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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16619
Segunda edição
15.08.2023

Armazenamento de líquidos inflamáveis


e combustíveis — Revestimento interno para
criação de espaço intersticial em tanques
instalados em SASC
Exemplar para uso exclusivo - Código Identificador #149953@542726# RNP:1001758170 (Pedido 881994 Impresso: 25/09/2023)

Storage of flammable combustible liquid — Internal Coating for Creation


of interstitial space in tanks installed in SASC

ICS 75.200 ISBN 978-85-07-09799-0

Número de referência
ABNT NBR 16619:2023
14 páginas

© ABNT 2023
ABNT NBR 16619:2023
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ABNT NBR 16619:2023

Sumário Página

Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
5 Compósito............................................................................................................................4
5.1 Resinas de laminação e impregnação..............................................................................4
5.2 Tecido de fibras de vidro tridimensional (TFVT)..............................................................4
5.3 Lâmina de metal (LM)..........................................................................................................4
6 Ensaios de qualificação......................................................................................................4
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6.1 Ensaios para revestimento interno com TFVT.................................................................4


6.2 Realização dos ensaios......................................................................................................5
6.3 Ensaios de imersão.............................................................................................................5
6.4 Ensaios para revestimento interno com LM.....................................................................6
6.5 Realização dos ensaios......................................................................................................6
6.6 Ensaios de imersão.............................................................................................................6
7 Medidas de segurança........................................................................................................7
8 Preparação para abertura do tanque.................................................................................8
8.1 Área de segurança..............................................................................................................8
8.2 Retirada do lastro de combustível.....................................................................................8
8.3 Desgaseificação do tanque................................................................................................8
9 Entrada no tanque...............................................................................................................8
9.1 Acesso ao tanque................................................................................................................8
9.1.1 Generalidades......................................................................................................................8
9.1.2 Entrada no tanque e trabalho em seu interior..................................................................9
9.2 Toxicidade e riscos à saúde...............................................................................................9
9.2.1 Precauções gerais...............................................................................................................9
9.2.2 Informações sobre as substâncias tóxicas ou perigosas.............................................10
9.2.3 Níveis de exposição..........................................................................................................10
10 Preparação da superfície interna do tanque..................................................................10
10.1 Generalidades....................................................................................................................10
10.2 Líquido-base (primer) ou camada-base..........................................................................10
10.3 Inspeção no interior do tanque........................................................................................ 11
11 Aplicação do revestimento............................................................................................... 11
11.1 Revestimento interno com TFVT..................................................................................... 11
11.1.1 Criação da parede primária.............................................................................................. 11
11.1.2 Criação da parede intermediária tridimensional............................................................ 11
11.1.3 Monitoramento intersticial...............................................................................................12
11.1.4 Criação da parede secundária.........................................................................................12
11.1.5 Controle de qualidade do revestimento..........................................................................12
11.2 Revestimento interno com LM.........................................................................................12

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ABNT NBR 16619:2023

11.2.1 Criação da camada-base..................................................................................................12


11.2.2 Criação da camada intermediária....................................................................................13
11.2.3 Monitoramento intersticial...............................................................................................13
11.2.4 Aplicação da resina de acabamento (top coat)..............................................................13
11.2.5 Controle de qualidade do revestimento..........................................................................13
Bibliografia..........................................................................................................................................14

Tabelas
Tabela 1 – Ensaios de qualificação da resina....................................................................................6
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
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substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

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Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
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A ABNT NBR 16619 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-034),
pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE-034:000.004).
O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 27.06.2023 a 26.07.2023.

A ABNT NBR 16619:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 16619:2017, a qual foi tecnicamente
revisada.

O Escopo em inglês da ABNT NBR 16619 é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the requirements and procedures for internal coating with creation
of insterstitial space as from internal double wall constuction in tanks, for liquid and fuel storage installed
in underground fuel storage system (SASC).

In this procedure, internal coating is apllied using material suitable to the requeriments of this Standard
for the creation of annular space that allows the installation of a leak monitoring system.

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Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis — Revestimento


interno para criação de espaço intersticial em tanques instalados
em SASC

1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos para revestimento interno para criação
de espaço intersticial a partir da construção de parede dupla interna em tanques para armazenamento
de líquido e combustível, instalados em sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis SASC.

Nesta Norma, aplica-se revestimento interno utilizando material adequado aos requisitos previstos
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nesta Norma para a criação de espaço anular que permita o monitoramento de vazamento.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa tensão

ABNT NBR 7972, Tubo de PRFV – Determinação da dureza Barcol em resinas de poliéster – Método
de ensaio

ABNT NBR 14606, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Entrada em espaço


confinado em tanques subterrâneos e em tanque de superfície

ABNT NBR 14639, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Posto revendedor


veicular (serviços) e ponto de abastecimento – Instalações elétricas

ABNT NBR 14973, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Desativação, remoção,


destinação e preparação de tanques subterrâneos e dos outros componentes do sistema de
armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC)

ABNT NBR 16161, Tanque metálico jaquetado subterrâneo – Requisitos de fabricação e de modulação

ABNT NBR 16577, Espaço confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção

ABNT NBR 16764, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis - Instalação dos


componentes do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC), óleo lubrificante
usado e contaminado (OLUC) e ARLA 32

ABNT NBR 16795, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Ensaio de estanqueidade


em combustíveis (SASC)

ISO 175, Plastics – Methods of test for the determination of the effects of immersion in liquid chemicals

ISO 178, Plastics – Determination of flexural properties

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ISO 180, Plastics – Determination of Izod impact strength

ISO 4624, Paints and varnishes – Pull-off test for adhesion

ISO 6272-1, Paints and varnishes – Rapid-deformation (impact resistance) tests – Part 1: Falling-weight
test, large-area indenter

ABNT NBR 13786, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Seleção dos componentes
do combustível (SASC) e sistema de armazenamento subterrâneo de óleo lubrificante usado
e contaminado (OLUC)

ISO 14125, Fibre-reinforced plastics composites – Determination of flexural properties

ASTM D 543, Standard practices for evaluating the resistance of plastics to chemical reagents
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ASTM D 790, Standard test methods for flexural properties of unreinforced and reinforced plastics
and electrical insulating materials

ASTM D 2794, Standard test method for resistance of organic coating to the effects of rapid deformation

ASTM D 2583, Standard test method for indentation hardness of rigid plastics by means of a Barcol Impressor

ASTM D 4541, Standard test method for pull-off strength of coatings using portable adhesion testers

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
boca de visita
abertura localizada no costado do tanque que permite o acesso ao seu interior

NOTA No caso de tanques horizontais, a boca de visita é localizada na geratriz superior do tanque.

3.2
camada-base
resinas formuladas com cargas minerais inertes e pigmentos anticorrosivos, que são aplicadas
na parede do tanque metálico

3.3
camada final
resina com resistência química adequada aos produtos armazenados no tanque

3.4
camada intermediária
espaço entre a camada-base e a lâmina de metal, para criar o espaço intersticial

3.5
compósito
material que resulta da associação de uma matriz e uma ou mais substâncias de reforço, sem que
haja reação química entre elas

EXEMPLO Resina e roving.

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3.6
espaço anular criado
EAC
espaço criado entre as paredes não metálicas

3.7
jateamento ao metal quase branco
limpeza que retira quase totalmente os óxidos, carepas de laminação etc., admitindo-se cerca
de 5 % da área limpa com manchas ou raias de óxidos encrustados

3.8
laminado
camada composta por fibra de vidro reforçada e resina

3.9
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parede intermediária tridimensional


laminado entre a parede primária e a parede secundária, fabricado com tecido tridimensional

3.10
parede primária
laminado inicial que é fixado na parede do tanque metálico

3.11
parede secundária
laminado aplicado sobre a parede intermediária tridimensional, que fica em contato com o combustível
armazenado

3.12
resina termofixa
composto orgânico que passa do estado líquido para o estado sólido por meio de interligação molecular,
que cura à temperatura ambiente e apresenta irreversibilidade em sua reação química

3.13
tecido tridimensional
fibra de vidro que cria o EAC, com característica de expansão

3.14
trabalho a frio
todo trabalho que não requer o uso de chama nem operação que resulte em temperatura elevada
ou em centelha

3.15
trabalho a quente
todo o trabalho que requer o uso de chama a descoberto ou que produz temperatura elevada
ou centelha

4 Requisitos
Para a aplicação desta Norma, deve ser atendido o seguinte:

a) os compósitos devem ser utilizados na aplicação do revestimento, conforme especificado


na Seção 11;

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b) a espessura do tanque metálico deve ser acima do limite mínimo admissível, conforme
especificado em 10.3;

c) o tanque deve ser ensaiado conforme especificado na ABNT NBR 16795, ser devendo ser
considerado estanque;

d) o tanque que receber o revestimento interno deve estar de acordo com a ABNT NBR 13786;

e) o tanque deve ser fabricado conforme a norma vigente e possuir boca de visita com dimensões
e conexões conforme especificado na ABNT NBR 16161;

f) as atividades operacionais do posto revendedor ou do ponto de abastecimento devem ser


paralisadas total ou parcialmente durante a execução dos serviços de desgaseificação, conforme
especificado em 8.3, e superfície deve ser preparada conforme especificado na Seção 10;
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g) o espaço intersticial criado deve ser monitorado continuamente para verificação de vazamento

A criação de espaço intersticial a partir da construção de parede dupla interna em tanque instalado
deve estar de acordo com o estabelecido pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC).

5 Compósito
5.1 Resinas de laminação e impregnação
Devem ser utilizadas resinas termofixas para todas as fases e camadas de revestimento.

As resinas utilizadas devem ser compatíveis com a manutenção das especificações dos combustíveis
armazenados, sendo isso comprovado pela Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE)
acreditados pelo Inmetro.

5.2 Tecido de fibras de vidro tridimensional (TFVT)


Quando aplicável, o sistema de tecido de fibras de vidro tridimensional deve consistir em duas
camadas idênticas, superior e inferior, que devem ser integral e mecanicamente unidas por meio
de fibras verticais.

O tecido resultante, quando impregnado pela resina, deve ser capaz de se expandir devido à ação
capilar das fibras verticais, criando o EAC contínuo entre as camadas inferior e superior do tecido.

5.3 Lâmina de metal (LM)


Quando aplicável, o espaço intersticial deve ser formado entre a camada-base e a lâmina de metal, unidas
por meio de fita de alumínio própria e reforçada com material compósito utilizando tecido bidirecional.

6 Ensaios de qualificação
6.1 Ensaios para revestimento interno com TFVT
Devem ser realizados ensaios para verificação das seguintes características do revestimento:

a) resistência à flexão, conforme especificado na ISO 6272-1 ou na ASTM D 790;

b) resistência ao impacto, conforme especificado na ISO 6272-1 ou na ASTM D 2794;

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c) dureza, conforme ensaio de dureza barcol especificado na ISO 14125 ou na ASTM D 2583;

d) integridade do filme, conforme especificado na ISO 178 ou na ASTM D 543;

e) aderência, conforme especificado na ISO 4624 ou na ASTM D 4541.

6.2 Realização dos ensaios

Os corpos de prova devem ser ensaiados conforme a seguir:

a) estabelecer valores de referência das propriedades físicas, realizando os ensaios citados


em 6.1 em amostras do compósito novo (conjunto de revestimento). Amostras do composto
podem ter suas propriedades físico-químicas modificadas ao entrarem em contato com os líquidos
de imersão;
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b) após o estabelecimento destes valores referenciais, executar os ensaios de imersão conforme 6.3;

c) após cada período de imersão, os corpos de prova devem ser novamente ensaiados, conforme
especificado em 6.1;

d) após a imersão das amostras em líquidos de acordo com 6.3, deve-se realizar os ensaios como
especificado em 6.1. Em seguida deve-se comparar os resultados das amostras antes e após
a imersão. Os resultados após a imersão não podem ser inferiores a 50 % dos valores de referência
(antes da imersão).

6.3 Ensaios de imersão

6.3.1 Os corpos de prova devem ser imersos nos líquidos indicados em 6.3.3 por períodos de 1,3
e 6 meses, a 38 °C, ou de 1,3, 6 meses e 12 meses, a 23 °C.

6.3.2 Os corpos de prova do material usados para o revestimento, retirados conforme especificado
pelas correspondentes normas indicadas em 6.1, devem ser ensaiados para determinar
a compatibilidade do material com os produtos mencionados em 6.3.3, que podem ser armazenados
no tanque.

6.3.3 Os líquidos para imersão são:

a) etanol hidratado combustível;

b) gasolina comum tipo c;

c) gasolina premium;

d) óleo diesel b s-500;

e) óleo diesel b s-10;

f) biodiesel b-100;

g) arla 32;

h) óleo lubrificante usado contaminado (OLUC);

i) óleo diesel marítimo.

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6.3.4 Para a armazenagem de produtos não relacionados em 6.3.3, o fabricante do sistema


de resina deve fornecer um certificado de conformidade com os ensaios relacionados na Tabela 2.

NOTA Para a escolha dos produtos para os ensaios, foi verificada maior agressividade no etanol hidratado.

6.4 Ensaios para revestimento interno com LM

Devem ser realizados ensaios para verificação das características do revestimento (camada final)
especificadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Ensaios de qualificação da resina


Propriedade Dimensões Método de Amostra Valor médio
ensaio Dimensões Quantidade da propriedade
mm
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Resistência à Valor de
MPa ISO 178 ISO 178 5
flexão referência
Resistência Valor de
KJ/m² ISO 180 ISO 180 5
ao impacto referência
ISO 175
ISO 175 +4
Mudança A amostra
de peso após deve ser seca Superfícies -2
% 5
28 dias sob e pesada cortadas Em relação
imersão a imediatamente devem ser ao valor de
após o tempo seladas referência
de imersão
ISO 178
Mudança < -50
na resistência
à flexão após % ISO 178 Superfícies 5 Em relação
28 dias sob cortadas ao valor de
imersão a devem ser referência
seladas
O resultado da resistência à flexão após imersão de 28 dias não pode ser inferior a 50 % do valor
de referência (ensaio realizado antes da imersão).
a Produtos conforme especificado em 6.3.3, a (20 ± 5) °C.

6.5 Realização dos ensaios


Os corpos de prova devem ser ensaiados de acordo com o estabelecido na Tabela 1.

6.6 Ensaios de imersão


Os corpos de prova devem ser imersos nos líquidos mencionados em 6.3.3.

Os corpos de prova do material usado para o revestimento, retirados conforme especificado pelas
correspondentes normas descritas em 6.1, devem ser ensaiados para determinar a compatibilidade
do material com os produtos indicados em 6.3.3, conforme a Cartilha do Posto Revendedor
de Combustíveis, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, (ANP) [1].

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7 Medidas de segurança
7.1 Devem ser adotados as práticas e os procedimentos requeridos pelas ABNT NBR 14606
e ABNT NBR 14973, para limpeza e entrada, desgaseificação e ventilação do tanque, e qualquer
trabalho a quente.

7.2 Devem ser disponibilizados extintores de incêndio conforme estabelecido na ABNT NBR 14606.
Toda a equipe envolvida nos trabalhos deve estar capacitada e treinada para a utilização adequada
dos extintores.

7.3 Deve ser assegurado que meios de comunicação estejam disponíveis em caso de emergência,
e que a equipe envolvida nos trabalhos esteja ciente sobre para quem e para onde deve ligar,
incluindo uma lista com telefones de emergência e com os recursos mais próximos para pronto atendimento.

7.4 O trabalho não pode ser iniciado, se a direção do vento fizer com que os vapores expulsos
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do tanque sejam levados para áreas onde existam fontes ou potenciais fontes de ignição, ou para
condições perigosas, como exposição a material tóxico.

7.5 Todas as tubulações e equipamentos ligados ao tanque devem ser desconectados. Após
a desconexão, as tubulações devem ser tamponadas para assegurar que não haja a liberação
de produtos ou vapores remanescentes.

7.6 Deve ser assegurada(o) a remoção ou o controle de todas as fontes de ignição na área em torno
do tanque, da sua boca de visita e do ponto onde é feito o expurgo dos vapores removidos do tanque
no processo, sempre que existir potencial de os vapores inflamáveis serem expulsos para a atmosfera
durante a preparação e aplicação do revestimento interno do tanque.

7.7 Deve ser assegurado que não haja chama aberta e que os equipamentos geradores de faíscas que
estejam dentro de uma área com raio mínimo de 15 m (50 pés) ao redor do tanque e permaneçam desligados.

7.8 Os equipamentos elétricos usados na área de segurança devem ser à prova de explosão
ou intrinsecamente seguros, conforme especificado na ABNT NBR 14639, e devem ser inspecionados
por uma pessoa qualificada e aprovados para uso em ambientes potencialmente perigosos.
Os equipamentos elétricos portáteis devem estar aterrados e conectados a dispositivos de desarme,
em caso de falha no aterramento, conforme especificado na ABNT NBR 5410.

7.9 Deve ser designada uma pessoa capacitada para utilização de equipamento calibrado e aferido
para ensaio de explosividade ao redor e a jusante do tanque durante a desgaseificação. O teor
de oxigênio deve ser determinado antes da leitura da explosividade.

7.10 Durante todo o processo de desgaseificação, o acesso ao posto deve ser interditado,
as operações devem ser paralisadas e as instalações elétricas devem ser desligadas.

7.10.1 Somente após a conclusão deste processo deve ser permitido o acesso ao posto, as operações
devem ser reiniciadas e as instalações elétricas devem ser religadas.

7.10.2 A interdição do acesso ao posto deve ser feita mediante a utilização de fitas de sinalização
ou material similar, com a presença de pessoas posicionadas adequadamente, de modo a monitorar
o perímetro interditado.

7.11 Deve ser utilizado quadro elétrico temporário independente para a ligação de todos os equipamentos
elétricos necessários em todo o processo.

7.11.1 O quadro de emergência deve:

a) ter as sinalizações da NR-10, destinadas a advertências;

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b) ser instalado por profissional com habilitação técnica;

c) possuir todas as proteções necessárias para a eliminação dos riscos associados, se localizado
em área classificada.

7.11.2 A alimentação deste quadro deve ser dissociada da rede de alimentação do posto.

7.11.3 Este quadro deve dispor de botoeira para desligamento de emergência.

7.12 No início de cada turno de trabalho, devem ser feitas inspeção e conferência em todos
os equipamentos e dispositivos utilizados, assim como a leitura dos instrumentos de medição.

7.13 O serviço no interior do tanque somente deve ser realizado sob supervisão externa

7.14 A pessoa que entrar no interior do tanque deve utilizar vestimenta antiestática.
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8 Preparação para abertura do tanque


8.1 Área de segurança
Deve ser criada uma área de segurança em torno da região do tanque, conforme especificado
na ABNT NBR 14606.

8.2 Retirada do lastro de combustível


O lastro de combustível deve ser retirado conforme especificado na ABNT NBR 14606.

8.3 Desgaseificação do tanque


A desgaseificação do tanque deve ser realizada conforme especificado na ABNT NBR 14973.

Um difusor de ar deve ser utilizado para promover a renovação da atmosfera no interior do tanque,
com vazão mínima de 0,5 m³/s e com a dispersão dos gases a uma altura mínima de 3,60 m do nível
do solo.

Para a liberação da execução dos serviços de preparação e aplicação dos revestimentos, as leituras
obtidas devem ser as seguintes:

a) limite mínimo aceitável da concentração de oxigênio entre 19,5 % e 23,5 %;

b) limite inferior de explosividade (LIE) menor ou igual a 10 %.

9 Entrada no tanque
9.1 Acesso ao tanque
9.1.1 Generalidades

Todas as pessoas com permissão para entrar no tanque devem estar treinadas e familiarizadas com
os procedimentos descritos na Seção 7 e na ABNT NBR 14606.

Antes da entrada ou abertura da boca de visita, a atmosfera no interior do tanque deve ser ensaiada
parao nível de oxigênio e LIE, conforme especificado em 7.2.

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ABNT NBR 16619:2023

Durante a permanência de pessoas no interior do tanque, deve ser mantida uma ventilação constante,
que pode ser obtida por meio de um difusor de ar. Durante todo este período, a atmosfera no interior
do tanque deve ser continuamente ensaiada para verificação dos níveis de oxigênio e LIE, conforme
especificado em 7.2.

Todas as pessoas que acessarem o interior do tanque devem utilizar vestimentas e equipamento de
proteção individual (EPI), conforme especificado na ABNT NBR 16577, incluindo botas resistentes à
água e derivados do petróleo ou álcool, com solado isento de partes metálicas, roupas de proteção
com mangas longas de material antiestático (por exemplo, algodão) e botas impermeáveis.

Durante os serviços realizados no interior do tanque, deve ser disponibilizado um sistema que permita
o resgate rápido de pessoas de seu interior, em casos de emergência.

Todos os equipamentos de iluminação, portáteis ou não, que forem utilizados no interior do tanque
devem ser à prova de explosão ou intrinsecamente seguros.
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9.1.2 Entrada no tanque e trabalho em seu interior

Por se tratar de trabalho em espaço confinado, a entrada no tanque e o trabalho em seu interiordevem
atender aos requisitos das ABNT NBR 14606 e ABNT NBR 14973.

9.2 Toxicidade e riscos à saúde


9.2.1 Precauções gerais

Todos os envolvidos com o processo de aplicação de revestimento interno em tanques devem estar
cientes das seguintes precauções, que devem ser tomadas para a assegurar a saúde e a segurança:

a) manter os combustíveis distantes dos olhos, pele e boca, pois eles podem provocar sérias lesões
ou mesmo a morte, se inalados, absorvidos pela pele ou ingeridos;

b) manter as áreas de trabalho dentro e em volta do tanque limpas e ventiladas;

c) limpar imediatamente qualquer tipo de derramamento. O manuseio e a disposição dos resíduos


gerados durante o processo devem estar de acordo com as regulamentações e com a legislação
em vigor;

d) utilizar água e sabão neutro, ou qualquer outro produto aprovado, para a limpeza de qualquer
resíduo de combustíveis, de derivados de petróleo ou de resíduo químico que entre em contato
com a pele;

ADVERTÊNCIA – Nunca utilizar gasolina ou solventes similares para a remoção de produto na pele.

e) uniformes ou roupas de proteção que tenham sido encharcados com combustíveis devem ser
deixados para secar ao ar livre, distantes de qualquer fonte de ignição ou centelha;

f) obedecer aos limites de exposição aos produtos e utilizar o EPI adequado;

g) evitar contato da pele e dos olhos com produto, borras, resíduos e incrustações, bem como evitar
a inalação de vapores;

h) manter produto, borras, resíduos e incrustações longe dos olhos, pele e boca, uma vez que
oferecem riscos à saúde se forem inalados, absorvidos por meio da pele ou ingeridos.

ADVERTÊNCIA – A remoção de incrustações em tanques que contiveram gasolina pode produzir


atmosferas com quantidades prejudiciais de benzeno.

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ABNT NBR 16619:2023

Todos os envolvidos no processo de aplicação do revestimento interno devem estar cientes de que,
quando altas concentrações de vapores de hidrocarbonetos são inaladas, podem ocorrer sintomas
de intoxicação. Estes sintomas variam desde uma simples tontura ou sensação de euforia até
inconsciência, e são similares aos produzidos por bebidas alcoólicas ou gases anestésicos. Caso
os sintomas descritos sejam identificados em qualquer indivíduo, este deve ser removido imediatamente
para um local arejado. Quando a exposição a estes vapores for pequena, o simples fato de se respirar
ar puro promove uma rápida recuperação.

Nas situações em que ocorra uma parada respiratória, deve ser administrada imediatamente respiração
por meios artificiais, seguida de uma imediata remoção para o hospital mais próximo.

9.2.2 Informações sobre as substâncias tóxicas ou perigosas

Os envolvidos no processo de aplicação devem ser informados sobre os riscos à saúde e segurança
e sobre precauções cabíveis, para o controle da exposição aos materiais, produtos e substâncias
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utilizados na aplicação do revestimento interno com base na Ficha de Informações de Segurança


de Produtos Químicos (FISPQ).

Todos os envolvidos no processo de aplicação de revestimento interno devem estar cientes dos riscos
à saúde e segurança que são gerados pelas substâncias comumente encontradas em tanques para
armazenamento de combustíveis.

9.2.3 Níveis de exposição

Os valores máximos de exposição aos produtos utilizados no revestimento ou produtos armazenados


devem atender aos parâmetros especificados em limites de exposição para substâncias químicas
e agentes físicos, estabelecidos pela Associação Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) [2],
obtidos por meio da avaliação dos componentes químicos dos materiais aplicados no processo
e indicados no Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional (PCMSO) [3] desenvolvido para
a atividade.

10 Preparação da superfície interna do tanque


10.1 Generalidades

Toda a superfície interna do tanque deve ser preparada até estar completamente livre de oxidações,
incrustações ou materiais estranhos.

Pode ser utilizado método de hidrojateamento, complementado ou não por processo químico,
jateamento úmido ou hidrojateamento com posterior aplicação de jato seco para se obter o padrão
de metal quase branco (Sa 2.5).

10.2 Líquido-base (primer) ou camada-base

O líquido-base ou a camada-base, composto por uma resina (com ou sem adição de carga inerte)
e um catalisador, deve ser aplicado como primeira camada, para assegurar a ligação química entre
o substrato metálico existente e o revestimento final.

Caso não seja aplicado um primer protetor, o revestimento deve ser aplicado em no máximo 8 h após
a conclusão do hidrojateamento.

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ABNT NBR 16619:2023

10.3 Inspeção no interior do tanque

Antes da aplicação do revestimento no interior do tanque, deve ser avaliada a condição do tanque,
não sendo permitida a aplicação do revestimento em tanques cuja parede apresente perfurações
ou necessite de reparos.

Devem ser feitas medições das espessuras da parede interna do tanque utilizando um instrumento
de medição ultrassônico executadas por uma terceira parte capacitada e por profissional qualificado
em sistemas de qualificação reconhecidos nacionalmente e conselhos profissionais, com a emissão
de relatório conclusivo.

As medições devem ser executadas da seguinte maneira:

a) o interior do tanque deve ser divido em seções de aproximadamente 1 m². No caso de tanques
horizontais, as calotas devem ser divididas em nove seções. Qualquer área residual com menos
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de 1 m² restante também deve ser considerada na medição;

b) com um medidor ultrassônico, devem ser feitas leituras no centro de cada uma destas seções,
tanto nas paredes quanto nas calotas. Qualquer seção com leitura inferior a 75 % da espessura
original da chapa deve ser subdividida em outras nove seções, e novas medições devem
ser feitas em cada uma destas novas seções. Caso a média total da espessura das paredes
do tanque seja inferior a 75 % da espessura original do costado, o tanque não pode ser revestido.

11 Aplicação do revestimento
11.1 Revestimento interno com TFVT

11.1.1 Criação da parede primária

Após a limpeza e finalização do tratamento da superfície, a resina deve ser aplicada sobre a parede
interna do tanque. Em seguida, deve ser aplicado o tecido de fibra de vidro, de forma a assegurar
a plena aderência do tecido à chapa metálica da parede interna do tanque.

A resina deve ser uniformemente aplicada sobre o tecido de fibra de vidro, para promover uma
impregnação homogênea e saturação completa da superfície, eliminando o aprisionamento
de eventuais bolhas de ar.

11.1.2 Criação da parede intermediária tridimensional

A parede intermediária tridimensional deve consistir em duas camadas idênticas, superior e inferior,
unidas integral e mecanicamente por meio de fibras verticais.

Deve ser aplicada resina sobre a parede primária e, em seguida, o tecido tridimensional deve ser
desenrolado de modo firme, para se obter um bom contato entre as duas superfícies.

O tecido resultante, quando impregnado pela resina, deve ser capaz de se expandir devido à ação
capilar das fibras verticais, criando um espaço intersticial contínuo entre as camadas inferior e superior
do tecido.

Durante a aplicação do tecido tridimensional, deve ser assegurado que o EAC se estenda por todo
o perímetro interno do tanque. Um procedimento de verificação da continuidade do interstício criado
deve ser desenvolvido e implementado.

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ABNT NBR 16619:2023

11.1.3 Monitoramento intersticial

Após a cura do tecido tridimensional, devem-se prover as condições para a posterior instalação
do sistema de detecção de vazamentos que faz o monitoramento do EAC criado pelo tecido tridimensional.

11.1.4 Criação da parede secundária

Deve ser aplicada uma camada de resina sobre a parede intermediária tridimensional para formar
a parede secundária.

Outra camada de resina deve ser aplicada para se obter uma superfície impermeável aos vapores
do líquido e para criar uma proteção adequada contra corrosão.

11.1.5 Controle de qualidade do revestimento


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Após a aplicação da última camada de revestimento, devem ser realizadas as medições de dureza
barcol e da espessura final. Todos os parâmetros mínimos recomendados pelo fabricante das resinas
utilizadas devem ser atendidos.

O número de leituras realizadas deve estar de acordo com o especificado na ABNT NBR 7972.
O tanque deve ser dividido em seções e, com um medidor de camadas calibrado, devem ser
feitas medições nos centros destas seções, conforme especificado em 10.1.3. As leituras obtidas
devem indicar a espessura mínima especificada pelo fabricante. Em caso de leituras inferiores
às especificadas, deve ser providenciado o reparo, utilizando-se a mesma resina empregada na última
camada do revestimento. O preparo da superfície deve seguir as orientações do fabricante da resina.

Após serem concluídas as leituras de espessura da parede final e de dureza barcol, deve ser realizado
um ensaio de pressão do EAC, para assegurar sua estanqueidade, da seguinte forma:

a) o EAC deve ser pressurizado a no mínimo a 3 psi (20,68 kPa), com a tampa do tanque aberta;

b) com as linhas de ar conectadas, deve ser feito um ensaio de bolha de sabão na superfície
da camada mais externa do revestimento. As falhas encontradas devem ser retrabalhadas
conforme as orientações do fabricante da resina;

c) após o retrabalho, as áreas onde foram encontradas falhas na espessura final da resina devem
curar por um período mínimo de 8 h para o reinício do ensaio de pressão;

d) após ser concluída a etapa descrita na alínea c), o EAC deve ser novamente pressurizado,
no mínimo a 3 psi (20,68 kPa). Após a estabilização da pressão, as mangueiras de alimentação
de ar comprimido devem ser desconectadas. Para que o revestimento seja considerado aprovado,
o sistema deve manter a pressão de no mínimo 3 psi (20,68 kPa) durante 8 h ininterruptas;

e) após ser encerrado o ensaio de pressão, o tanque deve retornar à operação.

11.2 Revestimento interno com LM

11.2.1 Criação da camada-base

Após a limpeza e finalização do tratamento da superfície, deve-se aplicar um primer sobre a parede
interna do tanque. Em seguida, deve ser aplicada, quando necessário, a camada-base, de forma
a nivelar a chapa metálica da parede interna do tanque, para receber as camadas posteriores.

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ABNT NBR 16619:2023

11.2.2 Criação da camada intermediária

A camada intermediária que cria o espaço intersticial deve ser constituída por uma lâmina de metal
e pelo primer com camada-base.

A lâmina de metal deve ser unida por meio de fita de alumínio e reforçada com material compósito.

No interior desta camada deve ser fixado o sistema de monitoramento de vácuo.

Sobre as junções das lâminas de metal deve-se aplicar um tecido de vidro impregnado com resina,
responsável pela impermeabilização e estanqueidade desta camada, criando o espaço intersticial
entre o primer com camada-base e a lâmina de metal.

Neste momento deve ser feito o primeiro ensaio de estanqueidade do interstício


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11.2.3 Monitoramento intersticial

Após a cura da laminação do tecido de vidro, devem-se prover as condições para a posterior instalação
do sistema de detecção de vazamentos que faz o monitoramento do EAC criado entre o primer com
camada-base e a lâmina de metal.

11.2.4 Aplicação da resina de acabamento (top coat)

Deve ser aplicado o sistema de resinas de acabamento sobre o tecido laminado e lâmina de alumínio,
com a finalidade de promover a barreira química ao produto estocado no tanque. Essa camada deve
ser aplicada em toda a área interna do tanque.

11.2.5 Controle de qualidade do revestimento

Após a aplicação da última camada de revestimento, devem ser realizadas as medições de dureza
barcol, descontinuidade (holiday detector) e espessura final, devendo ser atendidos os parâmetros
mínimos indicados pelos fabricantes das resinas utilizadas.

Após serem concluídas as leituras de espessura da parede final e de dureza barcol, deve ser realizado
um ensaio de pressão negativa do EAC, para assegurar sua estanqueidade, da seguinte forma:

a) o sistema deve ser pressurizado negativamente a (525 ± 75) mmHg. Deve-se aguardar pelo
menos 8 h para estabilização do vácuo;

b) caso necessário, deve ser realizado o retrabalho nos pontos em que haja falha de estanqueidade;

c) após o retrabalho, as áreas onde foram encontradas falhas na espessura final da resina devem
curar por um período mínimo de 8 h para o reinício da aplicação do vácuo;

d) deve ser aplicada uma resina condutiva em pelo menos 30 % da área interna do tanque, com
a finalidade de dissipar eventuais energias eletroestáticas;

e) após ser concluída a etapa descrita na alínea c), o EAC deve ser novamente mantido sob vácuo
de (525 ± 75) mmHg. Para que o revestimento seja considerado aprovado, o sistema deve manter
o vácuo durante 8 h ininterruptas;

f) após ser encerrado o período de ensaio de vácuo, o tanque deve retornar à operação.

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Bibliografia

[1]  BRASIL. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cartilha do Posto
Revendedor de Combustíveis. 6. ed. Rio de Janeiro: ANP, 2017. 22 p. Disponível em:
https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas-e-guias/arq/
cartilhapostorevendedor6ed.pdf

[2]  BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 7: Programa de Controle Médico de Saúde


Ocupacional – PCMSO. Brasília: Ministério do Trabalho e Emprego, 1996. Disponível em:
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/acesso-a-informacao/participacao-social/
conselhos-e-orgaos-colegiados/ctpp/arquivos/normas-regulamentadoras/nr-07-atualizada-2022.pdf
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[3]  ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE HIGIENISTAS OCUPACIONAIS. (ABHO). Limites de Exposição


para Substâncias Químicas e Agentes Físicos da ACGIH.

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