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BRASILEIRA 16619
Segunda edição
15.08.2023
Número de referência
ABNT NBR 16619:2023
14 páginas
© ABNT 2023
ABNT NBR 16619:2023
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Sumário Página
Prefácio.................................................................................................................................................v
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos............................................................................................................................3
5 Compósito............................................................................................................................4
5.1 Resinas de laminação e impregnação..............................................................................4
5.2 Tecido de fibras de vidro tridimensional (TFVT)..............................................................4
5.3 Lâmina de metal (LM)..........................................................................................................4
6 Ensaios de qualificação......................................................................................................4
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Tabelas
Tabela 1 – Ensaios de qualificação da resina....................................................................................6
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Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16619 foi elaborada no Organismo de Normalização Setorial de Petróleo (ABNT/ONS-034),
pela Comissão de Estudo de Distribuição e Armazenamento de Combustíveis (CE-034:000.004).
O Projeto de Revisão circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 06, de 27.06.2023 a 26.07.2023.
A ABNT NBR 16619:2023 cancela e substitui a ABNT NBR 16619:2017, a qual foi tecnicamente
revisada.
Scope
This Standard establishes the requirements and procedures for internal coating with creation
of insterstitial space as from internal double wall constuction in tanks, for liquid and fuel storage installed
in underground fuel storage system (SASC).
In this procedure, internal coating is apllied using material suitable to the requeriments of this Standard
for the creation of annular space that allows the installation of a leak monitoring system.
1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos e procedimentos para revestimento interno para criação
de espaço intersticial a partir da construção de parede dupla interna em tanques para armazenamento
de líquido e combustível, instalados em sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis SASC.
Nesta Norma, aplica-se revestimento interno utilizando material adequado aos requisitos previstos
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nesta Norma para a criação de espaço anular que permita o monitoramento de vazamento.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).
ABNT NBR 7972, Tubo de PRFV – Determinação da dureza Barcol em resinas de poliéster – Método
de ensaio
ABNT NBR 16161, Tanque metálico jaquetado subterrâneo – Requisitos de fabricação e de modulação
ABNT NBR 16577, Espaço confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção
ISO 175, Plastics – Methods of test for the determination of the effects of immersion in liquid chemicals
ISO 6272-1, Paints and varnishes – Rapid-deformation (impact resistance) tests – Part 1: Falling-weight
test, large-area indenter
ABNT NBR 13786, Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis – Seleção dos componentes
do combustível (SASC) e sistema de armazenamento subterrâneo de óleo lubrificante usado
e contaminado (OLUC)
ASTM D 543, Standard practices for evaluating the resistance of plastics to chemical reagents
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ASTM D 790, Standard test methods for flexural properties of unreinforced and reinforced plastics
and electrical insulating materials
ASTM D 2794, Standard test method for resistance of organic coating to the effects of rapid deformation
ASTM D 2583, Standard test method for indentation hardness of rigid plastics by means of a Barcol Impressor
ASTM D 4541, Standard test method for pull-off strength of coatings using portable adhesion testers
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.
3.1
boca de visita
abertura localizada no costado do tanque que permite o acesso ao seu interior
NOTA No caso de tanques horizontais, a boca de visita é localizada na geratriz superior do tanque.
3.2
camada-base
resinas formuladas com cargas minerais inertes e pigmentos anticorrosivos, que são aplicadas
na parede do tanque metálico
3.3
camada final
resina com resistência química adequada aos produtos armazenados no tanque
3.4
camada intermediária
espaço entre a camada-base e a lâmina de metal, para criar o espaço intersticial
3.5
compósito
material que resulta da associação de uma matriz e uma ou mais substâncias de reforço, sem que
haja reação química entre elas
3.6
espaço anular criado
EAC
espaço criado entre as paredes não metálicas
3.7
jateamento ao metal quase branco
limpeza que retira quase totalmente os óxidos, carepas de laminação etc., admitindo-se cerca
de 5 % da área limpa com manchas ou raias de óxidos encrustados
3.8
laminado
camada composta por fibra de vidro reforçada e resina
3.9
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3.10
parede primária
laminado inicial que é fixado na parede do tanque metálico
3.11
parede secundária
laminado aplicado sobre a parede intermediária tridimensional, que fica em contato com o combustível
armazenado
3.12
resina termofixa
composto orgânico que passa do estado líquido para o estado sólido por meio de interligação molecular,
que cura à temperatura ambiente e apresenta irreversibilidade em sua reação química
3.13
tecido tridimensional
fibra de vidro que cria o EAC, com característica de expansão
3.14
trabalho a frio
todo trabalho que não requer o uso de chama nem operação que resulte em temperatura elevada
ou em centelha
3.15
trabalho a quente
todo o trabalho que requer o uso de chama a descoberto ou que produz temperatura elevada
ou centelha
4 Requisitos
Para a aplicação desta Norma, deve ser atendido o seguinte:
b) a espessura do tanque metálico deve ser acima do limite mínimo admissível, conforme
especificado em 10.3;
c) o tanque deve ser ensaiado conforme especificado na ABNT NBR 16795, ser devendo ser
considerado estanque;
d) o tanque que receber o revestimento interno deve estar de acordo com a ABNT NBR 13786;
e) o tanque deve ser fabricado conforme a norma vigente e possuir boca de visita com dimensões
e conexões conforme especificado na ABNT NBR 16161;
g) o espaço intersticial criado deve ser monitorado continuamente para verificação de vazamento
A criação de espaço intersticial a partir da construção de parede dupla interna em tanque instalado
deve estar de acordo com o estabelecido pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade (SBAC).
5 Compósito
5.1 Resinas de laminação e impregnação
Devem ser utilizadas resinas termofixas para todas as fases e camadas de revestimento.
As resinas utilizadas devem ser compatíveis com a manutenção das especificações dos combustíveis
armazenados, sendo isso comprovado pela Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaio (RBLE)
acreditados pelo Inmetro.
O tecido resultante, quando impregnado pela resina, deve ser capaz de se expandir devido à ação
capilar das fibras verticais, criando o EAC contínuo entre as camadas inferior e superior do tecido.
6 Ensaios de qualificação
6.1 Ensaios para revestimento interno com TFVT
Devem ser realizados ensaios para verificação das seguintes características do revestimento:
c) dureza, conforme ensaio de dureza barcol especificado na ISO 14125 ou na ASTM D 2583;
b) após o estabelecimento destes valores referenciais, executar os ensaios de imersão conforme 6.3;
c) após cada período de imersão, os corpos de prova devem ser novamente ensaiados, conforme
especificado em 6.1;
d) após a imersão das amostras em líquidos de acordo com 6.3, deve-se realizar os ensaios como
especificado em 6.1. Em seguida deve-se comparar os resultados das amostras antes e após
a imersão. Os resultados após a imersão não podem ser inferiores a 50 % dos valores de referência
(antes da imersão).
6.3.1 Os corpos de prova devem ser imersos nos líquidos indicados em 6.3.3 por períodos de 1,3
e 6 meses, a 38 °C, ou de 1,3, 6 meses e 12 meses, a 23 °C.
6.3.2 Os corpos de prova do material usados para o revestimento, retirados conforme especificado
pelas correspondentes normas indicadas em 6.1, devem ser ensaiados para determinar
a compatibilidade do material com os produtos mencionados em 6.3.3, que podem ser armazenados
no tanque.
c) gasolina premium;
f) biodiesel b-100;
g) arla 32;
NOTA Para a escolha dos produtos para os ensaios, foi verificada maior agressividade no etanol hidratado.
Devem ser realizados ensaios para verificação das características do revestimento (camada final)
especificadas na Tabela 1.
Resistência à Valor de
MPa ISO 178 ISO 178 5
flexão referência
Resistência Valor de
KJ/m² ISO 180 ISO 180 5
ao impacto referência
ISO 175
ISO 175 +4
Mudança A amostra
de peso após deve ser seca Superfícies -2
% 5
28 dias sob e pesada cortadas Em relação
imersão a imediatamente devem ser ao valor de
após o tempo seladas referência
de imersão
ISO 178
Mudança < -50
na resistência
à flexão após % ISO 178 Superfícies 5 Em relação
28 dias sob cortadas ao valor de
imersão a devem ser referência
seladas
O resultado da resistência à flexão após imersão de 28 dias não pode ser inferior a 50 % do valor
de referência (ensaio realizado antes da imersão).
a Produtos conforme especificado em 6.3.3, a (20 ± 5) °C.
Os corpos de prova do material usado para o revestimento, retirados conforme especificado pelas
correspondentes normas descritas em 6.1, devem ser ensaiados para determinar a compatibilidade
do material com os produtos indicados em 6.3.3, conforme a Cartilha do Posto Revendedor
de Combustíveis, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, (ANP) [1].
7 Medidas de segurança
7.1 Devem ser adotados as práticas e os procedimentos requeridos pelas ABNT NBR 14606
e ABNT NBR 14973, para limpeza e entrada, desgaseificação e ventilação do tanque, e qualquer
trabalho a quente.
7.2 Devem ser disponibilizados extintores de incêndio conforme estabelecido na ABNT NBR 14606.
Toda a equipe envolvida nos trabalhos deve estar capacitada e treinada para a utilização adequada
dos extintores.
7.3 Deve ser assegurado que meios de comunicação estejam disponíveis em caso de emergência,
e que a equipe envolvida nos trabalhos esteja ciente sobre para quem e para onde deve ligar,
incluindo uma lista com telefones de emergência e com os recursos mais próximos para pronto atendimento.
7.4 O trabalho não pode ser iniciado, se a direção do vento fizer com que os vapores expulsos
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do tanque sejam levados para áreas onde existam fontes ou potenciais fontes de ignição, ou para
condições perigosas, como exposição a material tóxico.
7.5 Todas as tubulações e equipamentos ligados ao tanque devem ser desconectados. Após
a desconexão, as tubulações devem ser tamponadas para assegurar que não haja a liberação
de produtos ou vapores remanescentes.
7.6 Deve ser assegurada(o) a remoção ou o controle de todas as fontes de ignição na área em torno
do tanque, da sua boca de visita e do ponto onde é feito o expurgo dos vapores removidos do tanque
no processo, sempre que existir potencial de os vapores inflamáveis serem expulsos para a atmosfera
durante a preparação e aplicação do revestimento interno do tanque.
7.7 Deve ser assegurado que não haja chama aberta e que os equipamentos geradores de faíscas que
estejam dentro de uma área com raio mínimo de 15 m (50 pés) ao redor do tanque e permaneçam desligados.
7.8 Os equipamentos elétricos usados na área de segurança devem ser à prova de explosão
ou intrinsecamente seguros, conforme especificado na ABNT NBR 14639, e devem ser inspecionados
por uma pessoa qualificada e aprovados para uso em ambientes potencialmente perigosos.
Os equipamentos elétricos portáteis devem estar aterrados e conectados a dispositivos de desarme,
em caso de falha no aterramento, conforme especificado na ABNT NBR 5410.
7.9 Deve ser designada uma pessoa capacitada para utilização de equipamento calibrado e aferido
para ensaio de explosividade ao redor e a jusante do tanque durante a desgaseificação. O teor
de oxigênio deve ser determinado antes da leitura da explosividade.
7.10 Durante todo o processo de desgaseificação, o acesso ao posto deve ser interditado,
as operações devem ser paralisadas e as instalações elétricas devem ser desligadas.
7.10.1 Somente após a conclusão deste processo deve ser permitido o acesso ao posto, as operações
devem ser reiniciadas e as instalações elétricas devem ser religadas.
7.10.2 A interdição do acesso ao posto deve ser feita mediante a utilização de fitas de sinalização
ou material similar, com a presença de pessoas posicionadas adequadamente, de modo a monitorar
o perímetro interditado.
7.11 Deve ser utilizado quadro elétrico temporário independente para a ligação de todos os equipamentos
elétricos necessários em todo o processo.
c) possuir todas as proteções necessárias para a eliminação dos riscos associados, se localizado
em área classificada.
7.11.2 A alimentação deste quadro deve ser dissociada da rede de alimentação do posto.
7.12 No início de cada turno de trabalho, devem ser feitas inspeção e conferência em todos
os equipamentos e dispositivos utilizados, assim como a leitura dos instrumentos de medição.
7.13 O serviço no interior do tanque somente deve ser realizado sob supervisão externa
7.14 A pessoa que entrar no interior do tanque deve utilizar vestimenta antiestática.
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Um difusor de ar deve ser utilizado para promover a renovação da atmosfera no interior do tanque,
com vazão mínima de 0,5 m³/s e com a dispersão dos gases a uma altura mínima de 3,60 m do nível
do solo.
Para a liberação da execução dos serviços de preparação e aplicação dos revestimentos, as leituras
obtidas devem ser as seguintes:
9 Entrada no tanque
9.1 Acesso ao tanque
9.1.1 Generalidades
Todas as pessoas com permissão para entrar no tanque devem estar treinadas e familiarizadas com
os procedimentos descritos na Seção 7 e na ABNT NBR 14606.
Antes da entrada ou abertura da boca de visita, a atmosfera no interior do tanque deve ser ensaiada
parao nível de oxigênio e LIE, conforme especificado em 7.2.
Durante a permanência de pessoas no interior do tanque, deve ser mantida uma ventilação constante,
que pode ser obtida por meio de um difusor de ar. Durante todo este período, a atmosfera no interior
do tanque deve ser continuamente ensaiada para verificação dos níveis de oxigênio e LIE, conforme
especificado em 7.2.
Todas as pessoas que acessarem o interior do tanque devem utilizar vestimentas e equipamento de
proteção individual (EPI), conforme especificado na ABNT NBR 16577, incluindo botas resistentes à
água e derivados do petróleo ou álcool, com solado isento de partes metálicas, roupas de proteção
com mangas longas de material antiestático (por exemplo, algodão) e botas impermeáveis.
Durante os serviços realizados no interior do tanque, deve ser disponibilizado um sistema que permita
o resgate rápido de pessoas de seu interior, em casos de emergência.
Todos os equipamentos de iluminação, portáteis ou não, que forem utilizados no interior do tanque
devem ser à prova de explosão ou intrinsecamente seguros.
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Por se tratar de trabalho em espaço confinado, a entrada no tanque e o trabalho em seu interiordevem
atender aos requisitos das ABNT NBR 14606 e ABNT NBR 14973.
Todos os envolvidos com o processo de aplicação de revestimento interno em tanques devem estar
cientes das seguintes precauções, que devem ser tomadas para a assegurar a saúde e a segurança:
a) manter os combustíveis distantes dos olhos, pele e boca, pois eles podem provocar sérias lesões
ou mesmo a morte, se inalados, absorvidos pela pele ou ingeridos;
d) utilizar água e sabão neutro, ou qualquer outro produto aprovado, para a limpeza de qualquer
resíduo de combustíveis, de derivados de petróleo ou de resíduo químico que entre em contato
com a pele;
ADVERTÊNCIA – Nunca utilizar gasolina ou solventes similares para a remoção de produto na pele.
e) uniformes ou roupas de proteção que tenham sido encharcados com combustíveis devem ser
deixados para secar ao ar livre, distantes de qualquer fonte de ignição ou centelha;
g) evitar contato da pele e dos olhos com produto, borras, resíduos e incrustações, bem como evitar
a inalação de vapores;
h) manter produto, borras, resíduos e incrustações longe dos olhos, pele e boca, uma vez que
oferecem riscos à saúde se forem inalados, absorvidos por meio da pele ou ingeridos.
Todos os envolvidos no processo de aplicação do revestimento interno devem estar cientes de que,
quando altas concentrações de vapores de hidrocarbonetos são inaladas, podem ocorrer sintomas
de intoxicação. Estes sintomas variam desde uma simples tontura ou sensação de euforia até
inconsciência, e são similares aos produzidos por bebidas alcoólicas ou gases anestésicos. Caso
os sintomas descritos sejam identificados em qualquer indivíduo, este deve ser removido imediatamente
para um local arejado. Quando a exposição a estes vapores for pequena, o simples fato de se respirar
ar puro promove uma rápida recuperação.
Nas situações em que ocorra uma parada respiratória, deve ser administrada imediatamente respiração
por meios artificiais, seguida de uma imediata remoção para o hospital mais próximo.
Os envolvidos no processo de aplicação devem ser informados sobre os riscos à saúde e segurança
e sobre precauções cabíveis, para o controle da exposição aos materiais, produtos e substâncias
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Todos os envolvidos no processo de aplicação de revestimento interno devem estar cientes dos riscos
à saúde e segurança que são gerados pelas substâncias comumente encontradas em tanques para
armazenamento de combustíveis.
Toda a superfície interna do tanque deve ser preparada até estar completamente livre de oxidações,
incrustações ou materiais estranhos.
Pode ser utilizado método de hidrojateamento, complementado ou não por processo químico,
jateamento úmido ou hidrojateamento com posterior aplicação de jato seco para se obter o padrão
de metal quase branco (Sa 2.5).
O líquido-base ou a camada-base, composto por uma resina (com ou sem adição de carga inerte)
e um catalisador, deve ser aplicado como primeira camada, para assegurar a ligação química entre
o substrato metálico existente e o revestimento final.
Caso não seja aplicado um primer protetor, o revestimento deve ser aplicado em no máximo 8 h após
a conclusão do hidrojateamento.
Antes da aplicação do revestimento no interior do tanque, deve ser avaliada a condição do tanque,
não sendo permitida a aplicação do revestimento em tanques cuja parede apresente perfurações
ou necessite de reparos.
Devem ser feitas medições das espessuras da parede interna do tanque utilizando um instrumento
de medição ultrassônico executadas por uma terceira parte capacitada e por profissional qualificado
em sistemas de qualificação reconhecidos nacionalmente e conselhos profissionais, com a emissão
de relatório conclusivo.
a) o interior do tanque deve ser divido em seções de aproximadamente 1 m². No caso de tanques
horizontais, as calotas devem ser divididas em nove seções. Qualquer área residual com menos
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b) com um medidor ultrassônico, devem ser feitas leituras no centro de cada uma destas seções,
tanto nas paredes quanto nas calotas. Qualquer seção com leitura inferior a 75 % da espessura
original da chapa deve ser subdividida em outras nove seções, e novas medições devem
ser feitas em cada uma destas novas seções. Caso a média total da espessura das paredes
do tanque seja inferior a 75 % da espessura original do costado, o tanque não pode ser revestido.
11 Aplicação do revestimento
11.1 Revestimento interno com TFVT
Após a limpeza e finalização do tratamento da superfície, a resina deve ser aplicada sobre a parede
interna do tanque. Em seguida, deve ser aplicado o tecido de fibra de vidro, de forma a assegurar
a plena aderência do tecido à chapa metálica da parede interna do tanque.
A resina deve ser uniformemente aplicada sobre o tecido de fibra de vidro, para promover uma
impregnação homogênea e saturação completa da superfície, eliminando o aprisionamento
de eventuais bolhas de ar.
A parede intermediária tridimensional deve consistir em duas camadas idênticas, superior e inferior,
unidas integral e mecanicamente por meio de fibras verticais.
Deve ser aplicada resina sobre a parede primária e, em seguida, o tecido tridimensional deve ser
desenrolado de modo firme, para se obter um bom contato entre as duas superfícies.
O tecido resultante, quando impregnado pela resina, deve ser capaz de se expandir devido à ação
capilar das fibras verticais, criando um espaço intersticial contínuo entre as camadas inferior e superior
do tecido.
Durante a aplicação do tecido tridimensional, deve ser assegurado que o EAC se estenda por todo
o perímetro interno do tanque. Um procedimento de verificação da continuidade do interstício criado
deve ser desenvolvido e implementado.
Após a cura do tecido tridimensional, devem-se prover as condições para a posterior instalação
do sistema de detecção de vazamentos que faz o monitoramento do EAC criado pelo tecido tridimensional.
Deve ser aplicada uma camada de resina sobre a parede intermediária tridimensional para formar
a parede secundária.
Outra camada de resina deve ser aplicada para se obter uma superfície impermeável aos vapores
do líquido e para criar uma proteção adequada contra corrosão.
Após a aplicação da última camada de revestimento, devem ser realizadas as medições de dureza
barcol e da espessura final. Todos os parâmetros mínimos recomendados pelo fabricante das resinas
utilizadas devem ser atendidos.
O número de leituras realizadas deve estar de acordo com o especificado na ABNT NBR 7972.
O tanque deve ser dividido em seções e, com um medidor de camadas calibrado, devem ser
feitas medições nos centros destas seções, conforme especificado em 10.1.3. As leituras obtidas
devem indicar a espessura mínima especificada pelo fabricante. Em caso de leituras inferiores
às especificadas, deve ser providenciado o reparo, utilizando-se a mesma resina empregada na última
camada do revestimento. O preparo da superfície deve seguir as orientações do fabricante da resina.
Após serem concluídas as leituras de espessura da parede final e de dureza barcol, deve ser realizado
um ensaio de pressão do EAC, para assegurar sua estanqueidade, da seguinte forma:
a) o EAC deve ser pressurizado a no mínimo a 3 psi (20,68 kPa), com a tampa do tanque aberta;
b) com as linhas de ar conectadas, deve ser feito um ensaio de bolha de sabão na superfície
da camada mais externa do revestimento. As falhas encontradas devem ser retrabalhadas
conforme as orientações do fabricante da resina;
c) após o retrabalho, as áreas onde foram encontradas falhas na espessura final da resina devem
curar por um período mínimo de 8 h para o reinício do ensaio de pressão;
d) após ser concluída a etapa descrita na alínea c), o EAC deve ser novamente pressurizado,
no mínimo a 3 psi (20,68 kPa). Após a estabilização da pressão, as mangueiras de alimentação
de ar comprimido devem ser desconectadas. Para que o revestimento seja considerado aprovado,
o sistema deve manter a pressão de no mínimo 3 psi (20,68 kPa) durante 8 h ininterruptas;
Após a limpeza e finalização do tratamento da superfície, deve-se aplicar um primer sobre a parede
interna do tanque. Em seguida, deve ser aplicada, quando necessário, a camada-base, de forma
a nivelar a chapa metálica da parede interna do tanque, para receber as camadas posteriores.
A camada intermediária que cria o espaço intersticial deve ser constituída por uma lâmina de metal
e pelo primer com camada-base.
A lâmina de metal deve ser unida por meio de fita de alumínio e reforçada com material compósito.
Sobre as junções das lâminas de metal deve-se aplicar um tecido de vidro impregnado com resina,
responsável pela impermeabilização e estanqueidade desta camada, criando o espaço intersticial
entre o primer com camada-base e a lâmina de metal.
Após a cura da laminação do tecido de vidro, devem-se prover as condições para a posterior instalação
do sistema de detecção de vazamentos que faz o monitoramento do EAC criado entre o primer com
camada-base e a lâmina de metal.
Deve ser aplicado o sistema de resinas de acabamento sobre o tecido laminado e lâmina de alumínio,
com a finalidade de promover a barreira química ao produto estocado no tanque. Essa camada deve
ser aplicada em toda a área interna do tanque.
Após a aplicação da última camada de revestimento, devem ser realizadas as medições de dureza
barcol, descontinuidade (holiday detector) e espessura final, devendo ser atendidos os parâmetros
mínimos indicados pelos fabricantes das resinas utilizadas.
Após serem concluídas as leituras de espessura da parede final e de dureza barcol, deve ser realizado
um ensaio de pressão negativa do EAC, para assegurar sua estanqueidade, da seguinte forma:
a) o sistema deve ser pressurizado negativamente a (525 ± 75) mmHg. Deve-se aguardar pelo
menos 8 h para estabilização do vácuo;
b) caso necessário, deve ser realizado o retrabalho nos pontos em que haja falha de estanqueidade;
c) após o retrabalho, as áreas onde foram encontradas falhas na espessura final da resina devem
curar por um período mínimo de 8 h para o reinício da aplicação do vácuo;
d) deve ser aplicada uma resina condutiva em pelo menos 30 % da área interna do tanque, com
a finalidade de dissipar eventuais energias eletroestáticas;
e) após ser concluída a etapa descrita na alínea c), o EAC deve ser novamente mantido sob vácuo
de (525 ± 75) mmHg. Para que o revestimento seja considerado aprovado, o sistema deve manter
o vácuo durante 8 h ininterruptas;
f) após ser encerrado o período de ensaio de vácuo, o tanque deve retornar à operação.
Bibliografia
[1] BRASIL. Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Cartilha do Posto
Revendedor de Combustíveis. 6. ed. Rio de Janeiro: ANP, 2017. 22 p. Disponível em:
https://www.gov.br/anp/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilhas-e-guias/arq/
cartilhapostorevendedor6ed.pdf