
apresentando ainda meiose espórica. Assim, seu ciclo é do tipo diplobionte.

* Botânica
 Classificação, características gerais e ciclos reprodutivos:
- Características compartilhadas: Parede celular, fotossíntese (e clorofila a e b), vacúolo, amido como
reserva, COM TECIDOS E EMBRIÃO PROTEGIDO (o que confere a distinção perante as algas). Órgãos
vegetativos (raiz, caule e folhas) x Reprodutivos (flor, fruto, semente)
- Classificação: Quanto à vascularidade -> Briófitas (avasculares) x Traqueófitas (vasculares = resto) ///
Quanto ao embrião -> Espermatófitas/Fanerógamas (fânero = evidente = com semente = gimnospermas e
angiospermas) x Criptógamas (cripto = escondido = sem semente = briófitas e pteridófitas)
- Briófitas (musgos e hepáticas)
 Apomorfias e características: Avasculares (sem vasos condutores = ocorre por DIFUSÃO célula a
célula) + Porte reduzido (justamente pela lentidão de condução da seiva) + “proto”tecidos (rizoide,
cauloide, filoide) + habitam ambientes úmidos ou de água doce + não há espécies marinhas + dependem
de água para reprodução (como os anfíbios)
 Ciclo Reprodutivo dominante (gametófito): Protonema origina o: Gametófito (n, que é envolvido por
caliptra e opérculo – ambas “capas” - até o amadurecimento) -> Caule do adulto contendo gametângios
(n) -> anterídio = forma anterozoides (n) e arquegônio = oosferas (n) -> Anterozoides dependem de água
para fecundação (oogamia) -> Fecundação -> Zigoto (2n) -> Embrião -> Esporófito REDUZIDO e
dependente do gametófito para nutrientes (2n) -> Esporângio (2n) -> Esporos (n) produzidos e dispersos
pelo ar -> Condições ideias para germinação -> Protonema (n, que contém vários gametófitos)

Obs: as briófitas também podem se reproduzir por propágulos (pedacinhos de briófitas)

Obs: as briófitas possuem os gametófitos vinculados aos esporófitos


- Pteridófitas (samambaias, xaxim, avenca, cavalinha)
 Apomorfias e características: Vasculares (permite um tamanho maior = maior produção de oxigênio) +
tecidos verdadeiros (raiz, caule = rizoma e folhas) + soros + dependem de água para reprodução
(oogamia)
 Ciclo Reprodutivo dominante (esporófito): Gametófito/Prótalo = gametófito avascular haplóide, efêmero,
que origina gametângios (n, frágil, clorofiliado, AVASCULAR e com RIZOIDES) -> Anterídios e
Arquegônios em sua parte inferior -> Anterozoide nada até a oosfera (oogamia) -> Zigoto (2n) -> Embrião
-> Esporófito (2n, dominante e MAIS desenvolvida)  Folha (báculo) -> Contém FOLÍOLOS, que contém
SOROS, que contém Esporângios -> Esporângio (2n) -> Esporos (n) -> Gametófito jovem = protalo->
Gametófito adulto
Obs: As samambaias se diferenciam por terem os SOROS, que são estruturas que contém os
esporângios.
Obs: os rizomas, se cultivados sem interagir com outros órgãos reprodutivos, formaram clones das
plantinhas.
Obs: Tanto briófitas quanto pteridófitas são ISOSPORIAS/HOMOSPORAS, ou seja, produzem esporos de
só um tipo de e ambas são MONOICAS.
- Gimnospermas (pinheiro, sequoia, cipreste, araucárias)
 Apomorfias e características: sementes (amplia os ambientes que elas podem chegar) + tubo polínico
(completa independência de água para a reprodução = conquista definitiva do ambiente terrestre) +
tecidos verdadeiros
 Ciclo Reprodutivo dominante (esporófito = pinhão adulto propriamente dito): Esporófito (2n, pinhão
adulto) abriga o ESTRÓBILO (que guarda os esporângios) feminino (megaestróbilo) e o masculino
(microstróbilo) -> Formam-se esporos (n) que sofrem mitose e geram: Gametófito/prótalo (n, produzido no
interior do estróbilo) -> Produz gametas, que fecundam -> Embrião (2n, agora no interior da semente, que
possui tegumento e endosperma) -> Germina nas condições adequadas -> Pinheiro = Esporófito (2n, e é
dotado de estróbilos) -> Dentro do Megastróbilos (2n) são produzidos, por meiose, esporos femininos
(megásporos = maiores) e masculinos (micrósporos) -> Isso é heterosporia (forma-se dois tipos de
esporos) -> Agora, o micrósporo gera o GRÂO DE PÓLEN (transportado pelo vento = ANEMOFILIA) =
microprótalo = gametófito masculino e o megásporo gera um SACO EMBRIONÁRIO = óvulo imaturo =
megaprotalo = (outros 3 óvulos degeneram), que possui tegumento e abertura chamada de micróplia ->
Esse óvulo se desenvolve por mitose e gera um gametófito feminino, que contém tegumento e oosfera ->
Na fecundação, o grão de pólen (masculino) ultrapassa a micróplia, cresce, se desenvolve e forma o
TUBO POLÍNICO (Como não depende de água = sifonogamia, muito mais adaptada ao ambiente
terrestre que a oogamia) -> Fecundação feita, forma-se a semente (óvulo fecundado e desenvolvido),
onde o zigoto vira embrião e o gametófito feminino se torna endosperma (n, nas gimnospermas, e reserva
nutritiva) e tudo é revestido pelo tegumento (2n) -> Semente (pinhão) germina -> Esporófito (pinhão
adulto, que é DIOICO)

- Sementes das gimnospermas (semente = óvulo fecundado) -> Formada por fecundação simples:
embrião (2n) + endosperma (n, formado a partir de um dos óvulos e é quem contém as reservas
nutritivas) e um tegumento (2n, proteção da semente). Há diferenças em comparação às angiospermas.
Obs: as GIMNOSPERMAS SÃO DIOICAS e são DEPENDENTES DO VENTO = MENOS AMBIENTES
QUE PODEM ALCANÇAR.
- Angiospermas
 Apomorfias e características: Frutos e Flores + vasculares + tubo polínico + dupla fecundação (1
gameta masculino (núcleo espermático) gerado no tubo polínico fecunda um óvulo, gerando o zigoto e
outros dois óvulos se unem entre si e com outro núcleo espermático, gerando o endosperma -> daí a
diferença no cariótipo das estruturas da semente das angio x gimno)
 - Flores (reprodução, dispersão): Partes -> Pedúnculo (conecta a flor ao resto da planta) + Receptáculo
Floral = Constituído por:
- Cálice (conjunto de sépalas = geralmente verdes e que protegem as estruturas reprodutoras)
- Corola (conjunto de pétalas = geralmente coloridas e que protegem os elementos reprodutores, além de
terem odor = atraem polinizadores)
- Perianto (cálice + corola) -> pode ser perigônio (se houverem as tépalas = sépalas parecidas com as
pétalas)
- Androceu (parte masculina = formada pelo conjunto de ESTAMES) -> Estame = formado por filete
(filamento) + antera (arredondado, que produz GRÃO DE PÓLEN = gametófito masculino)
- Gineceu (parte feminina = formada por um ou mais PISTILO/CARPELO) -> Pistilo = formado por estilete
(alongado) + estigma (recebe o pólen) + ovário (contém um ou mais óvulos, que por sua vez possui a
oosfera)
- Tipos de flores: Quanto a disposição de estames e pistilo: Monóclina (hermafrodita, com pistilo e
estames) x Diclina (1 sexo, com estame ou pistilo) x Homoclamídea (quando pétala e sépala se parecem).
Quanto a disposição das sépalas, pétalas e estames: epígina (ACIMA do ovário) x hipógina (ABAIXO do
ovário)
Obs: O FRIO (vernalização) e a LUZ (fotoperiodismo, auxiliado por fitocromos azuis -> ativados por luz e
inativados por ausência de luz) são os principais fatores que influenciam a floração.
Obs: mecanismos que impedem a autofecundação: Dicopatria/Dicogamia protogínea = maturação do
androceu e do gineceu em épocas diferentes para reduzir a autofecundação /// Hercogamia = Barreira
física impede a fecundação /// Autoimcompatibilidade = incompatibilidade genética entre os próprios
gametas /// Heterostilia = pistilo é maior do que os estames na mesma flor.

- Polinização (transporte grão de pólen ao estigma) -> Formas de dispersão de pólen e sementes: Coria
(sementes) x Filia (pólen), onde ambas podem ser zoo (flor perde alguma coisa e animal ganha algo –
néctar, nutrientes -, mas o transporte é direcionado e, portanto, com MAIOR SUCESSO REPRODUTIVO
+ FECUNDAÇÃO CRUZADA = variabilidade genética -> animais -> quiróptio = morcegos = se alimentam
de néctar e não enxergam, portanto, sua plantas não produzem flores coloridas = não gasta com
pigmentação // ornito = aves // entemo = insetos -> as plantas tem néctar abundante e pólen pegajoso) /
anemo (vento; exige antera grande; flores geralmente sem odor e outros atrativos; menos eficiente, sem
direção, porém a flor não perde nada) / artificial (homem)
Obs: não se esqueça do odor, que também é um fator de atração de polinizadores. E da inflorescência,
que é quando várias flores formam 1.
- Fruto/pericarpo (ovário desenvolvido; proteção da semente, facilitar a dispersão = menor competição).
Partes: endocarpo (semente) /// epicarpo (casca) /// mesocarpo (parte suculenta, mas cabe ressaltar que
existem frutos secos = sem suculência, como as leguminosas). Tipos: Se for fruto carnoso -> baga
(sementes espalhadas = laranja) x drupa (sementes no caroço = pêssego) OU Se for fruto seco ->
Indeiscente (não se abrem) x DEISCENTES (Abrem quando se amadurecem)
Obs: “Fenômenos” dos frutos: pseudofruto (parece fruto, mas não tem origem no ovário. Origem
geralmente é do receptáculo floral ou do pedúnculo. Ex: morango, maçã, pera) /// partenocarpia (fruto sem
sementes. Auxina e giberilina atuam nisso) /// infrutescência (aglomerado de frutos = frutos múltiplos. Ex: )
 Ciclo Reprodutivo dominante (esporófito = planta adulta, mas a reprodução propriamente dita ocorre na
flor): Esporófito (2n) -> Flor (2n) -> Estame (o, antera, na verdade) tem microsporângios, que formam os
grãos de pólen (micrósporos) e o pistilo (o ovário, na verdade) tem megasporângios, que formam os
óvulos (megásporo) + 2 tegumentos (2n) + endosperma (3n) -> Polinização -> Pólen chega ao estigma,
modificando-se em TUBO POLÍNICO (núcleo vegetativo) e dois núcleos gaméticos (os gametas
masculinos propriamente ditos) -> Semente formada, com embrião, 2 tegumentos e endosperma
- Sementes das angiospermas (semente = óvulo fecundado) -> Formada por fecundação dupla: embrião
(2n = igual às gimnospermas) + endosperma (3n, formado a partir de um dos óvulos e é quem contém as
reservas nutritivas) e dois tegumentos (2n, proteção da semente). Note como são diferentes das
gimnospermas.
Obs: Não esqueça que são HETEROSPORIAS (esporos com sexo), como as gimnospermas e
apresentam SIFONOGAMIA (independência de água para reprodução, graças ao tubo polínico), também
como as gimnospermas

.
 Divisão (quanto as cotilédones = folhas modificadas com capacidade de reserva): Monocotiledôneas =
germinação hipógea (milho, bananeiras, palmeiras, bromélias, orquídeas, lírio e gramíneas -> cana,
capim, sereais.) x dicotiledôneas = germinação epígea (mamona, feijão)
Histologia e fisiologia vegetal
- Grandes Grupos: Tecidos Meristemáticos (sofrem intenso crescimento mitótico e formam os tecidos
permanentes através de sua diferenciação) e Tecidos Permanentes -> condução (xilema e floema),
revestimento (epiderme e súber), sustentação (xilema, através do cerne, colênquima = flexível e
esclerênquima = rígido e próximo aos vasos condutores) e parênquimas.
 Meristemáticos (mitose e “células tronco das plantas”) -> Encontrados em regiões APICAIS e
Compostos de núcleo, parede celular e vacúolo, os tecidos meristemáticos também podem crescer e se
diferenciar (portanto, se especializar) por estímulo hormonal. Tipo -> Meristema Primário (Composto por
células indiferenciadas; responsáveis pelo Crescimento Longitudinal -> Protoderme (Gera a Epiderme) x
Procambio (Gera Floema e Xilema primários) x Meristema Fundamental (Gera parênquima,
esclerênquima e colênquima) x Secundário (Composto por células que sofreram desdiferenciação – célula
diferenciada se divide e as células filhas se assemelham às células meristemáticas – responsáveis pelo
crescimento em circunferência. Ex: Câmbio Vascular (Interno; forma os vasos condutores – xilema e
floema.) e Felogênio (Externo; forma súber e feloderma, compondo a periderme)
 Parênquimas (preenchimento e com as mais diversas funções) -> Tipos: Parênquima Aquífero
(armazena água. Ex: Cactos), Aerífero (armazena Ar. Ex: plantas aquáticas), Amilífero (armazena amido.
Ex: mandioca), Clorofiliano (realiza a fotossíntese)

- Nutrição:
 Orgânica (fotossíntese): Folha -> Característica geral: delgada (facilita difusão de gases) e Superfície
ampla (maior captação de luz). Constituída de Epiderme + Parênquima Clorofiliano + Vasos Condutores +
Colênquima e Esclerênquima, sendo que os 3 últimos fazem parte das chamadas Nervuras (com função
condutora e sustentadora). Tem pecíolo (liga a folha ao caule), bainha (parte basal do pecíolo conectada
ao caule) e também lâmina e estípulas. A epiderme está presente na face inferior e superior, além de
incluir estômatos, hidatódios e uma cutícula impermeabilizante. O MESÓFILO corresponde aos tecidos
entre essas 2 camadas de epiderme.

OBs: Modificação foliar principal = ESPINHOS (vasculares, evitam perda de água, proteção, não fazem
fotossíntese e DIFICIL DE DESTACAR. Ex: cactos). Cuidado para não confundir com acúleos.
Obs: Folhas Completas (Tem nervura, bainha, pecíolo, lâmina e estípula x Incompletas (não tem um ou
mais dos 5 componentes)
 Inorgânica (minerais): Principais nutrientes: CHONPS + K + MG (macro) e BClCuFeMnZn (micro).
Como ocorre a absorção? Através dos pelos absorventes das raízes, estômatos e micorrizas (associação
mutualística entre fungos e plantas) Os que não são abundantes são os NPK (o que pede
adubação/fertilização da terra). Os adubos orgânicos (melhoram a textura do solo = maior retenção de
água) usam restos mortais e bactérias decompositoras para que as plantas absorvam os produtos,
enquanto que os artificias já possuem o conteúdo pronto.
Obs: Plantas não absorvem nutrientes (NITROGÊNIO E SAIS MINEIRAIS) diretamente do solo QUANDO
ELE É MUITO POBRE -> É por isso que existem plantas carnívoras em solos muito pobres, pois, apesar
da fotossíntese, precisam comer insetos para obter seus devidos minerais e aminoácidos
- Caule -> Armazena alimentos, Revestido de epiderme, com vasos condutores e, quando jovem, com
parênquima clorofiliano. A diferença se dá nas angiospermas -> Monocotiledôneas (caule com estrutura
primária; revestido apenas de epiderme; Feixes lenhosos e liberenhosos acompanhados de
esclerênquima e dispostos de maneira DIFUSA) x Dicotiledôneas e Gimnospermas (Com estrutura
primária, epiderme e esclerênquima, mas com vasos condutores REGULARES + CÂMBIO e
FELOGÊNIO, que permitem crescimento secundário). Tipos de caule: Aéreo (eretos, trepadores,
rastejantes) // Aquático // Subterrâneo (rizoma, tubérculo, bulbo)
Obs: Tipos de Caule -> Carnoso/Suculento (Armazena ÁGUA = parênquimaa aquífero bem desenvolvido.
Ex: Cactos) /// Rizóforo/Rizoma (Geotropismo positivo. Ex: bananeira) /// Arbóreo/Tronco (Lenhoso = com
madeira, resistente e com eixo principal evidente) /// Epífito (Utilizado para usar outras plantas como
suporte e não tem suas raízes em contato com o chão) /// Herbáceo (não lenhoso, frágil e clorofiliado =
com parênquima clorofiliano = faz fotossíntese) /// Arbustivo (Lenhoso, mas não há caule principal
evidente) /// Aquáticos (Aquático, tenros, clorofiliados e capazes de armazenar ar = parênquima aéreo) ///
Tubérculo (Armazena subststâncias, principalmente amido = parênquima amilífero bem desenvolvido. Ex:
inhame e batata-inglesa) /// Bulbo (subterrâneo, e com folhas modificadas para armazenar amido. Ex:
cebola) /// Estipe (com nós e entrenós bem desenvolvidos, mas com folhas somente no ápice. Ex:
coqueiro) /// Lianas (caules de plantas trepadeiras que germinam no solo e crescem apoiadas em outras
árvores em busca de luz e sustentação)
Obs: modificação caulinar -> ACÚLEO (projeções do córtex e epiderme = avasculares, proteção,
FACILMENTE destacável. Ex: rosas) -> não confunda com espinhos, que são folhas
- Raiz -> Estrutura (da base para a região apical): 1) Coifa/caliptra (Na região apical; PROTEGE a zona
meristemática, Lubrifica a raiz e auxilia os tipos de raiz especiais) 2) Zona
Meristemática/divisão/proliferação (Acima da coifa = subapical; Apresenta meristemas primários e é uma
região com alta atividade mitótica) 3) Zona Lisa/Elongação (Acima da Meristemática; Com meristemas
primários e é quem promove o crescimento longitudinal) 4) Zona Pilífera/Diferenciação/Absorção (Acima
da Lisa; Zona de absorção de água e sais mineirais através dos pelos absorventes e é onde COMEÇAM
os TECIDOS ADULTOS PRIMÁRIOS -> Protoderme = Epiderme ++ Meristema Fundamental =
Esclerêquima, Corênquima e Parênquima ++ Procâmbio = Xilema e Floema primários) 5) Zona
Suberosa/Ramificação (Parte anterior ao colo – região de transição entre o caule e a raiz - e caule e a
mais antiga e extensa; Diferenciação do parênquima em meristemas secundários = câmbio e felogênio e
destes em TECIDOS ADULTOS SECUNDÁRIOS = súber e floema/xilema secundários; Por ter súber, é
impermeável e é dela de onde partem as raízes secundárias)
Obs: Corte Transversal na Zona Pilífera (pois já tem tecidos diferenciados): Observa-se duas estruturas:
Casca (epiderme – com pelos absorventes, córtex – parênquima, esclerênquima, colênquima – e
endoderme – regula o fluxo de íons em direção ao xilema e tem reforços de suberina = Estrias de
Caspary, que impede a via apoplasta do xilema, obrigando a água a passar pelas células = simplasta) e
Cilindro Central (medula = parênquima central, vasos condutores, esclerênquima e periciclo = células
meristemáticas que separaram córtex e medula e geram raízes secundárias = ramificação ENDÓGENA
enquanto que as EXÓGENAS são originadas das gemas laterais = caule)

Obs: Divisão das raízes: Pivotante/Axial (Dicotiledôneas e Gimnospermas; Há raiz principal de onde saem
secundárias; Muito úteis para solos profundos ou com escassez de água superficial, pois tem grande
crescimento em profundidade) x Fasciculado/cabeleira (Monocotiledôneas; Não há raiz principal e todas
são adventícias (saem do caule); Não tem grande crescimento no quesito profundidade, mas sim em
superfície, favorecendo solos rasos com bom potencial hídrico. Também ajudam combater a erosão)

Obs: Tipos especiais -> Tuberosas (modificadas para armazenar amido) /// Tabulares (aéreas, achatadas
e com função de sustentação) /// Pneumatóforas (Multiestratificadas e diferentes, pois tem geotropismo
NEGATIVO e PNEUMATÓDIOS, para trocas gasosas. Presentes em plantas de mangues) /// Escora
(Adventícias – derivadas de caules ou ramos e com papel de sustentação, mas em solos INSTÁVEIS) ///
Grampiformes (Adventícias e com função de fixação) /// Cinturas -> bromélias/orquídeas (Se enrolam em
certo suporte, como no caso das epífitas, que na verdade não são parasitas e possuem velame, para
guarda água) /// Sugadoras (parasitas) -> Hemiparasita -> (sugam xilema de outras plantas) x
Holoparasitas -> cipó-chumbo (sugam floema de outras plantas porque são incapazes de fazer
fotossíntese) /// Aquáticas (geralmente sem pelos absorventes e com coifa dupla e bem desenvolvida
para proteção contra microorganismos)
- Secreção -> Principais parênquimas secretores : Nectários (Encontrados principalmente em flores,
secretam néctar = líquido adocicado utilizado como alimento por animais, portanto, é um atrator de
polinizadores, mas também pode ter função de defesa) /// Canais Resiníferos (Encontrados em troncos e
caules de GIMNOSPERMAS, produzem Resina = protege a planta contra insetos e decompositores) ///
Laticíferos (Encontrados no interior das plantas, secretam Látex = borracha, que nada mais é do que uma
substância COAGULANTE para fechar ferimentos da planta, e repelente (é tóxico)

Obs: Resina endurecida PODE gerar âmbar, mas ela NÃO É âmbar.

- Tecidos de Revestimento (respiração, proteção, secreção, absorção...)


 Epiderme (delgada e viva) -> Geralmente aclorofiliadas, achatadas, onduladas e com camada única
(tem suas exceções). Ela pode ser recoberta por uma cutícula impermeável (feita de cera ou cutina) para
impedir trocas gasosas ou perda de água. A epiderme também apresenta estruturas como pelos (como os
absorventes nas raízes ou os tricomas (absorção e proteção térmica), que também evitam a perda de
água), estômatos (trocas gasosas) e acúleos (aglomerado de células PONTIAGUDO com função
PROTETORA, como no caso de rosas)
 Súber (espesso e morto) -> Camada mais externa, presente nos caules e raízes de plantas com
crescimento em circunferência. Formado através do felogênio (meristema secundário) e compõe a
periderme junto deste e da feloderme. Seu principal componente é a SUBERINA (impermeável e é quem
isola o súber dos vasos condutores, matando-o) e ele não possui citoplasma, núcleo ou membrana
plasmática, além de ser CHEIO DE AR (que contribui para, além da proteção, para o isolamento térmico).
Eles também possuem LENTICELAS para trocas gasosas com a atmosfera e são os que dão origem às
ROLHAS/CORTIÇAS.

- Trocas Gasosas:
 Estômatos: Constituído por células-anexas (bombardeio sódio para abrir e fechar o estômato), células-
guarda (com clorofila e celulose), que absorvem água, que por sua vez, promove a abertura dos
estômatos onde no OSTÍOLO ocorre a troca.
- Funcionamento: Célula Anexa bombeia sódio (o ABA auxilia esse processo) para dentro da Célula
estomática -> ganha-se água (fica túrgida) por osmose -> Ostíolo Abre ->
- Fatores influenciam na abertura e fechamento: Luz (Abre quando tem e fecha quando não, para evitar a
desidratação) / Água (Abre quando tem água e fecha quando não tem) / CO2 (Abre quando tem pouco e
fecha quando tem muito, para garantir a fotossíntese e evitar uma acidose) / O2 (Menos Influente; quando
há acúmulo, os estômatos abrem). Cuidado, pois os fatores que FECHAM sempre são PRIORIZADOS.
Obs: a TEMPERATURA irá favorecer a abertura (maior atividade metabólica = mais bombardeio) até o
ponto que se tornará limitante, promovendo o fechamento.
- Classificação quanto a posição dos estômatos: Anfiestomáticas (ambas as faces tem = mata atlântica) /
Hipoestomáticas (só a face inferior/abaxial = caatinga) / Epiestomáticas (só a face superior/adaxial =
aquáticas). Obs: os estômatos estão localizados, principalmente, na face inferior da folha.
- Transpiração (perda de vapor de água para o meio externo): Se dá por DIFUSÃO (mais vapor na folha
do que no ar) através dos estômatos (estomática), mas também das cutículas das folhas (cuticular).
Auxilia na manutenção da temperatura ideal + Teoria de Dixon (condução de seiva bruta). Temperatura e
Vento aumentam a transpiração, mas é mais lenta quando há muita umidade. Curva de fechamento
estomático: demonstra que até que os estômatos fechem, a massa da planta vai diminuindo por causa da
perda de água.
- Tecidos de Condução e sustentação (presença de vasos = maior porte e sustentação e mais nichos
ocupados)
** Xilema/LENHO (mais internos) -> Transportam Seiva Bruta (Água e sais minerais) e conferem
sustentação
 Constituição: Parênquima lenhoso (VIVO; reserva nutritiva), Fibras de esclerênquima (sustentação) e
Vasos Lenhosos (MORTO -> Células que possuem só parede celular, sem membrana ou núcleo – não
irão apresentar resistência - e são revestidas por lignina – madeira propriamente dita – que protege contra
as variações de pressão);
 Divisão: Xilema Primário (CERNE = anel mais ANTIGO = MADEIRA = LIGNINA = resistência e
sustentação, mas sem condução, pois a lignina obstrue os vasos) e Xilema Secundário (ALBURNO =
jovem e mais externo = condução propriamente dita)
 Tipos: Primaveril (Primavera = mais úmido = xilema MENOS denso e MAIS fino) x Estival (Outono =
mais seco = MAIS GROSSO e MAIS ESPESSO )
 Transporte: Sentido -> Raiz para Folha (ascendente) /// Como ocorre? Raízes absorvem água
(osmose) e sais (transporte ativo) através dos PELOS ABSROVENTES e por duas vias (simplasto –
passa por outras estruturas como os plasmodesmos – e apoplasto (pelo espaço entre as células). Quais
mecanismos? *Capilaridade (envolve a tensão superficial da água; Se um tubo delgado quebra a tensão,
as moléculas de água sobem por alguns centímetros) +++ *Pressão Positiva da raiz (A diferença de
concentração do xilema perante ao solo faz com que o vaso tenha uma pressão MAIOR, que empurra a
seiva pra cima e ganha por osmose) +++ *Teoria-Coesão-Tensão-Adesão = Dixon = Principal (Apesar da
coesão e da adesão, o principal fator da condução de seiva bruta é a SUCÇÃO DA COPA -> O consumo
de água das folhas e dos ramos, pela TRANSPIRAÇÃO ESTOMÁTICA (perde água) e FOTOSSÍNTESE
(ganha soluto) deixam tais estruturas “concentradas”, que resulta em “sucção” por osmose” faz com que a
perda de água. A tensão entra quando as pontes de hidrogênio da água vão sugando outras moléculas
através da coesão e a adesão garante a subida. Entretanto, cortes em certas parte da planta como nos
ramos permite a ENTRADE DE AR, que obstrue a passagem de seiva)
Obs: Enquanto súber e floema são eliminados com o decorrer do tempo, o xilema é responsável por dar
origem aos ANÉIS DE CRESCIMENTO = CRESCIMENTO SECUNDÁRIO (quanto mais = mais velha a
árvore) nas GIMNOSPERMAS E DICOTILEDÔNEAS através de meristemas secundários produzidos no
caule e na raiz: câmbio vascular (cuida do crescimento primário e gera mais floema/xilema) e felogênio
(origina a periderme – constituída de feloderme, felogênio e SÚBER – tecido morto que confere proteção -
)
Obs: Excesso de água irá matar a planta por impedir a ABSORÇÃO DE OXIGÊNIO enquanto que
excesso de sal no solo promove a seca fisiológica (solo tem água, mas ele é tão concentrado, que a
planta perde água por osmose e não consegue absorver), mas também pode ocorrer seca por água com
TEMPERATURA MUITO BAIXA
Obs: Consequências da Pressão da Raiz -> Gutação/Sudação (solo e ambiente úmidos e
transpiração/sucção baixa -> planta elimina excesso de água e sal através de poros (hidatódios ou
estômatos aquíferos) que forma gotas d’água nas folhas) e Exsudação (perda de água líquida numa
região que foi cortada; Por ter pressão maior que a atmosférica, acaba que essa não segura água da
região)

** Floema/LIBER (mais externo) -> Transportam Seiva Elaborada (Substâncias orgânicas e hormônios e
também um pouco de água);
 Constituição: Fibras de esclerênquima (sustentação), Parênquima e Vasos Liberianos (VIVO, diferente
dos Lenhosos; compostos por elementos do tubo crivado e células companheiras, que se comunicam por
plasmodesmos e são feitas de celulose)
 Transporte: Sentido: Folha para Raiz (descendente) /// Como ocorre? Por gasto de ATP devido a
movimentação do citosol através de deslizamento de filamentos proteicos de actina e miosina e Teoria de
Munch (Folha faz fotossíntese, fica concentrada, ganha água, e essa água EMPURRA a seiva elaborada,
por difusão, para o floema e depois para a raiz)
Obs: Anelamento do Anel de Malpighi = Retirada de floema = acúmulo de matéria orgânica e hormônios
na parte superior = frutos mais adocicados = morte eventual da planta. Note que isso só funciona em
DICOTILEDÔNEAS (xilemas e floemas em anéis) e não em MONOCOTILEDÔNEAS (xilemas e floemas
difusos)
** Tecidos de Sustentação: Xilema (seiva bruta + sustentação através da lignina, que é um polissacarídeo
bem rígido) ++ Esclerênquima (MORTO; Confere RIGIDEZ e sustentação; espesso e também com
lignina; Pode ser dividido em FIBRAS (que acompanham os 2 vasos condutores de seiva ou
ESCLERÍDEOS, encontrados em parênquimas e caroços de frutos) ++ Colênquima (formado por
parênquima, com “fibras” alongadas, celulose e é altamente forte e flexível; sustentação e
FLEXIBILIDADE; encontrado em caulas e pecíolos de folhas)

Obs: Processos de morte: Lignificação (acúmulo de lignina = polissacarídeo (proteção, sustentação e


transporte de seiva BRUTA) em tecidos mortos como xilema e esclerênquima x Suberização (acúmulo de
suberina = lipídio no súber (tecido morto de proteção)

Obs: Classificação das plantas quanto ao inquilinismo ou parasitismo: Epífita (inquilina, se apoia em outra
árvore e tem clorofila) / Hemiparasita (com clorofila, mas suga xilema) / Endoparasita (sem clorofila, logo
suga o floema) / Saprófita (sem clorofila, mas com raízes em matéria morta)
Hormônios vegetais:
 Etileno (Produção: vários tecidos, EXCETO RAIZES; Efeitos: Amadurece o fruto + abscisão de folhas
velhas e frutos maduro (senescência) -> queda na concentração de AUXINA estimula a ação do ETILENO
e a consequente queda, até mais que o ABA; FRUTAS MADURAS produzem MAIS ETILENO).
Obs: Amadurecimento -> Aumento da respiração e degradação de tecidos do próprio fruto (ex: amido se
torna glicose e frutose, para atração de dispersores). Tal processo é favorecido por acúmulo de eteno
(etileno), temperaturas mais altas, alta disponibilidade de O2 e também é acelerado se houver frutas
maduras/podres perto de outras que estão amadurecendo, porém é RETARDADO POR ALTAS
CONCENTRAÇÕES DE CO2.
 Giberilina (Produção: gemas ativas e sementes; Efeito: também atuam no alongamento celular,
especialmente de folhas jovens, sementes imaturas, caules e frutos; formação de brotos laterais;
desenvolvimento do fruto; germinação da semente (fornecem açúcares provenientes da liberação de
enzimas digestivas que atuam no endosperma + entrada de água + alongamento de caules e folhas)

 Ácido Abscísico (ABA) (Produção: alguns parênquimas; Efeito: Redução da atividade metabólica =
inibe o crescimento + induz dormência de sementes (evita a germinação e diminui a competição
intraespecífica) + induz envelhecimento + fechamento de estômatos -> SAI POTÁSSIO das CÉLULAS-
GUARDA = meio externo fica HIPER e ganha água por osmose = ostíolo perde água = fica flácido =
fecha)

Obs: Água e digestão permitem, a retirada do ABA, portanto, facilitam a germinação.


 Citocina (Produção: Meristema apical das raízes e distribuída pelo xilema; Efeito: atua nas raízes,
estimulando as GEMAS LATERAIS = crescimento longitudinal, caules e ramos; Promove divisão e
diferenciação celular e retarda o envelhecimento)

 Auxina -> Produção: sementes e gemas ativas; Efeito: Crescimento celular = Crescimento de frutos (e
também retarda o processo de abscisão); É produzida nas GEMAS APICAIS (ficam no ápice do caule) =
CRESCIMENTO VERTICAL e será transportada para ao ápice da raiz, mas enquanto não é, INIBE AS
GEMAS LATERAIS = DOMINÂNCIA APICAL. Logo, se podarmos a extremidade do caule, interrompemos
a produção de auxina e induzimos o crescimento das gemas laterais; Promove crescimento de raízes
adventícias, ou seja, de origem não embrionária, como de ramos ou folhas cortadas; Características: É
FOTOFÓBICA = inativada na luz e ATUAÇÃO VARIA CONFORME A QUANTIDADE -> Caule (precisa de
bastante hormônio) x Raiz (tem crescimento inibido quando há muito hormônio = muito sensível) x Gema
(intermediária). Nota: herbicidas estão relacionados com esse hormônio.

Obs: Partenocarpia: Frutos sem sementes (ocorre naturalmente ou artificialmente). Para desenvolver o
fruto sem semente, retira-se os estames (produtores de pólen) e aplica-se giberilina/auxina nos ovários,
desenvolvendo o fruto sem semente. Ex: banana, que é triploide e só consegue se autofecundar.

Obs: Métodos de reprodução assexuada em plantas (permitem desenvolvimento rápido, conservam um


genótipo de interesse): Estaquia (plantar caules/raízes/folhas em meio úmido permite o desenvolvimento.
Esse método é favorecido pela aplicação de auxinas no caule) /// Enxertia (em juntar duas plantas
diferentes em uma só) /// Alporquia /// Mergulhia

 Movimentos Vegetais

- Tactismo = deslocamentos direcionados em função de um estímulo (fototactismo, quimiotactismo)

- Nastismos = movimentos RÁPIDOS, reversíveis e não direcionados em função de um estímulo (abertura


de estômatos, fotonastismo, seismonastismo -> provocado pela mudança de turgência (quantidade de
água) da folha, pois íons K+ saem para o meio externo, levando água por osmose -> dormideiras,
nictinastismo, tigmonastismo -> estímulo mecânico -> plantas carnívoras)

- Tropismo = LENTO, irreversível e que envolve crescimento de uma estrutura. Exemplos: Tigmotismo -
estímulos mecânicos - /// Gravitropismo (antigo geotropismo) -> raíz é positiva e caule negativo ///
Fototropismo -> raiz negativa e caule positivo, onde o crescimento é regulado pela ação da auxina (AIA),
que migra para a região menos iluminada (fotofóbica), e como ela se concentra, há alongamento celular.
Contudo, há um caso que se a planta estiver tombada e a auxina estiver bem distribuída, há crescimento
por igual.

 Fotoperiodismo e Floração (conversão de gemas em flores): Proteína reguladora: Fitocromo (regula a


resposta a floração, germinação e é estimulado por luz vermelha. Pode ser F = ativado pela luz ou R =
inativado pela luz)
Tipos de plantas: Plantas de Dia Curto = noite longa (ombrófilas) (floresce se recebe menos luz do que o
fotoperíodo crítico, porém, é inibido por FLASH DE LUZ DURANTE A NOITE -> justamente por exigirem
noites longas) x Dia Longo = noite curta (heliófilas) (floresce quando recebe MAIS luz do que o foto
período crítico, porém, pode florescer se RECEBER FLASH DE LUZ DURANTE O PERÍODO ESCURO =
justamente por precisarem de noites curtas) x Indiferentes
Obs: Pelo conceito das plantas de dia longo/curto, podemos estabelecer as seguinte relações:
1 – Eficiência fotossintética -> As heliófilas (dia longo) precisam de mais quantidade de luz para que
sobrevivam, certo? Portanto, precisam de um MAIOR PERÍODO DE TEMPO para realizarem a sua
fotossíntese ideal, enquanto que as umbrófilas = folhas largas com coloração verde BEM ESCURA =
MUITO CLOROFILA (dia curto) são mais eficientes nesse processo, pois precisam de exposição solar por
menos tempo.
2 – Ponto de Compensação Fótico -> As heliófilas ficam expostas por um período de luz maior, portanto,
tem um ponto de compensação fótico MAIOR, enquanto as umbrófilas tem um ponto MENOR.
Obs: Fotoblastismo (indução da germinação por luz -> positivo = luz é que estimula e negativo = luz é que
inibe) /// Vernalização (indução da germinação/floração por temperaturas baixas)

Metabolismos Especiais das plantas


 CAM (Usam C3 e C4, mas se destacam por fechar os estômatos de dia e abri-los a noite e fazer
respiração o dia todo -> EVITA A PERDA DE ÁGUA EM AMBIENTES SECOS; Possuem PEP-
CARBOXILASE e ácido málico; Separação TEMPORAL da fotossíntese) /
Dica: CAM fazem fotossíntese em temperaturas mais baixas (porque é de noite). Elas também possuem
modificações típicas para ambientes secos: espinhos, parênquima aquífero

 C3 (Clima quente e ÚMIDO; Ambientes com luminosidade mais baixa; Só possuem a RubisCO (enzima
com função oxigenase ou carboxilase); Fixam CO2 num composto de 3 carbonos e tem abertura parcial
dos estômatos)
 C4 (Ambientes altamente iluminados e mais secos; Separação ESPACIAL na fotossíntese; fixam CO2
num composto de 4 carbonos, tem maior produtividade, em decorrência da capacidade de ARMAZENAR
CO2 através da PEP-CARBOXILASE e ARMAZENAR NA BAINHA DO FEIXE QUANDO O
ESTÔMATO FECHA, mas tem maior gasto de ATP. A Rubisco atua somente com sua função de captar
oxigênio -> note que ela não está presente na bainha vascular, para evitar erros)

Biomas
- Fatores que interferem na biodiversidade: Insolação (Mais insolação = mais luz disponível = mais
fotossíntese) /// Temperatura // latitude (menor a latitude – equador = mais insolação = mais
biodiversidade) /// Altitude (maior altitude = ar mais rarefeito = mais frio) /// Água (mais umidade = mais
biodiversidade). De um modo geral: baixa latitude e muita água = savana, deserto, pradaria e floresta
pluvial // latitude média e muita água = pradaria e floresta pluvial
Obs: Cuidado para não confundir -> Maior latitude = maior diferença de incidência solar // Menor latitude =
equador = maior insolação
- Biomas e adaptações
Ecótono -> Ecossistema de transição, em que há mistura de características dos biomas, como espécies e
fatores abióticos.
Epinociclo (biomas terrestres) X Talassociclo (biomas marinhos)
 Manguezal (ecótono): Vegetação: raízes escora (para fixação no solo lodoso) + pneumatóforos/raízes
aéreas (adaptadas ao solo hipóxico) + hidrocória (dispersão de sementes por água) + Folhas halófitas
(adaptadas para excretar o EXCESSO DE SAL) / Solo: lodoso, com enfoxre, anaeróbio, mole, rico em
matéria orgânica em decomposição, pobre em oxigênio e relativamente ácido / Detalhe: bioma de estuário
(onde o rio desemboca no mar), portanto, há encontro de água do mar nesse bioma, o que influencia nas
características dele e também deixa o solo alagado e salgado.
Dica de adaptação vegetal: mangue = solo anaeróbio e altamente salino
 Floresta amazônica (pluvial): Tipos de formação vegetal: Mata de Terra Firme (nunca inunda), Mata de
Várzea (inunda na época de cheia dos rios), Mata de Igapó (sempre inundada). Vegetação: Latifoliada
(folhas largas, abundantes), perenefoliada (não perde as folhas ao longo do ano), ombrófila/higrófila
(adaptada ao clima chuvoso/úmido), raízes tabulares (grandes e profundas) / Solo: Pobre em nutrientes
(maioria estocada na biomassa), mas com muita matéria orgânica disponível na superfície (rico em
húmus) / Água: extremamente abundante (principalmente pela evapotranspiração) / Biodiversidade:
extrema e a maior da Terra. / Clima: equatorial (quente e úmido = pouca variação de temperatura) /
Problemas: desmatamento, mineração, fronteira agrícola, queimadas

 Cerrado/Savana: Vegetação: Tropófilas (adaptadas a uma estação úmida e outra seca) com folhas
largas (ajuda a reter água) e rígidas, gramíneas, árvores com casca grossa + tronco rígido e retorcido
(Ajuda a árvore a lidar com as queimadas naturais do ecossistema savânico) , com RAIZES
PIVOTANTES PROFUNDAS (para garantir que a planta absorva água), GEMAS APICAIS COM DENSA
PILOSIDADE (protege contra o fogo) e SUBER DESENVOLVIDO (tecido de proteção e
impermeabilização usado, no caso, para se proteger dos incêndios recorrentes / Solo: ácido, poroso e
com muito alumínio (geralmente exige calagem) / Biodiversidade: alta e heterogênea / Clima: tropical, com
bastante sazonalidade (alternância entre períodos de seca e chuva / Problema: agricultura intensiva
(principalmente de soja) e fronteira agrícola
Dica de adaptação vegetal: cerrado = queimadas frequentes e disponibilidade baixa de água na
atmosfera, mas não na terra.

 Caatinga: Vegetação: xeromórfica = adaptada à seca (espinhos, cutículas espessas e impermeáveis


com cera, raízes profundas, parênquima aquífero bem desenvolvido, crassuláceas, estômatos em criptas,
xilema proeminente, folhas com muitos tricomas) / Solo: rochosos, pouco lixiviados, secos, mas rico em
nutrientes / Água: por ser muito seco, apresenta rios intermitentes (que secam por determinados
períodos) / Divisão: Agreste (mais úmido = mais próximo ao litoral) x Sertão (mais interno = mais seco)/ /
Clima: semiárido, seco e com temperatura elevada / Risco: desertificação (principalmente pela falta de
água)
Dica de adaptação vegetal: caatinga = solo/clima altamente seco

 Deserto: Vegetação: xeromórfica (adaptada a seca -> espinhos, poucos estômatos e maior delas
abaixo da folha, cutícula espessa e impermeável, CAM, água acumulado no parênquima -> parênquima
aquoso) / Solo: rochoso, seco e com pouquíssima matéria orgânica / Água: muito seco = muita
evaporação = temperatura varia muito do dia pra noite / Biodiversidade: / Adaptações especiais: Excretas
altamente concentradas (ácido úrico), pouquíssima transpiração, hábitos noturnos, sazonalidade / Clima:
árido e seco / Atividade: pecuária, extrativismo

 Floresta caducifólia (decídua): Vegetação: efêmera (perde folhas ao longo do tempo = promove
aumento do húmus) e com predominância de angiospermas / Solo: profundo e rico em ambientes /
Adaptações especiais: Outono -> grande abscisão (queda de folhas) em reposta ao frio e o fotoperíodo
menor x Primavera -> acúmulo de seiva elaborada na parte superior da planta = maior desenvolvimento
de flores e frutos / Clima: com as 4 estações bem definidas e com umidade suficiente / Atividade:
madeireira

 Pradaria/Pampa: Vegetação: gramíneas – raízes fasciculadas, nervuras paralelas - (beneficiadas pela


ocorrência de incêndios, pois estes prejudicam o desenvolvimento de plantas de maior porte) / Solo:
profundo, rico e fértil / Biodiversidade: / Adaptações especiais: / Clima: sazonal, quente e seco + frio e
úmido / Risco: arenização (pela retirada de vegetação e chuvas intensas)

 Mata de Araucárias: Vegetação: Variada, com destaque para o Pinheiro / / Biodiversidade: fauna rica /
Clima: Subtropical, com bastante chuva / Atividade: desmatamento (até porque é considerada subtipo de
Mata Atlância)

 Tundra: Vegetação: arbustos, gramíneas e sem árvores/ Solo: pobre, mas supersaturado de água (frio
= baixa evaporação) e com permafrost (camada de gelo impermeável que recobre o solo) / Clima: bem
frio, com temperaturas abaixo de 0, inverno longo e dias curtos + verões com pouca duração. Chuvas
MENOS FREQUENTES que nos DESERTOS / Biodiversidade: não é das maiores e a fauna é
predominantemente de animais nômades e de pequenos mamíferos (quando há maior produtividade) /
Atividade: petrolífera

 Taiga/floresta de coníferas/floresta boreal: Vegetação: basicamente gimnospermas coníferas -> com


folhas acículas – finas e pontiagudas – (adaptadas para não acumular neve) / Solo: sofre de seca
fisiológica e é pouco decomposto (com acúmulo de turfa e ácidos húmicos) = torna os nutrientes
inassimiláveis / Água: / Biodiversidade: / Adaptações especiais: / Clima: frio; apresenta invernos rigorosos
e longos.

 Pantanal:

- Biologia/química ambiental
Poluição
 Ambiental

- Queima exagerada de combustíveis fósseis (aumenta, principalmente, com a revolução industrial) -> Ao
queimarmos matéria orgânica, libera-se gases estufa (CO2, CH4, NO2) que colaboram para o efeito
estufa (retenção de calor). A queima exagerada aumenta em excesso os níveis de gases estufa que, por
sua vez, aumenta a temperatura global = degelo = aumento do nível do mar +++ menor solubilidade de
oxigênio no mar +++ aquecimento das águas = branqueamento de corais = prejudica o mutualismo entre
zooxantelas e corais e a quantidade de CO2 presente no mar = acidificação dos oceanos = degradação
do esqueleto calcário dos cnidários. A liberação excessiva de NO2 e NO3 (principalmente oriundos da
indústria + gases de automóveis) no ambiente promove a CHUVA ÁCIDA (chuva com pH menor do que o
usual) quando esses gases reagem com a água e formam H2NO3 e HNO3. Além de ser altamente
prejudicial ao meio ambiente, a chuva ácida promove a LIXIVIAÇÃO DE MINEIRAIS DO SOLO +
DESTRUIÇÃO DE ESTRUTURAS DE MÁRMORE (QUE TEM CaCO3)

Obs: não esqueça, também, da poluição particulada

Obs: alternativas -> Substituição da matriz energética + uso de filtros em chaminés de indústrias + uso de
filtros em automóveis + investimento em transporte coletivo +

- Inversão Térmica (inverno; grandes cidades) -> Ar frio, por ser mais denso, fica impedido de circular pelo
ar quente. Como o ar não circula = não se renova, ficam retidas partículas poluentes no ar = acumula-se
partículas na superfície

- Destruição da camada de ozônio -> O O3 da camada de ozônio é responsável por filtrar a luz
ultravioleta, o que é essencial para a vida. Gases altamente oxidantes (radicais livres) como NO e CFC
(cloro-flúor-carboneto) PRODUZEM RADICAIS LIVRES (ex: por meio da catálise luminosa) QUE
REAGEM com o ozônio e degradam-no, transformando-o em O2 + ½O2. Assim, a camada de ozônio é
prejudicada e destruída, o que aumenta os efeitos negativos da luz UV, como as mutações
- Fragmentação de ambientes/habitats -> Processos como desmatamento, agricultura, queimada
fragmentam e dividem uma determinada área. Consequência: redução do fluxo gênico, extinção de
espécies, maior predação de espécies, mais endocruzamentos (indivíduos geneticamente próximos
cruzam = menor variabilidade genética). Remediação: CORREDORES ECOLÓGICOS (PERMITEM QUE
O FLUXO GÊNICO OCORRA = conserva e preserva a biodiversidade + reduz as diferenças genéticas +
favorece a dispersão de sementes, pois interliga áreas)

- Queimadas -> Aumento de gases estufa + desmatamento + destruição de ecossistemas. Se uma região
que foi queimada começa a se recuperar e desenvolver, há sucessão ecológica secundária.

- Desmatamento -> Aumento de gases estufa + redução da biodiversidade + alteração do regime de


chuvas

 Biológica ->
- Eutrofização (muita matéria orgânica e nutrientes despejados na água (ex: esgoto e fertilizantes) =
floração da água (aumenta de algas microscópicas aeróbias na superfície da água) = impedem a entrada
de luz na água e há aumento do consumo de O2 = morte de algas e fitoplâncton -> grande aumento no
número de decompositores AERÓBIOS = consomem muito oxigênio e há menor produção deste (DBO
alto – demanda bioquímica de oxigênio) = menos O2 dissolvido na água = zonas mortas = morte de seres
aeróbios + aumento na quantidade de decompositores ANAERÓBIOS + a liberação de gases mal
cheirosos como H2S. Remediação: tratamento do esgoto + investimento em saneamento básico +
agitadores (agitador aumenta a oxigenação da água evitando a morte dos organismos aeróbicos e a
proliferação de microrganismos decompositores)

- Espécies Exóticas (espécies que estão fora da sua área de distribuição natural = não são nativas da
região) -> Vantagens para a espécie exótica: menor quantidade de predadores e parasitas + maior
disponibilidade de alimento. Consequências ambientais: sobreposição de nichos ecológicos = exclusão
competitiva + extinção de espécies nativas. Remediação: Controle biológico (controle de pragas por meio
da utilização de seres vivos. Ex: o animal que é usado como controle é predador/parasita/competidor.
Vantagem: redução no uso de pesticidas e produtos químicos nocivos)
Obs: espécies exóticas dialogam com a bioinvasão
 Coliformes (grupo de bactérias semelhantes à Escherichia Coli, que são, a princípio, encontradas no
intestino grosso dos animais e que geralmente são encontradas nas fezes) -> Podem ser totais (incluem
os coliformes oriundos do próprio ambiente) e/ou fecais -> suportam altas temperaturas, afinal,
sobrevivem até mesmo no intestino de animais endotérmicos. Por serem resilientes, são bons
bioindicadores do despejo inadequado de esgoto doméstico.

 Biomagnificação (nível do indivíduo) OU magnificação trófica (ao longo dos níveis tróficos): acúmulo de
substâncias não biodegradáveis ao longo da cadeia alimentar, concentrando-se no topo = predador do
topo acumula mais dessas substâncias não degradáveis.
 Detergentes (anfifílicos/afipáticos; capazes de dissolver a bicamada lipídica -> podem retirar a
impermeabilização das penas das aves (são as glândulas uropigianas que produzem os lipídios – ceras -
destas) e da pele humana (são as glândulas sebáceas) e Petróleos (menos denso que a água e
altamente apolar; impede a chegada de luz nas águas = reduz a fotossíntese da flora e fauna aquática; é
biodegradável, o que é bom, mas significa que fornece matéria orgânica em excesso = eutrofização; é
preto = absorve muito calor = queimaduras; promove lesões em diversos sistemas corporais; gruda nas
penas das aves = aumenta seu peso = impede o voo, podendo causa afogamento). Remediação:
Biorremediação/biodegradação (utiliza organismos vivos para degradar determinados composto nocivos
ao meio-ambiente, como o próprio petróleo)

 Lixo
- Lixões/Vazadouros: “Vantagens”: Serve como fonte de renda para parte da população carente.
Possibilidade de reaproveitamento/catação/reciclagem. Desvantagens: altamente poluente, libera metano,
atrai animais, PRODUZ CHORUME (líquido poluente oriundo de processos biológicos)
- Aterro Sanitário -> Vantagens: Podem ter aparato adequado à produção de BIOGÁS (utiliza gases
provenientes da decomposição de matéria orgânica como o METANO/CH4 para produzir energia) e
possuem impermeabilização para evitar que o chorume polua o solo, ar e os lençóis freáticos (BOM PARA
DESTINAR RESÍDUOS URBANOS). Desvantagens: alto custo, risco de desastre ambiental, pode atrair
animais indesejados, geralmente não reaproveita o material ali presente.
- Compostagem -> o lixo é transformado em húmus (matéria orgânica adequada para adubo agrícola)
através da ação de microorganismos. É ideal que o local tenha umidade e seja bem arejado (para evitar
decomposição anaeróbica e liberação de gases estufa)
- Incineração: Vantagens: Altamente eficaz para eliminar rapidamente grandes volumes de lixo e eliminam
praticamente todos os contaminantes (extremamente necessário para a descontaminação de lixo
hospitalar na falta de alternativa melhor). Desvantagens: liberação gás carbônico e alto custo
- Coleta Seletiva: Vantagem: pode separar material para compostagem = triagem do lixo + decomposição
anaeróbia para gerar adubo + coleta pilhas para manejo adequado dos metais pesados delas

REVISAR – QUIMICA
Química Orgânica
Classificação das cadeias:
Quanto à forma
1) Abertas/acíclicas/alifáticas
2) Fechadas/cíclicas/alicíclicas (há classificação quanto ao número de núcleos: mono ou poli +
classificação quanto ao isolamento do núcleo: isolados ou condensados/unidos)
3) Mista
Quanto à disposição
1) Normal
2) Ramificada
Quanto à natureza
1) Homogênea
2) Heterogênea (com heteroátomo -> se houver composto diferente de C e H na cadeia principal)
Quanto ao tipo de ligação
1) Saturada
2) Insaturada
Quanto à aromaticidade
1) Alifática -> aberta sem núcleo
2) Alicíclica -> fechada sem núcleo
3) Aromática -> com anel benzênico
- Grupos substituintes derivados de alcanos (alquilas)

Lembre: FENIL = ANEL BENZÊNICO E BENZIL = ANEL BENZÊNICO + METIL


Atenção: Lembre-se que os grupos ISO vão sempre lembrar um triângulo sem base. Se o grupo ISO
possuir mais carbonos numa cadeia linear ligada ao vértice central do triângulo, é porque o composto
será ISO+Número total de carbonos. Ex: ISOPENTANOL =

Atenção: Lembre-se que compostos com terc/sec vão indicar que o carbono do grupo substituinte que
está ligado ao resto da cadeia é um carbono terciário/secundário, respectivamente.
* Grupos/grupamentos/radicais Funcionais // Radicais orgânicos
Obs: TIOCOMPOSTOS -> COMPOSTO ANÁLOGO A UM OUTRO COMPOSTO (geralmente tem enxofre no lugar
no composto)
Obs: ENOL -> apresentam uma hidroxila (–OH) ligada em um carbono insaturado por uma ligação dupla
* Ordem de Polaridade de compostos orgânicos
Hidrocabonetos < éter < éster < aldéido < cetona < álcool < base/ácido < H2O
- Mais polar = maior TE // Maior cadeia = maior TE, mas menor polaridade // Mais ramificado = menor
TE // maior insaturação = menor TE

* Isomerias (ocorre em compostos com mesma fórmula molecular, mas diferentes estruturas)
Obs: CUIDADO COM % EM RELAÇÕES QUE APRESENTEM REAÇÕES DE ISOMERIZAÇÃO E
ESTEQUIOMETRIAS. Geralmente, serão apresentadas alguns isômeros e o exercício dirá o composto
majoritariamente formado.
-> 75% é o Aldeído canfolênico e 25% é o Trans-
carveol. Dessa forma, 1 mol de óxido de alfa-pineno – ¼ Trans-carveol
760 g - x -> X = 190g

Isomeria Plana/Constitucional
 As mais básicas
- Função -> Isômeros, mas funções diferentes: Álcool e Éter X Aldeído e Cotona X Ácido Carboxílico e
Éster. Cuidado para não confundir com tautomeria (nessa há equilíbrio químico)
- Cadeia -> Isômeros, mas com funções iguais e diferenças na cadeia: se é aberta ou fechada // normal
ou ramificada // saturada ou insaturada // aromática ou só alicíclica // homogênea ou heterogênea
- Posição -> Isômeros, porém diferem na posição da: ramificação / heteroátomo / insaturação ->
CUIDADO COM A QUANTIDADE DE ISÔMEROS DE POSIÇÃO ->
- Metameria -> Isômero varia conforme a POSIÇÃO DO HETEROÁTOMO, MAS TEM A MESA FUNÇÃO
 Tautomeria (cetona + enol ou aldeído + enol) -> Quando isômeros estabelecem um equilíbrio químico
onde a ligação dupla pode se movimentar (por causa de eletronegatividade do oxigênio a fim de formar
uma cetona a partir do enol e vice versa ou um aldeído a partir do enol e vice versa)

 Ressonância = CONFERE ESTABILIDADE ÀS MOLÉCULAS (precisa estar num composto com cadeia
conjugada = DUPLAS ALTERNADAS)-> Os elétrons PI, podem mudar a posição. O composto resultante
é um híbrido das diferentes formas que os e se conformam (também ajuda a conduzir corrente).

- Como começar a avaliar? Eliminar a possibilidade de ser isomeria geométrica (espacial ou óptica) ->
Será isomeria constitucional -> 1° Distinguir se os isômeros são funções diferentes (se não, será isomeria
de função ou tautomeria, se estiver em equilíbrio químico) X 2° Distinguir se cadeias são iguais e de
mesma função química (se diferentes, então é isomeria de cadeia) X 3° Distinguir se o que varia é a
posição de algum radical, grupo funcional, ramificação ou insaturação (se sim, isomeria de posição) X 4°
Se o que variar for um heteroátomo, então é metameria
Ex:
Isomeria espacial (óptica e geométrica)
Estereoisomeria -> Geométrica ou óptica
 Geométrica: Cis e Trans -> Cadeia aberta
Obs: Se for preciso nomear uma molécula com isomeria geométrica, lembre-se de colocar se ela é
cis/trans

- Polaridade e TE: Isômeros CIS geralmente são MAIS polares, pois conseguem gerar um vetor
resultante, proporcionando polaridade, enquanto que na TRANS esse vetor se anula.

Obs: ISOMERIA CIS-TRANS EM CADEIA FECHADA: NÃO PODE HAVER INSATURAÇÃO NA CADEIA

Obs: também é possível utilizar o sistema E – Z (Quando todos os grupos ligados aos carbonos
envolvidos na isomeria geométrica são diferentes entre si): Também determina o que é cis e trans, porém
leva em consideração o peso molecular. Logo, a cis tem que os ligantes de maior peso molecular no
mesmo lado e a trans os ligantes de maior peso molecular na diagonal) -> para definir isso, basta fazer
um traço nos carbonos com dupla e analisar.

 Óptica (há desvio da luz polarizada): Há isômeros ópticos (fórmula para calcular o número de isômeros
ópticos: 2^n onde n = número de carbonos quirais), os quais possuem iguais propriedades física, mas
BIOLÓGICAS diferentes. Tais isômeros são chamados de enantiômeros (são especulares = um imagem
do outro espelhada ; não são superponíveis e desviam a luz para direções opostas).

- O desvio da luz pode ser: giro levogiro = (D) ou (-) -> luz desviada para a esquerda l = um pauzinho =
negativo = gira a luz no sentido anti-horário = esquerda) XXX Giro destrógiro = (D) ou (+) -> luz desviada
para a direita (direita e sentido horário). ||||||||||||||
R = luz desviada no sentido horário X S = luz desviada no sentido anti-horário

Ex: acido(–) lático -> Na nomenclatura está (-), então o sinal de negativo indica ser levogiro, com desvio
no sentido anti-horário

- Mistura racêmica: Parte igual de enantiômeros levogiros e dextrogiros) que não possui atividade óptica,
logo não desvia a luz polarizada. N° de misturas racêmicas (metade do número de isômeros ópticos
ativos) = 2^n/2
Obs: ainda existem os diasteroisômeros (isômeros que SÃO ÓPTICOS, mas que não são imagens
espelhadas de si e desviam a luz em ângulos diferentes), que não formam misturas racêmicas.
Obs: também existe MESOISOMERIA (quando a molécula é simétrica por si só, só contamos 1 dos
carbonos quirais na contagem de isômeros ópticos) -> Essa questão do mesocomposto é bem
interessante, principalmente porque ELES NÃO DESVIAM A LUZ POLARIZADA

Ex: A glicose tem 4 carbonos quirais = 16 isômeros ópticos


Ex:
A principal coisa a saber é a questão do mesocomposto: molécula simétrica que faz com que o carbono
quiral seja contado uma única vez: ácido tartártico. Além disso, sabe-se que os meso compostos não
desviam a luz polarizada, sendo o ácido málico o único capaz de desviar a luz polarizada.
Fora isso, fiquei receoso do gabarito por conta de ignorar as duas hidroxilas do tartártico e considerar o
composto trans como mais polar do que o maleico, que é cis. Difícil de considera
- Como nomear compostos orgânicos
* Reações químicas: orgânicas e inorgânicas
Conceitos básicos
1) Anel benzênico -> Posições e dirigentes (as 3 posições – OMP – entram em regiões negativas do anel
benzênico = SÃO ELETROFÍLICAS, pois o BENZENO É NUCLEÓFILO)
- Posições no anel benzênico: Olhei meu piru = Orto, meta, para = 2, 3, 4. OP = SIMPLES e M =
INSATURADO

Dirigência em aromáticos (algum composto na posição do carbono 1 vai determinar em quais carbonos
serão colocados outros compostos)
- Orto e Para dirigentes (SATURADOS): OH / NH2 / ALQUILA / Halogênios (fracos) -> COMO ORTO E
PARA ADVÉM DE LIGANTES SATURADOS, AMBOS SÃO FORMADOS = FORMA-SE 2 E 4 (orto e
para)

- Meta dirigentes (INSATURADOS): COOH / COH / METINO / NO2 / SO3H -> Se um ligante é
INSATURADO (DUPLA, TRIPLA), ENTÃO O GRUPO META – 3 – É QUEM PREVALECE.
- Dica: Analise a eletronegatividade dos compostos não benzênicos (aqueles que estão ligados ao anel
aromático): Verifique se o elemento é mais eletronegativo (se sim, ele ganha o elétron, fica carregado
negativamente e o carbono ligado a ele fica positivo. Os carbonos adjacentes vão invertendo os sinais).
Dependo do ligante, ele vai entrar na posição + ou negativa (depende de sua eletronegatividade).

2) Onde o Hidrogênio sai ou Entra (Dica: O hidrogênio segue a lei da vida: Ganha quem tem mais e perde
quem tem menos)
Hidrogênio sai – Regra de Zaitsev: Hidrogênio sai do carbono MENOS HIDROGENADO
Hidrogênio entra – Regra de Markovnikov: Hidrogênio entra no carbono MAIS HIDROGENADO E O
OUTRO ELEMENTO NO CARBONO RESTANTE DA DUPLA (há uma única exceção: HBr em presença
de peróxido)
3) Identificando se é uma reação eletrofílica ou nucleofílica
Para distinguir entre os tipos de reação, precisamos analisar o composto que ENTRA PRIMEIRO NA
CADEIA ORGÂNICA. Se o composto/elemento que entra primeiro na cadeia carbônica é um CÁTION
(X+) = ELETROFÍLICO (quer ficar neutro, então precisa ganhar elétrons) ou Ânion (X-) = Nucleofílico
(quer ficar neutro, então precisa perder elétrons)
Obs: Centros Nucleófilos (Carga Negativa = Ânion = alta densidade eletrônica = busca por perder
elétrons) x Eletrófilos (Carga Positiva = Cátion = baixa densidade eletrônica = busca por ganhar elétrons)
3) Classificando as reações (dando o mecanismo de reação:
Para classificarmos a reação, precisamos identificar se ela é uma
adição/eliminação/substituição/oxirredução e se ela ocorreu por causa de um ligante eletrofílo ou
nucleofílo
4) Trabalhando os diferentes tipos de reações orgânicas
Como compostos orgânicos possuem predominantemente ligações covalentes, são elas quem sofrerão
quebra (cisão) para formar novos compostos. Dessa forma, podemos classificar a quebra de duas
maneiras: Cisão Homolítica = radicais livres (cada átomo fica com um elétron = gera radicais livres, que
tem n° ímpar de elétrons na valência e são altamente reativos) x Cisão Heterolítica = nucleófilos e
eletrófilos (Irá gerar cátions – sem elétrons - e ânions – com os elétrons)
A primeira não gerou cátions/ânions, então gerou radicais livres = pode ser considerada uma cisão
homolítica. Na segunda reação, o CL trocou de lugar com o OH- = substituição e o grupo OH- se ligou à
cadeia carbônica, então um ânion se ligou = nucleofílica.
5) Escrevendo as reações
Quando precisamos escrever as reações, é necessário apresentar os reagentes, produtos e catalisadores
(se eles forem utilizados). Para os catalisadores, podemos escrever “cat” se a questão não exigir que
você determine o catalisador. Para os reagentes, podemos escrever eles em cima da seta da reação (e
com os catalisadores em baixo) para evitar ter que escrever os outros produtos que não interessam para
a questão. Exemplo:

6) Alguns detalhes bestas

Como muitas reações, as orgânicas funcionam em etapas intermediárias. O complexo ativado (ponto mais
alto do gráfico) é o estado intermediário entre reagentes e produtos. O produto intermediário é o
composto resultante disso (íon arsênio). Como observado, há aumento de entalpia (grau de desordem) =
aumento de temperatura = houve absorção de energia = endotermia.
 Reações de substituição -> Há troca de átomos entre os compostos. Exemplos: halogenação (átomo
da 7A), sulfonação (SO3H), nitração (NO2), Alquilação (radical alcano), Acilação (acila = carbonila),
substituição do halogênio (haleto sai), substituição da hidroxila (OH sai), esterificação (álcool + ác carbox
= éster + água), transesterificação (éster’ + álcool’’ = éster’’ + álcool’), hidrólise ácida (inverso da
esterificação), hidrólise básica/saponificação (éster + base forte = composto com ligação íon-dipolo +
álcool), desidratação INTERmolecular (álcool + álcool = éter + água). Lembre-se da dirigência no anel
aromático (Orto, Meta, Para, no qual o ligante do carbono 1 do anel aromático determina em quais
posições haverá substituição)
Substituição em Alcanos -> Como alcanos são compostos estáveis naturalmente, é preciso quebrar a
molécula, formar um radical livre e utilizar outro composto mais eletronegativo para conseguir reagir e
entrar no local que um dos hidrogênios saiu.
- Halogenação em alcanos: Adiciona halogênios, formando HX e R-X, no qual X é um halogênio, R é uma
cadeia carbônica e H hidrogênio). Em cadeias com 3+ carbonos, há formação de alguns produtos
isômeros, mas cabe destacar que o produto principal segue a seguinte prioridade: Carb Terciário >
Secundário > Primário -> Dica: Como sai um H+, ele sai do carbono menos hidrogenado, que é o carbono
terciário OU Carb terciário = menos H+ = mais fácil de retirar
Ex:
A monocloração tem prioridade nos carbonos terciários > secundários > primários, mas os outros
isômeros também são formados.

Substituição em Aromáticos = um exemplo de substituição aromática eletrofílica: O benzeno (nucleófilo)


possui elétrons PI em ressonância = Hidrogênios sem prioridade de substituição + composto com alta
densidade eletrônica. Como o carbono É MAIS ELETRONEGATIVO QUE O HIDROGÊNIO, ele ganha
uma carga -, o que faz com que compostos eletrofílicos procurem se ligar com o anel aromático. O H+
que sai do anel vai se ligar com o composto nucleofílico do outro reagente.
- Halogenação em aromáticos: Anel aromático reage com HALOGÊNIO MOLECULAR (ÚNICO CASO EM
QUE NÃO NOS PREOCUPAMOS COM QUEM É NUCLEÓFILO/ELETRÓFILO), formando um 1-
halogêniobenzeno + Ácido do haleto

Lembre-se: haletos são Cloro, Bromo, Iodo...A família 7A

- Nitração: Benzeno reage com HNO3, gerando nitrobenzeno + água (já que fica um OH do ácido nítrico e
entra o H+ do benzeno). Normalmente, o grupo NO2 (grupo nitro) é considerado como ânion, contudo,
quando se trata de reações orgânicas, esse não é o caso. Note que a fazendo a fórmula estrutural, temos
uma ligação do N-O, na qual o oxigênio é mais eletronegativo. Dessa forma, quando essa ligação é
quebrada pelo H+, o Nitrogênio fica com carga positiva, um cátion, isto é, um grupo eletrofílico.
- Sulfonação em aromáticos: Benzeno reage com H2SO4, gerando ácido benzenossulfônico (C6H5-
SO3H) e água. Note a semelhança com a reação de nitração. Geralmente o SO3H (grupo sulfônico) é
ânion, mas ocorre a mesma coisa que na nitração.

- Friedel-Crafts: Alquilação (Benzeno reage com haleto de alquila para formar Bezeno com radical alqulila
+ H-Haleto) OU Acilação (Benzeno reage com grupo acila = R-C=O para gerar “benzeno com grupo acila”
+ H-X, onde X é o elemento que está no lugar que sobra do carbono que faz dupla O)

Obs: Lembre-se que grupos ALQUILA = DERIVADO DE ALCANOS (METIL, ETIL, PROPIL, ISOBUTIL,
ISOPROPIL)

Obs2: Lembre-se que grupos ALCILA = DERIVADO DE R-C=O-X (carbono com carbonila) -> Note que o
grupo acila é bem diferentão e lembra uma espécie de aldeído, mas com qualquer coisa no lugar do H do
carbono que faz dupla ligação com o oxigênio.
- Substituição do halogênio em haletos de alquila: Um haleto orgânico reage com um composto e ocorre
uma substituição nucleofílica, retirando o haleto e colocando um grupo nucleófilo na cadeia orgânica. Isso
ocorre em meio básico, geralmente com NaOH, o que forma NaCl (por exemplo) e CH3-OH. O Haleto
puxa elétrons de um carbono, deixando-o polarizado e outros grupos podem trocar de lugar com o haleto.

- Substituição da hidroxila em álcoois: Como na substituilção em haletos orgânicos, a hidroxila do álcool


“cede” lugar a um outro grupo, liberando água + cadeia carbônica com grupo nucleófilo.
- DESIDRATAÇÃO INTERMOLECULAR de álcoois (somente álcool pode sofrer desidratação) = Diferente
da reação intramolecular, aqui um Álcool reage com álcool, formando éter e liberando água. Essa reação
prevalece nas temperaturas menores se compararmos com a desidratação intramolecular.

Obs: Ácidos carboxílicos com hidroxila alcóolica podem sofrer desidratação intermolecular -> o composto
reage com ele mesmo e forma ou éster (sai H de uma carboxila e H de uma hidroxila alcóolica) ou éter
(sai hidroxila de 1 cadeia e H da outra hidroxila alcóolica)
- Substituição em grupos alcila: Ácido carboxílico/ésteres/anidridos/cloretos de ácido carboxílico -> Todos
os compostos com o grupo alcila (com carbonila) PERDEM o grupo ligado à carbonila (C=O). Ex:

- Esterificação: Ácido carboxílico reage com álcool, formando éster e água. O OH- da água sai da hidroxila
do álcool e o H+ sai da carboxila do ácido carboxílico. Cuidado com a nomenclatura do éster.

- Hidrólise ácida do éster = inverso da esterificação: Transforma éster em suas 2 moléculas básicas,
mediante a presença de um composto ácido
- Hidrólise Básica do éster OU Saponificação: Éster ou triglicerídeo reage com BASE FORTE e forma um
sal básico + álcool. Obs: sabões tem cadeias GRANDES E COM METAL ALCALINO/ALCALINO
TERROSO)

Obs: Detergentes (anfifílicos, tensoativos = capazes de reduzir a tensão superficial da água = enfraquece
a ligação de hidrogênio e permite que se ligue com substâncias apolares = menor tensão superficial
equivale à maior molhabilidade)
- Transesterificação (biodiesel): Éster reage com álcool, formando um novo éster + álcool. O éster troca a
cadeia carbônica oriunda do álcool original pela cadeia carbônica do novo álcool reagente. O álcool
liberado tem a cadeia carbônica que foi trocada do éster.

Ex:
- Ligação peptídica: Forma amida, pois a amina libera H e o ácido carboxílico libera OH, formando amida
+ água (ou álcool em alguns casos). A poliamida é um polímero de condensação, afinal, há liberação de
uma água.
 Reações de Adição -> Gera 1 único composto a partir de 2+. Ocorre pela quebra da ligação PI (fraca e
com alta densidade eletrônica) -> Chama a atenção de grupos eletrófilos. Lembre-se da Regra de
Markovnikov (há uma única exceção: HBr em presença de peróxido). Ex: hidrogenação catalítica (quebra
Pi e adiciona H em cada um dos carbonos), halogenação (quebra Pi e adiciona Halogênio em cada um
dos carbonos), halogenoidreto (Quebra Pi e adiciona H no carbono mais hidrogenado e halogênio no
carbono restante), hidratação (Quebra Pi e adiciona H no carbono mais hidrogenado e OH no carbono
restante), adição x substituição em ciclanos (Teoria de Bayer = mais próximo de 109° - ciclo-hexano –
tende a adicionar menos e substituir mais = exige mais energia), adição em carbonilas
(Hidrogenação/redução = cetonas/aldeídos formando álcool secundário e primário, respectivamente E
Reagente de Grignard = cetonas/aldeídos reagindo com R-Mg-X (alquila, magnésio, halogênio,
respectivamente) para formar álcool (primário/secundário/terciário) + MgOHX (hidróxido de
halogêniomagnésio) -> Atenção para a ordem do Mg(OH)X
Adição em compostos insaturados (com ligação Pi)
- Hidrogenação catalítica (ex: margarina): Composto reage com hidrogênio, quebrando a ligação Pi e
adicionando hidrogênio nos carbonos. Como os dois vão receber hidrogênio, não faz diferença pensar em
qual é o carbono mais hidrogenado, mas isso é importante para outras reações. Geralmente, alceno vira
alcano ou alcino vira alceno (se houver Hidrogênio insuficiente para gerar um alcano). A hidrogenação
pode ser parcial ou total (se houver quantidade suficiente de hidrogênio)

- Halogenação: Como em outras halogenações, aqui adicionaremos um halogênio à cadeia por meio da
reação com um haleto molecular. Novamente, não há preocupação em qual carbono será adicionado o H,
já que ele sequer está presente. Cada carbono fica com um haleto
- Halogenoidreto: A cadeia carbônica insaturada reage com um halogenoidreto (HX = hidrogênio ligado
com haleto). Como há adição de hidrogênio, ele segue a Regra de Markonikov = Hidrogênio é adicionado
ao carbono MAIS hidrogenado da dupla e o haleto vai para o outro carbono. -> Lembrando que aqui é
onde pode haver a Regra De Karasch/Anti-Markovnikov = Quando HBr reagem em presença de peróxido,
o Hidrogênio vai para o carbono menos hidrogenado.

- Hidratação: Na hidratação, adiciona-se água ao composto carbônico. O H entra no carbono mais


hidrogenado e o OH entra no outro carbono da dupla. Portanto, forma-se álcoois, como praticamente
tudo, segue a regra de markovnikov álcoois e também segue Markonikov). Em alcinos, há formação de
enol e tautomerização em aldeído ou cetona

Obs: Reações de hidratação podem ser ÁCIDAS: FORMA-SE ÁLCOOL


- Em Aromáticos (preferem as substituições): Por conta de sua ressonância e estabilidade, os aromático
tendem a sofrer substituição, em vez de adição. Contudo, em condições especiais, isso pode ocorrer. Ex:
Hidrogenação do Benzeno (forma ciclo-hexano) // Halogenação do Benzeno (forma 1,2,3,4,5,6-
hexahaletociclo-hexano)
- Adição X Substituição em Ciclanos: Conforme a teoria das Tensões de Bayer, os ciclanos se estabilizam
totalmente quando a ligação entre eles faz 109° 28’ (ou seja, todos os carbonos são sp3). O único ciclano
que se encaixa nisso é o ciclo-hexano (ele não é uma molécula plana, então não vale utilizar da fórmula
matemática para achar o ângulo interno). Dessa forma, cliclopropano (60°), ciclobutano (90°),
ciclopropano (108°) podem sofrer adições BEM MAS FACILMENTE).
Quanto mais próximo de 109° = menor tensão = maior estabilidade = menor tendência de sofrer adição =
mais energia/temperatura necessárias para a reação ocorrer

Ex: hidrogenação e halogenação nos ciclanos


Adição em Carbonilas ->
- Hidrogenação/redução de carbonila: Os compostos que possuem carbonila são: cetona e aldeído
(lembrando que éster tem carboxilato e ácido carboxílico tem carboxila). Quando uma CETONA SOFRE
hidrogenação, forma-se ÁLCOOL SECUNDÁRIO (carbono com hidroxila ligado a dois carbonos). Quando
um ALDEÍDO sofre hidrogenação, forma-se ÁLCOOL PRIMÁRIO (carbono com hidroxila ligado a um
único carbono).

- Reagente de Grignard = adição nucleofílica (organometálicos = compostos orgânicos com ao menos 1


átomo metálico): Como indicado antes, o Reagente de Grignard trata-se de uma reação em que
aldeíodos/cetonas reagem com RMgX (R é radical alquila , Mg é magnésio e X é halogênio). O Mg tem
carga 2+ e o halogênio (X) tem carga -1, o que faz com que R (radical alquila) tenha CARGA -1 =
NUCLEÓFILO. Essa reação ocorre em duas etapas: 1° em meio anidrido (sem água) e 2° com água
(hidrólise), com o final liberando Mg(OH)X + álcool. O álcool ser primário/secundário/terciário depende de
quem foi o composto com carbonila que reagiu. Atenção para a ordem do Mg(OH)X
 Reações de Eliminação -> Gera 2 ou mais produtos Insaturados, ou seja, forma-se ligação PI. Lembre-
se da Regra de Zaitsev. Exemplo: desidratação intramolecular (álcool perde água e forma alceno. Ocorre
em temperaturas mais altas do que a desidratação intermolecular), eliminação do HX (haleto de alquila
reage com base forte para liberar sal + álcool), desidratação do anidrido
- Desidratação Intramolecular de álcoois: Álcool perde água e gera alceno. Ocorre em temperaturas
maiores do que a desidratação intermolecular. Não se esqueça da Zegra de Zaitsev -> o carbono que
perde H+ para gerar a água (nessa reação específica) sai do carbono menos hidrogenado

Obs: Ácidos carboxílicos que tem hidroxila em sua cadeia podem sofre desidratação intramolecular ->
Forma-se ácido insaturado (a hidroxila alcóolica sai) ou éster cíclico (a hidroxila também sai e a cadeia
fecha
- Eliminação de HX: Um haleto de alquila reage (normalmente com uma base forte) para liberar um
alceno + água + composto (geralmente sal contendo o haleto se for com base forte). Lembre-se da Regra
de Zaitsev (hidrogênio sai do carbono menos hidrogenado)

- Desidratação de ácidos carboxílicos (2 ácidos carboxílicos reagem, liberando água e formando um


ANIDRIDO)

 Reações de Oxidação de compostos orgânicos: o NOX do carbono varia de +4 até -4). Exemplo:
Combustão (C-C e C-H reage com O2 para gerar CO2 + Água – combustão completa – ou CO + Água –
combustão incompleta), Redução de carbonilas (igual a hidrogenação de carbonilas), Redução de
compostos nitrogenados (grupo nitro vira amina), Oxidação do álcool (forma aldeído se álcool primário
(que pode se oxidar novamente e formar ácido carboxílico) ou cetona se álcool secundário. Álcool
terciário não sofre oxidação), Oxidação da ligação pi = oxidação de alcenos (Ozonólise = forma aldeídos
(carbono primário e secundário) e/ou cetonas (carbono terciário) ++ Oxidação Branda = forma diol vicinal
++ Oxidação Energética = Carbono 1° = CO2 + Água || Carbono 2° = Ácido Carboxílico || Carbono 3° =
cetona)
- Combustão: Se houver C-C ou C-H, o composto reage com Oxigênio, liberando CO2 (ou CO, se for
incompleta) + Água

- Redução (diminui NOX) = hidrogenação de carbonilas -> Ocorre em carbonilas e carboxilas: Tem-se a
formação de álcoois a partir de aldeídos e cetonas, onde a dupla da carbonila é desfeita -> Isso equivale à
hidrogenação de carbonilas (uma reação de adição eletrofílica)
- Compostos Nitrogenados: Grupos Nitro (NO2) geram Aminas (NHx) a partir da redução, ou seja, do
ganho de hidrogênio e perda de oxigênio (o NOX nitrogênio deixa de ser positivo para se tornar negativo)
Oxidação de ligação PI entre carbonos: Rompe-se a dupla e insere o Oxigênio
- Ozonólise: Ozônio reage com ligação dupla e quebra ela, formando dois compostos: um aldeído (se for
carbono primário ou secundário) e/ou uma cetona (se for carbono terciário).
Dica: carbono terciário é praticamente um álcool secundário. Estabeleça essa relação pra identificar a
semelhança entre ozonólise e oxidação de álcool secundário
- Oxidação Branda: A quebra da dupla sempre gera um DIOL VICINA. Ocorre também com
permanganato de potássio, mas em meio básico.

- Oxidação Energética/clivagem oxidativa: Oxidação mediante altas temperaturas + forte agente oxidante
(K2Cr2O7 ou KMnO4) em meio ácido. Carbono primário = CO2 e Água X Secundário = Ácido Carboxílico
X Terciário = Cetona)
Oxidação de Álcoois: Agente oxidante – geralmente KMnO4 ou K2Cr2O7 -, em meio ácido, libera
Oxigênio, que REMOVE HIDROGÊNIOS DO CARBONO LIGADO À HIDROXILA
Dica: as oxidações de álcoois são o inverso da reação de hidrogenação deles
Dica 2: Enquanto houver hidrogênios ligados ao carbono da hidroxila, é possível haver oxidação (isso é
útil para a oxidação do álcool primário)
- Álcool primário (COH ligado com 1 carbono) = Pode ser uma oxidação parcial: forma-se aldeído e libera
água ou uma oxidação total: forma-se ácido carboxílico, se o aldeído for oxidado novamente.

- Álcool Secundário (COH ligado com 2 carbonos) = O álcool perde o seu único hidrogênio e forma
cetona. Não é possível haver mais nenhuma oxidação da cetona.
- Álcool Terciário (COH ligado com 3 carbonos) = Não ocorre, porque o C está ligado à hidroxila e mais 3
carbonos, não havendo mais hidrogênios a serem retirados.

Obs: O metanol possui 3 hidrogênios ligados ao carbono com carboxila, portanto pode sofrer oxidação
primária (aldeído) x secundária (ácido carboxílico) x terciária (ácido carbônico, que irá se decompor)
Recursos Orgânicos -> Principais: Biogás (decorre de decomposição anaeróbica) ++ Biodiesel (decorre
da transesterificação de óleos vegetais – triglicerídeos) ++ Petróleo (Refinamento, craqueamento, coluna
de fracionamento, pirólise) ++ Gás Natural ++ Carvão
Obs: BIOCOMBUSTÍVEIS POSSUEM UMA “VANTAGEM” (PARA O ENEM): diminuição da emissão
efetiva de dióxido de carbono -> Porque há reaproveitamento e reutilização de matéria orgânica + a
vegetação compensa parte do CO2 que é emitido
DICA: A PARTE MAIS DIFÍCIL DESSE CONTEÚDO É A FILA DE REATIVIDADE DA SIMPLES TROCA -
> O AMETAL MAIS ELETRONEGATIVO = REAGE MAIS. O METAL MAIS ELETRONEGATIVO = REAGE
MENOS (ex: os nobres)

Obs: A REAÇÃO DE DUPLA-TROCA É ÚTIL PARA RETIRAR COMPOSTOS TÓXICOS DO SOLO, POIS
PODE FORMAR COMPOSTOS INSOLÚVEIS
* Acidez e basicidade de compostos orgânicos: Determinada pelo EFEITO INDUTIVO (movimento de
elétrons, em função da eletronegativade, numa cadeia orgânica saturada)
 Efeito Indutivo Positivo = eletroatraente (NO2/Anel Aromático/Hidroxila/Eteno/ FONCLBISCPH -> o
Flúor, por ser o mais eletronegativo, atrai os elétrons para uma extremidade da cadeia) x Negativo =
eletrorepelente (Elétrons são empurrados para o interior da cadeia por um átomo ou grupo substituinte ->
metil/etil/propil/butil/hidrogênio)

 Como determinar acidez/basicidade por efeito indutivo? Quanto mais grupos elétron doadores
(positivo) = MAIOR BASICIDADE OU quanto mais grupos elétrons receptores (negativo) = MAIOR
ACIDEZ.
 Relação ORTO/META/PARA -> Quanto MAIS PRÓXIMO (O>M>P) = MAIS RÁPIDO O EFEITO
INDUTIVO = MAIS ACENTUADO É O CARÁTER DO COMPOSTO (depende dos grupos eletroatraentes
ou eletrorepelentes)
Ex: C2CL x C2F -> Flúor é mais eletronegativo = mais ácido que Cloro OU CCH3 x CCH3CH3 -> Quanto
mais grupos eletro relepentes, mais BÁSICO, então o primeiro é mais ÁCIDO //// Radical Etil x Radical
Metil -> Quanto MAIS CH3 = MAIS EFEITO POSITIVO = MAIS BASICIDADE
Ex: -> C6 é o carbono com menor densidade eletrônica
1) MENOR A CADEIA = MAIOR ACIDEZ X MAIOR A CADEIA = MAIOR BASICIDADE
- Bases: Aminas (2° > 1° > 3° > Amônia > Aromática)
- Ácidos: Ác carboxílico > Fenol > Alcool
- Anfótero: aminoácidos
Obs: * Ácidos carboxílicos = odor // Éster = sabor/aroma (FLAVORIZANTE)

Polímeros -> Moléculas enormes formadas por parte menores (monômeros)


- Tipos de polímeros:
 Quanto a Natureza: homopolímero (só um monômero) x copolímero (mais de um tipo de monômero)

 Quanto a origem: Natural (produzido por organismos vivos) x Sintético (produzidos artificialmente)

 Quanto a estrutura: Linear (sem ramos) x Ramificado (com ramificações) x Reticulado (polímeros
conectados entre si)
Obs: MAIS RAMIFICADO = MENOS DENSO
 Quanto a propriedade:
- Mecânica (elastômero = com elevada elasticidade e capazes de voltar ao formato original, como a
borracha, por exemplo. Essa característica ocorre porque são RETICULADOS (CONECTADOS ENTRE
SI) E TERMOFIXOS // plástico = compactos, viscosos, sólidos parcialmente cristalinos ou sólido amorfo
vítreo e diversos // fibra = fina e alongada, muito usadas para suportar tensão)
 Térmica (termofixo ou termorrígido = CADEIAS INTERLIGADAS = moléculas não deslizam umas sobre
as outras = NÃO FUNDE = endurece no calor // termoplástico = CADEIAS SEPARADAS = NÃO
CRUZADAS (LINEARES)= PODEM DESLIZAR UMA SOBRE A OUTRA = SOFRE FUSÃO = amolecem
no calor) -> Isso permite facilitar/permitir o processo de reciclagem

1 - Pouco interligados = elastômero


2 - Nada interligados = Cadeias deslizam uma sob as outras = se fundem facilmente = termoplásticos
3 - Bastante interligados = cadeias não deslizam umas sob as outras = não se fundem facilmente =
termofixos

- Polimerização: ocorre por Condensação (FORMA-SE NOVA FUNÇÃO ORGÂNICA, a partir de outras 2
(não necessariamente diferentes) e HÁ moléculaS sobrando, principalmente água) ou adição (QUEBRA-
SE A LIGAÇÃO PI, não se forma outro produto além do polímero e é mais reativa)
Obs: Não esqueça de representar os parênteses e o prolongamento (ao menos 1 carbono) fora dele.
Além disso, são N reagentes e N produtos (incluindo N águas, por exemplo). NÃO SE ESQUEÇA, EM
HIPÓTESE ALGUMA, DE FECHAR OS MONÔMEROS COM AS FUNÇÕES
- Principais grupos: VINIL: CH2 = CH /// Acetileno: etino (C tripla C)
Principais polímeros
1) De adição. Dica: Derivados do etileno/radical vinil (etileno como radical) ++ Cloretos e fluoretos ++
Elastômeros
- Polietileno -> Etileno.

- Polipropileno -> Propileno (lembre do radical isopropil, mas com uma dupla ligação).

- Policloreto de Vinila -> Etileno, mas com 1 dos carbonos com 1 cloro no lugar do hidrogênio. PVC]
Obs: radical vinil: CH2 = CH
- Politetrafluoretileno -> Etileno, mas com Fluor no lugar do hidrogênio.Teflon

- Poliestireno -> Benzeno + eteno (ou vinilbenzeno). Material descartável

- Polímeros acrílicos

Obs: Polímeros diênicos (Elastômeros) -> Apresentam propriedades elásticas e são formados a partir de
um monômero com duas ligações duplas conjugadas (dieno conjugado). Nesse tipo de polimerização de
adição, acontece a adição-1,4, na qual uma das ligações duplas migra para o meio da cadeia do
monômero, conforme representado a seguir. Exemplos: borrachas, neoprene
Obs: Vulcanização: adiciona-se enxofre e aquece o sistema, fortalecendo o material desejado. Tal
processo é muito usado na borracha/látex -> Fortalece a resistência mecânica

Ex: Vulcanização parcial ->


2) De Condensação: Dica: Funções orgânicas (éster, amidas) + Baquelite + Silicone

- Poliéster (Compostos com ácido carboxílico e álcool reagem formando monômeros com éster. PET =
Politeraftalato de etileno)
- Poliamida (Compostos com amina e ácido carboxílico reagem formando polímeros moldáveis,
termoplásticos e altamente resistentes. Nailón). Constituintes: amidas

- Poliaramida/amidas aromáticas (Altamente resistentes – mais que o aço e não são corroíveis em água.
Kevlar): Constituintes: Amidas aromáticas
- Policarbonatos (Termoplásticos, transparentes e altamente resistentes à impactos). Constituintes:
Carbonatos (CO3)

- Baquelite (Termofixo. Muito utilizado em panelas e utensílios que sofrem com passagem de corrente
elétrica). Constituinte: Fenol

- Silicone (termoplástico e contém silício). Constituinte: Silício

Obs: Polímeros condutores -> Possuem ligações conjugadas (duplas alternadas). Geralmente oriundos de
dienos 1,3 ou de etinos
Como resolver questões de identificar monômeros de polímeros incomuns? Precisamos identificar qual o
tipo (condensação ou adição), perceber onde há repetição e ir desmembrando. Se for um de adição,
então há formação de dupla. Se for de condensação, a cadeia volta a ter monômeros de funções
diferentes.
Obs: total de monômeros: massa/massa molecular do monômero
Adição -> devemos quebrar a molécula ENVOLVIDA PELO PARÊNTESES e ir formando ligações pi
novamente
Condensação -> devemos voltar às funções orgânicas que formam os monômeros

Química Inorgânica
* % De isótopos: Média ponderada -> M do elemento = (Isótopo 1 * %Y) + Isótopo 2 * %Z)/100 e faz-se
um sistema com Y + Z = 1 (100%)
* Fórmula mínima/empírica: Suponha uma massa de 100g, logo cada % equivalerá em massa, divida pelo
g/mol de cada elemento, divida pelo menor coeficiente que achar e não esqueça de colocar tudo em
número inteiros. Ex: 84% Carbono e 16% Hidrogênio -> 84g/12g -> 7 mols de carb e 16g/1g -> 16 de
Hidro. Divide pelo menor número -> 7/7 = 1 e 16/7 -> 2,28. Agora, transforme em números inteiros: 2,28 *
9 = 20 e 1 * 9 = 9. Portanto, C9H20
Obs: SE APARECEREM NÚMEROS QUEBRADOS QUANDO ACHAR A “FÓRMULA MÍNIMA”,
DEVEMOS TORNA-LOS INTEIROS.
* Modelos Atômicos
Obs: Raios Catódicos (chamam-se assim porque saem do cátodo; Foi o responsável pela descoberta dos
elétrons + qualquer metal irá emitir raios catódicos) = Modelo de Thomson (primeiro a explicar fenômenos
elétricos). Rutherford = eletrosfera e Partículas Alfa bombardeadas em ouro (descoberta dos prótons) e
eletrosfera. Bohr = camadas eletrônicas, órbitas quantizadas e bem-definidas e emissão de luz (elétron
absorve energia, salta para uma cada mais externa e, ao retornar para uma camada mais interna, emite
energia na forma de luz). Sommerfield = carinha das órbitas ELÍPTICAS e subníveis. Chadwick =
nêutrons. Pauli = spin
Obs: cada átomo possui frequência de onda oriunda das transições eletrônicas ÚNICA.
Obs: um dos problemas do modelo de Rutherford era as órbitas circulares, que, por terem essa forma,
eventualmente perderiam energia e consequentemente implodiriam. Além disso, haveria a colisão dos
elétrons com o próprio núcleo do átomo
Obs: Leis Ponderais + Lei das proporções
Obs: Balanças, reações químicas e sistemas
Em sistemas fechados, independente do que aconteça, A BALANÇA FICARÁ COMO ESTAVA, POIS A
MASSA TOTAL É CONSERVADA. Contudo, quando há um sistema aberto, haverá escape de gases.
Dessa forma, se queimarmos papel, liberaremos CO2(g), que foge do sistema. Enquanto que ao
queimarmos aço, o ferro reage com o oxigênio para formar óxido férrico, que é mais pesado.
- Distribuição Eletrônica
- Preenchimento de orbitais (possuem, no máximo, dois elétrons em cada orbital, se tiverem spin +1/2 e -
1/2)
O preenchimento começa com o subnível mais baixo (s) e segue-se desenhando um “spin” com seta para
cima até que todo o orbital esteja com todos os quadrados com uma setinha para cima, para então
preencher com a seta para baixo. O que não foi preenchido num orbital é considerado um elétron
desemparelhado.
Ex: O subnível d de um átomo, em seu estado fundamental, tem 4 elétrons desemparelhados. O número
de elétrons que existem no nível a que pertence esse subnível é -> Como estamos trabalhando com o
preenchimento do subnível D, significa que S e P estão totalmente preenchidos. Logo, já são 8 elétrons
no nível desse subnível. Agora, há a questão dos 4 elétrons desemparelhados. Isso pode ser interpretado
de duas forma: Há 4 orbitais com 1 elétron e um orbital vazio OU há 5 orbitais completos, mas com 1
deles totalmente preenchido. Dessa forma, teríamos 4 elétrons no primeiro caso (8+4 = 12) ou 6 no
segundo (6+8 = 14).

Ex: A configuração eletrônica de um átomo neutro no estado fundamental é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5. O
número de orbitais vazios remanescente no nível principal M é:
Por exemplo, o átomo do Flúor (com número atômico 9) -> Fazendo a distribuição, temos 1s2, 2s2,2p5 ->
Temos 1 elétron desemparelhado (afinal, o subnível 2p precisaria de mais 1 elétron para se estabilizar) e
com o seguinte preenchimento: Começamos com o 1s2 -> Desenha-se um quadrado e como esse
subnível está completo, 2 setas preenchem ele. Depois vem o 2s2, que também só possui 1 quadrado
totalmente preenchido. Depois vem o 2p6, que possui 3 quadrados (afinal, cada quadrado só suporta 2
elétrons e o subnível p6 tem um total de 6 elétrons). Ao desenharmos os 3 quadrados, primeiro
preenchemos todos os quadrados disponíveis com uma setinha para cima, assim representando 3
elétrons. Sobraram 2, porque o átomo de Flúor tem 5 elétrons na camada 2p. Preenchemos os 2
primeiros quadrados com uma setinha para baixo e então o último quadrado fica vazio. É nele que temos
o elétron desemparelhado.
* Elétrons Desemparelhados/livres: quando o subnível mais energético está totalmente preenchido =
diamagnético (sem atração). Mais comuns: FON. Ex: H2O -> 2 elétrons do O estão com os H e o resto (6)
estão desemparelhados
* Propriedades/Tabela Periódicas: Leitura: Períodos (ordem crescente de número atômico): Vão nos
indicar qual a camada (1,2,3,4,5,6,7) que está o elétron mais energético (dica: mais energético = última
camada, não, necessariamente, a camada de valência). Começa no primeiro período, com Hidrogênio
(1s1) e Hélio (1s2) e termina no sétimo (inclui a família dos actinídeos).
Famílias/grupos (propriedades semelhantes): São dezoito famílias, as quais nos indicam qual a camada
mais externa (dica: mais externa = valência = de onde saem os elétrons dos íons) daquele elemento.
Ordem: 1 (s1), 2 (s2), 3 – 12 (d1 – d10, com exceção dos lantanídeos e actinídeos, que vão de F1 até
F14. Detalhe: La (lantânio) e Ac (actínio) são quem iniciam o bloco F, com seu F1)) e 13 – 18 (p1 – p6)

Propriedades: Raio Atômico (tamanho do átomo; Atenção se são isoeletrônicos, pois quem GANHA
Eletrons AUMENTA o raio e quem PERDE REDUZ O RAIO) -> Aumenta para baixo (mais camadas) e
para esquerda (menos prótons = menor atração = não puxa tanto o átomo, logo não o condensa) = mais
eletropositivdade (caráter metálico) X Raio Iônico (raio do cátion é menor que o do átomo original, pois
menos elétrons = mais atração = átomo menor e o raio do ânion é o contrário) X Energia de Ionização
(energia mínima necessária para retirar um elétron no estado gasoso) -> Quanto menor o átomo = menos
elétrons = mais difícil de retirar = maior energia de ionização. Portanto, é o inverso do raio atômico x
Densidade, Temperatura de Fusão e Ebulição (mais ao centro = maior temperatura de fusão e ebulição e
densidade)

Obs: Para compararmos energia de ionização de átomos isoeletrônicos, analisamos a quantidade de


prótons: Mais prótons = maior atração núcleo x elétron = maior dificuldade de retirar o elétron = maior
energia de ionização -> Isso também significa que mais prótons para isoeletrônicos = maior atração =
menor raio atômico

O gráfico de energia de ionização nos dá o valor da energia necessária para arrancar um determinado
elétron da camada de valência de um certo átomo. Quando há pouco variação de um elétron para outro,
podemos afirmar que eles estão NA MESMA CAMADA DE VALÊNCIA. Contudo, se houver uma variação
muito grande de uma para outra, significa que houve mudança na camada de valência. No gráfico acima,
por exemplo, temos que do 5° para o 6° elétron houve presença de uma descontinuidade. Portanto, o
átomo em questão, quando perde 6 elétrons, muda para uma outra camada. Dessa forma, o elemento em
questão poderia ser da família 5A (15), pois como terminam em p3, ao perderem 5 elétrons, o sexto
elétron é de uma outra camada mais próxima do núcleo.
Obs:Terras Raras = Se transformam em vários elementos da indústria e, nem sempre, são raros e
encontrados em pequenas quantidades.
Obs: elementos representativos = Famílias 1 e 2 e 13 a 18
Obs: Actnídeos = todos são radioativas e lantanídeos = alguns são estáveis
Obs: Destaques da história: Dobeheiner = Tríades (Os elementos de cada tríade apresentam
propriedades químicas semelhantes, e a massa atômica do elemento central equivale aproximadamente à
média aritmética das
massas atômicas dos outros dois.)// Mendeleev = Elementos (Ga e Ge) + organização por massa atômica
crescente // Moseley = Organização por número atômico (atual)
* Ligações químicas
 PI (MAIS FORTE; secundária ou terciária; número de elétrons pi é sempre o DOBRO DO DE
LIGAÇÕES; Mais ligações pi/Maior a diferença de eletronegatividade = mais elétrons
compartilhados = maior atração = menor distância entre os átomos = maior dificuldade em separá-
los = mais energia necessária para quebrar/formar a ligação) Vs Sigma (primeira; mais fácil de ser
quebrada)
Obs: Elétrons pi = 2 * número de ligação pi /// LIG TRIPLA = MAIOR INTENSIDADE = MAIOR ATRAÇÃO
= MAIS CURTA QUE A DUPLA
Iônica (∆eletronegatividade > 1,7; Metais e ametais; retículo cristalino -> vários íons organizados; conduz
corrente quando fundida/em solução porque os íons se desprendem da rede cristalina e passam a se
movimentar) x Covalente (∆eletronegatividade < 1,7; ametais; compartilhamento de nuvem eletrônica;
Várias moléculas organizadas) x Metálica (Mar de elétrons; metais; os elétrons livres das ligas metálicas e
sua movimentação livre é o que permite a condução de eletricidade). Obs: Ionização (lig covalentes) VS
Dissociação iônica (lig iônicas)

Obs: ligação coordenada/dativa -> Um átomo estável (octeto completo) compartilha elétrons com um
elemento instável (que não compartilha nenhum, pois o outro átomo já está estável) para estabiliza-lo. A
família mais emblemática para fazer esse tipo de ligação covalente é a família do oxigênio (calcogênios).
A polêmica dessa ligação é que ela é simplesmente uma ligação covalente, mas o nome
dativa/coordenada e a seta para representar essa ligação são utilizados para fins didáticos. Hoje se
representa essa ligação com um traço único.
Obs: Quanto mais forte e com mais carga oposta (lig iônica ou íon-dipolo) = maior resistência/dureza do
material.
Obs: O íon amônio possui 4 ligações covalentes (NH4+), porém consegue fazer uma LIGAÇÃO IÔNICA
COM OUTROS ELEMENTOS, porque há presença de cátion.
Obs: A condutividade de eletricidade ocorre quando há elétrons livres (lig metálica) ou íons livres
(composto iônico sofre dissociação em meio aquoso)

* Propriedades dos metais


 Ductilidade - capacidade de formar fios / Maleabilidade - capacidade de formar lâminas / Tenacidade –
resistência à aplicação de força = capacidade de absorver energia até a ruptura/ Dureza – resistência ao
risco
Obs: cuidado com fórmulas estruturais (básicas) e FÓRMULAS DE LEWIS/ELETRÔNICA-> Em
compostos IÔNICOS, em que há cátions/ânions envolvidos, o cátion deve ser representado com somente
o símbolo de “+” e o ânion deve ser representado ENTRE COLCHETES, com todo os elétrons de sua
última camada agora completa e o sinal de “-“. Já em compostos MOLECULARES, representa-se toda A
ÚLTIMA CAMADA ELETRÔNICA dos átomos envolvidos, MAS SEM COMPLETÁ-LA.
O que orienta a formação das ligações químicas? A Regra do Octeto (átomos tendem a adquirir a
configuração eletrônica dos gases nobres -> subníveis sp2 e sp6 completos). Contudo, há inúmeras
exceções para ela:
- Lítio, Hidrogênio e Hélio -> se estabilizam com sp2 (por causa do seu número de elétrons)

- Hibridações (há a mistura de orbitais para a formação de um outro novo. Basicamente, um orbital que
está completo cede um dos elétrons para permitir que outro orbital antes vazio, fique com um elétron
desemparelhado e permita que o composto faça mais ligações). Belírio (Be) -> Não tem elétrons
desemparelhados, logo não deveria fazer ligação alguma. Como ele faz, ele hibridiza o orbital 2s2 para
criar dois orbitais híbridos sp. Ex: BeH2 ++++ Boro (B) -> Tem um elétron desemparelhado, mas a
hibridação acontece entre um orbital s e dois orbitais p, formando três novos orbitais, idênticos entre si,
denominados orbitais híbridos sp2 ++++ Carbono (C) -> tem hibridação sp3 (4 ligações simples/sigma = 4
lig simples), sp2 (3 sigma e 2 pi = 1 dupla e 2 simples), sp (2 sigma e 2 pi = 1 tripla e 1 simples ou DUAS
DUPLAS)

Obs: AS HIBRIDAÇÕES DIFERENTES SÃO O QUE CONFERE AO CARBONO SUA TETRAVALÊNCIA


E AS DIFERENÇAS DE PROPRIEDADES DE COMPOSTOS COMO GRAFITE (LIGAÇÃO CONJUGADA
-> SP2) E DIAMANTE (SP3)

- Elementos do terceiro período em diante -> todos podem sofrer hibridação e expandir seus octetos

Obs: gráficos com energia de ionização. Pelo observado, podemos deduzir que X tem 2 elétrons na CV (a
terceira E.I é muito maior que a segunda = onde há a transição) e Z tem 7 elétrons na CV (da sétima para
a oitava é onde há uma transição significativa). Portanto, podemos deduzir quais as posições do
elementos e quantos elétrons precisam para se estabilizar.
 Geometria Molecular (é organizada de modo que os átomos tenham a maior distância possível entre
eles): Através da regra do octeto/hibrização/dativa, podemos definir quantas ligações um determinado
átomo irá fazer, mas isso é insuficiente para nos dizer a geometria da molécula. Para isso, utiliza-se a
Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência -> A geometria de uma molécula será
determinada pela disposição dos pares de elétrons ligantes (o que falta pra completar o octeto) e não
ligantes (o que tem no átomo sozinho) e com o objetivo de ter a menor repulsão possível entre os elétrons
(logo maior ângulo de distância). Por exemplo, em N2 -> O átomo de N possui 5 elétrons, faltando 3 para
completar os 8. Estes N’s da molécula irão compartilhar 3 elétrons, restando 1 par não ligante. Dessa
forma, separando conforme o número de pares eletrônicos:

2 pares eletrônicos -> Linear (180°; sem pares não ligantes; pode para molécula de 2 ou 3 átomos) -> H2
/ CO2 (2 duplas) / CO (1 dupla + dativa ou 1 tripla) / NO2 / BeCl2

3 pares eletrônicos -> Angular (120°; COM 1 PAR NÃO LIGANTE) = H2O, SO2, O3, H2S x Trigonal
Plana (120; sem pares não ligantes) = SO3, NO3-, BF3

4 pares eletrônicos -> Trigonal plana (não possui par de elétrons livres): SO3 / BF3 / NO3
Piramidal/Pirâmide Trigonal (107°; Átomo central ligado a 3 outros átomos na extremidade; 1 par de
elétrons livres no átomo central): NH3 / PH3 / NCL3 // Bipirâmide trigonal (quando há 2 pares de elétrons
livres no átomo central): BrF3

5 pares eletrônicos ->Tetraédrica (109°28’; sem par de elétrons livres): CH4 / CCL4 x Quadrática Plana
((possui par de elétrons livres no átomo central): XeF4 x Bipiramidal (6 átomos

6 pares eletrônicos -> Octaédrica (90°; sem pares não ligantes; em forma de octaedro; 7 átomos): SF6
* Radicais Livres (sofre redução, ganha elétrons) -> Possui um elétron livre/desemparelhado (valência
livre), que por sua vez é o ponto de maior reatividade e um número total de elétrons ímpar na camada de
valência. Exemplo: H2O -> 8 elétrons totais e 2 elétrons livres // NO -> 11 elétrons e 1 deles livre.
Obs: CUIDADO AO DIFERENCIAR MOLÉCULA (GEOMETRIA) POLAR/APOLAR COM LIGAÇÃO
APOLAR/POLAR
Obs: CUIDADO QUANDO HÁ ÍONS (CÁTIONS E ÂNIOS), POIS ELES ALTERAM O NÚMERO DE
ELÉTRONS LIVRES DO ÁTOMO CENTRAL
 Polares: Quando o vetor momento dipolar é diferente de 0 -> íon-dipolo (mais forte; quando um íon
interage com uma substância polar) // Pontes de hidrogênio (H interage com FON, hidrogênio reage com
elementos mais eletronegativos) // Dipolo-Dipolo permanente (média, compostos de diferentes
eletronegatividades interagem = há polaridade) // ligação iônica + covalente polar + metálica
 Apolares: Dipolo Induzido/Forças de London (fraca, própria atração gravitacional gera deslocamento de
elétrons e induz polos na molécula, entre moléculas apolares) // ligação covalente apolar
Não confunda força INTERmolecular com INTRAmolecular

Obs: para que haja quebra de ligação intermolecular, basta haver mudança de estado físico

- Relação entre forças intermoleculares e propriedades:

Maior força intermolecular = maior temperatura de ebulição + menor temperatura de fusão + menor
pressão de vapor = menor volatilidade

Mais ramificada/longa = menor superfície de contato = menor a força intermolecular

Maior massa/tamanho = AUMENTA o efeito da FORÇA INTERMOLECULAR. Ex: HCL e HBR


- Moléculas Anfifílicas (ex: sabão e detergentes) -> Parte apolar + polar // Capazes de promover quebra
da tensão superficial da água (efeito tensoativo/surfactante = ambos moléculas anfifílicas) // Capazes de
formar micelas (agregados de compostos anfipáticos + substâncias solubilizadas = anfifílicos) por meio da
emulsificação (permite que compostos polares e apolares se misturem)
Nota: tensoativos/surfactantes não fazem compostos polares e apolares interagirem, mas permite que
eles se misturem
Obs: Detergentes (anfifílicos, tensoativos = capazes de reduzir a tensão superficial da água = enfraquece
a ligação de hidrogênio e permite que se ligue com substâncias apolares. Menor tensão superficial
equivale à maior molhabilidade) //
 Volatilidade = MAIOR PRESSÃO DE VAPOR = Maior altitude -> Baixa temperatura de ebulição em
decorrência das forças intermoleculares fracas.
Obs: Maior altitude = menor quantidade de O2 disponível = pressão do ar = menor temperatura de
ebulição
- Critérios para volatilidade/ebuilição/intensidade da força intermolecular: Força > Massa > Ramificações =
quebra com mais facilidade)

* Ácidos, bases, óxidos e sais


 Óxidos: Oxigênio é o elemento mais eletronegativo: AO (fórmula geral). Se A = metal, então óxido de
“metal” (se o metal possuir vários NOX, então usamos ico/oso no nome). Se A =ametal, então A e O usam
mono/di/tri/tetra... para oxigênio e o ametal. Obs: Peróxidos -> NOX do Oxigênio é -1 e Superóxidos ->
NOX é -1/2

Obs: óxidos podem atuar como bases (nox 1 e 2), anfóteros (3 e 4) e ácidos (nox 5+), mas também
podem ser neutros (CO, NO e N2O). Ao reagirem com água, formam base/ácido (dependendo de
qual for o seu caráter e solubilidade). Se reagirem com composto de caráter oposto ao seu, podem agir
de modo a realizar uma reação de neutralização
Sais: Solubilidade: Sais solúveis: 1A, 2A (Exceção: Mg e Be) ++ NH4 (solúveis independente do ânion.
Destaque para o fosfato, que só é solúvel com esses 2 cátions) ++ Nitratos, cloratos e acetatos (sempre
solúveis independente do cátion ++ Sulfatos (exceções: Ca, Na, Sr, Pb) ++ cloretos, brometos e iodetos
(Ag, Hg, Pb) x Insolúveis (tendem a não se ionizar/dissociar)
- Reações de neutralização: Neutralização total (forma sal + água) x Neutralização Parcial (o composto
formado ou é hidroxilado ou hidrogenado + LIBERA-SE ÁGUA. Em neutralização de compostos
orgânicos, é necessário atentar-se para quais compostos podem agir como base (aminas) ou ácidos
(ácidos carboxílicos e fenóis -> O hidrogênio ionizável é o da hidroxila)
Ex:
Uma coisa interessante da questão e que nunca foi cobrado é: os componentes mais fortes reagem
primeiro. Assim, o ácido acético reage com o bicarbonato de sódio. Depois, o fenol reage com o NaOH.
Por fim, a anilina (que é básica por conta das aminas) reage com o HCL. As frações aquosas representam
o que foi gerado a partir das reações de neutralização.

- Sais duplos/mistos -> provenientes da reação de neutralização entre dois ácidos e uma base ou um
ácido e duas bases = gera um composto com dois cátions ou dois ânions. Nox nos sais duplos: É preciso
prestar atenção para quem atua como ânion e quem atua como cátion. Por exemplo, na hidroxiapatita, o
Ca é o cátion, OH é ânion de NOX -1 e (PO4)3 é ânion de NOX -3. Assim, deveremos ter quantidade de
Ca suficiente para neutralizar a carga de OH- (-1) e 3 * (-3) ///
Obs: Alguns compostos são obtidos por meio da DECOMPOSIÇÃO TÉRMICA = pirólise (pode liberar
vários compostos, mas geralmente é CO2 e/ou Água + óxido) de alguns sais para liberação de óxidos que
serão, então, hidrolisados. Isso é útil,. Por exemplo, para obter hidróxido de cálcio a partir CaCO3,
fazemos a decomposição térmica e liberamos CaO e CO2. A cal é hidrolisada e por ser um óxido básico
reagindo com a água, produz base
Obs: Água dura = alta disponibilidade de sais de MAGNÉSIO E CÁLCIO
Ácidos

obs: numa comparação entre dois ácidos NÃO OXIÁCIDOS: mais forte = ligação mais fraca = mais fácil
de se ionizar = maior constante de ionização)

obs2: numa comparação entre dois oxiácidos = mais eletronegativo = mais ácido

Obs3: como observado nas imagens, quanto mais dissociado = mais ácido = menor pH. Se o elemento
em questão puder gerar bases conjugadas, então quanto mais forte o ácido = mais fraca a base
conjugada

- Ácidos fixos (minoria) = ponto de ebulição acima de 100°. Ex: Ácido sulfúrico (H2SO4), ácido bórico
(H3BO3), ácido fosfórico (H3PO4)
- Hidrogênios ionizáveis -> Hidrácidos = todos são ionizáveis x Oxiácidos = somente os ligados ao
oxigênio, mas há exceções

Obs: há, ainda, outras funções inorgânicas, como os carbetos e hidretos, onde o C e o H,
respectivamente, fazem ligações iônicas, em vez de covalente.
Outras teorias ácido-base -> Para ambas as teorias, quanto mais forte um ácido/base, mais fraco é seu
par-conjugado.
- Brownsted-Lowry(base recebe h+ e ácido doa h+) ex: HNO2 + H2O ⇌ NO2– + H3O+
NH3 + H2O ⇌ NH4+ + OH- -> NH3 recebeu o H+ (próton) = base, enquanto a água atuou como ácido, pois
doou H+
Ex: OH- seria uma BASE de Brownsted-Lowry, porque receberia H+ ao reagir e se estabilizar, enquanto
H3O+ seria um ácido, pois liberaria um próton para se estabilizar.
Obs: distinguir quem é quem numa reação com dois elementos que geralmente tendem a atuar como
ácido ou como base:
H2SO4 + HNO3 -> Como sabemos quem é ácido e quem é base? Se notarmos, H2SO4 pode ionizar e
liberar H+ (ácido) e HNO3 pode liberar H+ ou OH- (gerando o grupo nitro). Podemos perceber isso se
separarmos os compostos: H-HSO4 + HO-NO2
- Lewis (ácido recebe elétrons e base doa elétrons) -> Identificar quem é quem quando se trata de Lewis é
mais difícil. Para isso, identificamos quem recebeu/doou o par de elétrons. No exemplo abaixo, percebe-
se que o Cloro estava sem o par de elétrons preenchidos e ao reagir com o AlCl3, ele doou seu par de
elétrons. Logo, ele é a base.
Uma maneira interessante de se pensar a questão é “Quem tem par de elétrons para doar?” Como o cloro
é, na situação, um ânion e com um par de elétrons livre, certamente é o único que pode doar elétrons e,
portanto, ser uma base de Lewis

Exemplos extras:
No exemplo acima, o Fe está como cátion, então para se estabilizar, ele precisa RECEBER ELÉTRONS -
> ELE É UM ÁCIDO DE LEWIS.

* NOX: Ajuda a determinar os coeficientes dos elementos químicos de um composto. É afetado por
ionização, mas a entrada/saída de elétrons ocorre primeiro nas CAMADAS MAIS EXTERNAS.
Em compostos orgânicos, trabalhamos com NOX médio ou Nox de um determinado carbono
Ex: C2H5OH -> Qual o NOX do carbono com hidroxila? 0 na ligação carbono, -2 por causa do hidrogênio
e +1 no oxigênio (1 ligação simples) -> -1 o NOX do carbono da hidroxila e -3 o carbono adjacente.
Qual o NOX médio do carbono? Considere ainda a molécula de etanol
Como NOX H = +1 (geralmente nos compostos orgânicos) e NOX O = -2 ->
2 * x (nox do carbono) + 6 * +1 -2 = 0 (porque o composto está sem carga) -> 2x = -4 -> x = -2
- Balanceamento redox:
1) Identifique o agente redutor (oxida) e o agente oxidante (reduz) e analise a mudança de NOX deles
(∆NOX)
2) Escrever quem oxidou e quem reduziu, calcular as variações (∆mpx), multiplicar pelas respectivas
maiores atomicidades, e depois CRUZAR OS RESULTADOS. É necessário simplificar, SE POSSÍVEL
Cuidado com as cargas.
Obs: deve-se colocar a proporção no lado da reação que tiver MAIOR ATOMICIDADE.

Ex:
Analisando quem oxida/reduz, percebe-se que o NOX do Manganês foi de +7 para +2 (variou 5 elétrons)
e o Ferro foi de +2 para +3 (variou 1 elétron). Portanto, ∆Mn -> 5 (reduziu) e ∆Fe -> 1 (oxidou) * 1
Analisando os índices, tem-se que o índice do Mn é 1 (tanto no reagente quanto no produto) e do Ferro é
2 (nos produtos, existem 2 átomos de ferro no sulfato ferroso).
Dessa forma, achamos podemos balancear a equação fazendo cruzado: Reduziu: ∆Mn * 1 (índice do
manganês) -> 5 mols PARA QUEM OXIDOU
Oxidou: ∆Fe * 2 (índice do ferro) -> 2 mols para QUEM REDUZIU.
Portanto, os índices do Mn e do Fe serão 2 e 5, respectivamente.
Química: Cálculos, termo, cinética, eletro
Um cuidado básico: ∆H (variação de entalpia) -> Está em J/Mol ou J/Massa Molar (gramas). Para efeitos
de comparação, deve-se utilizar as mesmas unidades. Por exemplo, para comparar qual queima é mais
eficiente, podemos fazer: ∆H1/Massar Molar1 em comparação com ∆H2/Massa Molar2. Isso ajuda a
determinar quantas J são fornecidos para cada 1 grama de determinados compostos
Exemplo: Glicose -> Produz mais CO2 numa mesma quantidade de energia // Hidrogênio -> Produz mais
energia/kg
DICA URGENTE: SE FALAR DE CALOR, PRECISAMOS ANALISAR SE ELE ESTÁ NOS REAGENTES
(ENDOTÉRMICA) OU PRODUTOS (EXOTÉRMICA). Se falar de variação de entalpia (∆H), então
podemos utilizar os sinais para determinar a reação. Lembre-se: toda reação ácido/base é exotérmica.
Obs: quanto MAIS EXOTÉRMICA = MAIS ESPOTÂNEA = REAGENTE MAIS ENERGÉTICOS (AFINAL,
SE ELES SÃO MAIS ENERGÉTICOS, QUANDO SE FORMA O PRODUTO, LIBERA-SE MAIS CALOR)
Nota: cuidado quando o exercício não quer falar sobre exotermia/endotermia diretamente, mas sim por
sinônimos
Obs: Segundo a Lei de Hess, A QUANTIDADE DE CALOR ABSORVIDO/LIBERADO VAI DEPENDER
SOMENTE DAS ETAPAS, OU SEJA, DOS ESTADOS INICIAL E FINAL DO SISTEMA (função de estado)

* Eletroquímica -> Quanto mais elétrons uma sistema eletroquímico precisa, mais complexo ele é.
Conceitos básicos: Ponte Salina: permite a passagem de íons (principalmente cátions K+ que migram
para o cátodo e ânions que migram para o anodo) // Cátodo (reduz) // Ânodo (oxida) // Maior reatividade:
Quem tiver maior potencial de oxidação é o mais reativo = MAIOR RAIO ATÔMICO = MAIS
ELETROPOSITIVO // Potencial de redução ou oxidação: não são afetados pelo coeficiente
estequiométrico, bem como a DDP permanece inalterada pelo balanceamento
Obs: De ponto de vista genérico e comparativo, mais reativo = mais eletropositivo. Dessa formal lítio e a
família 1A inteira integra o conjunto de maior reatividade = menor potencial de redução = maior potencial
de redução. Isso é muito útil para pensar em metais de sacrifício.

- Cálculo de DDP: Eoxi + Ered (lembre-se de se inverter o sinal quando preciso)


- Pilha (energia química em elétrica): Cátodo positivo e ânodo negativo // DPP positiva (espontânea).
Haverá: duas soluções iônicas de compostos equivalentes à barra metálica dos eletrodos: o ânodo
perderá massa e o cátodo ganhará massa. Há movimento de elétrons no circuito externo do ânodo para o
cátodo, mas uma corrente no sentido contrário ao movimento de elétrons (corrente convencional)
Dica: Há redução dos íons do catodo (pois eles se reduzem) e há aumento dos íons no anodo (pois eles
oxidam)
Obs: - FICA ATENTO A PORRA DOS POTENCIAIS. SE A QUESTÃO NÃO FALAR "POTENCIAL DE
REDUÇÃO OU POTENCIAL DE OXIDAÇÃO", ENTÃO É PRECISO ANALISAR O QUE ESTÁ
ACONTECENDO PARA DETERMINAR QUEM É QUEM
Ex:
Pilhas são geradores, então associá-las em série = somar DDP. O exercício é relevante porque ele NÃO
DÁ O POTENCIAL DE REDUÇÃO. Ele fornece o potencial correspondente ao eletrodo. Assim,
Eletrodo positivo da pilha = cátodo = redução = potencial de redução = 0,52V
Eletrodo negativo da pilha = anodo = oxidação = potencial de oxidação = 0,83V -> Pot red = -0,83V
DDP = Ered + E oxid = 0,52 + 0,83 = 1,35V. 8/1,35 = aproximadamente 6 pilhas para conseguir a
voltagem desejada
OBS: Existem métodos de “ressureição” de pilhas. Isso consiste em recuperar alguns dos elementos
da pilha e fazer com que ele seja capaz de voltar a reagir (geralmente oxidando). Por exemplo, lítio
metálico pode voltar a reagir (oxidar) se for capaz de migrar para um dos polos (mais especificamente o
anodo). Esse processo de ressureição EM NADA INTERFERE nas outras características da pilha,
incluindo a ponte salina.
- Eletrólise (energia elétrica em químcia): (Cátodo (reduz) negativo e ânodo (oxida) positivo {inverso da
pilha}, ++ não espontânea (ddp negativa), pois uma corrente provoca uma reação química). Não se
esqueça da liberação dos elétrons nas reações. Fique atento(a) sempre à AUTOIONIZAÇÃO DA ÁGUA,
POIS O H+ E O OH- PODEM TER PRIORIDADE SOBRE O QUE ESTÁ SOFRENDO ELETRÓLISE.
Ex: Autoionização da água: H2O -> 2OH- + 2H+. A partir disso, podemos determinar a eletrólise de água:
Equação geral da eletrólise da água: H2O -> H2 + 1/2O2
O que ocorre no Catodo: 2H+ + 2e -> H2
O que ocorre no Anodo: 2OH- -> H2O + 1/2O2 + 2e

1) Ígnea (É tão quente que não há água disponível. Para que haja fluxo de elétrons, então, é necessário
altas temperaturas para fundir o composto iônico (ex: NaCl e óxidos de alumnínio). Então, esse composto
iônico irá sofrer uma eletrólise e os íons serão depositados nos seus respectivos polos. Só os metais
ficam monoatômicos. Geralmente o metal a ser recuperado vai para o cátodo, ser reduzido, e o resto para
o ânodo, a ser oxidado.)
2) Aquosa (composto iônico é dissolvido em água para que permita ela conduzir eletricidade. Como há
eletrólise da água e dissociação do composto iônico, haverá disputa de íons pelos polos positivo e
negativo. É possível que os eletrodos sejam inertes ou ativos)

 Prioridade no cátodo: Metais nobres > H+ > 1A e 2A


 Prioridade no ânodo: Ânions NÃO OXIGENADOS > OH- > Ânions oxigenados e fluoreto

 Eletrólise em série (soma a ddp): Segue a mesma tendência, porém, devemos nos atentar à passagem
de elétrons e a corrente. Quando há perguntas sobre a questão de QUANTIDADE (MOL OU MASSA) DE
SUBSTÂNCIA DEPOSITADA/CORROÍDA, É NECESSÁRIO ATENTAR PARA A RELAÇAÕ
ESTEQUIOMÉTRICA (REGIDA PELOS ELÉTRONS) ESTABELECIDA ENTRE O CÁTODO/ÂNODO. Por
exemplo, será dada uma determinada concentração e um determinado volume de uma solução eletrolítica
e pode ser perguntado: quanto foi corroído no ânodo ou quanto foi corroído no cátodo
Ex:
O comando pergunta qual foi a massa corroída do anodo (como o anodo da eletrólise libera O2, então a
corrosão só pode ter ocorrido no anodo da pilha). Sabe-se que todos os íons prata foram depositados ->
O AgNO se dissociou e toda os íons prata foram reduzidos -> AgNO -> Ag+ + NO- (tudo na proporção
1:1:1) -> C = massa/volume -> 0,5L * 0,01mol/l -> 5 * 10-3 mol de prata
Relação prata e zinco: O zinco doa 2 elétrons, então a quantidade de prata precisa ser dobrada para que
os elétrons estejam devidamente balanceados.
2 Ag + Zn -> Zn2+(aq) + 2 Ag(s) -> 2 mols de Prata – 1 mol de Zinco
5 * 10-3 – x -> X = 2,5 * 10-3 mols de zinco = 163,75 * 10-3 gramas de zinco
Obs: Eletroquímica quantitativa -> Recuperação de substância por eletrólise utilizando certa corrente:
Utiliza-se uma corrente para gerar determinada de carga e, assim, obter determinada quantidade de um
composto. Não se esqueça que o valor é REFERENTE A MOL DE ELÉTRONS POR COUBLOMB
(BALANCEAMENTO É NECESSÁRIO). 1 mol de elétrons = 96500 C/mol de elétron // Q = I * T (em
segundos

- Cuidado com a quantidade de mols de elétron: Ex: Cobre -> 2 mol de elétron - 1 mol de cobre (63,5g) =
2 * 96500C – 1 mol de cobre
Proteções anticorrosão
 Eletrodeposição/galvanização (um tipo de eletrólise): O objeto que vai receber o metal deve estar no
cátodo e o metal que vai ser doado deve estar no ânodo. Bom para depositar metais em cima de outros
metais.
 Metal de sacrifício/proteção catódica (METAIS DEVEM ESTAR EM FORMA SÓLIDA, NÃO COMO
OUTROS COMPOSTOS COMO ÓXIDOS, SAIS...): Um metal irá oxidar no lugar do outro (logo será o
anodo). Muito utilizado em locais com maresia, uma vez que a água salgada tem íons dissolvidos e
agrava o processo de corrosão
Obs: Muito cuidado para não confundir metal de sacrifício (um metal sólido que se oxida no lugar de
outro) com efeito de barreira = fenômeno físico (um composto – sal, óxido – que impede o contato com
um agente oxidante)
* Cinética Química
- Teoria das Colisões -> Mais reagente = Maior a superfície de contato e maior temperatura = maior
velocidade, pois há mais colisões efetivas
Obs: catalisadores -> não são consumidos na reação ++ reduzem energia de ativação = MAIOR
VELOCIDADE -> ALTERA A LEI DA VELOCIDADE ++ NÃO ALTERAM a ENTALPIA +++ NÃO ALTERA
O EQUILÍBRIO QUÍMICO +++ NÃO AFETA A ORDEM DAS REAÇÕES. A catálise pode ser homogênea
(catalisador na mesma fase) x heterogênea (catalisador em fase diferente) x autocatálise (catalisador é
gerado como produto e, então, atua como catalisador)
Obs: intermediários -> são produzidos (CONCENTRAÇÃO INICIAL = 0) e logo então consumidos
(CONCENTRAÇÃO FINAL = 0)
Por exemplo, no gráfico abaixo, o gráfico em azul indica um INTERMEDIÁRIO, já que foi produzido e
depois consumido. Um catalisador teria concentração inicial diferente de 0 e serias restaurado no fim da
reação.

Obs: Expoente dos reagentes -> Define a ordem daquele elemento. Enquanto que Soma dos expoentes
dos reagentes = ordem da reação global. Contudo, há ainda uma coisa a ser considerada: REAÇÃO
ELEMENTAR (A ORDEM EM RELAÇÃO A UMA SUBTÂNCIA = AO EXPOENTE DELA) X NÃO
ELEMENTAR (A ORDEM EM RELAÇÃO A UMA SUBTÂNCIA É DIFERENTE DO EXPOENTE DELA).
Não esqueça que quem define a etapa global/velocidade da reação é a etapa lenta.
Obs: PARA DETERMINAR A QUANTIDADE DE ETAPAS NUM GRÁFICO, BASTA VER QUANTAS
ENERGIAS DE ATIVAÇÃO TEM/ESTADOS DE TRANSIÇÃO.

Ex: No experimento 1, não há reação ocorrendo, uma vez que a concentração de A é constante. Já no
experimento 2, observamos que a concentração de A decai linearmente, como uma função do primeiro
grau, o que sugere que a Velocidade da Reação depende somente de uma constante k (V =K), ao invés
do convencional (onde teríamos V = K * [A]). Isso ocorre porque se a concentração de A não interfere na
velocidade da reação. No entanto, se A participasse da velocidade da reação e fosse de primeira ordem,
teríamos um gráfico de hipérbole (afinal, são grandezas inversamente proporcionais). Esse tipo de gráfico
pode ser observado na terceira imagem abaixo, porém, note que há uma rápida queda (o que é
perfeitamente possível e é um exercício da UFPR).
* Gases e química ambiental
 Efeito Estufa: o aumento de CO2 contribui para o aquecimento global porque dificulta a transmissão do
infravermelho (onda eletromagnética que carrega calor) pela atmosfera.

 Solubilidade dos gases -> Temperatura = inversamente proporcional (expansão e um gás) e Pressão =
diretamente proporcional (contração de um gás). Dica: indústrias e usinas nucleares aquecem a água
próxima a elas

 Liberação de compostos pelas principais ativididades:


- Combustíveis fósseis: CO2, Enxofre = na forma de SO3 e SO2 (atmosfera), NO2 e NO
- Agropecuária e agricultura: CH4 (biogás), NPK
- Indústria: CO2, Sulfato, Enxofre
- Atividade doméstica: NPK (eutrofização), Sulfatos (presente no esgoto doméstico)

 O próprio fato de estar exposto aos combustíveis voláteis (como dos carros, gasolina, etc) já é
perigoso, independente do “travamento da bomba”
* Equilíbrio Químico, deslocamento de equilíbrio
Princípio de Le Chatelier

1) Concentração -> Segue o princípio de Le Chatelier sem mistério

2) Pressão -> Aumento de pressão = desloca no sentido de MENOR QUANTIDADE DE MOLS DE GÁS.
Redução de pressão = desloca no sentido de MAIOR QUANTIDADE DE GÁS.
Obs: Cuidado quando há participação de gás inerte, pois ele não interfere no deslocamento do equilíbrio.
Outra: sólidos/líquidos não interferem quando há mudança de pressão
3) Temperatura -> Dica básica: escreve onde o calor está presente (se for endotérmica, ele está no lado
dos reagentes, se for exotérmica, ele está no lado dos produtos) e siga o princípio de le chatelier.
Obs: Íon comum -> Quando um composto pode sofrer ionização e liberar íons que interferem no equilíbrio
de uma equação química. Outro ponto a destacar é quando (principalmente OH- e H+) íons reagem entre
si, havendo consumo de um determinado composto da equação química e, por conseguinte,
deslocamento no equilíbrio.
Ex: Para primeira afirmativa, percebemos que alimentos ácidos = baixo pH = alta concentração de H+ =
reagem com OH e o consome = desloca no sentido direto (dissociação da hidroxiapatita) // Íons fluoretos
não participam da equação química e adicionar água favorece o sentindo inverso // Alimentos básicos =
muito OH- = desloca para o sentido inverso
Ex:
A questão é propositalmente difícil. Como observado pelo texto e pelas reações, nós queremos aumentar
a quantidade de estalactite/estalagmite (CaCO3) = deslocar no sentido do CaCO3. A parte fácil seria:
aumentar o Ca+ / diminuir o CO2 / Diminuir a água, mas as alternativas não permitem isso. -> Promove
dissolução de CaCO3.
A -> Aumentar acidez = aumentar H+ = aumentar H2CO3 = mais dissolução do sal básico.
B -> É a única possível. Maior temperatura = evapora a água = deslocado no sentido direto.
C -> Se aumentarmos CO2 -> Aumenta-se H2CO3 -> mais dissolução do sal básico
D -> Na primeira reação, menor pressão = deslocado no sentido de maior gás = aumenta CO2 = favorece
o H2CO3. Na última reação, por mais que haja um gás – CO2 – manipular pressão não é possível com
sólidos na jogado.
E -> Diminuir CaCO3 é claramente contra-intuitivo.

Considere a seguinte reação reversível (a reação direta e inversa não tem, necessariamente, a mesma
velocidade ou energia de ativação): a A + b B ⇌ c C + d D. Para que o sistema entre em equilíbrio, será
necessário que as velocidades das reações inversa e direta se igualem e o sistema seja fechado. Quando
essas condições são atingidas, tem-se um sistema em equilíbrio dinâmico (velocidades das reações
iguais, tudo que é consumido também é produzido = não para de ocorrer reações química). Inicialmente,
há consumo de reagentes e 0 produtos, até que o equilíbrio seja alcançado e as concentrações dos
reagentes/produtos seja constante.
 Grau de equilíbrio (α) -> % do reagente LIMITANTE que vira produto para que o sistema alcance o
equilíbrio. Ele será utilizado para construir a tabela dos equilíbrios

- Tabela de equilíbrio e como achar quantidade de mols:


Considere: PCl5(g) ⇌ PCl3(g) + Cl2(g) e um grau de equilíbrio valendo 40%. Como não há nenhum outro
reagente, o PCl5 é o próprio limitante, logo: x = 40% de 0,2mol/l de PCl5 -> 0,08 mol reagiu (x)

Início: 0,2 0 0

Reagiu: -x +x +x -> -0,08 1 * 0,08 1 * 0,08

Equilíbrio: 0,2 – x x x -> 0,12 0,8 0,8

Nota: o exemplo JÁ TRABALHA COM A CONCENTRAÇÃO EM MOL/L, LOGO NÃO HÁ NECESSIDADE


DE CONVERTER NADA. Se o exercício fornecer o volume do recipiente e a quantidade de mols dos
compostos, significa que será necessário converter para mol/l.

 Constante de equilíbrio em termos de concentração -> Kc = Prod/Reagente = Cc * Dd/ Aa * Bb

Ex: De acordo com essas informações e considerando o sistema,representado pela equação química,
formado inicialmente pelamistura de 1,0mol de Br₂(g) com 1,0mol de H₂(g), contida emum recipiente de
10,0L, a determinada temperatura, ao atingiro estado de equilíbrio, apresentou 0,20mol de HBr, é correto
afirmar:

Como NÃO TEMOS A CONCENTRAÇÃO (MOL/L) dos compostos químicos, precisaremos realizar a
transformação -> H2 = 1mol/10L = 0,1 mol/l, Br 2 = 0,1mol/l e HBr = 0,2/10 = 0,02mol/L. Montando o
quadro:
PRODUTOS REAGENTES
Br2 H2 2HBr
INÍCIO: 0,1 mol/L 0,1 mol/L 0
REAGE: -x -x 0,02 mol/L (2x)
EQUILIBRIO: 0,1 - x 0,1-x 0,02mol/L

No equilíbrio, tem-se 0,02mol/l de HBr. Como a proporção estequiométrica é de 2 HBr – 1H2 ou 1Br2,
significa que metade da concentração de HBr foi o que reagiu do H2 e do Br2 -> 0,01 mol/l reagiando ->
0,1 – 0,01 = 0,09mol/l de Br2 e de H2. Agora basta calcular a Kc:
(0,02)^2/0,09 * 0,09 = aproximadamente 5

Ex:

Ex:

 Constante de equilíbrio em termos de pressões parciais -> Kp = Prod/Reagente


Obs: Enquanto Kc exige que a unidade dos compostos químicos esteja em mol/L, Kp exige que
- Relação entre as constantes -> KP = Kc * (RT) ∆n -> Sendo que RT advém do PV = NRT e ∆n = variação
na quantidade de mols dos produtos – reagentes. Dica: perceba que se a variação no número de mols for
0, então Kc = Kp
Peculiaridades: solventes e sólidos NÃO ENTRAM EM NENHUMA CONSTANTE +++ As constantes de
equilíbrio são adimensionais

- Fatores que INTERFEREM NAS CONSTANTES DE EQUILÍBRIO -> TEMPERATURA E SOMENTE


TEMPERATURA

- Fatores que NÃO interferem NAS CONSTANTES DE EQUILÍBRIO -> Catalisadores, pressão e sólidos

- Relação entre Constante elevada ou pequena -> Altas constantes = há bastante reação ocorrendo,
enquanto baixas constantes = pouca reação ocorre
- As constantes de equilíbrio medem a ESPONTÂNEIDADE DE UMA REAÇÃO -> Isso ocorre por meio do
quociente das concentrações (Quociente maior = passou do equilíbrio = promove a reação inversa ///
Quociente igual = está no equilíbrio = nada acontece /// Quociente menor = ainda não alcançou o
equilíbrio = promove a reação direta)

- Operações com as constantes de equilíbrio. Considere: a A ⇌ b B e Kc = Bb/Aa

Multiplicação de uma equação (Kcx) -> Multiplicar uma equação por X faz com que a constante seja
elevada a x -> x * equação = Kcx . Ex: 2 * (a A ⇌ b B) -> Kc = B2b/A2a = Kc2
Obs: a divisão de uma equação equivale fazer a raiz X de Kc
Inversão de uma equação (1/Kc) -> Inverter a ordem de uma reação equivale a inverter o Kc. Ex: b B ⇌ a
A -> 1/Kc

Soma de equações (K1 * K2) -> Somar equações equivale a MULTIPLICAR AS CONSTANTES das
equações. Ex: 1) A + B ⇌ C + D somada com 2) C + B ⇌ A +D -> K1 = C * D/A *, K2 = A * D/C * B e K3 =
D2/B2.
Equilíbrio iônico (quando envolve íons)

Diferente de equilíbrio vistos antes, agora há a participação de íons e a ÁGUA ATUA COMO SOLVENTE
= NÃO ENTRA NA EXPRESSSÃO.

- Ki (constante de ionização -> Ka e Kb generalizadas)

Lei de Ostwald e Ki -> Ki = M * α2/1- α -> A partir da fórmula, é perceptível que a constante de ionização pode ser
calculada pela multiplicação da concentração de um elemento químico * o quadrado de seu grau de ionização.
Podemos determinar algumas coisas a partir disso:
1) Para um certo Ki (lembrando que ele só muda com a temperatura), se a concentração do reagente DIMINUIR
(EX: DILUIÇÃO) = GRAU DE IONIZAÇÃO AUMENTA PARA COMPENSAR E MANTER O Ki
2) A primeira constante de ionização é sempre a MAIOR (MAIS FÁCIL TIRAR O PRÓTON)
3) Se o grau de ionização for MAIOR QUE 10% -> M * α2/1- α (não podemos aproximar), enquanto Se o grau de
ionização for MENOR QUE 10% -> M * α2 (PODEMOS APROXIMAR)

Apesar da Lei de Ostwald ser muito útil, é possível trabalhar só com equilíbrio e regra de três e partir do
princípio que: Constantes muito baixas e graus de ionização muito baixos = podemos aproximar o
reagente que ioniza para o valor de sua concentração. Exemplo:

1) O ácido acético tem, a 25 °C, Ka = 1,8 * 10–5. Em uma solução 2 mol/L desse ácido, na temperatura
ambiente, qual é seu grau de ionização?
Formando o quadrinho de equilíbrio teremos: -> Ac acético ⇌ H+ + ânion -> Ki = H+ * ânion/Ac Acético
Ac acético || H+ || ânion
I 2mol/l 0 0
R–x x x
F2–x x x

Como a constante de acidez é muito baixa, praticamente nada do ácido ioniza, então aproximamos sua
concentração final para o valor original.

1,8 * 10–5 = x * x/2 -> x^2 = 36 * 10^-6 = x = 6 * 10^-3 -> Essa é a concentração de H+ e do ânion
liberado.

O grau de ionização vai ser a % do composto que irá se ionizar. Podemos fazer por regra de 3 -> 100% -
2mol/l (100% seria se todo o composto se ionizasse)
Y% - 6 * 10^-3 -> 0,3% é o grau de ionização do ácido acético nessa temperatura em questão.

- Ka (constante de acidez) -> HA ⇌ H+ + A- d.

A força dos ácidos está atrelada à capacidade dele de fazer a reação direta = se ionizar = liberar h+ para
o meio = MAIOR KA = MAIS ÁCIDO. Além disso, é válido destacar que ácidos di/tri/tetrapróticos podem
se ionizar mais de uma vez e cada ionização tem uma Ka -> O PRIMEIRO Ka é o maior e o Ka global
pode ser achada pela SOMA DE KAS -> Como a soma de constantes de equilíbrio equivale à
multiplicação delas, então é isso que fazemos.

Ácidos fortes se ionizam praticamente totalmente, então não chegam a entrar em equilíbrio, logo não tem
Ka.
Ex:

- Kb (constante de basicidade)

Tudo o que foi dito no primeiro parágrafo de Ka serve para Kb.

A questão das bases fortes segue o raciocínio de Ka, mas há um detalhe: há bases que são insolúveis ou
parcialmente solúveis (principalmente magnésio e berílio = Mg e Be). Como essas bases insolúveis não
tem Kb, podemos trabalhar em cima da solubilidade delas. Dessa forma, bases fracas e insolúveis (Mg,
Be, e o resto, com exceção de NH4OH) tem Kps, enquanto bases fracas e solúveis tem Kb

Obs: toda base forte é solúvel

 Equilíbrio iônico da água e pH e pOH: Kw = H+ * OH - pH + pOH = 14 0 -> -lohH+ + -logOH- = -logKw //


Se ph variou de 1 para 5, então houve variação de 10000 vezes e a concentração diminuiu (exemplo para
trabalhar com log) /// Água pura é neutra em qualquer temperatura /// *** Concentração e dissociação: Se
temos 0,056 g de KOH, e 100 ml de água, então -> Concentração = 0,001 mol / 0,1 = 0,01 mol/l -> Tendo
a concentração, analisamos a equação para ver a proporção e quantidade de OH formada, como é 1-1,
então 10^-2 = pOH = 2 e pH = 14. Fique atento à CONSTANTE DE IONIZAÇÂO CASO SEJA
FORNECIDA /// *** pKa é INVERSAMENTE PROPORCIONAL ao pH -> Maior pKa = menos ácido
Ex:
Devemos analisar o pH. Como a concentração é 0,1mol e a constante de ionização é 1 * 10^-5, K =
Prod/Reag -> x^2 = 1 * 10^-6 -> concentração de H+ é 1 * 10^-3. Dessa forma, há viragem de pH no
primeiro indicador, mas no segundo a cor permanece a mesma

Ex:
Pelo texto, percebe-se que o excesso de hidróxido = meio mais básico, há formação de Al(OH-)4 =
predomina em meio básico. Antes do meio ficar básico, há predomínio do precitado, pois há uma reação
de neutralização.
Ex:
Maior concentração de H+ = menor pH = HCL (ácido forte). Já a concentração total de íons é determinada
pela ionização/dissociação iônica que ocorre:
HCL -> H+ + Cl-
Ác acético -> H+ + íon acetato-
Sulfato de Sódio -> 2Na + SO4- -> Tem 3 íons no total (2NA e 1 SO4)
NaOH -> Na+ + OH-

Ex: Sob condições apropriadas, uma solução aquosa de ácido fólico apresenta [H⁺] = 4,5x10⁻⁵ mol/L (sob
temperatura de 25 °C). Assinale a alternativa correta que contém o valor do pH dessa solução.

Dados: log 2 = 0,30; log 3 = 0,48


-log 4,5x10⁻⁵ = 5 – log4,5 = 5 + log 2 – 2 * log3 -> 4,34

Ex: Uma solução foi preparada pela mistura de ácido clorídrico (HCl), ácido nítrico (HNO₃) e ácido
sulfúrico (H₂SO₄). Sabendo-se que na solução final as concentrações molares de HCl, HNO₃ e H₂SO₄
são, respectivamente, iguais a 0,010 mol/L, 0,030 mol/L e 0,0050 mol/L, o pH da solução será igual a:

Dado: log10 5 = 0,70

Considere 100% de ionização desses acidos por serem fortes:


[HCl] = 0,01 mol/L, como temos um H+, então: 0,01 mol/L
[HNO?] = 0,03 mol/L como temos um H+, então:0,03 mol/L
[H?SO?] = 0,005 mol/L como temos dois H+, então: 0,005 x 2 = 0,01 mol/L

H+ = 0,01+0,03+0,01=0,05
pH = - log 0,05 = log 5 - log 100 = log 5 - log 100 = 0,7 - 2 = 1,3

Ex: Dispõese de 2 litros de uma solução aquosa de soda cáustica que apresenta pH 9. O volume de
água, em litros, que deve ser adicionado a esses 2 litros para que a solução resultante apresente pH 8 é
Ex: Determine, respectivamente, o pH e a constante de ionização de uma solução aquosa de um ácido
monocarboxílico 0,01 M, a 25ºC, que está 20% ionizado, após ter sido atingido o equilíbrio. Dado: log 2 =
0,3

0,01 – 100%
X - 20% -> 1 * 10^-2 * 20/100 = 2 * 10^-3 que ioniza

Ka = Prod/Reag -> 2 * 10^-3 * 2 * 10^-3 (concentração do íon e do H+)/0,01-0,002 -> 4* 10^-6/8*10^-3 ->
0,4 * 10^-3 = 5 * 10^-4

pH = -logH+ -> - log 2*10^-3 = 3 – log 2 = 2,7

Ex:
Kw = Produtos/Reagentes -> [H+] * [OH-]/[H2O] -> Kw = [H+] * [OH-]. Pela tabela, quanto maior a temperatura =
menor pH = mais ácido = H+ mais concentrado = OH- também mais concentrado = Aumenta-se o Kw.
H2O ⇌ H+ + OH- -> Se os produtos foram favorecidos com o aumento da temperatura, significa que o calor está
nos reagentes = reação endotérmica

Ex;
A questão é relevante porque trabalha ponto de virada de pH. Nesses tipos de questão, é preciso de um intervalo
de viragem capaz de diferenciar os 2 pHs envolvidos -> Os 2 pHs não podem estar simultaneamente no intervalo e
é preciso que a virada ocorra para distinguir eles. No caso, nossos pHs são 5,5 e 3,67.
A -> Para esse intervalo de viragem, tudo seria amarelo, pois estão acima de 2,8
B -> Para esse intervalo de viragem, pois 5,5 FICA AMARELO E 3,67 PODE FICAR AMARELO.
C -> Gabarito (Verde de Bromocresol) -> Distingui muito bem porque 3.67 certamente é de uma cor (amarelo) e 5,5
certamente é de outra cor (azul)
D -> Para esse intervalo, tudo HÁ A POSSSIBILIDADE DO PH 5,5 TER A MESMA COR QUE O 3,67 (POIS ESTÁ
NO INTERVALO DE VIRAGEM)
E -> Para esse intervalo, tudo seria amarelo, pois ambos estão abaixo do valor mínimo (6,8)
 Solução tampão: evita mudanças bruscas no pH (varia pouco) da solução. As substâncias devem ser
ou um ácido fraco + sal que possua íon em comum ou uma base fraca + sal que possua íon em comum .
Ex: Cloreto de Amônio(sal) + hidróxido de amônio (base)

 Hidrólise salina
Obs: Mg e berílio são bases FRACAS, mesmo sendo da 2A. H2CO3 é ácido FRACO, por mais que sua
conta de O-H dê moderado
- Dica primordial: Íons fortes -> ficarão em forma de íon x Íons fracos -> formarão ácido ou base
Ex: NaCl -> NaOH e HCl são compostos fortes, então a hidrólise fica assim:
NaCl + H2O -> Na+ + CL- + H+ + OH- -> Note que H+ e OH- em solução evitam que haja mudança de
pH.
Ex: NH4Cl -> NH4OH e HCl são fraco e forte, respectivamente. Hidrólise:
NH4Cl + H2O -> NH4OH + Cl- + H+ -> a base fraca volta a aparecer, mas Cl- fica disperso na solução, o
que deixa H+ livre, reduzindo o pH
Ex: MgCO3 -> Mg(OH)2 e H2CO3 são fracos, então eles serão reconstituídos na hidrólise
Ex: NaClO -> Advém do NaOH + HCLO -> Como outros oxiácidos com O-H = 0, o HCLO é fraco. Já o
NaOH é uma base forte.
NaCLO + H2O -> Na + OH- + HCLO -> Aumenta o pH porque há íons hidroxila dispersos.
Hidrólise de sal neutro com os 2 fortes -> Como os íons são “fortes”, eles não formam bases/sais
 Constante em termos da solubilidade/Equilíbrio heterogêneo -> Ocorre quando há parte solubilizada e
parte como corpo de fundo. Kps = Prod/Reagente. Lembre-se que a água dissolve sais em
seus íons

Obs: Um ponto interessante a se notar é que questões de KPS geralmente colocam o valor da
solubilidade, isto é, da concentração em mol/l dos compostos. Após fazer o balanceamento, é possível
determinar pH e afins.
Obs: Como H2O e sólidos não entram, o Kps é basicamente = [Produtos]

Ex: Quando um indivíduo se queixa de azia e acidez estomacal, é possível tratar tal manifestação clínica
com uma suspensão de hidróxido de magnésio, Mg(OH)2, denominada comercialmente de “leite de
magnésia”. Considerando que o Mg(OH)2 é uma base fraca pouco solúvel em água e que a solubilidade,
a 25°C, é 10-4 mol.L-1 , qual será o valor do produto de solubilidade (KPS) para esse composto?

Dissociação da base fraca -> Mg(OH)2(s) ⇌ Mg+ + 2(OH)-

A solubilidade é um valor referente a mol/g ou g/l, então como temos 2 mols de OH, ele entra como 2X no
quadro de concentração. A solubilidade é 10-4 mol.L-1.

Mg + OH-

Início 0 0

Reagiu x 2x

X * (2X)^2 = Kps -> 10-4 mol.L-1 * (2 * 10-4 mol.L-1)^2 -> 4 * 10-12

O KPS também nos indica quem precipita primeiro. Maior KPS = Menor a tendencia de precipitar. Logo, o
carbonato de cálcio é o que precipita primeiro e o brometo de sódio é o que precipita por último

O hidróxido de alumínio pode ser usado em medicamentos para o combate de acidez estomacal, pois
este reage com o ácido clorídrico presente no estômago em uma reação de neutralização. A alternativa
que contém a [OH⁻] em mol/L de uma solução aquosa saturada de hidróxido de alumínio, sob
temperatura de 25ºC é:

Dados: constante do produto de solubilidade do hidróxido de alumínio a 25ºC: 1,0.10⁻³³

1,0.10⁻³³ = [Al+] * [3OH-]^3 -> 1,0.10⁻³³ = S * 27S^3

1 * 10-33 = 27 * S^4 -> raiz quarta de 1000/27 * 10-36. Como a concentração de OH- é o triplo,
precisamos multiplicar isso por 3. -> 3 *10-9 * RAIZ QUARTA DE 1000/27
Misturas, Análise imediata
* Substância pura -> Só a substância, sem impurezas (ex: água destilada) ->
* Substância simples -> Um único elemento (O2, O3, N2) x Composta (composta de 2+ elementos
químicos. Ex: Água, NH3, PO4)
* Alotropia (1 elemento = várias substâncias diferentes entre si) -> Formas diferentes de uma mesma
substância simples, no mesmo estado físico e iguais condições de temperatura e pressão. Ex: diamante e
grafite (ambos originados do carbono, mas com hibridações e organizações diferentes) +++ Ozônio e
oxigênio molecular +++
* Misturas (quando há 2 ou mais substâncias DIFERENTES, do contrário é uma substância pura, que, por
sua vez, possui PF e PE constantes) impuras: Eutética (fusão constante/ EU me FODO -> Eu = eutética e
fodo = fusão constante) x Azeotrópica (ebulição constante)
Obs: Maior grau de pureza = ponto de ebulição/fusão mais constantes = menor variação
Obs: QUANDO ABORDA-SE MÉTODOS DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS E MISTURAS
EUTÉTICAS/AZEOTRÓPICAS, O MÉTODO QUE ENVOLVER PE/PF NÃO PODE SER UTILIZADO NA
MISTURA EM QUE HÁ PONTO CONSTANTE.
* Fases -> porção uniforme (visual, química e física) de um sistema. Irá determinar se um sistema é
homogêneo (1 fase) ou heterogêneo (2+). Toda mistura gasosa é homo, enquanto toda sólida é hetero
Obs: substâncias ANIDRO = ISENTAS DE ÁGUA
OBS: LIOFILIZAÇÃO -> Técnica que permite prolongar a conservação de alimentos. Consiste em
congelar o alimento e então sublimar a água presente nele. Isso ocorre usando as variações de pressão.
Por exemplo, As temperaturas eram baixas o suficiente nos períodos frios para congelar os alimentos, e a
baixa pressão atmosférica nas altas montanhas possibilitava a sublimação.
* Camada de Solvatação -> Quando um solvente (em geral, água) dissocia íons e os envolve, impedindo-
os de formar o composto dissociado. Ela permite, também, que os íons se espalhem. Adição de
substâncias polares (como o álcool) pode quebrar a camada de solvatação.
* Adsorção -> Processo em que partículas (átomos, íons, moléculas) ficam retidas na superfície de uma
substância, em geral, sólida. Ocorre por interações intermoleculares. O carvão ativado é um grande
exemplo de substância adsorvente, pois também é bem poroso.
Obs: A adsorção também pode ser considerada um PROCESSO DE SEPARAÇÃO DE MISTURAS.
Obs: Quanto MAIOR a PRESSÃO, MAIOR A TEMPERATURA DE EBULIÇÃO -> Em grandes altitudes, a
temperatura de ebulição da água é bem menor
* Colóides -> Misturas que aparentam serem homogêneas, mas que na verdade são heterogêneas.
Possuem dispersante (solvente) e disperso (soluto). São diferenciadas, principalmente, pelo seu
tamanho/dimensão e por não sedimentarem naturalmente (só pela ação de ultracentrífugas. ISSO É UMA
CARACTERÍSTICA CHAVE PARA DISTINGUIR DE SOLUÇÕES VERDADEIRAS, pois não há sólidos
retidos nem pelo ultrafiltro).
- Tipos: Gel = Líquido + Sólido (Ex: Gelatina)
Sol = Sólido + Líquido (Ex: Leite)
Emulsão = Líquido + Líquido (dois líquidos de polaridades diferentes) ( ex: Maionese)
Aerossol = Sólido + Líquido + gás (Ex: Maresia; Desodorante)
Espuma= Gás + Sólido/Líquido (E: Espuma sabão)
- Características dos colóides:
 Efeito tyndall -> A luz, ao incidir num colóide, é DISPERSA/ESPALHADA. Exemplo clássico é ver as
partículas de poeiras quando luz do farol do carro é jogada sobre elas

 Movimento browniano (altera-se conforme a estado físico que o colóide se encontra) -> Partículas
suspensas numa solução tem seu movimento alterado em decorrência da colisão com outras moléculas.
É aleatório e tende ao equilíbrio.)

 NÃO HÁ SÓLIDOS RETIDOS NEM PELO ULTRAFILTRO, OU SEJA, SÓ UMA ULTRACENTRÍFUGA


PARA SEPARAR OS COMPONENTES

 Eletroforese -> Quando um colóide é submetido a um CAMPO ELÉTRICO e há migração das


MICELAS (partículas ANFIPÁTICAS/ANFIFÍLICAS dispersas num colóide) para algum dos polos do
campo. Se a solução for LIÓFILA = TODAS PARA O MESMO PONTO E LIÓFOBA: polo positivo =
anaforese -> a de ânion = carregado negativamente) ou polo negativo = cataforese > c de cátion =
carregado positivamente). Contudo, quando há menção de co

Obs: pH alto = pouco H+ = carga NEGATIVA = sofre anaforese x ph baixo = muito H+ = carga positivo =
cataforese
* Separação de misturas:
Heterogênea -> Decantação, levigação, flotação, centrifugação, ventilação, sifonação // Dissolução
fracionada // Filtração, catação e tamisação/peneiração // Sublimação
Homogênea -> Evaporação, destilação simples, destilação fracionada e liquefação // Fusão fracionada //
Cristalização fracionada e extração //
 Magnetismo -> Imantação e Separação magnética (quando há componentes magnéticos envolvidos.
Ex: areia e ferro // Níquel e sal). Alguns vestibulares consideram sinônimas, embora não sejam.

 Densidade -> Decantação (Hetero; Sol + líq ou liq + liq (IMISCÍVEIS); própria diferença de densidade
vai separando LENTAMENTE os componentes, logo exige um tempo de REPOUSO. Um sedimenta e o
outro fica na parte superior da mistura. Misturas entre líquidos precisam de um funil de separação) //
Centrifugação (Hetero; sol + liq ou liq + liq; utiliza uma centrífuga para separar rapidamente os
componentes envolvidos na mistura -> Quando é necessária uma decantação rápida ou há POUCA
DIFERENÇA DE DENSIDADE. Ex: sangue, água e óleo) // Flotação/Flutuação (Hetero; Sol + sol; líquido
de densidade intermediária com auxílio de gás/ar borbulhado) // Levigação (Hetero; Sol + Sol; Corrente de
água separa -> Usada para separar minérios) // Ventilação (Hetero; Sol + sol ou liq + sol ou gás + liq;
Utiliza-se vento para separar os componentes. Ex: amendoim e casca) // Sifonação (Hetero; Sol + Sol;
uso de sifão para separar)

 Temperatura de ebulição: Evaporação/cristalização (Homo; Sol + líq; Aquecimento provoca evaporação


ou ebulição do líquido, restando apenas o sólido. Neste caso o liquido é desprezado. Ex: água e sal) //
Destilação simples (Homo; SÓLIDO + LÍQUIDO; Aquece-se a mistura e, uma vez que os sólidos tendem a
ter PE bem mais alto – pontos de ebulição bem diferentes -, o líquido evapora. Ex: água e sal) //
Destilação fracionada (Homo; Liq + Liq (MISCÍVEIS); Também usa o PE – próximo -, mas permite que
esses sejam bem mais próximos do que a destilação simples, já que faz uso da coluna de fracionamento
(maior pressão de vapor = evapora mais rápido = é coletado primeiro. Ex -> destilação do petróleo: gás
natural - GLP - gasolina- querosene - óleo combustível - óleo lubrificante – resíduo) // Liquefação
Fracionada (Homo; Gás + Gás; Resfriamento e compressão da mistura até a liquefação do gás de maior
ponto de ebulição. Ex: gás atmosférico)

 Temperatura de fusão: Fusão Fracionada (Homo; Sol + Sol; Aquecimento da mistura não eutética até
que o elemento de menor PF funda. Ex: cobre e níquel)

 Capacidade de sublimar: Sublimação (Hetero; Sol + sol; Aquecimento provoca a sublimação de algum
componente. Ex: iodo e areia)

 Tamanho da partícula/granulação -> Catação (Hetero; Sol + Sol; Retira na mão ou com outro utensílio
rudimentar. Ex: catação de lixo) // peneiração (tamisação) // Filtração (Hetero; Sol + liq ou Sol + gás;
Passagem por um filtro para reter determinado componente. Se a passagem for difícil, usa-se filtração à
vácuo. Ex: água e areia ou pó e ar) // Peneiração (Hetero; sol + sol; Passagem por peneira. Ex: Areia e
pedra) /

 Solubilidade: Dissolução Fracionada (Hetero; Sol + Sol; Adição de líquido em que só parte dos
componentes é solúvel. Ex: Areia e sal) // Extração (também se enquadra em polaridade) // Cristalização
fracionada (Homo; Sol + Líq; Determinada alteração (evaporação de solvente, reação química) na mistura
faz com que um sólido precipite -> pode separar íons e sais separa diversos sais e íons da água)

 Polaridade: Extração (Homo; Sol + Liq ou Liq + Liq; Utiliza a polaridade (se quer algo polar = usa
líquido apolar e se apolar = líquido apolar) e SOMENTE o SÓLIDO IMPORTA. Ex: aromas e óleos, café.
DICA: HÁ VEGETAIS ENVOLVIDOS)

 Métodos que praticamente não caem no vestibular, mas que são importantes: Craqueamento (quebra
em partículas menores) // Destilação seca (sólido é aquecido para extração de líquidos) // Ustulação
(aquecimento de um sulfeto na presença de gás oxigênio, a fim de expelir o enxofre do minério) //
Cromatografia (polaridade + mistura homogênea) // Precipitação química (usa-se compostos químicos
que reagem com CÁTIONS DE METAIS para formar compostos insolúveis que serão posteriormente
retirados (útil para contaminação por metais pesados) // Separação eletrostática (Separação feita através
da condução ou não de corrente elétrica por parte dos componentes envolvidos na mistura) // Moagem //
Pirólise (quebra pelo calor), hidrólise (quebra pela água), fotólise (quebra pela luz)

 ETA (estação de tratamento de água) e seus procedimentos na ordem em que ocorrem -> Captação +
peneiração grosseira // Pré-cloração (elimina parte dos micro-organismos e matéria orgânica indesejados)
+ CARVÃO ATIVADO (Adicionado para causar a adsorção + absorção de substâncias dissolvidas na
água e que são indesejadas. Funciona, principalmente, por interação intermolecular) // Coagulação (1° E
MAJORITARIAMENTE QUÍMICA) +++ Floculação -> Formação de agregados maiores para retirada,
principalmente usando NITRATO/SULFATO DE ALUMÍNIO, que irá abaixar o pH da mistura, o que exige
adição de Cal, por exemplo, para controlar a acidez.), // Decantação (retira MAIORIA DAS PARTES
SÓLIDAS) // Filtração (Retira areia, cascalho e o próprio carvão. Depois dela, a água fica clarificada) //
Desinfecção/cloração (Adição de composto desinfetante (principalmente os que possuem CLORO em sua
composição, como o hipoclorito de sódio) para eliminação dos micro-organismos patogênicos) //
Fluoretação (Adição de íons fluoreto para evitar a presença de cárie //

Obs: Coagulação e floculação SÃO PROCESSOS DIFERENTES -> A COAGULAÇÃO VEM PRIMEIRO -
> ADIÇÃO DE PRODUTOS + FORMAÇÃO DOS COÁGULOS e depois a FLOCULAÇÃO -> FORMAÇÃO
DOS FLOCOS. Contudo, a maioria dos vestibulares trata elas como UMA COISA SÓ. A reação do sulfato
de alumínio com a cal está exemplificada abaixo. Como observado, A CAL FAVORECE A BASICIDADE A
FORMAÇÃO DE HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO.
CaO + H2O → Ca(OH)2
3 Ca(OH)2 + Al2(SO4)3 → 3 CaSO4 + 2 Al(OH)3↓

Obs: há ainda a Aeração (injeção de gás para retirar outros gases da água e favorecer a oxidação de
matéria orgânica), embora a maioria dos vestibulares não a inclua.
* Soluções
 Densidade: indica quantas Gramas de algo tem numa mistura. Por exemplo, D= 1,2g/ml -> Em 1 litro,
temos 1200 gramas
 Densidade e Concentração: Tendo a quantidade TOTAL de gramas da mistura, se multiplicarmos com
a CONCENTRAÇÃO de uma substância, temos: 1200 * c/100 = total de gramas daquela substância na
mistura. Para achar o número de mols, então, basta pegar esse total e dividir pela massa molar.
o
- Tipos de dissoluções e curvas de solubilidade: Endotérmica (absorve calor; SOLUBILIDADE AUMENTA
COM O AUMENTO DA TEMPERATURA) x Exotérmica (libera calor; SOLUBILIDADE AUMENTA COM A
REDUÇÃO DA TEMPERATURA)
Ex:
Ex: No exercício abaixo, precisamos identificar quem tem qual tipo de dissolução. Na curva Z, a
solubilidade AUMENTA COM O AUMENTO DA TEMPERATURA = endotérmica. Contudo, a curva X tem
sua solubilidade REDUZIDA com o aumento da temperatura e, portanto, é exotérmica.
Dessa forma, precisamos trabalhar com a curva X. Para 20°C, temos que até 10g de massa são solúveis
em 100g de água. Ou seja, a 20°C, temos 110g de solução saturada. Quantas gramas de soluto são
necessárias para 1100g de solução saturada? Simples, basta multiplica 10 * 10 = 100g de soluto

Ex:
A questão é simples, mas é preciso se atentar a um detalhe: a solução é SUPERSATURADA. Dessa
forma, em 25°, a solubilidade é 100g acetato/100g de água. Como a solução deve conter corpo de fundo,
então é necessário mais do que 100g de acetato.
* Titulação (usada para identificar concentrações de ácidos/bases -> A titulação anda junto com reações
de neutralização para identificar o grau de acidez/basicidade de compostos. Ex: rancificação de gorduras)
Obs: A titulação é muito utilizada para identificar alterações na composição de vários alimentos,
como leites (pode detectar adição de soda cáustica e peróxido de hidrogênio = água oxigenada). Só será
preciso um composto químico que reaja com o que foi adicionado ilegalmente (no caso do peróxido de
hidrogênio é preciso de um agente oxidante ainda mais forte, como o permanganato de potássio.
- Devemos analisar a proporção dos reagentes
- Analisar os volumes utilizados para achar a quantidade de massa Devemos analisar a concentração
/mol de cada elemento envolvido. Dica: a MOLARIDADE (M) já nos fala a concentração em mol/l
- Fórmulas para obter a massa ou molaridade/concentração:
M1 * V1 = M2 * V2 (nota: se a proporção estequiométrica for diferente de 1:1, o coeficiente deve vir
multiplicando na fórmula)
Ex: 20 mL de uma solução aquosa de NaOH de molaridade desconhecida foram titulados com uma
solução aquosa 0,2 mol/L de H2SO4. O volume de ácido gasto na titulação foi de 50 mL. Qual a
molaridade da base? -> Podemos trabalhar com as fórmulas ou com regras de três. Mas note, que a
proporção estequiométrica é de 2 NaOH para 1 H2SO4

1) Com Fórmulas: M1 * V1 = M2 * V2 -> 20ml * X = 50 * 2 * 0,2 -> X = 1 mol/L. Mas por que 2 na parte da
concentração do ácido? Porque enquanto NaOH libera 1 OH-, H2SO4 libera 2H+. Ou seja, é necessário
METADE de NaOH para neutralizar o ácido.
2) Com regra de três: Primeiro achamos a quantidade de mols de H2SO4 em 50ml a uma concentração
de 0,2mol/l -> 50 ml – x enquanto que 1000ml – 0,2 -> x = 1 * 10^-2 mols. Agora, precisamos ter o dobro
de mols de NaOH em 20ml para poder neutralizar isso. Agora, podemos achar a concentração fazendo:
2 * 10^-2 – 20 ml enquanto que 1000 ml – x -> x = 1 mol/L

Obs: Gráficos de titulação:


Ácido Forte – Base Forte -> tendência a ficar com pH neutro, bem como uma hidrólise de salina de sal
oriundo de Ac e Ba fortes -> Ponto de equivalência: no 7 ou muito próximo dele. Exemplo: note que o
ponto de equivalência está bem no 7 e que há 2 pontos bem definidos: um de pH bem ácido e outro de
pH bem básico. Logo, é um ácido e uma base fortes reagindo. Contudo, cabe ressaltar que o gráfico 1 se
refere a um ácido de proporção 1 ácido:1 base com a base forte e o gráfico 2 um ácido de proporção 1
ácido: 2 base, o que sugere que precisamos do dobro de base para neutraliza-lo.
Ácido Forte – Base Fraca -> Tendência a ficar ácido -> Ponto de equivalência está abaixo de 7 (P. Eq é
ácido). Exemplo: Como começamos num ponto básico, temos uma base, mas, se observarmos o ponto
de equivalência, ele ocorre num pH abaixo de 7, portanto, um ácido forte reagiu com um base fraca

Ácida Fraco – Base Forte -> Tendência a ficar básico -> Ponto de equivalência está acima de 7 (P. Eq é
básico). Exemplo: Note que o gráfico começa num ponto já bem básico (base) e o ponto de equivalência
está acima de 7, logo a base forte reagiu com um ácido fraco. Ou seja, nosso titulante é um ácido fraco e
nosso titulado é uma base forte.
Nota: cuidado com substâncias como o ácido fosfórico que possuem VÁRIOS
HIDROGÊNIOS/HIDROXILAS IONIZÁVEIS -> O GRÁFICO APARESENTA VÁRIOS PONTOS DE
VIRAGEM

Outros exemplos:
 Radioatividade

Reação em cadeia -> Ocorre pela sucessiva colisão de nêutrons emitidos por uma substância radioativa
* Propriedades Coligativas -> Estudo das alterações do comportamento de um solvente mediante a
adição de um soluto não volátil -> osmose / tonoscopia / ebulioscopia / crioscopia / P osmótica.
MAIS íons (mais partículas) = MAIOR: T. Ebulição e P Osmótica E MENOR: T Fusão, P de vapor
Ex: Sal no gelo -> Menor Ponto de Fusão = gelo derrete mais facilmente = derreter significa fundir =
absorver calor = refrigerante perde calor e resfria mais rapidamente.

Obs: Patm = Temperatura que a água ferve em algum lugar. Logo, quanto menor pressão = maior
pressão de vapor (tendência a evaporar) = menor temperatura de ebulição

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